Ciências Farmacêuticas Botânica Catálogo de Plantas Trabalho realizado por: • Ricardo Ramos • Pedro Cruz • Sara Martinho Turma 4 Gandra, Maio de 2010 Índice Introdução 1. Solanum Nigrum 2. Raphanus Raphanistrum 3. Échium plantagineum 4. Chelidónium Majus 5. Silene Gálica 6. Fumaria Muralis 7. Lithospermum diffusum 8. Fragaria Vesca 9. Geranium robertianum 10. Hypericum Perforatum 11. Digitalis Purpurea 12. Ruta chalepensis 13. Lavatera Cretica 14. Papaver Rhoeas 15. Lamium Maculatum 16. Vinca Major Conclusão Introdução • Ao longo do ano, no âmbito da disciplina de Botânica do 1º ano do curso de Ciências Farmacêuticas, nas aulas práticas, foram identificadas um total de 19 espécies, sendo que neste catálogo apenas abordaremos 16 delas; • Tendo em conta a área em que se insere o nosso curso (Ciências Farmacêuticas), este trabalho revela vários pontos de interesse não só pelo seu conteúdo mas também porque contém informações que serão certamente úteis no futuro, nomeadamente na área da fitoterapia, pois as propriedades e utilidades medicinais das plantas são uma área cada vez mais importante no ramo do sector farmacêutico, sendo a cura e prevenção de várias doenças; • A integração destas áreas na pesquisa de plantas medicinais conduz também a um caminho promissor e eficaz para descobertas de novos medicamentos; • Estas espécies de plantas são, sem dúvida úteis ao ser humano, mas para tal é necessário um conhecimento prévio acerca das mesmas, pois caso contrário, em vez de úteis, estas poderão ser prejudiciais. Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 196 – 197 – 198 – 199 – 200 – Solanaceæ Determinação do Género: 1 – 2 – 3 – Solanum Determinação da Espécie: 1 – 2 – 3 – 4 – S. Nigrum. Lin Nome Comum: erva – moura; tomateiro do diabo… Fotos: • Características: - Planta ligeiramente pilosa; - Caule redondo, liso e ramificado; - As folhas são de cor verde-escuro, ovaladas ou trianguladas, dentadas e com pecíolo. - Flores brancas, com 5 pétalas com a ponta para baixo e dobrada e 5 anteras de cor amarelo intenso. Estas flores são em forma de estrela. - Os frutos são verdes, pequenos e arredondados, adquirindo cor preta quando maduros. - Pode atingir os 60cm. • Habitat: Solos quentes e húmidos • Época de floração: Entre o inicio do Verão e o inicio do Outono. • Usos medicinais: - Usada em pomadas para abcessos, feridas, para combater eczemas e borbulhas; - Curam úlceras; - São utilizadas como calmante; - Tem ainda acção purificadora, narcótica, tóxica, sudorífica e antiinflamatória. • Contra-indicações / precauções: - Quando utilizada em grandes quantidades, os primeiros sintomas podem ser a nível gastrointestinal: manifestações de náusea, vómitos e diarreia. Estes sintomas podem ser acompanhados de problemas cardiovasculares e de desidratação. O seu fruto é altamente tóxico quando cru. - Apenas para uso externo. O uso interno é demasiado arriscado. • Curiosidades: - O nome comum, Tomateiro-do-diabo, deve-se ao facto de esta planta apresentar uns frutos, aparentemente muito semelhantes ao do tomateiro (Solanum lycopersicum), mas em miniatura. O facto de ter referência ao diabo poderá dever-se ao facto das suas bagas serem muito venenosas. Mapa da distribuição geográfica da Solanum nigrum em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica da Solanum nigrum na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 148 – 161 – 164 – 173 – 176 – 177 – 190 – 192 – 195 – Brassicaceæ Determinação do Género: 2 – 3 – Raphanus Determinação da Espécie: Raphanus Silvestris L. - Raphanus Raphanistrum L. Nome Comum: Labresto, Saramago, Sargaço, Cabrestos, Ineixa, Labrêsto-branco, Rábão, Rábão-bravo, Rábão-silvestre, Saramago-de-fruto-articulado, Saramago-de-frutogrosso. Fotos: • Características: - Aparência híspida (coberta de pêlos ásperos e afastados); - Folhas alternadas, suspensas num caule delicado, enervação pinulada vulgar, crenada e de textura áspera; - Flores de cor branca ou amarelo-pálido, com estrias arroxeadas ou