13) A PRIMEIRA CRUZADA - História da Igreja em 30 Esvoços

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A PRIMEIRA CRUZADA
I.
Introdução
A. As circunstâncias necessárias para a realização da primeira cruzada aconteceram no tempo do
Papa Urbano II que promoveu a causa cruzada.
B. O imperador de Bizâncio, Aleixo Comneno, enviou emissários a Roma para buscar socorro
contra os turcos que ameaçavam o império oriental.
C. A situação na Europa ocidental era muito difícil porque havia guerra entre os nobres (Trégua
de Deus e a Paz de Deus), fome em virtude de repetidas colheitas fracas e as epidemias que
ceifaram muitas vidas.
D. O chamado do papa à primeira cruzada se deu no concílio de Clermont e teve grande acolhida
pelos nobres e pelo povo apesar das dificuldades na Europa.
II.
As conseqüências do discurso de Urbano II
A. Urbano II era francês e proferiu o seu discurso na língua do povo para delírio de seus ouvintes.
1.
Ele se referiu ao perigo que os cristãos do oriente sofriam com a iminente invasão de
Constantinopla pelos turcos.
2. No seu discurso, ele descreveu os horrores sofridos pelos peregrinos cristãos e protestou contra
a profanação dos lugares santos.
3. Finalmente, o papa convenceu a sua audiência da imperiosa necessidade de socorrer os irmãos
gregos.
4. O papa ofereceu, a todos que morressem na luta contra os muçulmanos, indulgência plena por
qualquer pecado e a garantia do paraíso.
B.
1.
A multidão entusiasmada, ao final do discurso, gritou “Deus o quer”, três vezes, para além
das expectativas de Urbano II.
Surgiram numerosos pregadores, que saíram a conclamar o povo para o grande
empreendimento militar.
2. Pedro, o Ermitão, foi um dessas fanáticas e apocalípticas figuras que arrastaram multidões,
tendo ele atravessado a França rumo à Terra Santa.
3. Os adeptos não levavam provisões e, por isso, saqueavam para se sustentar, causando assim
grandes tumultos por onde passavam, além de perseguir e matar judeus.
4.
Os primeiros encontros com os turcos foram desastrosos para essa multidão desorganizada,
tendo sido obrigada a esperar a chegada do exército dos nobres.
C. O papa esperava que a expedição militar fosse organizada e liderada pelos nobres de acordo
com os padrões tradicionais.
1.
Os vários exércitos de diversas regiões eram liderados por nobres que, nem sempre, se
entendiam muito bem.
2. As colunas de cruzados foram chegando em Constantinopla cada uma por seu próprio caminho,
sendo recebidas pelo imperador com cortesia, festejos e donativos.
3. O imperador Aleixo Comneno obrigou os cruzados a jurarem lealdade, de modo que as cidades
reconquistadas seriam devolvidas ao império oriental.
4. Pedro, o Ermitão, e os sobreviventes do primeiro embate com os turcos finalmente se juntaram
aos exércitos dos nobres.
III.
A.
O sítio de Nicéia: a primeira ação contra os turcos
Os turcos acharam que os invasores não ofereciam perigo e seriam facilmente derrotados
como os seguidores de Pedro, o Ermitão.
1.
O imperador começou a negociar secretamente com os cristãos que eram a maioria da
população da cidade.
2. Aleixo Comneno tomou posse da cidade antes que os cruzados a invadissem e a saqueassem.
3. De Nicéia, os cruzados se dividiram em duas colunas com um dia de distância e partiram para
Antioquia, o que lhes garantiu sobreviverem à armadilha dos turcos no caminho.
4. Os soldados cristãos massacram os turcos, tomaram os despojos do inimigo e finalmente
abriram caminho para a Terra Santa.
B. A marcha de seis semanas no território da Anatólia causou grandes dificuldades aos europeus,
mas consolidou a unidade e o moral das tropas.
1. Os exércitos se dividiram mais uma vez: um tomou o caminho mais perto, porém mais perigoso
até Antioquia, e o outro, o caminho mais longo da Armênia, esperando receber o apoio da
população cristã.
