i congresso de saúde e bem-estar porto alegre 2013

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LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – BRASIL – ÁREA SUL
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL
I CONGRESSO DE SAÚDE E BEM-ESTAR
PORTO ALEGRE
2013
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LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES – BRASIL – ÁREA SUL
Diretor: Eduardo Mendonça
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL
Diretora Acadêmica: Profa. Sara Pedrini Martins
ESCOLA DE SAÚDE E BEM-ESTAR
Diretora: Juliana Bredemeier
I CONGRESSO DE SAÚDE E BEM-ESTAR
2013
Comissão Organizadora:
Alice Fialho Viana
Ana Paula Freitas
Bibiana Malgarim
Fernanda Calil Petri
Jaciane Guimarães
Juliana Bredemeier
Márcia Otero Sanches
Márcio Geller Marques
Renata Cardoso Plácido
Rúbia Maestri
Yáskara Arrial Palma
Colaboradores:
Ana Paula Blauth
Ana Paula Rodrigues
Andreia Moreira Correa
Angélica Machado
Angelica Micheles
Caren Krobauer
Caroline Alves de Aguiar
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Cinthia Aline Carvalho
Cristiani Beatriz Machado Legaki
Cristina Schussler
Fádila Cardoso
Francyelle Rosa
Gicela D. Alves
Grasiela Arnold
Ivana Salaberry
Juliana Moreira da Silva de Oliveira
Karoline Sortica
Kelly L. S. de Almeida
Layane Souza Schneider
Liziane Barreto
Luciane Cardoso da Silva
Mara Lopes Santana
Mariana Collazzo da Silva
Marines Pereira Nunes
Marjorie Lima Toledo
Neuza Maria Santana
Priscila Oliveira da Cunha
Raquel dos Santos Ramos
Rossana da Rosa do Carmo
Salua Finamor
Samantha Sittart Navarrete
Simone da Rosa
Tamiris da Rosa Adena
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Programação:
05 de novembro de 2013 | Terça-feira
19h15–20h30 Palestra: “Expectativas do mercado em relação aos profissionais de
Enfermagem”
Palestrante: Ms. Ricardo Riveiro
Mediação: Márcia Sanches
19h15–20h30 Palestra: “Transtorno de Personalidade Borderline: Desenvolvimento e
tratamento conforme a TCC”
Palestrante: Ms. Letícia Rosito Pinto Kruel
Mediação: Igor Finger
19h15–20h30 Palestra: “Autoestima: O profissional da beleza como um agente
transformador”
Palestrante: Empr. Rafael Ahmir, Emp. Matheus Tauber e Tec. Daiane Fraga
Mediação: Fernanda Petri
19h15–20h30 Palestra: “Intervenções em emergência: Caso Kiss”
Palestrante: Esp. Eduardo Guimarães e Psicól. Thiago Loreto
Mediação: Luciano Haussen
A tragédia ocorrida na boate Kiss foi um evento catastrófico a nível nacional. Neste evento foi
explicitada a necessidade de se treinar equipes com profissionais capazes de intervir em
situações de crise e emergências. O Trabalho realizado pela equipe do Núcleo de Estudos de
Pesquisa em Trauma e Estresse (NEPTE) da PUCRS foi apresentado aos participantes com o
objetivo de informar e instruir sobre como agir em determinadas situações. A apresentação
consistiu em descrever o contato inicial e as precauções necessárias que o psicólogo deve ter ao
participar desta atividade, assim como a capacitação específica em emergências. Baseada em
um protocolo de primeiros socorros psicológicos o primeiro contato deve ser focado no apoio as
necessidades momentâneas deste indivíduo, como prover segurança e bem-estar físico, acalmar
e orientar, auxiliar manifestação de preocupações e oferecer assistência prática às vítimas para
reduzir o risco de desenvolvimentos psicopatológicos futuros. Associado a esse aspecto avaliase o risco imediato do indivíduo a complicações que possam incapacita-lo. Em uma situação
emergencial é importante normalizar algumas situações esperadas como processos de luto e
perda e reações emocionais mais intensas. O objetivo do profissional é acompanhar e
encaminhar, sempre que possível, o indivíduo a um serviço específico que a sua demanda exige.
A maioria dos indivíduos, por mais difícil que seja o evento, não desenvolve nenhum transtorno
decorrente. Porém existem muitos poucos sinais que nos permitem prever e indicar quais serão
as pessoas que sofrerão as consequências mais severas. Como consequência, o posicionamento
do profissional deve ser sempre psicoeducativo e diretivo, de forma empática e acolhedora. Ao
longo das semanas logo após o evento a equipe se dividiu em três frentes operacionais: (1) na
capacitação de profissionais para atuar nestas situações de acordo com o manual proposto; (2)
no atendimento especializado aos casos delicados e que apresentavam risco ou complicações; e
(3) nas negociações sobre as diretrizes a serem tomadas nas semanas seguintes para um
acompanhamento da população atingida. É válido ressaltar que nada disto seria possível se não
fosse a colaboração de diversas instituições e profissionais que dedicaram seu tempo e esforço
para tornar esta tragédia um pouco mais suportável. Agradecemos ao Conselho Regional de
Psicologia, à Força Aérea Brasileira, ao Grupo NEPTE da PUCRS e todos profissionais de
diversas áreas pela constante fonte de apoio neste momento tão necessário.
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19h15–20h30 Palestra: “Como a Psicologia vem ocupando seu espaço no ambiente
hospitalar: Uma visão interdisciplinar”
Palestrante: Esp. Julia Hermel
Mediação: Luciane Slomka
O conceito ampliado de saúde exige e implica que todos os processos de saúde estejam
baseados no conhecimento teórico e técnico da interdisciplinaridade. Dessa forma, a psicologia
se conecta com a área da saúde e vem ocupando um espaço importante nos níveis primário,
secundário e terciário de atenção a saúde. A psicologia inclusive se destaca no ambiente
hospitalar, tradicionalmente contemplado com a soberania do saber biomédico. A psicologia no
hospital tem a necessidade de se aproximar das demais áreas da saúde na busca apoiar o
crescimento do cuidado na saúde. A hospitalização representa um desafio à capacidade de
adaptação do indivíduo, na qual este ocupa involuntariamente o papel de paciente, muitas vezes
também no nível emocional. O indivíduo, hospitalizado como paciente, caminha entre posições
mais e menos passivas na medida que segue normas e rotinas hospitalares normalmente pouco
individualizadas. Em meio a complexidade dos diferentes diagnósticos, das complicações
advindas das doenças e das limitações de diversas ordens (comprometimento orgânico e espaço
físico - setting hospitalar), o psicólogo argumenta e sustenta condutas, baseado na sua atuação, a
fim de amparar o paciente frente as decisões e considerações da equipe responsável pelo
cuidado em saúde.
20h30–22h00 Palestra: “Navegar é preciso, envelhecer não.”
Palestrante: Dr. Everton Massaia
Mediação: Evelise Waschburger
20h30–22h00 Palestra: “O Caso Angelina Jolie e outros dilemas éticos na genética”
Palestrante: Dra. Claudia Dornelles
Mediação: Alice Viana
20h30–22h00 Palestra: “Gestão da Qualidade em Saúde”
Palestrante: Enf. Isônia Timm Müller
Mediação: Márcia Sanches
20h30–22h00 Palestra: “O Psicólogo frente ao luto real: Como trabalhar com perdas e
emergências”
Palestrante: Ms. Letícia Bertuzzi
Mediação: Luciane Slomka
Em situações de crises e emergências, a avaliação da demanda em saúde mental é
imprescindível, pois servirá como um guia para a criação dos planos de ação no evento. Isto é, a
análise das demandas possibilita a organização coordenada das intervenções imediatas ao
evento estressor. A partir da compreensão do evento, identificam-se os aspectos culturais,
políticos e sociais da comunidade afetada; as problemáticas em saúde mental; as necessidades
psicossociais dessa população, assim como temáticas para educação em saúde. As ações
voltadas a essas áreas auxiliam na instauração de sentimentos de proteção e confiança em meio
ao caos, sendo importante ressaltar que as medidas tomadas nas primeiras 72 horas do evento
estressor ditam as bases para respostas eficazes nas semanas seguintes ao evento. Dentre as
ações em saúde mental, destacam-se os primeiros socorros psicológicos, que correspondem a
qualquer tipo de ação cujo propósito seja proteger e/ou promover o bem estar psicossocial,
prevenir danos e oferecer tratamento a possíveis transtornos. Para trabalhar enquanto voluntário,
exige-se habilidade para identificar reações normais em meio ao caos, entendimento sobre o
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trabalho em psicologia das emergências, respeito à hierarquia das ações, flexibilidade,
responsabilidade, honestidade, assim como competência para contextualizar os aspectos
culturais e respeitar os pilares de segurança, dignidade e direito.
Palavras-chave: psicologia das emergências; avaliação de demanda; trabalho voluntário.
20h30–22h00 Palestra: “Atletas lesionados: Visão multidisciplinar”
Palestrante: João Derly, Psic. Rejane Côrrea Menezes e Ms. Fabrício Duarte
Mediação: Márcio Marques
06 de novembro de 2013 | Quarta-feira
19h15–20h30 Palestra: “Segurança do Paciente: Expectativas para a formação de
profissionais da saúde”
Palestrante: Esp. Rita Timmers Towsend
Mediação: Márcia Sanches
A segurança do paciente é a redução do risco de danos durante a assistência em saúde ao
compatível com o mínimo aceitável. A preocupação com a segurança na saúde deve ser
prerrogativa de todo profissional da área da saúde no exercício de sua prática, pois a assistência
pode trazer a ameaça à vida dos pacientes. O aumento das denúncias contra profissionais da área
da saúde, fomenta uma reflexão superficial em relação ao tema e abre espaço para a ação da
mídia, que funciona de forma invariavelmente punitiva. As ações de saúde e o atendimento
estão cada vez mais associados à tecnologia, que contribui, porém traz riscos, torna o cuidado ao
paciente mais difícil e muitas vezes impessoal. Neste cenário, por onde começar? Ensinar
segurança do paciente, pode-se entender como um bom começo. A Segurança do paciente deve
estar inserida nos currículos de forma transversal, como componente curricular e fazer parte da
capacitação docente. O currículo tradicional dos cursos da área da saúde apresenta aderência ao
tema e precocemente pode-se trabalhar tal conhecimento em disciplinas como, Saúde Pública,
Epidemiologia e Ética. Os objetivos desta ação visam sensibilizar os acadêmicos da área da
saúde em relação ao tema e a repercussão em suas ações de saúde futuras. A metodologia
adotada foi uma palestra proferida por uma enfermeira com experiência no tema da educação e
segurança do paciente, durante a Semana da Saúde na Instituição de Ensino Superior
FADERGS, A palestra teve duração de 120 minutos e foi assistida por acadêmicos de graduação
a área da saúde. Os Resultados Esperados foram a troca de experiências e a reflexão de um tema
contundente. Além do desenvolvimento do pensamento de uma cultura de segurança, que, prevê
a redução de danos e o conhecimento de técnicas para o gerenciamento de erros. Também,
motivar os acadêmicos e docentes a pensar seus currículos quanto aos tópicos da segurança do
paciente e a forma de incorporar os requisitos para integrar o tema de maneira efetiva para a
formação de profissionais capazes de compreender a importância de medidas de alta relevância
para a assistência do paciente. Palavras-chave: Assistência à Saúde, Segurança do Paciente,
Currículo Acadêmico.
19h15–20h30 Palestra: “Eletroterapia baseado em evidências”
Palestrante: Esp. Franciele Provensi, Fisio. Renata Zarpelão e Fisio. Vanessa Salgueiro
Mediação: Fernanda Petri
A tecnologia de ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) está sendo usada para
realização de tratamentos que visam esculpir o corpo de forma não-invasiva destruindo células
adiposas indesejáveis. Esta técnica refere romper adipócitos por via percutânea com redução da
circunferência que podem chegar, em média, a 4-5 cm na região tratada. Há dois mecanismos
que resultam na redução do tecido adiposo: um deles é o efeito mecânico que perturba as
membranas celulares até o seu rompimento; o outro é o calor que destrói as células de gordura
em temperaturas acima de 58º C alcançada no tecido alvo pelo HIFU. O resultado é a morte
celular por necrose de coagulação dentro da área alvo, enquanto que o tecido adjacente
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permanece inalterado. Achados histológicos comprovaram que a aplicação de HIFU realmente
promove lise adipocitária. Pelo menos mais duas características, além da freqüência, tornam o
HIFU uma tecnologia mais efetiva no tratamento da adiposidade localizada, são elas: o formato
côncavo do cristal que converge a energia da onda para um único foco e a intensidade acima de
17 W/cm2 que permite alcançar temperaturas superiores a 50ºC na região alvo. O procedimento
de redução da adiposidade localizada com HIFU é seguro, não invasivo, eficaz, duradouro e
sem efeitos adversos para o organismo. Ainda assim, há muito que ser investigado sobre as
terapias de redução de adiposidade localizada que fazem uso do US. Para isso, estudos
experimentais são necessários, visto que um grande número de variáveis envolvidas no uso do
US dificultam a compreensão exata do seu mecanismo de ação na interação com os tecidos
biológicos. Palavras-chave: ultrassom focalizado, HIFU, ablação, hipoderme, lise adipocitária.
19h15–20h30 Palestra: “Psicanálise e Estética: Uma discussão sobre as formas atuais do
corpo”
Palestrante: Psican. Alexandra Dal Prá. Empr. Maria Regina Hoff
Mediação: Bibiana Malgarim
19h15–20h30 Palestra: “Diversidade sexual, homofobia e políticas públicas.”
Palestrante: Ms. Ângelo Brandelli Costa
Mediação: Yáskara Palma
20h30–22h00 Palestra: “Diálogos com o jovem terapeuta”
Palestrante: Esp. Cristina Sabóia
Mediação: Vládia Schmidt
20h30–22h00 Palestra: “Perícia Criminal no RS”
Palestrante: Ms. Fernanda Rafaela Jardim
Mediação: Marcos Oliveira
20h30–22h00 Palestra: “A medicalização do sofrimento na infância e adolescência”
Palestrante: Esp. Lúcia Laudina Cândido
Mediação: Renata Ayub/ Jaciane Guimarães
07 de novembro de 2013 | Quinta-feira
19h15–20h30 Palestra: “Avanços tecnológicos em Cosmetologia”
Palestrante: Tec. Estét. Luciana Hoerlle, Téc. Ana Claudia Dalcin e Téc. Renata Vinholes
Mediação: Fernanda Petri
O estresse é considerado como uma defesa natural que auxilia o ser humano a sobreviver. Mas a
cronicidade do estímulo estressante acarreta consequências danosas ao nosso organismo. Dentre
estas consequências, observa-se alterações hormonais que ocasionam na queda da imunidade.
Na face é visível o surgimento de descamações, áreas avermelhadas e ressecadas, além de
olheiras e pele sem brilho. Para restaurar a saúde, homogeneidade e hidratação é indispensável
reiniciar as principais funções da pele, buscando restaurar seu equilíbrio. O conceito de
Ecovigilância originou-se da necessidade de intervir terapeuticamente nas malignidades
causadas na pele decorrentes do estresse. Esta nova compreensão mostrou-se eficaz no
tratamento das afecções cutâneas, além de promover aumento do bem-estar. Palavras-chave:
Estresse Cutâneo; Ecovigilância.
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19h15–20h30 Palestra: “Implicações éticas e legais e do exercício profissional em saúde”
Palestrante: Ms. Nirma Carpes
Mediação: Márcia Sanches
19h15–20h30 Palestra: “A Psicologia Humanista e suas interfaces na contemporaneidade”
Palestrante: Esp. Rosemari Bertolin
Mediação: Yáskara Palma
19h15–20h30 Palestra: “Distúrbios Alimentares e Obesidade na infância”
Palestrante: Ms. Renata Lisboa
Mediação: Vládia schmidt
Este trabalho propõe pensar a obesidade como expressão clínica desde o enlace da psicanálise
com a crítica cultural, visto que a obesidade situa-se num campo que não é exclusivo do saber
produzido pela medicina, uma vez que ela é considerada, a partir do próprio campo médico,
como um traço complexo e multifatorial que envolve a interação de influências metabólicas,
fisiológicas, comportamentais e sociais. Com base no método de pesquisa em psicanálise e a
partir da escuta de pacientes que portam obesidade e sobrepeso os quais narraram padecimento
psíquico, percorreu-se um itinerário atravessado por vozes, denúncias, dores e silenciamentos.
Então, o enigma do não-dito se colocou como questão: comer, comer e comer, no lugar do
dizer? A essa repetição do comer no lugar do dizer, da comida no lugar da palavra e da comida
no lugar da experiência, encontramos a angústia (Freud, 1926) como sinal de um dado
trilhamento, sintomático e cultural, isto é, das relações entre a obesidade com o singular da
experiência e com o universal da estrutura. Das ressonâncias do percurso de acompanhamento a
esses sujeitos, verteram testemunhos em que o empobrecimento da experiência (Benjamin,
1933) se fez presente, além de horizontes emocionais menos esperançosos. Nos desdobramentos
da reflexão, o que decantou foi a relevância da criação de espaços, como o da clínica, que
possam abrigar tais padecimentos, propiciando aos sujeitos em questão, a construção de outros
caminhos que favoreçam o alargamento do pensamento, a expansão de suas paisagens
emocionais, mais esperançosas e criativas. Palavras-chave: obesidade infantil, clínica, cultura,
empobrecimento da experiência.
19h15–20h30 Palestra: “Segurança do Paciente e Qualidade Assistencial”
Palestrante: Dr. William Wegener
Mediação: Ana Fontoura
20h30–22h00 Palestra: “Visagismo e Maquiagem na camuflagem de alterações estéticas”
Palestrante: Maquiad. Camila Notari, Técn. Ana Braga e Técn. Ana Laura Bedin
Mediação: Fernanda Petri
20h30–22h00 Palestra: “É possível frear o relógio biológico? A Doença de Alzheimer
como exemplo de complicações do envelhecimento”
Palestrante: Ms. Talita Pereira e Psicól. Murilo Ricardo Zibetti
Mediação: Renata Bornholdt
Mesmo idosos saudáveis apresentam queixas em relação ao seu desempenho de memória. Isso
ocorre tanto devido ao declínio de algumas funções cognitivas, quanto devido a estados
humorais deprimidos. O fato é que, embora o idoso saudável sinta declínios cognitivos em
funções como memória episódica, velocidade de processamento, atenção concentrada e funções
executivas estes têm um impacto mínimo em relação as atividades de vida diária. Esse impacto
funcional é fundamental para diferenciar os idosos saudáveis daqueles com quadros iniciais de
demência. O prejuízo cognitivo e o impacto no desempenho das atividades de vida diária são
quantificados através da avaliação neuropsicológica (NA). E, por isso, a AN tem contribuído
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para o diagnóstico diferencial de quadros neurodegenerativos relacionados doença de
Alzheimer. A manifestação inicial da demência de Alzheimer são prejuízos mnemônicos e
acompanhados por desorientação no tempo e no espaço. Progressivamente, a doença tende a
afetar todas as áreas cognitivas, comportamentais e afetivas do paciente. O diagnóstico preciso é
fundamental para a implementação de terapêuticas farmacológicas e de reabilitação
neuropsicológica que tendem a desacelerar a evolução da doença e garantir maior qualidade de
vida pelo maior tempo possível. As técnicas de reabilitação neuropsicológica tendem a fazer a
orientação de manejo por parte dos cuidadores, incluem treinos cognitivos e estimulam a reduzir
o isolamento do paciente. A aplicação dessas técnicas dificilmente altera o perfil cognitivo do
paciente, mas estimulam o melhor manejo e agregam qualidade de vida ao paciente. Palavraschave: neuropsicologia, idosos, doença de Alzheimer.
20h30–22h00 Palestra: “Possibilidade de Intervenção na abordagem Sistêmica”
Palestrante: Ms. Luciane Tchoepke e Ms. Barbara Rech
Mediação: Ana Paula Freitas
20h30–22h00 Palestra: “Nanotecnologia para vetorização de medicamentos e cosméticos”
Palestrante: Dra. Renata Raffin
Mediação: Alice Viana
20h30–22h00 Palestra: “Tópicos em investigação e ciências forenses”
Palestrante: Dra. Fernanda Bordignon, Ms. Henrique Zaquia Leão e Esp. Luciano Sanchotene
Mediação: Cinara Garrido
Comissão Avaliadora:
Alice Fialho Viana
Ana Cleonides Paulo Fontoura
Ana Cristina Wesner
Ana Paula Freitas
Andrea Müssnich
Bianca Costa
Bibiana Malgarim
Cinara Garrido
Douglas Rambo
Evelise Waschburger
Fernanda Calil Petri
Igor da Rosa Finger
Jaciane Guimarães
Juliana Bredemeier
Katya Araújo
Lilian Weber
Lisiane Saraiva
Luciane Slomka
Luciano Haussen Pinto
Márcia Otero Sanches
Márcio Geller Marques
Mike Moussalle
Nicolas Murcia
Nery José de Oliveira Junior
Paola Paludo
Renata Bornholdt
Renata Cardoso Plácido
Rúbia Maestri
Sandra Rodriguez
Vládia Schmidt
Yáskara Arrial Palma
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Sumário
ABIANNA, Carolina (FADERGS), DOMBROVISKI, Janice (FADERGS). Análise psicanalítica,
segundo pontos da teoria de Winnicott do filme O perfume – de Tom Tykwer................................16
AIRES, Edite (FADERGS); ESCANDIEL, Adriana (FADERGS); HELDT, William (FADERGS);
RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS); SOARES, Karen (FADERGS). Síndrome de Burnout (SB)
na Profissão de Enfermagem em Instituições Hospitalares da Região Sul do País...........................16
ALVES, Gicela D. (FADERGS); FREITAS, Ana P. O. (FADERGS). Reflexões sobre a aplicação
da Bioética Principialista e pesquisa com seres humanos..................................................................17
ALVES, Gicela D. (FADERGS); WAGNER, Carla (FADERGS); GRIEBLER, Patrícia
(FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). Observação simples para visualizar as teorias
do desenvolvimento infantil...............................................................................................................18
ANDRADE, Vera L. O. (ULBRA); JUST, Ane M. F. (ULBRA). Efeito de exercício ativo
associado à corrente russa na atrofia muscular da coxa.....................................................................18
ARNOLD, Grasiela (FADERGS); BRITES, Nataís B. M. (IC-FUC); RUSCHEL, Patricia P. (ICFUC). O atendimento ao óbito de adultos em hospital especializado em cardiologia.......................19
BARONIO, Franchesca C. (FADERGS); FINGER, Igor da R. (FADERGS). Tragédia e Trauma: o
papel do psicólogo em situações de emergência................................................................................19
BERGESCH, Dailys (FADERGS); RAMBO, Douglas F. (FADERGS). A nanotecnologia
cosmética ao alcance da esteticista....................................................................................................20
BERNARDY, Angélica, S (FADERGS); GLOGER, Isone (UNISINOS). Atuação do Psicólogo no
Centro de Referência e Assistência Social – CRAS..........................................................................20
BONET, Fernanda (FADERGS); MORESCO, Franciane (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C.
