ET ECC 043_Enquadr[1].

Propaganda
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
1
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
TERRA VEGETAL
A terra a espalhar à superfície dos taludes será proveniente da decapagem da camada
superficial das zonas que foram submetidas a movimento de terras, a qual será armazenada
conforme descrito na rubrica respectiva deste Caderno de Encargos. Deverá apresentar
textura franca. A camada a colocar sobre o terreno, deverá possuir uma espessura mínima de
0,20 m. A terra será isenta de pedras e materiais estranhos provenientes de incorporação de
lixos.
Quando as terras existentes no local não forem consideradas apropriadas para as plantações
ou sementeiras, ou forem insuficientes, deverá ter-se em atenção que as terras a trazer para
o local devem ser francas, com boa textura, pH próximo da neutralidade, ricas em matéria
orgânica, limpas e isentas de infestantes.
2
FERTILIZANTES E CORRECTIVOS
A terra vegetal a utilizar deve ser corrigida e fertilizada com os seguintes compostos:
3

-
Adubo químico - adubo composto NPK - 15.15.15;

-
Adubo azotado nitroamoniacal - 20,5%;

Correctivo orgânico - Ferthumus ou equivalente doseando, no mínimo, 40% de
matéria orgânica;

-
Estrume - deverá ser bem curtido e proveniente de camas de gado cavalar.
ÁGUA PARA COMPACTAÇÃO E REGAS
A água a utilizar na humidificação dos aterros para obter o teor em água de colocação e na
rega dos taludes após a execução do revestimento vegetal, não deve conter óleo, ácidos,
matéria orgânica ou outros produtos prejudiciais.
4
MATERIAL VEGETAL
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
1/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Todas as plantas a utilizar deverão ser exemplares novos, bem conformados, ramificados
desde o colo e possuir desenvolvimento compatível com a espécie a que pertencem e, de
acordo com as dimensões abaixo indicadas.
As plantas de folha caduca, a fornecer em raiz nua, deverão ter o sistema radicular bem
desenvolvido e com cabelame abundante. As plantas de folha persistente deverão ser
fornecidas em torrão, suficientemente consistente para não se desfazer facilmente. As
árvores deverão ser de plumagem, com flecha intacta e raízes bem desenvolvidas.
Quanto à altura das árvores e arbustos, deverão estar no mínimo compreendidas entre os
valores a seguir indicados:

-
árvores de folha caduca entre 2,00 m a 3,00 m;

-
árvores de folha persistente entre 0,80 m a 1,50 m;

-
arbustos de folha caduca entre 0,60 m a 1,20 m;

-
arbustos de folha persistente entre 0,40 m a 1,80 m.
No que respeita às plantas herbáceas vivazes, elas deverão ser fornecidas em tufos e bem
enraizadas ou em estacas bem atempadas, de acordo com as características da espécie a
que pertençam.
As sementes pertencerão às espécies indicadas no respectivo plano de sementeira e terão
obrigatoriamente o grau de pureza e o poder germinativo exigido por lei, quanto às espécies
incluídas na lei. Para as restantes sementes serão provenientes da colheita, sobre cuja data
não tenha decorrido mais de 10 meses. Se a fiscalização o exigir serão fornecidas em
separado.
O empreiteiro obriga-se a entregar à fiscalização uma amostra do lote de sementes a
empregar ou das espécies que o constituam.
5
TUTORES E ATILHOS
Os tutores para as árvores serão formados por varolas de pinho, de eucalipto ou canas,
tratadas por imersão em solução de sulfato de cobre a 5%, durante pelo menos duas horas.
Deverão ser direitas, secas, limpas de nós e sãs, com altura, grossura e resistência
proporcionais às plantas a que se destinam.
2/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Os atilhos serão de ráfia, cordel de sisal ou de outros materiais, designadamente material
plástico, com resistência e elasticidade suficiente para a função pretendida, sem danificar as
plantas.
6
FIXADORES DA HIDROSSEMENTEIRA
Para a hidrossementeira devem ser utilizados os seguintes fixadores:
7

