2012 caderno de resumos - fflch-usp

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2012
CADERNO DE RESUMOS
1
Agradecimentos
Estendemos nossos agradecimentos à Diretoria da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas e ao COSEAS, que mais uma vez propiciaram condições materiais
para a realização do evento. Agradecemos aos professores e estudantes que aceitaram
participar e colaborar com o nosso evento. Sem esquecer do trabalho e apoio
inestimáveis e apoio dos funcionários de nosso Departamento, sempre muito além do
que deveria ser de ofício e sem o qual o evento não seria possível.
2
Histórico do Encontro Nacional de Pesquisa
na Graduação em Filosofia da USP
Em 2012, o Encontro Nacional de Pesquisa na Graduação em Filosofia da USP
comemora sua 15ª edição Nascido do Programa de Iniciação Científica do Departamento de
Filosofia da USP (implantado em 1995), rapidamente tornou-se um evento nacional.
Durante todos esses anos manteve suas principais características: organizado e dirigido por
estudantes, livre de pretensões burocratisantes, aberto às mais diversas perspectivas de
trabalho filosófico e servindo de ponto de encontro para os representantes de uma mesma
geração acadêmica. Um evento simultaneamente produtivo e agradável que reúne gente que
costa de Filosofia.
Que continue assim!
Comissão Organizadora
16/04 - SEGUNDA-FEIRA
3
10h00:
Mesa 01- Platão e Pitágoras (Sala 10)
1.
Guilherme da Silva Paranhos (USP) - Harmonia musical em Platão
2.
Juliano Gustavo dos Santos Ozga (UFOP) - A Música na obra de Pitágoras de Samos
3. Marcos Tadeu Neira Miranda (USP) - Nota sobre a unidade das virtudes
4. Rafael dos Santos Molinari (USP) - Alguns aspectos da refutação socrática
Mesa 02 - Filosofia da Mente (Sala 105)
1.
André Luiz Avelino (USP) - O Problema Mente-Corpo na Filosofia Francesa do Séc. XIX
2.
Andre Rosolem Sant Anna (UEM) - Sobre a possibilidade de uma abordagem
funcionalista da intencionalidade
3. Laura Rosa Kugler De Azevedo (UNESP) - Sistemas complexos e auto-organização:
uma investigação metodológica
Mesa 03 - Estética I (Sala 106)
1.David Ferreira Camargo (UFSCar) - Memória e Sensibilidade em Diderot
2.Isabela de Vilhena Gaglianone (USP) - A natureza artística de Shaftesbury
3.Yasmin Campos Nigri (UFF) - O Sublime na Arte
14h00:
4
Mesa 04 - Filosofia Moderna (Sala 10)
1.
Karina Yuri Tanada (USP) - A busca cartesiana da verdade e do contentamento
2.
Lourenço Fernandes Neto e Silva (USP) - A Alma sem linguagem
3. Natalia Pereira Pinheiro (UFMA) - Uma refutação ao Tempo e ao Espaço
newtoniano
4. Rafael Bittencourt Santos (UFRGS) - Se a saída de Hume para o problema da
indução é meramente psicológica
5. Sacha Zilber Kontic (USP) - Leibniz e o sensível: a propósito de uma crítica de Kant
Mesa 05 - Filosofia e Psicanálise (Sala 101)
1.
Bruno Carvalho Rodrigues de Freitas (USP) - Elementos da crítica adorniana à
Psicologia
2.
Michel Amary Neto (USP) - Da falsa consciência ao esclarecimento cínico
3.
Rafael da Silva Shirakava (UNESP) - O olhar da psicanálise sobre o estranho
(unheimlich)
4. Soraya Conturbia (UFES) - Aristóteles e Freud: O Outro Melancólico
Mesa 06 - Filosofia da Ciência I (Sala 1037)
1.
Bruna Maria Lemes Duarte (UNESP) - Reconstruções do conhecimento
2.
Elba Carolina Oliveira Silva (UFMG) - Reduzindo Dependência Causal à Dependência
Contrafactual: Os Principais Problemas das Duas Versões da Teoria Lewisiana da
Causalidade
3.
Arthur da Silva da Hora (UFPA) - A influência da concepção de verdade de Tarski na
teoria da ciência de Popper
5
16h00:
MINI - CURSO
Prof. Dr. João Carlos Salles (UFBA):
"Sobre uma carta de Wittgenstein a Moore"
SALA 8
19h30:
Mesa - Redonda de Abertura
“A Pesquisa de Filosofia”
Mediação - Prof. Dr. José Carlos Estêvão (USP)
Palestrantes - Profa. Maria Adriana Cappello (UFPR), Profa. Silvia Altman (UFRGS), Prof.
João Carlos Salles (UFBA), Prof. Ernani Chavez (UFBA)
SALA 14
6
17/04 - TERÇA-FEIRA
10h00:
Mesa 07 - Hegel (Sala 10)
1. Carla Vanessa Brito de Oliveira (UFRB) - O Aqui e o Agora na Fenomenologia do Espírito
2. Daiane Danielli (UFRGS) - Hegel em uma conhecida Polêmica: sistema, método e Estado
3. David Barroso de Oliveira (UECE) - O despertar da alma natural ou o despertar natural
do espírito na antropologia hegeliana
Mesa 08 - Lógica e Filosofia da Linguagem I (Sala 111)
1. Elan Fernando Campelo dos Santos (UFMA) - A Filosofia da linguagem como
método analítico do discurso filosófico
2. Gláucio Fernando Cunha Silva (UFMA) - A Filosofia da linguagem sob uma ótica
semântica: uma perspectiva Fregeana
3. Uilson de Almeida Bittencourt (UFRB) - Dialética e Retórica no Tratado da
Argumentação de Perelman
Mesa 09 - Iluminismo Francês (Sala 1031)
1. Aldones Santos (USJT) - Luzes e natureza, uma comparação: o homem segundo
Rousseau e Sade.
2. Maria Lúcia Rizzetto Patrocínio (UFS) - História e progresso: Voltaire contra Pascal
3. Zoraia Ribeiro dos Santos (UFPR) - Montaigne, um libertino?
7
Mesa 12 - Filosofia no Ensino Médio (Sala 105)
1. Brunno Amâncio Marcos (UFF) - Experiências e apontamentos: sobre o ensino de
filosofia, PIBID e escola pública
2. Francisca Palloma Soares Paulino (UECE) - Filosofia no Ensino Médio: Conteúdo e
Metodologias
3. Manoel Nogueira da Silva (UFC) - A expectativa dos alunos do ensino médio quanto ao
ensino de filosofia
4. Carolina Miranda Sena (UFOP) - Filosofia no Ensino Médio: prática pedagógica,
programas curriculares e escolha do conteúdo
14h00:
Mesa 10 - “Górgias” de Platão (Sala 1037)
1. Guilherme Jordão Macêdo Dias (UFPE) - O problema do melhor modo de vida no
Górgias de Platão
2. Gustavo Rafael Bianchi A. Ferreira (UNICAMP) - Sócrates e Polo sobre o poder dos
retores e dos tiranos
3. Luiz Eduardo Gonçalves Oliveira Freitas (UFF) - O Górgias de Platão, o leitor e o diálogo:
o drama filosófico e o problema da recepção
4. Matheus Dias Bastos (UFF) - As teorias do prazer no Górgias de Platão
5. Rhamon Oliveira (UFF) - Sócrates e o Hedonismo de Cálicles
Mesa 11 - Filosofia e Literatura I (Sala 1031)
1. Evelin Raupp (PUC-PR) - A Dissociação da unidade sadomasoquista segundo Deleuze
2. Fernando Araújo Del Lama (USP) - Em torno das “memórias involuntárias”: Walter
Benjamin e o recurso a Freud na compreensão de Proust
3. Pâmela Almeida Fabricio da Silva (UEM) - Walter Benjamin: Entre o sonho surrealista e
o despertar
8
4. Taís Bravo (UFF) - Uma aprendizagem: A descoberta dos prazeres e a saída do
narcisismo.
16h00:
MINI - CURSO
Profa. Dra. Adriana Cappello (UFPR)
“Liberdade em Bergson”
SALA 8
19h30:
Mesa 14 - Filosofia e Sociedade (Sala 105)
1. André Luciano de Oliveira (UENP) - A Filosofia Fatal: Jean Baudrillard e a defesa do
principio do Mal
2. Arthur Zito Guerriero (USP) - A Aporia do Sujeito Histórico em Guy Debord
3. Daniela Modena (CUSC) - Como discutir vida e morte na era da globalização?
4. Guilherme Costa Riscali (USP) - Esboços sobre Nietzsche e o Movimento Libertário
Mesa 15 - Filosofia Medieval (Sala 111)
1. André Botelho Scholz (USP) - A significação no Tractatus de Intellectibus de Pedro
Abelardo
2. Jovenildo Ferreira dos Santos (UNIMONTES) - O problema do mal em Santo Agostinho
3. Keywilla da Silva Venceslau (UECE) - Considerações acerca da pedagogia nos escritos de
Al-Fãrãbi
9
Mesa 16 - Hobbes e Rousseau (Sala 10)
1. Angélica Romeros de Almeida (UFPR) - Rousseau e a estetização da moral no século das
luzes
2. Bruna Andrade (PUC-Campinas) - Acerca dos princípios que fundam o contrato: críticas
de Rousseau ao contrato hobbesiano
3. Jesus de Nazare de Lima da Costa (UFPA) - O Estado de Natureza e Natureza humana
em Thomas Hobbes
4. Mariana Kuhn de Oliveira (UFRGS) - Paixões e Leis de Natureza em Thomas Hobbes
Mesa 17 - Platão I (Sala 1031)
1. Bianca da Cunha Madruga Gomes (UFF)- Mímesis e prazer no Górgias de Platão
2. Dorival Braz Netto (UFSCar) - O filósofo bacante
3. João Gabriel da Silva Conque Santos (UFF) - A medicina e a fisiologia do prazer no
Górgias de Platão
4. Nayara Dias Scrimim (Unicamp) - Sócrates e a Sedução de Belos Jovens
Mesa 13 - Kant I (Sala 106)
1. Igor Gonçalves de Jesus (UFPA) - A 'Felicidade' e 'Virtude' em Kant
2. Joacy Santos Malta (UFRB) - A crítica kantiana à ética antiga: eudaimonismo e
hedonismo
3. João Paulo Rissi (UFSCar) - Podemos ler a moral kantiana teleologicamente?
4. Odair da Silva Guimarães (UFRB) - O conceito de dever na filosofia moral kantiana
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18/04 – Quarta-Feira
10h00:
Mesa 18 - Kant II (Sala 10)
1. Ana Teresa Campos Souza (UFMG) - A exclusão da afetividade nas considerações
kantianas acerca da motivação moral na Funda-mentação da Metafísica dos Costumes
2.
Darley Alves Fernandes (UFG) - História e ação humana em Kant
3.
Fernando Esteves de Oliveira (UFRGS) - Ações amorais na obra kantiana
Mesa 19 - Nietzsche I (Sala 111)
1. Ivan da Costa Gomes (UFPA) - Cultura e crueldade nos primeiros escritos de Nietzsche
2. Júlio César de Souza (UFT) - Nietzsche e a Teoria da Irresponsabilidade
3. Rafael Amaral Hyertquist Bordini (UFSCar) - Noção de verdade e perspectivismo em
Nietzsche
4. Roney Madureira (PUC-Campinas) - Os limites e as possibilidades da interpretação em
Nietzsche
5. Vagner Acácio de Oliveira (UFMG) - Apontamentos de uma nova história da moral na
genealogia de Nietzsche
Mesa 20 - Teoria Crítica (Sala 1031)
1. Gabriel Petrechen Kugnharski (UFPR) - Identidade e Totalidade: Adorno entre Kant e
Hegel
2. Paula Tarcia Fonteles Silva (UECE) - Diagnóstico e crítica do presente em Pier Paolo
Pasolini: herança da Teoria Crítica frankfurtiana
3. Paulo Yamawake (Unicamp) - Max Horkheimer e a reformulação do materialismo
dialético
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Mesa 24 - Filosofia e Educação I (Sala 105)
1. Bruna de Jesus Silva (UNESP) - Para questionar filosoficamente a educação por via da
práxis
2. Francisca Arruda da Silva (UECE) - Marcuse e o PIBID: uma Relação a Docência na
Filosofia
3. João Batista Mulato Santos (UECE) - Ensino de filosofia entre o senso comum e os
conceitos
Mesa 28 - Filosofia e Literatura II (Sala 101)
1. Carlos Sousa Lopes (UFRB) - Literatura em Sartre: generosidade e Liberdade
2. Isabella Silva Gaioso (UFMA) - O conceito de “aprendizado” em Proust e os signos
3. Layane de Paula Veloso (UFPI) - A Arte e o inconsciente um diálogo entre Schopenhauer
e Clarice Lispector
4. Maíra Protasio Dias de Oliveira (UFF) - O Kafka de Adorno: Leituras Adornianas a
respeito da obra de Franz Kafka
14h00:
Mesa 21 - Heidegger (Sala 10)
1. Domingos da Silva Campos Neto (UFPA) - A Verdade enquanto Desencobrimento e
Correção
2. Michele de Toledo Ataide (UFBA)- Significância e Linguagem em Heidegger
3. Talia Gabrielle Santos Azevedo (UFMA) - O Primado do Erro na Problemática da
Verdade
12
Mesa 22 - Filosofia da Ciência II (Sala 113)
1. Leandro José dos Passos Dias (UFPA) - A relação entre senso comum e ciência em
Popper
2. Wallace Andrew Lopes Rabelo (UFPA) - O Anti-psicologismo na epistemologia objetivista
de Karl Popper
3. Danilo da Silva Figueiroa (FSB) - Investigação acerca do alcance do conceito de
revolução científica de Thomas Kuhn
Mesa 23 - Filosofia do Direito (Sala 1037)
1. Alícia Rosler Nelsis (UFRGS) - Conteúdo moral mínimo do direito em H.L.A. Hart
2. Bruno Ferreira da Rosa (USP)- Intersubjetividade e reconhecimento na Filosofia do
Direito de Hegel
3. Erika Donin Dutra (UFRGS) - Lei Civil e a paixão do medo: uma análise a partir de Austin,
Hart e Hobbes
4. Fernando da Silva Cardoso (FAVIP) - O projeto universal-cosmopolita: a relativização da
soberania face à proteção internacional dos Direitos Humanos
16h00:
MINI - CURSO
Profa. Dra. Silvia Altmann (UFRGS)
"Matéria do pensamento e lógica transcendental em Kant"
SALA 8
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19h30:
Mesa 25 - Filosofia Política Contemporânea (Sala 1031)
1. Beatriz Yonamine (USP) - O movimento de massa como um formador de opinião nos
pensamentos de Hannah Arendt
2. Italo Andrade Lima (UECE) - A crise dos liames sociais e o político em Pietro Barcellona:
pensar novos sentidos histórico-sociais
3. Raphaela Simplício de Sousa (UFRN) - John Rawls e a razão prática em Immanuel Kant
4. David Brito Silva (UFRB)- Maquiavel e a revolução: uma perspectiva arendtiana
Mesa 26 - Aristóteles (Sala 105)
1. Debora Grygutsch Hellwig (UEM) - Sobre a Politéia Mixis Méson de Aristóteles
2. Fernanda de Araujo Izidório (USP) - A sensação como alteração no De Anima de
Aristóteles
3. Hugo Leonardo de Quadros e Tonon (UEM) - A catarse na poética de Aristóteles
4. Indianara de Almeida Silva (UNIMONTES) - O conceito de justiça em Aristóteles
Mesa 27 - Fenomenologia I (Sala 1037)
1. Álvaro Hideki Odasaki (USP) - Consciência e Psique na filosofia de Jean-Paul Sartre
2. Diego Guimarães (UFMG) - As fenomenologias de Heidegger e Sartre a partir de suas
críticas à fenomenologia husserliana
3. Emanuel Robson Dias Silva (FAFICA) - Filosofia no cotidiano: Uma reflexão a partir da
fenomenologia existencial
4. Maria Aparecida Souza Oliveira (USJT) - Gaston Bachelard: A Imagem Poética e suas
Ressonâncias.
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19/04 - QUINTA-FEIRA
10h00:
Mesa 29 - Modernidade e Pós-Modernidade (Sala 113)
1. Antonio Ferreira da Silva (UFG) - A modernidade em Walter Benjamin
2. Daniel Valente (Mackenzie) - A Crise da Modernidade: Uma discussão sobre a dialética
da subjetividade na modernidade e a proposta de mudança de paradigma de Habermas
3. Fernanda Elias Zaccarelli Salgueiro (USP) - Política e desconstrução em Derrida
Mesa 30 - Espinosa I (Sala 106)
1. Iris Daniele Marcolino da Silva (FAFICA) - A Complexidade das afecções, e a
instantaneidade do homem contemporâneo em Espinosa
2. Carlos da Fonseca Nadais (USP) - Filosofia política de Spinoza: a democracia como
potência coletiva
3. Lucas Mantovani Oliveira (USP) - Entre Espinosa e Hugo Boxel: os fantasmas e a
superstição.
Mesa 31 - Filosofia e Meio - Ambiente (Sala 101)
1. Fernando César da S. Nascimento (FSB) - A Polissemia do conceito de valor intrínseco
em ética ambiental
2. João Batista Farias Júnior (UFPI) - Niilismo, modernidade e técnica em Hans Jonas
3. Kelly Gomes dos Santos (UNESP) - O consumo como prazer, o consumismo à luz da ética
aristotélica
4. Ulisses Santos do Nascimento (UFRB) - Filosofia e Sustentabilidade
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14h00:
Mesa 32 - Filosofia na América Latina (Sala 113)
1. Gustavo Marcial Prado Romero (CUSC) - Não existe filosofia de América Latina: alguns
apontamentos sobre o pensamento de Augusto Salazar Bondy
2. João Vitor Rodrigues Alencar (USP) - Memórias Póstumas de Brás Cubas: um romance
supinamente filosófico?
