OBMEP: CONCEPÇÕES E ENTENDIMENTOS

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OBMEP: CONCEPÇÕES E ENTENDIMENTOS
SCHIRLO, Ana Cristina1 - SEED/PR
MEZA, Elisangela dos Santos2 - UEPG
Grupo de Trabalho - Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Mesmo sendo uma disciplina relevante para a formação do estudante/cidadão e para o
desenvolvimento do país, atualmente, a Matemática ainda é um lócus desconhecido para uma
parte da população. Principia-se por evidenciar que o desempenho do Brasil na avaliação do
PISA no ano de 2009 foi o nono pior, com 386 pontos. Sendo que o rendimento mais
incipiente foi em Matemática. No entanto, foi nessa disciplina que se verificou um maior
sucesso entre o PISA realizado em 2000 e o PISA realizado em 2009, pois o Brasil aumentou
em 52 pontos, em 500 possíveis. Por outro lado, o Brasil continua entre os piores
considerando os 65 países que participam do exame. Para o Ministério da Educação (MEC), a
melhora da proficiência dos estudantes brasileiros é em parte devido à Olimpíada Brasileira
de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Nesse contexto, questiona-se: “Qual é a
concepção dos professores de Matemática da rede estadual de ensino sobre a OBMEP?”.
Buscando respostas para essa pergunta, iniciou-se uma pesquisa, idealizada para o Programa
de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, na linha de estudo Pesquisas em Educação Matemática e Escola, cujo um dos
objetivos é apontar as concepções que os professores de Matemática da rede estadual de
ensino apresentam sobre a OBMEP. Pois, não se pode deixar de observar que a introdução da
OBMEP na rede pública visa à diminuição dos altos índices de reprovação em Matemática e
evasão nesta disciplina, proporcionando aos estudantes uma visão diferenciada e de maior
interatividade cujo objetivo é desenvolver a habilidade lógica, a criatividade e a sociabilidade,
bem como métodos adequados de pensamento e de trabalho, visto a heterogeneidade de
aprendizagem que nossos estudantes apresentam.
Palavras-chave: OBMEP. Matemática. Políticas Públicas.
1
Mestre em Ensino de Ciência e Tecnologia: Matemática Escolar pela UTFPR/Campus Ponta Grossa.
Professora QPM da Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED/PR). Pesquisadora do Grupo de Estudo
e Pesquisa em Aprendizagem Matemática (GEPAM/UEPG). E-mail: [email protected]
2
Doutora em Engenharia Mecânica pela UNICAMP, Professora Adjunta da Universidade Estadual de Ponta
Grossa (UEPG/PR), Pesquisadora E-mail: [email protected]
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Introdução
Vive-se em mundo circundado por situações matematizadas. Hogben (1946), já
apontava esse fato, ao dissertar que
a tirania econômica não conta com inimigo mais poderoso que o milagre do cálculo.
E se não soubermos matemática - gramática da dimensão e da ordem - não
poderemos planear a sociedade racional em que haverá lazer para todos e pobreza
para ninguém (HOGBEN, 1946, p. 26).
Nesse contexto, a Matemática possibilita uma sequencialização, ou seja, ela auxilia na
organização e no entendimento dessas situações matematizadas que a sociedade impõe.
É provável que Newton estivesse a descrever a matematização, na sua obra-prima
“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, quando escreveu que
o nosso objetivo é apenas captar a quantidade e as propriedades desta força e aplicar
o que descobrirmos a alguns casos simples, como princípios mediante os quais, de
uma maneira matemática, poderemos estimar os efeitos em outros casos
complicados (NEWTON, 1687, s. p.).
Assim, entende-se que a Matemática deve ser vista como ciência que não trata de
verdades infalíveis e imutáveis mas como ciência dinâmica à incorporação de novos
conhecimentos, flexível e maleável às inter-relações entre os seus vários conceitos e os seus
vários modos de representação e, também, permeável aos problemas nos vários outros campos
científicos.