azuladas, forma cruciforme, composta por 4 pétalas dispostas na diagonal, 4 sépalas erectas arroxeadas, influorescência e 6 estames; - O fruto é verde e quando maduro adquire cor palha ou acastanhada. -Herbácea anual. Caules até 1m, erectos com ramos ascendentes. Folhas basais com pecíolo longo, com lobos laterais oblongos, obtusos, sinuados e grosseiramente dentados, o lobo terminal abovado e grande. Flores com pétalas brancas ou amarelo pálidas com nervuras escuras notáveis. • Habitat: -Solos húmidos e ricos. - Margens de estradas, taludes e terrenos cultivados e baldios. • Época de floração: Entre Dezembro e Maio. • Usos medicinais: - Anti-reumático; - Cicatrizante. • Contra-indicações / precauções: - Doenças epidérmicas; - Espasmodesmos; -Convulsões violentas. • Curiosidades: - A origem da planta é a Eurásia; - Pensa-se que é o ancestral de Raphanus sativa; -O nome Raphanus significa: aparecimento rápido, devido à rápida germinação das sementes (do grego: raphanos); Raphanistrum: da mesma raiz grega da palavra anterior, é um nome antigo uma vez usado para este género. Mapa da distribuição de Raphanus Raphanistum em Portugal Continental Mapa da distribuição de Raphanus Raphanistum na Europa no: Plantas Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 196 – 201 – 204 – 207 – 208 – 209 – 210 – 211 – Borraginaceæ Determinação do Género: 1 – 10 – 11 – 12 – Échium Determinação da Espécie: 1 – 6 – E. murale ; E. plantagineum L. Nome Comum: Língua de víbora, erva viboreira, invejosa, vermelhão. Fotos: • Características: - Planta vivaz ou anual, herbácea, erecta ou ascendente, com 50 a 90cm de altura; - Possui um ou mais caules, cobertos de pêlos mais ou menos compridos e rígidos; - As folhas basilares são lanceoladas, obtusas, com as nervuras laterais bastante visíveis e as folhas caulinares são oblongas e lanceoladas, com a base larga e arredondada; - A corola é afunilada, com tubo estreito, azul ou azul-violácea, de limbo irregular, pilosa nas nervuras e nas margens; -Hercácea anual e bienal, híspida, até 1m de altura. Folhas basais formam mais ou menos uma roseta, ovadas ou elípticas, pecíolos até 10cm, folhas caulinares sésseis, mais pequenas, oblongas e lanceoladas. Flores azuis, rosadas ou brancas, até 3cm de comprimento, em forma de funil. • Habitat: Campos cultivados e incultos/baldios, declives, margem das estradas e ao longo dos caminhos, solos secos, húmidos e arenosos; • Época de floração: entre Março e Julho • Usos medicinais: - Podem ser usadas com chá, aliviando dores de cabeça e febres; - tratamentos de eczemas, acnes e outras doenças dermatológicas. • Contra-indicações / precauções: -Quando ingerindo em grandes quantidades leva à perda de peso ou pode até levar à morte; -Não ingerir pela via oral. • Curiosidades: Parecem línguas que saem da boca da víbora, ameaçando os que tentam aproximar-se dela; daí o nome comum Purple Viper's Bugloss, para os ingleses. Os franceses chamam vipérines às plantas do género Echium e, para os alemães, ele é o Natternkopf (cabeça de víbora). Mapa da distribuição geográfica de Échium Plantagineum em Portugal Continental - mapa não disponível no site da flora de Portugal. Mapa da distribuição geográfica de Échium Plantagineum na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 148 – 149 - 150 – 151 – 152 – Papaveraceæ Determinação do Género: 1 – 2 – Chelidónium Determinação da Espécie: Ch. Majus. Lin Nome Comum: erva – andorinha; erva – das – verrugas; cerude; calidónia… Fotos: • Características: - Planta vivaz hermafrodita; - Caules quebradiços, com seiva alaranjada, caustica; - O caule chega a atingir os 90cm; - Flores de 4 pétalas, regulares e amarelas que surgem em cachos no fim da Primavera; - Os frutos são cápsulas alongadas que encerram uma fiada de sementes pretas e carnudas. • Habitat: A erva-andorinha floresce perto de habitações humanas, preferindo terrenos incultos, orlas de sebes e locais húmidos. • Época de floração: entre Março e Setembro • Usos medicinais: - Sedativo