A questão racial no Brasil e a relações de gênero – ST 18 Daniel Biagioni UFMG Solange Simões Universidade de Michigan Palavras-chave: determinantes da mobilidade ascendente, gênero e raça. Determinantes da mobilidade por classes: gênero e raça no Brasil Introdução Segundo a literatura, o mercado de trabalho privilegia, além de características objetivas de desempenho do trabalhador, características demográficas como sexo e raça. Seriam características indesejáveis ser mulher e negros para o melhor desempenho do mercado de trabalho. Assim, dois tipos de discriminação são identificáveis. A discriminação estatística que ocorre pela média de um atributo atribuído à totalidade da população (informação imperfeita entre empregador e empregado). A população negra tem menor escolaridade que o branco, mas isto não quer dizer que todo negro tem menor escolaridade. O outro tipo de discriminação é por preconceito (mercado de trabalho ineficiente). Ela ocorreria pela negação de um atributo ou característica presente no trabalhador. A opção religiosa ou sexo não desejado pelo empregador é um exemplo. Este “filtro” não é relacionado à capacidade do trabalhador de desempenhar uma função, mas a preferências subjetivas de quem emprega (England, 1992). Atentando as formas de discriminação, o objetivo deste artigo é analisar os determinantes da mobilidade ascendente tendo como foco as desigualdades por sexo e raça no Brasil. Acreditamos que as mulheres e negros apresentarão menores chances de ascender socialmente em decorrência das discriminações acima mencionadas. A metodologia de classes utilizada é a neoweberiana. Ela tem por critério das divisões de classes as “relações de mercado”. O banco de dados utilizado é a PNAD de 1996 que abrange todo o território nacional. A amostra contou com 74228 casos. A seguir temos duas seções. A primeira seção apresenta brevemente os marcos teóricos adotados por este trabalho. O primeiro marco é sobre a mobilidade social (do que se trata a mobilidade social). O segundo marco é sobre as peculiaridades das análises de gênero na estratificação social. A seguir são colocadas a bases da desigualdade por raça. A segunda seção é a análise dos dados. Primeiramente é feita a descrição geral do mercado e trabalho por sexo de raça e, posteriormente, a análise da oportunidade de mobilidade social. Ao final das duas seções temos a conclusão do artigo. Teoria 1 Neste trabalho buscamos na mobilidade social analisar as diferenças de oportunidades de ascender socialmente. Ou seja, de melhorar as condições de vida. Neste raciocínio há pressuposto um esquema de classes organizado de forma hierárquica. Assim dois conceitos se fazem necessárias explicações: classe e condições de vida. As classes são partes constitutivas da estrutura social. Essas são construídas com o intuito de apreender limites dos segmentos da estratificação social (Grusky, 2000). Como a estratificação social é o estudo das diferenças, as classes estão organizadas para captar as diferenças de oportunidades de inserção na sociedade. No nosso caso, mais especificamente, o mercado de trabalho. Classe reflete a natureza e a quantidade de poder de uma dada posição na sociedade e implica em compartilhar uma série de atributos próprios da posição social. Fazer parte de uma classe é a probabilidade de ocupar posições com diferentes ativos (Santos, 2002: 37-68). O poder é central nessa discussão, ainda mais quando a sua distribuição desigual. Assim, pertencer a uma classe significa poder menos ou mais que estando em outra. As condições de vida estão implícitas nas formas de poder. Se uma dada posição social possui mais poder em relação às outras, está posição propicia maiores possibilidades de conferir melhores condições de vida a quem a ocupa (Sorensen, 1996)1. Para tanto, a variável por definição de posição social mais utilizada nos estudos da estratificação social é a ocupação. A operacionalização da classe está em agregar ocupações que compartilhem determinados atributos definidos pela teoria da estratificação utilizada (Wright, prelo). O esquema de classes utilizado neste artigo tem origem no trabalho de Goldthorpe (1980). Ele definiu as classes segundo as “relações de mercado” determinadas pela situação de mercado e pela localização no processo produtivo. Há dois tipos de relações de emprego: proprietário (empregadores e autônomos) e empregados. Estes se distinguem entre os que possuem contratos de trabalho restrito (supervisionado) e contratos delegando amplas possibilidades (autoridade). Os proprietários distinguem-se entre proprietários empregadores e proprietários autônomos ou por conta-própria. Entre as classes existe também a separação entre ocupações rural/ urbano e manual/ não-manual, completando assim os critérios utilizados para a construção do esquema. Para o nosso caso, o esquema de classes foi ampliado às necessidades do mercado de trabalho brasileiro totalizando dezenove classes2. Portanto, o esquema de classes aqui adotado compõe uma hierarquia de dezenove classes organizadas hierarquicamente segundo as “relações de mercado”. A mobilidade social ocorre quando há passagem de uma classe para outra mais ou menos elevada na hierarquia de classes entre o pai e o filho (a). Se a posição de classe do filho foi maior que a posição do pai houve 2 mobilidade ascendente, como o próprio nome já indica. Está passagem, a mobilidade ascendente, é a nossa variável dependente. Vejamos agora as variáveis independentes. A discussão de gênero na estratificação e mobilidade social está basicamente na unidade de análise uma vez que as diferenças de oportunidade e desigualdade no mercado de trabalho são evidentes (Araújo e Scalon, 2005). Assim, o debate iniciado na década de 80 estava na necessidade de incluir ou não mulheres na análise da mobilidade social sendo que elas estão em menor proporção que os homens. Haveria problemas na análise em não incluir as mulheres? Vejamos os principais argumentos. Até a década de 80 a “visão convencional” era predominante nos estudos da mobilidade social. Tal visão defende as analises da estratificação social pautadas apenas na posição ocupacional dos homens (chefes de família), pois estes definiriam a classe da família já que as mulheres, em sua maioria, não participam do mercado de trabalho e quanto empregadas possuem posição social inferior à do marido (Goldthorpe, 1980). Um complemento desta teoria foi proposta por Erikson (1984) e intitulada de “ordem de dominância”, ou seja, a família compartilharia a posição social do cônjuge que estiver mais acima na estrutura ocupacional. Assim, mesmo as mulheres apresentando, em geral, posição social inferior à de seus maridos, elas teriam chance de entrar na análise se tivesse posição social superior. Pesquisas interessadas nas diferenças de mobilidade social por gênero utilizando a ordem de dominância apontaram que a desigualdade de oportunidade ocasionada por gênero é inferior em relação à distribuição das classes. Ou seja, o diferencial de mobilidade é maior por classes que por gênero (Erikson e Goldthorpe, 1992). Este resultado também é válido para o Brasil (Scalon, 1999). Mesmo sabendo que apenas os homens são suficientes para descrever a dinâmica da estrutura de classes, as mulheres constituem uma parcela importante para explicar desigualdades de estratificação social. Assim, Wright (1997) optou por aprofundar a questão sobre a classe em relação à família ao propor as “localizações direta e indireta” de classe. Onde a direta é a posição no mercado de trabalho que geraria as relações pessoais e interesses de classe. E a indireta que deriva da posição dominante em relação ao cônjuge. Desta forma, a posição de classe foge ao limite do dualismo de gênero e permite pensar o indivíduo e a família separadamente, cada qual com sua importância. Portanto, mesmo a participação da mulher não afetar significativamente a dinâmica de mobilidade social, o seu papel no mercado de trabalho e na família se faz imprescindível para entendermos a estratificação ocupacional. Capitulando as observações acima, a primeira hipótese do trabalho reúne as variáveis sexo e condição de família. Sexo, pois as mulheres são nosso maior objetivo de análise. A 3 condição de família entra na análise para observarmos o impacto das mulheres chefes de família em comparação às demais mulheres em outras posições. Acreditamos, portanto, que há diferença nas chances de mobilidade ascendente das mulheres em relação aos homens e que ser chefe de família tem efeito positivo nas chances de mobilidade ascendente por pressupormos maior responsabilidade com o domicílio por parte dos chefes de família, como ter sucesso no mercado de trabalho para prover financeiramente a casa3. Desta forma, este recorte é saliente para a análise, pois permite revelar a posição direta mais estimada possível da mulher (análise interna da variável). Posteriormente, comparam-se os resultados