- Extractos de algas enriquecidos com polinoridos de elevado poder aquífero alginatos;

- Polímeros plásticos derivados de petróleo, tipo BL-801 ou Burasol;

- Polímeros orgânicos tipo P.A.M.;

- Produto coloidal de origem vegetal tipo Biovert Stabile;

- Resina líquida sintética tipo Huls 801.
PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE
A vegetação arbóreo-arbustiva e herbácea existente nas áreas não atingidas por movimentos
de terras e indicadas no projecto como áreas a não desmatar, será protegida de modo a não
ser afectada com a localização de esteiros, depósitos de materiais, instalações de pessoal e
outras, e com o movimento de máquinas e viaturas. Compete ao empreiteiro tornar as
disposições adequadas para o efeito, depois de submetidas à Fiscalização, designadamente
instalando vedações e resguardos onde for conveniente e/ou necessário.
8
REMOÇÃO E ARMAZENAMENTO DA TERRA VIVA EXISTENTE
Na zona de implantação da obra propriamente dita, bem como nas zonas de operação das
máquinas e estabelecimento dos estaleiros, deverá ser removida a camada de solo arável
numa profundidade de cerca de 0,20 m.
Uma vez transportada para os locais de depósito previamente escolhidos, deverá ser
colocada em camada contínua, de altura não superior a 0,80 m ou em pargas. A terra viva
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
3/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
não deverá ser calcada por veículos em movimento, razão pela qual os depósitos deverão
ficar fora da zona de operações das máquinas, embora por razões de economia de
transporte, suficientemente próximos das zonas de obras.
Deverá ser feita remoção das árvores e arbustos de maior porte, procedendo-se
seguidamente à decapagem dos matos. Todo este material incluindo os troncos de diâmetro
inferior a 0,10 m, será escacilhado e colocado em pargas, em zonas bem drenadas. Sobre
cada camada de cerca de 0,25 m de material verde, colocar-se-á uma camada de terra viva
com cerca de 0,05 m sobre a qual se espalhará cal apagada à razão de 50 g/m². Por último, a
parga será toda coberta com terra viva, ficando a parte superior ligeiramente convexa para
permitir boa infiltração da água.
As pargas deverão ser cortadas ao fim de três meses e arrumadas com o mesmo formato
mas sem adição de terra ou cal.
Este composto será distribuído sobre a terra viva antes das sementeiras e nas covas de
plantação.
Em qualquer das formas de armazenamento, as zonas de depósito deverão ser semeadas
com uma mistura de tremoço ou tremocilha e centeio à razão de, respectivamente, 3 g e 5 g
por m², no Outono, ou com abóboras, na Primavera, de modo a conservar a terra
ensombrada e fresca e evitar o aparecimento de infestantes.
9
REVESTIMENTO VEGETAL
9.1
Preparação do terreno
9.1.1
Pequena modelação do terreno
Esta condição pressupõe que o movimento de terras foi efectuado, de acordo com o projecto,
e que a terra viva, proveniente da decapagem, foi colocada sobre as zonas a ajardinar. Trata
exclusivamente de pequenos ajustamentos a efectuar na superfície do terreno.
Assim, antes de se iniciarem os trabalhos de preparação propriamente dita do terreno, deverá
este ser colocado às cotas definitivas do projecto, ou na falta destas, deverá ser feita a
concordância da superfície do terreno com as obras de cota fixa do projecto, tais como:
lancis, pavimentos, muretes, lajes, soleiras de porta, etc..
4/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação
mínima de 1% para permitir o escorrimento superficial das águas da chuva ou da rega em
excesso.
9.1.2
Mobilização
Após a modelação do terreno este será mobilizado, no caso de não se tratar de zonas de
aterro, até 0,03 m de profundidade por meio de surriba, lavoura ou cava, de acordo com as
máquinas disponíveis e áreas a mobilizar.
Sempre que possível deverá recorrer-se ao trabalho mecânico, reservando-se apenas para a
cava manual as superfícies inacessíveis às máquinas.
Em seguida terá lugar uma escarificação, gradagem ou recava, até 0,15 m de profundidade,
para destorroamento e melhor preparação do terreno para as operações seguintes.
9.1.3
Despedrega
Sempre que esta operação se torne necessária ela atingirá a camada superficial do terreno,