suave, relaxa os músculos dos brônquios, intestinos e outros órgãos; - Usada para tratamento de tosse convulsa e asma; - Tratamento da icterícia, cálculos biliares, dores vesiculares e desintoxicante; - Externamente é usado para acalmar e estimular a cicatrização de afecções cutâneas. • Contra-indicações / precauções: - Não se deve tomar erva-andorinha durante a gravidez; - Só se deve tomar mediante vigilância médica. • Curiosidades: O nome da planta provém da palavra grega khelidôn = andorinha, isto porque, segundo alguns dizeres, a planta floresce quando a andorinha vem nidificar e seca quando a ave deixa o ninho. Mapa da distribuição geográfica de Chelidonium majus em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Chelidonium majus na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 161 – 162 – 163 – Silenaceæ Determinação do Género: 1 – 6 – 7 – Silene Determinação da Espécie: 1 – 5 – 7 – S. Gálica. Lin Nome Comum: erva – de – leite; erva – mel; nariz – de – zorra… Fotos: • Características: - Planta herbácea, monóica; - De caule articulado-nodoso, apresenta-se deitado a erecto, cujos pêlos podem ser curtos e ásperos; - As folhas são de dimensão mais reduzida na parte superior, são longas, inteiras e opostas, escondendo-se as folhas inferiores em forma de espátula; - A flor tem cinco pétalas livres, lisas brancas ou rosa. - As flores crescem na metade superior de caules estreitos. - O fruto é seco, em forma ovóide e deiscente. • Habitat: Cresce em terreno arenoso com boa exposição solar e um solo bem irrigado e levemente argiloso. Matos, terrenos cultivados e incultos. • Época de floração: Entre Abril e Setembro. • Usos medicinais: - É usado nos banhos como desinfectante; - O sumo desta planta é utilizado em tratamentos oftálmicos; - As sementes desta planta são utilizadas para tratamento de mordeduras de cobras. • Contra-indicações / precauções: - Não foram encontrados dados correspondentes a estes itens. • Curiosidades: A Silene gallica encontra-se ameaçada devido à intensificação de práticas agrícolas, mais particularmente da utilização de herbicidas. Mapa da distribuição de Silene Gálica em Portugal Continental - mapa não disponível no site da flora de Portugal. Mapa da distribuição de Silene Gálica na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 -3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 114 – 117 – 118 – 119 – Fumariaceæ Determinação do Género: 1 – 2 – 3 – Fumária Determinação da Espécie: 1 – 2 – 3 – Serótina ; F. muralis Sand ex Koch Nome Comum: Erva melarinha, erva Catarina, fumaria, erva pombinha… Fotos: • Características: - Planta herbácea anual que pode ter uma altura que varia entre os 10 e os 80cm. - Caule delgado ou relativamente robusto, erecto, trepador ou de escalada. - As folhas são alternas, verde-amareladas, com segmentos largos e planos. - Flores hermafroditas. Sépalas brancas de forma oval, finas e dentadas na base [15]. Estas são inteiras ou subinteiras, com cerca de 1/3 do comprimento da corola [5,16,17]. - A corola é rosada e purpúrea-escura na extremidade; -Planta herbácea, anual, muito ramificada. Folhas verde-amareladas, com segmentos largos e planos. Rácimos com 8 a 15 flores, sépalas inteiras ou subinteiras, com cerca de 1/3 do comprimento da corola. Corola rosada purpúrea escura na extremidade, pedicelos frutíferos erecto - patentes. Frutos orbiculares, quase lisos, com duas pequenas depressões apicais. • Habitat: -Ruderal, rupícola, terrenos cultivados e incultos; -Nas encostas rochosas de alguns picos. • Época de floração: Entre Janeiro e Agosto. • Usos medicinais: - Exerce uma acção anti-histamínica, anti-asmática, anti-inflamatória e antiserotonínica. - Acção espasmolítica, digestiva, colerética e colagoga e ligeiramente laxante. - Acção diurética. • Contra-indicações / precauções: - Não tomar em caso de hipertensão ou hipotensão arterial. Glaucoma, gravidez e latência. - Em doses elevadas a protopina é excitante do sistema nervoso central (SNC). - Uso exclusivo