3. Tomaz Yanomani (UFMG) - (A)historicidade (a)pátrida brasileira: o olhar de Vilém
Flusser sob o Brasil
Mesa 33 - Filosofia Política Moderna (Sala 10)
1. Jose Fernando Santos Gramoza (UFS) - Prolegômenos ao conceito de assuntos
indiferentes
2. Lucas Frisoli Moreira (UFPR) - Formação artificial da justiça em David Hume
3. Lucas Rocha Medeiros (UFMG)- Maquiavel leitor de Cícero
Mesa 34 - Foucault I (Sala 1031)
1. Antônio Alex Pereira de Sousa (UECE) - Foucault e a sexualidade: a criação de um
dispositivo
2. Diego Moraes Guimarães (UFBA) - Michel Foucault e o discurso sobre a sexualidade
3. Kácia Natalia de Barros Sousa Lima (UECE) - Masculino ou feminino? Conexões
foucaultianas sobre o esforço pedagógico de educar o gênero do corpo
16
Mesa 35 - Platão II (Sala 1037)
1.Daniele Aparecida Ferreira Lemos do Nascimento (UFRN) - Mito e Logos na Filosofia de
Platão
2. Lianto de Oliveira Segreto (PUC-Rio) - A alma e o corpo, uma ontologia
3. Lorena Oliveira Maciel Silva (UECE)- Marsílio Ficino e o Amor: Uma herança platônica
4. Thiago Augusto Passos Bezerra (UFAM)- As noções de Justiça no Livro I da República de
Platão
16h00:
MINI - CURSO
Profa. Dra. Marisa Lopes (UFSCar)
"O feminismo sob a ótica de Aristóteles"
SALA 8
19h30:
Mesa 36 - Estética II (Sala 113)
1. Francielle Silva Cruz (UEM)- Atemporalidade e transcendência nas obras de arte
2. Gilberto Fernandes Guimarães (Unimontes) - Adorno e o uso da arte na indústria
cultural
3. Raisa Inocêncio (UFRJ) - A abertura da Vênus
17
Mesa 37 - Kant III (Sala 1031)
1. David Barroso Braga (UECE) - A problemática da afecção nos prefácios, introdução e
estética transcendental da Crítica da Razão Pura
2. José Luciano Verçosa Marques (UFSCar) - Distinção entre forma da intuição e intuição
formal na Crítica da Razão Pura.
3. Marcos Sirineu Kondageski (UFPR) - A Relação entre Razão e Natureza na Crítica da
Razão Pura [B]
4. Maria Corrêa Bertoche (USP) - A Matemática em Kant
5. Vânia Carla do Canto (UEM) - A possibilidade de Espaço e Tempo na Estética
Transcendental kantiana
Mesa 38 - Foucault II (Sala 10)
1. Diego dos Santos Reis (UFRJ) - Diagnósticos filosóficos da modernidade: notas sobre a
biopolítica
2. Maria Helena de Novais (USJT) - Arqueologia e Ciências Humanas em Michel Foucault:
uma leitura de “As Palavras e as Coisas”
3. Thatiana Victoria dos Santos Machado Ferreira de Moraes (UFRJ)- Ação e reação:
relações de poder e movimentos de resistência na filosofia de Michel Foucault
Mesa 39 - Espinosa II (Sala 115)
1. Paula Bettani Mendes de Jesus (USP) - Do estatuto do conhecimento e da naturalidade
do afeto em Baruch de Espinosa
2. Rafael Dos Santos Monteiro (UFC) - Consciência sensível e servidão da mente em
Espinosa
3. Ravena Olinda Teixeira (UECE) - O corpo na Éthica de Spinoza
18
20/04 - SEXTA-FEIRA
10h00:
Mesa 40 - Fenomenologia II (Sala 10)
1. Danilo Riva de Moraes (USJT) - Visão e Pensamento em Merleau-Ponty
2. Roberta Browne (USJT) - A Arte e o Mundo Percebido: um meio para compreender a
relação sujeito e objeto
3. Gustavo Luis de Moraes Cavalcante (UFSCar ) - O corpo e seu papel para o
conhecimento, segundo Merleau-Ponty
Mesa 41 - Filosofia e Educação II (Sala 111)
1. Alexsandro da Silva Marques (UFRB) - Educação enquanto cultivo de si em Nietzsche
2. Esmeraldina Alves Ferreira (UFSJ) - Considerações acerca do pensamento de Hannah
Arendt no âmbito do Ensino de Filosofia
3. Jonas Rangel de Almeida (UNESP) - Experiência, acontecimento e educação a partir de
Foucault
4. Lilian Barbosa da Silva (UNIFESP) - Adorno e a pedagogia do esclarecimento: o problema
e a atualização da emancipação no campo educacional contemporâneo
5. Wesley Carlos de Abreu (UECE) - Adorno e a Teoria da Semiformação
Mesa 45 - Religião e Mito (Sala 104)
1. Jociel Nunes Vieira (UFRB) - Simbologia mítica: um passo para a religiosidade
2. Kaique Leonnes de Sousa Oliveira (UFMA) - Pensamento mítico e filosofia:
considerações sobre o mito e sua influência na filosofia
3. Rodrigo Borges de Azevedo (UFF) - O fenômeno gnóstico: um estudo sobre a correlação
entre cosmologia e ética no gnosticismo
19
Mesa 42 - Tomás de Aquino (Sala 1031)
1. Camila De Souza Izídio (UEM) - A prova da existência de Deus pela via do movimento
em São Tomás de Aquino.
2. Gustavo Bertolino Ferreira (Unicamp)- Truísmo e intencionalidade dos conceitos em
Tomás de Aquino
3. Ísis Guterres Moreira Ramos (UFRGS) - A influência do direito romano na filosofia de
Tomás de Aquino
4. Matheus Henrique Gomes Monteiro (Unicamp) - Aquino e o possível como ideia na
mente divina
14h00:
Mesa 43 - Marx e marxismos (Sala 10)
1. Jerdeson Soares da Silva (CUSC) - Signo e ideologia em Mikhail Bakhtin
2. Eric Renan Ramalho (UFMG) - Considerações sobre o Materialismo Histórico de História
e Consciência de Classe
3. Gedeão Mendonça de Moura (UFBA)- A negatividade do trabalho humano nos
Manuscritos de 1844
4. Victorine Liguiçano (UFOP)- Fetichismo da mercadoria em Marx
Mesa 44 - Nietzsche II (Sala 111)
1. Felipe Thiago dos Santos (UNESP) - A Arte da Hipnose: Friedrich Nietzsche contra a
estética da Décadence de Richard Wagner
2. Paula Regina Menezes Silva (UFPA)- Ethos e Pathos: Schopenhauer como elemento
substancial na crítica do 2º Nietzsche
3. Thaís Bravin Carmello (UEM) - Arte e embriaguez: A influência do deus Dionísio na
filosofia estética de Nietzsche
4. Wagner Lafaiete (UFOP) – O perspectivismo de Friedrich Nietzsche
20
Mesa 46 - Lógica e Filosofia da Linguagem II (Sala 117)
1. José Donizett de Almeida Júnior (UFG) - A noção de número de Gottlob Frege
2. Lucas Fabiano Oliveira Costa (UFG) - Sobre o silêncio de Wittgenstein: o dizer e o
mostrar no Tractatus
3. Thiago Andrade Ferreira Dória (UFBA) - Uma consequência ontológica da teoria
pictórica
16h00:
MINI - CURSO
Prof. Dr. Ernani Chaves (UFPA)
“Foucault e a dimensão política da psicanálise”
SALA 8
19h30:
Mesa-Redonda de Encerramento
“O Ensino de Filosofia”
Mediação: Prof. Ricardo Fabbrini (USP)
Palestrantes: Prof. Ernani Chavez (UFPA), Prof. Amaury Moraes (USP), Profa. Patricia
Velasco (UFABC) e Prof. Celso Favaretto (USP)
SALA 14
21h30:
CONFRATERNIZAÇÃO
21
CADERNO
DE
RESUMOS
22
Aldones Santos
Instituição: USJT
Orientador: Prof. Dr. Paulo Jonas de Lima Piva
E-mail: [email protected]
Luzes e natureza, uma comparação: o homem segundo Rousseau e Sade.
Embora franceses do mesmo século e pensadores da mesma atmosfera intelectual, o Iluminismo, Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778) e Marquês de Sade (1740-1814) desenvolveram filosofias distintas, sobretudo no que concerne
ao tema da natureza humana e dos seus desdobramentos na moral. O objetivo desta comunicação é expor as principais
diferenças da concepção de natureza humana de cada um deles, apresentando-os como antípodas complementares e
encontrando a natureza humana nessa dialética.
Alexsandro da Silva Marques
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Orientadora: Profª. Drª. Giovana Carmo Temple
E-mail: [email protected]
Educação enquanto cultivo de si em Nietzsche
O projeto “Educação enquanto cultivo de si em Nietzsche”, constitui-se em linhas gerais, na tentativa de analisar como o
filósofo Nietzsche compreende em sua filosofia a noção de educação como cultivo de si, buscando compreender as
implicações de tal posição para o campo da educação ao tentar superar a dicotomia educação/melhoramento. A
educação e cultura na modernidade passam a ser reduzida a especialização e formação do tipo homem, ou seja, o
erudito. Busca-se compreender a crítica que este filósofo promove as instituições de ensino e cultura, às quais
preconizavam a formação de um indivíduo que atendesse as necessidades do Estado, gerando produção e lucro.
Nietzsche fará um percurso de retorno à Grécia antiga resgatando o princípio Apolíneo e Dionisíaco como forças
atuantes, não mais no campo do saber teórico socrático, mas da própria vida enquanto desenvolvimento do gênio
artístico.
Alícia Rosler Nelsis
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Alfredo Carlos Storck
Órgão de Fomento: BIC
E-mail: [email protected]
Conteúdo moral mínimo do direito em H.L.A. Hart
O objetivo da minha pesquisa de iniciação científica é caracterizar a relação entre o direito e a moral proposta por H.L.A.
Hart, um dos mais importantes teóricos do direito do século XX, na obra The Concept of Law. O autor propõe que existe
um conteúdo moral mínimo presente no direito, que consiste em princípios de comportamento universalmente
reconhecidos e aceitos como truísmos acerca da natureza humana e do mundo. São cinco os tipos, a saber: 1) A
vulnerabilidade humana; 2) A igualdade aproximada; 3) O altruísmo limitado; 4) Os recursos limitados; e 5) A
compreenção e a força de vontade limitadas. Dessa forma, Hart defende que é necessário para bem descrever o direito
considerar as características mais evidentes dos seres humanos e do meio no qual vivem e, a partir delas, extraír um teor
mínimo e necessário que está presente em qualquer ordenamento jurídico.
Álvaro Hideki Odasaki
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Furlan
E-mail: [email protected]
Consciência e Psique na filosofia de Jean-Paul Sartre.
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O presente trabalho tem como objetivo traçar algumas considerações sobre a psique na filosofia de Sartre. No entanto,
para tal, é preciso retomar um conceito fundamental desse filósofo; a consciência. Ou seja, estabelecido o modo de ser
da consciência, delinearemos suas responsabilidades e abstenções em relação ao psiquismo. Diferente de outros
autores, Sartre, ao purificar a consciência de qualquer tipo de conteúdo, expulsa o Ego da consciência. Já não é um lugar
aonde conteúdos, inclusive os psíquicos, podem se alojar. O psiquismo passa a ser uma flexão da consciência para si
própria. E é dessa envergadura secundária que pretendemos tratar nessa pesquisa.
Ana Teresa Campos Souza
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Rogério Antônio Lopes
E-mail: [email protected]
A exclusão da afetividade nas considerações kantianas acerca da motivação moral na Fundamentação da Metafísica dos
Costumes
Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, alcança, pela derivação do conceito de dever, um princípio para
identificar as ações com valor moral, puramente formal, por ter excluído de si qualquer tipo de base afetiva, material.
Uma abstração desse tipo de base do plano da moralidade faz-se necessária, pois os afetos, inclinações e os efeitos da
ação, por se concretizarem num plano onde reinam a contingência, a arbitrariedade e o subjetivismo, não podem ser
princípios que motivam o agir moral nem critérios para julgar uma ação como moral, já que não garantem a objetividade
e a universalidade exigidas para que uma ação seja efetivamente moral. A presente comunicação visa apresentar as
razões de o princípio da moralidade almejado por Kant dessa maneira levar a uma ética contraintuitiva, taxada de
formalista e rigorista por algumas correntes da filosofia moral na contemporaneidade.
André Botelho Scholz
Instituição: USP
Orientador: José Carlos Estêvão
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
A significação no “Tractatus de Intellectibus” de Pedro Abelardo
É possível identificar três momentos em que a temática da significação é abordada no “Tractatus de Intellectibus”. Em
primeiro lugar, a significação é pertinente no processo de categorização das intelecções, pois é na analogia do
funcionamento da gramática que se estabelecerá a diferença entre intelecção simples e composta. Em seguida serão
estabelecidos dois registros - das construções e das intelecções - e o conceito de sanidade será pensado em analogia ao
funcionamento da significação. Em suma, a intelecção se relacionará com a coisa da mesma maneira que o signo se
relaciona com o que é significado. Por fim, a significação aparece por ocasião da reflexão sobre as palavras universais. Se
a intelecção é a atenção do espírito sobre a coisa, a intelecção da palavra universal atestaria a existência do universal na
coisa? O objetivo da comunicação será desenvolver esta interpretação textual.
André Luciano de Oliveira
Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Orientadora: Prof. Esp. Fábio Antonio Gabriel (UENP/CCHE)
E-mail: [email protected]
A Filosofia Fatal: Jean Baudrillard e a defesa do Principio do Mal
Para Jean Baudrillard a sociedade pós-moderna, após atingir seus objetivos, caiu em um estado de anestesia e
simulação, uma realidade asséptica, que dissemina a profilaxia da negatividade. Na sociedade tecnológica tudo o que
atrapalha o bem estar e causa sofrimento é visto como algo a ser eliminado, como algo negativo. Assim as tecnologias
evoluem e se aperfeiçoam na tentativa de acabar com os aspectos negativos. O resultado é uma realidade onde a vida
se torna fraca e estéril, pura simulação e transparência. Este artigo investiga como Baudrillard entende que para acabar
com este estado de simulação e anestesia, é necessário um Principio do Mal como forma de humanização da
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negatividade. O Principio do Mal atuaria como uma filosofia feita com estratégias fatais, de transgressão e liberdade,
reencontro com o negativo, visando re-humanizar o homem e lhe devolver sua liberdade intelectual.
André Luiz Avelino
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Junior
Órgão de Fomento: Pró-Reitoria de Pesquisa - USP
E-mail: [email protected]
O Problema Mente-Corpo na Filosofia Francesa do Séc. XIX.
Henri Bergson, em seu Essai Sur les Données Immédiates de la Conscience, se propõe a analisar o problema da
liberdade, “comum à metafísica e à psicologia”, de forma a verificar se este problema não se encontra dentre aqueles
formados por dificuldades intransponíveis surgidas “por insistirmos em justapor no espaço fenômenos inextensos, e se,
abstraindo das grosseiras imagens em torno das quais se polemiza, não lhes poríamos fim” (p. VII). Bergson estabelece, a
partir de sua análise, a distinção entre duração e extensão, o heterogêneo e o homogêneo, interioridade psíquica e
exterioridade física, dois âmbitos da experiência. Eis que se estabelece daí, portanto, o problema da relação mentecorpo, devido à dissociação analítica da experiência, dissociação esta necessária à legitimação da determinação
voluntária, a liberdade.
Andre Rosolem Sant Anna
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Orientador: Profa. Dra. Patrícia Coradim Sita
E-mail: [email protected]
Sobre a possibilidade de uma abordagem funcionalista da intencionalidade
O problema da intencionalidade em filosofia da mente diz respeito ao modo pelo qual a mente humana está relacionada
ao mundo, o que exige uma análise cuidadosa por parte de um projeto filosófico que pretenda explicar de forma
satisfatória este tópico. Ao longo de sua obra, Daniel Dennett pretende explicar a mente humana a partir de uma
perspectiva naturalista, assumindo uma abordagem funcionalista dos estados mentais. Neste sentido, Dennett
argumenta em favor da tese de que sistemas inteligentes e aparentemente designados podem ter sua origem em
processos simples e mecânicos como os processos algorítmicos, o que, em princípio, parece indicar a possibilidade de
uma abordagem da intencionalidade nestes mesmos pressupostos. Tendo em vista a proposta de Dennett, este trabalho
tem como objetivo expor a teoria da intencionalidade de Dennett e discutir algumas das dificuldades impostas a ela.
Angélica Romeros de Almeida
Instituição: UFPR
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Brandão
Órgão de Fomento: IC-UFPR
E-mail: [email protected]
Rousseau e a estetizaçao da moral no século das luzes
Através de uma pesquisa sobre o despertar da noção estética, num século de esclarecimento, a arte passa a ser
questionada não somente pelo artista, mas também pelo crítico que não se contenta apenas com o deleite oferecido
pela obra, mas no que ela pode ter a mais a oferecer numa sociedade que discute seus valores. Ademais desta noção,
procuro encontrar em Rousseau e sua problematização sobre a música os valores que uma arte deve transmitir ao
público de seu tempo.
Antônio Alex Pereira de Sousa
Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Orientador: Profª. Drª. Cristiane Maria Marinho
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Foucault e a sexualidade: a criação de um dispositivo
Dentre as diversas pesquisas de Michel Foucault (1924 - 1986) a sexualidade é um dos temas mais complexos e
polêmicos de sua obra. Utilizando-se de análises históricas, como em todas as suas pesquisas, ele nos explica que esse
dispositivo da “sexualidade”, foi construído paralelamente à ascensão da burguesia moderna, e com isso elas possuem
uma ligação muito estreita. Tendo isso como ponto de partida, exporemos a análise feita sobre o tema e mostraremos
nesse artigo o que significa esse dispositivo à luz do pensamento foucaultiano. Para tal propósito partiremos da análise
do poder e do saber na visão do filósofo francês. A construção desse dispositivo implica nas relações de poder, levando
em consideração que a sexualidade produz um saber positivo, e como afirma Foucault não existe nenhuma relação de
poder que não constitua um saber.
Antonio Ferreira da Silva
Instituição: UFG
Orientador: Profª. Drª. Carla Milani Damião
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
A modernidade em Walter Benjamin
A nossa comunicação pretende analisar e discutir a concepção de modernidade de Walter Benjamin. Para tal
procederemos da seguinte forma. Em um primeiro momento examinaremos a formulação de modernidade
desenvolvida pelo poeta e crítico de arte Charles Baudelaire. Aqui cabe ressaltar a importância da figura alegórica do
flâneur e da multidão para a sua concepção. Após nos determos nas teorizações estéticas de Baudelaire, nos voltaremos
então, em um segundo momento para as análises presentes em alguns escritos de Benjamin nos quais ele retoma as
problemáticas e os conceitos baudelaireanos para formular a sua própria abordagem de modernidade. Interessa-nos,
sobretudo, as análises de Benjamin presente no seu ensaio Sobre alguns temas em Baudelaire em torno dos seguintes
conceitos: experiência (Erfahrung), vivência (Erlebnis) e vivência do choque.