2. Em Tarso, Tancredo e Balduíno, dois nobres cruzados, combateram entre si, levando Balduíno
a abandonar o empreendimento e a aceitar a oferta dos armênios de estabelecer um condado
independente em Edessa.
3. O cerco a Antioquia, que resistiu bravamente, foi longo e desgastante para os exércitos cristãos
cujos soldados, desanimados, desertavam em número crescente.
4. A sorte mudou quando um armênio que morava na cidade abriu as portas aos francos que,
junto com a população cristã e os demais cruzados, chacinaram os turcos que não conseguiram
se refugiar na cidadela fortificada.
5. Depois de quatro dias, os cristãos se viram cercados pelas forças de Kerbogat, que chegaram
a Antioquia para socorrer os turcos, e aqueles que fugiram para a cidadela fortificada.
C. As visões de Pedro Bartolomeu e do sacerdote Estevão provocaram um frenesi nos cruzados,
mudando assim o rumo dos acontecimentos.
1.
Os nobres foram em busca da lança que tinha ferido Jesus na cruz e estava enterrada sob a
Igreja de São Pedro em Antioquia.
2. Os exércitos cristãos delirantes depois de jejuarem cinco dias se lançaram contra os turcos que
fugiram apavorados.
3. Os cruzados tomaram as presas de guerra e, como disse um cronista cristão sobre as mulheres
que os turcos tinham trazido: “não lhes fizemos nenhum mal, somente as matamos a lançadas”.
4. A tomada de Antioquia não diminuiu as desavenças entre os nobres: Boemundo queria tomar
a cidade conquistada para si e Raimundo de Toulouse desejava manter-se leal ao imperador.
D.
O povo insistia que a marcha deveria ser apressada, enquanto os nobres, acostumados a
guerrear por presa e terra, queriam, ao longo do caminho, assediar toda cidade e tomar cada
fortaleza.
1.
2.
Em Trípoli, o sultão recebeu os cristãos cortesmente e prometeu pagar tributo aos nobres.
Raimundo de Toulouse, querendo um pagamento mais elevado, intentou tomar a fortaleza da
Arca.
3. Godofredo de Bulhões abraçou a causa do povo e insistiu que a marcha deveria continuar
rumo a Jerusalém.
4. Contra a vontade de Raimundo, os exércitos marcharam até Jerusalém sob o comando de
Godofredo.
IV.
A.
O monte da alegria
No dia 07/06/1099, os cruzados avistaram do alto de uma colina as muralhas da cidade de
Jerusalém.
1.
Jerusalém era governada pelos árabes fatímida do Egito que, a princípio, viram com bons
olhos as vitórias dos cruzados sobre os turcos.
2. Os árabes tomaram boas medidas para a proteção da cidade, provendo-se com suprimentos,
envenenando os poços, destruindo tudo o que oferecesse abrigo aos cruzados e expulsando
todos os cristãos de Jerusalém.
B. Alguém teve uma visão do Bispo Ademar de Puy que lhe apareceu e disse que para tomar a
cidade, os cruzados deveriam fazer penitência, marchar descalços ao redor dela e depois atacála com todas as forças.
1. No dia 15 do mesmo mês, os exércitos, depois de atacarem as partes mais frágeis das muralhas,
conseguiram invadir Jerusalém e tomá-la.
2. Os soldados de Cristo se lançaram à vingança contra os soldados sarracenos e a população
civil, não somente árabe, mas judia também.
3. Uma testemunha ocular conta que o sangue chegava até os joelhos dos cavalos no Pórtico de
Salomão.
4.
O morticínio foi tão grande que os sobreviventes sarracenos eram poucos para enterrarem os
seus mortos, de modo que cristãos pobres foram pagos para que se ocupassem da tarefa.
V.
A.
B.
C.
D.
E.
Conclusão
Em nome de Deus, um papa pregou a paz de Deus aos nobres europeus e a violência aos
muçulmanos.
Em nome de Deus, mulheres foram violentadas, crianças trucidadas, enfim atrocidades
cometidas.
Em nome de Deus, nobres fizeram a sua própria vontade e deram vazão as suas bestialidades.
Em nome de Deus, o povo sucumbiu ao delírio da superstição e à loucura do fanatismo
religioso.
Em nome de Deus, os cristãos odiaram judeus e muçulmanos.
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