por prescrição médica. - Devido há presença de alcalóides, recomenda-se a prescrição em tratamentos descontínuos. • Curiosidades: - Muralis: epíteto latino que faz referência ao crescimento da planta que ocorre somente junto de muros ou paredes; - Pode revelar-se um forte adversário ao desenvolvimento de cereais, legumes e vegetais. Mapa da distribuição geográfica de Fumária Muralis em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Fumária Muralis na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1-3-13-14-99-100-112-113-138-196-201-204-207-208-209-210211 — Boraginaceæ Determinação do Género: 1-10-11-12-13 — Lithospermum Determinação da Espécie: 1-2 —Lithospermum diffusum Nome Comum: Erva-das-sete-sangrias, sargacinha, sargacinho, entre outros. Fotos: • Características: - Planta de 2 a 5dm; - Corola azul ou purpúrea-violácea; - Corola maior que o cálice, vilosa internamente; -Folhas linear-lanceoladas ou linear-oblongas; -Planta prostrada ou erecta entre os arbustos, difusamente ramosa. • Habitat: Matos, pinhais e charnecas. • Época de floração: Entre Dezembro e Setembro. • Usos medicinais: - Era usado no século XVIII como método de aborto. • Contra-indicações / precauções: - Causa hemorragia interna; - pode até levar à morte. • Curiosidades: -No século XVIII, morreram muitas mulheres por tomarem esta planta em demasia com o fim de abortar, sendo vítimas de uma hemorragia interna. Mapa da distribuição geográfica de Lithospermum diffusum em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Lithospermum diffusum na Europa -não foi encontrado Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 140 – 141 – 142 – 143 – Rosaceæ Determinação do Género: 1 – 4 – 5 – 8 – Fragaria Determinação da Espécie: Fragaria Vesca. Lin Nome Comum: morangueiro silvestre; fragaria… Fotos: • Características: - Pequena planta herbácea, vivaz, perene, e rasteira da família das Rosacea; - Atinge os 5 a 20cm; - Possui folhas trifoliadas, flores brancas com 5 pétalas e pequenas bagas vermelhas (comestíveis). • Habitat: Esta planta encontra-se em bosques abertos e orlas de bosques, principalmente em solos pouco ácidos, sombrios, ricos em húmus. É pouco exigente quanto ao clima, embora prefira climas temperados. A temperatura afecta o desenvolvimento vegetativo, a produção e qualidade do morango, Inclusive a planta exige termo periodicidade diária, com temperaturas diurnas amenas e nocturnas mais baixas. • Época de floração: Plantação: Março – Maio; Produção: Maio -Dezembro • Usos medicinais: - As folhas actuam essencialmente pelas propriedades adstringentes e diuréticas; - É indicada nos casos de: artritismo, gota, prisão de ventre, estomatites, gengivite, faringite, infecções da boca, diarreia, desinteria, hipertensão arterial, edemas, enterocolite, anemia, úlceras; - Actua como anti-manchas, cicatrizante, emoliente, amaciador, hidratante nutritivo, para pele seca, sensível e danificada. • Contra-indicações / precauções: - Em algumas pessoas, a ingestão de morangos produz urticária por reacção alérgica, podendo também provocar reacções de hipersensibilidade. • Curiosidades: O consumo de morangos é citado em épocas remotas conhecendo-se como "fragum" ou "fraga", devido ao seu sabor doce. Há relatos da cultura do morangueiro das espécies Fragaria vesca e F. moschata já no século XV na França e Inglaterra. Mapa da distribuição geográfica de Fragaria Vesca em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Fragaria Vesca na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: : 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 148 – 161 – 164 – 173 – 176 – 177 – 178 – 179 – 180 – 181 — Geraniaceæ Determinação da Família 1 — Geranium Determinação da Espécie: 1 – 2 – 3— Geranium robertianum Lin. Nome Comum: Bico-de-grou; bico-de-grou-robertino; erva-de-São-Roberto; erva-de-SãoRoque; erva-roberta; pássara, entre outros. Fotos: • Características: - É uma planta herbácea, anual ou bienal; - Pode atingir os 40cm de altura; - Apresenta folhas