LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – BRASIL – ÁREA SUL FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL I CONGRESSO DE SAÚDE E BEM-ESTAR PORTO ALEGRE 2013 2 LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – BRASIL – ÁREA SUL Diretor: Eduardo Mendonça FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL Diretora Acadêmica: Profa. Sara Pedrini Martins ESCOLA DE SAÚDE E BEM-ESTAR Diretora: Juliana Bredemeier I CONGRESSO DE SAÚDE E BEM-ESTAR 2013 Comissão Organizadora: Alice Fialho Viana Ana Paula Freitas Bibiana Malgarim Fernanda Calil Petri Jaciane Guimarães Juliana Bredemeier Márcia Otero Sanches Márcio Geller Marques Renata Cardoso Plácido Rúbia Maestri Yáskara Arrial Palma Colaboradores: Ana Paula Blauth Ana Paula Rodrigues Andreia Moreira Correa Angélica Machado Angelica Micheles Caren Krobauer Caroline Alves de Aguiar 3 Cinthia Aline Carvalho Cristiani Beatriz Machado Legaki Cristina Schussler Fádila Cardoso Francyelle Rosa Gicela D. Alves Grasiela Arnold Ivana Salaberry Juliana Moreira da Silva de Oliveira Karoline Sortica Kelly L. S. de Almeida Layane Souza Schneider Liziane Barreto Luciane Cardoso da Silva Mara Lopes Santana Mariana Collazzo da Silva Marines Pereira Nunes Marjorie Lima Toledo Neuza Maria Santana Priscila Oliveira da Cunha Raquel dos Santos Ramos Rossana da Rosa do Carmo Salua Finamor Samantha Sittart Navarrete Simone da Rosa Tamiris da Rosa Adena 4 5 Programação: 05 de novembro de 2013 | Terça-feira 19h15–20h30 Palestra: “Expectativas do mercado em relação aos profissionais de Enfermagem” Palestrante: Ms. Ricardo Riveiro Mediação: Márcia Sanches 19h15–20h30 Palestra: “Transtorno de Personalidade Borderline: Desenvolvimento e tratamento conforme a TCC” Palestrante: Ms. Letícia Rosito Pinto Kruel Mediação: Igor Finger 19h15–20h30 Palestra: “Autoestima: O profissional da beleza como um agente transformador” Palestrante: Empr. Rafael Ahmir, Emp. Matheus Tauber e Tec. Daiane Fraga Mediação: Fernanda Petri 19h15–20h30 Palestra: “Intervenções em emergência: Caso Kiss” Palestrante: Esp. Eduardo Guimarães e Psicól. Thiago Loreto Mediação: Luciano Haussen A tragédia ocorrida na boate Kiss foi um evento catastrófico a nível nacional. Neste evento foi explicitada a necessidade de se treinar equipes com profissionais capazes de intervir em situações de crise e emergências. O Trabalho realizado pela equipe do Núcleo de Estudos de Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) da PUCRS foi apresentado aos participantes com o objetivo de informar e instruir sobre como agir em determinadas situações. A apresentação consistiu em descrever o contato inicial e as precauções necessárias que o psicólogo deve ter ao participar desta atividade, assim como a capacitação específica em emergências. Baseada em um protocolo de primeiros socorros psicológicos o primeiro contato deve ser focado no apoio as necessidades momentâneas deste indivíduo, como prover segurança e bem-estar físico, acalmar e orientar, auxiliar manifestação de preocupações e oferecer assistência prática às vítimas para reduzir o risco de desenvolvimentos psicopatológicos futuros. Associado a esse aspecto avaliase o risco imediato do indivíduo a complicações que possam incapacita-lo. Em uma situação emergencial é importante normalizar algumas situações esperadas como processos de luto e perda e reações emocionais mais intensas. O objetivo do profissional é acompanhar e encaminhar, sempre que possível, o indivíduo a um serviço específico que a sua demanda exige. A maioria dos indivíduos, por mais difícil que seja o evento, não desenvolve nenhum transtorno decorrente. Porém existem muitos poucos sinais que nos permitem prever e indicar quais serão as pessoas que sofrerão as consequências mais severas. Como consequência, o posicionamento do profissional deve ser sempre psicoeducativo e diretivo, de forma empática e acolhedora. Ao longo das semanas logo após o evento a equipe se dividiu em três frentes operacionais: (1) na capacitação de profissionais para atuar nestas situações de acordo com o manual proposto; (2) no atendimento especializado aos casos delicados e que apresentavam risco ou complicações; e (3) nas negociações sobre as diretrizes a serem tomadas nas semanas seguintes para um acompanhamento da população atingida. É válido ressaltar que nada disto seria possível se não fosse a colaboração de diversas instituições e profissionais que dedicaram seu tempo e esforço para tornar esta tragédia um pouco mais suportável. Agradecemos ao Conselho Regional de Psicologia, à Força Aérea Brasileira, ao Grupo NEPTE da PUCRS e todos profissionais de diversas áreas pela constante fonte de apoio neste momento tão necessário. 6 19h15–20h30 Palestra: “Como a Psicologia vem ocupando seu espaço no ambiente hospitalar: Uma visão interdisciplinar” Palestrante: Esp. Julia Hermel Mediação: Luciane Slomka O conceito ampliado de saúde exige e implica que todos os processos de saúde estejam baseados no conhecimento teórico e técnico da interdisciplinaridade. Dessa forma, a psicologia se conecta com a área da saúde e vem ocupando um espaço importante nos níveis primário, secundário e terciário de atenção a saúde. A psicologia inclusive se destaca no ambiente hospitalar, tradicionalmente contemplado com a soberania do saber biomédico. A psicologia no hospital tem a necessidade de se aproximar das demais áreas da saúde na busca apoiar o crescimento do cuidado na saúde. A hospitalização representa um desafio à capacidade de adaptação do indivíduo, na qual este ocupa involuntariamente o papel de paciente, muitas vezes também no nível emocional. O indivíduo, hospitalizado como paciente, caminha entre posições mais e menos passivas na medida que segue normas e rotinas hospitalares normalmente pouco individualizadas. Em meio a complexidade dos diferentes diagnósticos, das complicações advindas das doenças e das limitações de diversas ordens (comprometimento orgânico e espaço físico - setting hospitalar), o psicólogo argumenta e sustenta condutas, baseado na sua atuação, a fim de amparar o paciente frente as decisões e considerações da equipe responsável pelo cuidado em saúde. 20h30–22h00 Palestra: “Navegar é preciso, envelhecer não.” Palestrante: Dr. Everton Massaia Mediação: Evelise Waschburger 20h30–22h00 Palestra: “O Caso Angelina Jolie e outros dilemas éticos na genética” Palestrante: Dra. Claudia Dornelles Mediação: Alice Viana 20h30–22h00 Palestra: “Gestão da Qualidade em Saúde” Palestrante: Enf. Isônia Timm Müller Mediação: Márcia Sanches 20h30–22h00 Palestra: “O Psicólogo frente ao luto real: Como trabalhar com perdas e emergências” Palestrante: Ms. Letícia Bertuzzi Mediação: Luciane Slomka Em situações de crises e emergências, a avaliação da demanda em saúde mental é imprescindível, pois servirá como um guia para a criação dos planos de ação no evento. Isto é, a análise das demandas possibilita a organização coordenada das intervenções imediatas ao evento estressor. A partir da compreensão do evento, identificam-se os aspectos culturais, políticos e sociais da comunidade afetada; as problemáticas em saúde mental; as necessidades psicossociais dessa população, assim como temáticas para educação em saúde. As ações voltadas a essas áreas auxiliam na instauração de sentimentos de proteção e confiança em meio ao caos, sendo importante ressaltar que as medidas tomadas nas primeiras 72 horas do evento estressor ditam as bases para respostas eficazes nas semanas seguintes ao evento. Dentre as ações em saúde mental, destacam-se os primeiros socorros psicológicos, que correspondem a qualquer tipo de ação cujo propósito seja proteger e/ou promover o bem estar psicossocial, prevenir danos e oferecer tratamento a possíveis transtornos. Para trabalhar enquanto voluntário, exige-se habilidade para identificar reações normais em meio ao caos, entendimento sobre o 7 trabalho em psicologia das emergências, respeito à hierarquia das ações, flexibilidade, responsabilidade, honestidade, assim como competência para contextualizar os aspectos culturais e respeitar os pilares de segurança, dignidade e direito. Palavras-chave: psicologia das emergências; avaliação de demanda; trabalho voluntário. 20h30–22h00 Palestra: “Atletas lesionados: Visão multidisciplinar” Palestrante: João Derly, Psic. Rejane Côrrea Menezes e Ms. Fabrício Duarte Mediação: Márcio Marques 06 de novembro de 2013 | Quarta-feira 19h15–20h30 Palestra: “Segurança do Paciente: Expectativas para a formação de profissionais da saúde” Palestrante: Esp. Rita Timmers Towsend Mediação: Márcia Sanches A segurança do paciente é a redução do risco de danos durante a assistência em saúde ao compatível com o mínimo aceitável. A preocupação com a segurança na saúde deve ser prerrogativa de todo profissional da área da saúde no exercício de sua prática, pois a assistência pode trazer a ameaça à vida dos pacientes. O aumento das denúncias contra profissionais da área da saúde, fomenta uma reflexão superficial em relação ao tema e abre espaço para a ação da mídia, que funciona de forma invariavelmente punitiva. As ações de saúde e o atendimento estão cada vez mais associados à tecnologia, que contribui, porém traz riscos, torna o cuidado ao paciente mais difícil e muitas vezes impessoal. Neste cenário, por onde começar? Ensinar segurança do paciente, pode-se entender como um bom começo. A Segurança do paciente deve estar inserida nos currículos de forma transversal, como componente curricular e fazer parte da capacitação docente. O currículo tradicional dos cursos da área da saúde apresenta aderência ao tema e precocemente pode-se trabalhar tal conhecimento em disciplinas como, Saúde Pública, Epidemiologia e Ética. Os objetivos desta ação visam sensibilizar os acadêmicos da área da saúde em relação ao tema e a repercussão em suas ações de saúde futuras. A metodologia adotada foi uma palestra proferida por uma enfermeira com experiência no tema da educação e segurança do paciente, durante a Semana da Saúde na Instituição de Ensino Superior FADERGS, A palestra teve duração de 120 minutos e foi assistida por acadêmicos de graduação a área da saúde. Os Resultados Esperados foram a troca de experiências e a reflexão de um tema contundente. Além do desenvolvimento do pensamento de uma cultura de segurança, que, prevê a redução de danos e o conhecimento de técnicas para o gerenciamento de erros. Também, motivar os acadêmicos e docentes a pensar seus currículos quanto aos tópicos da segurança do paciente e a forma de incorporar os requisitos para integrar o tema de maneira efetiva para a formação de profissionais capazes de compreender a importância de medidas de alta relevância para a assistência do paciente. Palavras-chave: Assistência à Saúde, Segurança do Paciente, Currículo Acadêmico. 19h15–20h30 Palestra: “Eletroterapia baseado em evidências” Palestrante: Esp. Franciele Provensi, Fisio. Renata Zarpelão e Fisio. Vanessa Salgueiro Mediação: Fernanda Petri A tecnologia de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) está sendo usada para realização de tratamentos que visam esculpir o corpo de forma não-invasiva destruindo células adiposas indesejáveis. Esta técnica refere romper adipócitos por via percutânea com redução da circunferência que podem chegar, em média, a 4-5 cm na região tratada. Há dois mecanismos que resultam na redução do tecido adiposo: um deles é o efeito mecânico que perturba as membranas celulares até o seu rompimento; o outro é o calor que destrói as células de gordura em temperaturas acima de 58º C alcançada no tecido alvo pelo HIFU. O resultado é a morte celular por necrose de coagulação dentro da área alvo, enquanto que o tecido adjacente 8 permanece inalterado. Achados histológicos comprovaram que a aplicação de HIFU realmente promove lise adipocitária. Pelo menos mais duas características, além da freqüência, tornam o HIFU uma tecnologia mais efetiva no tratamento da adiposidade localizada, são elas: o formato côncavo do cristal que converge a energia da onda para um único foco e a intensidade acima de 17 W/cm2 que permite alcançar temperaturas superiores a 50ºC na região alvo. O procedimento de redução da adiposidade localizada com HIFU é seguro, não invasivo, eficaz, duradouro e sem efeitos adversos para o organismo. Ainda assim, há muito que ser investigado sobre as terapias de redução de adiposidade localizada que fazem uso do US. Para isso, estudos experimentais são necessários, visto que um grande número de variáveis envolvidas no uso do US dificultam a compreensão exata do seu mecanismo de ação na interação com os tecidos biológicos. Palavras-chave: ultrassom focalizado, HIFU, ablação, hipoderme, lise adipocitária. 19h15–20h30 Palestra: “Psicanálise e Estética: Uma discussão sobre as formas atuais do corpo” Palestrante: Psican. Alexandra Dal Prá. Empr. Maria Regina Hoff Mediação: Bibiana Malgarim 19h15–20h30 Palestra: “Diversidade sexual, homofobia e políticas públicas.” Palestrante: Ms. Ângelo Brandelli Costa Mediação: Yáskara Palma 20h30–22h00 Palestra: “Diálogos com o jovem terapeuta” Palestrante: Esp. Cristina Sabóia Mediação: Vládia Schmidt 20h30–22h00 Palestra: “Perícia Criminal no RS” Palestrante: Ms. Fernanda Rafaela Jardim Mediação: Marcos Oliveira 20h30–22h00 Palestra: “A medicalização do sofrimento na infância e adolescência” Palestrante: Esp. Lúcia Laudina Cândido Mediação: Renata Ayub/ Jaciane Guimarães 07 de novembro de 2013 | Quinta-feira 19h15–20h30 Palestra: “Avanços tecnológicos em Cosmetologia” Palestrante: Tec. Estét. Luciana Hoerlle, Téc. Ana Claudia Dalcin e Téc. Renata Vinholes Mediação: Fernanda Petri O estresse é considerado como uma defesa natural que auxilia o ser humano a sobreviver. Mas a cronicidade do estímulo estressante acarreta consequências danosas ao nosso organismo. Dentre estas consequências, observa-se alterações hormonais que ocasionam na queda da imunidade. Na face é visível o surgimento de descamações, áreas avermelhadas e ressecadas, além de olheiras e pele sem brilho. Para restaurar a saúde, homogeneidade e hidratação é indispensável reiniciar as principais funções da pele, buscando restaurar seu equilíbrio. O conceito de Ecovigilância originou-se da necessidade de intervir terapeuticamente nas malignidades causadas na pele decorrentes do estresse. Esta nova compreensão mostrou-se eficaz no tratamento das afecções cutâneas, além de promover aumento do bem-estar. Palavras-chave: Estresse Cutâneo; Ecovigilância. 9 19h15–20h30 Palestra: “Implicações éticas e legais e do exercício profissional em saúde” Palestrante: Ms. Nirma Carpes Mediação: Márcia Sanches 19h15–20h30 Palestra: “A Psicologia Humanista e suas interfaces na contemporaneidade” Palestrante: Esp. Rosemari Bertolin Mediação: Yáskara Palma 19h15–20h30 Palestra: “Distúrbios Alimentares e Obesidade na infância” Palestrante: Ms. Renata Lisboa Mediação: Vládia schmidt Este trabalho propõe pensar a obesidade como expressão clínica desde o enlace da psicanálise com a crítica cultural, visto que a obesidade situa-se num campo que não é exclusivo do saber produzido pela medicina, uma vez que ela é considerada, a partir do próprio campo médico, como um traço complexo e multifatorial que envolve a interação de influências metabólicas, fisiológicas, comportamentais e sociais. Com base no método de pesquisa em psicanálise e a partir da escuta de pacientes que portam obesidade e sobrepeso os quais narraram padecimento psíquico, percorreu-se um itinerário atravessado por vozes, denúncias, dores e silenciamentos. Então, o enigma do não-dito se colocou como questão: comer, comer e comer, no lugar do dizer? A essa repetição do comer no lugar do dizer, da comida no lugar da palavra e da comida no lugar da experiência, encontramos a angústia (Freud, 1926) como sinal de um dado trilhamento, sintomático e cultural, isto é, das relações entre a obesidade com o singular da experiência e com o universal da estrutura. Das ressonâncias do percurso de acompanhamento a esses sujeitos, verteram testemunhos em que o empobrecimento da experiência (Benjamin, 1933) se fez presente, além de horizontes emocionais menos esperançosos. Nos desdobramentos da reflexão, o que decantou foi a relevância da criação de espaços, como o da clínica, que possam abrigar tais padecimentos, propiciando aos sujeitos em questão, a construção de outros caminhos que favoreçam o alargamento do pensamento, a expansão de suas paisagens emocionais, mais esperançosas e criativas. Palavras-chave: obesidade infantil, clínica, cultura, empobrecimento da experiência. 19h15–20h30 Palestra: “Segurança do Paciente e Qualidade Assistencial” Palestrante: Dr. William Wegener Mediação: Ana Fontoura 20h30–22h00 Palestra: “Visagismo e Maquiagem na camuflagem de alterações estéticas” Palestrante: Maquiad. Camila Notari, Técn. Ana Braga e Técn. Ana Laura Bedin Mediação: Fernanda Petri 20h30–22h00 Palestra: “É possível frear o relógio biológico? A Doença de Alzheimer como exemplo de complicações do envelhecimento” Palestrante: Ms. Talita Pereira e Psicól. Murilo Ricardo Zibetti Mediação: Renata Bornholdt Mesmo idosos saudáveis apresentam queixas em relação ao seu desempenho de memória. Isso ocorre tanto devido ao declínio de algumas funções cognitivas, quanto devido a estados humorais deprimidos. O fato é que, embora o idoso saudável sinta declínios cognitivos em funções como memória episódica, velocidade de processamento, atenção concentrada e funções executivas estes têm um impacto mínimo em relação as atividades de vida diária. Esse impacto funcional é fundamental para diferenciar os idosos saudáveis daqueles com quadros iniciais de demência. O prejuízo cognitivo e o impacto no desempenho das atividades de vida diária são quantificados através da avaliação neuropsicológica (NA). E, por isso, a AN tem contribuído 10 para o diagnóstico diferencial de quadros neurodegenerativos relacionados doença de Alzheimer. A manifestação inicial da demência de Alzheimer são prejuízos mnemônicos e acompanhados por desorientação no tempo e no espaço. Progressivamente, a doença tende a afetar todas as áreas cognitivas, comportamentais e afetivas do paciente. O diagnóstico preciso é fundamental para a implementação de terapêuticas farmacológicas e de reabilitação neuropsicológica que tendem a desacelerar a evolução da doença e garantir maior qualidade de vida pelo maior tempo possível. As técnicas de reabilitação neuropsicológica tendem a fazer a orientação de manejo por parte dos cuidadores, incluem treinos cognitivos e estimulam a reduzir o isolamento do paciente. A aplicação dessas técnicas dificilmente altera o perfil cognitivo do paciente, mas estimulam o melhor manejo e agregam qualidade de vida ao paciente. Palavraschave: neuropsicologia, idosos, doença de Alzheimer. 20h30–22h00 Palestra: “Possibilidade de Intervenção na abordagem Sistêmica” Palestrante: Ms. Luciane Tchoepke e Ms. Barbara Rech Mediação: Ana Paula Freitas 20h30–22h00 Palestra: “Nanotecnologia para vetorização de medicamentos e cosméticos” Palestrante: Dra. Renata Raffin Mediação: Alice Viana 20h30–22h00 Palestra: “Tópicos em investigação e ciências forenses” Palestrante: Dra. Fernanda Bordignon, Ms. Henrique Zaquia Leão e Esp. Luciano Sanchotene Mediação: Cinara Garrido Comissão Avaliadora: Alice Fialho Viana Ana Cleonides Paulo Fontoura Ana Cristina Wesner Ana Paula Freitas Andrea Müssnich Bianca Costa Bibiana Malgarim Cinara Garrido Douglas Rambo Evelise Waschburger Fernanda Calil Petri Igor da Rosa Finger Jaciane Guimarães Juliana Bredemeier Katya Araújo Lilian Weber Lisiane Saraiva Luciane Slomka Luciano Haussen Pinto Márcia Otero Sanches Márcio Geller Marques Mike Moussalle Nicolas Murcia Nery José de Oliveira Junior Paola Paludo Renata Bornholdt Renata Cardoso Plácido Rúbia Maestri Sandra Rodriguez Vládia Schmidt Yáskara Arrial Palma 11 Sumário ABIANNA, Carolina (FADERGS), DOMBROVISKI, Janice (FADERGS). Análise psicanalítica, segundo pontos da teoria de Winnicott do filme O perfume – de Tom Tykwer................................16 AIRES, Edite (FADERGS); ESCANDIEL, Adriana (FADERGS); HELDT, William (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS); SOARES, Karen (FADERGS). Síndrome de Burnout (SB) na Profissão de Enfermagem em Instituições Hospitalares da Região Sul do País...........................16 ALVES, Gicela D. (FADERGS); FREITAS, Ana P. O. (FADERGS). Reflexões sobre a aplicação da Bioética Principialista e pesquisa com seres humanos..................................................................17 ALVES, Gicela D. (FADERGS); WAGNER, Carla (FADERGS); GRIEBLER, Patrícia (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). Observação simples para visualizar as teorias do desenvolvimento infantil...............................................................................................................18 ANDRADE, Vera L. O. (ULBRA); JUST, Ane M. F. (ULBRA). Efeito de exercício ativo associado à corrente russa na atrofia muscular da coxa.....................................................................18 ARNOLD, Grasiela (FADERGS); BRITES, Nataís B. M. (IC-FUC); RUSCHEL, Patricia P. (ICFUC). O atendimento ao óbito de adultos em hospital especializado em cardiologia.......................19 BARONIO, Franchesca C. (FADERGS); FINGER, Igor da R. (FADERGS). Tragédia e Trauma: o papel do psicólogo em situações de emergência................................................................................19 BERGESCH, Dailys (FADERGS); RAMBO, Douglas F. (FADERGS). A nanotecnologia cosmética ao alcance da esteticista....................................................................................................20 BERNARDY, Angélica, S (FADERGS); GLOGER, Isone (UNISINOS). Atuação do Psicólogo no Centro de Referência e Assistência Social – CRAS..........................................................................20 BONET, Fernanda (FADERGS); MORESCO, Franciane (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C. (PIM-PIA). O visitador do Programa Primeira Infância Melhor – Porto Infância Alegre (PIM-PIA): Breves reflexões sobre desafios e possibilidades de ação.................................................................21 BORBA, Katiusia M. de (FADERGS); BENTO, Jéferson M. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS). Compreendendo o infarto agudo do miocárdio......................................................21 CARVALHO Cínthia A. (FADERGS). O homem e a máquina: uma análise sobre os processos organizacionais numa empresa familiar.............................................................................................22 CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). Saúde e Interdisciplinaridade: uma realidade em construção..........................................................................................................................................23 CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria E. (FADERGS), MALGARIM, Bibiana G. (FADERGS). Transferência e contratransferência: Reflexão sobre a prática do processo de mediação com Ênfase Psicanalítica...................................23 CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Estresse x Qualidade de Vida nas Organizações.................................................................................................24 12 DOMBROVSKI, Janice (FADERGS); MARINI, Kaoara (FADERGS); SILVA, Luana F. (FADERGS); LINCK, Luciana (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção com grupos na área da Saúde.........................................................................................................25 FERRARI, Brunelly (FADERGS); GONÇALVES, Giselle (FADERGS); VIANA, Alice (FADERGS). Análise da comunicação verbal e não verbal nos cuidados paliativos....................25 FINAMOR, Sálua S. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); FREITAS, Ana P. de O. (FADERGS). Genograma: uma ferramenta para o entendimento funcional e estrutural da família. .........................................................................................................................................26 GALIANO, Pietra C. (FADERGS); RIBEIRO, Vera (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS). Reflexões sobre a prática clínica no contexto hospitalar..........................................................................................................................................26 GUARAGNA, Carolina C. R. (FADERGS/UFRGS); SCHEEREN, Patrícia (UFRGS); WAGNER, Adriana (UFRGS). Como homens e mulheres resolvem seus conflitos conjugais: um estudo com casais do RS......................................................................................................................................27 GUEDES, Joelma A. (FADERGS); MORESCO, Franciane M. (FADERGS); ROBERT. Gabriela. (FADERGS); SCHIMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Músicas brasileiras, o que elas traduzem? Um olhar sob a ótica Winnicottiana........................................................................................................28 HANNA, Silvia M. M.(FADERGS); LENCINA, Tiago (FADERGS); VIEGAS, Daiana S. (FADERGS); BORGES, Tiago (FADERGS); VARGAS, Rodrigo A. (FADERGS); SANCHES, Márcia O. (FADERGS). Estágio de enfermagem: relato de experiências do primeiro grupo do Curso de Enfermagem da FADERGS...............................................................................................28 KAPPKE, Desirée (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). O impacto das relações de gênero na carreira de mulheres..........................................................................................................29 KAPPKE, Desirée (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). O processo de inclusão de jovens aprendizes com deficiência intelectual na prática..................................................................30 LOPES, Ana D. F. (FADERGS); CORREA, Andreia M. (FADERGS); LOPES, Clóvis da R. (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Metas Internacionais para a Segurança do Paciente: Identificação Correta dos Pacientes.............................................................................30 LUZ, Lucilene (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Relato de prática: Organização de tempos e espaços na infância...................................................................................31 MARTINS, Larissa (FADERGS); FELIX, Lisiane (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente – O checklist da cirurgia segura............................................32 MARQUES, Fabiane (FADERGS); BARREIRO, Liziane (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria E. P. dos (FADERGS); GOETTER, Nelson (FADERGS). Uma reflexão sobre as dificuldades que os surdos vivenciam a partir do filme “Meu nome é Jonas”.................................................................................................................................................32 [29] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). Uma família com questões de violência e a teoria de modelagem de Bandura, uma hipótese sobre a transformação das relações......................................33 13 MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). O risco de uma história única e as relações de poder.............34 MORESCO, Franciane. M. (FADERGS); SALOMÃO, Carolina (FADERGS); VANACOR, Eliandra E. (FADERGS); CHACON, Nancy M. (FADERGS). Observação a partir do Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner. .....................................................................................................34 MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SILVA, Luciane C. (FADERGS). A importância do Grupo terapêutico: Relato de uma observação do Grupo Comedores Compulsivos Anônimos...........................................................................................................................................35 MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SOARES, Aline (FADERGS); BARRETO, Katyene (FADERGS); GUEDES, Joelma A. (FADERGS); GERHARD, Evandro (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção de grupos na Psicologia do Esporte: Revisão bibliográfica.......................................................................................................................................36 NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SANTOS, Sidonal (FADERGS); GELLER, Márcio (FADERGS); MAGALHÃES, Karine (FADERGS); EISERMANN, Nilza (FADERGS). Duelo de Titãs: desafios da Intervenção Grupal...............................................................................................36 OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS); ARNOLD, Grasiela (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SCHMIDT Vládia Z. (FADERGS). Coraline e o mundo secreto: Algumas características da criança em transição das fases pré-latência e latência...........................37 OLIVEIRA, Juliana M. S. de (FADERGS); SCHÜSLER, Cristina (FADERGS); ROSA, Simone B. da (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. (FADERGS); OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS). A integração da escola com as redes de apoio a criança e ao adolescente............................................38 PEIXOTO, Carine R. (FADERGS); MEDEIROS, Régis (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). O processo de individuação do jovem na atualidade: um olhar Winnicottiano...…...38 PEREZ, Tatiana S. (FADERGS); GONÇALVES, Juliana G. (PUCRS); AQUINO, Thayane (PUCRS); CANDIDO, Lucia. Orientação Profissional na escola: relato de experiência de estágio................................................................................................................................................39 PORTELA, Valéria L. (FADERGS); SILVA, Mariana C. da (FADERGS). Observações sobre o desenvolvimento infantil: uma abordagem Piagetiana......................................................................40 RIBEIRO, Rosiane (FADERGS); SANT’ANNA, Adriana (FADERGS); ZEN, Keslei (FADERGS). Microdermoabrasão: A utilização do peeling de diamante em tratamentos faciais..........................40 RIBEIRO, Vera (FADERGS); GALIANO, Pietra (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS); STELZER, Julia (FADERGS). Frida Kahlo – da dor a sublimação........................................................................................................................................41 ROBERT, Gabriela. (FADERGS). Resenha analisando os estereótipos na mídia a partir de palestra da escritora Chimamanda Adichie....................................................................................................42 ROCHA, Rogéria (FADERGS); CASTRO, Carolina de (FADERGS); NUNES, Daziele (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do paciente: uma revisão de literatura............................................................................................................................................42 14 RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). Luto: normal ou patológico?....................................................................................................................................43 RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). O Acompanhamento Terapêutico como dispositivo Interdisciplinar. ..................................................43 RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); LUHRING, Guinter. Utilização da orientação de pessoas como dispositivo no processo de Análise Institucional.......................................................................................................................................44 ROSA, Simone B. de (FADERGS); CAMPOS, Scharlise T. M. de (FADERGS); KRIEGER, Sabrina G. de (UNISINOS); GOMES, Grace A. de (APORTA-RS); DANNENHAUER, Daniela N. de (APORTA-RS); LOPES, Maria I. de (APORTA-RS). Recursos Terapêuticos no tratamento da Ansiedade..........................................................................................................................................45 ROSA, Simone B. de (FADERGS); LUZ, Lucilene S. de (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C. de (PIM-PIA). Reflexões da prática psicopatológica em uma política pública de atenção à primeira infância. ............................................................................................................................................46 [ROSA, Simone B. de (FADERGS); TRINDADE, Genice de (FADERGS); SILVA, Fabio S. de (FADERGS); NOGUEIRA, Gustavo de (FADERGS); GELLER, Márcio M. de (FADERGS). Processos Grupais na Área da Saúde................................................................................................46 SANCHES, Márcia O. (FADERGS); BOHN, Neidi P. (FADERGS); LOPES, Paulo R. de. V. (FADERGS). Erros na administração de medicamentos..................................................................46 SILVA, Cristiane da (FADERGS); MESQUITA, Giovana (FADERGS); ROSA, Francyelle (FADERGS); FOLK, Michel (FADERGS); BARRETO, Rodrigo (FADERGS); OLIVEIRA JR., Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente: Comunicação efetiva entre os profissionais da saúde..................................................................................................................................................47 SILVA, Eduardo R. R. da (FADERGS); FERREIRA, Giovana M. (FADERGS); BARCELOS, Rui C. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS)................................................................47 SILVA, Márcia G. da (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de. (FADERGS). Riscos do uso tópico de nicotinato de metila......................................................................................................................48 SOUZA, Gisa M. M. de (FADERGS); SANTOS, Aline A. (FADERGS); QUEIROZ, Priscila (FADERGS); RASSIER, Daniela F. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Infância: a magia de seu desenvolvimento, um estudo de sua teoria e prática....................................................49 THOMAN, Scharlise (FADERGS); FINAMOR, Sálua (FADERGS); GENTIL, Ana P. (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. dos (FADERGS); BROD, Kenia C. (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenções com Grupo na Saúde. .....................................49 TOLEDO, Marjorie L. (FADERGS); SANTOS, Leonardo M. (FADERGS); BORGES, Anelise K. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Análise do filme “Uma Prova de Amor” pela ótica Winnicottiana............................................................................................................................50 15 VIEIRA, Daniel S. (FADERGS). Chocolate X Neurotransmissores: Uma relação saudável e sem culpa..................................................................................................................................................50 QUADROS, Deize C. V. de (FADERGS); MOLL, Núbia A. (FADERGS); SILVEIRA, Quelen C. R. (FADERGS). Lipossomas e sua eficácia na hidratação cutânea. ................................................51 16 [1] ABIANNA, Carolina (FADERGS), DOMBROVISKI, Janice (FADERGS). Análise psicanalítica, segundo pontos da teoria de Winnicott do filme O perfume – de Tom Tykwer. O filme narra a história de Jean-Baptiste, que nasceu num mercado fétido de Paris, debaixo de uma banca, onde sua mãe vendia peixes. Neste ambiente pútrido a mãe de Jean teve mais cinco partos, em que as crianças nasceram mortas, todavia o destino de Jean fora diferente: ele sobreviveu apesar da tentativa de infanticídio por parte da mãe, que é executada por isso. Neste trabalho nos propomos a analisar o filme à luz da teoria Winnicotiana, que enfatiza a importância do meio para o desenvolvimento do indivíduo. Este autor discute o conceito de preocupação materna primária, que se trata de um estado de semi-regressão ao qual a mãe se submete, para que possa entender as necessidades de seu filho. Jean mal teve o olhar de sua mãe, e no decorrer de sua trajetória evolui de um rejeitado a um assassino em série, que mata para extrair de outros corpos o “cheiro” que não possui. Podemos pensar que nunca foi dada a Jean a oportunidade de sentir-se inteiro ou de sentir-se como parte de algo. Jean não teve esse olhar materno, a mãe foi insuficiente na sua constituição. Essa falha provoca uma alteração no desenvolvimento, criando-se uma “casca” (falso self) em extensão, da qual o indivíduo cresce, enquanto o núcleo (verdadeiro self) permanece oculto e sem se desenvolver. O falso self surge pela incapacidade materna de interpretar as necessidades da criança. Não ter odor próprio, pode ser entendido como uma metáfora usada pelo escritor do filme para descrever a não existência do eu de Jean Baptiste. Ele vivia encapsulado em si mesmo, mal se interessava pelas pessoas, não se relacionava com o mundo. Não havia trocas: nem de um sorriso, um grito, nem mesmo seu cheiro era compartilhado entre as pessoas. Winnicott traz às ideias de holding (conservação) e handling (tratamento), o primeiro trata da acolhida inicial que a mãe fará a seu filho no sentido de garantir sua sobrevivência ou conservação no ambiente; já o handling pressupõe os cuidados básicos que a criança precisa receber como banhos, carícias, entre outros. Conforme a história do bebê Jean, podemos inferir que o fato do personagem não ter conseguido chegar a seu verdadeiro self também deriva destas questões, ele se criou de algum modo, mesmo com a falta de todos estes cuidados importantíssimos. Portanto, conforme as ideias da teoria Winnicotiana, reforçamos que é imprescindível que não percamos o vínculo, o olhar, o contato, principalmente durante um momento de tamanha relevância, que é o nascimento de um ser humano. Palavras-chave: Winnicott, Perfume, Preocupação Materna Primária, Holding, Handling. [2] AIRES, Edite (FADERGS); ESCANDIEL, Adriana (FADERGS); HELDT, William (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS); SOARES, Karen (FADERGS). Síndrome de Burnout (SB) na Profissão de Enfermagem em Instituições Hospitalares da Região Sul do País. A profissão como atividade social muitas vezes insere o individuo na sociedade, porém por outro lado, pode também ser fonte de constante sofrimento físico e mental. Dentro do contexto do trabalho a profissão de enfermagem vem sendo motivo de pesquisas constantes sobre doenças que afetam seus trabalhadores tanto no nível físico como psíquico. Por atuarem nas vinte quatro horas junto aos pacientes e seus familiares, esses profissionais ficam mais vulneráveis e suscetíveis a erros devido a situações que envolvem alto grau de responsabilidade com a vida do outro. O estresse está sempre permeando o cotidiano destes profissionais, uma vez que experienciam cotidianamente situações de intensa adrenalina na tentativa de salvar vidas, mas a produção elevada deste hormônio no organismo provoca a diminuição da capacidade de concentração, memória, raciocínio e tomada de decisão. A SB é decorrência de um estresse crônico típico do mundo do trabalho. Este termo foi descrito primeiramente por Herbert J. Freudenberg em 1974, que observou o comportamento negativo que os profissionais da saúde, de uma clínica de dependência química, apresentavam em relação a internações e demandas recorrentes que os pacientes apresentavam na não aderência aos tratamentos. A SB esta implicada, segundo ele, a um sentimento de fracasso e exaustão 17 emocional, causado por um excessivo desgaste de energia, recursos físicos e psíquicos, nem sempre distinguidos por estes profissionais. A mesma caracteriza-se como um fenômeno psicossocial que ocorre como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na situação de trabalho apresenta-se como a intensificação da sintomatologia própria do estresse demandando três características em seus sintomas: cansaço emocional, despersonalização e falta de envolvimento no trabalho. A profissão de enfermagem foi classificada no ranking da Health Education Authoryt co mo sendo a 4º profissão mais estressante do mundo do trabalho. O objetivo do presente trabalho é analisar e conceituar o termo SB, identificando os principais fatores que levam ao adoecimento físico-psíquico causado por ela, definir um perfil do profissional mais propenso a desenvolvê-la. A metodologia empregada na construção deste trabalho foi de caráter exploratório, na qual foram realizadas pesquisas teóricas em revistas eletrônicas e artigos de relevância acadêmica em que os termos Burnout x técnicos de enfermagem foram citados nos últimos cinco anos na região sul do país. Os resultados encontrados sugerem uma maior suscetibilidade em profissionais que apresentam um alto grau de comprometimento e descontentamento com a profissão, indivíduos casados, do sexo feminino, sem filhos, com tempo de profissão superior a cinco anos e atuação em setores de trabalho como UTIs. Foram levantadas alternativas de prevenção da SB, uma vez que foram identificados vários fatores que poderiam amenizar o impacto negativo de situações experienciadas por estes em seus cotidianos, onde a promoção da saúde deveria ter um enfoque maior no cuidado de quem cuida. Palavras-chave: Síndrome de Burnout (SB); Enfermagem; Conceitos; Prevenção. [3] ALVES, Gicela D. (FADERGS); FREITAS, Ana P. O. (FADERGS). Reflexões sobre a aplicação da Bioética Principialista e pesquisa com seres humanos. Introdução: Uma das tendências atuais e mais difundidas em bioética tem sido a Bioética de Princípios ou Principialismo. Nesta abordagem, a atuação dos profissionais e pesquisadores com seres humanos deve ser norteada pela observação dos princípios de beneficência, não maleficência, justiça e autonomia, buscando a adequação das ações envolvendo a vida e o bem viver. Para ilustrar esses conceitos, optou-se por recorrer a uma obra de ficção como exercício vinculado à disciplina de Bioética. O filme “Medidas Extremas” relata um projeto de pesquisa realizado clandestinamente com seres humanos, na tentativa de encontrar recuperação para pessoas paraplégicas. O projeto parece ter sido desenvolvido de maneira imprópria. O médico Guy, que trabalhava no hospital, começou perceber que algo não estava correto, e começou a investigar passando a ser perseguido pelos pesquisadores. Objetivos: Identificar os princípios de bioética, desenvolvendo habilidades para a prática eticamente correta da profissão de psicólogo. Integrar aspectos teóricos da disciplina de Bioética com uma situação prática através de uma obra de ficção. Metodologia: Assistimos ao filme e buscamos identificar a aplicação ou não dos princípios de beneficência, não maleficência, autonomia e justiça na atuação dos profissionais de saúde e pesquisadores no filme. Resultados: Foram identificadas as manifestações dos princípios de forma bem clara. Conclusão: Entre os principais resultados observados, foi possível identificar que não foi respeitada a autonomia dos participantes do projeto de pesquisa clandestino, na medida em que não procedeu a obtenção do consentimento livre e esclarecido. Além disso, especialmente no que se refere à beneficência e não maleficência, ainda que o objetivo principal do projeto clandestino fosse fazer com que os pacientes paraplégicos voltassem a andar, verificou-se que os participantes foram expostos a riscos importantes, não previsíveis, que em alguns casos acarretaram a morte. Por mais nobre que possa ser o objetivo de uma pesquisa os fins não justificam os meios, de acordo com o filme os malefícios foram maiores que os benefícios. E a postura do profissional feriu os princípios da Bioética. Palavras-chaves: Beneficência; Não Maleficência; Justiça; Autonomia. 18 [4] ALVES, Gicela D. (FADERGS); WAGNER, Carla (FADERGS); GRIEBLER, Patrícia (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). Observação simples para visualizar as teorias do desenvolvimento infantil. Introdução: Este trabalho foi realizado a partir de uma observação simples, de uma criança com seis anos de idade. Com esta técnica avaliamos diversos pontos relacionados ao desenvolvimento. Objetivo: Conhecer, e identificar os processos do desenvolvimento infantil, segundo Lawrence Kohlberg, Jean Piaget, Helen Bee e Robert V. Kail, estudadas na cadeira de Psicologia do Desenvolvimento I - Infância. Método: Foi realizada uma observação simples de uma criança de seis anos, dentro do ambiente Escolar, que cursava a primeira série do ensino fundamental. Resultados: De acordo com a observação, percebe-se que a criança está na fase do jogo de faz de conta substitutivo, bem como no estágio pré-operatório, e ela tem sua habilidade motora global mais definida, do que a habilidade motora fina, e no estágio moral, está no nível convencional. Conclusão: Foi uma experiência gratificante a realização desta observação, pois tivemos a oportunidade de fazer conexão com a realidade pratica e as teorias aprendidas. Palavras-chave: Desenvolvimento I; Observação Simples; Criança. [5] ANDRADE, Vera L. O. (ULBRA); JUST, Ane M. F. (ULBRA). Efeito de exercício ativo associado à corrente russa na atrofia muscular da coxa. Introdução: A pesquisa refere-se a um estudo de caso sobre o efeito de exercício ativo associado à corrente russa na atrofia muscular da coxa. A hipotrofia muscular ocorre pela imobilização ou recrutamento limitado do músculo. A perda parcial ou total de seus movimentos é acometida pelas fibroses nas capas conjuntivas, separando seus fascículos e fibrilas. As atrofias ocorrem em decorrência da idade, já que, a cada década da vida adulta, intermediária (meia-idade), há perda de 5% do metabolismo. Com a perda muscular ocorre hipotonia, e calorias que utilizadas para conservar os tecidos metabolicamente ativos são armazenadas como gordura. Exercícios de força são necessários para que haja essa recuperação. O cérebro é o responsável pela manutenção da ação ordenada dos músculos. Havendo a paralisia de um músculo, a sequência de coordenação é interrompida e outros músculos são incapazes de agir em sequência ocasionando a atrofia muscular. Objetivo: O intuito do presente trabalho é minimizar a atrofia muscular desenvolvida na coxa direita através do uso da corrente russa associada a exercícios ativos. Materiais e métodos: Foram utilizados: avaliação de perimetria, corrente russa, aparelho Hipertonia M2000 TONE DERM, eletrodos de silicone 4x4 cm², fita métrica, gel de contato, travesseiro, maca, balança e câmara fotográfica. Foi realizada pesquisa por meio de estudo de caso realizado no laboratório de Estética Corporal da ULBRA, no período de março até junho de 2013. A cliente V. L. A., 61 anos, manifestou queixa de atrofia muscular na coxa da perna direita. Foram realizadas onze sessões incluindo a avaliação física, uma vez por semana durante o período de uma hora. Para o tratamento do caso foi escolhida a utilização da corrente russa associada a exercício ativo. Resultados: Foram realizados onze atendimentos, uma vez por semana. O primeiro e o último foram reservados para avaliação. A perimetria foi realizada tendo como referência a região supra patelar, sendo as medidas 5cm, 15cm e 25cm. Na primeira sessão obtivemos 36,00cm, 44,05 e 49,00cm. Na quinta sessão, 36,00cm, 44,08cm e 50,02cm. Na última, 36,03cm, 45,01cm e 50,05cm. Foi obtido sucesso na decorrência das sessões observando-se as medidas iniciais. Conclusões: Os resultados demonstraram um aumento na perimetria, fazendo com que se tenha a conclusão de que a corrente russa associada ao exercício físico foi eficaz para a amostra em questão. Assim, entende-se que é importante estudar mais acerca dos efeitos desta modalidade terapêutica no aumento do trofismo muscular. Também é importante que sejam desenvolvidos outros estudos com uma amostra maior. Palavras-chave: Atrofia Muscular; Corrente Russa; Exercício Ativo; Hipotonia Muscular. 