Arthur Silva Da Hora
Instituição: UFPA
Orientador: Prof.ª Dr.ª Elizabeth de Assis Dias
Órgão de Fomento: FAPESP
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A influência da concepção de verdade de Tarski na teoria da ciência de Popper
Com o presente trabalho temos por objetivo esclarecer a influência da concepção de verdade de Alfred Tarski na teoria
da ciência de Karl Popper, o que possibilitou que o filósofo racionalista crítico definisse a ciência tendo como meta a
verdade. Pretendemos investigar por que Karl Popper em sua obra, A Lógica da pesquisa científica, evitou envolver-se
com a questão da verdade, apesar de aceitar a teoria da verdade aristotélica de correspondência com os fatos. No nosso
entender tal cautela de Popper se deve ao fato dele não ter suficiente clareza de como se daria a correspondência entre
os enunciados e os fatos. Havia na sua época várias teorias que tentaram mostrar como se daria esta relação, como a de
Wittgenstein e a de Schlick. Em seu Tratactus, Wittgenstein propõe a sua teoria da verdade figurada ou projetada, na
qual a verdade é uma figura do fato que pretende descrever, mas Popper considera essa teoria insuficiente. Outra
tentativa de tentar explicar essa relação foi feita por Schlick, que interpretou a correspondência em questão como uma
correspondência um-a-um entre as designações e os objetos designados, que também foi rejeitada pelo filosofo
austríaco. O posicionamento de Popper, acerca da importância da concepção de verdade em sua teoria da ciência,
mudou quando conheceu a concepção de verdade de Tarski. Este filósofo reabilitou teoria da verdade como
correspondência mostrando como, do ponto de vista semântico, se daria a relação entre as sentenças e os fatos.
Arthur Zito Guerriero
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino
Órgão de Fomento: PET
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A Aporia do Sujeito Histórico em Guy Debord
Baseando-se principalmente em A Sociedade do Espetáculo, sem se restringir a sua mera exegese, o trabalho aborda
uma suposta aporia no pensamento de Guy Debord referente ao sujeito histórico. Se por um lado o movimento
proletário não falsificado por sua representação seria o sujeito histórico revolucionário que poderia instaurar a verdade
no mundo , por outro Debord faz uma crítica às bases materiais do espetáculo que, baseadas em uma economia
tautológica e pela separação generalizada, constituem uma formação social antagônica à instauração da consciência de
classe. Ou seja, ao mesmo tempo que o proletariado é único pretendente à vida histórica, tal está bloqueado pelas
condições objetivas. Isso não consistiria uma aporia se fosse tomado simplesmente de forma pessimista, mas o
otimismo com que Debord apresenta a questão nos leva a uma dificuldade teórica, sobre a qual esse trabalho se
aprofunda.
Beatriz Yonamine
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Terra
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O movimento de massa como um formador de opinião nos pensamentos de Hannah Arendt
Esse trabalho tem por objetivo central fazer uma análise acerca do método de domínio do totalitarismo, o qual Hannah
Arendt disserta em sua obra "Origens do Totalitarismo". Arendt diferencia o movimento de massa totalitário da tirania e
da ditadura por aquele ser antes "um formador de opinião" e não uma forma de governo imposta aos 'governados'.
Arendt reflete sobre o espanto nos escritos de Platão e faz analogia aos acontecimentos do século XX. O que possibilita o
surgimento da ideologia nazista e do governo totalitário é a formação de opinião (doxadzein) diante do novo,
diferentemente do phatos do espanto em frente à novidade (thaumadzein) que não pode ser expresso em palavras.
Bianca da Cunha Madruga Gomes
Instituição: UFF
Orientadora: Prof. Dr. Fernando Décio Porto Muniz
Órgão de Fomento: PIBIC
E-mail: [email protected]
Mímesis e prazer no Górgias de Platão
A presente comunicação tem por objetivo investigar a origem do conceito demímesis no Górgias, de Platão. Do ponto de
vista da sua gênese, a compreensão do fenômeno artístico no pensamento platônico exige uma análise da relação entre
a crítica ao hedonismo e a invenção da imagem mimética. Para que se possa empreender tal investigação deve-se
analisar a distinção entre imagem, imitação e realidade. Buscaremos ainda compreender de que modo a reflexão
platônica acerca da natureza das imagens influenciou sua posição frente à produção das atividades representativas.
Assim, partindo da noção de mímesis, o trabalho examinará o estatuto ontológico da imagem na obra do filósofo e o
modo pelo qual tal concepção da arte – entendida como uma forma de mímesis – dependeu da reflexão ética sobre o
prazer.
Bruna Andrade
Instituição: PUC - Campinas
Orientador: Prof. Dr. Douglas Ferreira Barros
Órgão de Fomento: FAPIC/Reitoria
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Acerca dos princípios que fundam o contrato: críticas de Rousseau ao contrato hobbesiano
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A presente pesquisa busca analisar o modo como se deu a passagem do estado de natureza para o estado civil em
Hobbes e em Rousseau, e como ambos os filósofos pensaram o estabelecimento dos contratos. Nosso intento é avaliar
sobre que bases se assentam as críticas de Rousseau ao modelo concebido por Hobbes. Uma vez que o estado de
natureza dos homens - anterior à concepção do Estado - influenciou o tipo de contrato adotado pelos autores,
procuraremos entender de forma objetiva e sucinta como se deu este estado sob a ótica destes dois filósofos
modernos.Por fim, trabalharemos as críticas de Rousseau quanto ao contrato de Hobbes, que são basicamente
constituídas em torno da concepção de soberano, de liberdade dos súditos e da forma como o primeiro exercerá seu
poder sobre os segundos. As principais obras utilizadas nesta pesquisa são O Contrato Social, de Rousseau, e Leviatã, de
Hobbes.
Bruna Maria Lemes Duarte
Instituição: UNESP
Orientador: Profa. Dra. Mariana Claudia Broens
Órgão de Fomento: CNPQ
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Reconstruções do conhecimento
Este trabalho apresentará os conceitos de conhecimento e experiência tais como apresentados por John Dewey
especialmente nas obras The influence of Darwin on Philosopy e Reconstrução em Filosofia. Na primeira obra, Dewey
propõe uma nova agenda para a pesquisa filosófica a partir da nova lógica encontrada na teoria a evolução de Darwin
que abriu novas perspectivas e causou grande impacto sobre o pensamento filosófico ocidental no que se refere,
especialmente, ao papel da experiência na produção do conhecimento. Na segunda obra, Dewey faz uma grande crítica
na forma de se fazer Filosofia à revelia da abordagem evolucionária e propõe uma reconstrução efetiva da Filosofia,
considerando as etapas evolutivas das capacidades de imaginar, lembrar e conhecer.
Bruna de Jesus Silva
Instituição: UNESP
Orientador: Prof. Dr. Vandeí Pinto da Silva
Órgão de Fomento: PIBIC - CNPq
E-mail: [email protected]
Para questionar filosoficamente a educação por via da práxis
Analisar a educação dentro do ambiente escolar em diferentes contextos sociais e culturais é uma tarefa meticulosa.
Com a gravidade do problema e a diversificada realidade brasileira, é iminente a preocupação do sistema educacional
que rege parte da base do progresso nacional e humano. Órgãos federais e estaduais preocupam-se e empenham-se em
encontrar uma forma de suprir as problemáticas nos últimos anos. A importância dos programas de melhoria realizados
pelos órgãos públicos sofre diferentes inferências dependendo da análise realizada. O fundamento da questão é
essencial para o entendimento, portanto, cabe ao pensamento filosófico auxiliar com a formulação da incógnita e o
desenvolvimento da mesma: Como está sendo analisada a educação na fase escolar para questionar sobre as
problemáticas providas do sistema educacional? Há pressupostos? Quais?
Brunno Amâncio Marcos
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Luis Antônio Ribeiro
Órgão de Fomento: Capes
E-mail: [email protected]
Experiências e apontamentos sobre o ensino de filosofia, PIBID e Escola Pública
Breve relato introdutório sobre as experimentações e impressões iniciais sobre o Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto de ensino de Filosofia no Ensino Médio em escolas públicas. Será apresentado
um brevíssimo relato de caráter subjetivo em forma de apontamentos sobre a experiência do PIBID de Filosofia da
Universidade Federal Fluminense (UFF) no Colégio Estadual Joaquim Távora (CEJOTA - Niterói/RJ). Cabe salientar, que a
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graduação em Filosofia na UFF iniciou no primeiro semestre de 2008. E o PIBID foi implantado aos licenciandos (via
processo seletivo) no inicio do segundo semestre de 2011. Ou seja, ambas as iniciativas são joviais, mas a jovialidade das
investiduras, não excluem a possibilidade e a necessidade de compartilhar tais vivências.
Bruno Carvalho Rodrigues de Freitas
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
E-mail: [email protected]
Elementos da crítica adorniana à Psicologia
Partindo de aforismos da "Minima Moralia" e de um artigo de 1955, "Sociologia e Psicologia", de Theodor Adorno, este
trabalho pretende expor os aspectos mais relevantes da crítica adorniana à Psicologia. A relação entre o pensamento de
Adorno e a Psicanálise, tema tradicionalmente estudado, pode ser considerada um aspecto das análises sobre a
Psicologia. No entanto, a pretensão aqui será abordar os aspectos mais diretamente relacionados à Psicologia tais como,
a relação indivíduo e sociedade, aporias epistemológicas e questões metodológicas envolvendo os dois os campos da
Sociologia e da Psicologia.
Bruno Ferreira da Rosa
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Terra
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
Intersubjetividade e reconhecimento na Filosofia do Direito de Hegel
A exposição se constituirá de uma reconstituição parcial do debate suscitado em torno da Filosofia do Direito de Hegel a
respeito do lugar que ocuparia as noções de reconhecimento e intersubjetividade nesse escrito. Publicado em 1820, a
obra Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito não deixa claro qual o lugar que ocuparia essas noções que balizaram
as reflexões de juventude de Hegel a respeito do direito. Teria Hegel suprimido a intersubjetividade em prol de uma
noção monológica do espírito e da eticidade? Passeando por autores como M. Theunissen, R. Williams e Axel Honneth, o
debate em torno da questão se enriquece de pontos de vistas diversos, o que nos convida a pensar o problema que,
assim, não deixa de estar em aberto.
Camila De Souza Izídio
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Orientador: Prof. Dr. Paulo Ricardo Martines
Órgão de Fomento: Capes
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A prova da existência de Deus pela via do movimento em São Tomás de Aquino
Tomás de Aquino, filósofo e teólogo teve como um de seus objetivos tratar em suas obras de assuntos teológicos com
uma abordagem filosófica. Em duas de suas obras, na Suma Teológica e na Suma contra os Gentios o filósofo aborda
dentre outros assuntos, cinco vias pelas quais é provada a existência de Deus. As mesmas têm como ponto de partida
as coisas sensíveis. De maneira que o presente trabalho detém-se a análise da primeira via que tem como principio o
movimento. Partindo do argumento de que “Tudo o que se move é movido por outro”, vemos que as coisas sensíveis
sofrem algum tipo de alteração e isso ocorre devido ao movimento. Movimento esse que não poderia originar nas
próprias coisas, mas sim advir de algo externo as mesmas. Entretanto, com o advir da física moderna e o conceito de
inércia a via de Tomás parece ser refutada cientificamente.
Carla Vanessa Brito de Oliveira
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Orientador: Prof. Msc. Ronaldo Crispim Sena Barros
Órgão de Fomento: PIBIC/CNPq
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O Aqui e o Agora na Fenomenologia do Espírito
Este trabalho pretende investigar o Aqui e o Agora na Fenomenologia do Espírito de Hegel, de modo a compreender
como essa imediatez resulta no princípio de universalidade. A obra Fenomenologia descreve o caminho que a
consciência percorre para chegar ao conhecimento de si, reconhecendo que ela, a consciência, é a própria realidade e,
supera assim, a oposição sujeito/objeto. Na Certeza Sensível, a consciência aparece em sua forma sensível e imediata: o
conhecimento se dá a partir da experiência e o objeto parece existir per se. No entanto, na mudança constante dos
dados objetivos, o que permanece no movimento é o Aqui e o Agora, que irão constituir, então, o verdadeiro conteúdo
da certeza sensível resultando no conceito filosófico de universalidade. Nesse sentido, o nosso objetivo é entender como
o Aqui e o Agora, a princípio, uma evidencia particular, torna algo universal.
Carlos da Fonseca Nadais
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Homero Silveira Santiago
E-mail: [email protected]
Filosofia política de Espinosa: a democracia como potência coletiva
A democracia é tema de acalorados debates desde antiguidade. O homem, ao se organizar em sociedade, descobre seus
benefícios e desconfortos. Cria, então, uma estrutura jurídica, o Estado, para tentar pacificar as relações conflituosas, e,
também, a democracia, a ferramenta para que todos possam participar dele, de maneira livre e autônoma.
A teoria política de Hobbes, Rousseau e Maquiavel tem lugar cativo no estudo da filosofia política, entretanto essa
comunicação tem por objetivo apresentar um esboço da teoria política espinosana, que se adéqua a sociedade atual,
tão complexa e diversificada.
Spinoza é um pensador republicano sui generis, que toma a liberdade como conatus coletivo, e seu modo de praticar
uma democracia republicana prevê que o Estado, imperium democrático, deve promover a liberdade individual e não
determinar que alguns indivíduos devam alienar sua potência para outros.
Carlos Sousa Lopes
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Orientador: Profª Msc. Denise Magalhães da Costa
E-mail: [email protected]
Literatura em Sartre: generosidade e Liberdade
Esta comunicação objetiva tratar do tema Literatura em Sartre: Generosidade e Liberdade, a partir da obra “O que a
literatura?”. Jean-Paul Sartre concebe a literatura como “pacto de generosidade”, este criado ente leitor e escritor, no
qual “cada um confia no outro, conta com o outro”, ou seja, minha liberdade, manifestando-se, desvela a liberdade do
outro. Entre escritor e leitor existe uma comunhão, ambos se comprometem um com o outro, e esse comprometimento
trata-se de liberdade, diante de cada obra, na comunhão do estético e do moral. Escrever sem dúvida é uma maneira de
comungar a liberdade através da literatura, que, como arte, inscreve a liberdade passando também pelo estético, do
contrário não haveria ali criação. Assim, a liberdade que Sartre fala aqui não é abstrata e ideal, mas concreta e cotidiana.
Carolina Miranda Sena
Instituição: Universidade Federal de Ouro Preto
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Ricardo Neves de Miranda
Órgão de Fomento: Capes
E-mail: [email protected]
Filosofia no Ensino Médio: prática pedagógica, programas curriculares e escolha do conteúdo
Esta exposição tem como objetivo compartilhar os resultados de uma pesquisa que analisou os problemas do estudo de
filosofia no ensino médio. Irei apresentar o desenvolvimento da pesquisa, que foi a análise de programas curriculares de
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filosofia e dos materiais didáticos utilizados pela escola e sua real aplicabilidade para o estudo desta disciplina.
Posteriormente, o trabalho realizado em sala de aula, junto aos alunos, onde estimulamos a discussão sobre o problema
trabalhado, de modo a captar a reação da turma ao entrar em contato com um problema filosófico. Deste modo, mais
do que uma troca de experiências do ensino de Filosofia, irei apresentar as conclusões da pesquisa que focam nas
dificuldades dos alunos do ensino médio diante da filosofia, nos problemas de escolha do conteúdo de Filosofia a ser
trabalhado no ensino médio e em uma crítica aos programas curriculares oficiais.
Daiane Danielli
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. José Pinheiro Pertille
E-mail: [email protected]
Hegel em um conhecida Polêmica: sistema, método e Estado
A apresentação tem como finalidade fazer uma abordagem introdutória sobre a filosofia de Hegel e mostrar que essa
perspectiva geral de estudo é suficiente para esclarecer uma problemática a respeito do conceito de Estado do filósofo
em questão. Significativa parte de más interpretações de teses desenvolvidas por Hegel ocorre em razão da
incompreensão dos conceitos lógicos, da metodologia do seu sistema ou mesmo pela total ignorância dele. Para um
estudo bem sucedido acerca do pensamento hegeliano, é imprescindível relacionar o assunto tratado com o todo do
sistema; considerando os conceitos lógicos, as divisões que compõem esse todo e a ordem em que os temas se
apresentam — mas a partir da abordagem teórica que o desenvolve. Hegel só será compreendido corretamente, isto é,
de maneira fiel às pretensões do pensador, se for feito um estudo prévio do que se trata o seu método especulativo e
também sobre as partes e a ordem em que os conceitos se apresentam em seu sistema. Não é diferente em relação ao
pensamento hegeliano sobre o Estado. Para compreender do se trata esse conceito, é necessário saber as partes que
caracterizam e as que antecedem a Eticidade, momento do sistema em que Hegel trata do conceito de Estado. Caso
contrário, se perde o que fundamenta o assunto em estudo e também aquilo que é base para as afirmações do filósofo,
não sendo de se admirar que Hegel seja acusado (injustamente, diga-se de passagem) de defensor do estado totalitário,
forma de governo que se impõe sobre direitos individuais. Considerando essa exigência para iniciar um estudo de um
pensador sistemático como Hegel, este trabalho pretende apresentar o que é este todo teórico e como alguns dos
conceitos lógicos e metalógicos (tais como Suprassunção, Ser aí, Realidade Efetiva, Liberdade) são, de uma perspectiva
metafísica, capazes de justificá-lo e organizá-lo. Só então, pressupondo isso, será possível mostrar o que é, de fato, o
Estado para Hegel.
Daniel Valente
Instituição: Mackenzie
Orientador: Prof. Dr. Roger Fernandes Campato
Órgão de Fomento: PIBIC
E-mail: [email protected]
A Crise da Modernidade: Uma discussão sobre a dialética da subjetividade na modernidade
e a proposta de mudança de paradigma de Habermas
A modernidade é um período caracterizado por cisões, onde prevalece um modelo de razão centrada no indivíduo.
Hegel identifica o princípio de subjetividade como o problema decorrente deste modelo de racionalidade. O "problema
da modernidade" se caracteriza como o princípio da razão do pensar individual e fragmentado que não corresponde ao
verdadeiro pensar; a razão moderna centraliza suas experiências no sujeito cognoscente, abstraindo-o dos objetos
cognoscíveis e voltando-se a si como único objeto - o que culmina na transmutação da subjetividade em objetividade. As
dificuldades em se empreender um movimento de rompimento com este modelo se referem ao fato de que a razão, sob
a égide da subjetividade, não consegue se reconhecer, pois está centrada no princípio da individualidade. Ao identificar
que este modelo de racionalização conduz à desintegração do universo social tradicional, Habermas vislumbra um
movimento de crítica permanente às positividades para romper com tal situação, com um modelo de identidade que
negue todas as absolutizações.
Daniela Modena
Instituição: Centro Universitário São Camilo
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Orientador: Prof. Dr. Claudenir Modolo
E-mail: [email protected]
Como discutir vida e morte na era da globalização?
Temos hoje uma crescente discussão sobre a eutanásia, assunto que tem como principal característica o ser a favor ou
contra essa ação, porém, antes mesmo dessa discussão faz-se necessário que possamos identificar qual a realidade do
Brasil e suas diferenças pois, de uns prolonga-se a “vidas” por aparelhos, e de outros ceifam-se a vida através da
miséria, diante desse fato, como podemos discutir a dignidade humana? O presente trabalho tem como proposta
discutir essa relação entre vida e morte, porém a partir de uma perspectiva em que o sistema capitalista é causador de
danos ao homem. Contudo, buscarei apresentar uma discussão que desatrele essa vítima (do sistema capitalista) de suas
amarras dentro de uma proposta levinasiana, na qual trabalha conceitos como: alteridade, metafísica, totalidade e
infinito etc. tendo como principal discussão a ética.