profundamente recortadas; - As folhas e os caules são peluginosos e ambas libertam um cheiro intenso e nauseabundo; - As flores têm 5 pétalas livres, 10 estames e 1 estilete. • Habitat: A Erva-de-São-Roberto encontra-se geralmente em fileiras de arbustos (servindo de sebe). Esta planta prefere áreas sombrias, húmidas e bosques rochosos. Terrenos incultos e rurais. • Época de floração: Entre Março e Julho • Usos medicinais: - É usado no tratamento de dores de cabeça e hemorragias nasais; - Dada a sua acção antiviral e antimicrobiana é igualmente indicada no tratamento de: anginas, dermatite, diarreia, doenças de pele, eczema supurante, hemorragia pulmonar, inflamações gastrointestinais, úlceras e diabetes; - Folhas acabadas de serem colhidas, quando esmagadas, têm um cheiro peculiar e aplicadas no corpo libertam um cheiro repelente de mosquitos. • Contra-indicações / precauções: - É importante ter em conta que os taninos podem irritar a mucosa gástrica, pelo que, nesses casos, deve ser usada em associação com plantas mucilaginosas como a alteia. • Curiosidades: - No séc. XII, esta planta fazia parte dos remédios vegetais recomendados por Santa Hidelgarda, abadessa do Mosteiro de Rupertsberg, perto do Reno; - Uma outra área de aplicação desta planta é a produção de uma tinta castanha. Mapa da distribuição geográfica de Geranium robertianum em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Geranium robertianum na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 148 – 149 – 159 – 160 - Hypericaceæ Determinação do Género: Hypericum Determinação da Espécie: 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – Hypericum Perforatum. Lin Nome Comum: milfurada, hipericó, hipérico… Fotos: • Características: - Planta herbácea de cerca de 60cm de altura; - Pétalas com 10 a 15mm de comprimento, amarelas; - Sépalas acuminadas; - Folhas com pontuações translúcidas; - Caules com 2 linhas opostas, bem salientes, alternadas de nó a nó. • Habitat: Comum nos campos e margens dos caminhos. • Época de floração: Entre Maio e Outubro. • Usos medicinais: - Tem sido estudada nos últimos anos como antidepressiva. • Contra-indicações / precauções: - Evitar a exposição solar após ingestão de preparações à base de hipericão; - Fotossensibilização da pele, principalmente em pessoas de pele clara; - Pode causar aborto; - Desaconselhada durante gravidez ou lactação. • Curiosidades: - A erva de São João (Hypericum perforatum) é um dos remédios mais antigos da Europa. Tem sido usada por mais de 2000 anos para tratamento de problemas nervosos e emocionais. Distribuição geográfica de Hypericum Perforatum em Portugal Continental Distribuição geográfica de Hypericum Perforatum na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 196 – 201 – 204 – 207 – 208 – 209 – 214 – 219 – 222 – 223 – 225 – 226 - Scrophularieceæ Determinação do Género: 1 – 2 – 3 – 8 – 10 – 12 - Digitalis Determinação da Espécie: 1 – Digitalis Purpurea. Lin Nome Comum: estalinhos, dedaleira… Fotos: • Características: - É uma erva da família das Escrofulareáceas, lenhosa ou semi-lenhosa e venenosa; - Tem grandes flores pendentes, violetas, com manchas escuras no seu interior, formando um longo cacho unilateral, que coroa um único caule erecto; - As folhas são recortadas na borda, são rugosas com penugens na parte inferior e diminuem de tamanho à medida que se aproximam da haste; - O fruto é uma cápsula. • Habitat: Encontra-se em terrenos não calcários, principalmente em lugares siliciosos, húmidos, frescos ou sombrios. • Época de floração: entre Março e Setembro • Usos medicinais: - Possui acção cardiotónica; - É usada em tratamentos de emagracimento; - Trata doenças do coração, asma, reumatismo e taquiarritmia. • Contra-indicações / precauções: - É um fármaco muito tóxico; - A intoxicação pode ocorrer por ingestão de doses excessivas, por variações na absorção ou por hipocaliémia, causando vómitos, vertigens, perturbações de vista, diminuição do batimento cardíaco e dilatação das pupilas; - Só