Equipe multiprofissional atuando em conjunto para aumentar a adesão à restrição hídrica de pacientes em hemodiálise. Martins, JPLB, Biavo BMM, Barros CM, Santos JAP, Brando MCC, Rocha JCG, Silva TG, Reis SC, Jr Riberio E, Tzanno-Martins C Centro Integrado de Nefrologia (CINE) – Guarulhos, Home Dialysis Center (HDC) e RenalClass – São Paulo INTRODUÇÃO: O tratamento da doença renal crônica, para ser bem sucedido, depende da adesão do paciente. Um dos parâmetros mais importantes para avaliação de adesão é o ganho de peso interdialítico (GPID), que pode ser influenciado por fatores psicológicos, como a negação e a depressão, e/ ou fatores nutricionais, como a ingestão incorreta de líquidos em geral. Dinâmica do balde OBJETIVOS: Reforçar a importância do controle de GPID. Dinâmica da esponja MÉTODOS: Os pacientes foram abordados em conjunto durante 6 sessões de hemodiálise por meio de de dinâmicas de grupo, que contaram com a participação voluntária de todos os 13 pacientes de um mesmo turno. As dinâmicas utilizadas foram: dinâmica da esponja seca, dinâmica do balde e competição de carros. Para a dinâmica da esponja seca, foram utilizadas 2 esponjas e um balde. Uma esponja representava o rim com funcionamento adequado, capaz de eliminar o excesso de líquidos. A outra, o rim que não funciona bem e acumula líquidos no organismo. O copo de 50 mL representa a máquina e o copo 250 mL, a quantidade de líquidos que o paciente ingere. Para a dinâmica do balde são trazidos dois baldes; um cheio de água (B1) e outro vazio (B2). Cada profissional de saúde tem em mão um copo vazio; um de 250 mL representando o quanto de líquido o paciente ingere e o outro de 50 mL representando a capacidade da máquina de retirar excesso de líquido do paciente. Com o copo de 250 mL, um dos profissionais pega a água de B1 e coloca no B2 (vazio) enquanto o outro com o copo de 50 mL retira a água do B2. Desta forma, demonstra-se visualmente que a máquina não é capaz de retirar todo o líquido ingerido, causando acúmulo deste no corpo. A competição de carros então finaliza a intervenção avaliando o resultado das dinâmicas. Para a competição, foi utilizado um painel com os dados dos pacientes, a prescrição de peso seco, peso mínimo e máximo que pode ser ganho entre as diálises, o peso ganho e a média de GPID. A cada sessão, foi anotado o valor de GPID. RESULTADOS: Painel da competição de carros CONCLUSÕES: Os pacientes adquiriram uma melhor compreensão do que é o GPID, dos riscos inerentes ao ganho excessivo de peso, da influência dos fatores psicológicos e nutricionais e de que forma a equipe multiprofissional pode auxiliá-lo, favorecendo o autocontrole e melhor adesão ao tratamento. Ao comparar os dados do GPID e da folha de frequência, antes e depois da intervenção, verificamos a melhora da adesão ao tratamento, uma vez que houve uma redução de 50% das faltas. Em relação à média da porcentagem do ganho de peso interdialítico, 76,9% dos participantes tiveram diminuição na média de GPID. www.grupochr.net.br