com 0,15 m de profundidade e consistirá numa recava manual com escolha e retirada de
todas as pedras e materiais estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a 0,05 m.
9.1.4
Acabamento dos taludes
O adjudicatário deverá proceder à modelação do terreno, a qual compreende a eliminação
das arestas, saliências e reentrâncias que resultam da intersecção dos diversos planos
definidos pelas novas cotas de trabalho.
Realiza-se no sentido de estabelecer a concordância entre esses planos mediante superfícies
regradas e harmónicas, numa perfeita ligação com o terreno natural.
Por razões de estabilidade, os taludes deverão ser moldados de acordo com o perfil do tipo
sinusoidal. A crista e a base do talude deverão ser para tal suavizadas, diminuindo o seu
declive e aumentando o declive do terço médio do talude.
A superfície dos taludes deve apresentar-se, imediatamente antes da distribuição da terra
viva, com o grau de rugosidade indispensável para permitir uma boa aderência à camada de
terra viva de cobertura e não apresentar indícios de erosão superficial. O grau de rugosidade,
indispensável para a boa aderência à camada de terra viva, pode conseguir-se com o
acabamento deixado pela maquinaria, nomeadamente, o Klodbuster.
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
5/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
As escavações que pelo elevado ângulo de talude não permitam o emprego de terra viva,
devem ficar com aspereza deixada pelas escavadoras sem passagem final, a não ser o
desmonte de blocos de rocha solta que ameacem desmoronamento, e pequenos trabalhos de
limpeza.
Nos casos em que haja começo de erosão deverá proceder-se a uma ligeira mobilização
superficial dos taludes até cerca de 10 cm de profundidade através de qualquer sistema,
nomeadamente o Klodbuster, para colmatar os sulcos e ravinas em taludes já erosionados.
9.1.5
Regularização prévia
Depois de efectuadas as operações anteriores o terreno deverá ser regularizado por forma a
colocá-lo às cotas definitivas, antes do espalhamento de fertilizantes e correctivos, para evitar
grandes deslocações de terra depois da aplicação destes. Pode ser feita manual ou
mecanicamente mas sempre com o cuidado necessário para se alcançar o objectivo
pretendido.
9.1.6
Espalhamento da terra viva
Só depois da superfície do terreno se encontrar devidamente preparada, se procederá ao
espalhamento da terra viva. Antes da sua utilização a terra viva deverá ser desfeita
cuidadosamente e limpa de pedras, raízes e ervas. A terra viva será colocada nos taludes
com inclinação máxima de 1/1,5 (v/h), inclusive. O revestimento terá espessura média de 0,15
m. O espalhamento deverá ser feito manual ou mecanicamente, com auxílio de maquinaria
dotada com pá frontal, de preferência apoiada sobre lagartas.
Para que as sementes e fertilizantes encontrem boas condições de fixação, é indispensável
que a superfície da camada de terra não fique demasiado lisa, mas bem regularizada e
encostada às valetas e não deverá ser picada depois do seu espalhamento. Deve evitar-se
manusear a terra demasiadamente húmida para não lhe destruir a estrutura.
9.1.7
Fertilização
a) Geral
A fertilização geral do terreno será feita à razão de 0,02 m3 de estrume ou 10 kg de
Ferthumus por m2, acrescido de 0,1 kg de adubo composto em qualquer das modalidades
anteriores. Os fertilizantes serão espalhados uniformemente à superfície do terreno e
incorporados neste por meio de fresagem ou cava.
6/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Quatro a seis semanas depois, ou quando as herbáceas atingirem cerca de 10 cm de altura,
serão espalhados 20g/m² de nitro-amoniacal em cobertura. Na 2ª aplicação para além de 20
g/m² de nitro-amoniacal será ainda aplicado 20 g/m² de “Biohum” ou similar.
b) Árvores
A fertilização das covas das árvores far-se-á à razão de 0,1 m3 de estrume ou 15 kg de
Ferthumus por cada cova, acrescido de 0,2 kg de adubo composto, em qualquer das
modalidades anteriores. Os fertilizantes deverão ser espalhados sobre a terra das covas e
depois serão bem misturadas com esta, quando do enchimento das mesmas. O enchimento
das covas deverá ter lugar com a terra não encharcada ou muito húmida e far-se-á
calcamento, a pé, à medida que se proceder ao seu enchimento.