Daniele Aparecida Ferreira Lemos do Nascimento
Instituição: UFRN
Orientador: Prof. Dr Gisele Amaral dos Santos
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
Mito e Logos na Filosofia de Platão
Platão ao discutir questões filosóficas em seus diálogos não ficou restrito à utilização somente do logos, ele inseriu o
mito como outra via de exposição dessas discussões. O trabalho tem como intento apresentar a relação entre o mito e o
logos na filosofia de Platão, bem como a compreensão deste filósofo acerca desses conceitos no âmbito dos seus
diálogos.
Danilo da Silva Figueiroa
Instituição: Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro
Orientador: Prof. Dr. André Campos da Rocha
E-mail: [email protected]
Investigação acerca do alcance do conceito de revolução científica de Thomas Kuhn
O objetivo desta pesquisa é investigar o alcance do conceito de Revolução Científica, cunhado por Thomas Kuhn. A
hipótese com a qual trabalhamos é a de que algumas formas de ciência são refratárias a tal conceito. Para que
pudéssemos testar a validade de nossa hipótese, examinamos tratados de história das ciências em busca de momentos
de revolução. No entanto, descobrimos que, por exemplo, a história da biologia parece não apresentar revoluções
cataclísmicas ou períodos de ciência normal. O resultado mais significativo a que chegamos, diz respeito ao fato, de que
talvez seja premente, a diminuição do nível de pretensão de validade do conceito de revolução científica, no
pensamento kuhniano. No estado atual de nossa pesquisa, defendemos a posição de que as revoluções apenas são
encontradas nas formas científicas mais exaustivamente examinadas por Kuhn, ou seja, química e física.
Danilo Riva de Moraes
Instituição: USJT
Orientador: Prof. Dr. Hélio Salles Gentil
E-mail: [email protected]
Visão e Pensamento em Merleau-Ponty
A pesquisa foi desenvolvida como uma reflexão sobre o olhar, mais especificamente sobre a relação entre o ver e o
pensar a partir da obra de Merleau-Ponty. A discussão sobre o olhar, historicamente, sempre foi tema de interesse da
filosofia e, dentro do panorama filosófico do século XX, ganhou destaque a abordagem de Merleau-Ponty. Examinamos
esta a partir de sua discussão do cartesianismo, tomando como referência principal seu ensaio “O olho e o espírito”,
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com destaque para a compreensão da articulação entre a experiência visível e a atividade intelectual e o modo como o
filósofo entende a contribuição da pintura à filosofia para o esclarecimento dessa articulação.
Darley Alves Fernandes
Instituição: UFG
Orientador: Profª. Drª. Márcia Zebina Araujo
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
História e ação humana em Kant
Kant defende a ideia de que todos os acontecimentos naturais são determinados por leis naturais, inclusive as ações
humanas, porém, ressalva que as ações humanas são motivadas pela liberdade da vontade. Por outro lado, Kant se
recusa a aceitar que a história dos homens seja planificada tal como a das abelhas e das formigas, pois, os homens
ultrapassam os limites da existência animal visto que por meio do uso correto da razão consegue romper os limites
impostos pela natureza revertendo situações desfavoráveis e ainda deliberar sobre situações. Na história contudo na há
liberdade (Freiheit), apenas escolha/arbítrio (Willkür), o suficiente para descobrir um curso regular. A presente
comunicação visa apresentar o que confere a ação humana um estatuto diferente dos demais acontecimentos naturais,
o que nos levará consequentemente a compreender a recusa kantiana da história empírica.
David Barroso Braga
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Ruy Carvalho
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
A problemática da afecção nos prefácio, introdução e
estética transcendental da Crítica da Razão Pura
Immanuel Kant (1724-1804) na Crítica da Razão Pura expõe sua Filosofia Transcendental, a qual se preocupa não com os
objetos, mas com nossa forma de conhecer, que se expressa nos princípios apriorísticos do sujeito do conhecimento. A
Crítica nos ensina que conhecemos apenas os objetos que se moldam e são regidos por nossa estrutura transcendental,
denominados de fenômenos por se tratar dos objetos que nos aparecem e não como eles são em si mesmos. Sendo
assim, todos os objetos independentes de nossa maneira de conhecer são, pois, incognoscíveis. Entretanto, Kant afirma
que para termos objetos dos sentidos precisamos ser afetados por objetos transcendentais que não se submetem às
nossas faculdades cognoscitivas. Temos então, uma grande questão: a existência de “objetos” independentes do sujeito
e que provocam a afecção que dá origem ao fenômeno, contradizendo o Idealismo Transcendental.
David Brito Silva
Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Orientador: Prof. Ms José João Neves Barbosa Vicente
Órgão de Fomento: PIBIC
E-mail: [email protected]
Maquiavel e a revolução: uma perspectiva arendtiana
Em sua obra Da revolução (1988), Arendt analisa o significado da revolução como um fenômeno especificamente
moderno que exprime a coincidência da ideia de liberdade e da ideia do novo começo. Um fenômeno que requer a
edificação de um mundo comum, pois seu conteúdo é a liberdade política. Isto é, liberdade de participar no governo,
nos assuntos públicos. O que Maquiavel tem a ver com isso? Para Arendt, ele foi o primeiro a pensar na possibilidade de
fundar um corpo político, permanente e sólido. Desse modo, tornou-se importante na história das revoluções. Nosso
objetivo neste trabalho é, portanto, explorar o alcance dessa importância de Maquiavel para as análises de Arendt sobre
o significado da revolução.
David Barroso de Oliveira
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Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Orientador: Profa. Dra. Marly Carvalho Soares
E-mail: [email protected]
O despertar da alma natural ou o despertar natural do espírito na antropologia hegeliana
O desenvolvimento espiritual do Homem ao verdadeiro conhecimento de si dá-se, primeiramente, na alma natural
essente, submerso totalmente na exterioridade da natureza como um elo é o sono do espírito. G. W. F. Hegel, na obra
Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio (vol. III), estabelece este momento na primeira seção da
Antropologia que tem por objeto essa alma natural, enquanto espírito ainda não livre; sua emergência é finalidade deste
trabalho pela exposição de sua idealidade no por-se em progressão para avançar daquela indeterminidade à
determinidade: o despertar da alma natural ou o despertar natural do espírito.
David Ferreira Camargo
Instituição: UFSCar
Orientadora: Prof. Dr. Luís Fernandes Dos Santos Nascimento
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Memória e Sensibilidade em Diderot
Diderot, em seu Paradoxo sobre o Comediante, defende que o ator deve fazer uso da memória, que tem como função a
conservação da unidade do personagem que representa. Por outro lado, o ator deve neutralizar sua sensibilidade sob
pena de ser medíocre em seu desempenho. No Sonho de d’Alembert, tanto a memória quanto a sensibilidade são
propriedades da matéria, e isto teria implicações determinantes no modo de agir dos seres, dentre eles os animais e o
homem. Em meio essas duas obras, buscaremos os significados dos conceitos de sensibilidade e de memória com o
intuito de esclarecer as razões da tese de Diderot sobre o desempenho do ator.
Debora Grygutsch Hellwig
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Orientadora: Prof. Dr. José Antônio Martins
E-mail: [email protected]
Sobre a Politéia Mixis Méson de Aristóteles
Na Política de Aristóteles há uma elaboração sistemática de ideias provenientes da formação de uma pólis e da
existência de um zoon polítikon. No livro I, Aristóteles fala sobre a necessidade do homem em participar do embate
político, devido a sua natureza política. No livro III, a definição do que é uma pólis e do que é ser político surge como um
critério para posteriormente se falar dos regimes políticos, pois, segundo o estagirista, existem as formas retas e as
formas desviadas de governo, cada uma delas com seu respectivo político. No livro IV, as formas de governo são
novamente analisadas, porém de maneira divergente, na qual o regime proposto se pautaria em dois critérios: a mistura
e a mediania. Nossa investigação é justamente compreender tais critérios e suas implicações para os políticos e para a
pólis.
Diego dos Santos Reis
Instituição: UFRJ
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castelo Branco
Órgão de Fomento: FAPERJ
E-mail: [email protected]
Diagnósticos filosóficos da modernidade: notas sobre a biopolítica
Ao analisar o desenvolvimento das tecnologias do poder no Ocidente, Michel Foucault alerta para o advento de
mecanismos responsáveis pela bio-regulamentação e administração das populações através de dispositivos que visam
ao corpo biológico, extraindo dele o máximo de positividades possíveis, embora, paradoxalmente, opere uma seleção
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entre os destinados a viver e a morrer. Perante esta constatação, Foucault forja o conceito de Biopolítica, o qual
buscaremos explicitar alguns aspectos fundamentais. Destacaremos, também, a importância de sua articulação com o
racismo de Estado, legitimador da racionalidade a serviço do aperfeiçoamento do corpus social. Assim, pretendemos
analisar o modus operandi do Biopoder, que demarca fronteiras claras entre os ditos “normais” e os “indesejados”,
condenados à exclusão e ao extermínio.
Diego Guimarães
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Soares Neves Silva
Órgão de Fomento: SESu-MEC
E-mail: [email protected]
As fenomenologias de Heidegger e Sartre a partir de suas críticas à fenomenologia husserliana
A fenomenologia, enquanto método, pode ser definida como um ir às coisas mesmas para explicá-las e descrevê-las.
Essa relação, para Husserl, é transcendental e representável pela dicotomia sujeito-objeto. No entanto, num segundo
momento, Husserl passa a priorizar o sujeito dessa relação, tendendo, com o conceito de redução, ao idealismo. Essa é
uma das principais críticas que tanto Heidegger quanto Sartre fazem a Husserl, e é a partir dela, entre outras, que ambos
desenvolverão uma fenomenologia própria. A partir das críticas que Heidegger e Sartre dirigem a Husserl tem-se uma
perspectiva para compará-los, já que tais críticas têm tanto pontos convergentes quanto pontos divergentes. Sendo suas
críticas diferentes em diversos aspectos, já no início de suas obras (aqui nos ateremos a Ser e tempo e O ser e o nada)
poderemos notar algumas das diferenças entre suas fenomenologias.
Diego Moraes Guimarães
Instituição: UFBA
Orientador: Prof. Ms. Ricardo Calheiros Pereira
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
Michel Foucault e o discurso sobre a sexualidade
Essa comunicação diz respeito ao pensamento de Foucault e suas nuances com o discurso da sexualidade. Tendo em
vista nos aproximar da compreensão deste tema, estabelecemos o livro "A História da Sexualidade I - A Vontade de
Saber", como ponto de partida para analisarmos a história sobre o discurso do sexo no ocidente, ou seja, o que se diz, o
que é promovido e, sobretudo, o que é proibido quando a questão é a prática discursiva da nossa sexualidade. Com isso,
o que Foucault nos convida a pensarmos são as bases em que o nosso saber sobre o sexo estão fixadas. E para isso, é
preciso questionar o próprio conceito de sexo, que segundo Foucault, está subjugado à noção de saber-poder. Contudo,
o nosso intento ao tratar do discurso sobre o sexo é para que possamos refletir, qual tem sido o lugar do sexo na
sociedade, enquanto conceito e discurso, ao longo da história do homem ocidental.
Domingos da Silva Campos Neto
Instituição: UFPA
Orientador: Prof. Dr. Nelson José de Souza Júnior
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
A Verdade enquanto Desencobrimento e Correção
A Verdade na visão Heideggeriana torna-se um Confronto constante, donde ocorre a abertura do homem ao ente. A
exposição dessa concepção de Verdade permite colocá-la como Desencobrimento originalmente e de maneira derivada
desta, enquanto Correção. No pensamento de Heidegger nos anos 30, sobretudo no texto, Da essência da verdade, essa
concepção esta estreitamente ligada com Agir do homem na prática.
Dorival Braz Neto
Instituição: UFSCar
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Orientadora: Profa. Dra. Eliane Christina de Souza
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
O filósofo bacante
“Muitos são os portadores de tirso, mas poucos os bacantes, e estes, em minha opinião, não são outros que os que
filosofaram corretamente” (Fédon, 69c-d). Minha exposição tem como objetivo esclarecer em que sentido Platão atribui
ao filósofo, no diálogo Fédon, a categoria de bacante (βάκχοι), o iniciado nos mistérios órficos que alcançava o estado
divino através da ascese pessoal.
Elan Fernando Campelo dos Santos
Instituição: UFMA
Orientadora: Prof. Esp. Flávio Luiz Castro Freitas
E-mail: [email protected]
A Filosofia da linguagem como método analítico do discurso filosófico
No trabalho que se segue, objetiva-se mostrar como a Filosofia da Linguagem pretende dar conta de problemas
filosóficos há muito inquietantes para o homem, através da sua melhor forma de expressão do conhecimento; a
linguagem. A abordagem sugerida aqui é a de utilizar a Filosofia da Linguagem como uma análise conceitual, um método
filosófico de investigação, referente aos problemas fundamentais da Filosofia. Para tanto, a Filosofia da Linguagem vai
buscar na análise das características do uso ou do significado de palavras ou enunciados lingüísticos, que se pode chegar
à conclusão de como somos capazes de nos relacionarmos com o mundo enquanto “fenômeno”, o mundo físico tal qual
o conhecemos, através da linguagem.
Elba Carolina Oliveira Silva
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Túlio Roberto Xavier de Aguiar
E-mail: [email protected]
Reduzindo Dependência Causal à Dependência Contrafactual: Os Principais Problemas das Duas Versões da Teoria
Lewisiana da Causalidade
Em 1973, David Lewis forneceu uma primeira versão de sua teoria da causalidade, mas devido às críticas que recebeu
em relação ao tratamento da preempção, propôs em 2000 uma nova versão de sua teoria. Mostrarei brevemente como
este filósofo construiu a semântica das condicionais contrafactuais, em que a noção de mundos possíveis é crucial, até
chegar à sua concepção de causalidade propriamente dita. Em seguida, examinarei os principais problemas da teoria,
dando especial atenção ao aspecto da direção da causalidade. Por fim, iriei expor a versão mais recente e mostrar em
que medida alguns problemas foram superados e outros acabaram surgindo. Tenho por objetivo defender que a teoria
lewisiana é um avanço em relação às teorias regularistas da causalidade e a posição de Lewis com relação ao aspecto
contingente da causalidade está correta, mas em determinados contextos a teoria não funciona.
Emanuel Robson Dias Silva
Instituição: Faculdade de Filosofia Ciencias e Letras de Caruaru
Orientador: Profª. Drª. Maria de Fatima Batista Costa
E-mail: [email protected]
Filosofia no cotidiano: Uma reflexão a partir da fenomenologia existencial
O objetivo desse estudo é compreender como a filosofia está presente na vivência do homem ocidental mesmo quando
este não tem qualquer formação na área, ou até mesmo quando não gosta do debate filosófico. Como base para a
análise, trabalharemos a partir da abordagem da fenomenologia existencial feita por Luijpen que levanta a discussão
sobre a existência singular no esteio da filosofia e aponta o contributo reflexivo como inerente ao desenvolvimento de
nossa tradição mostrando a presença dia-a-dia da filosofia no mundo das vivências. Neste sentido, até mesmo o menos
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inculto dos homens é convidado a filosofar e mesmo sem saber como isso é possível passa a fazer uso deste saber. O
objetivo é estabelecer um elo discursivo com alguns pensadores contemporâneos na tentativa de responder o que é a
filosofia e como se dá o filosofar numa sociedade com parca formação filosófica.
Eric Renan Ramalho
Instituição: UFMG
Orientador: Dr. Eduardo Soares Neves Silva
Órgão de Fomento: PIBIC/CNPq
E-mail: [email protected]
Considerações sobre o Materialismo Histórico de História e Consciência de Classe
Para György Lukács, as categorias econômicas expressam relações entre pessoas, porém, ao nível capitalista do
desenvolvimento humano, essas relações foram convertidas em relações entre coisas, esvaziando a esfera subjetiva da
reprodução social e condicionando o movimento das coisas e o metabolismo societário ao fenômeno da reificação.
Inclusive a produção teórica, incluindo certas tendências marxistas, estariam submetida ao devir do capital. Isto posto, a
presente pesquisa intenta apresentar as linhas mestras do materialismo histórico dialético, segundo foi apresentado na
obra História e Consciência de Classe, defendendo que para o autor a verdadeira essência do marxismo estava
assentada sobre duas premissas fundamentais, (i) a relação teoria e prática e (ii) a superação da reificação capitalista
através da revolução proletária.
Erika Donin Dutra
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Wladimir Barreto Lisboa
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Lei Civil e a paixão do medo: uma análise a partir de Austin, Hart e Hobbes
A teoria do comando de Austin, que entende o Direito como diretamente ligado à sanção e ao comando do soberano, foi
acertadamente criticada por Hart em sua obra “The Concept of Law”. No entanto, o que se pretende analisar, a partir do
conceito de medo em Hobbes, é que a noção de comando e sanção, presente na definição de lei civil, captura um
elemento fundante da vida política: a necessidade de submissão a um poder comum que detém o monopólio da
violência. Para o filósofo de Malmesbury, o excesso ou a falta de medo no indivíduo levam-no a não dimensionar
corretamente aquilo que se deve ou não temer, como o pusilânime ou “Dom Quixote”, que distorce a importância de
determinados fatos, tornando-os muito maiores ou muito menores do que realmente são. A pesquisa dá-se a partir de
uma análise conceitual de fontes primárias e materiais de apoio contemporâneo.
Esmeraldina Alves Ferreira
Instituição: Universidade Federal de São João del-Rei
Orientador: Prof. Dr. José Luiz de Oliveira
Órgão de Fomento: Capes
E-mail: [email protected]
Considerações acerca do pensamento de Hannah Arendt no âmbito do Ensino de Filosofia
O presente trabalho tem por objetivo analisar o pensamento de Hannah Arendt no âmbito do Ensino de Filosofia e sua
contribuição no processo de formação do homem. A análise da questão concentrar-se-á nas obras A vida do espírito,
Eichmann em Jerusalém e o ensaio Pensamento e considerações morais, analisando a contribuição no pensamento de
Arendt acerca do pensar. Pensar esse que é pensar alguma coisa, é busca de sentido, de significado. Possibilitar ao
homem, mais que conhecer e compreender o mundo, a ele pertencer e nele ser inserido, estabelecendo uma relação de
sujeitos no fortalecimento e exercício da cidadania, finalidade da Educação Básica
Evelin Raupp
Instituição: PUC-PR
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Orientadora: Prof. Dr. Eladio Constantino Craia
Órgão de Fomento: PUC-PR
E-mail: [email protected]
A Dissociação da unidade sadomasoquista segundo Deleuze
A presente comunicação pretende demonstrar a análise da abordagem feita por Gilles Deleuze em seu livro Masoch: o
frio e o cruel, sobre como os conceitos de masoquismo e sadismo se opõem, e não devem ser confundidos como
elemento único. Ora, a diferença entre o sádico e o masoquista não está limitada na ideia de que um quer dominar, e o
outro ser dominado, uma vez que ambos pretendem dominar, porém, são formas opostas de controle. A figura do
sádico é relacionada por Deleuze à ideia de possessão, no sentido de assalto, de dominar brutalmente. A direção para o
gozo em Sade é a transgressão de toda forma de lei. Por sua vez, a relação de dominação do masoquismo depende de
um contrato que é construído entre a vítima e o algoz, com a produção constante de cláusulas a serem seguidas, como
forma de enfrentar e burlar a lei, pois assim a própria lei guia aos prazeres que ela proíbe.