(PIM-PIA). O visitador do Programa Primeira Infância Melhor – Porto Infância Alegre (PIM-PIA):
Breves reflexões sobre desafios e possibilidades de ação.................................................................21
BORBA, Katiusia M. de (FADERGS); BENTO, Jéferson M. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R.
de (FADERGS). Compreendendo o infarto agudo do miocárdio......................................................21
CARVALHO Cínthia A. (FADERGS). O homem e a máquina: uma análise sobre os processos
organizacionais numa empresa familiar.............................................................................................22
CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). Saúde e Interdisciplinaridade: uma realidade em
construção..........................................................................................................................................23
CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria E.
(FADERGS), MALGARIM, Bibiana G. (FADERGS). Transferência e contratransferência:
Reflexão sobre a prática do processo de mediação com Ênfase Psicanalítica...................................23
CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Estresse x
Qualidade de Vida nas Organizações.................................................................................................24
12
DOMBROVSKI, Janice (FADERGS); MARINI, Kaoara (FADERGS); SILVA, Luana F.
(FADERGS); LINCK, Luciana (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção
com grupos na área da Saúde.........................................................................................................25
FERRARI, Brunelly (FADERGS); GONÇALVES, Giselle (FADERGS); VIANA, Alice
(FADERGS). Análise da comunicação verbal e não verbal nos cuidados paliativos....................25
FINAMOR, Sálua S. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); FREITAS, Ana P.
de O. (FADERGS). Genograma: uma ferramenta para o entendimento funcional e estrutural da
família. .........................................................................................................................................26
GALIANO, Pietra C. (FADERGS); RIBEIRO, Vera (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS);
SLOMKA, Luciane (FADERGS). Reflexões sobre a prática clínica no contexto
hospitalar..........................................................................................................................................26
GUARAGNA, Carolina C. R. (FADERGS/UFRGS); SCHEEREN, Patrícia (UFRGS); WAGNER,
Adriana (UFRGS). Como homens e mulheres resolvem seus conflitos conjugais: um estudo com
casais do RS......................................................................................................................................27
GUEDES, Joelma A. (FADERGS); MORESCO, Franciane M. (FADERGS); ROBERT. Gabriela.
(FADERGS); SCHIMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Músicas brasileiras, o que elas traduzem? Um
olhar sob a ótica Winnicottiana........................................................................................................28
HANNA, Silvia M. M.(FADERGS); LENCINA, Tiago (FADERGS); VIEGAS, Daiana S.
(FADERGS); BORGES, Tiago (FADERGS); VARGAS, Rodrigo A. (FADERGS); SANCHES,
Márcia O. (FADERGS). Estágio de enfermagem: relato de experiências do primeiro grupo do
Curso de Enfermagem da FADERGS...............................................................................................28
KAPPKE, Desirée (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). O impacto das relações de
gênero na carreira de mulheres..........................................................................................................29
KAPPKE, Desirée (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). O processo de inclusão de
jovens aprendizes com deficiência intelectual na prática..................................................................30
LOPES, Ana D. F. (FADERGS); CORREA, Andreia M. (FADERGS); LOPES, Clóvis da R.
(FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Metas Internacionais para a Segurança
do Paciente: Identificação Correta dos Pacientes.............................................................................30
LUZ, Lucilene (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Relato de prática:
Organização de tempos e espaços na infância...................................................................................31
MARTINS, Larissa (FADERGS); FELIX, Lisiane (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J.
(FADERGS). Segurança do Paciente – O checklist da cirurgia segura............................................32
MARQUES, Fabiane (FADERGS); BARREIRO, Liziane (FADERGS); PAIVA, Maria A.
(FADERGS); SANTOS, Maria E. P. dos (FADERGS); GOETTER, Nelson (FADERGS). Uma
reflexão sobre as dificuldades que os surdos vivenciam a partir do filme “Meu nome é
Jonas”.................................................................................................................................................32
[29] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). Uma família com questões de violência e a teoria de
modelagem de Bandura, uma hipótese sobre a transformação das relações......................................33
13
MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). O risco de uma história única e as relações de poder.............34
MORESCO, Franciane. M. (FADERGS); SALOMÃO, Carolina (FADERGS); VANACOR,
Eliandra E. (FADERGS); CHACON, Nancy M. (FADERGS). Observação a partir do Modelo
Bioecológico de Bronfenbrenner. .....................................................................................................34
MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SILVA, Luciane C. (FADERGS). A importância do
Grupo terapêutico: Relato de uma observação do Grupo Comedores Compulsivos
Anônimos...........................................................................................................................................35
MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SOARES, Aline (FADERGS); BARRETO, Katyene
(FADERGS); GUEDES, Joelma A. (FADERGS); GERHARD, Evandro (FADERGS);
MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção de grupos na Psicologia do Esporte: Revisão
bibliográfica.......................................................................................................................................36
NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SANTOS, Sidonal (FADERGS); GELLER, Márcio
(FADERGS); MAGALHÃES, Karine (FADERGS); EISERMANN, Nilza (FADERGS). Duelo de
Titãs: desafios da Intervenção Grupal...............................................................................................36
OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS); ARNOLD, Grasiela (FADERGS); NAVARRETE,
Samantha S. (FADERGS); SCHMIDT Vládia Z. (FADERGS). Coraline e o mundo secreto:
Algumas características da criança em transição das fases pré-latência e latência...........................37
OLIVEIRA, Juliana M. S. de (FADERGS); SCHÜSLER, Cristina (FADERGS); ROSA, Simone B.
da (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. (FADERGS); OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS). A
integração da escola com as redes de apoio a criança e ao adolescente............................................38
PEIXOTO, Carine R. (FADERGS); MEDEIROS, Régis (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z.
(FADERGS). O processo de individuação do jovem na atualidade: um olhar Winnicottiano...…...38
PEREZ, Tatiana S. (FADERGS); GONÇALVES, Juliana G. (PUCRS); AQUINO, Thayane
(PUCRS); CANDIDO, Lucia. Orientação Profissional na escola: relato de experiência de
estágio................................................................................................................................................39
PORTELA, Valéria L. (FADERGS); SILVA, Mariana C. da (FADERGS). Observações sobre o
desenvolvimento infantil: uma abordagem Piagetiana......................................................................40
RIBEIRO, Rosiane (FADERGS); SANT’ANNA, Adriana (FADERGS); ZEN, Keslei (FADERGS).
Microdermoabrasão: A utilização do peeling de diamante em tratamentos faciais..........................40
RIBEIRO, Vera (FADERGS); GALIANO, Pietra (FADERGS); PEREIRA, Gisele (FADERGS);
SLOMKA, Luciane (FADERGS); STELZER, Julia (FADERGS). Frida Kahlo – da dor a
sublimação........................................................................................................................................41
ROBERT, Gabriela. (FADERGS). Resenha analisando os estereótipos na mídia a partir de palestra
da escritora Chimamanda Adichie....................................................................................................42
ROCHA, Rogéria (FADERGS); CASTRO, Carolina de (FADERGS); NUNES, Daziele
(FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do paciente: uma revisão de
literatura............................................................................................................................................42
14
RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). Luto: normal
ou patológico?....................................................................................................................................43
RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). O
Acompanhamento Terapêutico como dispositivo Interdisciplinar. ..................................................43
RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); LUHRING,
Guinter. Utilização da orientação de pessoas como dispositivo no processo de Análise
Institucional.......................................................................................................................................44
ROSA, Simone B. de (FADERGS); CAMPOS, Scharlise T. M. de (FADERGS); KRIEGER,
Sabrina G. de (UNISINOS); GOMES, Grace A. de (APORTA-RS); DANNENHAUER, Daniela N.
de (APORTA-RS); LOPES, Maria I. de (APORTA-RS). Recursos Terapêuticos no tratamento da
Ansiedade..........................................................................................................................................45
ROSA, Simone B. de (FADERGS); LUZ, Lucilene S. de (FADERGS); RAVAZZOLO, Ana C. de
(PIM-PIA). Reflexões da prática psicopatológica em uma política pública de atenção à primeira
infância. ............................................................................................................................................46
[ROSA, Simone B. de (FADERGS); TRINDADE, Genice de (FADERGS); SILVA, Fabio S. de
(FADERGS); NOGUEIRA, Gustavo de (FADERGS); GELLER, Márcio M. de (FADERGS).
Processos Grupais na Área da Saúde................................................................................................46
SANCHES, Márcia O. (FADERGS); BOHN, Neidi P. (FADERGS); LOPES, Paulo R. de. V.
(FADERGS). Erros na administração de medicamentos..................................................................46
SILVA, Cristiane da (FADERGS); MESQUITA, Giovana (FADERGS); ROSA, Francyelle
(FADERGS); FOLK, Michel (FADERGS); BARRETO, Rodrigo (FADERGS); OLIVEIRA JR.,
Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente: Comunicação efetiva entre os profissionais da
saúde..................................................................................................................................................47
SILVA, Eduardo R. R. da (FADERGS); FERREIRA, Giovana M. (FADERGS); BARCELOS, Rui
C. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS)................................................................47
SILVA, Márcia G. da (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de. (FADERGS). Riscos do uso tópico
de nicotinato de metila......................................................................................................................48
SOUZA, Gisa M. M. de (FADERGS); SANTOS, Aline A. (FADERGS); QUEIROZ, Priscila
(FADERGS); RASSIER, Daniela F. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Infância: a
magia de seu desenvolvimento, um estudo de sua teoria e prática....................................................49
THOMAN, Scharlise (FADERGS); FINAMOR, Sálua (FADERGS); GENTIL, Ana P.
(FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. dos (FADERGS); BROD, Kenia C. (FADERGS);
MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenções com Grupo na Saúde. .....................................49
TOLEDO, Marjorie L. (FADERGS); SANTOS, Leonardo M. (FADERGS); BORGES, Anelise K.
(FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Análise do filme “Uma Prova de Amor” pela
ótica Winnicottiana............................................................................................................................50
15
VIEIRA, Daniel S. (FADERGS). Chocolate X Neurotransmissores: Uma relação saudável e sem
culpa..................................................................................................................................................50
QUADROS, Deize C. V. de (FADERGS); MOLL, Núbia A. (FADERGS); SILVEIRA, Quelen C.
R. (FADERGS). Lipossomas e sua eficácia na hidratação cutânea. ................................................51
16
[1] ABIANNA, Carolina (FADERGS), DOMBROVISKI, Janice (FADERGS). Análise
psicanalítica, segundo pontos da teoria de Winnicott do filme O perfume – de Tom
Tykwer. O filme narra a história de Jean-Baptiste, que nasceu num mercado fétido de Paris,
debaixo de uma banca, onde sua mãe vendia peixes. Neste ambiente pútrido a mãe de Jean teve
mais cinco partos, em que as crianças nasceram mortas, todavia o destino de Jean fora
diferente: ele sobreviveu apesar da tentativa de infanticídio por parte da mãe, que é executada
por isso. Neste trabalho nos propomos a analisar o filme à luz da teoria Winnicotiana, que
enfatiza a importância do meio para o desenvolvimento do indivíduo. Este autor discute o
conceito de preocupação materna primária, que se trata de um estado de semi-regressão ao qual
a mãe se submete, para que possa entender as necessidades de seu filho. Jean mal teve o olhar
de sua mãe, e no decorrer de sua trajetória evolui de um rejeitado a um assassino em série, que
mata para extrair de outros corpos o “cheiro” que não possui. Podemos pensar que nunca foi
dada a Jean a oportunidade de sentir-se inteiro ou de sentir-se como parte de algo. Jean não teve
esse olhar materno, a mãe foi insuficiente na sua constituição. Essa falha provoca uma alteração
no desenvolvimento, criando-se uma “casca” (falso self) em extensão, da qual o indivíduo
cresce, enquanto o núcleo (verdadeiro self) permanece oculto e sem se desenvolver. O falso self
surge pela incapacidade materna de interpretar as necessidades da criança. Não ter odor
próprio, pode ser entendido como uma metáfora usada pelo escritor do filme para descrever a
não existência do eu de Jean Baptiste. Ele vivia encapsulado em si mesmo, mal se interessava
pelas pessoas, não se relacionava com o mundo. Não havia trocas: nem de um sorriso, um grito,
nem mesmo seu cheiro era compartilhado entre as pessoas. Winnicott traz às ideias de holding
(conservação) e handling (tratamento), o primeiro trata da acolhida inicial que a mãe fará a seu
filho no sentido de garantir sua sobrevivência ou conservação no ambiente; já o handling
pressupõe os cuidados básicos que a criança precisa receber como banhos, carícias, entre
outros. Conforme a história do bebê Jean, podemos inferir que o fato do personagem não ter
conseguido chegar a seu verdadeiro self também deriva destas questões, ele se criou de algum
modo, mesmo com a falta de todos estes cuidados importantíssimos. Portanto, conforme as
ideias da teoria Winnicotiana, reforçamos que é imprescindível que não percamos o vínculo, o
olhar, o contato, principalmente durante um momento de tamanha relevância, que é o
nascimento de um ser humano. Palavras-chave: Winnicott, Perfume, Preocupação Materna
Primária, Holding, Handling.
[2] AIRES, Edite (FADERGS); ESCANDIEL, Adriana (FADERGS); HELDT, William
(FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS); SOARES, Karen (FADERGS).
Síndrome de Burnout (SB) na Profissão de Enfermagem em Instituições Hospitalares da
Região Sul do País. A profissão como atividade social muitas vezes insere o individuo na
sociedade, porém por outro lado, pode também ser fonte de constante sofrimento físico e
mental. Dentro do contexto do trabalho a profissão de enfermagem vem sendo motivo de
pesquisas constantes sobre doenças que afetam seus trabalhadores tanto no nível físico como
psíquico. Por atuarem nas vinte quatro horas junto aos pacientes e seus familiares, esses
profissionais ficam mais vulneráveis e suscetíveis a erros devido a situações que envolvem alto
grau de responsabilidade com a vida do outro. O estresse está sempre permeando o cotidiano
destes profissionais, uma vez que experienciam cotidianamente situações de intensa adrenalina
na tentativa de salvar vidas, mas a produção elevada deste hormônio no organismo provoca a
diminuição da capacidade de concentração, memória, raciocínio e tomada de decisão. A SB é
decorrência de um estresse crônico típico do mundo do trabalho. Este termo foi descrito
primeiramente por Herbert J. Freudenberg em 1974, que observou o comportamento negativo
que os profissionais da saúde, de uma clínica de dependência química, apresentavam em
relação a internações e demandas recorrentes que os pacientes apresentavam na não aderência
aos tratamentos. A SB esta implicada, segundo ele, a um sentimento de fracasso e exaustão
17
emocional, causado por um excessivo desgaste de energia, recursos físicos e psíquicos, nem
sempre distinguidos por estes profissionais. A mesma caracteriza-se como um fenômeno
psicossocial que ocorre como uma resposta crônica aos estressores interpessoais ocorridos na
situação de trabalho apresenta-se como a intensificação da sintomatologia própria do estresse
demandando três características em seus sintomas: cansaço emocional, despersonalização e
falta de envolvimento no trabalho. A profissão de enfermagem foi classificada no ranking da
Health Education Authoryt co mo sendo a 4º profissão mais estressante do mundo do trabalho.
O objetivo do presente trabalho é analisar e conceituar o termo SB, identificando os principais
fatores que levam ao adoecimento físico-psíquico causado por ela, definir um perfil do
profissional mais propenso a desenvolvê-la. A metodologia empregada na construção deste
trabalho foi de caráter exploratório, na qual foram realizadas pesquisas teóricas em revistas
eletrônicas e artigos de relevância acadêmica em que os termos Burnout x técnicos de
enfermagem foram citados nos últimos cinco anos na região sul do país. Os resultados
encontrados sugerem uma maior suscetibilidade em profissionais que apresentam um alto grau
de comprometimento e descontentamento com a profissão, indivíduos casados, do sexo
feminino, sem filhos, com tempo de profissão superior a cinco anos e atuação em setores de
trabalho como UTIs. Foram levantadas alternativas de prevenção da SB, uma vez que foram
identificados vários fatores que poderiam amenizar o impacto negativo de situações
experienciadas por estes em seus cotidianos, onde a promoção da saúde deveria ter um enfoque
maior no cuidado de quem cuida. Palavras-chave: Síndrome de Burnout (SB); Enfermagem;
Conceitos; Prevenção.
[3] ALVES, Gicela D. (FADERGS); FREITAS, Ana P. O. (FADERGS). Reflexões sobre a
aplicação da Bioética Principialista e pesquisa com seres humanos. Introdução: Uma das
tendências atuais e mais difundidas em bioética tem sido a Bioética de Princípios ou
Principialismo. Nesta abordagem, a atuação dos profissionais e pesquisadores com seres
humanos deve ser norteada pela observação dos princípios de beneficência, não maleficência,
justiça e autonomia, buscando a adequação das ações envolvendo a vida e o bem viver. Para
ilustrar esses conceitos, optou-se por recorrer a uma obra de ficção como exercício vinculado à
disciplina de Bioética. O filme “Medidas Extremas” relata um projeto de pesquisa realizado
clandestinamente com seres humanos, na tentativa de encontrar recuperação para pessoas
paraplégicas. O projeto parece ter sido desenvolvido de maneira imprópria. O médico Guy, que
trabalhava no hospital, começou perceber que algo não estava correto, e começou a investigar
passando a ser perseguido pelos pesquisadores. Objetivos: Identificar os princípios de bioética,
desenvolvendo habilidades para a prática eticamente correta da profissão de psicólogo.
Integrar aspectos teóricos da disciplina de Bioética com uma situação prática através de uma
obra de ficção. Metodologia: Assistimos ao filme e buscamos identificar a aplicação ou não
dos princípios de beneficência, não maleficência, autonomia e justiça na atuação dos
profissionais de saúde e pesquisadores no filme. Resultados: Foram identificadas as
manifestações dos princípios de forma bem clara. Conclusão: Entre os principais resultados
observados, foi possível identificar que não foi respeitada a autonomia dos participantes do
projeto de pesquisa clandestino, na medida em que não procedeu a obtenção do consentimento
livre e esclarecido. Além disso, especialmente no que se refere à beneficência e não
maleficência, ainda que o objetivo principal do projeto clandestino fosse fazer com que os
pacientes paraplégicos voltassem a andar, verificou-se que os participantes foram expostos a
riscos importantes, não previsíveis, que em alguns casos acarretaram a morte. Por mais nobre
que possa ser o objetivo de uma pesquisa os fins não justificam os meios, de acordo com o
filme os malefícios foram maiores que os benefícios. E a postura do profissional feriu os
princípios da Bioética. Palavras-chaves: Beneficência; Não Maleficência; Justiça; Autonomia.
18
[4] ALVES, Gicela D. (FADERGS); WAGNER, Carla (FADERGS); GRIEBLER, Patrícia
(FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). Observação simples para visualizar as
teorias do desenvolvimento infantil. Introdução: Este trabalho foi realizado a partir de uma
observação simples, de uma criança com seis anos de idade. Com esta técnica avaliamos
diversos pontos relacionados ao desenvolvimento. Objetivo: Conhecer, e identificar os
processos do desenvolvimento infantil, segundo Lawrence Kohlberg, Jean Piaget, Helen Bee e
Robert V. Kail, estudadas na cadeira de Psicologia do Desenvolvimento I - Infância. Método:
Foi realizada uma observação simples de uma criança de seis anos, dentro do ambiente Escolar,
que cursava a primeira série do ensino fundamental. Resultados: De acordo com a observação,
percebe-se que a criança está na fase do jogo de faz de conta substitutivo, bem como no estágio
pré-operatório, e ela tem sua habilidade motora global mais definida, do que a habilidade
motora fina, e no estágio moral, está no nível convencional. Conclusão: Foi uma experiência
gratificante a realização desta observação, pois tivemos a oportunidade de fazer conexão com a
realidade pratica e as teorias aprendidas. Palavras-chave: Desenvolvimento I; Observação
Simples; Criança.
[5] ANDRADE, Vera L. O. (ULBRA); JUST, Ane M. F. (ULBRA). Efeito de exercício ativo
associado à corrente russa na atrofia muscular da coxa. Introdução: A pesquisa refere-se a
um estudo de caso sobre o efeito de exercício ativo associado à corrente russa na atrofia
muscular da coxa. A hipotrofia muscular ocorre pela imobilização ou recrutamento limitado do
músculo. A perda parcial ou total de seus movimentos é acometida pelas fibroses nas capas
conjuntivas, separando seus fascículos e fibrilas. As atrofias ocorrem em decorrência da idade,
já que, a cada década da vida adulta, intermediária (meia-idade), há perda de 5% do
metabolismo. Com a perda muscular ocorre hipotonia, e calorias que utilizadas para conservar
os tecidos metabolicamente ativos são armazenadas como gordura. Exercícios de força são
necessários para que haja essa recuperação. O cérebro é o responsável pela manutenção da ação
ordenada dos músculos. Havendo a paralisia de um músculo, a sequência de coordenação é
interrompida e outros músculos são incapazes de agir em sequência ocasionando a atrofia
muscular. Objetivo: O intuito do presente trabalho é minimizar a atrofia muscular
desenvolvida na coxa direita através do uso da corrente russa associada a exercícios ativos.
Materiais e métodos: Foram utilizados: avaliação de perimetria, corrente russa, aparelho
Hipertonia M2000 TONE DERM, eletrodos de silicone 4x4 cm², fita métrica, gel de contato,
travesseiro, maca, balança e câmara fotográfica. Foi realizada pesquisa por meio de estudo de
caso realizado no laboratório de Estética Corporal da ULBRA, no período de março até junho
de 2013. A cliente V. L. A., 61 anos, manifestou queixa de atrofia muscular na coxa da perna
direita. Foram realizadas onze sessões incluindo a avaliação física, uma vez por semana durante
o período de uma hora. Para o tratamento do caso foi escolhida a utilização da corrente russa
associada a exercício ativo. Resultados: Foram realizados onze atendimentos, uma vez por
semana. O primeiro e o último foram reservados para avaliação. A perimetria foi realizada
tendo como referência a região supra patelar, sendo as medidas 5cm, 15cm e 25cm. Na
primeira sessão obtivemos 36,00cm, 44,05 e 49,00cm. Na quinta sessão, 36,00cm, 44,08cm e
50,02cm. Na última, 36,03cm, 45,01cm e 50,05cm. Foi obtido sucesso na decorrência das
sessões observando-se as medidas iniciais. Conclusões: Os resultados demonstraram um
aumento na perimetria, fazendo com que se tenha a conclusão de que a corrente russa associada
ao exercício físico foi eficaz para a amostra em questão. Assim, entende-se que é importante
estudar mais acerca dos efeitos desta modalidade terapêutica no aumento do trofismo muscular.
Também é importante que sejam desenvolvidos outros estudos com uma amostra maior.
Palavras-chave: Atrofia Muscular; Corrente Russa; Exercício Ativo; Hipotonia Muscular.