9.1.8
Drenagem
Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras e floreiras implantadas em zonas de solo pouco
permeável, serão devidamente drenados, devendo para o efeito as suas superfícies
impermeáveis ter o tratamento e decaimento necessários.
Nas caldeiras a drenagem é constituída por valas com a largura de 1,4 m e profundidade
mínima de 1,00 m devendo o fundo das mesmas ter o declive mínimo de 2% por forma a
garantir o escoamento das águas de infiltração, que deverão ser devidamente conduzidas
(para a rede de esgotos, poço absorvente ou linha de água).
As valas de drenagem serão cheias de cascalho até 0,15 m abaixo da cota do fundo do
canteiro. Sobre este cascalho será colocada uma camada de 0,08 m de brita coberta com
feltro de propileno não tecido, e sobre este será espalhada uma nova camada de brita com
0,07 m de altura. Por fim será colocada sobre a brita a terra viva de acordo com a modelação
prevista.
9.2
Plantações
9.2.1
Árvores
Em todas as plantações o Empreiteiro deverá respeitar integralmente o respectivo plano, não
sendo permitidas quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização da
Fiscalização. Poderão ocorrer eventuais alterações em relação à localização de alguns
exemplares a plantar, resultantes da existência de árvores e arbustos que se consigam
preservar no decorrer dos trabalhos de construção de acordo com as medidas cautelares
previstas no presente Caderno de Encargos. Tais alterações deverão ser participadas à
Fiscalização e aprovadas pela mesma.
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
7/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Depois da marcação correcta dos locais de plantação das árvores, de acordo com o
respectivo plano de plantação, proceder-se-á à abertura mecânica ou manual das covas, que
terão 1 m de profundidade e 1 m de diâmetro ou de lado. O fundo e os lados das covas
deverão ser picadas até 0,10 m para permitir uma melhor aderência da terra de enchimento.
Sempre que a terra do fundo das covas seja de má qualidade deverá ser retirada para
vazadouro e substituída por terra viva de superfície.
Depois das covas cheias com a terra fertilizada e devidamente compactada abrem-se
pequenas covas de plantação, à medida do torrão ou do sistema radicular, no caso de
plantação em raiz nua. Seguir-se-á a plantação propriamente dita, havendo o cuidado de
deixar a parte superior do torrão, no caso de plantas envasadas, ou o colo das plantas,
quando estas são de raiz nua, à superfície do terreno, para evitar problemas de asfixia
radicular.
Após a plantação deverá abrir-se uma pequena caldeira para a primeira rega que deverá
fazer-se imediatamente a seguir à plantação, para melhor compactação e aderência da terra
à raiz da planta.
Depois da primeira rega e sempre que o desenvolvimento da planta o justifique deverão
aplicar-se tutores, em tripeça, tendo o cuidado de proteger o sítio da ligadura com papel,
serapilheira ou qualquer outro material apropriado, para evitar ferimentos.
9.2.2
Arbustos
Depois das árvores deverá fazer-se a marcação e abertura das covas de plantação para os
arbustos, havendo o cuidado de manter as posições relativas dos vários agrupamentos, não
só entre si como em relação às árvores.
As covas de plantação deverão ser proporcionais às dimensões do torrão ou do sistema
radicular da planta, seguindo-se todos os cuidados indicados para a plantação das árvores,
no que respeita a profundidade de plantação, primeira rega e tutoragem.
9.3
Sementeiras
A hidrossementeira a efectuar nos taludes realizar-se-á através da projecção de uma mistura
aquosa contendo a mistura de sementes indicada. Caso a época do ano seja tardia procederse-á à sua substituição por espalhamento ou equivalentes.
As sementes serão agrupadas por categorias de calibres e semeadas separadamente, a fim
de permitir uma melhor uniformidade na distribuição. Nos taludes com declive igual ou
8/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
inferior a 1/3, a sementeira poderá ser feita pelos processos tradicionais, sendo as sementes
cobertas por meio da passagem do ancinho.
Nos taludes, com declive superior a 1/3 a sementeira por espalhamento consistirá nas
seguintes operações:

Espalhamento de sementes, que poderá ser feito separadamente ou em simultâneo
com as operações que se seguem, conforme as características das máquinas a
empregar;

Fixação de palha com emulsão betuminosa, espalhada por aspersão, à razão de
0,200 kg/m2. De acordo com o tipo das máquinas a empregar, a emulsão betuminosa
pode ser espalhada depois ou simultaneamente com a palha.
Os lotes de sementes a semear, deverão estar de acordo com o respectivo plano de
sementeiras, no que diz respeito à densidade.
A sementeira será feita pelo método de hidrossementeira em duas aplicações conforme
descrito seguidamente, à excepção das zonas planas em que apenas se faz a primeira
aplicação:

1ª Aplicação - incluirá o espalhamento das sementes herbáceas nas quantidades
preconizadas nos lotes de sementeira propostos, o fixador tipo “Biostab” ou similar à
razão de 70 g/m² para além dos fertilizantes e correctivos já referidos. Deverá aplicarse um protector de semente tipo “Biomulch” ou similar, à razão de 75 g/m² nos
taludes em aterro ou 100 g/m² nos taludes em escavação.

2ª Aplicação - far-se-á 4 a 6 semanas após a 1ª (quando as herbáceas tenham cerca
de 10 cm de altura) e no espaço não abrangido pelos primeiros 4 m adjacentes a
bermas ou valetas das vias. Esta aplicação incluirá, para além das sementes
arbustivas e arbóreas preconizadas nos respectivos lotes de sementeira, o fixador de
solo à razão de 10 g/m² e os fertilizantes e correctivos anteriormente referidos. Será
igualmente feito um reforço da sementeira herbácea abrangendo a totalidade do
talude na ordem dos 10 g/m² caso se verifique um deficiente desenvolvimento na
cobertura dos taludes.
As sementes arbustiva e arbórea cujas dimensões não sejam compatíveis com a maquinaria
usada, serão semeadas ao covacho.
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
9/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
9.4
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
Época de realização
Os trabalhos relativos ao Projecto de Enquadramento Paisagístico deverão ser executados no
decurso das obras de terraplanagem de forma a não existirem intervalos de tempo entre as
obras em questão. Prevê-se assim, que os taludes construídos não estejam expostos aos
agentes erosivos, sem a aplicação do revestimento vegetal, situação que se não for cumprida
porá em causa a estabilização dos mesmos.
Os trabalhos de modelação e preparação de terreno deverão ser feitos na Primavera e Verão,
de modo a que as sementeiras possam ser efectuadas durante o Outono, logo no início das
primeiras chuvas. Exceptuam-se, porém, a sementeira de bolotas ou landes, que só estarão
maduras a partir de Novembro/Dezembro. A sementeira destas far-se-á só nesta altura e ao
covacho.
As plantações deverão iniciar-se no mês de Novembro e deverão estar concluídas até finais
de Março, incluindo todos os retanches necessários.
9.5
Período de garantia
Uma vez finalizada as plantações e sementeiras, a conservação dos espaços exteriores
deverá ficar a cargo da empresa construtora. Deverá ser estabelecido um período de
garantia, de cerca de 1 ano, durante o qual a empresa construtora se comprometerá a repor
todas as plantas que não vinguem, à excepção das que secarem por causas imputáveis às
condições locais (secura, condições climáticas, etc.).
Terminado o prazo de garantia findam as responsabilidades do empreiteiro.
10 MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO
10.1 Rega
Imediatamente após a realização dos trabalhos, deverão executar-se as regas que deverão