Felipe Thiago dos Santos
Instituição: UNESP
Orientador: Prof. Dr. Márcio Benchimol Barros
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
A Arte da Hipnose: Friedrich Nietzsche contra a estética da Décadence de Richard Wagner
A partir das acusações feitas por Nietzsche em O Caso Wagner (1888) ao compositor Wagner, nós podemos penetrar no
interior da crítica nietzscheana aos elementos constitutivos dos dramas wagnerianos, tomando como amparo teórico o
conceito de décadence. Neste contexto, a comunicação tem por objetivo não apenas elucidar de que maneira Wagner é
posto por Nietzsche como representante décadent de uma modernidade artisticamente corrompida, mas também
mostrar a maneira pela qual a estética wagneriana toma por fundamento a anulação das estruturas formais da música
atingindo, conseqüentemente, a hipnose do ouvinte. Metodologicamente partiremos da leitura de Beethoven, escrito
em 1870 por Wagner e de O Caso Wagner. Essas obras nos fornecerão a base teórica para esmiuçar o paralelo entre
uma arte da décadence e seus efeitos hipnóticos.
Fernanda de Araujo Izidório
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio D'Ávila Zingano
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
A sensação como alteração no De Anima de Aristóteles
Em seu De Anima, Aristóteles descreve o sentir como um ser movido ou ser afetado, constituindo assim uma espécie de
mudança qualitativa. Considerando tal afirmação juntamente à subseqüente descrição dos cinco sentidos, marcada por
processos mecânicos, tenderíamos a concluir que essa mudança seja simplesmente física. No entanto, é preciso lembrar
que a sensação é apresentada no próprio De Anima como uma das capacidades da alma e, portanto, não é, ou ao menos
não o é exclusivamente, um processo corpóreo. Em diversos momentos do texto o autor inclui a ressalva de que,
embora sentir seja ser afetado no órgão, não o é simplesmente, incluindo também certa consciência de sentir. Mas,
então, como essa mudança se dá: fisiologicamente ou dependente do objeto apenas para despertar a consciência de
determinada sensação? Eis o problema que buscaremos delimitar e analisar em nossa apresentação.
Fernanda Elias Zaccarelli Salgueiro
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
Órgão de Fomento: Santander
E-mail: [email protected]
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Política e desconstrução em Derrida
Para Jacques Derrida, a política constitui um dos conceitos fundamentais da chamada metafísica ocidental, a qual ele
pretendeu abalar por meio do “movimento” da desconstrução. Contudo, o autor afirmou não ser a desconstrução alheia
ou indiferente à política, e isso desde seus primeiros textos, que seriam menos explícitos acerca desse assunto. Assim,
procurou-se compreender de que modo conceber a noção de política no momento mesmo em que Derrida passou a
postular o deslocamento da metafísica, isto é, em seus textos inaugurais.
Fazendo releituras de Saussure, Freud, Heidegger e Husserl, bem como se valendo de “quase-conceitos”, a exemplo de
rastro e diferensa [sic], Derrida problematiza a linguagem da metafísica que exclui o Outro, para inseri-lo na constituição
de todos os sentidos, uma política da desconstrução.
Fernando Araújo Del Lama
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Marcus Sacrini Ayres Ferraz
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Em torno das “memórias involuntárias”: Walter Benjamin e o recurso a Freud na compreensão de Proust
No início do século XX, era comum, na crítica de tradição francesa, enxergar a obra de Marcel Proust, “Em busca do
tempo perdido”, como uma espécie de “aplicação literária” das ideias bergsonianas sobre a memória e o tempo. É, pois,
divergindo diametralmente dessa linha de interpretação que Walter Benjamin busca compreender a obra de Proust:
contrariando a tradição francesa, ele distancia Proust de Bergson, baseando-se, sobretudo, em sua interpretação da
noção proustiana de “memória involuntária”; após distanciá-los, Benjamin promove, então, uma aproximação entre o
escritor e algumas ideias de Freud, as quais servem de chave para sua leitura de Proust. Assim, no presente texto, determe-ei na aproximação entre Proust e Freud, buscando esclarecer a relação entre as hipóteses freudianas e a leitura que
Benjamin faz do romance proustiano.
Fernando César da S. Nascimento
Instituição: Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro
Orientador: Prof. Dr. André Campos da Rocha
E-mail: [email protected]
A Polissemia do conceito de valor intrínseco em ética ambiental
O objetivo deste trabalho consiste em discutir a polissemia do conceito de valor intrínseco para a posição realista em
ética ambiental. Nossa hipótese é a de que, tal conceito, possuindo muitos sentidos, dificulta a argumentação em ética
ambiental. Realizamos esta pesquisa, analisando algumas das principais posições sobre o tema. Como a já clássica
concepção de valor intrínseco de Moore; bem como a de Naess, que fez do conceito de valor intrínseco uma das
características definidoras da ecologia profunda. Nossa pesquisa identificou algumas das acepções de valor intrínseco
mais utilizadas. Por exemplo, tal conceito pode ser entendido como valor não instrumental ou como valor que um
objeto possui independente das valorizações de quem o valoriza. Nossos resultados nos levam a crer que a clarificação
do conceito de valor intrínseco, se mostra fundamental para uma ética ambiental defensável.
Fernando da Silva Cardoso
Instituição: Faculdade do Vale do Ipojuca
Orientador: Profa. Dra. Rita de Cássia Souza Tabosa Freitas
Órgão de Fomento: FAVIP - Faculdade do Vale do Ipojuca
E-mail: [email protected]
O projeto universal-cosmopolita: a relativização da soberania face à proteção internacional dos direitos humanos
O presente estudo tem como objeto de pesquisa a proteção internacional dos direitos humanos, trazendo como
hipótese a apresentação de uma nova abordagem acerca do conceito de soberania, formulada a partir dos preceitos do
Direito Cosmopolítico. A justificativa que induziu ao desenvolvimento do texto, parte dos pressupostos do projeto
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universal-cosmopolita para sustentar que os direitos humanos não são antinômicos em relação ao conceito de soberania
estatal. Assim a intenção específica deste trabalho, é colocar frente a frente à proposta universal-cosmopolita dos
direitos humanos (que tende a ser mundial, da humanidade) e a ordenação política e de direito sobre a terra, a qual se
traduz historicamente na ideia da soberania territorial, de supremacia.
Fernando Esteves de Oliveira
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Gerson Luiz Louzado
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Ações amorais na obra kantiana
O objetivo de minha pesquisa de iniciação científica é demonstrar a dificuldade de caracterizar ações amorais (nem
morais nem imorais) na obra kantiana tal como é apresentada na Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Na obra
em questão, Kant defende que ações realizadas por um ser dotado de uma vontade finita são moralmente boas quando
estas se dão segundo máximas que estejam nos moldes de uma das quatro formas do imperatívo categórico, de forma
que ou elas estão e geram ações morais, ou não estão e têm como resultado ações imorais (Tertium non datur). Isso
implica que ações amorais não tem espaço no modelo ético kantiano, o que gera uma série de dificuldades, como a
necessidade de enquadrar ações supostamente amorais, tal qual o ato de amarrar os tênis, como sendo morais (e assim
ser uma obrigação a todos) ou imorais (e assim sendo proibído a todos).
Francielle Silva Cruz
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Orientador: Prof. Dr. Robespierre de Oliveira
E-mail: [email protected]
Atemporalidade e transcendência nas obras de arte
As obras de arte mesmo refletindo fatos e questões interpretados pelo artista em um determinado período histórico social não pode ser considerada mero resultado desta soma; não é simplesmente um fenômeno “ideológico”, no sentido
marxista do termo, pois se assim fosse ela desapareceria junto com as “ideologias” que a criaram.
Adolfo Sánchez Vázquez apresenta uma visão diferente dos marxistas tradicionais que superestimavam o fator
ideológico e acabavam por minimizar a forma, a coerência interna e a legalidade específica da obra de arte; Hegel nos
apresenta o caráter de universalidade da obra de arte demonstrando que é este fator que possibilita a obra de arte
perpassar pelos diferentes períodos históricos, eternizada a partir de uma rede de re-significações, diferentes da que
possuía inicialmente.
Francisca Palloma Soares Paulino
Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Ângelo da Rocha Fragoso
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
Filosofia no Ensino Médio: Conteúdo e Metodologias
A presença da disciplina de Filosofia nos currículos escolares de nível médio é uma questão que fomenta um campo
bastante diverso de opiniões. As discussões que se referem a este tema encontram sua maior relevância na construção
de um panorama a partir do qual é possível pensar o papel que o pensamento filosófico está apto a exercer na educação
brasileira. O ensino de Filosofia é, sem dúvidas, um instrumento valioso e deve ser explorado do modo mais produtivo
no ambiente escolar. O esforço dos estudantes de licenciatura em Filosofia reside na necessidade de desenvolver uma
metodologia que possua consistência de conteúdo e eficácia de aprendizagem, simultaneamente. O objetivo deste
trabalho é discutir as questões referentes ao conteúdo filosófico no ensino médio assim como a sua relação com as
metodologias aplicadas, buscando, deste modo, pensar uma união coesa entre teoria e prática.
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Franscica Arruda da Silva
Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
Marcuse e o PIBID: uma Relação a Docência na Filosofia
O filósofo Herbert Marcuse utiliza-se da dialética da historia para efetivar sua liberdade. Com base nesse pensamento o
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, o Pibid é um valoroso meio, no qual, mostra aos alunos que
eles podem pensar a história para adquirirem um pensamento reflexivo de sua liberdade, assim, superando sua própria
realidade.O Pibid oferece bolsas para estudantes de cursos de licenciatura plena, mas também oferece as condições de
possibilidade para uma prática preconizada na filosofia marcuseana, bem como de outros pensadores, na qual os
bolsistas ao atuarem nas IES observando o cotidiano, promovendo vídeo-debates e ministrando aulas e minicursos,
terão melhores condições para o futuro exercício profissional e cidadão e concomitantemente estarão possibilitando aos
alunos das IES um melhor desenvolvimento de suas potencialidades éticas e cidadãs.
Gabriel Petrechen Kugnharski
Instituição: UFPR
Orientador: Prof. Dr. Luiz Sérgio Repa
Órgão de Fomento: PET - SESu
E-mail: [email protected]
Identidade e Totalidade: Adorno entre Kant e Hegel
O objetivo deste trabalho de pesquisa é abordar a Dialética Negativa (1966) de Theodor Adorno a partir da leitura que o
filósofo frankfurtiano faz de Kant e Hegel em torno dos conceitos de identidade e totalidade. Para isso, primeiramente
trataremos das críticas de Adorno à dialética hegeliana, o que tornará claro para nós o processo pelo qual a dialética
idealista de Hegel é invertida e se torna, em Adorno, completamente negativa. Em segundo lugar, buscaremos elucidar o
significado da “metacrítica” kantiana de Hegel proposta por Adorno e sua importância para a formulação do conceito de
dialética negativa. Por fim, pretendemos mostrar qual o impacto deste processo para os conceitos de identidade e
totalidade, e resumidamente apresentar o modo como estes conceitos participam do diagnóstico do capitalismo tardio
proposto por Adorno nessa obra.
Gedeão Mendonça de Moura
Instituição: UFBA
Orientadora: Prof. Dr. Mauro Castelo Branco de Moura
Órgão de Fomento: PET - SESu
E-mail: [email protected]
A negatividade do trabalho humano nos Manuscritos de 1844
É com os Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844 que Marx começa a esboçar as principais categorias (trabalho,
propriedade privada, capital, etc.) que norteará seu futuro sistema crítico acerca da sociabilidade burguesa. Não
obstante, o objetivo desta comunicação é fazer uma análise da gênese do conceito marxiano de trabalho, na tentativa
de relacioná-lo com o controverso conceito de essência humana, a partir da obra acima referida. Procuraremos mostrar
como o trabalho humano, no modo de produção capitalista, adquire uma negatividade constitutiva que provoca, por sua
vez, uma cisão entre a existência e a essência do trabalhador; cisão esta que para o jovem Marx dos Manuscritos de
1844 só pode ser superada com o advento de uma forma de sociabilidade que seja racionalmente regulada pelos
homens, noutras palavras, com o advento do comunismo.
Gilberto Fernandes Guimarães
Instituição: UNIMONTES
Orientador: Prof. Dr. Ildenilson Meireles Barbosa
Órgão de Fomento: PET - SESU/MEC
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E-mail: [email protected]
Adorno e o uso da arte na indústria cultural
O presente trabalho visa uma explicação detalhada sobre a “indústria cultural” seus objetivos e sua mecânica de
massificação e alienação pela arte. Uma leitura critica de como se dá o processo da indústria cultura e a descoberta feita
pelos seus articuladores da arte como mecanismo de influencia nas ações humanas. A objetivação da indústria cultural e
sua ideologia, não se concretizam sem uma fonte a qual atinja o ser humano por inteiro. Nessa perspectiva que segundo
Adorno a indústria cultural utilizando-se da arte emprega na mente humana exortações a conformar-se naquilo do qual
estão os interesses poderosos. O controle sistemático gerado pela indústria cultural criando uma idéia de necessidade
consumista leva o ser humano a uma submissão ao poder do capital, o resultado deste processo é a passividade da
grande massa social em meio ao que lhe é oferecido.
Gláucio Fernando Cunha Silva
Instituição: UFMA
Orientador: Prof. Esp. Flávio Luiz Castro Freitas
Órgão de Fomento: PIBIC/CNPQ-Fundação Araucária-UEM
E-mail: [email protected]
A Filosofia da linguagem sob uma ótica semântica: uma perspectiva Fregeana
O presente trabalho busca compreender a necessidade filosófica da linguagem na busca pelo conhecimento. Através de
um estudo sobre a filosofia da linguagem, pretende-se abordar a linguagem em seu aspecto semântico de palavras e
termos utilizando uma perspectiva Fregeana, já que Gottlob Frege foi o primeiro a postular a questão da semântica
como algo primordial para a compreensão do sentido. No texto Sentido e Referência ele aborda a relação do mundo
com a linguagem, buscando uma identidade na relação de significação dos nomes com as coisas às quais elas se
referem. O conceito fregeano de sentido e referência perpassa pela semântica, ciência que estuda o significado das
palavras, atrelando a filosofia da linguagem do autor à forma filosófica.
Guilherme Costa Riscali
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
E-mail: [email protected]
Esboços sobre Nietzsche e o Movimento Libertário
O que se pretende, com o estudo, é analisar as ressonâncias de temas nietzschianos em certas obras anarquistas,
visando compreender, em seus resultados, problemas e implicações, o processo de apropriação de seus escritos por
autores libertários. A partir de uma análise do pensamento anarquista, desde sua origem, busca-se compreender o que
permitiu essa aproximação e, num segundo momento, quais foram as influências desse encontro na obra de Emma
Goldman e Rudolf Rocker, autores importantes para a tradição libertária.
Guilherme da Silva Paranhos
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Roberto Bolzani Filho
Órgão de Fomento: FFLCH
E-mail: [email protected]
Harmonia musical em Platão
Trata-se de uma breve exposição sobre harmonia musical e da relação desta com o pensamento político de Platão. Há
destaque para as analogias musicais apresentadas nas obras A República e Fédon, assim como para a notável influência
da escola pitagórica no desenvolvimento dos estudos sobre este tema e sobre o próprio Platão.
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Guilherme Jordão Macêdo Dias
Instituição: Universidade Federal de Pernambuco
Orientador: Prof. Dr. Richard Romeiro de Oliveira
E-mail: [email protected]
O problema do melhor modo de vida no Górgias de Platão
No Corpus Platonicum, a questão da virtude (areté) é, sem sobra de dúvida, bastante importante e recorrente, apesar de
muitas vezes não ser o tema central de um diálogo. Nos diálogos de juventude, essa questão aparece de forma restrita,
na medida em que cada um dos diálogos trabalha um tipo de virtude separadamente. É somente no diálogo Górgias,
que se situa cronologicamente após os diálogos da juventude e antes dos chamados diálogos do período da maturidade,
que poderíamos afirmar que essa questão é tematizada, no pensamento de Platão, de forma mais global, ou seja, as
virtudes não são analisadas de forma restrita, mas são abordadas de maneira sistemática e aprofundada, a partir de um
debate acerca do problema da natureza da justiça (dike). Nessa comunicação, pretende-se analisar os discursos de
Cálicles e Sócrates acerca do melhor modo de vida no diálogo Górgias de Platão.
Gustavo Bertolino Ferreira
Instituição: UNICAMP
Orientador: Prof. Dr. Márcio Augusto Damin Custódio
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Truísmo e intencionalidade dos conceitos em Tomás de Aquino
Um dos problemas a respeito dos universais é o de como garantir o truísmo entre mundo e conceito. Em outras
palavras, como garantir que o conhecimento obtido pela atuação do intelecto é conhecimento sobre o mundo externo.
Tomás parece se preocupar com tal problema uma vez que, nas questões 75-89 da Suma de teologia Ia, ele afirma que
todo universal é obtido pela abstração de formas que se encontram em indivíduos (particulares) do mundo externo. O
problema pode também ser colocado, numa óptica semântica, do seguinte modo: em que medida conceitos dizem
sobre algo, isto é, são 'intenção' de algo? O propósito deste trabalho, assim, é mostrar como Tomás postula os conceitos
como entidades mentais causadas por formas instanciadas nos particulares para dar conta da intencionalidade no
âmbito do intelecto e, assim, garantir o truísmo entre mundo e conceito sem apelo a qualquer causa divina.
Gustavo Luis de Moraes Cavalcante
Instituição: UFSCar
Orientador: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
O corpo e seu papel para o conhecimento, segundo Merleau-Ponty
Nossa trabalho tratará do que entende Merleau-Ponty ser o corpo humano e principalmente o seu papel fundamental
para o conhecimento humano. Para isto nos ateremos ao capítulo intitulado “o cogito” de seu livro "Fenomenologia da
Percepção"(1948/2006). Retomaremos para tanto o exemplo dado pelo fenomenólogo do desenho de um triângulo,
onde o autor argumenta que só ao desenhar/construir o triângulo é que consigo entender o triângulo, só posso dizer
algo sobre ele após desenhá-lo, não há uma definição a priori do triângulo onde estaria contido todas as suas
propriedades e os caminhos que devo percorrer para desenhá-lo. Tentaremos mostra ao fim e ao cabo porque para o
filósofo o corpo é a condição de possibilidade de todas as operações expressivas e de todas as aquisições que
constituem o mundo cultural.
