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www
w.dol.innf.br O efeito
e
dupllo do Óxid
do Nítrico no sistema nocicepttivo
Ale
exandre Ha
ashimoto Pe
ereira Lope
es *
Uma das mais exube
erantes desc
cobertas da ciência conttemporânea foi a
demo
onstração de que o gás
g
conhecid
do como Óxido
Ó
Nítrico
o (NO) era
a produzido pelo
organ
nismo humano, desempe
enhando imp
portante pap
pel como um
ma molécula sinalizadora
a. Esta
desco
oberta vem reestrutura
ando e rev
volucionando
o a medicin
na moderna
a, bem com
mo os
aspec
ctos que com
mpreendem novas cond
dutas frente a tratamen
ntos no conttrole da dor. Este
achad
do foi um marco que ren
ndeu aos pessquisadores envolvidos o Prêmio No
obel de Medicina e
Fisiologia em 199
98.
A descobe
erta da exisstência do NO
N endógen
no foi fruto da realizaçã
ão de
inúmeros estudos fisiológicos
s sobre a fun
nção normall da muscula
atura vascula
ar lisa (IGNA
ARRO,
1989). Esses estudos
e
tive
eram início com Furchgott e Za
awadski em
m 1980, qu
uando
inves
stigaram os efeitos de drogas vasoa
ativas sobre o tecido vas
scular. Naqu
uele instante
e, eles
come
eçaram a ide
entificar que uma mesma
a substância
a que produz
zia dilatação vascular po
oderia,
em outras condiç
ções, não apresentar o m
mesmo efeito
o. Naquele ano,
a
evidênccias experime
entais
demo
onstraram que a acetilcolina (ACh) dilatava os vasos sanguíneos some
ente na pre
esença
de en
ndotélio inta
acto (FURCH
HGOTT & ZA
AWADSKI, 19
980), levand
do a conclussão que os vasos
sangu
uíneos se diilatavam dev
vido a prese
ença de célu
ulas endoteliais. Hoje é conhecido que o
endottélio regula a tonicidad
de vascular pela produção de dive
ersos media dores, tais como
prosttaglandinas e endotelin
na, capazes de agir na musculatu
ura vascula
ar lisa (CLA
ARK &
GOLL
LAN, 1966).
Outros ac
chados demo
onstram que o NO des
sempenha p
papel ineren
nte no
sistem
ma nervoso central podendo ser sin
ntetizado po
or células nervosas (célu
ulas da glia). Esta
produ
ução é depe
endente de trocas
t
iônica
as, viabilizan
ndo uma cas
scata de eve
entos que cu
ulmina
na attivação da síntese de NO
O. Este gás é considerado um impo
ortante mediiador nocice
eptivo,
envolvido na plas
sticidade sin
náptica, bem
m como na se
ensibilização
o central. Enttretanto, tam
mbém
existe
em indícios de
d que este gás é capazz de modularr os processo
os analgésiccos.
O NO pode difundir do
o neurônio e atuar em outras
o
termiinações nerv
vosas,
agind
do como um
m neurotran
nsmissor. Se
endo assim,, o NO pod
de aumenta
ar a liberaçã
ão de
substtância P e peptídeo C por interrmédio de fibras term
minais, conttribuindo pa
ara o
desen
nvolvimento de hiperalg
gesia secund
dária. Além disso, tem sido
s
sugerido
o que a pre
esença
de prrostanóides (PGE2, PGI2
2), após estí mulo inflamatório no sis
stema perifé rico, demonstra a
capac
cidade do NO em ativarr ciclooxigen
nases (COX)). Esta proposição indica
a que o NO pode
induz
zir hiperalgesia periférica
a (Dor) pela
a modulação de COX, res
sultando no aumento de
e PGs,
ao pa
asso que, inibidores da
a NO sintasse reduzem os níveis de citocinas pró-inflama
atórias
(interrleucina-1β e TNF-α), consideradass importante
es nos proce
essos de dorr e inflamação no
nosso
o sistema bio
ológico.
Além do papel do NO
O em vias nociceptivas
s, vários lin has de evid
dência
indica
am que o NO induz efeito
e
antino
ociceptivo periférico e/o
ou central, bem como pode
modu
ular a ação
o de compo
ostos analg
gésicos, com
mo os opio
oides, antiin
nflamatórios nãoesterroidais e outtros produtos naturais. Dados experimentais de
emonstram q
que a Ach exerce
e
ação analgésica por mediarr a liberaçã
ão de NO no
n endotélio vascular. E
Este conjunto de
inform
mações pon
ntua que o NO tem um
m duplo pap
pel na regulação dos p
processos de
e dor,
podendo mediarr a nocicepç
ção ou indu
uzir efeito antinocicepti
a
vo, em níve
eis centrais e/ou
perifé
éricos. Desta
a feita, vale considerar q
que o efeito do NO é dep
pendente do
o tipo e da fa
ase do
proce
esso nocicep
ptivo, do estímulo álgico , quais os tipos de doad
dores ou inib
bidores de NO
N e a
dose.. Mediante a todos esses processo
os descritos acima se observa
o
efeitto nociceptivo ou
antinociceptivo.
Alguns analgésicos e AINES em uso
u
têm sido
o utilizados ccom modific
cações
químicas, com a adição de grupos funcio
onais doadorres de NO, demonstrand
d
do melhor efficácia
1 www
w.dol.innf.br nos e
efeitos analgésicos des
ssas drogas,, com considerável red
dução dos e
efeitos colatterais.
Exem
mplos desta nova
n
classe de drogas ssão a associa
ação de inibidores da cicclooxigenase
e com
doado
ores de óxid
do nítrico (CINODs), NCX
X-701 ou nittroparacetam
mol e opioid es, no mane
ejo da
dor d
do câncer (v
ver também nosso edit orial “Antiin
nflamatórios não-esteroi dais doadorres de
óxido
o nítrico” pub
blicado em novembro
n
de
e 2009). Alé
ém destes no
ovos fármaco
os, a liberaç
ção de
NO (g
geralmente como um pa
atch de nitro
oglicerina) te
em sido utiliizada para ccontrole da dor.
d
O
uso d
de doadores de NO com
m lidocaína m
melhora o bloqueio sens
sitivo e moto
or, caracterizando
uma redução da
a dor pós-op
peratória. A
Apesar de en
nsaios pré-c
clínicos com
m algumas dessas
d
droga
as apresenta
arem resulta
ados consiste
entes, vale considerar
c
qu
ue esses efe
eitos são limitados
e não
o suportam o uso bené
éfico de óxi do nítrico associado
a
ao
os analgésico
os em pacie
entes,
neces
ssitando de maiores inve
estigações p
para apoiar seu
s
uso clínic
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erência do artigo
a
Refe
http:///www.scien
ncedirect.com
m/science?_
_ob=MiamiIm
mageURL&_c
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2.0S108
89860311004
4344-main.p
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* Odo
ontólogo, Me
estrando do Depto. de F
Farmacologia
a da FMRP-USP
2 
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