19
[6] ARNOLD, Grasiela (FADERGS); BRITES, Nataís B. M. (IC-FUC); RUSCHEL, Patricia P.
(IC-FUC). O atendimento ao óbito de adultos em hospital especializado em cardiologia.
Introdução: A morte é um acontecimento que faz parte do desenvolvimento humano e se faz
presente no cotidiano de todos. Pois todos nascem e um dia morrem, tornando-se assim, um
fenômeno natural. O hospital representa um local no qual as pessoas buscam ajuda para
restabelecer sua saúde, bem como, pode ser o local de sua finitude. A perda de uma pessoa
querida é uma das experiências mais dolorosas que o ser humano pode sofrer. Este trabalho tem
como objetivo descrever o atendimento a familiares em caso de óbito de pacientes adultos
realizado pelo Serviço de Psicologia Clínica do Instituto de Cardiologia/RS. Método: Relato de
caso. Resultados: O encaminhamento para atendimento é realizado pela equipe da unidade
onde ocorreu o óbito, através de telefonema para o Serviço de Psicologia Clínica. No primeiro
momento, realiza-se a identificação dos familiares do paciente, após se faz um acolhimento
inicial com apresentação do profissional da psicologia se colocando a disposição para auxiliálos no que for possível, principalmente no sentido de acolher os sentimentos despertados pela
morte do familiar. Em seguida leva-se a família para a sala do Serviço de Psicologia,
verificando-se qual entendimento da família sobre o óbito, identificando fantasias e
esclarecendo dúvidas sobre o adoecimento e a morte, mas principalmente fazendo a escuta
empática, tendo como objetivo a elaboração de um luto saudável. É importante que o psicólogo
identifique qual o familiar mais organizado para que este fique com as responsabilidades
burocráticas do óbito. Depois do acolhimento a família pode ser levada ao morgue, para se
despedir do familiar, ficando ao seu critério ir ao local ou não. Para encerrar os familiares são
encaminhados ao setor de internação, para que o familiar mais organizado faça a documentação
do óbito enquanto os outros familiares o aguardam. Conclusão: Cada família tem uma
funcionalidade particular, o que faz com que cada atendimento seja diferente do outro. É
importante que a equipe esteja preparada para acolher todas as demandas advindas do óbito,
pois estas são as mais variadas possíveis, devidos às relações familiares desenvolvidas antes do
óbito, mas também do significado que tem a morte daquela pessoa. Identificar e encaminhar,
quando necessário, para psicoterapia faz parte da ação do psicólogo. Palavras-chave: Morte;
Hospital; Atendimento; Família.
[7] BARONIO, Franchesca C. (FADERGS); FINGER, Igor da R. (FADERGS). Tragédia e
Trauma: o papel do psicólogo em situações de emergência. Introdução: No dia 27 de
janeiro de 2013, ocorreu em Santa Maria, Rio Grande do Sul, um acidente em uma casa
noturna levando mais 230 pessoas a óbito. A partir deste acontecimento é necessário pensar na
intervenção do psicólogo junto aos envolvidos na tragédia (tanto os sobreviventes, quanto
familiares, profissionais e comunidade em geral), com o objetivo de minimizar possíveis
psicopatologias. Objetivo: Apresentar um modelo de intervenção em situações de emergência
e, a partir disso, refletir sobre a atuação do profissional de Psicologia no auxílio as vítimas
buscando além da elaboração do luto, prevenir uma psicopatologia em decorrência deste
trauma. Metodologia: Busca na base de dados Scielo e Pubmed de intervenções bem sucedidas
realizadas por profissionais da saúde mental com sobreviventes e envolvidos em tragédias.
Utilização de descritores como emergência psicológica, entrevista e intervenção. Resultados:
Encontrou-se um modelo de intervenção bem-sucedido gerado a partir da tragédia do 11/09 que
passou a ser recomendado, inclusive, pela OMS como forma de intervenção psicológica.
Conclusão: A partir dos resultados encontrados, identificou-se um modelo de intervenção que
minimiza a possibilidade de patologias. Recomenda-se que tal modelo seja incluído nas grades
básicas de formação em psicologia. Palavras-chave: Trauma; Intervenção; Emergência
psicológica; Patologias; Tragédia.
20
[8] BERGESCH, Dailys (FADERGS); RAMBO, Douglas F. (FADERGS). A nanotecnologia
cosmética ao alcance da esteticista. Introdução: Nanossomas são dispersões onde o tamanho
das gotas dispersas está em escala nanométrica, essa característica proporciona uma série de
vantagens a essa classe de cosméticos frente aos cosméticos convencionais e que muitas vezes
são desconhecidas das profissionais. Objetivo: Compreender a dimensão e a importância desta
tecnologia com relação ao uso nos cosméticos da área de estética e o que ela pode agregar aos
resultados dos profissionais que a utilizam. Materiais e métodos: Para elaboração deste
trabalho fiz uma revisão bibliográfica e uma visitação a um fabricante da tecnologia descrita.
Adicionalmente, apresenta-se uma ampla revisão sobre os ativos e produtos para as diferentes
fisiopatologias a serem tratadas e potencializadas com esta técnica. Resultados: É uma
tecnologia de importante aplicação, com baixa divulgação e baixa utilização pelos fabricantes
de cosméticos que atualmente se encontram no mercado, além de ter uma grande variedade de
princípios ativos destinados aos mais diversos fins dentro da área de cosmética Capilar, Facial e
Corporal. Conclusão: O uso deste tipo de tecnologia pode alavancar para patamares de muito
sucesso os procedimentos estéticos realizados, proporcionando uma satisfação maior dos
clientes, e uma aceleração dos resultados em termos de tempo e de qualidade. O uso dos
cosméticos com esse tipo de tecnologia demonstra para a profissional de estética as vantagens
das aplicações e as possibilidades que se encontram ao seu alcance. Palavras-chave:
Nanotecnologia; Nanossomas; Cosméticos.
[9] BERNARDY, Angélica, S (FADERGS); GLOGER, Isone (UNISINOS). Atuação do
Psicólogo no Centro de Referência e Assistência Social – CRAS. Introdução: O Centro de
Referência e Assistência Social (CRAS) tem como objetivo o desenvolvimento local, buscando
potencializar o território, de modo geral, neste caso o território em que o CRAS está inserido.
Construir-se enquanto espaço de referência e porta de entrada para serviços da Assistência
Social. Dentro da lógica de trabalhos em rede, no reconhecimento da realidade e complexidade
da comunidade em que está inserido. A Psicologia dentre as diversas áreas de atuação, tem a
Psicologia Social em construção e é comprometida com as práticas de transformação social. A
atuação do Psicólogo dentro da Assistência tem obtido espaço e reconhecimento. Objetivo: O
Objetivo do trabalho é apresentar as características da atuação do Psicólogo dentro do Centro
de Referência e Assistência Social. Em que o profissional tem a possibilidade de desenvolver
aspectos saudáveis nos sujeitos freqüentadores do serviço, nas famílias e comunidades.
Materiais e Métodos: Para realização deste trabalho foi realizada uma revisão nos escritos do
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), 2007. Além disso,
observações sobre atuação do Psicólogo na Assistência, através de estágio curricular no CRAS
do bairro Hípica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sob orientações da Psicóloga local.
Resultados: O Psicólogo no CRAS tem o foco na prevenção e promoção de vida, e com isso
não exclui os aspectos de vulnerabilidade, pois é preciso estar atento às demandas reais dos
indivíduos da região ou dos territórios em que esse Psicólogo atua. Um dos grandes desafios é
articular a rede socioassistencial e trabalhar as demandas juntos, um desafio entanto diante dos
entraves burocráticos e do sistema institucionalizado. Eis que as novas orientações de políticas
públicas, assim como em outras áreas, têm auxiliado no desenvolvimento do trabalho do
Psicólogo que atua na Assistência. Tais mudanças têm se materializado na aprovação pelo
Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, da atual Política Nacional de Assistência
Social – PNAS/2004 e da sua gestão por meio do Sistema Único da Assistência Social-SUAS.
Conclusão: Diante dos trabalhos realizados no CRAS, é notório que é preciso ter muita
simplicidade para aprender a acolher a vida do outro, sem um olhar conservador e de receitas
prontas que ilustrem como viver melhor. Através dessa simplicidade em que não se define um
viver melhor ou pior e sim acolhe a forma como cada um vive, é que o Psicólogo pode auxiliar
o indivíduo a entender-se como sujeito pertencente a sua comunidade.
21
Palavras-chave: Atuação do Psicólogo; Políticas Públicas.
[10] BONET, Fernanda (FADERGS); MORESCO, Franciane (FADERGS); RAVAZZOLO,
Ana C. (PIM-PIA). O visitador do Programa Primeira Infância Melhor – Porto Infância
Alegre (PIM-PIA): Breves reflexões sobre desafios e possibilidades de ação. Introdução: O
Programa Primeira Infância Melhor (PIM), criado em 2003 pelo Governo do Estado do RS, tem
como objetivo orientar famílias em vulnerabilidade social, partindo de sua própria cultura e
promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 6 anos, desde a gestação, através de
visitas domiciliares. No âmbito municipal, o Programa recebe o nome de Porto Infância Alegre
(PIM PIA). Objetivo: Refletir sobre a função do visitador do PIM PIA, identificando os limites
e os desafios dessa função, além das possíveis formas de relações que podem ser estabelecidas.
Materiais e Métodos: Através do estágio no PIM PIA, de nossa vivência como visitadoras, foi
realizado um levantamento de questionamentos sobre os limites e as possibilidades da função
do estagiário. Buscaram-se referenciais teóricos que pudessem responder a esses
questionamentos e que embasassem nossas reflexões. Realizou-se um cruzamento entre o que é
apresentado pelas cartilhas do Programa com conceitos da Psicologia Social, Humanista e
Institucional. Resultados: Segundo o “Guia de orientação para GTM, monitor e visitador”, o
visitador deve: orientar e capacitar as famílias, realizando atividades para o desenvolvimento
integral das crianças; acompanhar a qualidade das ações educativas realizadas e os resultados
alcançados pelas famílias; acionar a rede de serviços, quando necessário. A captação das
famílias é realizada por indicação de algum serviço da rede de atendimento, ou em uma
abordagem do próprio visitador, essa situação pode gerar dificuldades de engajamento das
famílias no Programa e desconfiança por parte destas, tendo em vista que não solicitaram o
atendimento. Os visitadores apresentam dificuldades de entender seu papel, confundindo-o com
o do professor, do psicólogo clínico ou do recreacionista. Além disso, podem sentir-se na
posição de “detentores do saber” e levar para comunidade preconcepções e prejulgamentos, que
favorecem a relação assimétrica e de dependência, em que é ditado o melhor a ser feito,
desconsiderando a família como gestor de sua cultura. Conclusões: Com isto, quando se
entende que os prejulgamentos são baseados nas construções sociais aprendidas ao longo da
vida, é possível repensar essa posição, pois o que se faz e se produz em um dado momento,
auxilia a entender o contexto e suas interações. O visitador, então, tem a possibilidade de não
agir como um “expert”, que aponta para a comunidade o que é melhor, mas deve promover a
“autogestão” e a “autoanálise”, em que as pessoas são protagonistas de suas vidas,
compreendem suas demandas e são capazes de encontrar soluções. O visitador do PIM PIA
deve ter o papel de facilitador, alguém com “capacidade empática”, “autenticidade” e
“concepção positiva do homem”, promovendo o desenvolvimento dos sujeitos, evitando o
estabelecimento de relações assimétricas e de dependência. Palavras-chave: PIM-PIA;
Relações de dominação; Ações na comunidade; Autogestão e auto-análise.
[11] BORBA, Katiusia M. de (FADERGS); BENTO, Jéferson M. (FADERGS); OLIVEIRA,
Marcos R. de (FADERGS). Compreendendo o infarto agudo do miocárdio. Introdução: O
infarto agudo do miocárdio (conhecido como ataque cardíaco) é uma importante causa de
morte no planeta. A obstrução de coronárias cardíacas (vasos sanguíneos que nutrem o coração)
leva à necrose de fibras cardíacas por falta de nutrição e oxigenação adequadas. Assim, há
perda considerável de fibras cardíacas responsáveis pela manutenção da contração deste órgão.
Isto, por sua vez, leva a uma diminuição na circulação de sangue necessário à nutrição de
tecidos periféricos. A área afetada do coração dependerá da artéria obstruída. O mecanismo
pelo qual se desenvolve o infarto e as consequências de tal evento foram bem descritos, mas
exigem conhecimentos bioquímicos e fisiológicos para plena compreensão da gravidade do
22
quadro. Objetivo: Então, decidimos organizar este trabalho para explicar de maneira didática
os mecanismos bioquímicos e fisiológicos que delineiam o desenvolvimento do infarto e suas
consequências. Material e métodos: Foram consultados livros de Bioquímica e de Fisiologia e
artigos específicos das áreas de metabolismo energético, fisiologia cardiovascular e estrutura e
função de proteínas obtidas via ferramentas de busca na rede mundial de computadores
conforme segue: Scielo, Pubmed e sítios do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da
Saúde. Resultados: Encontramos que a área do miocárdio afetada pelo infarto conta com
diminuição na quantidade de O2 livre para a manutenção do metabolismo energético local, o
que leva à queda significativa na produção de adenosina trifosfato (ATP), que é utilizado,
dentre outras finalidades, para manter os níveis de íons como Na+ e Ca2+ dentro de valores
fisiológicos no citoplasma da fibra cardíaca via ação da enzima transportadora Na+/K+-ATPase.
Como o acúmulo de Na+, há entrada massiva de H2O por osmose na fibra, levando a sua
explosão (necrose). Assim, enquanto durar a queda na oxigenação tecidual e a entregue de
nutrientes às fibras, esse acúmulo de água que leva à necrose tecidual prosseguirá, podendo
levar a perdas de tecido contrátil tão grandes quanto 40% da área total do miocárdio.
Conclusão: A obstrução de vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição do coração leva a uma
diminuição brusca na entrega de nutrientes (ácidos graxos e aminoácidos) e de O2 ao
miocárdio, que é o principal músculo contrátil do coração (mais espesso e com maior
desenvolvimento de força contrátil). Assim, com consequente necrose de fibras deste músculo,
ocorre diminuição significativa da força contrátil necessária para o bombeamento de sangue por
meio dos vasos periféricos. Isto, por sua vez, diminui a entrega de nutrientes e a oxigenação de
todos os outros órgãos, bem como se observa diminuição na capacidade de a circulação
remover produtos do metabolismo aeróbico e anaeróbico destes órgãos. Com isto, percebe-se a
gravidade do infarto agudo do miocárdio como indutor, indiretamente, de lesão celular em
outros tecidos. Palavras-chave: Infarto; Miocárdio; Coração.
[12] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). O homem e a máquina: uma análise sobre os
processos organizacionais numa empresa familiar. Introdução: o presente trabalho teve
como objetivo observar a relação entre as teorias discutidas em sala de aula na disciplina de
gestão da empresa familiar na FADERGS e o funcionamento da gestão de uma empresa
familiar. A análise de processos como sucessão familiar, conflitos e diferentes estilos de
liderança puderam ser observados no filme O Homem e a Máquina, de 1987. O filme transmite
de forma clara a criação, organização, crescimento e desenvolvimento de uma empresa
familiar. Mais do que isso, a história traz questões importantes, como o fato de que a inovação
pode ser a criação de algo novo e pioneiro, mas também pode ser a melhoria de processos já
existentes dentro de uma empresa, como a implantação da linha de montagem, no caso de
Henry Ford. Além disso, conforme trazido nas discussões em sala de aula, por mais que uma
estratégia venha funcionando de maneira satisfatória por um bom tempo, é preciso estar atento
ao ambiente externo e às demandas dos clientes para acompanhar o ritmo do mercado e a
grande competitividade, caso contrário grandes dificuldades a empresa poderá passar mais
adiante. Nota-se no filme a dificuldade no processo sucessório, onde mesmo depois que o
comando da empresa é transmitido para uma nova geração, o seu fundador continua a ser a
maior hierarquia, com um estilo de liderança forte e centralizador onde o poder decisório ainda
passa pelo seu gerenciamento, influenciando na tomada de decisão, na cultura organizacional e
no ambiente interno de toda a empresa. Para esta análise foi realizada pesquisa em livros e
artigos científicos na base de dados Scielo, utilizando os seguintes descritores: Empresa
Familiar, Gestão Familiar e Sucessão. A teoria auxiliou na compreensão do quão importante se
faz a correta condução nos diversos processos dentro do contexto organizacional,
principalmente quando se trata de empresa familiar, bem como a participação do profissional
psicólogo para atuar como mediador na resolução de conflitos, tendo em vista que muitos
assuntos, sentimentos e até mesmo diferenças pessoais acabam se misturando em questões
23
profissionais podendo tomar proporções negativas, impactando na produtividade e
desenvolvimento da empresa. Palavras-chave: Empresa Familiar; Sucessão; Organizações.
[13] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS). Saúde e Interdisciplinaridade: uma realidade
em construção. Introdução: De acordo com o contexto histórico da saúde, caracterizado pela
divisão do trabalho intelectual, pela fragmentação do conhecimento e excessiva predominância
das mais diversas especializações (áreas), torna-se relevante, quiçá fundamental pensarmos no
assunto da interdisciplinaridade. A interdisciplinaridade na saúde é a relação articulada entre as
diferentes profissões, visando um olhar plural para o sujeito, respeitando o conhecimento
especializado de cada uma, porém buscando soluções compartilhadas para auxiliar e/ou
amenizar o sofrimento dos pacientes e seus familiares, bem como colaborar na atuação da
equipe multidisciplinar, sendo estratégica para a concretização da integralidade das ações em
saúde. É na interação dos saberes, na não fragmentação do conhecimento especializado e na
necessidade de revisão e reflexão contínua das práticas de cada profissional da saúde, que os
objetivos esperados serão melhores e mais assertivamente alcançados. Objetivos: Trazer à tona
a discussão sobre um tema contemporâneo, em constante construção, e de muita relevância no
contexto da saúde, a interdisciplinaridade. Visando a ressignificação da articulação dos
diferentes saberes. Materiais e métodos: Foi realizada uma busca em artigos, revistas e outros
materiais bibliográficos acerca do tema “interdisciplinaridade e saúde”. Resultados parciais:
entende-se que devido ao avanço da tecnologia e o aumento da produção contínua do
conhecimento dentre as diversas especialidades, a interdisciplinaridade na saúde chega como
forma de aprimoramento e busca de resultados mais efetivos no que se refere a atenção na
totalidade do sujeito. Desta forma, podemos pensar que se trata de um ganho fantástico no que
tange o objetivo maior da saúde que é sempre beneficiar ao máximo o paciente, de forma este
alcançar a reabilitação, bem como melhorar sua qualidade de vida. Considerações finais: O
conceito de interdisciplinaridade está e provavelmente sempre estará em construção, tendo em
vista a constante modificação do conhecimento com o passar dos tempos. Vale lembra que a
interdisciplinaridade é uma importante necessidade para a qualidade da atenção à saúde, e
também tem exigido muito esforço de profissionais que ainda parecem se sentir mais seguros
com as práticas isoladas, de domínio de seus saberes e com uma grande dificuldade de
compartilhar os seus conhecimentos, com isso perdendo a oportunidade de potencializar as
ações de um trabalho realizado verdadeiramente em equipe. Palavras-chave:
Interdisciplinaridade; Saúde; Construção.
[14] CARVALHO, Cinthia A. (FADERGS); PAIVA, Maria A. (FADERGS); SANTOS, Maria
E. (FADERGS), MALGARIM, Bibiana G. (FADERGS). Transferência e
contratransferência: Reflexão sobre a prática do processo de mediação com Ênfase
Psicanalítica. Introdução: O presente trabalho consiste numa reflexão, a qual relaciona a
transferência e contratransferência, conceitos fundamentais para a psicanálise, no processo de
mediação enquanto técnica para resolução de conflitos de forma interdisciplinar. Objetivos:
Apresentar, a partir de experiências já relatadas, uma discussão crítica sobre o impacto dos
fenômenos transferências e contratransferências na mediação. Método: Realizou-se uma
revisão teórica assistemática, tomando como referência o projeto desenvolvido no Núcleo de
Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), de Santa Maria/RS, o
qual consiste na participação de orientadores, voluntários das áreas do Direito, Psicologia e
Assistência Social, com vistas a mediar conflitos vivenciados por membros da comunidade
daquele Centro Acadêmico. Resultados: A análise do método e da produção científica do
projeto permite conclusões importantes, transferência: fenômeno que ocorre na relação
24
paciente/terapeuta, o qual os desejos inconscientes do paciente relativos a objetos externos
passam a refletir na pessoa do analista. Trata-se da atitude do analista ao se colocar no lugar do
analisando, assumindo para si toda a gama de sentimentos e emoções exteriorizados pelo
paciente, de modo a compreendê-lo e auxiliá-lo na solução de seus conflitos. Essa
cumplicidade estabelece uma relação de confiança, permitindo um melhor equacionamento das
questões a serem resolvidas. Contratransferência, influência das manifestações do inconsciente
do analista relacionadas com as da transferência de seu paciente. O “retorno” que o analista dá
ao seu paciente, após se apropriar das informações prestadas no decorrer da análise, através da
transferência, agora adequadamente processadas e equacionadas, à luz do conhecimento
técnico-científico da psicanálise. Em qualquer uma das formas, tem-se apenas o mediador e os
conflitantes, acerca da matéria principal que envolve o conflito, com vistas a solucioná-lo. Na
forma proposta pelo projeto em questão, alarga-se o espectro sob o qual o conflito deve ser
visto, na medida em que ele é apreciado nos seus variados aspectos, jurídicos, sociais e
psicológicos. Veja-se que o conflito de divórcio, por exemplo, envolve um casal que precisa
resolver questões patrimoniais (aspectos jurídicos), o status social que cada um deles passará a
ostentar após o divórcio (aspectos sociais), assim como os reflexos psicológicos que
influenciarão na forma como eles passarão a viver (aspectos psicológicos). Especificamente
falando na atuação do profissional de psicologia na mediação de conflitos, observa-se: que esse
profissional tem condições de aferir a real motivação do conflito, os anseios dos conflitantes, se
apropriando de ferramentas que em muito irão contribuir para a solução do litígio. E isso se dá
a partir da aplicação das técnicas da transferência e da contratransferência. Conclusão:
Concluímos que a participação do profissional de psicologia é de vital importância para
soluciona conflitos que envolvam pessoas físicas, diante da subjetividade que permeia a relação
estremecida, somente aferível mediante a aplicação das técnicas em questão.
Palavras-chave: Mediação; Transferência; Contratransferência.