De acordo com o Parâmetro Curricular Nacional (PCN) de Matemática, a importância
dessa disciplina apoia-se no fato de que desempenha um papel decisivo na formação do
pensamento e conhecimento do indivíduo. Do mesmo modo, interfere fortemente na formação
de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na ativação do raciocínio
dedutivo do aluno (BRASIL, 1998).
Sob o prisma de Miorim (2004, p. 43),
a Matemática, em sua abordagem dedutiva, euclidiana, era elemento fundamental.
De fato, essa concepção via a mente como um feixe de faculdades a serem
desenvolvidas por meio de atividades de caráter estritamente intelectual,
desvinculadas de suas aplicações práticas – uma vez que se acreditava que essas
faculdades poderiam ser aplicadas a qualquer outra disciplina ou situação prática.
Nesse sentido, o desenvolvimento dedutivo da Matemática era considerado
fundamental para a compreensão do raciocínio lógico. Raciocínio esse, crucial para a
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compreensão da Matemática, mas inadequado à sala de aula. É como se em vez de pretender a
redução da Matemática à Lógica, a pretensão fosse a de reduzir a Lógica à outras proporções,
caracterizando-a como um método de obter inferências legítimas em quaisquer conteúdos.
Logo, o raciocínio lógico-matemático é uma das competências inerentes ao ser
humano, visto que sem o conhecimento e sem o entendimento dos conceitos matemáticos,
torna-se intricado compreender o mundo e os eventos do mundo físico em que se vive.
Os excertos conduzem ao entendimento do por que o ensino da Matemática faz parte
do currículo das escolas desde o início da educação formal, perpassando por toda a formação
básica escolar.
Mas, mesmo sendo uma disciplina relevante para a formação do estudante/cidadão e
para o desenvolvimento do país, atualmente, a Matemática ainda é um lócus desconhecido
para uma parte da população.
Essa afirmativa encontra respaldo, tanto nos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), os quais apontam que no Brasil 9,6% da população, com
15 ou mais anos, ainda é analfabeta. Ou seja, quase 14 milhões de brasileiros ainda não sabem
ler nem escrever (BRASIL, 2011).
Quanto nos dados apresentados na última edição do Indicador de Alfabetismo
Funcional (INAF), pois estes também reforçam a situação precária que o conhecimento
matemático dos brasileiros se encontra, visto que os dados do INAF assinalam que 15% da
população brasileira, com idade entre 15 e 24 anos, é considerada analfabeta funcional.
(INAF, 2013).
Sendo que 2% desses jovens são analfabetos absolutos, ou seja, não sabem ler e
escrever, embora alguns deles consigam ler números familiares, como os números de
telefones, preços de mercadorias e/ou realizam cálculos simples. (INAF, 2013).
E, os outros 13% desses jovens, são alfabetizados de nível rudimentar, pois leem
textos curtos, como por exemplo, cartas e consegue realizar operações simples, como
manusear dinheiro. (INAF, 2013).
Outro ponto de referência para analisar a situação do ensino nacional de Matemática é
o Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA), programa realizado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e é considerado o
mais importante teste de educação do mundo. Cabe destacar que a avaliação do PISA é
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aplicada a cada três anos e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em
Matemática, Leitura e Ciências. (PISA..., 2004).
Principia-se por evidenciar que o desempenho do Brasil na avaliação do PISA no ano
de 2009 foi o nono pior, com 386 pontos. Sendo que o rendimento mais incipiente foi em
Matemática. No entanto, foi nessa disciplina que se verificou um maior sucesso entre o PISA
realizado em 2000 e o PISA realizado em 2009, pois o Brasil aumentou em 52 pontos, em 500
possíveis. Por outro, o Brasil continua entre os piores considerando os 65 países que
participam do exame. (INEP, 2010).