19 [6] ARNOLD, Grasiela (FADERGS); BRITES, Nataís B. M. (IC-FUC); RUSCHEL, Patricia P. (IC-FUC). O atendimento ao óbito de adultos em hospital especializado em cardiologia. Introdução: A morte é um acontecimento que faz parte do desenvolvimento humano e se faz presente no cotidiano de todos. Pois todos nascem e um dia morrem, tornando-se assim, um fenômeno natural. O hospital representa um local no qual as pessoas buscam ajuda para restabelecer sua saúde, bem como, pode ser o local de sua finitude. A perda de uma pessoa querida é uma das experiências mais dolorosas que o ser humano pode sofrer. Este trabalho tem como objetivo descrever o atendimento a familiares em caso de óbito de pacientes adultos realizado pelo Serviço de Psicologia Clínica do Instituto de Cardiologia/RS. Método: Relato de caso. Resultados: O encaminhamento para atendimento é realizado pela equipe da unidade onde ocorreu o óbito, através de telefonema para o Serviço de Psicologia Clínica. No primeiro momento, realiza-se a identificação dos familiares do paciente, após se faz um acolhimento inicial com apresentação do profissional da psicologia se colocando a disposição para auxiliálos no que for possível, principalmente no sentido de acolher os sentimentos despertados pela morte do familiar. Em seguida leva-se a família para a sala do Serviço de Psicologia, verificando-se qual entendimento da família sobre o óbito, identificando fantasias e esclarecendo dúvidas sobre o adoecimento e a morte, mas principalmente fazendo a escuta empática, tendo como objetivo a elaboração de um luto saudável. É importante que o psicólogo identifique qual o familiar mais organizado para que este fique com as responsabilidades burocráticas do óbito. Depois do acolhimento a família pode ser levada ao morgue, para se despedir do familiar, ficando ao seu critério ir ao local ou não. Para encerrar os familiares são encaminhados ao setor de internação, para que o familiar mais organizado faça a documentação do óbito enquanto os outros familiares o aguardam. Conclusão: Cada família tem uma funcionalidade particular, o que faz com que cada atendimento seja diferente do outro. É importante que a equipe esteja preparada para acolher todas as demandas advindas do óbito, pois estas são as mais variadas possíveis, devidos às relações familiares desenvolvidas antes do óbito, mas também do significado que tem a morte daquela pessoa. Identificar e encaminhar, quando necessário, para psicoterapia faz parte da ação do psicólogo. Palavras-chave: Morte; Hospital; Atendimento; Família. [7] BARONIO, Franchesca C. (FADERGS); FINGER, Igor da R. (FADERGS). Tragédia e Trauma: o papel do psicólogo em situações de emergência. Introdução: No dia 27 de janeiro de 2013, ocorreu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, um acidente em uma casa noturna levando mais 230 pessoas a óbito. A partir deste acontecimento é necessário pensar na intervenção do psicólogo junto aos envolvidos na tragédia (tanto os sobreviventes, quanto familiares, profissionais e comunidade em geral), com o objetivo de minimizar possíveis psicopatologias. Objetivo: Apresentar um modelo de intervenção em situações de emergência e, a partir disso, refletir sobre a atuação do profissional de Psicologia no auxílio as vítimas buscando além da elaboração do luto, prevenir uma psicopatologia em decorrência deste trauma. Metodologia: Busca na base de dados Scielo e Pubmed de intervenções bem sucedidas realizadas por profissionais da saúde mental com sobreviventes e envolvidos em tragédias. Utilização de descritores como emergência psicológica, entrevista e intervenção. Resultados: Encontrou-se um modelo de intervenção bem-sucedido gerado a partir da tragédia do 11/09 que passou a ser recomendado, inclusive, pela OMS como forma de intervenção psicológica. Conclusão: A partir dos resultados encontrados, identificou-se um modelo de intervenção que minimiza a possibilidade de patologias. Recomenda-se que tal modelo seja incluído nas grades básicas de formação em psicologia. Palavras-chave: Trauma; Intervenção; Emergência psicológica; Patologias; Tragédia. 20 [8] BERGESCH, Dailys (FADERGS); RAMBO, Douglas F. (FADERGS). A nanotecnologia cosmética ao alcance da esteticista. Introdução: Nanossomas são dispersões onde o tamanho das gotas dispersas está em escala nanométrica, essa característica proporciona uma série de vantagens a essa classe de cosméticos frente aos cosméticos convencionais e que muitas vezes são desconhecidas das profissionais. Objetivo: Compreender a dimensão e a importância desta tecnologia com relação ao uso nos cosméticos da área de estética e o que ela pode agregar aos resultados dos profissionais que a utilizam. Materiais e métodos: Para elaboração deste trabalho fiz uma revisão bibliográfica e uma visitação a um fabricante da tecnologia descrita. Adicionalmente, apresenta-se uma ampla revisão sobre os ativos e produtos para as diferentes fisiopatologias a serem tratadas e potencializadas com esta técnica. Resultados: É uma tecnologia de importante aplicação, com baixa divulgação e baixa utilização pelos fabricantes de cosméticos que atualmente se encontram no mercado, além de ter uma grande variedade de princípios ativos destinados aos mais diversos fins dentro da área de cosmética Capilar, Facial e Corporal. Conclusão: O uso deste tipo de tecnologia pode alavancar para patamares de muito sucesso os procedimentos estéticos realizados, proporcionando uma satisfação maior dos clientes, e uma aceleração dos resultados em termos de tempo e de qualidade. O uso dos cosméticos com esse tipo de tecnologia demonstra para a profissional de estética as vantagens das aplicações e as possibilidades que se encontram ao seu alcance. Palavras-chave: Nanotecnologia; Nanossomas; Cosméticos. [9] BERNARDY, Angélica, S (FADERGS); GLOGER, Isone (UNISINOS). Atuação do Psicólogo no Centro de Referência e Assistência Social – CRAS. Introdução: O Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) tem como objetivo o desenvolvimento local, buscando potencializar o território, de modo geral, neste caso o território em que o CRAS está inserido. Construir-se enquanto espaço de referência e porta de entrada para serviços da Assistência Social. Dentro da lógica de trabalhos em rede, no reconhecimento da realidade e complexidade da comunidade em que está inserido. A Psicologia dentre as diversas áreas de atuação, tem a Psicologia Social em construção e é comprometida com as práticas de transformação social. A atuação do Psicólogo dentro da Assistência tem obtido espaço e reconhecimento. Objetivo: O Objetivo do trabalho é apresentar as características da atuação do Psicólogo dentro do Centro de Referência e Assistência Social. Em que o profissional tem a possibilidade de desenvolver aspectos saudáveis nos sujeitos freqüentadores do serviço, nas famílias e comunidades. Materiais e Métodos: Para realização deste trabalho foi realizada uma revisão nos escritos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), 2007. Além disso, observações sobre atuação do Psicólogo na Assistência, através de estágio curricular no CRAS do bairro Hípica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sob orientações da Psicóloga local. Resultados: O Psicólogo no CRAS tem o foco na prevenção e promoção de vida, e com isso não exclui os aspectos de vulnerabilidade, pois é preciso estar atento às demandas reais dos indivíduos da região ou dos territórios em que esse Psicólogo atua. Um dos grandes desafios é articular a rede socioassistencial e trabalhar as demandas juntos, um desafio entanto diante dos entraves burocráticos e do sistema institucionalizado. Eis que as novas orientações de políticas públicas, assim como em outras áreas, têm auxiliado no desenvolvimento do trabalho do Psicólogo que atua na Assistência. Tais mudanças têm se materializado na aprovação pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, da atual Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004 e da sua gestão por meio do Sistema Único da Assistência Social-SUAS. Conclusão: Diante dos trabalhos realizados no CRAS, é notório que é preciso ter muita simplicidade para aprender a acolher a vida do outro, sem um olhar conservador e de receitas prontas que ilustrem como viver melhor. Através dessa simplicidade em que não se define um viver melhor ou pior e sim acolhe a forma como cada um vive, é que o Psicólogo pode auxiliar o indivíduo a entender-se como sujeito pertencente a sua comunidade. 21 Palavras-chave: Atuação do Psicólogo; Políticas Públicas. [10] BONET, Fernanda (FADERGS); MORESCO, Franciane (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C. (PIM-PIA). O visitador do Programa Primeira Infância Melhor – Porto Infância Alegre (PIM-PIA): Breves reflexões sobre desafios e possibilidades de ação. Introdução: O Programa Primeira Infância Melhor (PIM), criado em 2003 pelo Governo do Estado do RS, tem como objetivo orientar famílias em vulnerabilidade social, partindo de sua própria cultura e promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 6 anos, desde a gestação, através de visitas domiciliares. No âmbito municipal, o Programa recebe o nome de Porto Infância Alegre (PIM PIA). Objetivo: Refletir sobre a função do visitador do PIM PIA, identificando os limites e os desafios dessa função, além das possíveis formas de relações que podem ser estabelecidas. Materiais e Métodos: Através do estágio no PIM PIA, de nossa vivência como visitadoras, foi realizado um levantamento de questionamentos sobre os limites e as possibilidades da função do estagiário. Buscaram-se referenciais teóricos que pudessem responder a esses questionamentos e que embasassem nossas reflexões. Realizou-se um cruzamento entre o que é apresentado pelas cartilhas do Programa com conceitos da Psicologia Social, Humanista e Institucional. Resultados: Segundo o “Guia de orientação para GTM, monitor e visitador”, o visitador deve: orientar e capacitar as famílias, realizando atividades para o desenvolvimento integral das crianças; acompanhar a qualidade das ações educativas realizadas e os resultados alcançados pelas famílias; acionar a rede de serviços, quando necessário. A captação das famílias é realizada por indicação de algum serviço da rede de atendimento, ou em uma abordagem do próprio visitador, essa situação pode gerar dificuldades de engajamento das famílias no Programa e desconfiança por parte destas, tendo em vista que não solicitaram o atendimento. Os visitadores apresentam dificuldades de entender seu papel, confundindo-o com o do professor, do psicólogo clínico ou do recreacionista. Além disso, podem sentir-se na posição de “detentores do saber” e levar para comunidade preconcepções e prejulgamentos, que favorecem a relação assimétrica e de dependência, em que é ditado o melhor a ser feito, desconsiderando a família como gestor de sua cultura. Conclusões: Com isto, quando se entende que os prejulgamentos são baseados nas construções sociais aprendidas ao longo da vida, é possível repensar essa posição, pois o que se faz e se produz em um dado momento, auxilia a entender o contexto e suas interações. O visitador, então, tem a possibilidade de não agir como um “expert”, que aponta para a comunidade o que é melhor, mas deve promover a “autogestão” e a “autoanálise”, em que as pessoas são protagonistas de suas vidas, compreendem suas demandas e são capazes de encontrar soluções. O visitador do PIM PIA deve ter o papel de facilitador, alguém com “capacidade empática”, “autenticidade” e “concepção positiva do homem”, promovendo o desenvolvimento dos sujeitos, evitando o estabelecimento de relações assimétricas e de dependência. Palavras-chave: PIM-PIA; Relações de dominação; Ações na comunidade; Autogestão e auto-análise. [11] BORBA, Katiusia M. de (FADERGS); BENTO, Jéferson M. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS). Compreendendo o infarto agudo do miocárdio. Introdução: O infarto agudo do miocárdio (conhecido como ataque cardíaco) é uma importante causa de morte no planeta. A obstrução de coronárias cardíacas (vasos sanguíneos que nutrem o coração) leva à necrose de fibras cardíacas por falta de nutrição e oxigenação adequadas. Assim, há perda considerável de fibras cardíacas responsáveis pela manutenção da contração deste órgão. Isto, por sua vez, leva a uma diminuição na circulação de sangue necessário à nutrição de tecidos periféricos. A área afetada do coração dependerá da artéria obstruída. O mecanismo pelo qual se desenvolve o infarto e as consequências de tal evento foram bem descritos, mas exigem conhecimentos bioquímicos e fisiológicos para plena compreensão da gravidade do 22 quadro. Objetivo: Então, decidimos organizar este trabalho para explicar de maneira didática os mecanismos bioquímicos e fisiológicos que delineiam o desenvolvimento do infarto e suas consequências. Material e métodos: Foram consultados livros de Bioquímica e de Fisiologia e artigos específicos das áreas de metabolismo energético, fisiologia cardiovascular e estrutura e função de proteínas obtidas via ferramentas de busca na rede mundial de computadores conforme segue: Scielo, Pubmed e sítios do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Resultados: Encontramos que a área do miocárdio afetada pelo infarto conta com diminuição na quantidade de O2 livre para a manutenção do metabolismo energético local, o que leva à queda significativa na produção de adenosina trifosfato (ATP), que é utilizado, dentre outras finalidades, para manter os níveis de íons como Na+ e Ca2+ dentro de valores fisiológicos no citoplasma da fibra cardíaca via ação da enzima transportadora Na+/K+-ATPase. Como o acúmulo de Na+, há entrada massiva de H2O por osmose na fibra, levando a sua explosão (necrose). Assim, enquanto durar a queda na oxigenação tecidual e a entregue de nutrientes às fibras, esse acúmulo de água que leva à necrose tecidual prosseguirá, podendo levar a perdas de tecido contrátil tão grandes quanto 40% da área total do miocárdio. Conclusão: A obstrução de vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição do coração leva a uma diminuição brusca na entrega de nutrientes (ácidos graxos e aminoácidos) e de O2 ao miocárdio, que é o principal músculo contrátil do coração (mais espesso e com maior desenvolvimento de força contrátil). Assim, com consequente necrose de fibras deste músculo, ocorre diminuição significativa da força contrátil necessária para o bombeamento de sangue por meio dos vasos periféricos. Isto, por sua vez, diminui a entrega de nutrientes e a oxigenação de todos os outros órgãos, bem como se observa diminuição na capacidade de a circulação remover produtos do metabolismo aeróbico e anaeróbico destes órgãos. Com isto, percebe-se a gravidade do infarto agudo do miocárdio como indutor, indiretamente, de lesão celular em outros tecidos. Palavras-chave: Infarto; Miocárdio; Coração. [12] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). O homem e a máquina: uma análise sobre os processos organizacionais numa empresa familiar. Introdução: o presente trabalho teve como objetivo observar a relação entre as teorias discutidas em sala de aula na disciplina de gestão da empresa familiar na FADERGS e o funcionamento da gestão de uma empresa familiar. A análise de processos como sucessão familiar, conflitos e diferentes estilos de liderança puderam ser observados no filme O Homem e a Máquina, de 1987. O filme transmite de forma clara a criação, organização, crescimento e desenvolvimento de uma empresa familiar. Mais do que isso, a história traz questões importantes, como o fato de que a inovação pode ser a criação de algo novo e pioneiro, mas também pode ser a melhoria de processos já existentes dentro de uma empresa, como a implantação da linha de montagem, no caso de Henry Ford. Além disso, conforme trazido nas discussões em sala de aula, por mais que uma estratégia venha funcionando de maneira satisfatória por um bom tempo, é preciso estar atento ao ambiente externo e às demandas dos clientes para acompanhar o ritmo do mercado e a grande competitividade, caso contrário grandes dificuldades a empresa poderá passar mais adiante. Nota-se no filme a dificuldade no processo sucessório, onde mesmo depois que o comando da empresa é transmitido para uma nova geração, o seu fundador continua a ser a maior hierarquia, com um estilo de liderança forte e centralizador onde o poder decisório ainda passa pelo seu gerenciamento, influenciando na tomada de decisão, na cultura organizacional e no ambiente interno de toda a empresa. Para esta análise foi realizada pesquisa em livros e artigos científicos na base de dados Scielo, utilizando os seguintes descritores: Empresa Familiar, Gestão Familiar e Sucessão. A teoria auxiliou na compreensão do quão importante se faz a correta condução nos diversos processos dentro do contexto organizacional, principalmente quando se trata de empresa familiar, bem como a participação do profissional psicólogo para atuar como mediador na resolução de conflitos, tendo em vista que muitos assuntos, sentimentos e até mesmo diferenças pessoais acabam se misturando em questões 23 profissionais podendo tomar proporções negativas, impactando na produtividade e desenvolvimento da empresa. Palavras-chave: Empresa Familiar; Sucessão; Organizações. [13] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). Saúde e Interdisciplinaridade: uma realidade em construção. Introdução: De acordo com o contexto histórico da saúde, caracterizado pela divisão do trabalho intelectual, pela fragmentação do conhecimento e excessiva predominância das mais diversas especializações (áreas), torna-se relevante, quiçá fundamental pensarmos no assunto da interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade na saúde é a relação articulada entre as diferentes profissões, visando um olhar plural para o sujeito, respeitando o conhecimento especializado de cada uma, porém buscando soluções compartilhadas para auxiliar e/ou amenizar o sofrimento dos pacientes e seus familiares, bem como colaborar na atuação da equipe multidisciplinar, sendo estratégica para a concretização da integralidade das ações em saúde. É na interação dos saberes, na não fragmentação do conhecimento especializado e na necessidade de revisão e reflexão contínua das práticas de cada profissional da saúde, que os objetivos esperados serão melhores e mais assertivamente alcançados. Objetivos: Trazer à tona a discussão sobre um tema contemporâneo, em constante construção, e de muita relevância no contexto da saúde, a interdisciplinaridade. Visando a ressignificação da articulação dos diferentes saberes. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca em artigos, revistas e outros materiais bibliográficos acerca do tema “interdisciplinaridade e saúde”. Resultados parciais: entende-se que devido ao avanço da tecnologia e o aumento da produção contínua do conhecimento dentre as diversas especialidades, a interdisciplinaridade na saúde chega como forma de aprimoramento e busca de resultados mais efetivos no que se refere a atenção na totalidade do sujeito. Desta forma, podemos pensar que se trata de um ganho fantástico no que tange o objetivo maior da saúde que é sempre beneficiar ao máximo o paciente, de forma este alcançar a reabilitação, bem como melhorar sua qualidade de vida. Considerações finais: O conceito de interdisciplinaridade está e provavelmente sempre estará em construção, tendo em vista a constante modificação do conhecimento com o passar dos tempos. Vale lembra que a interdisciplinaridade é uma importante necessidade para a qualidade da atenção à saúde, e também tem exigido muito esforço de profissionais que ainda parecem se sentir mais seguros com as práticas isoladas, de domínio de seus saberes e com uma grande dificuldade de compartilhar os seus conhecimentos, com isso perdendo a oportunidade de potencializar as ações de um trabalho realizado verdadeiramente em equipe. Palavras-chave: Interdisciplinaridade; Saúde; Construção. [14] CARVALHO, Cinthia A. (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria E. (FADERGS), MALGARIM, Bibiana G. (FADERGS). Transferência e contratransferência: Reflexão sobre a prática do processo de mediação com Ênfase Psicanalítica. Introdução: O presente trabalho consiste numa reflexão, a qual relaciona a transferência e contratransferência, conceitos fundamentais para a psicanálise, no processo de mediação enquanto técnica para resolução de conflitos de forma interdisciplinar. Objetivos: Apresentar, a partir de experiências já relatadas, uma discussão crítica sobre o impacto dos fenômenos transferências e contratransferências na mediação. Método: Realizou-se uma revisão teórica assistemática, tomando como referência o projeto desenvolvido no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), de Santa Maria/RS, o qual consiste na participação de orientadores, voluntários das áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social, com vistas a mediar conflitos vivenciados por membros da comunidade daquele Centro Acadêmico. Resultados: A análise do método e da produção científica do projeto permite conclusões importantes, transferência: fenômeno que ocorre na relação 24 paciente/terapeuta, o qual os desejos inconscientes do paciente relativos a objetos externos passam a refletir na pessoa do analista. Trata-se da atitude do analista ao se colocar no lugar do analisando, assumindo para si toda a gama de sentimentos e emoções exteriorizados pelo paciente, de modo a compreendê-lo e auxiliá-lo na solução de seus conflitos. Essa cumplicidade estabelece uma relação de confiança, permitindo um melhor equacionamento das questões a serem resolvidas. Contratransferência, influência das manifestações do inconsciente do analista relacionadas com as da transferência de seu paciente. O “retorno” que o analista dá ao seu paciente, após se apropriar das informações prestadas no decorrer da análise, através da transferência, agora adequadamente processadas e equacionadas, à luz do conhecimento técnico-científico da psicanálise. Em qualquer uma das formas, tem-se apenas o mediador e os conflitantes, acerca da matéria principal que envolve o conflito, com vistas a solucioná-lo. Na forma proposta pelo projeto em questão, alarga-se o espectro sob o qual o conflito deve ser visto, na medida em que ele é apreciado nos seus variados aspectos, jurídicos, sociais e psicológicos. Veja-se que o conflito de divórcio, por exemplo, envolve um casal que precisa resolver questões patrimoniais (aspectos jurídicos), o status social que cada um deles passará a ostentar após o divórcio (aspectos sociais), assim como os reflexos psicológicos que influenciarão na forma como eles passarão a viver (aspectos psicológicos). Especificamente falando na atuação do profissional de psicologia na mediação de conflitos, observa-se: que esse profissional tem condições de aferir a real motivação do conflito, os anseios dos conflitantes, se apropriando de ferramentas que em muito irão contribuir para a solução do litígio. E isso se dá a partir da aplicação das técnicas da transferência