dessas mulheres com o resultado dos homens em mesma condição de família (análise externa). A raça é um constructo social que possibilita organizar a sociedade segundo orientações ideológicas específicas. Implicitamente, raça possibilita o racismo que organiza a sociedade de acordo com classificações hierárquicas. Ou seja, não basta um grupo classificar o diferente, há também a necessidade posicioná-lo em relação a quem compara (fenômeno coletivo). Assim sendo, raça estaria passível de discriminação (Bobbio, 1998). No Brasil a raça é orientada principalmente pelo fenótipo e não necessariamente pela origem racial (raça social). Outras características (como o status social) também podem alterar a definição de como um indivíduo é visto em relação a sua raça. Deste modo, raça no Brasil é uma classificação social fluida que permite opiniões diferentes dependendo do contexto onde o indivíduo esteja sendo classificado. Assim, temos os pardos como uma enorme categoria residual que poder variar de quase branco à quase preto. Como Valle Silva (1999: 124) aponta sobre a classificação racial: “(...) no Brasil, não só o dinheiro embranquece, como, inversamente, a pobreza escurece.” O prestígio social, neste sentido, estaria altamente correlacionado com a definição da raça. Nos estudos da estratificação social, a desvantagem em decorrência da raça é apontada como determinante na reprodução social da desigualdade. Segundo Paixão (2003: 88), quando observamos os índices de desenvolvimento humano entre as raças no Brasil, os brancos estariam na 46º lugar (alto índice de desenvolvimento humano) e os afro-descendentes em 104º (médiobaixo). Cabe lembrar o índice é calculado em relação às distribuições de renda, educação e longevidade e o Brasil ocupa a 74ª colocação. Se tratando das chances de mobilidade social por raça, os negros estão em desvantagem em relação aos brancos. Uma explicação recorrente nesses estudos é caracterizada pelo “ciclo de desvantagens acumulativas” que, além da desvantagem no ponto de partida da origem social em geral é mais baixo para os negros, estes sofrem com as desvantagens educacionais e no mercado de trabalho (Hasenbalg, 2005: 221). Segundo Valle Silva (Pastore e Valle Silva, 2000: 96), 4/5 4 da desvantagem ocupacional dos negros em relação aos brancos são 4/5 explicáveis pelo diferencial de educação e 1/5 são atribuídos a diferenças no retorno ocupacional aos investimentos educacionais. Posto o conceito de raça e o quadro geral das desvantagens dos negros no mercado de trabalho, a segunda hipótese deste trabalho busca avaliar o diferencial de mobilidade ascendente por raça levando-se em consideração as diferenças educacionais. Acreditamos que, mesmo situações educacionais semelhantes, os negros apresentarão menores chances de ascender socialmente. O efeito negativo da mobilidade ascendente dos negros tende a somar com o efeito também negativo das mulheres. Portanto, as mulheres negras teriam as menores chances de mobilidade ascendente (a chamada interação estrutural). Análise dos dados A amostra contém 60,4% de homens e 39,6% de mulheres. Dos quais 98,3% dos homens que estavam no mercado de trabalho em 1996 eram chefes de família. Já as mulheres eram 23,5%. Segundo a literatura vem aumentando o número de mulheres que são chefes de família no Brasil (citar). Duas explicações são possíveis. A primeira é o aumento de mulheres sem cônjuge que trabalham para manter a casa e sustentar seus filhos. A segunda é a dificuldade dos homens em encontrar trabalho, passando para a mulher a responsabilidade de garantir a renda do domicílio. Isto ocorreria, pois as mulheres vêm continuamente preenchendo vagas no setor de serviços, este que mais absorve mão-de-obra desde a década de 80 (citar alguém). Por outro lado, este setor possui os menores salários além de ser muito suscetível às variações econômicas. Antunes (2000) chama atenção para este setor que, mesmo empregando mais que qualquer outro, possui as piores ocupações em relação à qualidade do trabalho. Para aprofundarmos nossa análise, vejamos mais detidamente este setor. São 58,4% dos homens no setor de serviços contra 67,6% para as mulheres. Vejamos a renda mensal do trabalho principal no setor de serviços dentre seis desagregações segundo o IBGE (ramos de atividade). O setor de comercio de mercadorias era composto por 23,5% de mulheres que recebiam mensalmente 34,7% a menos no salário em relação aos homens no mesmo setor. O