Para o Ministério da Educação (MEC), a melhora da proficiência dos estudantes
brasileiros é em parte devido à Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
(OBMEP), visto que alguns estudos, como por exemplo, a avaliação de resultados e de
impactos de primeira ordem da OBMEP a partir de demanda da Secretaria de Inclusão Social
(Secis) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), apresentado na Série Documentos
Técnicos, editada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) (BRASIL/MEC,
2013).
Nesse contexto, questiona-se: “Qual é a concepção dos professores de Matemática da
rede estadual de ensino sobre a OBMEP?”.
Buscando respostas para essa pergunta, iniciou-se uma pesquisa, idealizada para o
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, na linha de estudo Pesquisas em Educação Matemática e Escola, cujo
um dos objetivos é apontar as concepções que os professores de Matemática da rede estadual
de ensino apresentam sobre a OBMEP.
Pois, é voz corrente que os professores apresentam uma preocupação com o baixo
desempenho dos estudantes nas avaliações que aferem o conhecimento matemático nos
últimos anos, em face das necessidades de uma sociedade, cada vez mais complexa e
tecnológica, a qual estabelece que a Matemática tenha um lugar de destaque, assim como, fazse necessário compreendê-la para analisar, interpretar e usar dados e tecnologias que se
encontram presente no dia a dia.
O Caminho Percorrido
Mesmo a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) empreender destaque
no resultado final da OBMEP na Região Sul, pois em todas as todas as edições já realizadas
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dessa olimpíada, os estudantes do Paraná conquistaram medalhas de ouro, de prata e de
bronze, além de menções honrosas, infelizmente o coordenador nacional da OBMEP
Professor Doutor Cláudio Landin, afirmou em reunião com a SEED, que os municípios sob a
jurisdição do Núcleo Regional de Ponta Grossa vêm apresentando alto índice de abstenção na
2ª fase dessa olimpíada (LANDIN, 2012).
Nesse contexto, visando encontrar subsídios para atingir o objetivo de melhorar a
receptividade dos professores de Matemática da rede estadual de ensino em relação à
OBMEP, realizou-se em um dos momentos da implementação do trabalho “OBMEP: um
olhar incluso para o ensino da Matemática”, visitas às escolas e colégios do Núcleo Regional
de Educação de Ponta Grossa, para conversar com os professores de Matemática e com a
equipe técnico/pedagógica, solicitando que os mesmos respondessem um questionário
estruturado, cujas perguntas objetivavam descobrir, entre outras coisas, a concepção da
OBMEP que estes apresentam.
Justifica-se esse caminho para angariar os dados empíricos dessa pesquisa, pelo fato
que o deslocamento do pesquisador ao encontro dos professores de Matemática das escolas
públicas estaduais do NRE de Ponta Grossa, atinge um número expressivo de professores,
visando clarificar a importância dos educadores e gestores escolares a incentivarem a efetiva
participação dos estudantes na OBMEP.
Discussão dos Dados Empíricos
Ao todo foram entrevistados 50 (cinquenta) profissionais da educação, entre
professores de Matemática das escolas públicas estaduais do NRE de Ponta Grossa, entre os
meses de março e maio de 2013.
Cabe destacar, que grande parte dos entrevistados apresentou uma concepção evasiva
da OBMEP, ou seja, deixaram transparecer em suas respostas que não conhecem a essência
dessa olimpíada. Os excertos dos professores P2, P6, P42 e P50 exemplificam o exposto.
“A OBMEP é a forma mais simples, justa e democrática de conhecer os novos
talentos”. (Professor P2).
“A OBMEP é uma avaliação do governo para ter uma ideia do nível de
aprendizagem dos alunos e ver os que se destacam”. (Professor P6).
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“A OBMEP é uma excelente iniciativa, mas não faço uso do Banco de Questões que
é um instrumento muito bom para ser utilizado, mas eu não uso porque tenho que
vencer os conteúdos do PTD”. (Professor P42).