Gustavo Marcial Prado Romero
Instituição: Centro Universitário São Camilo
Orientador: Profª Drª Virgínia Maria Antunes de Jesus
E-mail: [email protected]
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Não existe filosofia de América Latina: alguns apontamentos sobre o pensamento de Augusto Salazar Bondy
Não existe filosofia de América Latina: alguns apontamentos sobre o pensamento de Augusto Salazar Bondy. Esta é uma
primeira aproximação à obra do peruano Augusto Salazar Bondy (1925-1974), através de sua crítica ao pensamento
latino-americano, principalmente a partir do seu libro: ¿Existe una filosofía de nuestra América? Ele diz que não há, nem
nunca houve, filosofia de América Latina; porém diz, também, que é de fundamental importância que comece a existir.
Porque sendo ela o modo de racionalidade mais rigoroso, sua ausência tem como consequência ou está intimamente
relacionada ao subdesenvolvimento que afeta a região. Por isso, para ASB, o desenvolvimento só será possível quando a
filosofia latino-americana deixe atrais a autossatisfação com sua infertilidade, a sua falta de vigor; consequência de sua
inautenticidade, para superando isto, começar a aparecer na história do mundo.
Gustavo Rafael Bianchi A. Ferreira
Instituição: UNICAMP
Orientador: Prof. Dr. Lucas Angioni
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
Sócrates e Polo sobre o poder dos retores e dos tiranos
No Górgias de Platão, Sócrates revela a Polo que, em sua opinião, os retores não possuem grande poder nas cidades.
Polo protesta de maneira impressionante, comparando o poder dos retores ao poder dos tiranos. Em resposta, Sócrates
defende que, embora retores e tiranos façam o que lhes parece melhor, eles não fazem o que querem e, portanto, não
são poderosos. Esse trabalho pretende, em primeiro lugar, analisar a argumentação socrática favor desta tese
paradoxal, procurando averiguar se Sócrates usa algum artifício sofístico em seu argumento. Em segundo lugar,
pretende-se verificar a relação dessa tese com a crítica socrática à retórica, bem como com algumas das outras teses
morais que Sócrates apresenta no Górgias, especialmente aquela segundo a qual ninguém comete injustiça por querer.
Hugo Leonardo de Quadros e Tonon
Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Orientador: Prof. Dr. Cristiano Perius
E-mail: [email protected]
A catarse na poética de Aristóteles
A catarse contida no texto A Poética de Aristóteles, foi e ainda é um tema muito debatido, pelo qual pretendo tratar do
ponto de vista estético. O termo grego significa purificação. Nela o homem, em contato com a tragédia, se depara com
personagens que são levados a condições extremas da vida, passando da dita para a desdita, transmitindo o sentimento
de terror e piedade aos espectadores. Essa sensação provocada nos espectadores (causada pelo sentimento de
passagem da dita para a desdita) provoca uma identificação com a obra, pois esta projeta possíveis ações humanas. Essa
identificação daquele que observa o personagem, após a reflexão das ações e dos fatos ocorridos, gera uma descarga
emocional, a catarse, a clarificação de seus sentimentos, que por ser semelhante à realidade (por obra da mímesis),
leva-o a reflexão de suas próprias ações, e que pode acrescentar algo a si.
Igor Gonçalves de Jesus
Instituição: UFPA
Orientador: Prof. Dr.Pedro Paulo da Costa Côroa
E-mail: [email protected]
A 'Felicidade' e 'Virtude' em Kant
O objetivo do trabalho é expor o conceito de 'felicidade' em Kant, sob a perspectiva de duas de suas obras, Critica da
razão pura, em particular, no Canon da razão pura, e a Fundamentação da Metafísica dos Costumes, de modo a mostrar
que não se contrapõe a noção de virtude. Apesar de tudo o que se diz acerca do conflito entre felicidade e virtude em
Kant, tanto na CRPu quanto na Fundamentação não há motivo para pensar que as duas noções são excludentes, embora
os princípios que as expliquem sejam diferentes.
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Indianara de Almeida Silva
Instituição: UNIMONTES
Orientador: Prof Me. José dos Santos Filho
Órgão de Fomento: FAPEMIG
E-mail: [email protected]
O conceito de justiça em Aristóteles
Este trabalho deseja discutir as questões propostas pelo filósofo Aristóteles no livro V da Ética a Nicômaco. O
pensamento do nosso filósofo se distende por diversas áreas do conhecimento humano e ao mesmo tempo ele
aprofunda com imensa lucidez em todas as direções em que se dirige, e aqui teremos o trabalho de colocar o
pensamento do estagirita no que diz respeito à justiça e a seus vários ângulos. Acreditamos que esse trabalho possa
contribuir para que se tornem mais claras as discussões apresentadas pelo filósofo e para o desenvolvimento de
reflexões essenciais para a compreensão da justiça como uma grande problemática até os dias atuais, pois esta talvez
seja a indagação mais antiga já formulada pelo homem, e por tais motivos consideramos ser de extrema importância
para os dias atuais fazer uma reflexão acerca dos problemas que versão a justiça.
Isabela de Vilhena Gaglianone
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Pedro Paulo Garrido Pimenta
Órgão de Fomento: FFLCH
E-mail: [email protected]
A natureza artística de Shaftesbury
A natureza artística de Shaftesbury pela ambigüidade do conceito de design, inserido no debate inglês sobre a virtude
moral: A polissemia privilegiada da palavra design move-se entre os sentidos de desenho e desígnio com o eixo na idéia
de natureza cuja inteligência é compreendida como ordem geral.
Isabella Silva Gaioso
Instituição: UFMA
Orientador: Prof. Esp. Flávio Luiz Castro Freitas
Órgão de Fomento: Propesq
E-mail: [email protected]
O conceito de aprendizado em Proust e os Signos
A presente pesquisa é uma tentativa de abordar filosoficamente, as condições da aprendizagem, não apenas a
aprendizagem em sala de aula, mas o aprendizado de um sujeito voltado para o estudo das letras que busque a verdade,
a essência da realidade, problematizando os processos de individuação que compõem os sujeitos do aprendizado,
embasado na obra Proust e os signos de Gilles Deleuze. A ênfase da obra reside na Historia da Filosofia e da Literatura. O
problema do aprendizado em meio ao sistema de signos, surgiu nos debates da década de 50 e 60 na França. A obra
contribuiu para a construção do projeto de uma ontologia da diferença e um anti-humanismo em que o sujeito não é o
centro da realidade nem do conhecimento, mas produto de um processo de individuação.
Ísis Guterres Moreira Ramos
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Alfredo Storck
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
A influência do direito romano na filosofia de Tomás de Aquino
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Esta pesquisa tem como objetivo investigar a influência que os textos do direito romano exerceram na obra de Tomás de
Aquino. Essa investigação mostra-se relevante na medida em que são percebidas diversas influências na obra tomásica,
como, por exemplo, aquela proveniente da filosofia aristotélica. O direito romano, por sua vez, apresenta definições não
trabalhadas pelos gregos e que se tornaram importantes na exposição e na consolidação do direito na Idade Média. No
que concerne ao direito positivo, encontra-se um refinamento teórico mais aprofundado no direito romano do que na
tradição grega. É através desses traços que esta pesquisa busca seu objetivo.
Ítalo Andrade Lima
Instituição: Universidade Estadual do Ceará
Orientador: Prof. Dr. José Expedito Passos Lima
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
A crise dos liamos sociais e o político em Pietro Barcellona: pensar novos sentidos histórico-sociais
Esta pesquisa sobre a crise dos liames sociais e sobre os aspectos políticos em Pietro Barcellona tem como orientação
um diagnóstico das degenerescências da sociedade contemporânea e das relações sociais nela estabelecidas. Numa
crítica a ideologia capitalista, nos termos do individualismo atomizado, do consumo em massa, da insaciedade dos
desejos e da liberdade como liberdade de consumo. Os pressupostos abordados por Barcellona serão: 1) Uma crítica à
modernidade como instrumento de padronização e massificação do homem; 2) A destruição das individualidades, a crise
dos liames sociais e a crise dos sentidos e; 3) A necessidade da conservação do “outro” como meio de estabelecer laços
sociais pautados num ideal comunitário. Trata-se aqui de uma crítica ao sistema capitalista, que devasta as
individualidades e a possibilidade de um ideal comunitário, de individualidades emancipadas.
Ivan da Costa Gomes
Instituição: UFPA
Orientador: Prof. Dr. Ernani Chaves
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Cultura e crueldade nos primeiros escritos de Nietzsche
A partir da relação entre natureza e humanidade, este trabalho pretende expor a ideia de crueldade na filosofia
nietzschiana. Abordaremos esta relação mostrando que Nietzsche problematiza a diferença que se acredita existir entre
ambas e como esta acaba por produzir a crueldade humana, a qual é para ele o elemento que toda cultura superior
busca se basear. Tomando por base os escritos de juventude, em especial O Nascimento da Tragédia, usaremos a leitura
de Nietzsche acerca dos gregos para mostrar como a crueldade, percebida na relação entre homem e natureza, é
externalizada através da cultura e se tornou elemento constituinte de algumas tragédias. Tomaremos como exemplo em
nossa análise o Prometeu de Ésquilo, tragédia que, segundo Nietzsche, representa um hino à impiedade.
Iris Daniele Marcolino da Silva
Instituição: Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Caruaru
Orientador: Profa. Ms. Marcela Barbosa Leite
E-mail: Profa. Ms. Marcela Barbosa Leite
A Complexidade das afecções, e a instantaneidade do homem contemporâneo em Espinosa
Este trabalho irá tratar das dificuldades do homem contemporâneo, tratando-se especificamente da sentimentalidade
que vive sucumbida nas entrelinhas da vida moderna. O condicionamento dos seres modernos, vão de encontro as
necessidades modernas e também desse fazer moderno, que reúne por sua vez ansiedades e transfigurações que se
modificam a cada momento, ou seja, colocando-se sempre a frente desse ser moderno a complexidade de suas
vivências, pois sempre estão relacionadas a incertezas, tendo como base os próprios conflitos fenomenológicos
transitórios existenciais. A atual convivência humana desde os primórdios, tem se deparado com muitas interrogações a
seu próprio respeito, e ao mar de sensações vivenciadas pelas relações.
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Jerdeson Soares da Silva
Instituição: CUSC
Orientador: Prof. Dr. Pedro Monticelli
E-mail: [email protected]
Signo e ideologia em Mikhail Bakhtin
As idéias estão sempre presentes na filosofia. Elas tem seu lugar na antiguidade e na filosofia medieval com os
realismos. Também estão presentes na modernidade e contemporaneidade com os idealismos. Mas que lugar tem as
idéias no materialismo? sendo mais específico, que lugar elas ocupam no materialismo dialético? Tomamos a reflexão
do filósofo russo Mikhail Bakthin sobre o problema como base para a discussão.
Jesus de Nazare de Lima da Costa
Instituição: UFPA
Orientador: Profº. Dr. Agostinho Meirelles
E-mail: iesuscosta20@ yahoo.com.br
O Estado de Natureza e Natureza humana em Thomas Hobbes
Temos por objetivo em nossa comunicação mostrar como Thomas Hobbes (1588-1679), pensa Natureza Humana na
condição anterior à passagem para o Estado Civil, isto é, pretendemos analisar o modo como o Filosofo inglês descreve o
ser humano no estado de guerra e a necessidade desse estado ser superado a partir da renuncia da vontade humana a
todos os direitos, (exceto o direito a vida) em favor do soberano. Tentando mostrar como no estado de guerra o homem
tem consciência de como viver bem, mas não vive. E por que a necessidade de um estado que regule a vida humana e
como passa a ser a relação entre os homens.
Joacy Santos Malta
Instituição: Univesidade Federal do Recôncavo da Bahia
Orientador: Prof. Dr. Jarlee Salviano
E-mail: [email protected]
A crítica kantiana à ética antiga: eudaimonismo e hedonismo
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise a crítica kantiana sobre o paradigma da ética antiga, fundamentada,
sobretudo, nas concepções platônica, aristotélica e epicurista. A crítica refere-se mais diretamente ao eudemonismo e
ao hedonismo postulados como fundamento da vida moral. Tal pensamento encontra-se intrínseco às três concepções
éticas supracitadas. Kant, nesta direção, apresenta o conceito de boa vontade como fundamento da moralidade, para
ele, tanto a felicidade como o prazer não partem de uma vontade puramente boa ou racional. Segundo ele, ambos são
forjados na experiência sensível estando sujeitos, apesar de serem eventualmente bons, a se tornarem nocivos e
contrários à moralidade.
João Batista Farias Júnior
Instituição: UFPI
Orientador: Prof. Dr. Helder Buenos Aires de Carvalho
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
Niilismo, modernidade e técnica em Hans Jonas
Partindo do exame dos conceitos centrais da ética da responsabilidade de Hans Jonas, de modo a obter um referencial
teórico consistente para o tratamento da responsabilidade como categoria filosófica central para a formulação de uma
ética ambiental apropriada às nossas necessidades históricas, este estudo visa analisar a conexão que Hans Jonas
estabelece entre o clima moral niilista de nossa época, a modernidade filosófica e o uso intensivo da tecnociência que
lhe é associada, como plano de fundo necessário para entendermos o lugar que ele atribui à responsabilidade como
princípio ético fundamental. O propósito é buscar identificar os possíveis enfrentamentos do princípio responsabilidade
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com a sociedade técnica moderna, na qual o niilismo passivo está inserido, tornando frágeis as bases para instalação de
um princípio norteador da ação que se proponha a ser válido universalmente.
João Batista Mulato Santos
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
Ensino de Filosofia entre o senso comum e os conceitos
Este trabalho tem por objetivo demonstrar quais são as dificuldades enfrentadas pelo professor de filosofia ao expor o
conteúdo filosófico em sala de aula. A falta de interesse do discente por determinados temas expostos reflete a
carência de uma abordagem mais próxima de sua realidade, pois os mesmos demonstram não encontrar uma
significativa relação entre os conceitos filosóficos e a realidade de seu cotidiano. Como resultado da análise temos uma
questão a ser discutida: qual o limite de uso do senso comum na sala de aula? Será que o uso de elementos integrantes
da realidade do aluno não tornará a aula de filosofia uma mera repetição do seu cotidiano? O livro usado como
referência foi Filosofia: Guia do Professor (2002) de Antônio Joaquim Severino.
João Gabriel da Silva Conque Santos
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Fernando Muniz
Órgão de Fomento: UFF
E-mail: [email protected]
A medicina e a fisiologia do prazer no Górgias de Platão
O objetivo desta comunicação é mostrar a influência da medicina na concepção de prazer apresentada no Górgias de
Platão. Para tanto, será elucidada de que maneira o método de investigação da medicina antiga foi utilizado como
referência para a destituição da retórica do posto de autêntica tekhné. Noções pertinentes à prática médica permitiram
que Platão realizasse a distinção entre cuidado do corpo e cuidado da alma e desenvolvesse a partir dela a analogia
entre medicina e justiça. Desta forma, buscaremos mostrar até que ponto a medicina socrática da alma utilizou o
modelo hipocrático do corpo, da doença e da saúde para conceber a visão fisiológica do prazer apresentada no diálogo,
um modelo ético-filosófico da alma e um prazer depurado correspondente.
João Paulo Rissi
Instituição: UFSCar
Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Licht dos Santos
E-mail: [email protected]
Podemos ler a moral kantiana teleologicamente?
Immanuel Kant, na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, não trata claramente sobre o conceito de teleologia.
Entretanto, mesmo sendo complexo afirmar que na supracitada obra exista uma teoria teleológica, podemos notar
breves passagens que nos remetem a uma espécie de finalidade ideal. Assim sendo, tendo em vista a não explicitação do
próprio autor, tentaremos mostrar como é possível pensarmos na possibilidade de uma teoria teleológica e, além disso,
na efetivação desta a partir de conceitos definidos por Kant no decorrer da obra. Portanto, seguindo este caminho, qual
seria o objetivo ao falarmos de teleologia em uma obra de filosofia moral? Ainda mais, levando em conta a questão
levantada e a proposta de leitura de uma teoria teleológica na Fundamentação, qual a relação desta teoria com a ação
moral e como ocorreria sua objetivação na esfera das ações humanas?
João Vitor Rodrigues Alencar
Instituição: USP
Orientador: Prof.Dr. Luis Fernando B. Franklin de Matos
Órgão de Fomento: CNPq
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E-mail: [email protected]
Memórias Póstumas de Brás Cubas: um romance supinamente filosófico?
Num dos capítulos iniciais das Memórias Póstumas a obra é curiosamente descrita como “supinamente filosófica”,
curioso não só por se tratar de um romance (portanto de um gênero não convencional à filosofia), mas também por que
o próprio Machado caracterizava o contexto intelectual do Brasil de então como impróprio à criação de uma obra
filosófica. Trata-se de levar este paradoxo adiante, analisando a justeza desta caracterização por meio de alguns de seus
leitores: Brás Cubas é deveras um romance filosófico, como nota Miguel Reale, ou não, como nota Roberto Schwarz?
Para tanto articularemos estas duas leituras com uma comparação entre as Memórias e obras tradicionalmente tidas
como romances filosóficos (obras de Voltaire e Diderot). A partir desta comparação pensaremos, por fim, o que esta
forma passa a significar neste contexto distinto e impróprio que é o Brasil no século 19.
Jociel Nunes Vieira
Instituição: UFRB
Orientador: Prof. Dr. Emanoel Luís Roque Soares
E-mail: [email protected]
Simbologia mítica: um passo para a religiosidade
O homem é construído de forma histórica, social e cultural. Uma característica fundamental para viver com o outro, é
ele ser também simbólico e religioso. Toda simbologia usada pelo homem, é uma linguagem comunicativa, e é desta que
os homens vão se agrupar e formar comunidades. N a troca de informações e experiências, surge na subjetividade do
homem a crença, medo/confiança, esperança/angústia. As irregularidades até então incompreensíveis (para quem não
vive a realidade religiosa), serão explicadas pelos mitos, narrativas que falam de seres supremos que criaram algo, e
estes serão cultivados pelos ritos (rememoração experiencial desse acontecimento). As religiões incentivaram as
manifestações artísticas e modos viver, expandindo o conceito de cultura, impulsionando a educação e possibilitando
várias interpretações do mundo. Na busca desse sagrado, o homem pratica sua religiosidade.
Jonas Rangel de Almeida
Instituição: UNESP
Orientador: Prof. Dr. Pedro Ângelo Pagni
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Experiência, acontecimento e educação a partir de Foucault
Pretende-se pensar a tensão entre linguagem e experiência na contemporaneidade, analisando a noção de
acontecimento na obra de Foucault e relacionando-as a filosofia da educação. Em primeira análise constata-se que as
propostas pedagógicas suprimiram ou diminuíram substancialmente o espaço da experiência entre os saberes e práticas
escolares, em prol de um total controle da prática educativa. Diante desse diagnóstico, se discuti se o acontecimento,
compreendido como aquilo que foge da previsão das pedagogias possa viabilizar a experimentação que de um
impensado problemático de lugar a um ser pensante que se problematiza a si próprio como sujeito ético. Para tal,
adota-se como perspectiva a ontologia do presente, procurando discutir se a atenção ao acontecimento por parte dos
alunos e dos educadores possa se constituir como o questionamento dos limites da atual práxis pedagógica.