deve ser tomada com prescrição e acompanhamento médico. • Curiosidades: A origem da palavra "digitalis" é bem clara, sendo utilizada pela primeira vez em 1942 pelo botânico alemão Leonhardt Fuchs. O nome em alemão para as flores de dedaleira era "Fingerhut" (dedal) e então a palavra em latim que significa dedo, digitalis, foi adaptada como nome para o género dessa planta. A derivação da palavra em inglês foxglove (luva de raposa) é mais obscura, mas uma sugestão plausível é o uso corrompido do termo "folk´s glove" (luva do povo). Mapa da distribuição geográfica de Digitalis Purpurea em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica de Digitalis Purpurea na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 139 – 148 – 161 – 164 – 173 – 176 – 177 – 190 – 192 – 195 — Rutaceæ Determinação do Género: 1— Ruta Tour Determinação da Espécie: 1 — Ruta chalepensis Lin. Nome Comum: Arruda, erva-do-mau-olhado, arruda-dos-calcários, erva-da-graça, erva-dasbruxas, entre outros. Fotos: • Características: - Planta herbácea, espécie monóica; - A folha é inteira e recomposta, com os folíolos estreitos e glaucos; - As flores têm pétalas de 6-8mm com franjas nas bordas sendo amarelas ou esverdeadas. Estas flores perfumadas são hermafroditas e os insectos transportam o pólen destas plantas; - O fruto é seco, simples e acuminado; • Habitat: Esta planta prefere solos ligeiramente arenosos e húmidos marcadamente argilosos. A planta privilegia solos ácidos, neutros e básicos. Pode crescer em locais parcial ou totalmente expostos à luz. Sobrevive mesmo a temperaturas de –5 a –10 ºC. • Época de floração: Entre Maio e Julho. • Usos medicinais: - É indicado para o tratamento de: varizes e hemorroidal, amenorreia, espasmos gastrointestinais e como vermífugo.; -Externamente em inflamações orofaríngeas, odontalgias, em doenças de pele e doenças osteoarticulares; -Perturbações menstruais. Inflamações cutâneo-mucosas (aplicação tópica). • Contra-indicações / precauções: - O óleo essencial não deve ser administrado por via interna. Não aplicar topicamente a crianças menores de seis anos; - Doses não terapêuticas podem originar: Edema da língua e faringe, sialorreia, excitação seguida de depressão, vertigens, convulsões e até morte. Administrações prolongadas originam nefrites e lesões hepáticas. • Curiosidades: - Aplicações na culinária As folhas da planta utilizam-se como condimento. Em zonas vinícolas, as folhas são utilizadas para o fabrico de licores digestivos. - Aplicações na magia Planta muito conceituada pelos mágicos desde tempos remotos. Foi utilizada para fins terapêuticos tanto para curar como para manter a saúde. Diz-se ser eficaz a aplicação desta planta sobre a testa para curar dores de cabeça. Segundo a crença popular, quando colocada na água do banho garante protecção e quebra feitiços. Colocada à volta do pescoço tem o poder de afastar as bruxas. De realçar ainda que o seu efeito será mais eficaz se for roubada. - Uma essência é obtida das folhas e é usada na perfumaria. Mapa da distribuição geográfica de Ruta chalepensis em Portugal Continental - mapa não disponível no site da flora digital de Portugal Mapa da distribuição geográfica de Ruta chalepensis na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 –196 – 201 – 204 – 207 – Malvaceæ Determinação do Género: 1 – 2 – 4 – Lavatera Determinação da Espécie: 1 – 2 – 3 – 4 – Lavatera Cretica. Lin Nome Comum: malva bastarda; malvão… Fotos: • Características: - Folhas alternas, largamente pecioladas, com limbo com 3-5 lóbulos; - As flores aparecem em grupos axilares com pedicelos desiguais, são hermafroditas e pentámeras; - O cálice é formado por sépalas juntas; - O androceu é formado por numerosos estames cujos filamentos se soldam formando um cilindro; -O gineceu é constituído por numerosos carpelos dispostos numa fila concêntrica, cada um com um primórdio seminal; - O fruto é um esquizocárpico. • Habitat: Aparece em descampados, junto a poços e na borda das estradas e em