[15] CARVALHO, Cínthia A. (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Estresse
x Qualidade de Vida nas Organizações. Introdução: com o fenômeno da industrialização e
dos avanços tecnológicos associados à comunicação, inúmeros benefícios e conforto para o
cotidiano das pessoas passam a fazer parte da atualidade dentro das empresas. Todavia, esse
processo de desenvolvimento social, contemporaneamente, delimitado pela urgência do tempo
e pelas profundas mudanças, também acarreta marcas à saúde física e psíquica dos indivíduos,
resultando, muitas vezes, na emergência do estresse e consequentemente impactando de forma
negativa na qualidade de vida desses sujeitos. O estresse tem sido associado à diminuição do
desempenho e produtividade, bem como no aumento de custos para a organização, dada a
elevação de indicadores como: absenteísmo, rotatividade de pessoal e número de acidentes no
local de trabalho. Também é importante lembrar que estudos sobre este tema, apontam que o
impacto do suporte social sobre o estresse ocupacional pode ser benéfico ou prejudicial, vai
depender da qualidade da dimensão da vida dentro da organização. Objetivos: Investigar as
determinações do estresse no contexto organizacional e o impacto na qualidade de vida das
pessoas, numa tentativa de levar ao amadurecimento e desenvolvimento mútuo, entre indivíduo
e organização. Materiais e métodos: Realizamos uma busca de artigos científicos, revistas e
materiais bibliográficos com o tema proposto “estresse e qualidade de vida nas organizações”.
Resultados parciais: Percebe-se que o adoecer no contexto do trabalho, principalmente em
decorrência do estresse ocupacional, impacta negativamente e de forma significativa não
somente na qualidade de vida profissional do sujeito, mas na sua vida social e pessoal.
Considerações finais: Observa-se a necessidade de preocupação e cuidado no modo de
conduzir os processos de mudanças, principalmente no ambiente organizacional, tendo em vista
o surgimento das diversas exigências com relação a tudo que se refere ao novo, e que acaba
exercendo um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas, acarretando em ansiedades,
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estresse e consequentemente levando ao adoecimento ocupacional. Palavras-chave: Estresse
Ocupacional, Qualidade de Vida, Organizações.
[16] DOMBROVSKI, Janice (FADERGS); MARINI, Kaoara (FADERGS); SILVA, Luana F.
(FADERGS); LINCK, Luciana (FADERGS); MARQUES, Márcio G. (FADERGS).
Intervenção com grupos na área da Saúde. Introdução: No cenário do trabalho em saúde a
psicologia tem ocupado papel atuante, engajada no atual movimento de transformação, sendo o
psicólogo membro obrigatório das equipes de saúde mental, que exercem práticas complexas
na atenção psicossocial. Deste modo, o psicólogo tem pautado o seu trabalho com enfoque
multidisciplinar, sendo a intervenção em grupos uma técnica que têm como denominador
comum perspectivas ecléticas, combinando diferentes abordagens com o objetivo de potenciar
os efeitos positivos. Objetivos: Compreender como ocorre a intervenção com grupos na área
da saúde a partir da análise de um artigo (Lemos e Cavalcante, 2009); refletir sobre a atuação
do psicólogo neste contexto; compreender os benefícios deste tipo de intervenção na área da
saúde a partir do embasamento teórico utilizado no artigo. Materiais e métodos: o método
utilizado para elaborar este trabalho foi uma revisão bibliográfica com uso do artigo
“Psicologia de Orientação Positiva: uma proposta de intervenção no trabalho com grupos em
saúde mental” de Patrícia Lemos e Francisco Calvacante. O artigo descreve uma intervenção
com utilização da corrente Humanista de Carl Rogers, através do método (con)texto de
letramentos múltiplos aplicada à Saúde Mental no acompanhamento de portadores de
transtornos depressivos. Resultados: Foram analisados os processos interpessoais em três
grupos de portadores de transtornos depressivos, e o processo grupal orientado positivamente
trouxe a emergência de categorias positivas (desenvolvimento pessoal, solidariedade,
comemoração, aceitação do negativo na existência, serenidade e felicidade) que foram
trabalhadas no decorrer do tempo de realização do grupo e contribuíram para uma condição
existencial mais saudável na experiência dos usuários, possibilitando o grupo a experienciar
uma vida voltada para os aspectos positivos, o qual pode se reconhecer em novas condições.
Conclusão: A intervenção com grupos na área da saúde através da utilização da corrente
humanista, é uma forma de propiciar a construção de uma coletividade que se auxilia
mutuamente e se mantém por meio da Tendência Atualizante, visto que a subjetividade
adoecida de cada indivíduo pode ser agravada pela realidade do mundo externo com o qual se
relaciona e esta linha teórica ressalta os aspectos positivos do sujeito, auxiliando na análise e
reflexão acerca da percepção experienciada do sujeito na relação com a sua doença. Palavraschave: Intervenção em grupos; Saúde; Humanismo.
[17] FERRARI, Brunelly (FADERGS); GONÇALVES, Giselle (FADERGS); VIANA, Alice
(FADERGS). Análise da comunicação verbal e não verbal nos cuidados paliativos. A
organização Mundial de Saúde definiu, em 1990, e revisou, em 2002, o conceito de cuidados
paliativos: são cuidados ativos e totais do paciente cuja doença não responde mais ao
tratamento curativo. Estes cuidados buscam melhorar a qualidade de vida do paciente e seus
familiares, p. ex. através da adequada avaliação e tratamento da dor e outros sintomas. Além de
proporcionar suporte psicossocial e espiritual. O objetivo do presente trabalho foi analisar
outros aspectos que não estão ligados diretamente à comunicação verbal de quem assiste o
paciente em fase terminal, ressaltando a importância do cuidado. Para isso, buscamos artigos na
base de dados Scielo utilizando os seguintes descritores: “cuidados paliativos”, “doente
terminal”, “relações interpessoais”, “enfermagem oncológica”. A literatura auxiliou no
entendimento de que o relacionamento humano é essencial e sustenta a esperança, motiva. Os
cuidados paliativos neste momento de fragilidade, de perda da autonomia, de vitalidade e de
dor, acabam por retirar a ideia de que o bem-estar seria o caminho da finitude, ideia esta que
não permite ao paciente a sua total plenitude. Os cuidados paliativos e a proximidade maior
26
entre os familiares que estão junto ao seu ente querido podem ser chamados de “melhora da
morte”. Evidenciou-se nesta análise o sentimento dos entrevistados na questão do
comportamento das pessoas e profissionais, a satisfação que se tem ao ver um sorriso amistoso
e sentir-se acolhido. A partir disso, podemos refletir sobre a importância que se dá aos
diagnósticos, ao poder que tem a comunicação verbalizada. Se a dor pode ser gritada, falada,
expressada, porque não falar do sentir-se bem? O bem-estar também deve ser colocado como
algo a ser ouvido e que por vezes deixa de ser vivenciado. Portanto, uma maneira de
proporcionar ao paciente a valorização do sentir-se bem, é através da atenção prestada pela
equipe interdisciplinar, juntamente com familiares, tanto de forma verbalizada como não
verbalizada ajudando o paciente nesse momento. Palavras-chave: Paciente; Bem-estar;
Qualidade de vida; Morte; Comunicação.
[18] FINAMOR, Sálua S. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); FREITAS,
Ana P. de O. (FADERGS). Genograma: uma ferramenta para o entendimento funcional e
estrutural da família. Introdução: O genograma é uma representação gráfica multigeracional
da história familiar de uma pessoa na qual se pode observar heranças transgeracionais, conflitos
e rompimentos bem como as etapas do ciclo familiar. Possui formato similar à uma árvore
genealógica e registra informações sobre os membros de uma família e suas relações pelo
menos em três gerações, através de símbolos próprios para este fim. Vai além da simples
genealogia, por incluir as relações e as interações familiares. Objetivo: Apresentar o
genograma como instrumento de avaliação, prevenção e intervenção em sistemas familiares.
Materiais e métodos: Realizou-se uma revisão de literatura a partir de dois livros e um artigo
científico, referentes ao conceito de genograma e possibilidades de utilização. Resultados: O
genograma faz parte do processo de conhecimento da família; revela acontecimentos
importantes para o atendimento familiar; é uma ferramenta interpretativa subjetiva, com a qual
o terapeuta pode gerar hipóteses para outras avaliações sistemáticas; é um mapa das relações
familiares; é um instrumento pelo qual a família se percebe sem palavras; amplia a história da
família para além do paciente identificado e do problema; permite observar padrões repetitivos
das gerações passadas e amplia o conhecimento sobre o ciclo vital da família. É um
instrumento muito utilizado na terapia familiar, na formação de terapeutas familiares, na
atenção primária à saúde e em pesquisas sobre famílias. Pode ser realizado em uma ou mais
sessões, quando for necessário. A utilização do genograma parte do pressuposto de que a
família possui uma história que extrapola a família nuclear e envolve a família extensa.
Conclusões: O genograma permite o traçado da estrutura da família, o registro informativo da
família e a representação das relações familiares. Um genograma pode se tornar invasivo,
denunciador, paralisador, se o terapeuta não entender e não respeitar as crenças e os mitos da
família. Muito frequentemente um pequeno detalhe pode promover mudanças e propiciar
muitas situações para serem investigadas. Palavras-chave: Genograma familiar; Relações
familiares; Transmissão transgeracional.
[19] GALIANO, Pietra C. (FADERGS); RIBEIRO, Vera (FADERGS); PEREIRA, Gisele
(FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS). Reflexões sobre a prática clínica no
contexto hospitalar. Introdução: A psicologia hospitalar propõe-se a ser uma área de
conhecimento da saúde centralizada nos âmbitos secundários e terciários a fim de buscar um
entendimento e auxiliar no tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. Por
este campo da psicologia ser ainda relativamente novo e não haver preparação universitária
necessária para exercer tal função, muitas vezes os profissionais trabalham apenas adaptando o
antigo modelo clínico nesse novo ambiente e não se adaptam ao contexto que o hospital impõe.
Objetivo: O objetivo deste trabalho é explorar algumas peculiaridades desta prática a fim de
ponderar o fazer do psicólogo neste contexto. Materiais e métodos: Para a realização deste
27
trabalho fez-se uma revisão bibliográfica qualitativa em artigos científicos e livros que tratam
sobre o tema. Resultados: No contexto hospitalar a primeira grande distinção de aspectos
técnicos em relação a outras áreas é o setting. Este ambiente não possui local adequado para
atendimento, muitas vezes até por restrições físicas do paciente. O acolhimento pode ser feito
em macas, quartos não privativos ou até mesmo corredores. Geralmente não há consultas
previamente marcadas e não se dispõe de tempo e nem previsão deste para poder planejar um
processo terapêutico apropriado. Nem por isso, contudo, precisam ser menos efetivos, focandose principalmente nos sintomas da doença atual do sujeito, bem como nos acontecimentos mais
significativos de sua vida. Além disso, é importante ressaltar que na maioria das vezes o
atendimento não é solicitado pelo paciente e sim pela equipe multidisciplinar ou até mesmo
pela família, que neste contexto é tão paciente quanto o indivíduo hospitalizado. No hospital o
psicólogo está trabalhando com riscos reais e por isso a tendência de haver mais momentos de
crise, fantasias e insegurança é maior; isto posto, junto do paciente o terapeuta deve tentar
ressignificar a posição deste frente à doença. Conclusão: Percebe-se que o âmbito hospitalar se
difere no cunho clínico que é classicamente ensinado nas universidades. Desta forma, exige-se
que o profissional construa uma nova postura profissional, sendo mais flexível e criativo com o
objetivo de promover assistências ao sujeito hospitalizado com a melhor qualidade possível.
Verificamos a necessidade que haja mais estudos focados na atuação hospitalar para capacitar
melhor os profissionais que optem por atuarem nesta área. Palavras-chave: Psicologia
hospitalar; Hospital; Setting; Postura profissional.
[20] GUARAGNA, Carolina C. R. (FADERGS/UFRGS); SCHEEREN, Patrícia (UFRGS);
WAGNER, Adriana (UFRGS). Como homens e mulheres resolvem seus conflitos conjugais:
um estudo com casais do RS. O conflito é inerente ao relacionamento conjugal e é definido
como qualquer situação em que envolva diferença de opinião, podendo variar em frequência,
intensidade, conteúdo e forma de resolução. Os níveis de saúde e satisfação do relacionamento
conjugal não estão necessariamente associados à presença de conflitos, mas a maneira de
resolvê-los. Neste trabalho foram avaliados quatro estilos de resolução de conflito conjugal:
resolução positiva, envolvimento no conflito, afastamento e submissão. Na resolução positiva
as diferenças são discutidas de maneira construtiva, optando-se por alternativas consensuais
para ambos os parceiros. O envolvimento no conflito ocorre quando existem ataques pessoais e
perda de controle ao longo de uma discussão. O afastamento acontece quando um dos membros
do casal se recusa a continuar falando sobre o assunto. Por último, a submissão é definida pela
desistência de um dos cônjuges em defender sua opinião. Buscou-se identificar os estilos de
resolução de conflitos mais utilizados por homens e mulheres para resolver as divergências na
esfera conjugal e verificar a relação destes estilos com idade, escolaridade, trabalho, renda,
casamentos anteriores e psicoterapia. Participaram da pesquisa 750 casais heterossexuais, com
idades entre 18 e 80 anos, de diferentes níveis socioeconômicos, residentes em 67 municípios
gaúchos. O instrumento utilizado foi composto de um questionário sociodemográfico e o
Conflict Resolution Style Inventory (CRSI) com 16 itens medidos em uma escala likert de cinco
pontos. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto de Psicologia da UFRGS em
outubro de 2009 (protocolo nº 2009040). Os resultados, na perspectiva de cada um dos
membros do casal, apontaram que tanto os homens quanto as mulheres utilizam
predominantemente (M=14,43; M=14,48 respectivamente) a resolução positiva diante de
conflitos. Ao comparar os homens e as mulheres, foi possível identificar que os esposos adotam
mais a submissão (p=0,001) e as esposas optam pelo envolvimento no conflito (p<0,001). Em
ambos os sexos observou-se uma correlação positiva entre a submissão e a idade (r=0,123;
p=0,001 para homens e r=0,139; p<0,001 para mulheres). As mulheres da amostra que
trabalham fora de casa (p=0,010), assim como aquelas com maior nível de escolaridade
(p<0,001) demonstraram utilizar mais a resolução positiva nos conflitos com seu cônjuge. Em
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relação aos homens, uma maior escolaridade (p=0,001) e renda (p=0,002) apontaram um menor
uso da submissão. Não houve diferença nos estilos de resolução de conflitos utilizados pelos
indivíduos que já viveram outra relação conjugal e aqueles que estão na sua primeira união.
Também cabe destacar que homens e mulheres que já fizeram ou fazem psicoterapia
apresentaram maior envolvimento no conflito (p=0,015; p=0,044 respectivamente). Estes
resultados apontam para a importância da identificação dos estilos de resolução de conflitos
utilizados pelos membros do casal a fim de desenvolver estratégias que possam contribuir com
o manejo das divergências, promovendo a saúde conjugal. Palavras-chave: Conjugalidade;
Conflito conjugal; Estilos de resolução de conflitos; Conflict Resolution Style Inventory.
[21] GUEDES, Joelma A. (FADERGS); MORESCO, Franciane M. (FADERGS); ROBERT.
Gabriela. (FADERGS); SCHIMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Músicas brasileiras, o que elas
traduzem? Um olhar sob a ótica Winnicottiana. Introdução: Na teoria psicanalítica, as artes
são uma forma de sublimação e expressão dos desejos e impulsos, gerando assim, satisfação
libidinal. Donald Woods Winnicott, um teórico importante da Psicanálise, propõe em sua teoria
a importância do ambiente na formação do sujeito nos primeiros anos de vida, dando ênfase à
relação mãe-bebê: no início existe uma fusão, normal e necessária, da mãe com o bebê, e etapas
de frustração e gratificação que o bebê vai se percebendo como separado da mãe/ambiente e
seu self vai tomando um contorno definido. O sucesso desse processo ocorrerá se a
mãe/ambiente conseguir gratificar e frustrar o bebê em uma medida que ele possa suportar,
desenvolvendo confiança nos outros. Objetivos: Explicitar e compreender os conceitos da
teoria Winnicotiana existentes em expressões artísticas brasileiras, neste caso a música.
Método: Foi realizada uma análise de trechos das músicas das músicas Oito Anos da banda
Kid Abelha, Fico Assim sem Você da dupla Claudinho e Buchecha e Equalize da cantora Pitty;
bem como uma revisão bibliográfica para a explicação dos conceitos. Resultados: Na música
Oito Anos, pode-se perceber que a criança questiona a mãe sobre as coisas, ela demonstra sua
necessidade de entender o mundo, e a mãe deve proporcionar estas respostas. A teoria de
Winnicott aborda essa necessidade desde o nascimento, está se chama preocupação materna
primária. Observa-se o conceito de objeto subjetivo nas músicas Fico assim sem você e
Equalize, demonstrando que o bebê não existe sem o meio-ambiente (mãe), bem como os
conceitos de holding e handling, visto que é apresentada em alguns trechos esta necessidade de
ter estas funções bem estabelecidas. Por último, foi possível observar também na música
Equalize, o conceito de objeto transicional e a fase de dependência relativa, visto que na música
há a explicitação do desejo de transformar o objeto (você) numa canção. Conclusões: Através
da análise das músicas e do embasamento teórico, foi possível identificar a existência de
conceitos da teoria de Winnicott nas músicas brasileiras, e que a reflexão da comparação entre
teoria e arte como a música é bastante útil para o entendimento deste autor. Da mesma forma, é
possível perceber e evidenciar a importância da arte para a sublimação dos impulsos e da
elaboração das frustrações ocorridas nas fases de dependência absoluta e relativa, embora não
seja possível perceber se, para os autores das canções, se as fases foram atravessadas com
sucesso. Palavras-chave: Winnicott; Músicas; Dependência Absoluta; Dependência Relativa.
[22] HANNA, Silvia M. M.(FADERGS); LENCINA, Tiago (FADERGS); VIEGAS, Daiana S.
(FADERGS); BORGES, Tiago (FADERGS); VARGAS, Rodrigo A. (FADERGS);
SANCHES, Márcia O. (FADERGS). Estágio de enfermagem: relato de experiências do
primeiro grupo do Curso de Enfermagem da FADERGS. Introdução: A enfermagem
constitui-se em uma profissão fundamentada em bases científicas que visam assistir ao paciente em
todas as etapas de sua vida com base no aprendizado teórico-prático. Ao longo do tempo, observase que a história da enfermagem no mundo vem sendo reformulada na busca das melhores
evidências científicas que garantam a qualidade da assistência prestada ao paciente, nos mais
29
diversos graus de complexidade. Este trabalho surgiu das experiências do primeiro grupo de estágio
do curso de Enfermagem da FADERGS quando da realização de uma disciplina prática do curso,
que ocorreu em um hospital de grande porte de Porto Alegre/RS. As disciplinas práticas
compreendem a execução de procedimentos vinculados ao cotidiano dos enfermeiros. Inicialmente,
os alunos desempenham atividades de baixa complexidade e vão evoluindo em relação ao grau de
dificuldade. Toda a prática em saúde baseia-se em princípios de humanização e integralidade. Além
do desenvolvimento de habilidades manuais básicas, iniciamos a implementação das etapas do
processo de enfermagem no atendimento ao paciente, a elaboração do cuidado ao indivíduo, o
pensamento crítico para elaboração do diagnóstico, intervenções e avaliação dos resultados da
assistência de enfermagem. As Diretrizes curriculares Nacionais do curso superior de Enfermagem
apresentam a exigência da quantidade correspondente a 20% da carga horária do curso relacionada
a estágios práticos. Objetivo: Servir como apoio na preparação dos próximos colegas que irão
cursar a disciplina prática. Material e método: O relato das experiências descreve as vivências do
grupo. Relato: Nossa vivencia foi em uma instituição hospitalar de grande porte de Porto
Alegre/RS, totalizando 60 horas, em uma unidade de internação mista, com capacidade para 34
leitos de baixa e média complexidade, atendida por uma equipe composta por 01 enfermeiro, 05
técnicos e 01 secretária. Realizamos, com acompanhamento e supervisão, procedimentos de
avaliação, exame físico, higiene e conforto, punção venosa, curativos, coletas laboratoriais,
Eletrocardiograma, sondagem e evolução de enfermagem. Auxiliamos em procedimentos de
passagem de acesso central e punção intraóssea. Podemos desenvolver a abordagem de pacientes
com a visão do Enfermeiro, explorando informações e traçando parâmetros para o plano de
cuidados mais eficaz. Considerações finais: Apesar de todos os integrantes do grupo possuir
formação de Técnico de Enfermagem e desempenharem suas atividades na área, fomos
surpreendidos pela adversidade da execução de tarefas pertinentes ao Enfermeiro, fato que nos
acrescentou uma imensa bagagem de experiências que sem dúvida nos acompanharão no cotidiano
de formação e trabalho. A unidade com várias especialidades equipe de trabalho extremamente
acolhedora, procedimentos diversos e nossa vontade imensa de aprender e praticar novos
conhecimentos dividindo com todas as nossas experiências propiciou a mudança do olhar com
relação ao cuidado. O período de estagio foi muito produtivo e sem dúvida um excelente
embasamento para nosso futuro profissional, permitindo sentir as responsabilidades do ato de
cuidar como profissional graduado. Palavras-chave: Enfermagem; Estágio Enfermagem; Relato
experiências.
[23] KAPPKE, Desirée (FADERGS); LOMANDO, Eduardo (FADERGS). O impacto das
relações de gênero na carreira de mulheres. Enquanto sexo diz respeito ao fisiológico e pode
ser macho ou fêmea, gênero são os papeis atribuídos socialmente a cada sexo. Historicamente
esses papeis constituíram e vem constituindo relações hierárquicas entre homens e mulheres,
principalmente no âmbito do mercado de trabalho. Objetivo: Compreender a influência e a
repercussão dos papéis de gênero na carreira de mulheres que ocupam cargos de gestão.
Materiais e métodos: Revisar a literatura acadêmica de forma sistemática e por conveniência.