“A OBMEP estimula muito os alunos que se interessam em matemática. Suas
questões desafiam e despertam curiosidade”. (Professor P 50).
Diante do exposto nos excertos dos professores P2, P6, P42 e P50, se evidencia que,
mesmo a OBMEP sendo promovida desde o ano de 2005 pelo Ministério da Educação (MEC)
e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em conjunto com o Instituto de
Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e
realizada em quase cem por cento das escolas públicas do Brasil, ela ainda não é de fato
conhecida e entendida pelos professores de Matemática das escolas públicas estaduais do
NRE de Ponta Grossa.
Assim, ao refletir sobre a concepção de OBMEP que os professores de Matemática das
escolas públicas estaduais do NRE de Ponta Grossa apresentam, observa-se uma divergência
do entendimento dessa olimpíada e que os mesmos não tem conhecimento dos objetivos que
ela apresenta.
Então, é relevante clarificar que a OBMEP, como projeto de política pública, foi
apresentada à comunidade escolar e à sociedade brasileira como um projeto de inclusão social
e científica inspirado no Projeto Numeratizar do estado do Ceará, que é um projeto que visa o
desenvolvimento de estratégias que possibilitem melhorar a qualidade do Ensino de
Matemática na Educação Básica, pois “descobrir, divulgar e aprimorar os talentos de nossa
juventude é a forma mais efetiva e rápida de inclusão social”. (PROJETO NUMERATIZAR,
2013).
E, de acordo com seu Regulamento (OBMEP, 2012), a OBMEP tem como objetivos:
Estimular e promover o estudo da Matemática entre alunos das escolas públicas.
Contribuir para a melhoria da qualidade da Educação Básica.
Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e
tecnológicas.
Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo
para a sua valorização profissional.
Contribuir para a integração das escolas públicas com as universidades públicas, os
institutos de pesquisa e sociedades científicas.
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Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento. (OBMEP, 2012,
s. p.).
É significativo observar que esse caráter inclusivo pertinente à OBMEP fica evidente
na apreciação de seu esqueleto de funcionamento, visto que as Coordenações Regionais
preocupam-se em viabilizar a participação de estudantes das diversas regiões do país.
Não se pode deixar de apontar que a OBMEP segue uma sistemática de premiação
como as que são tradicionalmente utilizadas nas competições olímpicas, ou seja, a OBMEP
premia os alunos com medalhas de ouro, medalhas de prata, medalhas de bronze e
certificados de menção honrosa (OBMEP, 2012).
Dentre as realizações da OBMEP destacam-se:
A produção e distribuição de material didático de qualidade, também disponível no
site da OBMEP;
O Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), para os medalhistas estudarem
Matemática por 1 ano, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq);
O Programa de Iniciação Científica e de Mestrado (PICME), para os medalhistas
regularmente matriculados no ensino superior com bolsas do CNPq (IC) e CAPES
(Mestrado);
A Preparação Especial para Competições Internacionais (PECI), que prepara
medalhistas de ouro selecionados pela excepcionalidade de seus talentos para
competições internacionais;
A mobilização de Coordenadores Regionais para a realização de atividades como
seminários com professores e cerimônias de premiação. (OBMEP, 2012, s. p.).
Destaca-se que aos premiados da OBMEP são concedidas Bolsas de Iniciação
Científica Júnior pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), possibilitando que os alunos premiados possam aprofundar seus conhecimentos em
uma série de atividades realizadas pelo IMPA.
Também, aos professores das escolas públicas responsáveis pela inscrição dos alunos,
às escolas públicas, aos municípios e às secretarias de educação são ofertados prêmios de
acordo com os critérios vinculados à premiação e pontos obtidos pelos alunos, sendo que os
critérios dessa premiação são descritos no Regulamento de cada edição da OBMEP.
(AVALIAÇÃO..., 2011).