lugares nitrificados. • Época de floração: Entre Abril e Junho. • Usos medicinais: - Possui propriedades emolientes e laxantes; - É utilizada nas afecções respiratórias; - Tem efeito expectorante e antitússico; - Tem efeito nas afecções mucosas e da pele e ajuda a curar faringites, inflamações no ânus e acne. • Curiosidades: - De acordo com estudos do cariótipo da Lavatera cretica esta revela possuir um cariótipo hexaplóide com 42 cromossomas (outros estudos sugerem 44 cromossomas). Distribuição geográfica de Lavatera Cretica em Portugal Continental - mapa não encontrado na flora digital de Portugal Distribuição geográfica de Lavatera Cretica na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Fichas de Identificação de Espécies Determinação da Família: 3-13-14-99-100-112-113-138-139-148-149-150-151-152Papaveraceae Determinação do Género: 1-Papaver Determinação da Espécie: 1-2-3-Rhoeas Lin Nome Comum: Papoila Brava, Papoila vulgar, Papoila ordinária Fotos: • Características: - Anual, até 80 cm de altura. - Caules finos cobertos por delicada penugem. - Folhas estreitas e divididas em segmentos lanceolados. -A papoila dá flores brancas, rosas, laranja ou vermelhas, sempre com a base das pétalas brancas. • Habitat - Terrenos cultivados, incultos e ruderal. • Época de floração: - Abril - Julho • Usos medicinais: - As pétalas totalmente livres de agro tóxicos podem ser empregadas em chá como calmante. - Utilizada na cosmética loção anti-rugas - Aromaterapia • Contra-indicações / precauções: -As papoilas são tóxicas e provocam convulsões, cólicas e tremores. Têm efeito narcótico, mortais em grandes quantidades. • Curiosidades: Medicinal: - Para tosse nervosa: Fazer infusão de 1 colher de chá de papoila silvestre em 1 chávena de água fervida por 15 minutos. Coe e beba. Cosmética: - Loção anti-rugas: Macere por 30 minutos. 50 Gramas de flor de papoila em 1/2 litro de água bem quente. Coe e esprema. Faça compressas e aplique no rosto de manhã e à noite. Conserve o líquido na geladeira. Mapa da distribuição geográfica da Papaver Rhoeas em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica da Papaver Rhoeas na Europa - Não foi possível encontrar o mapa da distribuição geográfica de Papaver Rhoeas na Europa mas segue no parágrafo abaixo uma breve descrição da localização da mesma face à Europa: - Quase toda Europa até ao Cáucaso, C e W Ásia, Paquistão, Japão, Norte de África e Micronésia (excepto Cabo Verde); naturalizada América Norte. Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 196 – 201 – 204 – 207 – 208 – 209 – 210 – 212 – 213 – Lamiáceæ Determinação do Género: 1 – 4 – 5 – 6 – 12 – 14 – 15 – 27 – 28 - Lâmium Determinação da Espécie: 1 – 2 – L. maculatum Lin Nome Comum: Chuchas; Chupa-pitos; Coelhos; Lâmio-maculado Fotos: • Características: -Falta de informação. • Habitat: Terrenos cultivados, relvados húmidos e ruderal • Época de floração: Abril – Julho • Usos medicinais: - Hemorragias; - Inflamação das vias urinárias; - Menstruação muito precoce; -Menorragias; -Rins, uremia dos homens idosos. • Contra-indicações / precauções: - Não foram encontradas. • Curiosidades: - Não foram encontradas. Mapa da distribuição geográfica da Lamium Maculatum em Portugal Continental Mapa da distribuição geográfica da Lamium Maculatum na Europa Instituto Superior Ciências da Saúde Norte Botânica Ficha de Identificação da Espécie Determinação da Família: 1 – 3 – 13 – 14 – 99 – 100 – 112 – 113 – 138 – 196 – 201 – 204 – 205 – 206 – Apocynaceae Determinação do Género: 1 – Vinca Determinação da Espécie: 1 – V. Major. Lin Nome Comum: Congoça; Congonha; Congossa; Congossa-maior; Congoxa; Pervinca; Pervincamaior Fotos: • Características: Flores azuis solitárias na extremidade de longos pedúnculos, nas axilas branco; frutos – folículos duplos que se desenvolvem a partir de cada flor; planta arbustiva com folhas perenes e caules rastejantes; Folhas elípticas com extremidades pontiagudas, pecíolo curto e opostas. das folhas; corola de 5 pétalas