Resultados: Nota-se um processo de transição, que está promovendo mudanças no âmbito da
carreira de mulheres. Apesar de existirem barreiras para ascensão profissional e diferenciação
salarial, elas estão tendo maior acesso aos cargos de gestão. Porém, se deparam com descrenças
e ambiguidades sociais quanto ao seu potencial para exercê-lo. Foram presentes nas respostas a
representação da carreira de mulheres desde a infância, um direcionamento do acesso a
determinadas áreas/profissões, a problemática da carreira versus filhos/família e o sentimento
de culpa. Conclusões: Elas ainda se sentem vulneráveis ao assédio moral, são muitas vezes
colocadas em posição de inferioridade e de não aceitação como gestoras. Porém, têm adotado
mais estratégias participativas, valorativas e empreendedoras para lidar com essas questões de
gênero. Palavras-chave: Gênero; Gestão; Mulheres; Família
30
[24] KAPPKE, Desirée (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). O processo de
inclusão de jovens aprendizes com deficiência intelectual na prática. Existe uma crescente
mobilização no que se refere à inclusão social de pessoas com deficiência em níveis adequados
de acessibilidade nas organizações por isso, se faz necessário pensar nas políticas que
perpassam não só a contratação desse público, como também a processo de adaptação e
adequação do ambiente as necessidades das mesmas potencializando a efetividade da inserção
social e laboral. Objetivo: Realizar e implementar um projeto de intervenção com o intuito de
contribuir para uma maior adaptação e integração de Jovens Aprendizes com deficiência
intelectual na fase prática do curso a ser realizada em uma empresa de distribuição de
medicamentos, além estimular o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança deles para o
mercado de trabalho. Metodologia: Criação e aplicação de 13 etapas (reunião com os pais,
primeiro dia de aula, escolha de padrinhos e definição das áreas de prática, descrição das
atividades e levantamento de adaptações, práticas pedagógicas, conhecimento dos jovens,
reunião com professores, reunião com padrinhos, acompanhamento dos jovens, sensibilização e
preparação das equipes, aproximação entre padrinhos e jovens, visita ao CD, boas-vindas na
empresa. Resultados e conclusões: Através das ações realizadas foi possível estabelecer um
vinculo maior com os jovens, conhecendo as suas individualidades e potencialidades e
elaborando propostas de adaptação na praxis. Embora, o foco principal fosse voltado para o
âmbito profissional, sem dúvidas o estabelecimento de um novo papel social e o apoderamento
dos jovens a medida que provaram para si mesmos serem capazes de superar dificuldades e dar
conta de atividades que outras pessoas também realizam, colaborou para o desenvolvimento de
autoconfiança que perpassa a esfera laboral e atinge diferentes ambientes e papeis das vidas
desses jovens. Palavras-chave: Inclusão social; Acessibilidade; Organizações; Deficiência
intelectual.
[25] LOPES, Ana D. F. (FADERGS); CORREA, Andrea M. (FADERGS); LOPES, Clóvis da
R. (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Metas Internacionais para a
Segurança do Paciente: Identificação Correta dos Pacientes. Introdução: O cuidado com a
qualidade e segurança do paciente nas instituições de saúde se tornou uma preocupação em
âmbito global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004 criou a Aliança Mundial para
Segurança do Paciente, que propõem diretrizes e estratégias para disseminar os conhecimentos
e as soluções encontradas, sendo um mecanismo de prevenção a possíveis danos aos pacientes.
A Joint Commission International (2010) vem incentivando a adoção das Metas Internacionais
de Segurança do Paciente, como método para orientar as boas práticas visando à redução de
riscos e eventos adversos em serviços de saúde. As seis Metas Internacionais de Segurança do
Paciente são direcionadas para prevenir situações de erros de identificação de pacientes, falhas
de comunicação, erros de medicação, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções associadas
ao cuidado e quedas dos pacientes. Objetivo: Conscientizar os profissionais da área da saúde
quanto à identificação correta dos pacientes. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão
bibliográfica qualitativa, descritiva para embasar o relato de experiência da atuação do
profissional técnico de enfermagem e acadêmico do curso de graduação de enfermagem frente
à identificação dos pacientes. Resultados: A identificação dos pacientes é considerada
fundamental para o cuidado seguro e correto, a fim de garantir uma assistência de qualidade. A
identificação consiste na utilização de tecnologias, como pulseiras de identificação, realizar a
dupla checagem, confirmação do nome completo do paciente com o leito e até mesmo como o
paciente quando em condições de responder ou familiar responsável. Na prática muitos
profissionais não realizam a identificação dos pacientes de maneira correta, pois identificam o
paciente pelo número do quarto e leito, pelo procedimento, pelo nome do médico, gerando
insegurança para o atendimento. A maneira correta de identificação do paciente é: sempre
31
chamando pelo nome completo, conferir com o mesmo ou familiar, conferir número de
registro, nome da mãe, porém mesmo assim não podemos garantir total segurança ao paciente e
a assistência prestada, mas evitar eventos adversos ou erros. As causas mais frequentes de
eventos adversos são: administração de medicamentos, hemoderivados, exames, procedimentos
cirúrgicos e entrega de recém-nascidos. Devemos incentivar os pacientes, familiares e
cuidadores a participar ativamente do processo de identificação. Conclusão: A identificação do
paciente é uma das principais metas de segurança do paciente, pois é o início do processo
assistencial, sendo necessária atenção para que esse processo transcorra de maneira correta e
segura. A identificação do paciente deve ser trabalhada e estimulada entre os profissionais e
estudantes da área da saúde, a fim de modificar culturas impregnadas em identificar paciente
pelo número do quarto e leito, sempre reforçando a maneira correta e segura de identificação.
Palavras-chave: Segurança do paciente; Sistemas de identificação de pacientes; Organização
Mundial da Saúde.
[26] LUZ, Lucilene (FADERGS); RODRIGUEZ, Sandra S. (FADERGS). Relato de prática:
Organização de tempos e espaços na infância. Introdução: A partir das observações do
Estágio Integrador I, foi realizada análise institucional e criado um projeto de intervenção para
ser colocado em prática no Estágio Integrador II. A partir das demandas apresentadas pelo local
de estágio, a política pública denominada nessa capital como PIM PIA, que é um programa de
ação socioeducativa que realiza atendimentos a gestantes e crianças de até 6 anos em situação
de vulnerabilidade social, na qual realiza o atendimento na modalidade grupal da região
Cruzeiro no Posto de Saúde Vila dos Comerciários. O projeto de intervenção foi a criação de
um espaço de acolhimento e expressão para as crianças atendidas pelo programa, para que
essas tivessem um momento lúdico que pudessem brincar criar e se expressar. Baremblitt
(2002) entende a "análise da demanda" enquanto um deciframento que se faz do pedido de
intervenção, buscando ampliar a compreensão para além da solicitação ou queixa explicitada,
considerando os códigos e representações que abarcam e, ao mesmo tempo, transcendem as
queixas ou diagnósticos individuais. A ludicidade é importante para a infância, mas devemos
sempre pensar em nossa prática e no quanto estamos transformando esse tempo em algo lúdico
ou em mais um momento regulado pela escolarização. A partir deste olhar pensamos em
organizar em nosso espaço de trabalho uma brinquedoteca para as crianças terem um tempo e
espaço de expressão. Material e método: Organização de brinquedoteca no Posto de Saúde;
Objetivos: Humanizar a práxis do local com relação ao público infantil; Proporcionar um
espaço de expressão para o público infantil; Motivar as crianças em atendimento, tornando o
ambiente mais atrativo e lúdico; Estimular a relação dos pais com os filhos através do brincar;
Criar uma identidade infantil dentro do Posto de Saúde. Resultados: Após construção da
brinquedoteca observou-se maior desejo das crianças atendidas em participar das atividades.
Também foi observada uma otimização do tempo de trabalho, pois foi disposto um número
maior de brinquedos e materiais facilitando os momentos de atendimentos que eram muito
centrados na produção de brinquedos e jogos de sucatas. O espaço proporcionou um lugar de
expressão entre criança e família. Foi observado também um grande empenho da equipe de
trabalho na construção desse espaço, que produziu materiais para decoração, brinquedos e
jogos para serem utilizados na brinquedoteca. Conclusões: Sabemos através de teorias e
práticas a importância do brincar e as repercussões positivas no desenvolvimento da criança, a
partir desses saberes é possível concluir que em longo prazo, esse espaço, se preservado,
poderá trazer muitos ganhos psicossociais aos indivíduos em atendimento. Alguns países
investem em brinquedotecas em vários contextos sociais, mas principalmente em instituições
que trabalham na área da saúde infantil, por saberem dos impactos positivos que esse espaço
pode favorecer a criança em formação e os benefícios que isso pode trazer a saúde e ao
desenvolvimento da criança. Palavras-chave: Brinquedoteca; Lúdico; Criança.
32
[27] MARTINS, Larissa (FADERGS); FELIX, Lisiane (FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR,
Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente – O checklist da cirurgia segura. Introdução:
Estima-se que 234 milhões de procedimentos cirúrgicos sejam realizados pelo mundo a cada
ano, correspondendo uma cirurgia para cada 25 pessoas. Mesmo os procedimentos cirúrgicos
tendo em vista a ideia de salvar vidas, de proporcionar o bem estar e ao longo do tempo terem
ocorrido progressos importantes, os erros no processo da assistência cirúrgica ocorrem e podem
causar eventos adversos aos pacientes. Evento adverso é definido como algo que produz ou
pode produzir resultados inesperados ou indesejados. Pode ou não causar dano, assim como
contribuir para a morte, doença ou lesão séria do paciente. A assistência cirúrgica tem sido um
componente essencial da assistência em saúde por todo o mundo, pensando nisso a
Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs como desafio para a segurança do paciente a
utilização do checklist da cirurgia segura, documento que ajuda a equipe cirúrgica a reduzir as
ocorrências de danos ao paciente, tornando-os mais seguro. A aplicação do checklist da
cirurgia segura vem ao encontro da meta quatro da OMS que é: Assegurar cirurgias com local
de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto. O checklist consiste em
perguntas iniciais ao paciente ou ao responsável pelo mesmo, tais como identificação,
confirmação do paciente, médico e procedimento certo, proporcionando qualidade e segurança
no atendimento aos pacientes, profissionais e familiares. Objetivo: Refletir acerca da
segurança do paciente no centro cirúrgico através da aplicação do checklist da cirurgia segura.
Materiais e métodos: Relato de caso desenvolvido por duas acadêmicas de enfermagem no
segundo semestre de 2013, orientadas pelo enfermeiro do centro cirúrgico de um Hospital
Privado na cidade de Porto Alegre/RS. Resultados: Apoiada nas experiências acadêmicas e
profissionais percebe-se que a cirurgia é um fator de estresse, tanto para o paciente, como para
a equipe cirúrgica, no entanto se faz necessário que os profissionais tenham consciência que o
objetivo de seu trabalho é o bem estar do paciente, preocupando-se em detectar sinais de
ansiedade, estresse e outros fatores que interferem no andamento do ato cirúrgico,
corroborando para a aplicação do checklist da cirurgia segura e garantir maior segurança no
atendimento intraoperatório. Conclusão: Sendo o centro cirúrgico uma unidade de alta
complexidade, tecnologia e procedimentos que invadem a privacidade dos pacientes se faz
necessário a utilização do checklist da cirurgia segura a fim de garantir a realização de
procedimentos com maior segurança. Neste trabalho detectaram-se ainda mais a necessidade de
métodos de avaliação e critérios de segurança, seja ao paciente cirúrgico ao qual se destinou o
foco, mas também a todos os pacientes em âmbito hospitalar. A enfermagem não se baseia
apenas em cuidados de enfermagem, mas na atenção voltada ao paciente como um todo, seja na
parte burocrática como na assistencial, ambas trabalham juntas formando ao seu final um
excelente atendimento com segurança. Palavras-chave: Segurança do paciente; Centro
Cirúrgico Hospitalar; Organização Mundial da Saúde.
[28] MARQUES, Fabiane (FADERGS); BARREIRO, Liziane (FADERGS); PAIVA, Maria A.
(FADERGS); SANTOS, Maria E. P. dos (FADERGS); GOETTER, Nelson (FADERGS). Uma
reflexão sobre as dificuldades que os surdos vivenciam a partir do filme “Meu nome é
Jonas”. Introdução: A disciplina de Libras oportuniza ao Psicólogo compreender a língua de
sinais utilizada pelos surdos, fornecendo elementos para a inserção deste profissional neste
contexto, visando compreender a identidade e a cultura surda, bem como as suas dificuldades e
limitações. Objetivo: Apresentar, através da análise do filme Meu nome é Jonas, uma visão das
dificuldades vivenciadas pelos surdos e, também, despertar o interesse dos profissionais da área
da saúde a refletir sobre a importância de estudar esta cultura e a língua dos sinais, para
contribuir mais efetivamente no desenvolvimento cognitivo e social dos surdos. Materiais e
métodos: Filme dirigido por Richard Michaels e escrito por Michael Bortman, 1979. Trata da
33
história de uma criança que nasce surda e em consequência de um erro de diagnóstico, é
internada em um hospital como deficiente mental. Somente após a descoberta de sua surdez, é
que dá início uma longa caminha em busca de uma educação inclusiva e sem preconceitos.
Resultados: Percebe-se através do filme um cenário que remete a uma reflexão sobre a postura
dos profissionais da área da saúde, e com ênfase os Psicólogos, no atendimento de crianças
surdas. Fica explicito as dificuldades dos surdos de serem compreendidos na sua integralidade
pela falta de preparo destes profissionais, frente as suas próprias limitações no atendimento de
pacientes surdos, evidenciando as barreiras existentes pelo obstáculo da comunicação. O
diagnóstico incorreto apresentado pode ocasionar prejuízos para criança dentro da dinâmica
familiar, escolar e social, sendo um empecilho no seu reconhecimento como cidadã, ficando o
surdo a mercê do preconceito e discriminação. O processo de inserção retratado se deu a partir
da aquisição da linguagem dos sinais, utilizada como meio de comunicação e adaptação ao
meio social, facilitando a partir daí a inter-relação entre surdos e ouvintes. Conclusão: Com
base no filme, verifica-se que muitas crianças surdas, assim como o personagem, possuem pais
ouvintes e tem o primeiro contato com a língua dos sinais somente ao entrar na escola. Além
disso, muitas famílias de surdos resistem à língua de sinais o que dificulta a comunicação e
consequentemente o relacionamento familiar. Diferentemente do narrado no filme, atualmente
a língua de sinais é considerada a primeira língua dos surdos e o português a segunda. Esta
educação bilíngue proporciona melhores condições de compreensão e facilita o convívio social
na comunidade surda e entre ouvintes, conferindo-lhes uma identidade surda. A inclusão do
surdo se dá através de um acolhimento adequado por profissionais qualificados, que tenham um
olhar além da prática tecnicista, observando a integralidade do paciente. O conhecimento da
cultura surda e a aquisição da língua de sinais por parte do Psicólogo se fazem necessárias, pois
possibilita uma comunicação mais efetiva com o surdo e uma melhor reflexão sobre o seu
contexto social. Palavras-chave: Surdos; Inserção; Psicólogo.
[29] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). Uma família com questões de violência e a teoria
de modelagem de Bandura, uma hipótese sobre a transformação das relações. Introdução:
No trabalho “Qual a percepção das famílias” exposto no V Encontro Municipal do PIM PIA, os
autores trazem relatos de famílias atendidas pelo programa, este trabalho analisará o relato das
transformações das relações de violência de uma família atendida pelo programa sob a luz da
teoria de modelagem de Bandura. O programa PIM PIA (Primeira Infância Melhor Porto
Infância Alegre) é uma política pública de promoção de saúde que atende famílias em situação
de vulnerabilidade psicossocial em bairros específicos de Porto Alegre com objetivo de orientar
as famílias, respeitando sua cultura, para que promovam o desenvolvimento da criança desde a
gestação até os seis anos de idade de maneira integral. O atendimento é feito por estagiários de
ensino superior através de visitas domiciliares. Objetivo: Analisar as relações familiares de
uma família especifica sob a luz da teoria de modelagem de Bandura. Materiais e métodos: O
relato foi retirado do trabalho “Qual a percepção das famílias” dos autores Luciane Cardoso,
Franciane Moresco, Fernanda Camargo, et al. Para a análise foram utilizados conceitos de
Bandura retirados do livro Teoria Social Cognitiva: Conceitos Básico. Brasil: 1ª ed. Artmed,
2008. Resultados: O discurso da família traz o fato de que suas relações eram pautadas por
violência entre os familiares, e que essa relação se transformou durante os meses de
atendimentos do PIM PIA, analisando a forma que foi efetuada o atendimento e tomando como
base a teoria de modelagem de Bandura foi possível criar uma hipótese do porquê de tais
transformações ocorrerem. Conclusão: Após análise crítica do conteúdo do trabalho “Qual a
percepção das famílias”, analisado a luz da teoria de modelagem de Bandura é possível
concluir que o processo de transformação só aconteceu devido ao fato da cuidadora estar
motivada a transformar suas práticas com as crianças, e também ao fato do modelo apresentado
de interação entre o estagiário e a família ter permitido o vislumbre por parte da cuidadora da
34
família de outra forma de interação possível além da violência. Palavras-chave: Família;
Violência; Modelagem; Bandura.
[30] MEDEIROS, Régis C. (FADERGS). O risco de uma história única e as relações de
poder. Introdução: No vídeo “The Danger of a Single Story” a escritora Nigeriana
Chimimanda Adichie desfila perspicácia e bom humor ao alertar sobre os riscos de uma história
única, seu discurso perpassa muitos tópicos variados para explicar como encontrou sua
autêntica voz cultural como escritora. Em certo momento do vídeo a escritora afirma ser
impossível falar de uma história única sem falar de poder, e afirma ainda que em nosso mundo
político e econômico as histórias são definidas por relações que envolvem quem é maior que
quem, ou seja, relações de poder, a escritora conceitua a manifestação operacional de poder
como sendo a habilidade não só de contar uma história sobre outra pessoa, mas também de
fazer aquela a história definitiva da pessoa. Objetivo: o objetivo da resenha foi analisar o
fenômeno das histórias únicas à luz de conceitos da psicologia social (Poder e Dominação) e
institucional (instituinte e instituído). Materiais: Para definir o conceito de poder foi utilizada a
obra de Foucault “Microfísica do poder”, e para conceituar instituinte e instituído o Compêndio
de Análise Institucional de Baremblitt. Resultados: Após análise do discurso sob a luz dos
conceitos da psicologia social e institucional verificou-se que somos atravessados de conceitos
de pessoas e lugares que sequer não conhecemos pessoalmente, e que nossos conceitos sofrem
influência direta de histórias únicas propagadas como verdades absolutas. Conclusão: Concluise que refletir sobre conceitos aparentemente simples de forma mais profunda permita um olhar
mais crítico dos fenômenos que nos cercam, e consequentemente um menor risco de conclusões
limitadas e equivocadas. Palavras-chave: História única, Instituinte, Instituído, Relações de
poder.
[31] MORESCO, Franciane. M. (FADERGS); SALOMÃO, Carolina (FADERGS);
VANACOR, Eliandra E. (FADERGS); CHACON, Nancy M. (FADERGS). Observação a
partir do Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner. Introdução: A teoria de Bronfenbrenner
pertence ao paradigma ecológico, o qual passa a entender as pessoas como elementos de um
sistema, tendo como principal foco as interações e processos nele presentes. O modelo
bioecológico de Bronfenbrenner entende que os sujeitos se desenvolvem dentro de um
contexto, ao longo do tempo, com características próprias e em interação com pessoas, objetos
e símbolos. Ao desenvolver este modelo, Bronfenbrenner tinha como objetivo investigar o
desenvolvimento do ser humano mediante sua relação com o ambiente. Este modelo propõe
entender o desenvolvimento humano a partir de quatro fatores que estão inter-relacionados:
Processo, Pessoa, Contexto e Tempo. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo
apresentar os resultados de uma entrevista realizada com um imigrante da Venezuela, que saiu
de seu país para conhecer outras culturas, retornou para a Venezuela e atualmente vive no
Brasil, considerando o modelo bioecológico de Bronfenbrenner. Materiais e métodos: Estudo
qualitativo, em que foi realizada uma entrevista semiestruturada em Porto Alegre, com um
homem de origem venezuelana que trabalha com artesanato e vende nas ruas, que
denominaremos aqui por Carlos (nome fictício). Resultados: Como atributos da Pessoa, Carlos
apresenta disposições ativas instigadoras que são a criatividade, inovação e iniciativa que o
mesmo teve para viajar e trabalhar. Utiliza recursos como as experiências em outras culturas e
países e facilidade de interação com diferentes tipos de pessoas. Seu pensamento anticapitalista
e a vontade de conhecer as pessoas na sua essência apresentam uma demanda. O entrevistado
mantém relações interpessoais com clientes, amigos e família, caracterizando assim os
Processos que estabelece, pois geram influências significativas em sua vida. No Contexto, seus
microssistemas são formados pelo seu trabalho, amigos e família; o trabalho e a ajuda que
recebe de pessoas para garantir recursos econômicos e direcioná-los para sua família, formam o
35
seu mesossistema atual; seu exosistema é formado por relações que estabelece a distância com
sua família da Venezuela e o macrossistema é formado pelo capitalismo brasileiro interferindo
diretamente nos microssistemas. No item Tempo, observou-se as influências que as viagens que
teve ao longo da vida o influenciaram para seu estilo de vida alternativo; ao retornar à
Venezuela utilizou o artesanato para estabelecer relações e não apenas como fonte de renda e
por fim, o nascimento de seus filhos no Brasil marca uma busca por estabilidade financeira.
Conclusões: Os resultados mostraram que a pessoa entrevistada sofreu grandes influências do
macrossistema da Venezuela, bem como de seus microssistemas, visto que atualmente seu
estilo de vida e forma de pensar foi-se orientando para a busca de novos conhecimentos e
culturas e abrindo diferentes possibilidades de interação com outras pessoas e contextos. O
modelo teórico-metodológico abordado neste estudo foi de grande valia para o entendimento do
indivíduo e seu desenvolvimento, bem como favoreceu a compreensão dos dados, facilitando o
estudo do indivíduo em sua dinâmica contextual. Palavras-chave: Modelo bioecológico;
Bronfenbrenner; Desenvolvimento.
[32] MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SILVA, Luciane C. (FADERGS). A
importância do Grupo terapêutico: Relato de uma observação do Grupo Comedores
Compulsivos Anônimos. Introdução: O Grupo Comedores Compulsivos Anônimos (CCA) é
uma irmandade de pessoas que compartilham suas experiências e que buscam a recuperação da
compulsão, não é vinculado a nenhuma organização pública ou privada, movimento político,
ideologia ou doutrina religiosa, é autossustentável e não aceita doações externas. Para
participação no grupo, há o critério de ser comedor compulsivo. O principal objetivo do grupo
é dar apoio às pessoas que sofrem de compulsão alimentar, seguindo um método de 12 passos,
que são disponibilizados através de livros e discutidos nos encontros. Observou-se que o
embasamento de materiais utilizados pelo grupo é semelhante aos do grupo de Alcoólicos
Anônimos. Objetivo: Relacionar a teoria de psicologia dos grupos a partir da experiência de
observação do grupo CCA. Materiais e Métodos: Utilizou-se o método de observação nãoparticipante de um encontro do grupo realizado em 2013 bem como revisão bibliográfica.
Resultado: O encontro observado enquadra-se na modalidade de grupo terapêutico de
autoajuda, pois constitui-se de um grupo de pessoas com o mesmo diagnóstico e que estão em
busca de um objetivo comum: o controle da compulsão alimentar. Este tipo de grupo é formado
por pessoas que possuem necessidades comuns, é homogêneo e é liderado por pessoas
pertencentes à mesma categoria diagnóstica dos demais. O conceito de verticalidade foi
observado quando cada integrante do grupo relata suas experiências individuais: “minha mãe
sempre fala de como me visto mal” (sic). “Eu comia até sentir-me sem mais espaço” (sic).