José Donizett de Almeida Júnior
Instituição: UFG
Orientador: Prof. Dr. André da Silva Porto
E-mail: [email protected]
A noção de número de Gottlob Frege
O filósofo alemão Gottlob Frege dedicou toda a sua vida acadêmica a fundamentar filosoficamente toda a matemática.
O objetivo desta comunicação é demonstrar a definição fregeana de número que ficou amplamente conhecida na
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literatura de Filosofia da Linguagem e da Lógica, ainda que este projeto tenha fracassado. A compreensão desta noção
pressupõe a elucidação de alguns aspectos da teoria fregeana como: (1) a distinção entre conjunto e agregado, que deu
origem à chamada teoria ingênua dos conjuntos de Frege; (2) os argumentos fregeanos contra a noção de que os
números são propriedades abstraídas diretamente de objetos da realidade; e (3) a ideia fundamental da atribuição
numérica como propriedade de 2ª ordem. Pretende-se aqui, portanto, demonstrar através da elucidação destes pontos
fundamentais da teoria fregeana como o filósofo alemão concebia os números.
Jose Fernando Santos Gramoza
Instituição: UFS
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos dos Santos
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Prolegômenos ao conceito de assuntos indiferentes
Ao trilhar o percurso argumentativo percorrido por Locke para chegar ao conceito de Assuntos Indiferentes, fica
perceptível que ele elenca alguns conceitos para estabelecê-lo. São eles, fundamentação do poder político; liberdade e
igualdade; propriedade;estabelecimento da sociedade; e poderes Legislativo, Executivo e Federativo. Locke os
estabelece em vias de investigar a relevância dos Assuntos Inferentes para o debate sobre a influência destes nos
costumes e, consequentemente, na vida das pessoas. Estes temas integram um sistema maior, compreendido na teoria
lockiana sobre a Tolerância, que é trabalhada entre as religiões e o governo, eentre as próprias religiões. Assim,
justificamos esse trabalho por dois motivos: que é através do uso dos aspectos indiferentes que os chefes religiosos
atuam nos costumes das pessoas; e saber até que ponto o Estado deve gerir este assunto.
José Luciano Verçosa Marques
Instituição: UFSCar
Orientador: Prof. Dr. Paulo R. Licht dos Santos
E-mail: [email protected]
Distinção entre forma da intuição e intuição formal na Crítica da Razão Pura
Dentre as diversas questões que podem ser levantadas a respeito da Crítica da Razão Pura, podemos destacar a
distinção entre forma da intuição e intuição formal, apresentada no §26 da dedução transcendental. Em nossa
investigação, abordaremos tal distinção sob a ótica de dois exemplos aparentemente incongruentes apresentados pelo
próprio Kant: o exemplo do triângulo, presente no terceiro argumento do espaço, na Crítica, que, no que concerne às
proposições geométricas, confere primazia à sensibilidade; e o exemplo do círculo, presente no §38 dos Prolegômenos a
Toda Metafísica Futura, que, para esse mesmo tipo de proposição, confere primazia ao entendimento. Pretendemos
demonstrar que tanto não há incongruência entre os dois exemplos como, também, é por meio da unidade entre ambos
que podemos alcançar uma solução possível para a referida distinção.
Jovenildo Ferreira dos Santos
Instituição: UNIMONTES
Orientador: Prof. Dr. Antonio Alvimar Souza
E-mail: [email protected]
O problema do mal em Santo Agostinho
Este trabalho trata-se de uma análise da compreensão de Santo Agostinho a respeito da existência e origem do mal.
Para Agostinho, o mal é um desvio de livre e espontânea vontade que o homem delibera sobre suas atitudes. Sendo
assim, não pode ser compreendido numa concepção ontológica, pois, ele não existe enquanto ser, mas sim devido a um
afastamento do homem do supremo bem: Deus. De acordo com este filósofo, o mal não tem ligação com Deus, pois,
sendo Deus bom, não pode ser responsável por este. Na perspectiva de Agostinho o homem é convidado a aproximar-se
do supremo bem que é Deus. Quando isso não acontece, resulta na origem do mal. O fato do mal não existir enquanto
ser ontológico isenta o próprio Deus de ser seu criador, uma vez que, algo que não traz em si existência própria, anula a
possibilidade de um criador, sendo portanto, fruto de uma liberdade má conduzida.
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Juliano Gustavo dos Santos Ozga
Instituição: UFOP
Orientador: Profª Drª Imaculada Kangussu
Órgão de Fomento: UFOP
E-mail: [email protected]
A Música na obra de Pitágoras de Samos
O tema desse projeto, conforme se revela no título, é a música na obra de Pitágoras, primeiro pensador na história da
filosofia a fazer dessa arte o centro de sua visão de mundo, através de sua inclusão até mesmo nas assim chamadas
“ciências exatas”. Para que haja maior compreensão e clareza a respeito do pensamento de Pitágoras, cujos escritos que
chegaram até o século XXI são fragmentos, em número muito reduzido, faz-se necessária a pesquisa de fontes históricas
contemporâneas ao filósofo, bem como daqueles que o antecederam. A partir desse contexto será exposto o conceito
de música na teoria pitagórica, tanto em seu aspecto histórico e estético, quanto nos aspectos relativos ás teorias
matemáticas, capazes de proporcionarem o fundamento filosófico necessário para melhor entendimento do papel
desempenhado pela música na obra do filósofo jônico.
Júlio César de Souza
Instituição: Universidade Federal do Tocantins
Orientador: Prof. Dr. Oneide Perius
E-mail: [email protected]
Nietzsche e a Teoria da Irresponsabilidade
Este trabalho tem como objetivo explicitar a teoria da irresponsabilidade, tal como ela está expressa na obra Humano,
demasiado humano de Friedrich Wilhelm Nietzsche. Para este filósofo, a história da moral é a história do erro da
responsabilidade. Todas as ações humanas são motivadas pelo instinto de conservação. Como uma ação motivada pelo
instinto de conservação é uma ação praticada por legítima defesa, então o homem não pode ser responsabilizado por
nada. A teoria da irresponsabilidade pode provocar uma espécie de dor naquela que a compreende, mas para Nietzsche,
essas são as dores do parto. É a partir do sentimento de inocência proporcionado por tal compreensão que o homem se
tornará um verdadeiro espírito livre. Para Nietzsche, o homem deve trabalhar incansavelmente, todo o tempo e tão bem
quanto puder, para alcançar o seu único objetivo. Este objetivo é tornar-se si próprio.
Kácia Natalia de Barros Sousa Lima
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
Masculino ou feminino? Conexões foucaultianas sobre o esforço pedagógico de educar o gênero do corpo
É a partir da identidade de gênero, enquanto perceptível referência de segurança que existe nos corpos acerca
da sexualidade, é que somos apresentados e nos representamos. Essa relação de gênero inscreve nos corpos uma
diferenciação que marca identidades. Neste sentido, qualquer alteração nessa categoria torna-se, portanto, uma
alteração na “essência do sujeito”. A sociedade, por esse viés, participa desse processo demarcando a representação da
norma, por vezes de forma sutil, por vezes de forma violenta. As instituições disciplinares, sobretudo as escolas,
participam desse processo realizando investimentos sobre os corpos, os disciplinando através de uma pedagogia sutil.
Nossa intenção com o presente trabalho é a de analisar o construto histórico que é a sexualidade baseada no gênero à
luz do pensamento do filósofo francês Michel Foucault (1926 – 1984).
Kaique Leonnes de Sousa Oliveira
Instituição: UFMA
Orientador: Profª Drª Rita de Cássia Oliveira
E-mail: [email protected]
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Pensamento mítico e filosofia: considerações sobre o mito e sua influência na filosofia.
A filosofia nasce após o advento e evolução da escrita, ou seja, nasce em uma sociedade letrada. Por sua vez, a narrativa
mítica nos remete a uma fase de extrema importância da nossa civilização anterior a escrita onde a oralidade e memória
tem um papel fundamental para compor o homem grego na antiguidade: o mito está ligado à oralidade, assim como a
filosofia está para a escrita. O pensamento mítico é o primeiro olhar para dizer o mundo nos dando subsídio para uma
literatura extremamente complexa e lapidada além de condições racionais para posteriormente o nascimento da
filosofia – é com o mito que tudo se inicia. O mito não é de longe uma simples e inocente narrativa, mas sim o solo fértil
de onde brotará toda cultura de uma sociedade civilizada: é o que abordaremos em nosso trabalho.
Karina Yuri Tanada
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
A busca cartesiana da verdade e do contentamento
No texto a ser apresentado exploraremos a convergência entre a busca do conhecimento e a busca do contentamento
na filosofia cartesiana. A fim de alcançarmos este objetivo, sem pretensões de esgotar a discussão, abordaremos o
assunto com base, sobretudo, na vontade, no intelecto e na liberdade, visitando, brevemente, alguns importantes temas
do cartesianismo como, por exemplo, a união substancial, o critério de clareza e distinção, a generosidade, entre outros.
Este texto se apóia, principalmente, nas “Meditações metafísicas”, no tratado “Paixões da Alma” e em algumas
correspondências de René Descartes.
Kelly Gomes dos Santos
Instituição: UNESP
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Sampaio Pereira
E-mail: [email protected]
O consumo como prazer, o consumismo à luz da ética aristotélica
Neste trabalho busca-se analisar os prejuízos do consumo desenfreado normalmente disseminado em nossa sociedade.
A ligação entre o consumo e o prazer vem causando prejuízos ao meio ambiente. Recentemente, apesar da ideia de
desenvolvimento sustentável ganhar espaço entre nós, pouco é questionada a qualidade de nosso consumo,
inadvertidamente associado a um tipo de satisfação pessoal. Neste sentido, a ética aristotélica que tem na educação das
disposições um meio para a construção de uma sociedade mais justa é chamada para nos auxiliar no tratamento deste
problema, pois ela se distancia de uma busca hedonista, vendo graves conseqüências em comportamentos guiados
meramente pelo prazer. Tais ações ao associarem o consumo ao prazer revelam em grande medida a maneira célere,
com pouca reflexão com que nos relacionamos com nós mesmos, com os outros e com o próprio meio-ambiente.
Keywilla da Silva Venceslau
Instituição: UECE
Orientador: Profª Ms. Francisca Galileia Pereira da Silva
E-mail: [email protected]
Considerações acerca da pedagogia nos escritos de Al-Fãrãbi
Durante toda a história pensadores se dedicaram à busca do verdadeiro significado da felicidade e os meios que podem
levar o homem até ela. No contexto islâmico observa-se a figura de Al-Fãrãbi (872-950), que na sua obra O caminho da
Felicidade, nos ensina que a tão cobiçada felicidade só será alcançada se consideramos três caminhos: o primeiro os
sentimentos, chamados por ele de afeições da alma, seguido da ação que ele nos apresenta como o ato de olhar, ouvir,
dentre outros, e por ultimo o discernimento, ou seja, a nossa capacidade de refletir e separar o belo do feio, para o ele
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esses caminhos só são possíveis devido à liberdade de escolha que o homem possui. Ele nos alerta também que após
conhecermos o hábito moral bom e optarmos pelo contrario é de nossa responsabilidade o não alcançar da felicidade.
Laura Rosa Kugler de Azevedo
Instituição: UNESP
Orientador: Profª Drª Maria Eunice Quilici Gonzalez
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Sistemas complexos e auto-organização: uma investigação metodológica
O objetivo desse trabalho é discutir o seguinte problema: é possível compatibilizar as hipóteses sobre a formação de
sistemas complexos com as hipóteses da teoria da auto-organização? Para isso teremos como ponto de partida a
caracterização dos processos auto-organizados na perspectiva do filósofo Michel Debrun, e a natureza ontológica dos
sistemas complexos na visão de Edgar Morin. A hipótese central de Debrun é que processos de auto-organização não
possuem elementos centralizadores que comandem tal processo, sendo que a interação entre esses elementos é
importante num conjunto. Já sistemas complexos são caracterizados por serem constituídos de várias partes e cada uma
delas com propriedades emergentes distintas. Empregando esses pressupostos, pretendemos explicar em que medida
sistemas complexos podem ser compreendidos metodologicamente a partir da dinâmica da auto-organização.
Layane de Paula Veloso
Instituição: UFPI
Orientador: Prof. Dr. Luizir de Oliveira
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
A Arte e o inconsciente um diálogo entre Schopenhauer e Clarice Lispector
Arthur Schopenhauer nos propõe a Arte ou a contemplação estética como um bálsamo em meio às durezas da vida, na
verdade a arte nos leva a refletir sobre essa vida fatídica em que é pautada parte ou toda nossa existência. A arte é um
meio de ascese onde o homem se encontra em estado puro de sublimação e onde é elevado aos seus mais ocultos
sentidos. É na união entre Schopenhauer e Lispector que veremos que no belo é revelado o verdadeiro conhecimento
do mundo, ultrapassando inclusive aquilo que se queria conhecer, sendo intuída, sentida imediatamente, sem
procedimentos específicos, diferente da ciência, na arte o que temos que fazer é recepcioná-la com o corpo e com a
alma toda. Pode-se, por conseguinte concluir que, o objetivo maior é atrelar filosofia e literatura, e nesse caso usar a
arte como uma liga, e mostrar que o conhecimento não segue necessariamente uma linha racional, mas algo bem além,
tal como a intuição estética.
Leandro José dos Passos Dias
Instituição: UFPA
Orientador: Profª. Dra. Elizabeth de Assis Dias
E-mail: [email protected]
A relação entre senso comum e ciência em Popper
O presente trabalho tem por objetivo analisar a questão entre o senso comum e a ciência no pensamento de Popper.
Diferentemente de outros filósofos, que consideram que não há qualquer relação entre estes dois tipos de
conhecimento, Popper acredita que a ciência é um aperfeiçoamento do senso comum, defendendo assim uma relação
estreita entre ambos. O filósofo considera que o conhecimento científico começa por problemas, que surgem a partir de
um conhecimento pré-científico ou de teorias mal sucedidas. Pretendemos investigar como se dá esta relação e como a
ciência possibilita o aperfeiçoamento do senso comum. Para análise da questão, iremos, primeiramente, abordar o que
Popper compreende por senso comum; posteriormente, elucidaremos como, o filósofo de Viena, compreende a ciência.
Para então, relacionarmos os dois conceitos.
Lianto de Oliveira Segreto
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Instituição: PUC-Rio
Orientador: Prof. Dr. Marcus William
E-mail: [email protected]
A alma e o corpo, uma ontologia
Nesse artigo abordarei como busco como Platão, o filósofo influenciado por Sócrates fez com que a alma fosse de suma
importância na contribuição para a compreensão do homem. Assim pretendo fazer com que a alma seja vista como um
dualismo ontológico devido a sua ligação com o corpo, de acordo com as leituras dos diálogos que são Fédon, Fedro e A
República explicito que faz a defesa da teoria da reminiscência onde é o ponto central para a prova da imortalidade da
alma e com isso contrapondo a teoria dos contrários e a influência dos mitos para a explicação da natureza da alma e
sua influência no corpo. E assim fazendo a divisão da alma em três partes e mostrando como ela funciona de acordo
com seus desejos e a explícita necessidade de fundamentar a afinidade com o espírito.
Lilian Barbosa da Silva
Instituição: UNIFESP
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Filordi de Carvalho
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
Adorno e a pedagogia do esclarecimento: o problema e a atualização da emancipapação no campo educacional
contemporâneo
O objetivo do projeto de pesquisa é investigar as condições teóricas pelas quais a problematização da emancipação se
atualiza no campo da educação contemporânea. Será tomado o pensamento de T. W. Adorno como objeto de
investigação. A hipótese é que a pedagogia do esclarecimento é ferramenta de ativação da educação como experiência
de formação para a resistência e para a contradição da falência da cultura contemporânea. Tal falência faz circular tipos
estratégicos de formação que condicionam os indivíduos em uma “menoridade” constante. A relevância do trabalho
está em demonstrar que a emancipação é temática mais que urgente para se pensar as finalidades das estratégias de
educação no mundo contemporâneo, além de se questionar o que se está fazendo com as atuais condições do vir a ser
humano.
Lorena Oliveira Maciel Silva
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Jose Expedito Passos Lima
E-mail: [email protected]
Marsílio Ficino e o Amor: Uma herança platônica
O presente texto tem como base a obra De Amore (2001), de Marsílio Ficino (1433-1499) que foi o representante mais
influente e de maior relevância do platonismo renascentista. O termo “amor platônico” foi proferido pela primeira vez
por Ficino e se tornou um dos conceitos mais difundidos e populares da literatura do Renascimento tardio. Foi
interpretado como o “amor espiritual” de um ser humano por outro, considerado como um sentimento transposto da
alma racional por Deus. Ele não despreza e muito menos condena o amor sexual, no entanto, em sua teoria
neoplatônica, destaca a relação espiritual que se estabelece entre duas ou mais pessoas e que encontra sua verdadeira
realização na vida contemplativa. O termo “amor platônico” teve em sua gênese um significado objetivamente
filosófico, uma vez que proporcionou aos homens a possibilidade de pensar sobre seus sentimentos e suas paixões.
Lourenço Fernandes Neto e Silva
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Pedro Paulo Garrido Pimenta
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
A Alma sem Linguagem
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Numa carta de 1752, o então já notório Abade de Condillac confessara ter "concedido demais aos signos" em seu
primeiro trabalho, o Ensaio sobre a Origem dos Conhecimentos Humanos, e começara a escrever desde então uma obra
que corrigisse essa espécie de ditadura da linguagem, considerando apenas as sensações por si mesmas, num estágio do
desenvolvimento da alma em que os signos ainda não estivessem à disposição. Neste novo Tratado das Sensações, em
que se descreve uma fase da alma anterior à de seu primeiro livro, no entanto, a questão resvala para a discussão da
diferença entre as almas humanas e animais, ocasionando também o nascimento de um Tratado dos Animais.
Lucas Fabiano Oliveira Costa
Instituição: UFG
Orientador: Prof. Dr. André da Silva Porto
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Sobre o silêncio de Wittgenstein: o dizer e o mostrar no Tractatus
A presente comunicação tem como objetivo principal elucidar a distinção estabelecida por Ludwig Wittgenstein entre o
dizer e o mostrar em seu Tractatus Logico-philosophicus. Compreender tais noções e a sua dicotomia é essencialmente
importante para que se possa compreender, também, todo o projeto tractariano: uma dedução transcendental da
linguagem. Portanto, enquanto o dizer compreende todas as condições de possibilidade de uma linguagem, i.e., todas as
condições necessárias para que possa haver uma linguagem; o mostrar compreende as proposições cujo valor de
verdade é sempre dado a priori, cuja verdade não pode ser colocada à prova, como as orações (discurso religioso) e os
juízos estéticos e morais.