conferir ao solo o grau de humidade necessário ao desenvolvimento das plantas. Esta
operação realizar-se-á até ao início das primeiras chuvas, e sempre que se verifiquem
sintomas de emurchecimento na vegetação semeada e plantada.
Durante o período de garantia e se as condições o determinarem, deverá fazer-se ainda a
rega localizada das plantas que necessitarem no período primaveril/estival.
10/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
10.2 Fertilização
Deverão realizar-se três fertilizações anuais. A 1ª em Fevereiro e a 2ª em Março/Abril,
aplicando uma adubação azotada com adubo nitroamoniacal 20,5%, à razão de 15 g/m². A 3ª
aplicação realizar-se-á no reiniciar do ciclo, em Outubro/Novembro, utilizando o adubo
químico ternário.
10.3 Ceifa
No começo do Verão, e depois da maturação das sementes das espécies herbáceas, deverá
fazer-se uma ceifa do prado nas zonas planas a fim de estimular o afilhamento.
10.4 Retancha e Sementeira
Se, logo após os trabalhos de sementeira, sobrevierem condições adversas que danifiquem
parcialmente o trabalho executado, deverá fazer-se a ressementeira das zonas afectadas,
logo que as condições do solo e do clima o permitam. Porém, se a estação já estiver
demasiadamente avançada, a ressementeira far-se-á durante o mês imediato.
No que respeita às plantações, a substituição das espécies que morreram será feita de
Novembro a Janeiro do ano seguinte.
10.5 Mondas
Realizar-se-ão mondas de plantas infestantes nas zonas ajardinadas sempre que se
considere necessário, para evitar a concorrência com a vegetação instalada, principalmente
nos canteiros de herbáceas.
11 REDE DE REGA
11.1 Piquetagem
Todas as localizações dos aspersores e linhas de tubo devem ser assinaladas com estacas.
A fiscalização deve verificar todas as localizações e traçados e dar a sua aprovação antes da
abertura de quaisquer valas.
11.2 Valas para implantação da tubagem
Todas as linhas de tubo devem ser instaladas a uma profundidade mínima de 0,40 m em
relação ao terreno modelado.
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
11/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
As trincheiras para a colocação da tubagem de rega devem ser escavadas com profundidade
suficiente e com a largura necessária para permitir a correcta colocação de acessórios e
aspersores.
11.3 Atravessamentos
Nos atravessamentos das vias pavimentadas e/ou de circulação será colocada uma conduta
em ferro fundido dúctil com Ø 60 mm através do qual passará a tubagem de rega.
11.4 Tapamento de valas
Colocada a canalização, o tapamento das valas deverá ser feito de modo a que a terra que
contacta directamente com os tubos esteja isenta de pedras, recorrendo-se à sua crivagem
sempre que isso seja determinado pela fiscalização. Para evitar abatimento posterior, o
tapamento deverá ser feito por duas camadas iguais, bem calcadas a pé ou a maço, sendo a
camada inferior formada pela terra retirada do fundo da vala e a superior pela terra da
superfície.
O tapamento das valas para implantação da rede de rega só será executado após inspecção
por parte da fiscalização.
11.5 Tubagem e acessórios
A tubagem e respectivos acessórios obedecerão ao projecto correspondente no que respeita
a diâmetros, localização, natureza e qualidade dos materiais. A tubagem a usar será em
polietileno de alta densidade (PEAD). Os tubos a utilizar serão da série PN 80, para uma
pressão nominal de 10 bar.
Os acessórios são os indicados no plano de rega e obedecerão às respectivas especificações