Observou-se a horizontalidade quando todos abordam situações e problemas em comum: não
ter com quem falar sobre os problemas relacionados à compulsão, a importância do grupo
como uma rede de apoio, o evidente sofrimento relacionado à compulsão alimentar. Percebe-se
que todas as integrantes do grupo possuem lixo psíquico, e que se utilizam do ambiente grupal
como continente para que suas angústias possam ser despejadas e reutilizadas. A função
continente que o grupo exerce de conter e absorver angústias em relação à doença foi
observado nos depoimentos, que relatavam a importância que o grupo tem para os
participantes, pois fora do grupo não conseguem estabelecer relações que possam exteriorizar
suas angústias e sofrimento. No grupo, há melhor entendimento da patologia e das
consequências, visto que os integrantes se utilizam da mesma linguagem e compartilham
vivências semelhantes, facilitando assim, a adesão ao tratamento. Observar-se a partir dos
depoimentos que todas, de alguma forma, relatam as mesmas dificuldades, como de ter uma
rede de apoio fora do grupo, de falar sobre a doença, de vestir-se e de relacionar-se em
ambientes sociais. Conclusões: A observação possibilitou compreender o funcionamento de
um grupo terapêutico e sua importância para que os indivíduos possam assegurar sua saúde
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psíquica e física, visto que o grupo incentiva os tratamentos psicoterapêutico e físico. O grupo
CCA apresenta os fatores positivos de um grupo terapêutico, abordados por Zimerman e por
Osório, corroborando sua classificação. Palavras-chave: Grupos terapêuticos, Fenômenos
grupais.
[33] MORESCO, Franciane M. (FADERGS); SOARES, Aline (FADERGS); BARRETO,
Katyene (FADERGS); GUEDES, Joelma A. (FADERGS); GERHARD, Evandro (FADERGS);
MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenção de grupos na Psicologia do Esporte:
Revisão bibliográfica. Introdução: A Psicologia do Esporte é uma área específica de
conhecimentos da Psicologia em conjunto com a Educação Física, pois além de utilizar os
conhecimentos específicos da área da Psicologia, o psicólogo também utiliza conhecimentos
das áreas da Educação Física. É um campo de trabalho novo que teve sua regulamentação em
2000 e dentro desta área, encontram-se diversas abordagens psicológicas, como Psicanálise,
Cognitivismo, Psicodrama e Psicologia Social, esta última influenciou bastante a Psicologia do
Esporte, pois estuda o indivíduo como um ser concreto nas suas relações sociais. A Psicologia
do Esporte entende as equipes como um grupo social, que é influenciado por um macrossistema
social, onde o esporte coletivo envolve tanto interação social interna (entre a equipe), quanto
externa (relação pública). Objetivos: Apresentar uma revisão bibliográfica sobre a Psicologia
do Esporte e a forma de intervenção grupal no esporte, a partir de um artigo científico que
relata a experiência de uma profissional neste campo de atuação. Método: Foi realizada uma
revisão bibliográfica por conveniência, nas seguintes bases de dados: Biblioteca Digital
Brasileira de Teses e Dissertações e no site de revistas da Universidade PUCRS. O estudo
baseou-se na intervenção relatada no artigo Psicologia do Esporte e jovens tenistas: relato de
uma experiência, publicado na revista Psico, em maio de 2006, cujos autores são: Mariana
Hollweg e Marco Antônio Pereira Teixeira. Resultados: No estudo foi realizada uma
intervenção que se dividiu assim: Intervenção com atletas, dividindo-se num grupo de
adolescentes que eram de uma equipe que tem como objetivo as competições; e outro grupo
com outros integrantes que eram indicados pelos treinadores por questões relacionadas a
rendimento e assiduidade. Acompanhamento individual com atletas, que ocorria conforme
indicação dos treinadores e demanda, tendo como objetivo proporcionar um espaço de reflexão
e escuta, onde poderiam ser tratadas questões específicas da prática esportiva. Assessoria aos
treinadores, objetivando auxiliá-los a melhor compreender os comportamentos dos atletas e por
fim, entrevistas com os pais, com a finalidade de construir junto com os mesmos, alternativas
para os problemas encontrados. Os atletas beneficiaram-se da intervenção realizada no âmbito
esportivo e também na vida pessoal, pois ao trabalhar as dificuldades em lidar com as derrotas
e com o fracasso, podem criar estratégias de enfrentamento para outros contextos da vida.
Houve aprendizagem e sentimento de apoio em relação às dificuldades pessoais e esportivas.
Na assessoria, a relação do técnico com os atletas mostrou-se mais efetiva, beneficiando as
relações interpessoais e o desempenho atlético. Os treinadores sentiram-se apoiados e passaram
a questionar sua prática. Conclusões: Os autores puderam entender melhor a intervenção
grupal na Psicologia do Esporte, visto que não se trabalha somente com os atletas e sim com
todas as pessoas envolvidas no grupo (pais e treinadores). Além disto, constatou-se a
necessidade de publicações nesta área, visto que é uma disciplina atual, sendo regulamentada
recentemente. Palavras-chave: Intervenção grupal; Contexto esporte; Grupo de tenistas.
[34] NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SANTOS, Sidonal (FADERGS); GELLER,
Márcio (FADERGS); MAGALHÃES, Karine (FADERGS); EISERMANN, Nilza
(FADERGS). Duelo de Titãs: desafios da Intervenção Grupal. Introdução: Lançado no ano
de 2000, o filme Duelo de Titãs apresenta fatos reais ocorridos em 1971, em Alexandria nos
Estados Unidos. O enredo se dá em um contexto de tensões decorrentes de questões raciais, que
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aconteciam entre os jogadores de um time de futebol americano. Este trabalho apresenta uma
reflexão acerca desse filme, sob a perspectiva da análise grupal. Objetivos: Compreender a
intervenção que foi realizada pelo técnico do time, à luz dos pressupostos teóricos. Materiais e
métodos: A partir dos debates realizados na disciplina de Intervenções com Grupos, pesquisouse em bibliografia a fundamentação teórica sobre os conteúdos que emergiram da trama.
Resultados: Herman Boone foi designado a assumir a função de técnico do time de futebol da
Escola T.C. Willians. Em sua chegada, já haviam dois grupos formados: um por pessoas
brancas e outro por pessoas negras, ambos convivendo em um ambiente extremamente hostil.
Essa hostilidade atravessava os limites da escola e se originava de uma sociedade racista. Os
jogadores brancos ameaçaram boicotar suas participações no time em represália à indicação do
novo técnico. Frente a isso, Boone determinou a formação de duplas étnicas, inseparáveis, a
fim de promover a integração e troca de experiências entre os jogadores, e facilitar a
identificação minimizando os conflitos existentes. Nesse caso, as diferenças individuais podem
ser consideradas intrinsecamente desejáveis e valiosas, pois propiciam possibilidades de reagir
a qualquer situação problema e o conflito em si não é patológico nem destrutivo, funciona
como a raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. A comunicação entre a liderança e
jogadores era difusa, pois não era permitido aos jogadores opinar sobre as possíveis jogadas do
time. A comunicação entre os jogadores era imposta, e isso acirrava ainda mais os conflitos,
agravado pelas ordens e decisões ditadas pelo técnico. Superadas as diferenças entre os
jogadores, o relacionamento se tornou harmonioso e as energias foram canalizadas para as
tarefas do time. O processo decisório, os movimentos de comunicação e de relacionamentos
são os responsáveis pelo sucesso ou fracasso de um grupo ou equipe. Conclusões: Verificou-se
que para essa equipe, um grupo de reflexão poderia estimular um elo entre a liderança e os
jogadores do time. Tal grupo facilitaria a comunicação, o relacionamento e o processo de
decisões do time, podendo ser criados grupos de reflexões antes e após cada jogo, como forma
de avaliar os acertos e desacertos ocorridos. Além disso, as dinâmicas grupais são técnicas
úteis para se trabalhar o alivio das tensões e amenizar os conflitos gerados pelos sentimentos
ansiogênicos, que possam emergir durante e no decorrer das partidas. Dessa forma, pode-se
promover um espaço para a troca de sentimentos, de expectativas e de frustrações, buscando
com isso a mudança de comportamento, e como consequência a maior aproximação entre os
membros dos grupos enquanto uma equipe coesa. Palavras-chave: Duelo de Titãs; intervenção
grupal; comunicação.
[35] OLIVEIRA, Ana L. M. de (FADERGS); ARNOLD, Grasiela (FADERGS);
NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS); SCHMIDT Vládia Z. (FADERGS). Coraline e o
mundo secreto: Algumas características da criança em transição das fases pré-latência e
latência.Introdução: Os filmes estão se constituindo como importante recurso metodológico
para a compreensão e inquietação de determinados conceitos Psicanalíticos. Por meio do uso de
metáforas e imagens, a realidade vivida por crianças nas fases psicossexuais, podendo ser
demonstradas através de ficções e desenhos. A análise deste artigo será o filme “Coraline e o
mundo secreto”. Considera-se esse um filme rico que beneficia distintas “leituras” a respeito de
temas relacionados ao comportamento saudável nas fases psicossexuais, tendo em vista uma
série de situações vividas pela personagem Coraline. Objetivo: Intuito de contemplar algumas
características da fase de latência expressas no comportamento de Coraline. Metodologia:
Análise do filme sob a perspectiva dos conceitos psicanalíticos da pré-latência e latência, as
características esperadas neste período e a consolidação do superego. Resultados: Análise foi
feita através da relação com a maternagem, que no filme está presente no conflito que Coraline
vivencia entre o desejo idealizado de pais perfeitos (gratificam) e os reais (frustram). O filme
mostra que o brincar também é um meio utilizado pela criança para comunicar suas fantasias
inconscientes. O mundo de fantasia vivenciado pela personagem é a representação do
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egocentrismo e tal característica está presente na fase da pré-latência. No período de transição
da criança da pré-latência para a latência observa-se um deslizamento dos investimentos
libidinais, estes anteriormente remetidos a dupla parental, agora se reeditam em outras relações.
Também serve como uma estratégia usada por Coraline para lidar com os pais reais que não
atendem as suas necessidades egocêntricas, característica da pré-latência. Com isso aparecem
as características da fase de latência, na qual Coraline se encontra, onde o conteúdo é
rapidamente reprimido e substituído por acontecimentos mentais substitutos, o que inclui
fantasias minuciosamente detalhadas. O superego da menina é representado pelo gato preto
presente em diversas cenas. Desta forma, este auxilia a menina a discernir o que não pode
compreender, abrindo mão do prazer imediato e que surge em decorrência da introjeção das
defesas e exortações paternas na fase edipiana e, pelo resto da vida, sua essência inconsciente
permanece sendo as proibições dos desejos sexuais e agressivos do complexo edipiano.
Conclusão: Por meio da fantasia, Coraline encontrou escolhas mais apropriadas e adaptativas
para resolução de seus conflitos. No final do filme aparecem seus pais reais construindo um
jardim junto com os vizinhos e de forma subliminar aparece à imagem do rosto do gato
consolidando as questões superegóicas. Esse fato demonstra uma evolução saudável da
transição de Coraline entre as fases pré-latente e latente, gerando desta forma alívio das
ansiedades esperadas deste período. O tratamento de crianças nos atenta para compreensão
deste funcionamento da elaboração de fantasias inconscientes. A criança, por possuir um
aparato psíquico em via de organização além de uma natural imaturidade, está em processo da
constituição da simbolização, das sublimações e dos vínculos sociais. Palavras-chave: Fases
Psicossexuais; Latência; Pré-latência; Superego.
[36] OLIVEIRA, Juliana M. S. de (FADERGS); SCHÜSLER, Cristina (FADERGS); ROSA,
Simone B. da (FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. (FADERGS); OLIVEIRA, Ana L. M. de
(FADERGS). A integração da escola com as redes de apoio à criança e ao adolescente.
Introdução: No contexto das escolas municipais e estaduais, observa-se que a vulnerabilidade
está presente em todas as esferas, dos profissionais que atuam nas escolas aos estudantes. Além
das problemáticas decorrentes do ensino e aprendizagem este segmento se depara com
situações além dos muros da escola como a pobreza, marginalização, falta de recursos e
desmotivação de alunos, professores e funcionários. Muitas vezes, nos deparamos com fatos
quase insolúveis no que se refere ao cotidiano dito “normal” de um indivíduo. Objetivos: Neste
trabalho vamos falar da integração das redes de apoio com as políticas públicas de inclusão
escolar e como pode ser a atuação da psicologia escolar neste contexto. Materiais e Métodos:
Entrevista com profissional que atua em uma Escola Estadual na cidade de Porto Alegre/RS.
Resultados: Na realização deste trabalho conseguiu-se uma aproximação com a atividade
prática em psicologia escolar, fato que possibilitou dimensionar onde a psicologia pode atuar
dentro da escola. Conclusão: Mesmo que ainda sejam encontrados impasses, pode-se
operacionalizar a rede de cuidados e o desenvolvimento de ações que tornem a atuação do
psicólogo escolar mais produtiva e torne-se um instrumento útil para a organização do trabalho
na escola. Palavras-chave: Psicologia escolar; Políticas públicas; Redes de apoio;
Vulnerabilidade.
[37] PEIXOTO, Carine R. (FADERGS); MEDEIROS, Régis (FADERGS); SCHMIDT, Vládia
Z. (FADERGS). O processo de individuação do jovem na atualidade: um olhar
Winnicottiano. Introdução: A pesquisa exibida pela UNESCO (2006): “Juventudes,
juventude: o que une e o que separa”, aponta para alguns aspectos interessantes que se
relacionam com os postulados de Donald Winnicott, ao referir-se sobre os paradigmas que ele
contextualiza como a “mãe suficientemente boa” ou “mãe insuficientemente boa”, dentro das
perspectivas do comportamento da juventude contemporânea. Objetivo: Esse trabalho tem por
39
objetivo construir uma hipótese, através dos conceitos Winnicottiano, sobre como se daria este
processo de individuação dos jovens, conforme aponta os dados da pesquisa, visando
identificar algumas características neste contexto da relação mãe-bebê, para explicar o
fenômeno da saída tardia dos lares dos pais. Materiais e métodos: A metodologia utilizada
para realização deste trabalho foi identificada a partir dos conceitos vistos em aula, a qual se
propôs realizar-se a fundamentação teórica entre livros e artigos, como também a pesquisa
fundada pela UNESCO, para que assim, obtivessem dados que iria sustentar a hipótese
proposta. Resultados: A pesquisa exibe vários aspectos relevantes ao afirmar sobre o
comportamento dos jovens brasileiros, entre alguns dados é possível destacar que 49,3% dos
jovens sempre moraram com os pais, sendo que 25,5% daqueles que moraram algum período
fora, acabaram retornando para a casa dos pais. Hoje em dia, percebe-se que as famílias vêm
sendo construídas por novos moldes, por cuidados diferenciados, valorizando a superproteção e
mimos para seus filhos, em contra ponto as famílias de outras épocas. Conclusões: A pesquisa
nos sugere a pensar, como Winnicott evidencia em sua teoria que a “mãe suficientemente boa”,
comente falhas corriqueiras, entretanto não mais que o bebê possa suportar, enquanto que a
“mãe insuficientemente boa” seria aquela ora incapaz de atender as demandas do bebê ora
supri-las em excesso, e que isto resultaria em uma falta ou excesso de respostas às necessidades
impostas pelo bebê. No caso de um excesso de cuidados, que inundariam o bebê com aquilo
que não lhe é tão genuinamente necessário, o resultado produzido poderia ser futuramente, uma
intolerância a frustração, bem como a substituição do gesto espontâneo do bebê pelos gestos
produzido a partir da necessidade da mãe. Sob este prisma é possível levantar a hipótese para
este acontecimento dos jovens continuarem vivendo na casa de seus pais, devido à
superproteção imposta pela dupla parental, a qual desencorajaria o jovem a vivenciar suas
próprias experiências. Estes cuidados exagerados poderiam estar bloqueando o
desenvolvimento da autoconfiança produzido, conforme Winnicott sugere a partir do não
reconhecimento da necessidade espontânea. Assim, como também os dados que aponta que os
filhos que retornaram a casa dos pais, não conseguiram se adaptar as experiências que os
frustraram, possivelmente por não estarem acostumados a experiências frustrantes. Palavraschave: Juventude; Pais; Superproteção; Winnicott.
[38] PEREZ, Tatiana S. (FADERGS); GONÇALVES, Juliana G. (PUCRS); AQUINO,
Thayane (PUCRS); CANDIDO, Lucia. Orientação Profissional na escola: relato de
experiência de estágio. O trabalho de orientação profissional abrange um processo de
avaliação envolvendo diversas atividades com o intuito de, juntas, auxiliar o orientando na
escolha de sua profissão. Com o objetivo de auxiliar seus alunos próximos ao momento de
decisão da profissão, o Colégio João Paulo I oferece em sua grade curricular um espaço para o
trabalho de Orientação Profissional para os alunos do 2º ano do Ensino Médio. No ano de 2013
fizeram parte do processo as seguintes atividades: recorte e colagem; autobiografia; aplicação
da Avaliação de Interesses Profissionais (AIP), Genoprofissiograma, aplicação do Questionário
de Avaliação Tipológica (QUATI), dinâmica de grupo e atividade sobre valores. Para estruturar
os períodos disponíveis (divididos com o laboratório) cada uma das três turmas, com média de
33 alunos, foi dividida em dois grupos e cada estagiária assumiu a responsabilidade por uma
turma. Ao todo foram realizados sete encontros de orientação e reservados um encontro para
avaliação das atividades, cinco encontros para devolução, sendo que durante esses cinco
encontros com a turma que ficava em sala de aula era realizada alguma atividade lúdica com
temática na escolha profissional (como stop, imagem e ação, quem sou eu e projeto de vida)
pelas estagiárias que não estavam realizando a devolução daquela turma, e um último encontro
para despedida (onde os alunos sugeriram a realização de um amigo secreto). Os resultados do
processo de orientação profissional são apresentados de maneira individual a cada aluno em sua
devolução, porém, a realização das atividades foi bastante produtiva e mostrou ser de grande
40
utilidade para o autoconhecimento e reflexão dos alunos frente esse momento de escolhas,
tendo sido avaliado pelos alunos de forma geral como “muito bom”. Para as estagiárias, por sua
vez, a realização da orientação profissional foi uma experiência enriquecedora dentro das
possibilidades da Psicologia Escolar. Assim, apesar dos alunos estarem ainda no 2º ano do
Ensino Médio e terem, em média, 16 anos, ainda novos para a decisão definitiva de seu futuro
profissional, o processo de orientação disponibilizado pelo colégio permite a reflexão e
contribui para a diminuição das angústias em um momento em que os jovens se sentem
pressionados. Palavras-chave: Psicologia Escolar; Orientação Profissional; Estágio.
[39] PORTELA, Valéria L. (FADERGS); SILVA, Mariana C. da (FADERGS). Observações
sobre o desenvolvimento infantil: uma abordagem Piagetiana. Este trabalho consiste na
observação de uma criança de três anos, chamada Helena (nome fictício), realizado 12 de junho
de 2013, no apartamento da família, em Porto Alegre, com duração de duas horas e meia.
Objetivou-se compreender as características dos estágios do desenvolvimento infantil segundo
Piaget. Em segundo plano, observamos aspectos referentes ao desenvolvimento da linguagem e
a forma de apego na idade pré-escolar. Identificamos características que compõem os estágios
sensório-motor e pré-operatório, linguagem e teoria do apego seguro. A criança manifestou
enquanto brincava de pintar numa folha uma habilidade motora fina correspondente ao Estágio
de Desenvolvimento Motor. Também atribui vida ao seu bicho de pelúcia comum ao Estágio
pré-operatório/Animismo. Ela cantarola músicas aprendidas na escola, dominando sentenças
complexas, comuns ao período da linguagem pré-escolar. Helena não temeu a ausência da sua
mãe do ambiente, pois, deposita nela um apego seguro. Mas, também se sente segura na
presença de estranhos, logo, continuava a conversar e buscar atenção. Não obstante, Helena
demonstrou um comportamento típico de crianças em idade pré-escolar cujo desenvolvimento
não apresenta nenhum comprometimento. Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Estágios
do Desenvolvimento; Piaget; Idade pré-escolar.
[40] RIBEIRO, Rosiane (FADERGS); SANT’ANNA, Adriana (FADERGS); ZEN, Keslei
(FADERGS). Microdermoabrasão: A utilização do peeling de diamante em tratamentos
faciais. Introdução: A microdermoabrasão, através do peeling de diamante, é a técnica
utilizada por médico dermatologista, fisioterapeuta dermato-funcional e esteticista, a qual
promove a renovação celular, estimulando a produção de colágeno e elastina a partir de um
processo de esfoliação progressiva e superficial do estrato córneo. É um procedimento não
invasivo, de rápida recuperação e que pode ser utilizado em peles jovens e maduras, sendo
indicado para todos os tipos de pele. O tratamento facial, através do peeling de diamante, é
aplicado por meio de uma manopla em forma de caneta com ponteiras diamantadas de
granulometrias diferentes, com pressão negativa, a qual pode ser ajustada no aparelho, a pele é
suavemente sugada pela manopla e a esfoliação é efetuada pela ponteira diamantada em contato
com a pele, através dos movimentos realizados pelo profissional. Antes da aplicação da
microdermoabrasão a pele do cliente, deve estar totalmente íntegra, livre de oleosidade. Os
poucos estudos desenvolvidos evidenciam que são necessárias de 5 a 10 sessões com intervalos
semanais, quinzenais ou até mensais que variam de acordo com a indicação e avaliação do
profissional. Objetivo: Relatar a técnica de microdermoabrasão, através do peeling de
diamante, em tratamentos faciais. Metodologia: Através de revisão bibliográfica, foi observada
a utilização da microdermoabrasão nas imperfeições cutâneas faciais, a identificação dessas
imperfeições, as contraindicações que impedem a utilização desta técnica e seus benefícios para
os tratamentos faciais. Resultados: Os benefícios gerados pela técnica de microdermoabrasão,
através do peeling de diamante, são vários, dentre eles: a melhora imediata do tônus da pele,
sua textura e pigmentação. Podendo também, ser combinado com outros procedimentos de
remodelamento de superfície de pele ou esfoliações químicas. O procedimento é indicado para
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diversos tipos de imperfeições cutâneas faciais, tais como: linhas de expressão, rugas finas,
sequelas de acne, cicatrizes, discromias, poros dilatados, e peles lipídicas. Existem poucos
casos de contraindicação, dentre eles é importante relatar: rosácea, telangiectasia, impetigo,
verrugas planas, herpes simplex e a utilização ativa de isotretinoína. Conclusão: Constatou-se a
carência de material e estudos científicos em relação à aplicabilidade e resultados na
microdermoabrasão utilizando o peeling de diamante. Os estudos analisados consideram o
procedimento seguro e não invasivo, podendo ser utilizado em qualquer tipo de pele. Ainda,
pode-se observar como resultados em relação aos benefícios da microdermoabrasão: a melhora
da textura da pele facial, atenuação de cicatrizes e manchas, melhora da aparência da pele
tratada com a diminuição da oleosidade e dos óstios dilatados, e a estimulação natural do
colágeno atenuando rugas e linhas de expressão. Contudo, pode-se evidenciar também, a
melhora da autoestima dos clientes, que buscam nos tratamentos faciais resultados positivos
não meramente de caráter estético, mas também social e psicológico. Palavras-chave:
Microdermoabrasão; Peeling de diamante; Remodelamento da pele; Tratamentos faciais.