e da contratransferência. Conclusão: Concluímos que a participação do profissional de psicologia é de vital importância para soluciona conflitos que envolvam pessoas físicas, diante da subjetividade que permeia a relação estremecida, somente aferível mediante a aplicação das técnicas em questão. Palavras-chave: Mediação; Transferência; Contratransferência. [15] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Estresse x Qualidade de Vida nas Organizações. Introdução: com o fenômeno da industrialização e dos avanços tecnológicos associados à comunicação, inúmeros benefícios e conforto para o cotidiano das pessoas passam a fazer parte da atualidade dentro das empresas. Todavia, esse processo de desenvolvimento social, contemporaneamente, delimitado pela urgência do tempo e pelas profundas mudanças, também acarreta marcas à saúde física e psíquica dos indivíduos, resultando, muitas vezes, na emergência do estresse e consequentemente impactando de forma negativa na qualidade de vida desses sujeitos. O estresse tem sido associado à diminuição do desempenho e produtividade, bem como no aumento de custos para a organização, dada a elevação de indicadores como: absenteísmo, rotatividade de pessoal e número de acidentes no local de trabalho. Também é importante lembrar que estudos sobre este tema, apontam que o impacto do suporte social sobre o estresse ocupacional pode ser benéfico ou prejudicial, vai depender da qualidade da dimensão da vida dentro da organização. Objetivos: Investigar as determinações do estresse no contexto organizacional e o impacto na qualidade de vida das pessoas, numa tentativa de levar ao amadurecimento e desenvolvimento mútuo, entre indivíduo e organização. Materiais e métodos: Realizamos uma busca de artigos científicos, revistas e materiais bibliográficos com o tema proposto “estresse e qualidade de vida nas organizações”. Resultados parciais: Percebe-se que o adoecer no contexto do trabalho, principalmente em decorrência do estresse ocupacional, impacta negativamente e de forma significativa não somente na qualidade de vida profissional do sujeito, mas na sua vida social e pessoal. Considerações finais: Observa-se a necessidade de preocupação e cuidado no modo de conduzir os processos de mudanças, principalmente no ambiente organizacional, tendo em vista o surgimento das diversas exigências com relação a tudo que se refere ao novo, e que acaba exercendo um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas, acarretando em ansiedades, 25 estresse e consequentemente levando ao adoecimento ocupacional. Palavras-chave: Estresse Ocupacional, Qualidade de Vida, Organizações. [16] DOMBROVSKI, Janice (FADERGS); MARINI, Kaoara (FADERGS); SILVA, Luana F. (FADERGS); LINCK, Luciana (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção com grupos na área da Saúde. Introdução: No cenário do trabalho em saúde a psicologia tem ocupado papel atuante, engajada no atual movimento de transformação, sendo o psicólogo membro obrigatório das equipes de saúde mental, que exercem práticas complexas na atenção psicossocial. Deste modo, o psicólogo tem pautado o seu trabalho com enfoque multidisciplinar, sendo a intervenção em grupos uma técnica que têm como denominador comum perspectivas ecléticas, combinando diferentes abordagens com o objetivo de potenciar os efeitos positivos. Objetivos: Compreender como ocorre a intervenção com grupos na área da saúde a partir da análise de um artigo (Lemos e Cavalcante, 2009); refletir sobre a atuação do psicólogo neste contexto; compreender os benefícios deste tipo de intervenção na área da saúde a partir do embasamento teórico utilizado no artigo. Materiais e métodos: o método utilizado para elaborar este trabalho foi uma revisão bibliográfica com uso do artigo “Psicologia de Orientação Positiva: uma proposta de intervenção no trabalho com grupos em saúde mental” de Patrícia Lemos e Francisco Calvacante. O artigo descreve uma intervenção com utilização da corrente Humanista de Carl Rogers, através do método (con)texto de letramentos múltiplos aplicada à Saúde Mental no acompanhamento de portadores de transtornos depressivos. Resultados: Foram analisados os processos interpessoais em três grupos de portadores de transtornos depressivos, e o processo grupal orientado positivamente trouxe a emergência de categorias positivas (desenvolvimento pessoal, solidariedade, comemoração, aceitação do negativo na existência, serenidade e felicidade) que foram trabalhadas no decorrer do tempo de realização do grupo e contribuíram para uma condição existencial mais saudável na experiência dos usuários, possibilitando o grupo a experienciar uma vida voltada para os aspectos positivos, o qual pode se reconhecer em novas condições. Conclusão: A intervenção com grupos na área da saúde através da utilização da corrente humanista, é uma forma de propiciar a construção de uma coletividade que se auxilia mutuamente e se mantém por meio da Tendência Atualizante, visto que a subjetividade adoecida de cada indivíduo pode ser agravada pela realidade do mundo externo com o qual se relaciona e esta linha teórica ressalta os aspectos positivos do sujeito, auxiliando na análise e reflexão acerca da percepção experienciada do sujeito na relação com a sua doença. Palavraschave: Intervenção em grupos; Saúde; Humanismo. [17] FERRARI, Brunelly (FADERGS); GONÇALVES, Giselle (FADERGS); VIANA, Alice (FADERGS). Análise da comunicação verbal e não verbal nos cuidados paliativos. A organização Mundial de Saúde definiu, em 1990, e revisou, em 2002, o conceito de cuidados paliativos: são cuidados ativos e totais do paciente cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. Estes cuidados buscam melhorar a qualidade de vida do paciente e seus familiares, p. ex. através da adequada avaliação e tratamento da dor e outros sintomas. Além de proporcionar suporte psicossocial e espiritual. O objetivo do presente trabalho foi analisar outros aspectos que não estão ligados diretamente à comunicação verbal de quem assiste o paciente em fase terminal, ressaltando a importância do cuidado. Para isso, buscamos artigos na base de dados Scielo utilizando os seguintes descritores: “cuidados paliativos”, “doente terminal”, “relações interpessoais”, “enfermagem oncológica”. A literatura auxiliou no entendimento de que o relacionamento humano é essencial e sustenta a esperança, motiva. Os cuidados paliativos neste momento de fragilidade, de perda da autonomia, de vitalidade e de dor, acabam por retirar a ideia de que o bem-estar seria o caminho da finitude, ideia esta que não permite ao paciente a sua total plenitude. Os cuidados paliativos e a proximidade maior 26 entre os familiares que estão junto ao seu ente querido podem ser chamados de “melhora da morte”. Evidenciou-se nesta análise o sentimento dos entrevistados na questão do comportamento das pessoas e profissionais, a satisfação que se tem ao ver um sorriso amistoso e sentir-se acolhido. A partir disso, podemos refletir sobre a importância que se dá aos diagnósticos, ao poder que tem a comunicação verbalizada. Se a dor pode ser gritada, falada, expressada, porque não falar do sentir-se bem? O bem-estar também deve ser colocado como algo a ser ouvido e que por vezes deixa de ser vivenciado. Portanto, uma maneira de proporcionar ao paciente a valorização do sentir-se bem, é através da atenção prestada pela equipe interdisciplinar, juntamente com familiares, tanto de forma verbalizada como não verbalizada ajudando o paciente nesse momento. Palavras-chave: Paciente; Bem-estar; Qualidade de vida; Morte; Comunicação. [18] FINAMOR, Sálua S. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); FREITAS, Ana P. de O. (FADERGS). Genograma: uma ferramenta para o entendimento funcional e estrutural da família. Introdução: O genograma é uma representação gráfica multigeracional da história familiar de uma pessoa na qual se pode observar heranças transgeracionais, conflitos e rompimentos bem como as etapas do ciclo familiar. Possui formato similar à uma árvore genealógica e registra informações sobre os membros de uma família e suas relações pelo menos em três gerações, através de símbolos próprios para este fim. Vai além da simples genealogia, por incluir as relações e as interações familiares. Objetivo: Apresentar o genograma como instrumento de avaliação, prevenção e intervenção em sistemas familiares. Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão de literatura a partir de dois livros e um artigo científico, referentes ao conceito de genograma e possibilidades de utilização. Resultados: O genograma faz parte do processo de conhecimento da família; revela acontecimentos importantes para o atendimento familiar; é uma ferramenta interpretativa subjetiva, com a qual o terapeuta pode gerar hipóteses para outras avaliações sistemáticas; é um mapa das relações familiares; é um instrumento pelo qual a família se percebe sem palavras; amplia a história da família para além do paciente identificado e do problema; permite observar padrões repetitivos das gerações passadas e amplia o conhecimento sobre o ciclo vital da família. É um instrumento muito utilizado na terapia familiar, na formação de terapeutas familiares, na atenção primária à saúde e em pesquisas sobre famílias. Pode ser realizado em uma ou mais sessões, quando for necessário. A utilização do genograma parte do pressuposto de que a família possui uma história que extrapola a família nuclear e envolve a família extensa. Conclusões: O genograma permite o traçado da estrutura da família, o registro informativo da família e a representação das relações familiares. Um genograma pode se tornar invasivo, denunciador, paralisador, se o terapeuta não entender e não respeitar as crenças e os mitos da família. Muito frequentemente um pequeno detalhe pode promover mudanças e propiciar muitas situações para serem investigadas. Palavras-chave: Genograma familiar; Relações familiares; Transmissão transgeracional. [19] GALIANO, Pietra C. (FADERGS); RIBEIRO, Vera (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS). Reflexões sobre a prática clínica no contexto hospitalar. Introdução: A psicologia hospitalar propõe-se a ser uma área de conhecimento da saúde centralizada nos âmbitos secundários e terciários a fim de buscar um entendimento e auxiliar no tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. Por este campo da psicologia ser ainda relativamente novo e não haver preparação universitária necessária para exercer tal função, muitas vezes os profissionais trabalham apenas adaptando o antigo modelo clínico nesse novo ambiente e não se adaptam ao contexto que o hospital impõe. Objetivo: O objetivo deste trabalho é explorar algumas peculiaridades desta prática a fim de ponderar o fazer do psicólogo neste contexto. Materiais e métodos: Para a realização deste 27 trabalho fez-se uma revisão bibliográfica qualitativa em artigos científicos e livros que tratam sobre o tema. Resultados: No contexto hospitalar a primeira grande distinção de aspectos técnicos em relação a outras áreas é o setting. Este ambiente não possui local adequado para atendimento, muitas vezes até por restrições físicas do paciente. O acolhimento pode ser feito em macas, quartos não privativos ou até mesmo corredores. Geralmente não há consultas previamente marcadas e não se dispõe de tempo e nem previsão deste para poder planejar um processo terapêutico apropriado. Nem por isso, contudo, precisam ser menos efetivos, focandose principalmente nos sintomas da doença atual do sujeito, bem como nos acontecimentos mais significativos de sua vida. Além disso, é importante ressaltar que na maioria das vezes o atendimento não é solicitado pelo paciente e sim pela equipe multidisciplinar ou até mesmo pela família, que neste contexto é tão paciente quanto o indivíduo hospitalizado. No hospital o psicólogo está trabalhando com riscos reais e por isso a tendência de haver mais momentos de crise, fantasias e insegurança é maior; isto posto, junto do paciente o terapeuta deve tentar ressignificar a posição deste frente à doença. Conclusão: Percebe-se que o âmbito hospitalar se difere no cunho clínico que é classicamente ensinado nas universidades. Desta forma, exige-se que o profissional construa uma nova postura profissional, sendo mais flexível e criativo com o objetivo de promover assistências ao sujeito hospitalizado com a melhor qualidade possível. Verificamos a necessidade que haja mais estudos focados na atuação hospitalar para capacitar melhor os profissionais que optem por atuarem nesta área. Palavras-chave: Psicologia hospitalar; Hospital; Setting; Postura profissional. [20] GUARAGNA, Carolina C. R. (FADERGS/UFRGS); SCHEEREN, Patrícia (UFRGS); WAGNER, Adriana (UFRGS). Como homens e mulheres resolvem seus conflitos conjugais: um estudo com casais do RS. O conflito é inerente ao relacionamento conjugal e é definido como qualquer situação em que envolva diferença de opinião, podendo variar em frequência, intensidade, conteúdo e forma de resolução. Os níveis de saúde e satisfação do relacionamento conjugal não estão necessariamente associados à presença de conflitos, mas a maneira de resolvê-los. Neste trabalho foram avaliados quatro estilos de resolução de conflito conjugal: resolução positiva, envolvimento no conflito, afastamento e submissão. Na resolução positiva as diferenças são discutidas de maneira construtiva, optando-se por alternativas consensuais para ambos os parceiros. O envolvimento no conflito ocorre quando existem ataques pessoais e perda de controle ao longo de uma discussão. O afastamento acontece quando um dos membros do casal se recusa a continuar falando sobre o assunto. Por último, a submissão é definida pela desistência de um dos cônjuges em defender sua opinião. Buscou-se identificar os estilos de resolução de conflitos mais utilizados por homens e mulheres para resolver as divergências na esfera conjugal e verificar a relação destes estilos com idade, escolaridade, trabalho, renda, casamentos anteriores e psicoterapia. Participaram da pesquisa 750 casais heterossexuais, com idades entre 18 e 80 anos, de diferentes níveis socioeconômicos, residentes em 67 municípios gaúchos. O instrumento utilizado foi composto de um questionário sociodemográfico e o Conflict Resolution Style Inventory (CRSI) com 16 itens medidos em uma escala likert de cinco pontos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto de Psicologia da UFRGS em outubro de 2009 (protocolo nº 2009040). Os resultados, na perspectiva de cada um dos membros do casal, apontaram que tanto os homens quanto as mulheres utilizam predominantemente (M=14,43; M=14,48 respectivamente) a resolução positiva diante de conflitos. Ao comparar os homens e as mulheres, foi possível identificar que os esposos adotam mais a submissão (p=0,001) e as esposas optam pelo envolvimento no conflito (p<0,001). Em ambos os sexos observou-se uma correlação positiva entre a submissão e a idade (r=0,123; p=0,001 para homens e r=0,139; p<0,001 para mulheres). As mulheres da amostra que trabalham fora de casa (p=0,010), assim como aquelas com maior nível de escolaridade (p<0,001) demonstraram utilizar mais a resolução positiva nos conflitos com seu cônjuge. Em 28 relação aos homens, uma maior escolaridade (p=0,001) e renda (p=0,002) apontaram um menor uso da submissão. Não houve diferença nos estilos de resolução de conflitos utilizados pelos indivíduos que já viveram outra relação conjugal e aqueles que estão na sua primeira união. Também cabe destacar que homens e mulheres que já fizeram ou fazem psicoterapia apresentaram maior envolvimento no conflito (p=0,015; p=0,044 respectivamente). Estes resultados apontam para a importância da identificação dos estilos de resolução de conflitos utilizados pelos membros do casal a fim de desenvolver estratégias que possam contribuir com o manejo das divergências, promovendo a saúde conjugal. Palavras-chave: Conjugalidade; Conflito conjugal; Estilos de resolução de conflitos; Conflict Resolution Style Inventory. [21] GUEDES, Joelma A. (FADERGS); MORESCO, Franciane M. (FADERGS); ROBERT. Gabriela. (FADERGS); SCHIMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Músicas brasileiras, o que elas traduzem? Um olhar sob a ótica Winnicottiana. Introdução: Na teoria psicanalítica, as artes são uma forma de sublimação e expressão dos desejos e impulsos, gerando assim, satisfação libidinal. Donald Woods Winnicott, um teórico importante da Psicanálise, propõe em sua teoria a importância do ambiente na formação do sujeito nos primeiros anos de vida, dando ênfase à relação mãe-bebê: no início existe uma fusão, normal e necessária, da mãe com o bebê, e etapas de frustração e gratificação que o bebê vai se percebendo como separado da mãe/ambiente e seu self vai tomando um contorno definido. O sucesso desse processo ocorrerá se a mãe/ambiente conseguir gratificar e frustrar o bebê em uma medida que ele possa suportar, desenvolvendo confiança nos outros. Objetivos: Explicitar e compreender os conceitos da teoria Winnicotiana existentes em expressões artísticas brasileiras, neste caso a música. Método: Foi realizada uma análise de trechos das músicas das músicas Oito Anos da banda Kid Abelha, Fico Assim sem Você da dupla Claudinho e Buchecha e Equalize da cantora Pitty; bem como uma revisão bibliográfica para a explicação dos conceitos. Resultados: Na música Oito Anos, pode-se perceber que a criança questiona a mãe sobre as coisas, ela demonstra sua necessidade de entender o mundo, e a mãe deve proporcionar estas respostas. A teoria de Winnicott aborda essa necessidade desde o nascimento, está se chama preocupação materna primária. Observa-se o conceito de objeto subjetivo nas músicas Fico assim sem você e Equalize, demonstrando que o bebê não existe sem o meio-ambiente (mãe), bem como os conceitos de holding e handling, visto que é apresentada em alguns trechos esta necessidade de ter estas funções bem estabelecidas. Por último, foi possível observar também na música Equalize, o conceito de objeto transicional e a fase de dependência relativa, visto que na música há a explicitação do desejo de transformar o objeto (você) numa canção. Conclusões: Através da análise das músicas e do embasamento teórico, foi possível identificar a existência de conceitos da teoria de Winnicott nas músicas brasileiras, e que a reflexão da comparação entre teoria e arte como a música é bastante útil para o entendimento deste autor. Da mesma forma, é possível perceber e evidenciar a importância da arte para a sublimação dos impulsos e da elaboração das frustrações ocorridas nas fases de dependência absoluta e relativa, embora não seja possível perceber se, para os autores das canções, se as fases foram atravessadas com sucesso. Palavras-chave: Winnicott; Músicas; Dependência Absoluta; Dependência Relativa. [22] HANNA, Silvia M. M.(FADERGS); LENCINA, Tiago (FADERGS); VIEGAS, Daiana S. (FADERGS); BORGES, Tiago (FADERGS); VARGAS, Rodrigo A. (FADERGS); SANCHES, Márcia O. (FADERGS). Estágio de enfermagem: relato de experiências do primeiro grupo do Curso de Enfermagem da FADERGS. Introdução: A enfermagem constitui-se em uma profissão fundamentada em bases científicas que visam assistir ao paciente em todas as etapas de sua vida com base no aprendizado teórico-prático. Ao longo do tempo, observase que a história da enfermagem no mundo vem sendo reformulada na busca das melhores evidências científicas que garantam a qualidade da assistência prestada ao paciente, nos mais 29 diversos graus de complexidade. Este trabalho surgiu das experiências do primeiro grupo de estágio do curso de Enfermagem da FADERGS quando da realização de uma disciplina prática do curso, que ocorreu em um hospital de grande porte de Porto Alegre/RS. As disciplinas práticas compreendem a execução de procedimentos vinculados ao cotidiano dos enfermeiros. Inicialmente, os alunos desempenham atividades de baixa complexidade e vão evoluindo em relação ao grau de dificuldade. Toda a prática em saúde baseia-se em princípios de humanização e integralidade. Além do desenvolvimento de habilidades manuais básicas, iniciamos a implementação das etapas do processo de enfermagem no atendimento ao paciente, a elaboração do cuidado ao indivíduo, o pensamento crítico para elaboração do diagnóstico, intervenções e avaliação dos resultados da assistência de enfermagem. As Diretrizes curriculares Nacionais do curso superior de Enfermagem apresentam a exigência da quantidade correspondente a 20% da carga horária do curso relacionada a estágios práticos. Objetivo: Servir como apoio na preparação dos próximos colegas que irão cursar a disciplina prática. Material e método: O relato das experiências descreve as vivências do grupo. Relato: Nossa vivencia foi em uma instituição hospitalar de grande porte de Porto Alegre/RS, totalizando 60 horas, em uma unidade de internação mista, com capacidade para 34 leitos de baixa e média complexidade, atendida por uma equipe composta por 01 enfermeiro, 05 técnicos e 01 secretária. Realizamos, com acompanhamento e supervisão, procedimentos de avaliação, exame físico, higiene e conforto, punção venosa, curativos, coletas laboratoriais, Eletrocardiograma, sondagem e evolução de enfermagem. Auxiliamos em procedimentos de passagem de acesso central e punção intraóssea. Podemos desenvolver a abordagem de pacientes com a visão do Enfermeiro, explorando informações e traçando parâmetros para o plano de cuidados mais eficaz. Considerações finais: Apesar de todos os integrantes do grupo possuir formação de Técnico de Enfermagem e desempenharem suas atividades na área, fomos surpreendidos pela adversidade da execução de tarefas pertinentes ao Enfermeiro, fato que nos acrescentou uma imensa bagagem de experiências que sem dúvida nos acompanharão no cotidiano de formação e trabalho. A unidade com várias especialidades equipe de trabalho extremamente acolhedora, procedimentos diversos e nossa vontade imensa de aprender e praticar novos conhecimentos dividindo com todas as nossas experiências propiciou a mudança do olhar com relação ao cuidado. O período de estagio foi muito produtivo e sem dúvida um excelente embasamento para nosso futuro profissional, permitindo sentir as responsabilidades do ato de cuidar como profissional graduado. Palavras-chave: Enfermagem; Estágio Enfermagem; Relato experiências. [23] KAPPKE, Desirée (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). O impacto das relações de gênero na carreira de mulheres. Enquanto sexo diz respeito ao fisiológico e pode ser macho ou fêmea, gênero são os papeis atribuídos socialmente a cada sexo. Historicamente esses papeis constituíram e vem constituindo relações hierárquicas entre homens e mulheres, principalmente no âmbito do mercado de trabalho. Objetivo: Compreender a influência e a repercussão dos papéis de gênero na carreira de mulheres que ocupam cargos de gestão. Materiais e métodos: Revisar a literatura acadêmica de forma sistemática e por conveniência. Resultados: Nota-se um processo de transição, que está promovendo mudanças no âmbito da carreira de mulheres. Apesar de existirem barreiras para ascensão profissional e diferenciação salarial, elas estão tendo maior acesso aos cargos de gestão. Porém, se deparam com descrenças e ambiguidades sociais quanto ao seu potencial para exercê-lo. Foram presentes nas respostas a representação da carreira de mulheres desde a infância, um direcionamento do acesso a determinadas áreas/profissões, a problemática da carreira versus filhos/família e o sentimento de culpa. Conclusões: Elas ainda se sentem vulneráveis ao assédio moral, são