inseridas no capítulo da qualidade dos materiais. Nomeadamente serão instalados sistemas
de rega através de aspersores nas zonas verdes em geral e do tipo gota a gota ao longo da
cortina arbórea. Os acessórios serão de encaixe rápido do tipo PET.
As válvulas de rega deverão ficar cerca de 0,20 m abaixo do nível do terreno. Os aspersores
deverão ficar ao nível do terreno, e afastados, no máximo, de 0,20 m dos lancis e muretes.
O interior dos tubos deve ser conservado limpo de quaisquer detritos e, quando na colocação
da tubagem existirem paragens, as pontas abertas dos tubos devem ser tapadas com meios
apropriados.
12/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
11.6 Válvulas
As válvulas (do tipo especificado) devem ser instaladas de acordo com o descrito na Memória
Descritiva.
11.6.1
Electroválvulas
As electroválvulas a instalar nos diversos sectores terão todas as suas características
idênticas às indicadas nas peças desenhadas, fabricadas em fibra de vidro reforçada com
nylon, automáticas e com rosca fêmea. Os diâmetros serão os indicados no projecto.
11.6.2 Válvulas de esfera
As válvulas de esfera serão em PVC e antecedem as electroválvulas.
O seu diâmetro corresponderá ao indicado nas peças desenhadas, em caso de omissão
este será idêntico ao da electroválvula.
11.6.3 Válvulas de baioneta
As válvulas de baioneta, correspondentes às bocas de rega, serão em bronze de 3/4” e com
chave.
11.6.4 Caixas para válvulas
As válvulas serão instaladas em caixas de fibra de vidro, ou equivalente, com tampa e chave.
11.7 Aspersores
Os aspersores serão equivalentes aos indicados nas peças de projecto, e terão regulação do
ângulo de cobertura e de circuito completo, munidos de válvulas anti-aderentes.
Os aspersores serão de círcxulo ajustável, de acordo com as suas características de fabrico e
a relação entre o ângulo de cobertura e o bico deve ser escrupulosamente respeitada.
Os aspersores serão montados na tubagem por meio de ligação articulada.
11.8 Automatismo
O automatismo será assegurado por um sistema em tudo semelhante ao indicado em
projecto, integrando nomeadamente um computador – programador de rega que comanda as
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
ET-ECC 043
13/14
DHV FBO
DESIGNAÇÃO
ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO
CONSTRUÇÃO CIVIL
ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA
ET- ECC 043
Versão: 0_03.01.31
temporizações de abertura/ fecho das válvulas de seccionamento automáticas de cada um
dos sectores.
11.9 Ligação à rede geral
A ligação à rede geral será feita por conta do empreiteiro e levará uma válvula de cunha em
bronze ou latão, para isolamento de todo o sistema, em caso de avaria.
11.10 Prova de ensaio
Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, serão sujeitas a uma prova de ensaio,
na presença da fiscalização, para detectar quaisquer fugas porventura existentes. Essa prova
consistirá no enchimento da tubagem, com o grupo hidropressor e na observação de todos os
acessórios de ligação, para verificação da sua estanquidade à pressão de funcionamento do
grupo. Todas as fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato, só
podendo ser feito o tapamento das valas depois de novo ensaio.
As provas deverão ser realizadas com as juntas a descoberto, travando-se suficientemente as
canalizações e os acessórios para evitar o seu deslocamento sob o efeito da pressão interna.
No caso das canalizações enterradas a sua sujeição será feita por meio de aterro.
14/14
ET-ECC 043
Processo de Concurso. Cláusulas Especiais.
Versão 0 – 03.01.30
Download