[41] RIBEIRO, Vera (FADERGS); GALIANO, Pietra (FADERGS); PEREIRA, Gisele
(FADERGS); SLOMKA, Luciane (FADERGS); STELZER, Julia (FADERGS). Frida Kahlo –
da dor a sublimação. Introdução: O presente resumo traz recortes da vida e da obra de Frida
Kahlo. Objetivo: Construir a reflexão desta história, marcada pela dor e pela arte, através dos
conceitos de Sigmund Freud: pulsão e sublimação. O estilo eclético de Frida refletiu-se em suas
vestimentas, na textura e criatividade, que se estendeu do seu ser a sua arte. Materiais e
métodos: Para a realização deste trabalho foi realizada análise da produção de Frida Kahlo e da
Teoria de Freud, através de revisão bibliográfica. Nascida no México, em 1907, Magdalena
Carmen Frieda Kahlo, teve a vida marcada pelas tragédias e superações. Aos seis anos de
idade, Frida contraiu poliomielite, o que a deixou com uma lesão no pé direito; Aos dezoito
anos, sofreu um grave acidente, o bonde em que seguia colidiu com um trem, deixando-a meses
entre a vida e a morte. Foi durante a recuperação que Frida passou a pintar. A mãe colocou-lhe
um espelho sobre a cama e um cavalete adaptado, para que assim pudesse pintar deitada. Frida
fez então, seu primeiro autorretrato. Como consequência do acidente restaram fortes dores, uso
de coletes ortopédicos, e um acervo de obras extremamente expressivas. Nos anos que
seguiram, Frida sofreu três abortos, ficando extremamente abalada pela impossibilidade de
levar adiante uma gravidez. Aos 28 anos, Frida teve os dedos do pé direito amputados, e o
marido passa a traí-la com sua irmã, com quem vem a ter seis filhos. Frida referia: “Pinto a
mim mesma, porque sou sozinha e sou o assunto que conheço melhor”. “Sofri dois grandes
acidentes na minha vida: um foi no bonde e o outro Diego” Resultados: A sublimação nada
mais é que um meio de transformar e elevar a força das energias sexuais, convertendo-as numa
força positiva e criadora. Assim, a pulsão é sublimada quando sua força é desviada de sua
finalidade primária, de obter satisfação sexual, e é colocada a serviço de uma finalidade social,
seja ela artística, intelectual ou moral. No processo de sublimação também pode se requer a
intervenção do eu narcísico, que dependera de uma operação intermediária, que visa aliviar a
libido do objeto sexual que retornara a si mesmo e que se destinará a um novo alvo, não-sexual.
É realmente o narcisismo da artista que condiciona e favorece a atividade criadora de sua
pulsão sublimada. Conclusão: Observa-se na história de Frida Kahlo que foi justamente a arte
que assumiu a figura do ideal do eu, incitando-a a desfrutar dos prazeres das telas e tintas,
sendo esse o modo que Frida encontrou para compensar todo o sofrimento causado pelo
acidente. Percebe-se que Frida adquiriu uma espécie de compulsão pela pintura, na medida em
que expressava na arte, os seus sentimentos. Também observamos que a finalidade de suas
obras não era apenas retratar imagens e formas que impressionavam socialmente, mas
simbolizar conteúdos da sua psique. Palavras-chave: Frida Kahlo; Sublimação; Pulsão; Obra.
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[42] ROBERT, Gabriela. (FADERGS). Resenha analisando os estereótipos na mídia a
partir de palestra da escritora Chimamanda Adichie. Introdução: Em palestra feita pela
escritora Chimamanda Adichie a frase que mais marca sua palestra é a seguinte, em tradução
livre: uma história única cria estereótipos e os problemas com os estereótipos não é que eles
sejam falsos, mas sim que eles são incompletos. A escritora frisa a importância de não
sabermos somente uma versão de cada história, pois assim como ela compartilha na palestra,
acabamos generalizando e criando estereótipos que se encaixam em padrões. Objetivos:
Demonstrar, através de pesquisa bibliográfica como a mídia utiliza generalizações e
estereótipos de gênero para minimizar o papel político de mulheres em carreiras de sucesso.
Materiais e Método: A resenha foi feita a partir do vídeo da palestra intitulada “o perigo de
uma única história” feita pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie. Também foram
utilizadas notícias da revista Veja e um artigo da autora Flávia Biroli intitulado: Gênero e
política no noticiário das revistas semanais brasileiras: ausências e estereótipos. Resultados:
Através dos materiais pesquisados foi possível perceber o uso de estereótipos na mídia
brasileira. Os estereótipos de gênero são utilizados para definir as mulheres da política
brasileira não como políticas, mas sim como mulheres que se vestem mal, ou que são bonitas e
por isso tem atenção. Conclusão: Os estereótipos não merecem espaço no jornalismo, já que
este deveria servir a informação de fatos e não naturalização de generalizações prejudiciais à
concretização da igualdade. Palavras-chave: Estereótipos; Gênero; Política.
[43] ROCHA, Rogéria (FADERGS); CASTRO, Carolina de (FADERGS); NUNES, Daziele
(FADERGS); OLIVEIRA JUNIOR, Nery J. (FADERGS). Segurança do paciente: uma
revisão de literatura. Introdução: Desde o século XIX a inscrição em latim “Primum non
nocere” traduzida como “Primeiramente, não cause dano”, tem a segurança do paciente como
prioridade e é um dos critérios básicos para alcançar a qualidade assistencial dentro dos
hospitais. Essa preocupação afeta os doentes e seus familiares que desejam sentirem-se
confiantes e seguros, acreditando que a equipe de saúde tem como “missão” principal à
prestação de cuidados com excelência. O tema Segurança do Paciente tem o propósito de
monitorar e prever danos assistenciais que venham prejudicar o tratamento do paciente durante
a sua internação, bem como procedimentos ambulatoriais, pois todos os pacientes estão
vulneráveis dentro de instituições de saúde, seja ela pública ou privada. Objetivos:
Conscientizar os profissionais da saúde sobre a importância de se realizar um atendimento
seguro desde a admissão até a alta hospitalar dos pacientes nas instituições de saúde. Materiais
e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa, descritiva. A coleta de dados foi
realizada nas bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO), por meio de
leitura exploratória de resumos e títulos, onde foi verificada a relevância das obras em relação à
segurança do paciente. Como critérios de inclusão, foram utilizados artigos científicos
publicados no Brasil na língua portuguesa, no espaço de tempo compreendido entre 2010 a
2013, preferencialmente. Os critérios de exclusão foram formados por artigos científicos não
disponibilizados na íntegra, em língua estrangeira, e materiais que não correspondem à temática
de estudo. A coleta nos bancos de dados foi realizada entre os meses de agosto e setembro de
2013, por meio da palavra-chave: segurança do paciente. Resultados: Após a busca nos bancos
de dados, obteve-se um total de 31 trabalhos científicos, que foram filtrados mediante leitura
preliminar de títulos e resumos, onde foi possível descartar 13 obras irrelevantes ao estudo; em
seguida, iniciou-se a leitura crítica dos trabalhos científicos restantes, resultando em 18 obras
relevantes a pesquisa. Após a leitura crítica das fontes relevantes e a realização de fichamento
delas, os textos obtidos foram tabulados, analisados e interpretados, visando explicar o objetivo
de pesquisa e transcrevê-los em forma de resultados. Conclusão: Observou-se a partir das
obras relevantes pesquisadas que a preocupação com a segurança do paciente é um tema que
vem crescendo entre os pesquisadores do mundo todo. Embora a revelação do erro seja
43
preconizada na forma de justificativas, esta ação não é realizada de forma frequente nas
unidades de saúde. Estratégias devem ser implementadas para melhorias na qualidade da
assistência ao paciente a partir da educação dos profissionais e administração da segurança em
suas rotinas de trabalho, tornando o comprometimento com tais ações o passo principal para o
alinhamento do atendimento seguro e com qualidade. Palavras-chave: Segurança do Paciente;
Qualidade da assistência à saúde; Assistência ao paciente.
[44] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). Luto:
normal ou patológico? Introdução: O luto pode ser definido como um conjunto de reações
diante de uma perda, portanto algo a não ser desprezado, e sim, devidamente valorizado e
acompanhado, como parte da saúde emocional. A dor de uma perda faz com que criemos
maneiras para nos defendermos contra o investimento emocional de tal sofrimento. O luto
normal envolve um conjunto de sentimentos e comportamentos que são comuns após uma
perda. Geralmente a recuperação de um luto é lenta e gradual, e o sobrevivente tem um papel
ativo nesse processo. Isso porque ele tem que efetuar determinadas tarefas, que permitirão a
partida do ente querido para que se consiga seguir em frente. Quando estas tarefas não são
efetuadas, pode acontecer de o sujeito atravessar o limite que separa o luto normal do
patológico. Objetivo: Promover a reflexão sobre o processo de luto no entendimento de
normalidade e patologia. Metodologia: Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em
artigos científicos. Resultados: A adaptação à perda envolve quatro tarefas básicas: a aceitação
da realidade da perda, trabalhar a dor advinda desse fato, o reajustamento a um ambiente em
que o falecido está ausente e a transferência emocional dessa pessoa para conseguir dar
seguimento à vida. Conclusões: Apesar de o luto fazer parte do processo vital do ser humano, é
um assunto ainda difícil de ser abordado, possivelmente por ser permeado de subjetividade e de
tabus. Um luto inesperado pode desencadear diversos sintomas psicológicos, tais como os de
depressão e de estresse. É importante que o profissional da área da saúde atente para a
intensidade e permanência desses sintomas. Não há como precisar o limite entre o normal e o
patológico, mas deve-se compreender o quanto esses sintomas resultam em prejuízos na vida
do sujeito. Palavras-chave: Luto; Normal e Patológico; Saúde.
[45] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS). O
Acompanhamento Terapêutico como dispositivo Interdisciplinar. Introdução: O
acompanhamento terapêutico é uma prática na área da saúde que surgiu como uma necessidade
clínica para pacientes cujas terapêuticas mostravam-se insuficientes para o tratamento em saúde
mental. A principal característica desse trabalho é que ele não se restringe ao espaço físico de
um determinado estabelecimento e nem a determinados campos do saber. Suas possibilidades
de intervenção são vastas, e no campo da saúde pode ser utilizada tanto como um programa
terapêutico quanto como uma estratégia de intervenção. Dentre as funções do Acompanhante
Terapêutico (AT), destacam-se: ofertar-se como modelo de identificação ao paciente, o
trabalho em um nível vivencial e não interpretativo, servir-se de “ego auxiliar”, perceber,
reforçar e desenvolver a capacidade criativa do paciente, informar sobre o mundo objetivo do
paciente, atuar como agente ressocializador e servir como catalisador das relações familiares.
Objetivos: Apresentar a relevância do trabalho do AT, como dispositivo clínico para
estudantes e profissionais que atuam na área da saúde mental. Materiais e métodos: Para isso,
foram investigados artigos no banco de dados Scielo, utilizando como descritor os termos
“acompanhamento terapêutico”. Resultados: Um estudo realizado com psicólogos e
psiquiatras da cidade de Porto Alegre, que trabalhavam junto a uma equipe interdisciplinar,
revelou que os principais fatores que os levam a indicar o acompanhamento terapêutico ao
paciente envolvem a incapacidade funcional do paciente, as dificuldades da família, as classes
diagnósticas, a internação psiquiátrica, a adesão ao tratamento, o déficit no comportamento
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social e os limites da psicoterapia. Considerações finais: Os estudantes e profissionais da
saúde devem conhecer o trabalho e papel do AT tanto nos casos em que o paciente possui essa
rede de apoio quanto nos casos em que não possui. Na primeira situação, a importância se dá
para a facilitação do diálogo entre profissionais, de forma a garantir o atendimento integral, tal
como preconiza a interdisciplinaridade. Já no segundo caso, para que se possa identificar
quando esse dispositivo é necessário, e dessa forma encaminhar o paciente a esse profissional.
Sendo assim, o AT pode atuar como dispositivo clínico em diversas situações, principalmente
na complementação do tratamento, na reinserção social do paciente, no suporte à família e na
atuação fora dos serviços de saúde. Palavras-chave: Acompanhamento Terapêutico, Saúde
Mental, Interdisciplinaridade.
[46] RODRIGUES, Renata E. (FADERGS); NAVARRETE, Samantha S. (FADERGS);
LUHRING, Guinter. Utilização da orientação de pessoas como dispositivo no processo de
Análise Institucional. Introdução: Fundada há sete anos, a Associação de Amparo Social e
Científico SOS Rim desempenha diversas atividades em benefício da população. Essas, em sua
maioria, são voltadas para a saúde e em outra parte compostas por atuações nas áreas jurídicas,
administrativas e de comunicação. Todas as segmentações visam à melhora do bem estar e
qualidade de vida dos seus associados. Para isso, a entidade conta com o apoio de voluntários e
de estagiários de psicologia. Para auxiliar no suprimento da vasta demanda local, a Associação
recebeu quatro novas estagiárias no primeiro semestre de 2013. Diante disso, verificou-se a
necessidade de um dispositivo de acolhimento e de orientação às novas integrantes da SOS
Rim. Objetivo: O dispositivo de orientação (ou familiarização) de pessoas teve como objetivo
recepcionar as novas estagiárias, proporcionando a familiarização com os diversos aspectos da
organização, orientando-as também acerca das práticas psi que já foram desenvolvidas, e do
possível campo de atuação. Acreditava-se que através da orientação as estagiárias estariam
mais bem informadas quanto aos processos institucionais, facilitando a percepção sobre o que
poderá ser criado, modificado ou melhorado no estabelecimento. Metodologia: A perspectiva
de intervenção para esse projeto teve como apoio a Análise Institucional, que ocorreu no
período de julho de 2012 a junho de 2013. Os recursos escolhidos para colocar esse dispositivo
em prática foram os slides para apresentação em data show e posteriormente a disponibilização
desse material para as estagiárias. Resultados: A familiarização iniciou-se com uma dinâmica
de apresentação na qual as estagiárias apresentaram-se e falaram o semestre em que se
encontram na graduação. Nessa apresentação também se oportunizou um espaço para que as
estagiárias compartilhassem suas experiências anteriores e suas expectativas em relação ao
estágio na SOS Rim. Posteriormente foram prestados às novas colaboradoras os seguintes
esclarecimentos: informação geral sobre a rotina diária de trabalho; um exame da história,
propósito, operações e produtos ou serviços da organização e sobre como o trabalho delas
contribuirá para as necessidades da organização; e uma apresentação das políticas, regras de
trabalho e benefícios para os empregados da organização. Ainda no mesmo encontro, foram
explicitadas as práticas psi que já haviam sido desenvolvidas no local e o possível campo de
intervenção. Conclusões: Além de facilitar a percepção sobre o que poderá ser criado,
modificado ou melhorado no estabelecimento, esse dispositivo também proporcionou que as
estagiárias se situassem sobre os seus papéis na organização, além de favorecer a troca de
ideias entre a psicologia. Isso foi promovido através da prestação de informações básicas para
que as estagiárias ingressantes conseguissem ter uma melhor visualização do campo de
intervenção. Palavras-chave: Análise Institucional, Orientação de pessoas, SOS Rim.
[47] ROSA, Simone B. de (FADERGS); CAMPOS, Scharlise T. M. de (FADERGS);
KRIEGER, Sabrina G. de (UNISINOS); GOMES, Grace A. de (APORTA-RS);
DANNENHAUER, Daniela N. de (APORTA-RS); LOPES, Maria I. de (APORTA-RS).
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Recursos Terapêuticos no tratamento da Ansiedade. Introdução: A Associação dos
Amigos, Familiares e Portadores de Transtornos de Ansiedade (APORTA-RS) oferece trabalho
com grupos, sendo uma terapêutica de ajuda no tratamento e prevenção dos sintomas e
transtornos de ansiedade. Sendo assim, reconhecida pela comunidade, profissionais e pacientes
em seu trabalho nos cuidados com a saúde mental. A proposta do presente trabalho é apresentar
como funciona um dos grupos que é ofertado pela APORTA-RS. O grupo escolhido é o Grupo
Recursos Terapêuticos. Seu método de trabalho ocorre através de técnicas de recursos
terapêuticos, tais como: fala, biodança, exercícios de relaxamento corporal, respiração e
meditação. Objetivos: Apresentar o Grupo Recursos Terapêuticos, o qual é oferecido pela
APORTA-RS. Como objetivo específico, o intuito do presente trabalho baseia-se em evidenciar
qual é o papel do grupo no auxílio aos pacientes participantes. Ainda, identificar qual dos
recursos terapêuticos se revela como mais eficaz no ponto de vista do paciente para a
prevenção e enfrentamento da ansiedade. Métodos e materiais: Através de observação e escuta
de relatos e ainda resultados coletados por meio de questionário estruturado. Resultados: Notase que as técnicas de recursos terapêuticos são ferramentas bem aceitas e muito eficazes em
momentos de prevenção, controle e enfrentamento de crises de ansiedade. Assim, propiciando
ao paciente um maior equilíbrio emocional. Verificou-se que os exercícios de respiração e
alongamento foram os mais destacados. Por certo, o fortalecimento semanal, bem como a
permanência no tratamento em grupo é o que incentiva e estimula os pacientes a estarem
praticando tais técnicas. Conclusões: Observou-se que as técnicas são importantes
instrumentos que capacitam o paciente no enfrentamento dos sintomas e dos transtornos de
ansiedade. Como é no grupo que acontece o fortalecimento para que a utilização dos recursos
aconteça, há a necessidade de que os profissionais estejam atentos, a fim de garantir o constante
desenvolvimento do manejo da ansiedade. Os benefícios oferecidos pelas técnicas de recursos
terapêuticos acontecem através das trocas de experiências no grupo. Desta forma, a APORTARS cumpre com seu papel primordial, que é o de prevenir e preservar a saúde mental, como
melhorar a qualidade de vida dos portadores de transtornos e sintomas desagradáveis da
ansiedade. Palavras-chave: Transtornos de Ansiedade; Recursos Terapêuticos; Grupos.
[48] ROSA, Simone B. de (FADERGS); LUZ, Lucilene S. de (FADERGS); RAVAZZOLO,
Ana C. de (PIM-PIA). Reflexões da prática psicopatológica em uma política pública de
atenção à primeira infância. Introdução: A realização dos primeiros estágios em psicologia,
o básico em psicopatologia, exigidos no curso, em uma política pública que atende
comunidades em vulnerabilidade socioeconômica e cultural, conhecida nesta capital como
Primeira Infância Melhor- Porto Infância Alegre (PIM PIA). Durante o estágio as principais
atividades foram atendimentos a famílias com gestantes e crianças de zero até seis anos nas
modalidades grupal e individual. Objetivos: Conhecer o campo de atuação profissional e seus
desafios contemporâneos, de forma ampla e contextualizada, através da ação transdisciplinar
em uma política pública. Exercitar e ampliar o olhar da psicologia percebendo que em ações de
saúde mental há uma constante comunicação com a psicologia descritiva levando a
compreensão ética fenômenos sociais e psicopatológicos, integrando e aplicando
conhecimentos técnicos. Materiais e métodos: Estágio Básico em Psicopatologia no Programa
Primeira Infância Melhor – Porto Infância Alegre (PIM PIA), possibilitando a articulação entre
conhecimento teórico e prático através da supervisão local e acadêmica. Reflexões quanto à
integração de conteúdos teóricos e práticos. Resultados: Por meio de estudo de caso, houve um
entendimento do graduando sobre as questões de psicopatologias através de estudos em grupo
nos horários de supervisão local e acadêmica. Até então os estudos de casos realizados eram
simulações nas disciplinas de psicopatologia, o contato com o caso real nos proporcionou uma
aprendizagem mais efetiva. Conclusões: Pode-se concluir que, por não estar num ambiente
exclusivo em saúde mental aumentam os desafios. Em um local de tratamento exclusivo em
46
saúde mental, se teria a possibilidade de verificar, mais pacientes acometidos de
psicopatologias. Porém, torna-se viável e tão interessante ao começar o estudo porque o foco é
o mesmo, fazer o estudo de caso, como seria em outro local. O estagiário ao se propor em
captar um estudo de caso, uma pessoa com a possibilidade de ter ou não psicopatologias, os
olhares aguçam nesta busca e as pesquisas se refinam. No decorrer do estágio, foram muitas as
descobertas na articulação entre supervisão local e acadêmica. Assim, é de grande contribuição
este trabalho, principalmente para crescimento pessoal e profissional, enquanto psicólogo em
formação. O estudante de psicologia por meio do estágio básico em psicopatologia pode
articular os conhecimentos teóricos ao prático aprendidos na academia e seu primeiro contato
com a prática em psicopatologia. Palavras chave: Psicopatologias; Locais para realização de
Estágios; Políticas Públicas.
[49] ROSA, Simone B. de (FADERGS); TRINDADE, Genice de (FADERGS); SILVA, Fabio
S. de (FADERGS); NOGUEIRA, Gustavo de (FADERGS); GELLER, Márcio M. de
(FADERGS). Processos Grupais na Área da Saúde. Introdução: A interação entre os
membros de um grupo é o fenômeno que centraliza as atividades de qualquer agrupamento
humano. Os seres humanos nascem e pertencem a um primeiro grupo que é o familiar; depois,
passam a estabelecer outros grupos, como o escolar, o do trabalho, os de círculos sociais, e
outros. O interesse nestes movimentos grupais é na utilização da promoção, manutenção,
qualificação ou tratamento na área da saúde. Objetivos: Refletir sobre intervenções com grupos
na área da saúde. Alguns grupos terapêuticos são compostos por grupos de autoajuda e
psicoterápicos (que se constituem nas diversas teorias psicológicas, ex: psicanalítico,
humanista, cognitivo-comportamental, etc.), ao passo que, intervenção grupal na saúde engloba
a utilização de grupos operativos, sendo o mais comum o grupo educacional. Materiais e
métodos: Através do estudo bibliográfico de autores de grupos, com foco em atendimento de
grupos em saúde. Resultados: Os resultados nos estudos escolhidos foi o envolvimento do
estudo para adquirir conhecimento teórico de práticas e manejo com grupos que contribuem
para que se tenha êxito no trabalho grupal. Conclusões: A intervenção com grupos se mostra
uma ótima prática à medida que os recursos destinados à saúde no Brasil são poucos e a
necessidade e a quantidade e situações de atendimento terapêutico são muitas. O grupo
possibilita a identificação entre iguais, diminui a ansiedade frente os desafios e permite o
aprendizado pela experiência do outro, além de dinamizar o número de atendimentos.
Palavras-chave: Grupos terapêuticos; Grupos na área da saúde; Intervenção grupal
[50] SANCHES, Márcia O. (FADERGS); BOHN, Neidi P. (FADERGS); LOPES, Paulo R. de.