setor de prestação de serviços era composto por 60,9% de mulheres que recebiam 61,2% a menos que os homens. No setor de serviços auxiliares da atividade econômica, as mulheres eram 31,4% e recebiam salário 44,4% a menor que dos homens. No setor de transporte e comunicação as mulheres eram 21,2% do setor e recebiam salário 18,9% a menos que os homens. No setor de serviços sociais as mulheres maioria de 75,14% mas recebiam salário 55,4% inferior em relação 5 aos homens. No setor de administração pública, as mulheres eram 32,9% e recebiam 14,4% a menos que os homens. Como constatamos, a mulheres recebem menor salário em relação aos homens no setor de serviços, onde ela está concentrada no mercado de trabalho. Para ambos os sexos há média correlação entre educação e rendimento. Ou seja, a educação tem efeito mediano na determinação da renda entre os sexos no setor de serviços. Quando observamos apenas o setor de serviços o efeito é menor para as mulheres. Para os homens o efeito médio se mantém. Cabe colocar que as mulheres possuem maior escolaridade que os homens (7,3 e 6,7 anos de escolaridade respectivamente), o que agrava a desigualdade de renda (citar). Posto o cenário desigual das mulheres no setor onde elas se concentram no mercado de trabalho em 1996, passemos para a análise das desigualdades de oportunidade por meio da análise da mobilidade social para todo mercado e trabalho. Para a análise das oportunidades de mobilidade ascendente temos quatro modelos de regressão logística binomial (Powers e Xie, 2001). Primeiro modelo apresenta os efeitos por sexo e raça. O segundo modelo testa o efeito das variáveis anteriores segundo o setor de serviços. O terceiro modelo busca observar os efeitos de sexo e raça segundo a condição de família. O quarto modelo são todas as variáveis utilizadas nos modelos anteriores. Vejamos cada um. O primeiro mostra-nos que os homens têm maiores chances de mobilidade ascendente em relação às mulheres, assim como os brancos têm maiores chances de ascender em relação aos negros. São 207,9% de chance de mobilidade ascendente para os homens e 143,3% para as mulheres. Para os brancos são 206,4% de chance de mobilidade ascendente e 144,3% para os negros. A educação possuía efeito mais elevado para a mobilidade ascendente que sexo e raça. Quem possui educação média tem 275,4% de chance de mobilidade ascendente. No segundo modelo temos as chances de mobilidade ascendente para o setor de serviços. Aqui vemos que não há muita diferença de oportunidade entre os sexos, no entanto esses valores não são válidos para a análise por serem estatisticamente não significantes. Já a raça se mostra significante. A diferença entre brancos e negros em ascender aumentou (praticamente o dobro). Foram 274,6% de chance de mobilidade para os brancos e 123,1% para os negros. A educação mantém o seu forte efeito. Que possuía educação média tinha 274,0% de chance de ascender socialmente. No terceiro modelo apresenta os resultados para quem é chefe de família. Para as mulheres chefes de família as chances de mobilidade ascendente são três vezes maior que para os homens chefes de família (329,3% de chances de ascender para as mulheres e apenas 98,3% para os homens). O efeito de ser chefe de família para as mulheres suplantou o efeito da educação. O 6 efeito da educação continua forte (269,2% de chance de ascender socialmente). O efeito da raça foi mais elevado para os brancos dado os negros. Os brancos tinham 225,3% de chance de mobilidade ascendente e os negros 133,4%. O quarto modelo é o mais conclusivo por incluir as variáveis setor de serviços e condição de família para observarmos as variações de oportunidades por sexo e raça. Os resultados para sexo neste modelo não são estatisticamente significantes, mas podemos ter idéia das chances. Houve pouca diferença entre os sexos, mas os homens possuíam mais chances de mobilidade ascendente. Já a diferença entre as raças é a mais elevada entre os modelos (foram 251,2% de chance de ascender socialmente para os brancos e 121,7% para os negros). O efeito de ser branco se aproximou do efeito da educação (que tinha educação média tinha 263,6% de chance de ascender socialmente). Ou seja, ser branco é tão importante quanto ter educação média. A educação manteve elevado efeito na mobilidade ascendente. Conclusão Vimos brevemente que os resultados aqui apresentados corroboraram com a literatura. Tanto as mulheres quanto os negros possuíam situações