soldadas na base, com um círculo. • Habitat: Sebes, valados, lugares húmidos e sombrios, margens dos campos. • Época de floração: Março, Junho • Propriedades: Adstringente, anti-diabético, anti-lactagogo, hipotensor, vasodilatador, vulnerário. • Usos medicinais: Hipertensão, arteriosclerose, antidiarreico. • Contra-indicações / precauções: Os excessos podem acarretar sintomas de hipotensão.Porêm nenhuma planta deve ser consumida em excesso e nenhum tratamento deve ser feito sem orientação médica • Curiosidades: - O nome de Gênero Vinca, é derivado do latim vincire, que significa "ligar" ou de vincere, que significa "superar", graças a habilidade que a planta tem de superar uma doença. Já foi chamada de Violeta-deFeiticeiro, vez que era usada para fazer filtros amorosos e dar proteção contra o mal. Mapa da distribuição geográfica da Vinca Major em Portugal Continental - mapa não disponível no site da flora de portugal Mapa da distribuição geográfica da Vinca Major na Europa - mapa não encontrado Conclusão • Ao elaborar este trabalho em forma de catálogo, pretendeu-se fazer uma síntese das principais características e utilidades das espécies de plantas faladas na aula ao longo do ano; • O objectivo deste trabalho foi, portanto, fazer um catálogo das espécies de plantas identificadas, focando as características biológicas, ecológicas, utilidades medicinais, algumas curiosidades e a localização geográfica das mesmas; • Assim, este trabalho permitiu desenvolver e ficar a conhecer um pouco mais as espécies estudadas na aula; • Com a pesquisa realizada ao longo do ano, e como se pode verificar ao ler este catálogo, concluí-se que o reino vegetal é fundamental não só no equilíbrio da natureza, mas também no equilíbrio do ser humano. Bibliografia Internet: (Todos os sites consultados até ao dia 24 de Maio de 2010) pt.wikipedia.org/wiki/Erva-moura upload.wikimedia.org/.../93/Solanum_nigrum.jpeg faculty.ksu.edu.sa/70917/Pictures%20Library/S... upload.wikimedia.org/.../8/84/Solanum_nigrum.jpg www.greenchem.biz/.../solanum_nigrum.jpg caliban.mpiz-koeln.mpg.de/lindman/108.jpg aguiar.hvr.utad.pt/pt/.../cons_reg_fam.asp?familia www.biorede.pt/text.asp?id=1861 www.outramedicina.com/.../erva-andorinha-para-eliminar-as-verrugas pt.wikipedia.org/wiki/Quelidónia-maior aguiar.hvr.utad.pt/pt/.../cons_reg_fam.asp?familia aguiar.hvr.utad.pt/.../cons_reg_esp2.asp?...Lamium+maculatum... nature.jardin.free.fr/images/jlv_gremi1.jpg pt.wikipedia.org/wiki/Lithodora aguiar.hvr.utad.pt/pt/.../cons_reg_fam.asp?familia http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_fam2.asp?familia=Brassicace%E6&Submit=Pesq uisar&ID=1307 http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_esp3.asp?especie=Hypericum+Perforatum&Sub mit2=Pesquisar&ID=1555 http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_esp3.asp?especie=Hypericum+Perforatum&Sub mit2=Pesquisar&ID=1554 http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_esp3.asp?especie=Digitalis+Purpurea&Submit2= Pesquisar&ID=992 http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_esp3.asp?especie=fragaria+vesca&Submit2=Pes quisar&ID=1643 http://viverepensar.files.wordpress.com/2008/12/hollandpark-jardimjap-01.jpg http://obotanicoaprendiznaterradosespantos.blogspot.com/2010/03/pervinca-maior-vincamajor.html http://luirig.altervista.org/cpm/albums/wett3/wett-5876-vinca-major.jpg http://sounatural.com/2008/01/07/plantas-arnica-2-6/ http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/penvinca.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinca_major http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg.asp http://www.jb.utad.pt/pt/herbario/cons_reg_esp2.asp?especie=Vinca+Major&ID=1068 Livros: SAMPAIO G. 1947. Flora Portuguesa, 4ª edição. Instituto Nacional de Investigação Científica. Porto. Imprensa Portuguesa. CHEVALLIER, Andrew, Plantas Medicinais- Dorling Kindersley. Porto. Janeiro de 2009. ISBN 978-989-550-661-8 Outras fontes bibliográficas: Trabalhos realizados em anos anteriores.