V. (FADERGS). Erros na administração de medicamentos. Introdução: Garantir a
segurança do paciente nos processos assistenciais consiste em um dos maiores desafios da
enfermagem contemporânea. Estudos epidemiológicos mundiais comprovam a ocorrência de
inúmeros erros que comprometem a segurança do paciente, ocasionando mortes ou sequelas.
Estudos realizados no Brasil mostraram que a frequência desses eventos é inesperadamente alta
e medidas de prevenção devem ser implementadas para diminuir os danos aos pacientes e
reduzir os custos associados a esses eventos. Objetivo: Realizar revisão de literatura sobre o
tema da segurança do paciente com ênfase nos erros de administração de medicamentos.
Materiais e métodos: Realizar revisão de literatura através de mecanismos de busca como:
Scielo, PubMed, LILACS e Medline e a Cartilha Segurança do Paciente (ANVISA, 2013)
através dos descritores eventos adversos, enfermagem, erros de administração de medicamentos
intravenosos e segurança. Resultados: Uma pesquisa realizada numa unidade de terapia
intensiva adulto com vinte leitos em São Paulo sobre eventos adversos gerais na assistência de
enfermagem aponta que dos 550 eventos adversos registrados 51,4% estavam relacionados à
administração de medicamentos. Essa situação é muito preocupante e como prova disso um
estudo que avaliou a ocorrência de eventos adversos a medicamentos em um hospital público e
47
cardiológico realizado no município do Rio de Janeiro detectou que um terço dos eventos
adversos analisados nos prontuários houve necessidade de intervenção para o suporte de. Uma
pesquisa realizada em um hospital privado na cidade de São Paulo revelou que muitos erros
não são notificados pela equipe, pois 70% temem a reação que iriam sofrer dos enfermeiros
responsáveis e colegas de trabalho. Outro estudo realizado com 116 enfermeiros atuantes em
serviços de emergência em hospitais de São Paulo sobre as condutas e os sentimentos frente a
um evento adverso com medicação apontou que somente 28% sinalizaram a anotação do erro
no prontuário do paciente. Conclusão: Ao final da revisão da literatura pode-se concluir que
erros são frequentemente encontrados na assistência à saúde. Não se pode eliminá-los, mas
pode-se minimizá-los ou preveni-los por meio de estratégias direcionadas ao sistema de
medicação. Os trabalhos estudados também evidenciaram a carência de pesquisas nessa área
uma vez que a maior parte dos erros são subnotificados ou não notificados. Diante disso, é
fundamental que as instituições de saúde adotem uma cultura de transparência em relação aos
erros pelos profissionais, direcionando suas condutas frente aos mesmos, auxiliando-os na
tomada de decisões e não os inibindo através de punições. E, nesse processo, o enfermeiro tem
papel fundamental, pois deve lançar mão de todo seu conhecimento científico através de ações
que privilegiem o cuidado seguro. Palavras-chave: Eventos adversos; Enfermagem; Erros de
administração de medicamentos intravenosos; Segurança.
[51] SILVA, Cristiane da (FADERGS); MESQUITA, Giovana (FADERGS); ROSA,
Francyelle (FADERGS); FOLK, Michel (FADERGS); BARRETO, Rodrigo (FADERGS);
OLIVEIRA JR., Nery J. (FADERGS). Segurança do Paciente: Comunicação efetiva entre
os profissionais da saúde. Introdução: Comunicação é a troca de entendimento, consideração
das palavras, emoções e situações em que fazemos a tentativa de tornar comuns os
conhecimentos. A falta de comunicação eficaz entre os próprios profissionais da saúde,
pacientes e familiares, pode resultar em problemas de qualidade do atendimento, eventos
adversos entre outros como: prescrições mal-entendidas, doses erradas de medicamentos e a
interrupção do tratamento proposto. Objetivo: Melhorar a comunicação entre os profissionais
da área da saúde. Materiais e métodos: Revisão literária através de artigos realizada nas bases
de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Resultados: Mesmo que a
comunicação seja de grande recompensa, poucas pessoas sabem esclarecer suas ideias a serem
transmitidas de forma coerente. Apesar da importância da comunicação na enfermagem ser
discutida exaustivamente, a competência interpessoal nas interações enfermeiropaciente/enfermeiro-equipe ainda deixa uma lacuna. No desempenho de suas funções, o
profissional da saúde precisa comunicar-se de maneira clara, a fim de transmitir segurança às
equipes, pacientes e familiares. Falhas no processo de comunicação podem determinar
problemas no processo administrativo com reflexos diretos na assistência prestada ao paciente.
Uma ferramenta que pode minimizar as falhas decorrentes do processo de comunicação é
repetir a informação (double ckeck), a fim de validar a informação recebida. Conclusão:
Grande parte do sucesso das instituições deve-se ao processo de comunicação desenvolvido
dentro da organização, onde, nos serviços de saúde, a enfermagem tem grande participação.
Assim, a qualidade da assistência prestada ao paciente depende da eficiência do processo de
comunicação. O trabalho em equipe também depende da comunicação eficaz. Palavras-chave:
Segurança do paciente; Sistemas de comunicação no hospital; pessoal de saúde.
[52] SILVA, Eduardo R. R. da (FADERGS); FERREIRA, Giovana M. (FADERGS);
BARCELOS, Rui C. (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de (FADERGS). DIABETES: Um
desafio bioquímico aos olhos dos enfermeiros. O diabetes mellitus (DM) caracteriza-se por
ausência de insulina circulante (DM I) ou por uma disfunção na sinalização dependente deste
hormônio (DM 2). Em 2009, foi estimado pela Organização Mundial de Saúde que cerca de
48
180 milhões de pessoas (por volta de 8 milhões no Brasil) vivem com esta doença. Assim,
percebe-se que a necessidade por cuidados com estes pacientes cresce na mesma medida, tendo
o enfermeiro papel crucial no atendimento aos pacientes diabéticos. No entanto, se torna
necessário compreender aspectos bioquímicos acerca desta doença, já que o mecanismo do
diabetes passa por reações bioquímicas importantes. Assim, objetivamos, com este trabalho,
esclarecer o papel da Bioquímica (papel de moléculas e de vias metabólicas) em um distúrbio
comumente acompanhado por enfermeiros. Prof. Dr. Utilizamos como fonte de informação
livros e artigos relacionados à Bioquímica e a distúrbios hormonais. Os artigos foram
selecionados por meio de ferramentas de busca na rede mundial de computadores, tais como:
PubMed, Scielo, Sistema de busca FADERGS, Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de
Diabetes (Publicado em 16/082012-categoria diabetes). O diabetes mellitus tipo1 caracteriza-se
por glicemia entre 100mg/dl e 126mg/dl, e sintomas como aumento na ingestão de alimentos
(polifagia), sede excessiva e aumento na ingestão de líquidos (polidipsia), aumento no volume
de urina excretada (poliúria), fadiga inexplicável, rápida perda de peso, desmotivação e menor
capacidade de concentração, disfunção na cicatricial tissular, visão turva, dentre outros.
Também podem ser observadas dores na porção médio superior abdominal e êmese, o que pode
levar a um diagnóstico inicial incorreto, prejudicando o início do tratamento adequado. Os
sintomas acima referidos também encontramos na disfunção tipo 2, mas geralmente são menos
evidentes e menos intenso. Estes sintomas podem ser moderados ou até mesmo ausentes
quando avaliamos crianças. A completa ausência de insulina responde por boa parte das
características bioquímicas observadas no diabetes tipo I, incluindo sua intensidade. São
características que o enfermeiro pode facilmente detectar em paciente passando por crise
diabética: hálito cetótico, sudorese, pele fria e pegajosa e taquicardia, dentre outros. Estes sinais
indicam que ocorre hiperglicemia e há necessidade urgente em o paciente receber tratamento
adequado por parte da equipe médica. Desta forma, a Enfermagem participa do tratamento do
paciente que sofre de qualquer tipo de diabetes de maneira muito próxima, colaborando na
percepção de sinais e sintomas que levem a um acompanhamento adequado do quadro clínico,
evitando, por exemplo, que este indivíduo se exponha mais que o necessário perante situações
que possam agravar seu estado. Palavras-chave: Diabetes mellitus; Enfermeiro; Bioquímica
[53] SILVA, Márcia G. da (FADERGS); OLIVEIRA, Marcos R. de. (FADERGS). Riscos do
uso tópico de nicotinato de metila. O nicotinato de metila é um éster do álcool metílico e do
ácido nicotínico bastante solúvel em água e que, quando aplicado sobre a pele, age como
potente vasodilatador cerca de 5 minutos após a exposição. O pico de ação do nicotinato de
metila ocorre entre 15 e 30 minutos após a aplicação. O efeito diminui cerca de 2 horas após o
uso tópico. Assim, o nicotinato de metila induz aumento significativo na circulação cutânea,
com consequentes extravasamento de sangue a partir de capilares periféricos (presentes na
derme, principalmente), vermelhidão (eritema cutâneo) e aquecimento local. Baseado nestes
dados que mostram potencial ação deletéria para esta molécula, decidimos levantar
informações sobre o nicotinato de metila e sua aplicação em diferentes tipos de peles. Para
tanto, utilizamos bases de dados como Scielo e PubMed. Encontramos que não ocorre nenhuma
resposta inflamatória nem edema. Desta forma, o nicotinato de metila tem sido usado em
formulações para uso tópico e age como facilitador de penetração e permeação de princípios
ativos. A ação do nicotinato de metila é mais acentuada pela manhã e decresce ao anoitecer.
Ainda, é mais eficaz de acordo com a raça (eficácia aumenta da conforme a sequência: negros,
asiáticos, caucasianos, hispânicos). Embora sua utilização seja ampla, não há estudos que
envolvam a eficácia nem a segurança de tal aplicação com finalidades cosméticas. Então,
concluímos que a aplicação de nicotinato de metila siga instruções do fabricante e as
recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a fim de serem
49
evitados riscos de intoxicação, por exemplo, dentre os usuários. Palavras-chave: Nicotinato de
metila; Vasodilatador; Intoxicação.
[54] SOUZA, Gisa M. M. de (FADERGS); SANTOS, Aline A. (FADERGS); QUEIROZ,
Priscila (FADERGS); RASSIER, Daniela F. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS).
Infância: a magia de seu desenvolvimento, um estudo de sua teoria e prática. Introdução:
A infância é o momento em que a criança descobre-se, descobre sua família e tudo que a
rodeia. Nesta fase ela começa a ensaiar um relacionamento com o mundo. Se este período
incluir suporte para o crescimento cognitivo, desenvolvimento da linguagem, habilidades
motoras, adaptativas e aspectos socioemocionais, a criança terá uma vida escolar bem-sucedida
e relações sociais fortalecidas, vindo a influir de forma determinante nas suas etapas seguintes.
Objetivo: Objetivamos integrar a teoria de Piaget sobre Desenvolvimento Cognitivo, a de H.
Bee sobre desenvolvimento físico e motor, estrutura e meio ecológico, linguagem, animismo,
estudadas em sala de aula, os estudos complementares sobre vida afetiva segundo Dra. M.
David, das crianças de zero a seis anos e uma atividade prática com o intuito de acompanhar o
desenvolvimento de uma criança desta idade para concretizar este trabalho. Metodologia:
Utilizamos a observação participante, conversando, brincando e aplicando testes com uma
menina de três anos e meio durante doze horas, complementada por entrevista com seus pais
que nos autorizaram e colaboraram para o desenvolvimento do trabalho. Resultados: Através
da observação e da entrevista, conseguimos constatar na prática o que estudamos na teoria
sobre: desenvolvimento físico, motor, cognitivo, moral, linguagem, ecológico, apego e vínculo
afetivo nos anos pré-escolares. Através da observação e estudos teóricos, notamos que a criança
observada se encontra em estágio de desenvolvimento adequado à sua idade cronológica.
Conclusão: Acreditamos que a saúde desde o nascimento e os constantes cuidados apropriados
em relação ao seu desenvolvimento, educação e bem estar contribuíram para a compatibilidade
entre o que se espera de uma criança desta idade e o que ela nos apresenta. Palavras-chave:
Infância; Desenvolvimento; Teoria; Prática.
[55] THOMAN, Scharlise (FADERGS); FINAMOR, Sálua (FADERGS); GENTIL, Ana P.
(FADERGS); SANTOS, Gissiane Q. dos (FADERGS); BROD, Kenia C. (FADERGS);
MARQUES, Márcio G. (FADERGS). Intervenções com Grupo na Saúde. Introdução: O
presente trabalho esclarece como ocorrem as intervenções com grupos na área da saúde. Para
isso, é abordado o processo grupal, os tipos de grupos trabalhados na área da saúde, as
abordagens mais adequadas para cada tipo de grupo e o funcionamento que emerge a partir dos
mesmos. O embasamento teórico se presta a explicar como ocorrem as divisões e formatos dos
grupos, quais as principais características e estrutura dos grupos. Ainda, esclarecer diferentes
abordagens terapêuticas utilizadas nas práticas grupais em saúde. Por fim, relatar como
acontecem os fatores essenciais que perpassam e atravessam os grupos. Objetivo: Elucidar a
dinâmica do funcionamento grupal no âmbito da saúde, bem como instrumentalizar os
profissionais, para que possam intervir de forma coerente e articulada conforme a literatura.
Método: Foram consultados três livros com a finalidade de abordar os conceitos e
contextualizá-los dentro da perspectiva da psicologia grupal na área da saúde. Resultados: Os
grupos podem se organizar de diferentes formas para alcançar seus diferentes objetivos e
destaca os tipos de grupos mais utilizados na área da saúde: focal; socioeducativo e
psicoeducativo; operativo e terapia. São esclarecidas as diferentes modalidades de grupos
através da prática adotada pelo profissional, estas se diferenciam como: Psicanalítica e
Psicodramática; Terapia de Família; Grupos de ajuda recíproca e Cuidando dos Cuidadores.
Para o fechamento, são apresentados os aspectos que favorecem o sucesso no trabalho com
grupos, destaca a relação e a inter-relação dos seguintes fatores terapêuticos: Instilação de
50
esperança; Universalidade; Compartilhamento de informações; Altruísmo; Recapitulação
corretiva do grupo familiar primário; Desenvolvimento de técnicas de socialização;
Comportamento imitativo; Aprendizagem interpessoal; Coesão grupal; Catarse e Fatores
existenciais. Conclusões: Entende-se que um grupo na saúde abre espaço para a troca e
elaboração dos sentimentos e emoções. Dessa forma, o trabalho desempenhado em um grupo,
deve ter como finalidade facilitar a tomada de consciência dos conflitos, bem como a reflexão
das demandas que forem levantadas. Para tal, os profissionais devem estar apropriados dos
conhecimentos necessários à aplicação da abordagem, a fim de que possam contribuir para o
desenvolvimento pessoal e grupal. Palavras-chave: Intervenções com grupos na área da saúde;
Processo grupal; Tipos de grupos; Fatores terapêuticos.
[56] TOLEDO, Marjorie L. (FADERGS); SANTOS, Leonardo M. (FADERGS); BORGES,
Anelise K. (FADERGS); SCHMIDT, Vládia Z. (FADERGS). Análise do filme “Uma Prova
de Amor” pela ótica Winnicottiana. Introdução: O filme “Uma Prova de Amor” de Nick
Cassavetes (2009), narra a história de um casal americano que descobre que a filha mais nova
(Kate) possui leucemia e necessita de um transplante de medula. A incompatibilidade genética
dos familiares os impede de serem doadores. Diante dessa situação, geram outra filha (Anna)
com o código genético perfeito para suprir as necessidades de Kate. Anna, já adolescente,
decide entrar na Justiça com uma ação contra seus pais, pedindo emancipação corporal.
Objetivo: Analisar os aspectos familiares em relação ao arranjo criado pelos pais para salvar a
filha adoecida. Tentaremos compreender sob a teoria de Winnicott como se estabelece a relação
da mãe com as duas filhas. Material e Método: Análise crítica do filme utilizando entre os
conceitos psicanalíticos a teoria Winnicottiana. Para tanto, utilizou-se material produzido em
aula e referências bibliográficas que citam tal autor. Resultados: O filme mostra que a mãe
preocupa-se tanto em salvar Kate que deixa de lado os outros dois filhos, não lhes dá afeto.
Winnicott nos fala da importância do ambiente (mãe) para o bom desenvolvimento do bebê e
que este necessita dos cuidados maternos para que suas potencialidades inatas sejam
desenvolvidas. Embora não apareça no filme a fase inicial da vida de Anna, constatamos que
esta talvez fosse tratada pela mãe apenas como um meio de cura para Kate, a filha adoecida. A
mãe nunca pareceu importar-se com os danos causados à saúde da filha caçula ao submeter-se a
exames e punções desde nova para salvar Kate. Não houve também momentos de carinho e
cuidados gerais (Handling/Holding) da mãe com Anna quando era criança, que demonstrassem
afeto e um espaço que a menina pudesse ocupar nesta família. Conclusões: O filme nos
permite fazer uma relação com a teoria e conceitos importantes de Winnicott, bem como
entender a importância da mãe e seu afeto direcionado ao seu bebê, para que o mesmo
desenvolva-se de forma saudável principalmente nas fases em que ele não consegue distinguirse como um ser separado da mãe. Pode-se perceber que após a morte de Kate (final do filme),
onde todos estão reunidos em uma praia, a mãe lança um olhar afetuoso e um sorriso para
Anna. O que nos faz refletir que, talvez, a mãe finalmente conseguiu estabelecer uma
aproximação com os filhos (Anna e o primogênito Jesse), e começou a lhes transmitir atenção e
amor – tão necessário para o desenvolvimento dos mesmos, pois ainda eram adolescentes.
Palavras-chave: Uma Prova de Amor; Winnicott; Psicanálise.
[57] VIEIRA, Daniel S. (FADERGS). Chocolate X Neurotransmissores: Uma relação
saudável e sem culpa. Introdução: O presente estudo que surgiu a partir de um
questionamento em uma aula da disciplina de Psiconeurofisiologia traz à tona uma relação que
existe entre o consumo de um alimento e a produção de substâncias importantes para o bom
funcionamento do cérebro, os neurotransmissores. Objetivos: Demonstrar através de artigos
publicados na internet qual é a relação e os elementos que envolvem reações cerebrais enquanto
se dá o consumo de chocolate em doses moderadas. Materiais e métodos: Foram utilizadas
51
pesquisas em sites de notícias, portais de estudos científicos e blogs. O método utilizado é
baseado em observação das reações corporais sobre o evento. Resultados: Os estudos indicam
que o consumo de chocolate está diretamente relacionado com a produção de alguns tipos de
neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer, satisfação e felicidade, como a
serotonina, a endorfina e a noradrenalina, pelo fato de conter uma substância chamada
triptofano, proveniente do cacau, fruto que é o ingrediente principal utilizado na fabricação
deste tipo de alimento, o que estimula a produção dos neurotransmissores aqui citados. Ainda
dentro desse estudo, especialistas em nutrição afirmam que o melhor tipo de chocolate a ser
consumido pelo ser humano sem maiores prejuízos para a sua saúde é o que contém 70% de
cacau na sua composição, pois tem menos gorduras saturadas e os níveis de açúcar também são
considerados baixos em relação aos demais tipos, como o branco, ao leite e meio amargo, por
exemplo. Conclusões: O chocolate tem efeito consideravelmente satisfatório em todos os seres
humanos, mas deve ser destacado que o consumo entre as mulheres é relativamente maior em
relação aos homens. Desde que consumido em doses moderadas, assim como qualquer
alimento que venhamos a utilizar em nossa dieta diária, o chocolate pode ser consumido sem
culpa e ainda fazer bem à saúde e ao bem-estar.
Palavras-chave: Chocolate;
Neurotransmissores; Consumo.
[58] QUADROS, Deize C. V. de (FADERGS); MOLL, Núbia A. (FADERGS); SILVEIRA,
Quelen C. R. (FADERGS). Lipossomas e sua eficácia na hidratação cutânea. Introdução:
Com a expansão do mercado de cosméticos há uma busca de compostos eficientes e vantajosos.
Os Lipossomas vieram para fornecer um caminho facilitador da condução de ativos hidratantes,
antioxidantes e despigmentantes a agirem de forma direta sobre a pele tratada. Objetivo: Fazer
uma revisão bibliográfica sobre o uso de lipossomas em cosméticos e os benefícios desta
tecnologia. Metodologia: O trabalho foi realizado a partir da revisão de artigos científicos
sobre lipossomas em produtos cosméticos e como é a sua produção. Resultados: Os
lipossomas são produzidos através de diferentes ativos como ovo e soja. Pesquisas feitas com a
aplicação tópica em 10 voluntárias, mostraram qual seria o ativo melhor absorvido e quais
resultados apresentaria na pele (foi testado na parte interna do antebraço). O resultado mostrou
que o efeito máximo foi alcançado em 30 minutos e permaneceu constante até 15 horas sobre a
pele que recebeu a formulação em gel de fosfolipídios do ovo. Por ser uma área de difícil
permeabilidade, a barreira protetora da pele ou extrato córneo, torna mais dificultada a
permeação dos ativos. No entanto, o uso dos lipossomas facilita a administração de fármacos
ou ativos cosméticos atingirem as membranas das células da epiderme com maior concentração
e estabilidade até o local de ação. A hidratação prolongada deu mais elasticidade e umidade à
pele. Isso porque possuem uma base de ácidos graxos e camadas fosfolipídicas (lipídios
abundantes nas membranas celulares) os quais tendem a formar uma barreira protetora na
epiderme. As indústrias cosméticas utilizam na maior parte das composições a microfluidização
que facilita a produção em maior escala de lipossomas e pode usar uma alta concentração de
lipídios na fase aquosa. A produção de lipossomas pode ser feita em grandes quantidades, mas
estudos comprovam que é difícil manter a estabilidade físico-química e pode ocorrer
vazamento dos componentes encapsulados. A indústria química busca outras estruturas de
lipossomas como os lipossomas não iônicos, niossomas e pré-niossomas com a finalidade de
sanar os problemas apresentados pelos lipossomas, quanto ao armazenamento e estabilidade.
Conclusão: É grande o interesse das indústrias farmacêuticas e cosméticas em descobrir novas
vesículas carreadoras de agentes que facilitem a liberação de ativos através das barreiras
naturais da pele. Os tratamentos estéticos são os grandes favorecidos por essas descobertas,
pois os lipossomas agem na prevenção de queda de cabelos, desaceleração no processo de
envelhecimento da pele, clareamento da pigmentação cutânea e prevenção e tratamento da
lipodistrofia ginóide (celulite). A busca por combater e prevenir efeitos do tempo ou outras
52
circunstâncias adjacentes faz com que o interesse por novas descobertas na área da cosmética
receba atenção dos laboratórios e investimentos em pesquisas. Sendo assim, é grande e variado
o número de cosméticos encontrados a venda nas farmácias e lojas especializadas. Palavraschave: Lipossomas; Cosméticos; Elasticidade; Umidade.
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