inferiores no mercado de trabalho em relação aos homens e brancos. Comprovamos que as mulheres recebiam renda menor em relação aos homens, mesmo no setor de serviços que é o mais favorável à inserção das mulheres. Também vimos que a educação é maior para a mulher neste setor, o que agrava a constatação. Anos de educação e rendimento estão mais correlacionados (moderadamente) para homens, brancos e para os demais setores fora o de serviços. Já a relação entre educação e renda mostrou-se mais forte para os chefes de família. As chances de mobilidade ascendente foram menores para as mulheres e para os negros em relação aos homens e brancos. Comparando as chances do último modelo analisado, a diferença de mobilidade ascendente é maior por raça que por sexo. Portanto podemos dizer que até onde nossa análise foi capaz de investigar, há indícios de maior desigualdade de oportunidade por raça que por sexo. Isto não quer dizer que uma é pior que outra, mas apenas constatamos que o mercado de trabalho é mais negativo aos negros que para as mulheres em relação às chances de ascender socialmente. Referências: ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Campinas: Unicamp. 2000. ARAÚJO, Clara e SCALON, Celi. Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ/ Iuperj. 2005. 7 BOBBIO, Norberto. Elogio à serenidade. São Paulo: Ática. 1998. ENGLAND, Paula. Gender and inequality. Nova York: University Press. 1992. ERIKSON, Robert. “Social class of men, women and family”. V. 18, p. 500-514, 1984. ________ . ;GOLDTHORPE, John H. The Constant Flux: A Study of Class Mobility in Industrial Societies. Oxford, Oxford University Press. 1992 FIGUEIREDO SANTOS, José Alcides. Estrutura de posições de classes no Brasil: mapeamento, mudanças e efeitos na renda. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: Editora UFMG/Iuperj. p. 37-68. 2002. Goldthorpe, 1980 Industrialização e estrutura social (algo assim). In AGUIAR, Neuma. GRUSKY, David. The Past, Present and Future of Social Inequality. p. 3-51 in Social Stratification: Class, Gender and Race in Sociological Perspective. GRUSKY, David (org.). Edição revisada. Boulder: Westview Press. 2000 HASENBALG, Carlos. Descriminação e desigualdades raciais no Brasil. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: Editora UFMG/Iuperj. 2005. PAIXÃO, Marcelo. Desenvolvimento humano e relações raciais. Rio de Janeiro: DP&A Editora. 2003. PASTORE, José; VALLE SILVA, Nelson. Mobilidade social no Brasil. São Paulo: Makron. p. 85-96. 2000. POWERS, Daniel e XIE, Yu. Statistical analysis for categorical data. New York: Academic Press. 2001. COSTA-RIBEIRO, Carlos Antonio. The Brazilian Occupational Structure. (Ph.D. Thesis) Columbia University. 2002. ________ . Estrutura de classes, condições de vida e oportunidades de mobilidade social no Brasil. p. 381-430 in Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida. HASENBALG, Carlos; Valle SILVA, Nelson (orgs.). Rio de Janeiro: Topbooks. 2003. ________ . Mobilidade e gênero. Manuscrito. 2005. SCALON, Maria. Mobilidade social no Brasil: padrões e tendências. Rio de Janeiro: Revan. 1999. SORENSEN, Aage. “The Structural Basis of Social Inequality.” American Journal of Sociology 101: 1333-65. 1996. ________ . “Towards a Sounder Basis for Class Analysis.” American Journal of Sociology 105. p 1559-71. 2000. SORENSEN, Annemette. “Women, Family and Class”. Annual Review of Sociology 20: 27-47. 1994. VALLE SILVA, Nelson. Uma nota sobre raça social no Brasil. p. 107-125 in Cor e estratificação social. HASENBALG, Carlos; VALLE SILVA, Nelson; LIMA, Márcia (orgs.). Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria. 1999. WRIGHT, Erick O. Class Counts: Comparative Studies in Class Analysis. Cambridge University Press. (part III – Class and Gender). 2002. ________ . If the class is the answer, what is the question? (prelo). Pode ser encontrado no seguinte endereço: < http://www.ssc.wisn.edu\~wright\ >. 8 1 A mobilidade de classes está altamente correlacionada com as condições de vida da população brasileira (Ribeiro, 2002; 2003). 2 O espaço deste texto é demasiadamente curto para explicações que satisfação o leitor mais interessado sobre as particularidades do esquema de classes. Para tanto, ver Ribeiro (2003: 429-30) maiores informações sobre o esquema de classes aqui adotado. 3 Segundo o IBGE (1996), a pessoa de referência é o (a) responsável pela família ou que assim fosse considerada pelos demais membros. 9