muitas vezes colocadas em posição de inferioridade e de não aceitação como gestoras. Porém, têm adotado mais estratégias participativas, valorativas e empreendedoras para lidar com essas questões de gênero. Palavras-chave: Gênero; Gestão; Mulheres; Família 30 [24] KAPPKE, Desirée (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). O processo de inclusão de jovens aprendizes com deficiência intelectual na prática. Existe uma crescente mobilização no que se refere à inclusão social de pessoas com deficiência em níveis adequados de acessibilidade nas organizações por isso, se faz necessário pensar nas políticas que perpassam não só a contratação desse público, como também a processo de adaptação e adequação do ambiente as necessidades das mesmas potencializando a efetividade da inserção social e laboral. Objetivo: Realizar e implementar um projeto de intervenção com o intuito de contribuir para uma maior adaptação e integração de Jovens Aprendizes com deficiência intelectual na fase prática do curso a ser realizada em uma empresa de distribuição de medicamentos, além estimular o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança deles para o mercado de trabalho. Metodologia: Criação e aplicação de 13 etapas (reunião com os pais, primeiro dia de aula, escolha de padrinhos e definição das áreas de prática, descrição das atividades e levantamento de adaptações, práticas pedagógicas, conhecimento dos jovens, reunião com professores, reunião com padrinhos, acompanhamento dos jovens, sensibilização e preparação das equipes, aproximação entre padrinhos e jovens, visita ao CD, boas-vindas na empresa. Resultados e conclusões: Através das ações realizadas foi possível estabelecer um vinculo maior com os jovens, conhecendo as suas individualidades e potencialidades e elaborando propostas de adaptação na praxis. Embora, o foco principal fosse voltado para o âmbito profissional, sem dúvidas o estabelecimento de um novo papel social e o apoderamento dos jovens a medida que provaram para si mesmos serem capazes de superar dificuldades e dar conta de atividades que outras pessoas também realizam, colaborou para o desenvolvimento de autoconfiança que perpassa a esfera laboral e atinge diferentes ambientes e papeis das vidas desses jovens. Palavras-chave: Inclusão social; Acessibilidade; Organizações; Deficiência intelectual. [25] LOPES, Ana D. F. (FADERGS); CORREA, Andrea M. (FADERGS); LOPES, Clóvis da R. (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Metas Internacionais para a Segurança do Paciente: Identificação Correta dos Pacientes. Introdução: O cuidado com a qualidade e segurança do paciente nas instituições de saúde se tornou uma preocupação em âmbito global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004 criou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente, que propõem diretrizes e estratégias para disseminar os conhecimentos e as soluções encontradas, sendo um mecanismo de prevenção a possíveis danos aos pacientes. A Joint Commission International (2010) vem incentivando a adoção das Metas Internacionais de Segurança do Paciente, como método para orientar as boas práticas visando à redução de riscos e eventos adversos em serviços de saúde. As seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente são direcionadas para prevenir situações de erros de identificação de pacientes, falhas de comunicação, erros de medicação, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções associadas ao cuidado e quedas dos pacientes. Objetivo: Conscientizar os profissionais da área da saúde quanto à identificação correta dos pacientes. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa, descritiva para embasar o relato de experiência da atuação do profissional técnico de enfermagem e acadêmico do curso de graduação de enfermagem frente à identificação dos pacientes. Resultados: A identificação dos pacientes é considerada fundamental para o cuidado seguro e correto, a fim de garantir uma assistência de qualidade. A identificação consiste na utilização de tecnologias, como pulseiras de identificação, realizar a dupla checagem, confirmação do nome completo do paciente com o leito e até mesmo como o paciente quando em condições de responder ou familiar responsável. Na prática muitos profissionais não realizam a identificação dos pacientes de maneira correta, pois identificam o paciente pelo número do quarto e leito, pelo procedimento, pelo nome do médico, gerando insegurança para o atendimento. A maneira correta de identificação do paciente é: sempre 31 chamando pelo nome completo, conferir com o mesmo ou familiar, conferir número de registro, nome da mãe, porém mesmo assim não podemos garantir total segurança ao paciente e a assistência prestada, mas evitar eventos adversos ou erros. As causas mais frequentes de eventos adversos são: administração de medicamentos, hemoderivados, exames, procedimentos cirúrgicos e entrega de recém-nascidos. Devemos incentivar os pacientes, familiares e cuidadores a participar ativamente do processo de identificação. Conclusão: A identificação do paciente é uma das principais metas de segurança do paciente, pois é o início do processo assistencial, sendo necessária atenção para que esse processo transcorra de maneira correta e segura. A identificação do paciente deve ser trabalhada e estimulada entre os profissionais e estudantes da área da saúde, a fim de modificar culturas impregnadas em identificar paciente pelo número do quarto e leito, sempre reforçando a maneira correta e segura de identificação. Palavras-chave: Segurança do paciente; Sistemas de identificação de pacientes; Organização Mundial da Saúde. [26] LUZ, Lucilene (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Relato de prática: Organização de tempos e espaços na infância. Introdução: A partir das observações do Estágio Integrador I, foi realizada análise institucional e criado um projeto de intervenção para ser colocado em prática no Estágio Integrador II. A partir das demandas apresentadas pelo local de estágio, a política pública denominada nessa capital como PIM PIA, que é um programa de ação socioeducativa que realiza atendimentos a gestantes e crianças de até 6 anos em situação de vulnerabilidade social, na qual realiza o atendimento na modalidade grupal da região Cruzeiro no Posto de Saúde Vila dos Comerciários. O projeto de intervenção foi a criação de um espaço de acolhimento e expressão para as crianças atendidas pelo programa, para que essas tivessem um momento lúdico que pudessem brincar criar e se expressar. Baremblitt (2002) entende a "análise da demanda" enquanto um deciframento que se faz do pedido de intervenção, buscando ampliar a compreensão para além da solicitação ou queixa explicitada, considerando os códigos e representações que abarcam e, ao mesmo tempo, transcendem as queixas ou diagnósticos individuais. A ludicidade é importante para a infância, mas devemos sempre pensar em nossa prática e no quanto estamos transformando esse tempo em algo lúdico ou em mais um momento regulado pela escolarização. A partir deste olhar pensamos em organizar em nosso espaço de trabalho uma brinquedoteca para as crianças terem um tempo e espaço de expressão. Material e método: Organização de brinquedoteca no Posto de Saúde; Objetivos: Humanizar a práxis do local com relação ao público infantil; Proporcionar um espaço de expressão para o público infantil; Motivar as crianças em atendimento, tornando o ambiente mais atrativo e lúdico; Estimular a relação dos pais com os filhos através do brincar; Criar uma identidade infantil dentro do Posto de Saúde. Resultados: Após construção da brinquedoteca observou-se maior desejo das crianças atendidas em participar das atividades. Também foi observada uma otimização do tempo de trabalho, pois foi disposto um número maior de brinquedos e materiais facilitando os momentos de atendimentos que eram muito centrados na produção de brinquedos e jogos de sucatas. O espaço proporcionou um lugar de expressão entre criança e família. Foi observado também um grande empenho da equipe de trabalho na construção desse espaço, que produziu materiais para decoração, brinquedos e jogos para serem utilizados na brinquedoteca. Conclusões: Sabemos através de teorias e práticas a importância do brincar e as repercussões positivas no desenvolvimento da criança, a partir desses saberes é possível concluir que em longo prazo, esse espaço, se preservado, poderá trazer muitos ganhos psicossociais aos indivíduos em atendimento. Alguns países investem em brinquedotecas em vários contextos sociais, mas principalmente em instituições que trabalham na área da saúde infantil, por saberem dos impactos positivos que esse espaço pode favorecer a criança em formação e os benefícios que isso pode trazer a saúde e ao desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Brinquedoteca; Lúdico; Criança. 32 [27] MARTINS, Larissa (FADERGS); FELIX, Lisiane (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente – O checklist da cirurgia segura. Introdução: Estima-se que 234 milhões de procedimentos cirúrgicos sejam realizados pelo mundo a cada ano, correspondendo uma cirurgia para cada 25 pessoas. Mesmo os procedimentos cirúrgicos tendo em vista a ideia de salvar vidas, de proporcionar o bem estar e ao longo do tempo terem ocorrido progressos importantes, os erros no processo da assistência cirúrgica ocorrem e podem causar eventos adversos aos pacientes. Evento adverso é definido como algo que produz ou pode produzir resultados inesperados ou indesejados. Pode ou não causar dano, assim como contribuir para a morte, doença ou lesão séria do paciente. A assistência cirúrgica tem sido um componente essencial da assistência em saúde por todo o mundo, pensando nisso a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs como desafio para a segurança do paciente a utilização do checklist da cirurgia segura, documento que ajuda a equipe cirúrgica a reduzir as ocorrências de danos ao paciente, tornando-os mais seguro. A aplicação do checklist da cirurgia segura vem ao encontro da meta quatro da OMS que é: Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto. O checklist consiste em perguntas iniciais ao paciente ou ao responsável pelo mesmo, tais como identificação, confirmação do paciente, médico e procedimento certo, proporcionando qualidade e segurança no atendimento aos pacientes, profissionais e familiares. Objetivo: Refletir acerca da segurança do paciente no centro cirúrgico através da aplicação do checklist da cirurgia segura. Materiais e métodos: Relato de caso desenvolvido por duas acadêmicas de enfermagem no segundo semestre de 2013, orientadas pelo enfermeiro do centro cirúrgico de um Hospital Privado na cidade de Porto Alegre/RS. Resultados: Apoiada nas experiências acadêmicas e profissionais percebe-se que a cirurgia é um fator de estresse, tanto para o paciente, como para a equipe cirúrgica, no entanto se faz necessário que os profissionais tenham consciência que o objetivo de seu trabalho é o bem estar do paciente, preocupando-se em detectar sinais de ansiedade, estresse e outros fatores que interferem no andamento do ato cirúrgico, corroborando para a aplicação do checklist da cirurgia segura e garantir maior segurança no atendimento intraoperatório. Conclusão: Sendo o centro cirúrgico uma unidade de alta complexidade, tecnologia e procedimentos que invadem a privacidade dos pacientes se faz necessário a utilização do checklist da cirurgia segura a fim de garantir a realização de procedimentos com maior segurança. Neste trabalho detectaram-se ainda mais a necessidade de métodos de avaliação e critérios de segurança, seja ao paciente cirúrgico ao qual se destinou o foco, mas também a todos os pacientes em âmbito hospitalar. A enfermagem não se baseia apenas em cuidados de enfermagem, mas na atenção voltada ao paciente como um todo, seja na parte burocrática como na assistencial, ambas trabalham juntas formando ao seu final um excelente atendimento com segurança. Palavras-chave: Segurança do paciente; Centro Cirúrgico Hospitalar; Organização Mundial da Saúde. [28] MARQUES, Fabiane (FADERGS); BARREIRO, Liziane (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria E. P. dos (FADERGS); GOETTER, Nelson (FADERGS). Uma reflexão sobre as dificuldades que os surdos vivenciam a partir do filme “Meu nome é Jonas”. Introdução: A disciplina de Libras oportuniza ao Psicólogo compreender a língua de sinais utilizada pelos surdos, fornecendo elementos para a inserção deste profissional neste contexto, visando compreender a identidade e a cultura surda, bem como as suas dificuldades e limitações. Objetivo: Apresentar, através da análise do filme Meu nome é Jonas, uma visão das dificuldades vivenciadas pelos surdos e, também, despertar o interesse dos profissionais da área da saúde a refletir sobre a importância de estudar esta cultura e a língua dos sinais, para contribuir mais efetivamente no desenvolvimento cognitivo e social dos surdos. Materiais e métodos: Filme dirigido por Richard Michaels e escrito por Michael Bortman, 1979. Trata da 33 história de uma criança que nasce surda e em consequência de um erro de diagnóstico, é internada em um hospital como deficiente mental. Somente após a descoberta de sua surdez, é que dá início uma longa caminha em busca de uma educação inclusiva e sem preconceitos. Resultados: Percebe-se através do filme um cenário que remete a uma reflexão sobre a postura dos profissionais da área da saúde, e com ênfase os Psicólogos, no atendimento de crianças surdas. Fica explicito as dificuldades dos surdos de serem compreendidos na sua integralidade pela falta de preparo destes profissionais, frente as suas próprias limitações no atendimento de pacientes surdos, evidenciando as barreiras existentes pelo obstáculo da comunicação. O diagnóstico incorreto apresentado pode ocasionar prejuízos para criança dentro da dinâmica familiar, escolar e social, sendo um empecilho no seu reconhecimento como cidadã, ficando o surdo a mercê do preconceito e discriminação. O processo de inserção retratado se deu a partir da aquisição da linguagem dos sinais, utilizada como meio de comunicação e adaptação ao meio social, facilitando a partir daí a inter-relação entre surdos e ouvintes. Conclusão: Com base no filme, verifica-se que muitas crianças surdas, assim como o personagem, possuem pais ouvintes e tem o primeiro contato com a língua dos sinais somente ao entrar na escola. Além disso, muitas famílias de surdos resistem à língua de sinais o que dificulta a comunicação e consequentemente o relacionamento familiar. Diferentemente do narrado no filme, atualmente a língua de sinais é considerada a primeira língua dos surdos e o português a segunda. Esta educação bilíngue proporciona melhores condições de compreensão e facilita o convívio social na comunidade surda e entre ouvintes, conferindo-lhes uma identidade surda. A inclusão do surdo se dá através de um acolhimento adequado por profissionais qualificados, que tenham um olhar além da prática tecnicista, observando a integralidade do paciente. O conhecimento da cultura surda e a aquisição da língua de sinais por parte do Psicólogo se fazem necessárias, pois possibilita uma comunicação mais efetiva com o surdo e uma melhor reflexão sobre o seu contexto social. Palavras-chave: Surdos; Inserção; Psicólogo. [29] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). Uma família com questões de violência e a teoria de modelagem de Bandura, uma hipótese sobre a transformação das relações. Introdução: No trabalho “Qual a percepção das famílias” exposto no V Encontro Municipal do PIM PIA, os autores trazem relatos de famílias atendidas pelo programa, este trabalho analisará o relato das transformações das relações de violência de uma família atendida pelo programa sob a luz da teoria de modelagem de Bandura. O programa PIM PIA (Primeira Infância Melhor Porto Infância Alegre) é uma política pública de promoção de saúde que atende famílias em situação de vulnerabilidade psicossocial em bairros específicos de Porto Alegre com objetivo de orientar as famílias, respeitando sua cultura, para que promovam o desenvolvimento da criança desde a gestação até os seis anos de idade de maneira integral. O atendimento é feito por estagiários de ensino superior através de visitas domiciliares. Objetivo: Analisar as relações familiares de uma família especifica sob a luz da teoria de modelagem de Bandura. Materiais e métodos: O relato foi retirado do trabalho “Qual a percepção das famílias” dos autores Luciane Cardoso, Franciane Moresco, Fernanda Camargo, et al. Para a análise foram utilizados conceitos de Bandura retirados do livro Teoria Social Cognitiva: Conceitos Básico. Brasil: 1ª ed. Artmed, 2008. Resultados: O discurso da família traz o fato de que suas relações eram pautadas por violência entre os familiares, e que essa relação se transformou durante os meses de atendimentos do PIM PIA, analisando a forma que foi efetuada o atendimento e tomando como base a teoria de modelagem de Bandura foi possível criar uma hipótese do porquê de tais transformações ocorrerem. Conclusão: Após análise crítica do conteúdo do trabalho “Qual a percepção das famílias”, analisado a luz da teoria de modelagem de Bandura é possível concluir que o processo de transformação só aconteceu devido ao fato da cuidadora estar motivada a transformar suas práticas com as crianças, e também ao fato do modelo apresentado de interação entre o estagiário e a família ter permitido o vislumbre por parte da cuidadora da 34 família de outra forma de interação possível além da violência. Palavras-chave: Família; Violência; Modelagem; Bandura. [30] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). O risco de uma história única e as relações de poder. Introdução: No vídeo “The Danger of a Single Story” a escritora Nigeriana Chimimanda Adichie desfila perspicácia e bom humor ao alertar sobre os riscos de uma história única, seu discurso perpassa muitos tópicos variados para explicar como encontrou sua autêntica voz cultural como escritora. Em certo momento do vídeo a escritora afirma ser impossível falar de uma história única sem falar de poder, e afirma ainda que em nosso mundo político e econômico as histórias são definidas por relações que envolvem quem é maior que quem, ou seja, relações de poder, a escritora conceitua a manifestação operacional de poder como sendo a habilidade não só de contar uma história sobre outra pessoa, mas também de fazer aquela a história definitiva da pessoa. Objetivo: o objetivo da resenha foi analisar o fenômeno das histórias únicas à luz de conceitos da psicologia social (Poder e Dominação) e institucional (instituinte e instituído). Materiais: Para definir o conceito de poder foi utilizada a obra de Foucault “Microfísica do poder”, e para conceituar instituinte e instituído o Compêndio de Análise Institucional de Baremblitt. Resultados: Após análise do discurso sob a luz dos conceitos da psicologia social e institucional verificou-se que somos atravessados de conceitos de pessoas e lugares que sequer não conhecemos pessoalmente, e que nossos conceitos sofrem influência direta de histórias únicas propagadas como verdades absolutas. Conclusão: Concluise que refletir sobre conceitos aparentemente simples de forma mais profunda permita um olhar mais crítico dos fenômenos que nos cercam, e consequentemente um menor risco de conclusões limitadas e equivocadas. Palavras-chave: História única, Instituinte, Instituído, Relações de poder. [31] MORESCO, Franciane. M. (FADERGS); SALOMÃO, Carolina (FADERGS); VANACOR, Eliandra E. (FADERGS); CHACON, Nancy M. (FADERGS). Observação a partir do Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner. Introdução: A teoria de Bronfenbrenner pertence ao paradigma ecológico, o qual passa a entender as pessoas como elementos de um sistema, tendo como principal foco as interações e processos nele presentes. O modelo bioecológico de Bronfenbrenner entende que os sujeitos se desenvolvem dentro de um contexto, ao longo do tempo, com características próprias e em interação com pessoas, objetos e símbolos. Ao desenvolver este modelo, Bronfenbrenner tinha como objetivo investigar o desenvolvimento do ser humano mediante sua relação com o ambiente. Este modelo propõe entender o desenvolvimento humano a partir de quatro fatores que estão inter-relacionados: Processo, Pessoa, Contexto e Tempo. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados de uma entrevista realizada com um imigrante da Venezuela, que saiu de seu país para conhecer outras culturas, retornou para a Venezuela e atualmente vive no Brasil, considerando o modelo bioecológico de Bronfenbrenner. Materiais e métodos: Estudo qualitativo, em que foi realizada uma entrevista semiestruturada em Porto Alegre, com um homem de origem venezuelana que trabalha com artesanato e vende nas ruas, que denominaremos aqui por Carlos (nome fictício). Resultados: Como atributos da Pessoa, Carlos apresenta disposições ativas instigadoras que são a criatividade, inovação e iniciativa que o mesmo teve para viajar e trabalhar. Utiliza recursos como as experiências em outras culturas e países e facilidade de interação com diferentes tipos de pessoas. Seu pensamento anticapitalista e a vontade de conhecer as pessoas na sua essência apresentam uma demanda. O entrevistado mantém relações interpessoais com clientes, amigos e família, caracterizando assim os Processos que estabelece, pois geram influências significativas em sua vida. No Contexto, seus microssistemas são formados pelo seu trabalho, amigos e família; o trabalho e a ajuda que recebe de pessoas para garantir recursos econômicos e direcioná-los para sua família, formam o 35 seu mesossistema atual; seu exosistema é formado por relações que estabelece a distância com sua família da Venezuela e o macrossistema é formado pelo capitalismo brasileiro interferindo diretamente nos microssistemas. No item Tempo, observou-se as influências que as viagens que teve ao longo da vida o influenciaram para seu estilo de vida alternativo; ao retornar à Venezuela utilizou o artesanato para estabelecer relações e não apenas como fonte de renda e por fim, o nascimento de seus filhos no Brasil marca uma busca por estabilidade financeira. Conclusões: Os resultados mostraram que a pessoa entrevistada sofreu grandes influências do macrossistema da Venezuela, bem como de seus microssistemas, visto que atualmente seu estilo de vida e forma de pensar foi-se orientando para a busca de novos conhecimentos e culturas e abrindo diferentes possibilidades de interação com outras pessoas e contextos. O modelo teórico-metodológico abordado neste estudo foi de grande valia para o entendimento do indivíduo e seu desenvolvimento, bem como favoreceu a compreensão dos dados, facilitando o estudo do indivíduo em sua dinâmica contextual. Palavras-chave: Modelo bioecológico; Bronfenbrenner; Desenvolvimento. [32] MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SILVA, Luciane C. (FADERGS). A importância do Grupo terapêutico: Relato de uma observação do Grupo Comedores Compulsivos Anônimos. Introdução: O Grupo Comedores Compulsivos Anônimos (CCA) é uma irmandade de pessoas que compartilham suas experiências e que buscam a recuperação da compulsão, não é vinculado a nenhuma organização pública ou privada, movimento político, ideologia ou doutrina religiosa, é autossustentável e não aceita doações externas. Para participação no grupo, há o critério de ser comedor compulsivo. O principal objetivo do grupo é dar apoio às pessoas que sofrem de compulsão alimentar, seguindo um método de 12 passos, que são disponibilizados através de livros e discutidos nos encontros. Observou-se que o embasamento de materiais utilizados pelo grupo é semelhante aos do grupo de Alcoólicos Anônimos. Objetivo: Relacionar a teoria de psicologia dos grupos a partir da experiência de observação do grupo CCA. Materiais e Métodos: Utilizou-se o método de observação nãoparticipante de um encontro do grupo realizado em 2013 bem como revisão bibliográfica. Resultado: O encontro observado enquadra-se na modalidade de grupo terapêutico de autoajuda, pois constitui-se de um grupo de pessoas com o mesmo diagnóstico e que estão em busca de um objetivo comum: o controle da compulsão alimentar. Este tipo de grupo é formado por pessoas que possuem necessidades comuns, é homogêneo e é liderado por pessoas pertencentes à mesma categoria diagnóstica dos demais. O conceito de verticalidade foi observado quando cada integrante do grupo relata suas experiências individuais: “minha mãe sempre fala de como me visto mal” (sic). “Eu comia até sentir-me sem mais espaço” (sic). Observou-se a horizontalidade quando todos abordam situações e problemas em comum: não ter com quem falar sobre os problemas relacionados à compulsão, a importância do grupo como uma rede de apoio, o evidente sofrimento relacionado à compulsão alimentar. Percebe-se que todas as integrantes do grupo possuem lixo psíquico, e que se utilizam do ambiente grupal como continente para que suas angústias possam ser despejadas e reutilizadas. A função continente que o grupo exerce de conter e absorver angústias em relação à doença foi observado nos depoimentos, que relatavam a importância que o grupo tem para os participantes, pois fora do grupo não conseguem estabelecer relações que possam exteriorizar suas angústias e sofrimento. No grupo, há melhor entendimento da patologia e das consequências, visto que os integrantes se utilizam da mesma linguagem e compartilham vivências semelhantes, facilitando assim, a adesão ao tratamento. Observar-se a partir dos depoimentos que todas, de alguma forma, relatam as mesmas dificuldades, como de ter uma rede de apoio fora do grupo, de falar sobre a doença, de vestir-se e de relacionar-se em ambientes sociais. Conclusões: A observação possibilitou compreender o funcionamento de um grupo terapêutico e sua importância para que os indivíduos possam assegurar sua saúde 36 psíquica e física, visto que o grupo incentiva os tratamentos psicoterapêutico e físico. O grupo CCA apresenta os fatores positivos de um grupo terapêutico, abordados por Zimerman e por Osório, corroborando sua classificação. Palavras-chave: Grupos terapêuticos, Fenômenos grupais. [33] MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SOARES, Aline (FADERGS); BARRETO, Katyene (FADERGS); GUEDES, Joelma A. (FADERGS); GERHARD, Evandro (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção de grupos na Psicologia do Esporte: Revisão bibliográfica. Introdução: A Psicologia do Esporte é uma área específica de conhecimentos da Psicologia em conjunto com a Educação Física, pois além de utilizar os conhecimentos específicos da área da Psicologia, o psicólogo também utiliza conhecimentos das áreas da Educação Física. É um campo de trabalho novo que teve sua regulamentação em 2000 e dentro desta área, encontram-se diversas abordagens psicológicas, como Psicanálise, Cognitivismo, Psicodrama e Psicologia Social, esta última influenciou bastante a Psicologia do Esporte, pois estuda o indivíduo como um ser concreto nas suas relações sociais. A Psicologia do Esporte entende as equipes como um grupo social, que é influenciado por um macrossistema social, onde o esporte coletivo envolve tanto interação social interna (entre a equipe), quanto externa (relação pública). Objetivos: Apresentar uma revisão bibliográfica sobre a Psicologia do Esporte e a forma de intervenção grupal no esporte, a partir de um artigo científico que relata a experiência de uma profissional neste campo de atuação. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica por conveniência, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e no site de revistas da Universidade PUCRS. O estudo baseou-se na intervenção relatada no artigo Psicologia do Esporte e jovens tenistas: relato de uma experiência, publicado na revista Psico, em maio de 2006, cujos autores são: Mariana Hollweg e Marco Antônio Pereira Teixeira. Resultados: No estudo foi realizada uma intervenção que se dividiu assim: Intervenção com atletas, dividindo-se num grupo de adolescentes que eram de uma equipe que tem como objetivo as competições; e outro grupo com outros integrantes que eram indicados pelos treinadores por questões relacionadas a rendimento e assiduidade. Acompanhamento individual com atletas, que ocorria conforme indicação dos treinadores e demanda, tendo como objetivo proporcionar um espaço de reflexão e escuta, onde poderiam ser tratadas questões específicas da prática esportiva. Assessoria aos treinadores, objetivando auxiliá-los a melhor compreender os comportamentos dos atletas e por fim, entrevistas com os pais, com a finalidade de construir junto com os mesmos, alternativas para os problemas encontrados. Os atletas beneficiaram-se da intervenção realizada no âmbito esportivo e também na vida pessoal, pois ao trabalhar as dificuldades em lidar com as derrotas e com o fracasso, podem criar estratégias de enfrentamento para outros contextos da vida. Houve aprendizagem e sentimento de apoio em relação às dificuldades pessoais e esportivas. Na assessoria, a relação do técnico com os atletas mostrou-se mais efetiva, beneficiando as relações interpessoais e o desempenho atlético. Os treinadores sentiram-se apoiados e passaram a questionar sua prática. Conclusões: Os autores puderam entender melhor a intervenção grupal na Psicologia do Esporte, visto que não se trabalha somente com os atletas e sim com todas as pessoas envolvidas no grupo (pais e treinadores). Além disto, constatou-se a necessidade de publicações nesta área, visto que é uma disciplina atual, sendo regulamentada recentemente. Palavras-chave: Intervenção grupal; Contexto esporte; Grupo de tenistas. [34] NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SANTOS, Sidonal (FADERGS); GELLER, Márcio (FADERGS); MAGALHÃES, Karine (FADERGS); EISERMANN, Nilza (FADERGS). Duelo de Titãs: desafios da Intervenção Grupal. Introdução: Lançado no ano de 2000, o filme Duelo de Titãs apresenta fatos reais ocorridos em 1971, em Alexandria nos Estados Unidos. O enredo se dá em um contexto de tensões decorrentes de questões raciais, que 37 aconteciam entre os jogadores de um time de futebol americano. Este trabalho apresenta uma reflexão acerca desse filme, sob a perspectiva da análise grupal. Objetivos: Compreender a intervenção que foi realizada pelo técnico do time, à luz dos pressupostos teóricos. Materiais e métodos: A partir dos debates realizados na disciplina de Intervenções com Grupos, pesquisouse em bibliografia a fundamentação teórica sobre os conteúdos que emergiram da trama. Resultados: Herman Boone foi designado a assumir a função de técnico do time de futebol da Escola T.C. Willians. Em sua chegada, já haviam dois grupos formados: um por pessoas brancas e outro por pessoas negras, ambos convivendo em um ambiente extremamente hostil. Essa hostilidade atravessava os limites da escola e se originava de uma sociedade racista. Os jogadores brancos ameaçaram boicotar suas participações no time em represália à indicação do novo técnico. Frente a isso, Boone determinou a formação de duplas étnicas, inseparáveis, a fim de promover a integração e troca de experiências entre os jogadores, e facilitar a identificação minimizando os conflitos existentes. Nesse caso, as diferenças individuais podem ser consideradas intrinsecamente desejáveis e valiosas, pois propiciam possibilidades de reagir a qualquer situação problema e o conflito em si não é patológico nem destrutivo, funciona como a raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. A comunicação entre a liderança e jogadores era difusa, pois não era permitido aos jogadores opinar sobre as possíveis jogadas do time. A comunicação entre os jogadores era imposta, e isso acirrava ainda mais os conflitos, agravado pelas ordens e decisões ditadas pelo técnico. Superadas as diferenças entre os jogadores, o relacionamento se tornou harmonioso e as energias foram canalizadas para as tarefas do time. O processo decisório, os movimentos de comunicação e de relacionamentos são os responsáveis pelo sucesso ou fracasso de um grupo ou equipe. Conclusões: Verificou-se que para essa equipe, um grupo de reflexão poderia estimular um elo entre a liderança e os jogadores do time. Tal grupo facilitaria a comunicação, o relacionamento e o processo de decisões do time, podendo ser criados grupos de reflexões antes e após cada jogo, como forma de avaliar os acertos e desacertos ocorridos. Além disso, as dinâmicas grupais são técnicas úteis para se trabalhar o alivio das tensões e amenizar os conflitos gerados pelos sentimentos ansiogênicos, que possam emergir durante e no decorrer das partidas. Dessa forma, pode-se promover um espaço para a troca de sentimentos, de expectativas e de frustrações, buscando com isso a mudança de comportamento, e como consequência a maior aproximação entre os membros dos grupos enquanto uma equipe coesa. Palavras-chave: Duelo de Titãs; intervenção grupal; comunicação. [35] OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS); ARNOLD, Grasiela (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SCHMIDT Vládia Z. (FADERGS). Coraline e o mundo secreto: Algumas características da criança em transição das fases pré-latência e latência.Introdução: Os filmes estão se constituindo como importante recurso metodológico para a compreensão e inquietação de determinados conceitos Psicanalíticos. Por meio do uso de metáforas e imagens, a realidade vivida por crianças nas fases psicossexuais, podendo ser demonstradas através de ficções e desenhos. A análise deste artigo será o filme “Coraline e o mundo secreto”. Considera-se esse um filme rico que beneficia distintas “leituras” a respeito de temas relacionados ao comportamento saudável nas fases psicossexuais, tendo em vista uma série de situações vividas pela personagem Coraline. Objetivo: Intuito de contemplar algumas características da fase de latência expressas no comportamento de Coraline. Metodologia: Análise do filme sob a perspectiva dos conceitos psicanalíticos da pré-latência e latência, as características esperadas neste período e a consolidação do superego. Resultados: Análise foi feita através da relação com a maternagem, que no filme está presente no conflito que Coraline vivencia entre o desejo idealizado de pais perfeitos (gratificam) e os reais (frustram). O filme mostra que o brincar também é um meio utilizado pela criança para comunicar suas fantasias inconscientes. O mundo de fantasia vivenciado pela personagem é a representação do 38 egocentrismo e tal característica está presente na fase da pré-latência. No período de transição da criança da pré-latência para a latência observa-se um deslizamento dos investimentos libidinais, estes anteriormente remetidos a dupla parental, agora se reeditam em outras relações. Também serve como uma estratégia usada por Coraline para lidar com os pais reais que não atendem as suas necessidades egocêntricas, característica da pré-latência. Com isso aparecem as características da fase de latência, na qual Coraline se encontra, onde o conteúdo é rapidamente reprimido e substituído por acontecimentos mentais substitutos, o que inclui fantasias minuciosamente detalhadas. O superego da menina é representado pelo gato preto presente em diversas cenas. Desta forma, este auxilia a menina a discernir o que não pode compreender, abrindo mão do prazer imediato e que surge em decorrência da introjeção das defesas e exortações paternas na fase edipiana e, pelo resto da vida, sua essência inconsciente permanece sendo as proibições dos desejos sexuais e agressivos do complexo edipiano. Conclusão: Por meio da fantasia, Coraline encontrou escolhas mais apropriadas e adaptativas para resolução de seus conflitos. No final do filme aparecem seus pais reais construindo um jardim junto com os vizinhos e de forma subliminar aparece à imagem do rosto do gato consolidando as questões superegóicas. Esse fato demonstra uma evolução saudável da transição de Coraline entre as fases pré-latente e latente, gerando desta forma alívio das ansiedades esperadas deste período. O tratamento de crianças nos atenta para compreensão deste funcionamento da elaboração de fantasias inconscientes. A criança, por possuir um aparato psíquico em via de organização além de uma natural imaturidade, está em processo da constituição da simbolização, das sublimações e dos vínculos sociais. Palavras-chave: Fases Psicossexuais; Latência; Pré-latência; Superego. [36] OLIVEIRA, Juliana M. S. de (FADERGS); SCHÜSLER, Cristina (FADERGS); ROSA, Simone B. da (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. (FADERGS); OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS). A integração da escola com as redes de apoio à criança e ao adolescente. Introdução: No contexto das escolas municipais e estaduais, observa-se que a vulnerabilidade está presente em todas as esferas, dos profissionais que atuam nas escolas aos estudantes. Além das problemáticas decorrentes do ensino e aprendizagem este segmento se depara com situações além dos muros da escola como a pobreza, marginalização, falta de recursos e desmotivação de alunos, professores e funcionários. Muitas vezes, nos deparamos com fatos quase insolúveis no que se refere ao cotidiano dito “normal” de um indivíduo. Objetivos: Neste trabalho vamos falar da integração das redes de apoio com as políticas públicas de inclusão escolar e como pode ser a atuação da psicologia escolar neste contexto. Materiais e Métodos: Entrevista com profissional que atua em uma Escola Estadual na cidade de Porto Alegre/RS. Resultados: Na realização deste trabalho conseguiu-se uma aproximação com a atividade prática em psicologia escolar, fato que possibilitou dimensionar onde a psicologia pode atuar dentro da escola. Conclusão: Mesmo que ainda sejam encontrados impasses, pode-se operacionalizar a rede de cuidados e o desenvolvimento de ações que tornem a atuação do psicólogo escolar mais produtiva e torne-se um instrumento útil para a organização do trabalho na escola. Palavras-chave: Psicologia escolar; Políticas públicas; Redes de apoio; Vulnerabilidade. [37] PEIXOTO, Carine R. (FADERGS); MEDEIROS, Régis (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). O processo de individuação do jovem na atualidade: um olhar Winnicottiano. Introdução: A pesquisa exibida pela UNESCO (2006): “Juventudes, juventude: o que une e o que separa”, aponta para alguns aspectos interessantes que se relacionam com os postulados de Donald Winnicott, ao referir-se sobre os paradigmas que ele contextualiza como a “mãe suficientemente boa” ou “mãe insuficientemente boa”, dentro das perspectivas do comportamento da juventude contemporânea. Objetivo: Esse trabalho tem por 39 objetivo construir uma hipótese, através dos conceitos Winnicottiano, sobre como se daria este processo de individuação dos jovens, conforme aponta os dados da pesquisa, visando identificar algumas características neste contexto da relação mãe-bebê, para explicar o fenômeno da saída tardia dos lares dos pais. Materiais e métodos: A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi identificada a partir dos conceitos vistos em aula, a qual se propôs realizar-se a fundamentação teórica entre livros e artigos, como também a pesquisa fundada pela UNESCO, para que assim, obtivessem dados que iria sustentar a hipótese proposta. Resultados: A pesquisa exibe vários aspectos relevantes ao afirmar sobre o comportamento dos jovens brasileiros, entre alguns dados é possível destacar que 49,3% dos jovens sempre moraram com os pais, sendo que 25,5% daqueles que moraram algum período fora, acabaram retornando para a casa dos pais. Hoje em dia, percebe-se que as famílias vêm sendo construídas por novos moldes, por cuidados diferenciados, valorizando a superproteção e mimos para seus filhos, em contra ponto as famílias de outras épocas. Conclusões: A pesquisa nos sugere a pensar, como Winnicott evidencia em sua teoria que a “mãe suficientemente boa”, comente falhas corriqueiras, entretanto não mais que o bebê possa suportar, enquanto que a “mãe insuficientemente boa” seria aquela ora incapaz de atender as demandas do bebê ora supri-las em excesso, e que isto resultaria em uma falta ou excesso de respostas às necessidades impostas pelo bebê. No caso de um excesso de cuidados, que inundariam o bebê com aquilo que não lhe é tão genuinamente necessário, o resultado produzido poderia ser futuramente, uma intolerância a frustração, bem como a substituição do gesto espontâneo do bebê pelos gestos produzido a partir da necessidade da mãe. Sob este prisma é possível levantar a hipótese para este acontecimento dos jovens continuarem vivendo na casa de seus pais, devido à superproteção imposta pela dupla parental, a qual desencorajaria o jovem a vivenciar suas próprias experiências. Estes cuidados exagerados poderiam estar bloqueando o desenvolvimento da autoconfiança produzido, conforme Winnicott sugere a partir do não reconhecimento da necessidade espontânea. Assim, como também os dados que aponta que os filhos que retornaram a casa dos pais, não conseguiram se adaptar as experiências que os frustraram, possivelmente por não estarem acostumados a experiências frustrantes. Palavraschave: Juventude; Pais; Superproteção; Winnicott. [38] PEREZ, Tatiana S. (FADERGS); GONÇALVES, Juliana G. (PUCRS); AQUINO, Thayane (PUCRS); CANDIDO, Lucia. Orientação Profissional na escola: relato de experiência de estágio. O trabalho de orientação profissional abrange um processo de avaliação envolvendo diversas atividades com o intuito de, juntas, auxiliar o orientando na escolha de sua profissão. Com o objetivo de auxiliar seus alunos próximos ao momento de decisão da profissão, o Colégio João Paulo I oferece em sua grade curricular um espaço para o trabalho de Orientação Profissional para os alunos do 2º ano do Ensino Médio. No ano de 2013 fizeram parte do processo as seguintes atividades: recorte e colagem; autobiografia; aplicação da Avaliação de Interesses Profissionais (AIP), Genoprofissiograma, aplicação do Questionário de Avaliação Tipológica (QUATI), dinâmica de grupo e atividade sobre valores. Para estruturar os períodos disponíveis (divididos com o laboratório) cada uma das três turmas, com média de 33 alunos, foi dividida em dois grupos e cada estagiária assumiu a responsabilidade por uma turma. Ao todo foram realizados sete encontros de orientação e reservados um encontro para avaliação das atividades, cinco encontros para devolução, sendo que durante esses cinco encontros com a turma que ficava em sala de aula era realizada alguma atividade lúdica com temática na escolha profissional (como stop, imagem e ação, quem sou eu e projeto de vida) pelas estagiárias que não estavam realizando a devolução daquela turma, e um último encontro para despedida (onde os alunos sugeriram a realização de um amigo secreto). Os resultados do processo de orientação profissional são apresentados de maneira individual a cada aluno em sua devolução, porém, a realização das atividades foi bastante produtiva e mostrou ser de grande 40 utilidade para o autoconhecimento e reflexão dos alunos frente esse momento de escolhas, tendo sido avaliado pelos alunos de forma geral como “muito bom”. Para as estagiárias, por sua vez, a realização da orientação profissional foi uma experiência enriquecedora dentro das possibilidades da Psicologia Escolar. Assim, apesar dos alunos estarem ainda no 2º ano do Ensino Médio e terem, em média, 16 anos, ainda novos para a decisão definitiva de seu futuro profissional, o processo de orientação disponibilizado pelo colégio permite a reflexão e contribui para a diminuição das angústias em um momento em que os jovens se sentem pressionados. Palavras-chave: Psicologia Escolar; Orientação Profissional; Estágio. [39] PORTELA, Valéria L. (FADERGS); SILVA, Mariana C. da (FADERGS). Observações sobre o desenvolvimento infantil: uma abordagem Piagetiana. Este trabalho consiste na observação de uma criança de três anos, chamada Helena (nome fictício), realizado 12 de junho de 2013, no apartamento da família, em Porto Alegre, com duração de duas horas e meia. Objetivou-se compreender as características dos estágios do desenvolvimento infantil segundo Piaget. Em segundo plano, observamos aspectos referentes ao desenvolvimento da linguagem e a forma de apego na idade pré-escolar. Identificamos características que compõem os estágios sensório-motor e pré-operatório, linguagem e teoria do apego seguro. A criança manifestou enquanto brincava de pintar numa folha uma habilidade motora fina correspondente ao Estágio de Desenvolvimento Motor. Também atribui vida ao seu bicho de pelúcia comum ao Estágio pré-operatório/Animismo. Ela cantarola músicas aprendidas na escola, dominando sentenças complexas, comuns ao período da linguagem pré-escolar. Helena não temeu a ausência da sua mãe do ambiente, pois, deposita nela um apego seguro. Mas, também se sente segura na presença de estranhos, logo, continuava a conversar e buscar atenção. Não obstante, Helena demonstrou um comportamento típico de crianças em idade pré-escolar cujo desenvolvimento não apresenta nenhum comprometimento. Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Estágios do Desenvolvimento; Piaget; Idade pré-escolar. [40] RIBEIRO, Rosiane (FADERGS); SANT’ANNA, Adriana (FADERGS); ZEN, Keslei (FADERGS). Microdermoabrasão: A utilização do peeling de diamante em tratamentos faciais. Introdução: A microdermoabrasão, através do peeling de diamante, é a técnica utilizada por médico dermatologista, fisioterapeuta dermato-funcional e esteticista, a qual promove a renovação celular, estimulando a produção de colágeno e elastina a partir de um processo de esfoliação progressiva e superficial do estrato córneo. É um procedimento não invasivo, de rápida recuperação e que pode ser utilizado em peles jovens e maduras, sendo indicado para todos os tipos de pele. O tratamento facial, através do peeling de diamante, é aplicado por meio de uma manopla em forma de caneta com ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes, com pressão negativa, a qual pode ser ajustada no aparelho, a pele é suavemente sugada pela manopla e a esfoliação é efetuada pela ponteira diamantada em contato com a pele, através dos movimentos realizados pelo profissional. Antes da aplicação da microdermoabrasão a pele do cliente, deve estar totalmente íntegra, livre de oleosidade. Os poucos estudos desenvolvidos evidenciam que são necessárias de 5 a 10 sessões com intervalos semanais, quinzenais ou até mensais que variam de acordo com a indicação e avaliação do profissional. Objetivo: Relatar a técnica de microdermoabrasão, através do peeling de diamante, em tratamentos faciais. Metodologia: Através de revisão bibliográfica, foi observada a utilização da microdermoabrasão nas imperfeições cutâneas faciais, a identificação dessas imperfeições, as contraindicações que impedem a utilização desta técnica e seus benefícios para os tratamentos faciais. Resultados: Os benefícios gerados pela técnica de microdermoabrasão, através do peeling de diamante, são vários, dentre eles: a melhora imediata do tônus da pele, sua textura e pigmentação. Podendo também, ser combinado com outros procedimentos de remodelamento de superfície de pele ou esfoliações químicas. O procedimento é indicado para 41 diversos tipos de imperfeições cutâneas faciais, tais como: linhas de expressão, rugas finas, sequelas de acne, cicatrizes, discromias, poros dilatados, e peles lipídicas. Existem poucos casos de contraindicação, dentre eles é importante relatar: rosácea, telangiectasia, impetigo, verrugas planas, herpes simplex e a utilização ativa de isotretinoína. Conclusão: Constatou-se a carência de material e estudos científicos em relação à aplicabilidade e resultados na microdermoabrasão utilizando o peeling de diamante. Os estudos analisados consideram o procedimento seguro e não invasivo, podendo ser utilizado em qualquer tipo de pele. Ainda, pode-se observar como resultados em relação aos benefícios da microdermoabrasão: a melhora da textura da pele facial, atenuação de cicatrizes e manchas, melhora da aparência da pele tratada com a diminuição da oleosidade e dos óstios dilatados, e a estimulação natural do colágeno atenuando rugas e linhas de expressão. Contudo, pode-se evidenciar também, a melhora da autoestima dos clientes, que buscam nos tratamentos faciais resultados positivos não meramente de caráter estético, mas também social e psicológico. Palavras-chave: Microdermoabrasão; Peeling de diamante; Remodelamento da pele; Tratamentos faciais. [41] RIBEIRO, Vera (FADERGS); GALIANO, Pietra (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS); STELZER, Julia (FADERGS). Frida Kahlo – da dor a sublimação. Introdução: O presente resumo traz recortes da vida e da obra de Frida Kahlo. Objetivo: Construir a reflexão desta história, marcada pela dor e pela arte, através dos conceitos de Sigmund Freud: pulsão e sublimação. O estilo eclético de Frida refletiu-se em suas vestimentas, na textura e criatividade, que se estendeu do seu ser a sua arte. Materiais e métodos: Para a realização deste trabalho foi realizada análise da produção de Frida Kahlo e da Teoria de Freud, através de revisão bibliográfica. Nascida no México, em 1907, Magdalena Carmen Frieda Kahlo, teve a vida marcada pelas tragédias e superações. Aos seis anos de idade, Frida contraiu poliomielite, o que a deixou com uma lesão no pé direito; Aos dezoito anos, sofreu um grave acidente, o bonde em que seguia colidiu com um trem, deixando-a meses entre a vida e a morte. Foi durante a recuperação que Frida passou a pintar. A mãe colocou-lhe um espelho sobre a cama e um cavalete adaptado, para que assim pudesse pintar deitada. Frida fez então, seu primeiro autorretrato. Como consequência do acidente restaram fortes dores, uso de coletes ortopédicos, e um acervo de obras extremamente expressivas. Nos anos que seguiram, Frida sofreu três abortos, ficando extremamente abalada pela impossibilidade de levar adiante uma gravidez. Aos 28 anos, Frida teve os dedos do pé direito amputados, e o marido passa a traí-la com sua irmã, com quem vem a ter seis filhos. Frida referia: “Pinto a mim mesma, porque sou sozinha e sou o assunto que conheço melhor”. “Sofri dois grandes acidentes na minha vida: um foi no bonde e o outro Diego” Resultados: A sublimação nada mais é que um meio de transformar e elevar a força das energias sexuais, convertendo-as numa força positiva e criadora. Assim, a pulsão é sublimada quando sua força é desviada de sua finalidade primária, de obter satisfação sexual, e é colocada a serviço de uma finalidade social, seja ela artística, intelectual ou moral. No processo de sublimação também pode se requer a intervenção do eu narcísico, que dependera de uma operação intermediária, que visa aliviar a libido do objeto sexual que retornara a si mesmo e que se destinará a um novo alvo, não-sexual. É realmente o narcisismo da artista que condiciona e favorece a atividade criadora de sua pulsão sublimada. Conclusão: Observa-se na história de Frida Kahlo que foi justamente a arte que assumiu a figura do ideal do eu, incitando-a a desfrutar dos prazeres das telas e tintas, sendo esse o modo que Frida encontrou para compensar todo o sofrimento causado pelo acidente. Percebe-se que Frida adquiriu uma espécie de compulsão pela pintura, na medida em que expressava na arte, os seus sentimentos. Também observamos que a finalidade de suas obras não era apenas retratar imagens e formas que impressionavam socialmente, mas simbolizar conteúdos da sua psique. Palavras-chave: Frida Kahlo; Sublimação; Pulsão; Obra. 42 [42] ROBERT, Gabriela. (FADERGS). Resenha analisando os estereótipos na mídia a partir de palestra da escritora Chimamanda Adichie. Introdução: Em palestra feita pela escritora Chimamanda Adichie a frase que mais marca sua palestra é a seguinte, em tradução livre: uma história única cria estereótipos e os problemas com os estereótipos não é que eles sejam falsos, mas sim que eles são incompletos. A escritora frisa a importância de não sabermos somente uma versão de cada história, pois assim como ela compartilha na palestra, acabamos generalizando e criando estereótipos que se encaixam em padrões. Objetivos: Demonstrar, através de pesquisa bibliográfica como a mídia utiliza generalizações e estereótipos de gênero para minimizar o papel político de mulheres em carreiras de sucesso. Materiais e Método: A resenha foi feita a partir do vídeo da palestra intitulada “o perigo de uma única história” feita pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie. Também foram utilizadas notícias da revista Veja e um artigo da autora Flávia Biroli intitulado: Gênero e política no noticiário das revistas semanais brasileiras: ausências e estereótipos. Resultados: Através dos materiais pesquisados foi possível perceber o uso de estereótipos na mídia brasileira. Os estereótipos de gênero são utilizados para definir as mulheres da política brasileira não como políticas, mas sim como mulheres que se vestem mal, ou que são bonitas e por isso tem atenção. Conclusão: Os estereótipos não merecem espaço no jornalismo, já que este deveria servir a informação de fatos e não naturalização de generalizações prejudiciais à concretização da igualdade. Palavras-chave: Estereótipos; Gênero; Política. [43] ROCHA, Rogéria (FADERGS); CASTRO, Carolina de (FADERGS); NUNES, Daziele (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do paciente: uma revisão de literatura. Introdução: Desde o século XIX a inscrição em latim “Primum non nocere” traduzida como “Primeiramente, não cause dano”, tem a segurança do paciente como prioridade e é um dos critérios básicos para alcançar a qualidade assistencial dentro dos hospitais. Essa preocupação afeta os doentes e seus familiares que desejam sentirem-se confiantes e seguros, acreditando que a equipe de saúde tem como “missão” principal à prestação de cuidados com excelência. O tema Segurança do Paciente tem o propósito de monitorar e prever danos assistenciais que venham prejudicar o tratamento do paciente durante a sua internação, bem como procedimentos ambulatoriais, pois todos os pacientes estão vulneráveis dentro de instituições de saúde, seja ela pública ou privada. Objetivos: Conscientizar os profissionais da saúde sobre a importância de se realizar um atendimento seguro desde a admissão até a alta hospitalar dos pacientes nas instituições de saúde. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa, descritiva. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO), por meio de leitura exploratória de resumos e títulos, onde foi verificada a relevância das obras em relação à segurança do paciente. Como critérios de inclusão, foram utilizados artigos científicos publicados no Brasil na língua portuguesa, no espaço de tempo compreendido entre 2010 a 2013, preferencialmente. Os critérios de exclusão foram formados por artigos científicos não disponibilizados na íntegra, em língua estrangeira, e materiais que não correspondem à temática de estudo. A coleta nos bancos de dados foi realizada entre os meses de agosto e setembro de 2013, por meio da palavra-chave: segurança do paciente. Resultados: Após a busca nos bancos de dados, obteve-se um total de 31 trabalhos científicos, que foram filtrados mediante leitura preliminar de títulos e resumos, onde foi possível descartar 13 obras irrelevantes ao estudo; em seguida, iniciou-se a leitura crítica dos trabalhos científicos restantes, resultando em 18 obras relevantes a pesquisa. Após a leitura crítica das fontes relevantes e a realização de fichamento delas, os textos obtidos foram tabulados, analisados e interpretados, visando explicar o objetivo de pesquisa e transcrevê-los em forma de resultados. Conclusão: Observou-se a partir das obras relevantes pesquisadas que a preocupação com a segurança do paciente é um tema que vem crescendo entre os pesquisadores do mundo todo. Embora a revelação do erro seja 43 preconizada na forma de justificativas, esta ação não é realizada de forma frequente nas unidades de saúde. Estratégias devem ser implementadas para melhorias na qualidade da assistência ao paciente a partir da educação dos profissionais e administração da segurança em suas rotinas de trabalho, tornando o comprometimento com tais ações o passo principal para o alinhamento do atendimento seguro e com qualidade. Palavras-chave: Segurança do Paciente; Qualidade da assistência à saúde; Assistência ao paciente. [44] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). Luto: normal ou patológico? Introdução: O luto pode ser definido como um conjunto de reações diante de uma perda, portanto algo a não ser desprezado, e sim, devidamente valorizado e acompanhado, como parte da saúde emocional. A dor de uma perda faz com que criemos maneiras para nos defendermos contra o investimento emocional de tal sofrimento. O luto normal envolve um conjunto de sentimentos e comportamentos que são comuns após uma perda. Geralmente a recuperação de um luto é lenta e gradual, e o sobrevivente tem um papel ativo nesse processo. Isso porque ele tem que efetuar determinadas tarefas, que permitirão a partida do ente querido para que se consiga seguir em frente. Quando estas tarefas não são efetuadas, pode acontecer de o sujeito atravessar o limite que separa o luto normal do patológico. Objetivo: Promover a reflexão sobre o processo de luto no entendimento de normalidade e patologia. Metodologia: Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos científicos. Resultados: A adaptação à perda envolve quatro tarefas básicas: a aceitação da realidade da perda, trabalhar a dor advinda desse fato, o reajustamento a um ambiente em que o falecido está ausente e a transferência emocional dessa pessoa para conseguir dar seguimento à vida. Conclusões: Apesar de o luto fazer parte do processo vital do ser humano, é um assunto ainda difícil de ser abordado, possivelmente por ser permeado de subjetividade e de tabus. Um luto inesperado pode desencadear diversos sintomas psicológicos, tais como os de depressão e de estresse. É importante que o profissional da área da saúde atente para a intensidade e permanência desses sintomas. Não há como precisar o limite entre o normal e o patológico, mas deve-se compreender o quanto esses sintomas resultam em prejuízos na vida do sujeito. Palavras-chave: Luto; Normal e Patológico; Saúde. [45] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). O Acompanhamento Terapêutico como dispositivo Interdisciplinar. Introdução: O acompanhamento terapêutico é uma prática na área da saúde que surgiu como uma necessidade clínica para pacientes cujas terapêuticas mostravam-se insuficientes para o tratamento em saúde mental. A principal característica desse trabalho é que ele não se restringe ao espaço físico de um determinado estabelecimento e nem a determinados campos do saber. Suas possibilidades de intervenção são vastas, e no campo da saúde pode ser utilizada tanto como um programa terapêutico quanto como uma estratégia de intervenção. Dentre as funções do Acompanhante Terapêutico (AT), destacam-se: ofertar-se como modelo de identificação ao paciente, o trabalho em um nível vivencial e não interpretativo, servir-se de “ego auxiliar”, perceber, reforçar e desenvolver a capacidade criativa do paciente, informar sobre o mundo objetivo do paciente, atuar como agente ressocializador e servir como catalisador das relações familiares. Objetivos: Apresentar a relevância do trabalho do AT, como dispositivo clínico para estudantes e profissionais que atuam na área da saúde mental. Materiais e métodos: Para isso, foram investigados artigos no banco de dados Scielo, utilizando como descritor os termos “acompanhamento terapêutico”. Resultados: Um estudo realizado com psicólogos e psiquiatras da cidade de Porto Alegre, que trabalhavam junto a uma equipe interdisciplinar, revelou que os principais fatores que os levam a indicar o acompanhamento terapêutico ao paciente envolvem a incapacidade funcional do paciente, as dificuldades da família, as classes diagnósticas, a internação psiquiátrica, a adesão ao tratamento, o déficit no comportamento 44 social e os limites da psicoterapia. Considerações finais: Os estudantes e profissionais da saúde devem conhecer o trabalho e papel do AT tanto nos casos em que o paciente possui essa rede de apoio quanto nos casos em que não possui. Na primeira situação, a importância se dá para a facilitação do diálogo entre profissionais, de forma a garantir o atendimento integral, tal como preconiza a interdisciplinaridade. Já no segundo caso, para que se possa identificar quando esse dispositivo é necessário, e dessa forma encaminhar o paciente a esse profissional. Sendo assim, o AT pode atuar como dispositivo clínico em diversas situações, principalmente na complementação do tratamento, na reinserção social do paciente, no suporte à família e na atuação fora dos serviços de saúde. Palavras-chave: Acompanhamento Terapêutico, Saúde Mental, Interdisciplinaridade. [46] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); LUHRING, Guinter. Utilização da orientação de pessoas como dispositivo no processo de Análise Institucional. Introdução: Fundada há sete anos, a Associação de Amparo Social e Científico SOS Rim desempenha diversas atividades em benefício da população. Essas, em sua maioria, são voltadas para a saúde e em outra parte compostas por atuações nas áreas jurídicas, administrativas e de comunicação. Todas as segmentações visam à melhora do bem estar e qualidade de vida dos seus associados. Para isso, a entidade conta com o apoio de voluntários e de estagiários de psicologia. Para auxiliar no suprimento da vasta demanda local, a Associação recebeu quatro novas estagiárias no primeiro semestre de 2013. Diante disso, verificou-se a necessidade de um dispositivo de acolhimento e de orientação às novas integrantes da SOS Rim. Objetivo: O dispositivo de orientação (ou familiarização) de pessoas teve como objetivo recepcionar as novas estagiárias, proporcionando a familiarização com os diversos aspectos da organização, orientando-as também acerca das práticas psi que já foram desenvolvidas, e do possível campo de atuação. Acreditava-se que através da orientação as estagiárias estariam mais bem informadas quanto aos processos institucionais, facilitando a percepção sobre o que poderá ser criado, modificado ou melhorado no estabelecimento. Metodologia: A perspectiva de intervenção para esse projeto teve como apoio a Análise Institucional, que ocorreu no período de julho de 2012 a junho de 2013. Os recursos escolhidos para colocar esse dispositivo em prática foram os slides para apresentação em data show e posteriormente a disponibilização desse material para as estagiárias. Resultados: A familiarização iniciou-se com uma dinâmica de apresentação na qual as estagiárias apresentaram-se e falaram o semestre em que se encontram na graduação. Nessa apresentação também se oportunizou um espaço para que as estagiárias compartilhassem suas experiências anteriores e suas expectativas em relação ao estágio na SOS Rim. Posteriormente foram prestados às novas colaboradoras os seguintes esclarecimentos: informação geral sobre a rotina diária de trabalho; um exame da história, propósito, operações e produtos ou serviços da organização e sobre como o trabalho delas contribuirá para as necessidades da organização; e uma apresentação das políticas, regras de trabalho e benefícios para os empregados da organização. Ainda no mesmo encontro, foram explicitadas as práticas psi que já haviam sido desenvolvidas no local e o possível campo de intervenção. Conclusões: Além de facilitar a percepção sobre o que poderá ser criado, modificado ou melhorado no estabelecimento, esse dispositivo também proporcionou que as estagiárias se situassem sobre os seus papéis na organização, além de favorecer a troca de ideias entre a psicologia. Isso foi promovido através da prestação de informações básicas para que as estagiárias ingressantes conseguissem ter uma melhor visualização do campo de intervenção. Palavras-chave: Análise Institucional, Orientação de pessoas, SOS Rim. [47] ROSA, Simone B. de (FADERGS); CAMPOS, Scharlise T. M. de (FADERGS); KRIEGER, Sabrina G. de (UNISINOS); GOMES, Grace A. de (APORTA-RS); DANNENHAUER, Daniela N. de (APORTA-RS); LOPES, Maria I. de (APORTA-RS). 45 Recursos Terapêuticos no tratamento da Ansiedade. Introdução: A Associação dos Amigos, Familiares e Portadores de Transtornos de Ansiedade (APORTA-RS) oferece trabalho com grupos, sendo uma terapêutica de ajuda no tratamento e prevenção dos sintomas e transtornos de ansiedade. Sendo assim, reconhecida pela comunidade, profissionais e pacientes em seu trabalho nos cuidados com a saúde mental. A proposta do presente trabalho é apresentar como funciona um dos grupos que é ofertado pela APORTA-RS. O grupo escolhido é o Grupo Recursos Terapêuticos. Seu método de trabalho ocorre através de técnicas de recursos terapêuticos, tais como: fala, biodança, exercícios de relaxamento corporal, respiração e meditação. Objetivos: Apresentar o Grupo Recursos Terapêuticos, o qual é oferecido pela APORTA-RS. Como objetivo específico, o intuito do presente trabalho baseia-se em evidenciar qual é o papel do grupo no auxílio aos pacientes participantes. Ainda, identificar qual dos recursos terapêuticos se revela como mais eficaz no ponto de vista do paciente para a prevenção e enfrentamento da ansiedade. Métodos e materiais: Através de observação e escuta de relatos e ainda resultados coletados por meio de questionário estruturado. Resultados: Notase que as técnicas de recursos terapêuticos são ferramentas bem aceitas e muito eficazes em momentos de prevenção, controle e enfrentamento de crises de ansiedade. Assim, propiciando ao paciente um maior equilíbrio emocional. Verificou-se que os exercícios de respiração e alongamento foram os mais destacados. Por certo, o fortalecimento semanal, bem como a permanência no tratamento em grupo é o que incentiva e estimula os pacientes a estarem praticando tais técnicas. Conclusões: Observou-se que as técnicas são importantes instrumentos que capacitam o paciente no enfrentamento dos sintomas e dos transtornos de ansiedade. Como é no grupo que acontece o fortalecimento para que a utilização dos recursos aconteça, há a necessidade de que os profissionais estejam atentos, a fim de garantir o constante desenvolvimento do manejo da ansiedade. Os benefícios oferecidos pelas técnicas de recursos terapêuticos acontecem através das trocas de experiências no grupo. Desta forma, a APORTARS cumpre com seu papel primordial, que é o de prevenir e preservar a saúde mental, como melhorar a qualidade de vida dos portadores de transtornos e sintomas desagradáveis da ansiedade. Palavras-chave: Transtornos de Ansiedade; Recursos Terapêuticos; Grupos. [48] ROSA, Simone B. de (FADERGS); LUZ, Lucilene S. de (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C. de (PIM-PIA). Reflexões da prática psicopatológica em uma política pública de atenção à primeira infância. Introdução: A realização dos primeiros estágios em psicologia, o básico em psicopatologia, exigidos no curso, em uma política pública que atende comunidades em vulnerabilidade socioeconômica e cultural, conhecida nesta capital como Primeira Infância Melhor- Porto Infância Alegre (PIM PIA). Durante o estágio as principais atividades foram atendimentos a famílias com gestantes e crianças de zero até seis anos nas modalidades grupal e individual. Objetivos: Conhecer o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos, de forma ampla e contextualizada, através da ação transdisciplinar em uma política pública. Exercitar e ampliar o olhar da psicologia percebendo que em ações de saúde mental há uma constante comunicação com a psicologia descritiva levando a compreensão ética fenômenos sociais e psicopatológicos, integrando e aplicando conhecimentos técnicos. Materiais e métodos: Estágio Básico em Psicopatologia no Programa Primeira Infância Melhor – Porto Infância Alegre (PIM PIA), possibilitando a articulação entre conhecimento teórico e prático através da supervisão local e acadêmica. Reflexões quanto à integração de conteúdos teóricos e práticos. Resultados: Por meio de estudo de caso, houve um entendimento do graduando sobre as questões de psicopatologias através de estudos em grupo nos horários de supervisão local e acadêmica. Até então os estudos de casos realizados eram simulações nas disciplinas de psicopatologia, o contato com o caso real nos proporcionou uma aprendizagem mais efetiva. Conclusões: Pode-se concluir que, por não estar num ambiente exclusivo em saúde mental aumentam os desafios. Em um local de tratamento exclusivo em 46 saúde mental, se teria a possibilidade de verificar, mais pacientes acometidos de psicopatologias. Porém, torna-se viável e tão interessante ao começar o estudo porque o foco é o mesmo, fazer o estudo de caso, como seria em outro local. O estagiário ao se propor em captar um estudo de caso, uma pessoa com a possibilidade de ter ou não psicopatologias, os olhares aguçam nesta busca e as pesquisas se refinam. No decorrer do estágio, foram muitas as descobertas na articulação entre supervisão local e acadêmica. Assim, é de grande contribuição este trabalho, principalmente para crescimento pessoal e profissional, enquanto psicólogo em formação. O estudante de psicologia por meio do estágio básico em psicopatologia pode articular os conhecimentos teóricos ao prático aprendidos na academia e seu primeiro contato com a prática em psicopatologia. Palavras chave: Psicopatologias; Locais para realização de Estágios; Políticas Públicas. [49] ROSA, Simone B. de (FADERGS); TRINDADE, Genice de (FADERGS); SILVA, Fabio S. de (FADERGS); NOGUEIRA, Gustavo de (FADERGS); GELLER, Márcio M. de (FADERGS). Processos Grupais na Área da Saúde. Introdução: A interação entre os membros de um grupo é o fenômeno que centraliza as atividades de qualquer agrupamento humano. Os seres humanos nascem e pertencem a um primeiro grupo que é o familiar; depois, passam a estabelecer outros grupos, como o escolar, o do trabalho, os de círculos sociais, e outros. O interesse nestes movimentos grupais é na utilização da promoção, manutenção, qualificação ou tratamento na área da saúde. Objetivos: Refletir sobre intervenções com grupos na área da saúde. Alguns grupos terapêuticos são compostos por grupos de autoajuda e psicoterápicos (que se constituem nas diversas teorias psicológicas, ex: psicanalítico, humanista, cognitivo-comportamental, etc.), ao passo que, intervenção grupal na saúde engloba a utilização de grupos operativos, sendo o mais comum o grupo educacional. Materiais e métodos: Através do estudo bibliográfico de autores de grupos, com foco em atendimento de