Entende-se que as premiações levam alguns professores a procurarem oportunidades
de aprofundar e qualificar seu trabalho. De um modo geral, a OBMEP é um projeto que cria
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um ambiente estimulante para o estudo da Matemática entre estudantes e professores de todo
o Brasil.
Também, cabe evidenciar que a OBMEP é um evento direcionado especificamente às
escolas públicas e serve como incentivo ao estudo da Matemática e também para uma
reflexão sobre a educação no Brasil, além de propiciar aproximação da Universidade Pública,
Institutos de Pesquisas e Sociedades Científicas com as escolas públicas, cuja contribuição é
fundamental para o sucesso do projeto.
Considerações Finais
É relevante promover discussões sobre a OBMEP, visando melhorar a prática de seus
participantes, professores, escola, alunos, não somente nos dias antecedentes da mesma, mas
durante todo o ano letivo.
Pois, a abordagem social da OBMEP é dirigida aos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental e aos alunos do Ensino Médio das escolas públicas municipais, estaduais e
federais, em três níveis, de acordo com o seu grau de escolaridade:
Nível 1 - alunos matriculados no 6º ou 7º anos do Ensino Fundamental, no ano letivo
correspondente ao da realização das provas;
Nível 2 - alunos matriculados no 8º ou 9º anos do Ensino Fundamental, no ano letivo
correspondente ao da realização das provas;
Nível 3 - alunos matriculados na 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, no ano letivo
correspondente ao da realização das provas. (OBMEP, 2012, s. p.).
Convém, também, destacar que as provas dos Níveis 1, 2 e 3 são constituídas de duas
fases, de modo que a primeira fase dessa olimpíada consiste na aplicação de prova objetiva
(múltipla escolha) a todos os alunos inscritos pelas escolas inscritas na OBMEP no referido
ano em que ela está sendo aplicada.
Ressalta-se que as provas dessa primeira fase, tem duração de 2h30min (duas horas e
trinta minutos) e são realizadas no interior da própria escola e são aplicadas pelos professores
dessa mesma. Também, se ressalta que essas provas são corrigidas pelos professores
aplicadores da prova, seguindo instruções e gabaritos elaborados pela Coordenação Geral da
OBEMP. A data de aplicação dessas provas é divulgada no calendário oficial da olimpíada.
(OBMEP, 2012).
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Cabe acrescentar que, se faz relevante a implementação de projetos que tragam
contribuições para o sucesso das ações afirmativas e a inclusão social. Pois, as ações
afirmativas são formas de políticas públicas que visam transcender as ações do Estado na
promoção do bem-estar e da cidadania para garantir igualdade de oportunidades e tratamento
entre as pessoas e a mobilização dos setores culturais com finalidade de expandir as ações de
inclusão social.
Também, não se pode deixar de observar que a introdução da OBMEP na rede pública
visa à diminuição dos altos índices de reprovação em Matemática e evasão nesta disciplina,
proporcionando aos estudantes uma visão diferenciada e de maior interatividade cujo objetivo
é desenvolver a habilidade lógica, a criatividade e a sociabilidade, bem como métodos
adequados de pensamento e de trabalho, visto a heterogeneidade de aprendizagem que nossos
estudantes apresentam.
REFERÊNCIAS
AVALIAÇÃO do Impacto da Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas:
OBMEP 2010. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2011. Disponível em:
<www.cgee.org.br/atividades/redirect/7255>. Acesso em: 05 abr. 2013.
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<http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/>. Acesso em: 05 abr. 2013.
BRASIL/MEC. Olimpíada Brasileira de Matemática Das Escolas Públicas. Brasília:
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<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12287:olimpiada
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HOGBEN, Lancelot. An lnfroduriion to Mathemntirul. New York: W. Norton, 1946.
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LANDIN, C. OBMEP: Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Reunião
técnica da Seed/PR sobre a OBMEP, Curitiba, 2012.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da educação matemática. 3ª Reimpressão.
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Acesso em: 05 abr. 2013.
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