grupos em saúde. Resultados: Os resultados nos estudos escolhidos foi o envolvimento do estudo para adquirir conhecimento teórico de práticas e manejo com grupos que contribuem para que se tenha êxito no trabalho grupal. Conclusões: A intervenção com grupos se mostra uma ótima prática à medida que os recursos destinados à saúde no Brasil são poucos e a necessidade e a quantidade e situações de atendimento terapêutico são muitas. O grupo possibilita a identificação entre iguais, diminui a ansiedade frente os desafios e permite o aprendizado pela experiência do outro, além de dinamizar o número de atendimentos. Palavras-chave: Grupos terapêuticos; Grupos na área da saúde; Intervenção grupal [50] SANCHES, Márcia O. (FADERGS); BOHN, Neidi P. (FADERGS); LOPES, Paulo R. de. V. (FADERGS). Erros na administração de medicamentos. Introdução: Garantir a segurança do paciente nos processos assistenciais consiste em um dos maiores desafios da enfermagem contemporânea. Estudos epidemiológicos mundiais comprovam a ocorrência de inúmeros erros que comprometem a segurança do paciente, ocasionando mortes ou sequelas. Estudos realizados no Brasil mostraram que a frequência desses eventos é inesperadamente alta e medidas de prevenção devem ser implementadas para diminuir os danos aos pacientes e reduzir os custos associados a esses eventos. Objetivo: Realizar revisão de literatura sobre o tema da segurança do paciente com ênfase nos erros de administração de medicamentos. Materiais e métodos: Realizar revisão de literatura através de mecanismos de busca como: Scielo, PubMed, LILACS e Medline e a Cartilha Segurança do Paciente (ANVISA, 2013) através dos descritores eventos adversos, enfermagem, erros de administração de medicamentos intravenosos e segurança. Resultados: Uma pesquisa realizada numa unidade de terapia intensiva adulto com vinte leitos em São Paulo sobre eventos adversos gerais na assistência de enfermagem aponta que dos 550 eventos adversos registrados 51,4% estavam relacionados à administração de medicamentos. Essa situação é muito preocupante e como prova disso um estudo que avaliou a ocorrência de eventos adversos a medicamentos em um hospital público e 47 cardiológico realizado no município do Rio de Janeiro detectou que um terço dos eventos adversos analisados nos prontuários houve necessidade de intervenção para o suporte de. Uma pesquisa realizada em um hospital privado na cidade de São Paulo revelou que muitos erros não são notificados pela equipe, pois 70% temem a reação que iriam sofrer dos enfermeiros responsáveis e colegas de trabalho. Outro estudo realizado com 116 enfermeiros atuantes em serviços de emergência em hospitais de São Paulo sobre as condutas e os sentimentos frente a um evento adverso com medicação apontou que somente 28% sinalizaram a anotação do erro no prontuário do paciente. Conclusão: Ao final da revisão da literatura pode-se concluir que erros são frequentemente encontrados na assistência à saúde. Não se pode eliminá-los, mas pode-se minimizá-los ou preveni-los por meio de estratégias direcionadas ao sistema de medicação. Os trabalhos estudados também evidenciaram a carência de pesquisas nessa área uma vez que a maior parte dos erros são subnotificados ou não notificados. Diante disso, é fundamental que as instituições de saúde adotem uma cultura de transparência em relação aos erros pelos profissionais, direcionando suas condutas frente aos mesmos, auxiliando-os na tomada de decisões e não os inibindo através de punições. E, nesse processo, o enfermeiro tem papel fundamental, pois deve lançar mão de todo seu conhecimento científico através de ações que privilegiem o cuidado seguro. Palavras-chave: Eventos adversos; Enfermagem; Erros de administração de medicamentos intravenosos; Segurança. [51] SILVA, Cristiane da (FADERGS); MESQUITA, Giovana (FADERGS); ROSA, Francyelle (FADERGS); FOLK, Michel (FADERGS); BARRETO, Rodrigo (FADERGS); OLIVEIRA JR., Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente: Comunicação efetiva entre os profissionais da saúde. Introdução: Comunicação é a troca de entendimento, consideração das palavras, emoções e situações em que fazemos a tentativa de tornar comuns os conhecimentos. A falta de comunicação eficaz entre os próprios profissionais da saúde, pacientes e familiares, pode resultar em problemas de qualidade do atendimento, eventos adversos entre outros como: prescrições mal-entendidas, doses erradas de medicamentos e a interrupção do tratamento proposto. Objetivo: Melhorar a comunicação entre os profissionais da área da saúde. Materiais e métodos: Revisão literária através de artigos realizada nas bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Resultados: Mesmo que a comunicação seja de grande recompensa, poucas pessoas sabem esclarecer suas ideias a serem transmitidas de forma coerente. Apesar da importância da comunicação na enfermagem ser discutida exaustivamente, a competência interpessoal nas interações enfermeiropaciente/enfermeiro-equipe ainda deixa uma lacuna. No desempenho de suas funções, o profissional da saúde precisa comunicar-se de maneira clara, a fim de transmitir segurança às equipes, pacientes e familiares. Falhas no processo de comunicação podem determinar problemas no processo administrativo com reflexos diretos na assistência prestada ao paciente. Uma ferramenta que pode minimizar as falhas decorrentes do processo de comunicação é repetir a informação (double ckeck), a fim de validar a informação recebida. Conclusão: Grande parte do sucesso das instituições deve-se ao processo de comunicação desenvolvido dentro da organização, onde, nos serviços de saúde, a enfermagem tem grande participação. Assim, a qualidade da assistência prestada ao paciente depende da eficiência do processo de comunicação. O trabalho em equipe também depende da comunicação eficaz. Palavras-chave: Segurança do paciente; Sistemas de comunicação no hospital; pessoal de saúde. [52] SILVA, Eduardo R. R. da (FADERGS); FERREIRA, Giovana M. (FADERGS); BARCELOS, Rui C. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS). DIABETES: Um desafio bioquímico aos olhos dos enfermeiros. O diabetes mellitus (DM) caracteriza-se por ausência de insulina circulante (DM I) ou por uma disfunção na sinalização dependente deste hormônio (DM 2). Em 2009, foi estimado pela Organização Mundial de Saúde que cerca de 48 180 milhões de pessoas (por volta de 8 milhões no Brasil) vivem com esta doença. Assim, percebe-se que a necessidade por cuidados com estes pacientes cresce na mesma medida, tendo o enfermeiro papel crucial no atendimento aos pacientes diabéticos. No entanto, se torna necessário compreender aspectos bioquímicos acerca desta doença, já que o mecanismo do diabetes passa por reações bioquímicas importantes. Assim, objetivamos, com este trabalho, esclarecer o papel da Bioquímica (papel de moléculas e de vias metabólicas) em um distúrbio comumente acompanhado por enfermeiros. Prof. Dr. Utilizamos como fonte de informação livros e artigos relacionados à Bioquímica e a distúrbios hormonais. Os artigos foram selecionados por meio de ferramentas de busca na rede mundial de computadores, tais como: PubMed, Scielo, Sistema de busca FADERGS, Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Diabetes (Publicado em 16/082012-categoria diabetes). O diabetes mellitus tipo1 caracteriza-se por glicemia entre 100mg/dl e 126mg/dl, e sintomas como aumento na ingestão de alimentos (polifagia), sede excessiva e aumento na ingestão de líquidos (polidipsia), aumento no volume de urina excretada (poliúria), fadiga inexplicável, rápida perda de peso, desmotivação e menor capacidade de concentração, disfunção na cicatricial tissular, visão turva, dentre outros. Também podem ser observadas dores na porção médio superior abdominal e êmese, o que pode levar a um diagnóstico inicial incorreto, prejudicando o início do tratamento adequado. Os sintomas acima referidos também encontramos na disfunção tipo 2, mas geralmente são menos evidentes e menos intenso. Estes sintomas podem ser moderados ou até mesmo ausentes quando avaliamos crianças. A completa ausência de insulina responde por boa parte das características bioquímicas observadas no diabetes tipo I, incluindo sua intensidade. São características que o enfermeiro pode facilmente detectar em paciente passando por crise diabética: hálito cetótico, sudorese, pele fria e pegajosa e taquicardia, dentre outros. Estes sinais indicam que ocorre hiperglicemia e há necessidade urgente em o paciente receber tratamento adequado por parte da equipe médica. Desta forma, a Enfermagem participa do tratamento do paciente que sofre de qualquer tipo de diabetes de maneira muito próxima, colaborando na percepção de sinais e sintomas que levem a um acompanhamento adequado do quadro clínico, evitando, por exemplo, que este indivíduo se exponha mais que o necessário perante situações que possam agravar seu estado. Palavras-chave: Diabetes mellitus; Enfermeiro; Bioquímica [53] SILVA, Márcia G. da (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de. (FADERGS). Riscos do uso tópico de nicotinato de metila. O nicotinato de metila é um éster do álcool metílico e do ácido nicotínico bastante solúvel em água e que, quando aplicado sobre a pele, age como potente vasodilatador cerca de 5 minutos após a exposição. O pico de ação do nicotinato de metila ocorre entre 15 e 30 minutos após a aplicação. O efeito diminui cerca de 2 horas após o uso tópico. Assim, o nicotinato de metila induz aumento significativo na circulação cutânea, com consequentes extravasamento de sangue a partir de capilares periféricos (presentes na derme, principalmente), vermelhidão (eritema cutâneo) e aquecimento local. Baseado nestes dados que mostram potencial ação deletéria para esta molécula, decidimos levantar informações sobre o nicotinato de metila e sua aplicação em diferentes tipos de peles. Para tanto, utilizamos bases de dados como Scielo e PubMed. Encontramos que não ocorre nenhuma resposta inflamatória nem edema. Desta forma, o nicotinato de metila tem sido usado em formulações para uso tópico e age como facilitador de penetração e permeação de princípios ativos. A ação do nicotinato de metila é mais acentuada pela manhã e decresce ao anoitecer. Ainda, é mais eficaz de acordo com a raça (eficácia aumenta da conforme a sequência: negros, asiáticos, caucasianos, hispânicos). Embora sua utilização seja ampla, não há estudos que envolvam a eficácia nem a segurança de tal aplicação com finalidades cosméticas. Então, concluímos que a aplicação de nicotinato de metila siga instruções do fabricante e as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a fim de serem 49 evitados riscos de intoxicação, por exemplo, dentre os usuários. Palavras-chave: Nicotinato de metila; Vasodilatador; Intoxicação. [54] SOUZA, Gisa M. M. de (FADERGS); SANTOS, Aline A. (FADERGS); QUEIROZ, Priscila (FADERGS); RASSIER, Daniela F. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Infância: a magia de seu desenvolvimento, um estudo de sua teoria e prática. Introdução: A infância é o momento em que a criança descobre-se, descobre sua família e tudo que a rodeia. Nesta fase ela começa a ensaiar um relacionamento com o mundo. Se este período incluir suporte para o crescimento cognitivo, desenvolvimento da linguagem, habilidades motoras, adaptativas e aspectos socioemocionais, a criança terá uma vida escolar bem-sucedida e relações sociais fortalecidas, vindo a influir de forma determinante nas suas etapas seguintes. Objetivo: Objetivamos integrar a teoria de Piaget sobre Desenvolvimento Cognitivo, a de H. Bee sobre desenvolvimento físico e motor, estrutura e meio ecológico, linguagem, animismo, estudadas em sala de aula, os estudos complementares sobre vida afetiva segundo Dra. M. David, das crianças de zero a seis anos e uma atividade prática com o intuito de acompanhar o desenvolvimento de uma criança desta idade para concretizar este trabalho. Metodologia: Utilizamos a observação participante, conversando, brincando e aplicando testes com uma menina de três anos e meio durante doze horas, complementada por entrevista com seus pais que nos autorizaram e colaboraram para o desenvolvimento do trabalho. Resultados: Através da observação e da entrevista, conseguimos constatar na prática o que estudamos na teoria sobre: desenvolvimento físico, motor, cognitivo, moral, linguagem, ecológico, apego e vínculo afetivo nos anos pré-escolares. Através da observação e estudos teóricos, notamos que a criança observada se encontra em estágio de desenvolvimento adequado à sua idade cronológica. Conclusão: Acreditamos que a saúde desde o nascimento e os constantes cuidados apropriados em relação ao seu desenvolvimento, educação e bem estar contribuíram para a compatibilidade entre o que se espera de uma criança desta idade e o que ela nos apresenta. Palavras-chave: Infância; Desenvolvimento; Teoria; Prática. [55] THOMAN, Scharlise (FADERGS); FINAMOR, Sálua (FADERGS); GENTIL, Ana P. (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. dos (FADERGS); BROD, Kenia C. (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenções com Grupo na Saúde. Introdução: O presente trabalho esclarece como ocorrem as intervenções com grupos na área da saúde. Para isso, é abordado o processo grupal, os tipos de grupos trabalhados na área da saúde, as abordagens mais adequadas para cada tipo de grupo e o funcionamento que emerge a partir dos mesmos. O embasamento teórico se presta a explicar como ocorrem as divisões e formatos dos grupos, quais as principais características e estrutura dos grupos. Ainda, esclarecer diferentes abordagens terapêuticas utilizadas nas práticas grupais em saúde. Por fim, relatar como acontecem os fatores essenciais que perpassam e atravessam os grupos. Objetivo: Elucidar a dinâmica do funcionamento grupal no âmbito da saúde, bem como instrumentalizar os profissionais, para que possam intervir de forma coerente e articulada conforme a literatura. Método: Foram consultados três livros com a finalidade de abordar os conceitos e contextualizá-los dentro da perspectiva da psicologia grupal na área da saúde. Resultados: Os grupos podem se organizar de diferentes formas para alcançar seus diferentes objetivos e destaca os tipos de grupos mais utilizados na área da saúde: focal; socioeducativo e psicoeducativo; operativo e terapia. São esclarecidas as diferentes modalidades de grupos através da prática adotada pelo profissional, estas se diferenciam como: Psicanalítica e Psicodramática; Terapia de Família; Grupos de ajuda recíproca e Cuidando dos Cuidadores. Para o fechamento, são apresentados os aspectos que favorecem o sucesso no trabalho com grupos, destaca a relação e a inter-relação dos seguintes fatores terapêuticos: Instilação de 50 esperança; Universalidade; Compartilhamento de informações; Altruísmo; Recapitulação corretiva do grupo familiar primário; Desenvolvimento de técnicas de socialização; Comportamento imitativo; Aprendizagem interpessoal; Coesão grupal; Catarse e Fatores existenciais. Conclusões: Entende-se que um grupo na saúde abre espaço para a troca e elaboração dos sentimentos e emoções. Dessa forma, o trabalho desempenhado em um grupo, deve ter como finalidade facilitar a tomada de consciência dos conflitos, bem como a reflexão das demandas que forem levantadas. Para tal, os profissionais devem estar apropriados dos conhecimentos necessários à aplicação da abordagem, a fim de que possam contribuir para o desenvolvimento pessoal e grupal. Palavras-chave: Intervenções com grupos na área da saúde; Processo grupal; Tipos de grupos; Fatores terapêuticos. [56] TOLEDO, Marjorie L. (FADERGS); SANTOS, Leonardo M. (FADERGS); BORGES, Anelise K. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Análise do filme “Uma Prova de Amor” pela ótica Winnicottiana. Introdução: O filme “Uma Prova de Amor” de Nick Cassavetes (2009), narra a história de um casal americano que descobre que a filha mais nova (Kate) possui leucemia e necessita de um transplante de medula. A incompatibilidade genética dos familiares os impede de serem doadores. Diante dessa situação, geram outra filha (Anna) com o código genético perfeito para suprir as necessidades de Kate. Anna, já adolescente, decide entrar na Justiça com uma ação contra seus pais, pedindo emancipação corporal. Objetivo: Analisar os aspectos familiares em relação ao arranjo criado pelos pais para salvar a filha adoecida. Tentaremos compreender sob a teoria de Winnicott como se estabelece a relação da mãe com as duas filhas. Material e Método: Análise crítica do filme utilizando entre os conceitos psicanalíticos a teoria Winnicottiana. Para tanto, utilizou-se material produzido em aula e referências bibliográficas que citam tal autor. Resultados: O filme mostra que a mãe preocupa-se tanto em salvar Kate que deixa de lado os outros dois filhos, não lhes dá afeto. Winnicott nos fala da importância do ambiente (mãe) para o bom desenvolvimento do bebê e que este necessita dos cuidados maternos para que suas potencialidades inatas sejam desenvolvidas. Embora não apareça no filme a fase inicial da vida de Anna, constatamos que esta talvez fosse tratada pela mãe apenas como um meio de cura para Kate, a filha adoecida. A mãe nunca pareceu importar-se com os danos causados à saúde da filha caçula ao submeter-se a exames e punções desde nova para salvar Kate. Não houve também momentos de carinho e cuidados gerais (Handling/Holding) da mãe com Anna quando era criança, que demonstrassem afeto e um espaço que a menina pudesse ocupar nesta família. Conclusões: O filme nos permite fazer uma relação com a teoria e conceitos importantes de Winnicott, bem como entender a importância da mãe e seu afeto direcionado ao seu bebê, para que o mesmo desenvolva-se de forma saudável principalmente nas fases em que ele não consegue distinguirse como um ser separado da mãe. Pode-se perceber que após a morte de Kate (final do filme), onde todos estão reunidos em uma praia, a mãe lança um olhar afetuoso e um sorriso para Anna. O que nos faz refletir que, talvez, a mãe finalmente conseguiu estabelecer uma aproximação com os filhos (Anna e o primogênito Jesse), e começou a lhes transmitir atenção e amor – tão necessário para o desenvolvimento dos mesmos, pois ainda eram adolescentes. Palavras-chave: Uma Prova de Amor; Winnicott; Psicanálise. [57] VIEIRA, Daniel S. (FADERGS). Chocolate X Neurotransmissores: Uma relação saudável e sem culpa. Introdução: O presente estudo que surgiu a partir de um questionamento em uma aula da disciplina de Psiconeurofisiologia traz à tona uma relação que existe entre o consumo de um alimento e a produção de substâncias importantes para o bom funcionamento do cérebro, os neurotransmissores. Objetivos: Demonstrar através de artigos publicados na internet qual é a relação e os elementos que envolvem reações cerebrais enquanto se dá o consumo de chocolate em doses moderadas. Materiais e métodos: Foram utilizadas 51 pesquisas em sites de notícias, portais de estudos científicos e blogs. O método utilizado é baseado em observação das reações corporais sobre o evento. Resultados: Os estudos indicam que o consumo de chocolate está diretamente relacionado com a produção de alguns tipos de neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer, satisfação e felicidade, como a serotonina, a endorfina e a noradrenalina, pelo fato de conter uma substância chamada triptofano, proveniente do cacau, fruto que é o ingrediente principal utilizado na fabricação deste tipo de alimento, o que estimula a produção dos neurotransmissores aqui citados. Ainda dentro desse estudo, especialistas em nutrição afirmam que o melhor tipo de chocolate a ser consumido pelo ser humano sem maiores prejuízos para a sua saúde é o que contém 70% de cacau na sua composição, pois tem menos gorduras saturadas e os níveis de açúcar também são considerados baixos em relação aos demais tipos, como o branco, ao leite e meio amargo, por exemplo. Conclusões: O chocolate tem efeito consideravelmente satisfatório em todos os seres humanos, mas deve ser destacado que o consumo entre as mulheres é relativamente maior em relação aos homens. Desde que consumido em doses moderadas, assim como qualquer alimento que venhamos a utilizar em nossa dieta diária, o chocolate pode ser consumido sem culpa e ainda fazer bem à saúde e ao bem-estar. Palavras-chave: Chocolate; Neurotransmissores; Consumo. [58] QUADROS, Deize C. V. de (FADERGS); MOLL, Núbia A. (FADERGS); SILVEIRA, Quelen C. R. (FADERGS). Lipossomas e sua eficácia na hidratação cutânea. Introdução: Com a expansão do mercado de cosméticos há uma busca de compostos eficientes e vantajosos. Os Lipossomas vieram para fornecer um caminho facilitador da condução de ativos hidratantes, antioxidantes e despigmentantes a agirem de forma direta sobre a pele tratada. Objetivo: Fazer uma revisão bibliográfica sobre o uso de lipossomas em cosméticos e os benefícios desta tecnologia. Metodologia: O trabalho foi realizado a partir da revisão de artigos científicos sobre lipossomas em produtos cosméticos e como é a sua produção. Resultados: Os lipossomas são produzidos através de diferentes ativos como ovo e soja. Pesquisas feitas com a aplicação tópica em 10 voluntárias, mostraram qual seria o ativo melhor absorvido e quais resultados apresentaria na pele (foi testado na parte interna do antebraço). O resultado mostrou que o efeito máximo foi alcançado em 30 minutos e permaneceu constante até 15 horas sobre a pele que recebeu a formulação em gel de fosfolipídios do ovo. Por ser uma área de difícil permeabilidade, a barreira protetora da pele ou extrato córneo, torna mais dificultada a permeação dos ativos. No entanto, o uso dos lipossomas facilita a administração de fármacos ou ativos cosméticos atingirem as membranas das células da epiderme com maior concentração e estabilidade até o local de ação. A hidratação prolongada deu mais elasticidade e umidade à pele. Isso porque possuem uma base de ácidos graxos e camadas fosfolipídicas (lipídios abundantes nas membranas celulares) os quais tendem a formar uma barreira protetora na epiderme. As indústrias cosméticas utilizam na maior parte das composições a microfluidização que facilita a produção em maior escala de lipossomas e pode usar uma alta concentração de lipídios na fase aquosa. A produção de lipossomas pode ser feita em grandes quantidades, mas estudos comprovam que é difícil manter a estabilidade físico-química e pode ocorrer vazamento dos componentes encapsulados. A indústria química busca outras estruturas de lipossomas como os lipossomas não iônicos, niossomas e pré-niossomas com a finalidade de sanar os problemas apresentados pelos lipossomas, quanto ao armazenamento e estabilidade. Conclusão: É grande o interesse das indústrias farmacêuticas e cosméticas em descobrir novas vesículas carreadoras de agentes que facilitem a liberação de ativos através das barreiras naturais da pele. Os tratamentos estéticos são os grandes favorecidos por essas descobertas, pois os lipossomas agem na prevenção de queda de cabelos, desaceleração no processo de envelhecimento da pele, clareamento da pigmentação cutânea e prevenção e tratamento da lipodistrofia ginóide (celulite). A busca por combater e prevenir efeitos do tempo ou outras 52 circunstâncias adjacentes faz com que o interesse por novas descobertas na área da cosmética receba atenção dos laboratórios e investimentos em pesquisas. Sendo assim, é grande e variado o número de cosméticos encontrados a venda nas farmácias e lojas especializadas. Palavraschave: Lipossomas; Cosméticos; Elasticidade; Umidade.