Lucas Frisoli Moreira
Instituição: UFPR
Orientador: Profa. Dra. Maria Isabel de Magalhães Papaterra Limongi
Órgão de Fomento: PIBIC-Fundação Araucária
E-Mail: [email protected]
Hume, filosofia política, justiça, propriedade, sociedade
O objetivo deste trabalho é mostrar que, para Hume, a fixação da propriedade é o motivo de se introduzir uma justiça,
pois os únicos bens que podemos possuir e estão sujeitos à controvérsia são os denominados externos. Estes bens
necessitam então de um regramento para serem geridos. Desse modo, a justiça é criada pelos homens com o intuito de
gerir estes objetos. Diferente, portanto, do resto da tradição jusnaturalista, Hume não vê a justiça como algo que exista
instaurada em nossa natureza, mas sim como resultado de um processo natural e necessário de sua formação. Natural
porque é através da necessidade humana de viver em sociedade que se chega a essa segunda necessidade de uma
justiça. Necessário porque a justiça é condição para a manutenção da sociedade. Cabe aqui perguntar: o que significa ser
a justiça artificial? É por meio deste questionamento que pretendemos guiar o trabalho.
Lucas Mantovani Oliveira
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Homero Silveira Santiago
E-mail: [email protected]
Entre Espinosa e Hugo Boxel: os fantasmas e a superstição.
O conteúdo das correspondências entre Espinosa e Hugo Boxel evidencia alguns pontos centrais da teoria espinosana,
em especial a questão da superstição. Em um conjunto de seis cartas (três de Boxel e três de Espinosa), datadas de
setembro de 1674, Hugo Boxel discute com Espinosa sobre a existência de fantasmas. Aparentemente sem valor ou sem
utilidade, esse assunto fornece, nas entrelinhas e com menos rigor geométrico, excelentes contribuições que, de certa
forma, complementam e facilitam a compreensão de alguns conceitos espinosanos. Este trabalho foi realizado em duas
etapas importantes: a primeira constitui-se na tradução das seis cartas; na segunda etapa analisa-se o conteúdo das
cartas a partir do conceito espinosano de superstição.
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Lucas Rocha Medeiros
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Helton Machado Adverse
Órgão de Fomento: MEC/SeSu
E-mail: [email protected]
Maquiavel leitor de Cícero
Nosso trabalho pretende tratar de que maneira a obra ciceroniana ressoa no pensamento de Nicolau Maquiavel e como
este renova a tradição do pensamento político ocidental. Para tanto, é fundamental ressaltar que Maquiavel escreve em
um contexto específico, a Itália da renascença, e é por esse motivo que optamos por começar nosso estudo abordando
brevemente como o movimento Humanista recupera o pensamento de Cícero e como esta tradição transfere certas
interpretações as quais o secretário florentino irá ser servir para desenvolver ou refutar. Sabemos que é lugar comum
estabelecer paralelos entre Cícero e Maquiavel, nós, porém, mais que reforçar estas análises, esperamos demonstrar
que ao dar continuidade aos estudos da antiguidade clássica, notadamente em Cícero, o secretário florentino acaba por
criar uma cultura completamente nova da tradição na qual está inserido.
Luiz Eduardo Gonçalves Oliveira Freitas
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Fernando Decio Porto Muniz
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
O Górgias de Platão, o leitor e o diálogo: o drama filosófico e o problema da recepção
Esta comunicação resulta de uma pesquisa cujo foco de interesse é a posição do leitor no contato com os diálogos
platônicos. Para tal, parte-se da análise das especificidades do gênero consolidado por Platão, o diálogo filosófico - em
contraposição aos demais gêneros literários dele contemporâneos, como a tragédia e a comédia - para investigar
possíveis indicações de como Platão cria seu leitor, e, consequentemente, de como seu texto deve ser interpretado.
Para desenvolver essa investigação, a tragédia grega é tomada como possível modelo da construção dos elementos
dramáticos do diálogo Górgias. A partir dessa análise, questiona-se sobre o papel de Sócrates na interpretação dos
diálogos: seria o protagonista de Platão um herói com o qual o leitor deve se identificar ou estaria a sua ironia
direcionada também ao próprio leitor?
Maíra Protasio Dias de Oliveira
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Patrick Estellita Cavalcanti Pessoa
Órgão de Fomento: FAPERJ
E-mail: [email protected]
O Kafka de Adorno: Leituras Adornianas a respeito da obra de Franz Kafka
A presente comunicação é o resultado parcial de uma pesquisa cujo objetivo principal é fazer um estudo comparativo
entre as leituras a respeito da obra de Franz Kafka realizadas por Theodor Adorno, Walter Benjamin e Bertold Brecht. A
comunicação tem como foco apresentar qual é a visão de Theodor Adorno a respeito da obra de Franz Kafka, tendo
como base o texto de Theodor Adorno “Anotações sobre Kafka”, contido em seu livro “Prismas”. Para tal, o trabalho irá
explorar cada um das principais teses propostas por Adorno a respeito de Kafka, buscando torná-las o mais claras
possível.
Manoel Nogueira da Silva
Instituição: UFC
Orientador: Prof. Dr. Wagner Andriola
E-mail: [email protected]
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A expectativa dos alunos do ensino médio quanto ao ensino de filosofia
Este trabalho tem como objetivo detectar as expectativas, em relação ao ensino de Filosofia, dos alunos do Ensino
Médio, através de questionário fechado, com afirmativas e negativas a respeito dos benefícios que a filosofia pode
trazer para a vida do ser humano, de como pode ela influenciar nas suas relações sociais, profissionais e pessoais. Enfim,
através desta pesquisa, apreender o que esses adolescentes esperam da Filosofia e o que ela efetivamente pode fazer
para melhorar seu nível de vida. Dessa forma, poder então proporcionar a estudantes de licenciatura em filosofia, uma
linha, uma base, para guiar suas estratégias e assim conciliar, o quanto for possível o conteúdo de suas aulas a essas
expectativas, evitando assim, decepções mútuas.
Marcos Peraçoli Nogueira de Almeida
Instituição: UNICAMP
Orientador: Prof. Dr. Lucas Angioni
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Um Estudo sobre as caracterizações aristotélicas de metafísica
Ao longo de sua Metafísica Aristóteles caracteriza de maneiras distintas o estudo que empreende nesta obra.
Inicialmente, ele é descrito como a “ciência que estuda os primeiros princípios e causas”. Já no livro Γ o filósofo o
caracteriza como a “ciência que estuda o ente enquanto ente”, a qual teria um caráter universal - tal ciência seria, em
suma, uma ontologia geral. No livro E, porém, Aristóteles aparentemente revoga a universalidade da metafísica ao
equipará-la à teologia, que teria como objeto de estudo a substância imóvel. Finalmente, em Z, a metafísica é
caracterizada como um estudo particular da ousia. O objetivo de minha pesquisa é o de analisar as tensões aparentes
entres essas diversas caracterizações de metafísica, buscando determinar se são perspectivas diversas de um projeto
único ou se, ao contrário, descrevem disciplinas irredutíveis a uma mesma ciência.
Marcos Tadeu Neira Miranda
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Zingano
Órgão de Fomento: CNPq
E-Mail: [email protected]
Nota sobre a unidade das virtudes
A questão da unidade das virtudes assume diferentes contornos no decurso do período grego clássico e helenístico.
Centraremos o presente trabalho na investigação da elaboração inicial da questão que encontramos nos chamados
diálogos platônicos da primeira fase, mais precisamente, no Protágoras. Analisaremos, portanto, este diálogo, utilizando
para tanto as interpretações clássicas de Gregory Vlastos e Terry Penner. Sendo que, Vlastos nega a identidade estrita
entre as virtudes e defende a conexão das virtudes pelo viés da bicondicionalidade, enquanto Penner afirma a
identidade das virtudes “forte”. Ao fim da análise das duas interpretações poderemos investigar se estas visões da
conexão das virtudes nos primeiros diálogos de Platão se sustentam frente à formulação posterior da questão que
encontramos na República.
Marcos Sirineu Kondageski
Instituição: UFPR
Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Valentim
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
A Relação entre Razão e Natureza na Crítica da Razão Pura [B]
A presente investigação tem como ponto de partida a famosa afirmação do Prefácio à Segunda Edição da Crítica da
Razão Pura: “só conhecemos a priori das coisas o que nós mesmos nelas pomos”. Nosso propósito é compreender, a
partir principalmente da leitura do Prefácio, que tipo de relação ocorre entre razão e natureza, relação esta que
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constituiria a essência da cognição: haveria uma circularidade fundamentando todo conhecimento, uma circularidade
que pode garantir a priori o acordo entre sujeito (razão) e objeto (natureza) apenas porque, a priori também, é
necessário que se garanta a adequação do objeto aos esquemas do entendimento? Para a investigação dessa questão (e
de outras, intimamente relacionadas) ser-nos-á de grande valor, ainda, a exegese de alguns textos de Nietzsche: o
ensaio Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral e aforismos selecionados de A Gaia Ciência.
Maria Aparecida Souza Oliveira
Instituição: USTJ
Orientador: Prof. Dr. Hélio Salles Gentil
E-mail: [email protected]
Gaston Bachelard: A Imagem Poética e suas Ressonâncias
Este é um estudo sobre a obra A Poética do Espaço do filósofo Gaston Bachelard. Acompanhamos as análises feitas por
ele, com leituras sistemáticas da obra e de seus comentadores, das imagens poéticas e de suas ressonâncias, fazendo
um mapeamento das próprias leituras do autor e discutindo os resultados. Bachelard faz uma fenomenologia da
imaginação como mapeamento e interpretação de imagens poéticas do espaço feliz nessa obra que foi o foco de nosso
estudo. Segundo o filósofo, quando somos tocados pela imagem poética, a recebemos sem questionamento, como se
fosse um presente, e não se trata de buscar sua causalidade. Ao sermos tocados pelas imagens poéticas, sofreremos o
efeito delas em nosso ser, e esse efeito se dá pelo que ele chama de ressonância. Bachelard nos mostra que somos
expandidos em nosso ser por meio da linguagem poética, pela ressonância da imagem poética.
Maria Corrêa Bertoche
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Pedro Paulo Garrido Pimenta
E-mail: [email protected]
A Matemática em Kant
Sempre nos espanta, no estudo da matemática, a peculiar harmonia entre suas diversas áreas. Essas aparentes
coincidências convidam o estudante de filosofia a dar razão a Kant: tal harmonia não seria casual, pois não decorreria
dos próprios objetos matemáticos, mas da natureza do nosso aparato intelectual, que descobre (ou inventa) tais objetos
segundo as formas puras da intuição. A despeito da elegância dessa solução, muitas considerações kantianas acerca da
matemática se mostraram inconciliáveis com o rumo desta ciência, o que fez com que Kant fosse ignorado por boa parte
da comunidade matemática. Tendo em vista a importância de Kant na história da filosofia, pretendemos tratar desta
parte da doutrina kantiana a fim de vermos o que sobrevive a tais críticas e pode ainda contribuir tanto no debate
filosófico-matemático quanto no estudo da doutrina kantiana como um todo.
Maria Helena de Novais
Instituição: USJT
Orientador: Prof. Dr. Monique Hulshof
E-mail: [email protected]
Arqueologia e Ciências Humanas em Michel Foucault: uma leitura de “As Palavras e as Coisas”
Em uma de suas últimas aulas no Collège de France, em 1983, Michel Foucalt, parecendo avaliar sua própria carreira,
declarou ter orientado seus estudos pela busca por uma nova compreensão dos fatos do tempo presente. Tomou como
principal campo de reflexão a Filosofia da História e procurou realizar uma “ontologia de nós mesmos”. Coerente com a
proposta do filósofo, sua obra “As Palavras e as Coisas” apresentar os resultados de suas reflexões sobre as origens das
ciências humanas. É objetivo deste trabalho analisar a relação entre a arqueologia das ciências humanas, realizada por
Foucault, com a transcendentalidade kantiana e a genealogia proposta por Nietzsche.
Maria Lúcia Rizzetto Patrocínio
Instituição: UFS
Orientador: Prof. Dr. Edmilson Menezes
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Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
História e progresso: voltaire contra pascal
O espírito moderno distingue-se pela interpretação dada aos fatos a partir de uma nova posição frente ao tempo e ao
mundo. Neste sentido, o interesse pelo pensamento de Pascal e pela reflexão de Voltaire emerge como filosofia, como
filosofia propriamente moderna, amparada no entendimento de um discurso polêmico do qual brota as proposições
enquanto instrumentos espirituais servindo a intento bem preciso: a história torna-se matéria de reflexão filosófica. O
objetivo do trabalho é apresentar o confronto entre Voltaire e Pascal, levando em consideração o nexo história e
desenvolvimento, tendo em vista perceber a singularidade das propostas pascalina e voltairiana, entendendo que a
ilustração dissolve a unidade que havia na perspectiva teológica da história ao assumir a história como experiência
secular do progresso.
Mariana Kuhn de Oliveira
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Wladimir Barreto Lisboa
Órgão de Fomento: UFRGS - BIC
E-mail: [email protected]
Paixões e Leis de Natureza em Thomas Hobbes
Hobbes, ao apresentar suas leis de natureza, está, conforme enuncia na introdução ao Leviatã, nos dizendo quais regras
morais um soberano deveria estabelecer para que houvesse a paz. Para estabelecer essas regras, o soberano deve ser
capaz de vislumbrar as paixões humanas. A presente pesquisa tem como objeto o estudo da aparente aproximação na
análise das paixões tratadas durante a apresentação leis de natureza por Hobbes com aquelas descritas no livro II da
Retórica por Aristóteles. Hobbes, apesar da suposta falta de apreço pelos escritos de Aristóteles, considerou a Retórica
uma obra de grande valor, chegando a fazer uma versão dela para o inglês. Para a realização desta proposta será
utilizado o método de análise conceitual das fontes primárias citadas e materiais de apoio contemporâneo, tendo como
referencial teórico autores como Luc Foisneau, Zarka e Dominique Weber entre outros.
Matheus Dias Bastos
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Fernando Muniz
E-mail: [email protected]
As teorias do prazer no Górgias de Platão
A presente comunicação tem por objetivo identificar teorias que teriam influenciado a posição hostil ao prazer
no Górgias, diálogo apontado como o primeiro em que Platão formula tal rejeição ao prazer. Para tentar compreender a
novidade dessa posição, buscaremos analisar como, especialmente o debate entre Sócrates e Cálicles se inspira em
reflexões sobre o prazer anteriores e mesmo contemporâneas a nova tese platônica. Levaremos em conta também o
fato doGórgias ser também o primeiro diálogo a expor uma concepção da natureza dos prazeres baseada na oposição
entre corpo e alma, o que nos permitirá investigar também teorias fisiológicas e éticas que redimensionaram a análise
do hedonismo em Platão. Em uma última etapa, vamos nos deter na análise do filósofo Aristipo cuja filosofia parece
sugerir uma conjugação entre a auto-suficiência socrática e a satisfação dos prazeres proposta por Cálicles. Apoiando-se
em uma concepção ampla e positiva do prazer, Aristipo defende o controle interno dos prazeres para o alcance da vida
feliz. Sua visão está na contramão da tradicional compreensão grega dos efeitos maléficos do prazer na vida.
Matheus Henrique Gomes Monteiro
Instituição: UNICAMP
Orientador: Prof.ª Dr.ª Fátima R. R. Évora
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
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Aquino e o possível como ideia na mente divina
A presente comunicação tem como objetivo discutir a noção tomasiana de possível e sua realidade. Tendo como base o
texto "De potentia Dei" e as contribuições da investigação contemporânea, pretende-se mostrar que, segundo o filósofo
medieval, o possível dito absolutamente, também entendido como o que não é contraditório, existe como ideia na
mente de Deus.
Michel Amary Neto
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Vladimir Safatle
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Da falsa consciência ao esclarecimento cínico
Entender a ideologia como falsa consciência hoje nao é possível. Não podemos mais nos submeter a fórmula de Marx e
alegar que fazemos porque não sabíamos. Ao contrário, sabemos e continuamos a fazer, eis a nova face da ideologia no
pós modernismo. Essa apresentação pretende observar a passagem da ideologia enquanto falsa consciência para o
esclarecimento cínico pela análise de autores como Adorno, Sloterdijk e Zizek.
Michele de Toledo Ataide
Instituição: UFBA
Orientador: Prof. Dra. Acylene Maria Cabral Ferreira
E-mail: [email protected]
Significância e Linguagem em Heidegger
Será analisado neste trabalho a presença como significância e linguagem,em Ser e Tempo,de Heidegger.Investigar-se-a a
significância de mundo e linguagem na Primeira Seção da obra,com os existenciais da disposição,compreensão,
decadência e linguagem;a significância da presença e linguagem na Segunda Seção,com os existenciais da angústia, voz
da consciência e linguagem.Este,compreende a presença em relação com o mundo,a qual tem uma significabilidade,e
traz outra forma de ver a relação dicotômica de sujeito e objeto,da filosofia tradicional.Focaliza-se a presença na
circularidade hermenêutica e o significado nas duas formas de linguagem,a comum,e a silenciosa.O projetar, ser e
sentido demonstram uma significância de mundo e estabelece uma relação de copertença com a significância da
presença, que se desenvolve como uma decisão do seu mundo. Buscando-se,assim uma relevância para o cotidiano.
Natalia Pereira Pinheiro
Instituição: UFMA
Orientador: Prof. Ms. Antonio José
E-mail: [email protected]
Uma refutação ao Tempo e ao Espaço newtoniano
Nos ‘Princípios matemáticos da filosofia natural’, Isaac Newton expôs o que ele acreditou serem princípios básicos de
onde poderíamos derivar previsões e explicações para todos os fatos da natureza. Leis fundamentais de caráter
estritamente mecânico envolvendo noções de espaço, tempo e força. Concebendo o mundo como um sistema
rigorosamente determinado de corpos em movimento. Do outro lado, se opondo a essas concepções, temos o filosofo
Berkeley no livro ‘Dos princípios do conhecimento humano’ negando a existência da matéria e qualidades inatas a ela, e
afirmando ser impossível explicarmos qualquer acontecimento no universo sem recorremos a Deus que é a única causa
fundamental de todas as coisas. Neste trabalho mostraremos como Berkeley acomoda a mecânica clássica a fim de que
ela caiba no seu idealismo.
Nayara Dias Scrimim
Instituição: UNICAMP
Orientador: Prof. Dr. Alcides Hector Benoit
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Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Sócrates e a Sedução de Belos Jovens
Sócrates, filósofo da antiguidade grega, para chegar à Idéia de Belo em si, descobriu como momento de sua dialética a
sedução. Isto se deu, devido a uma revelação que o filósofo recebera ainda em sua juventude: Diotima, uma famosa
sacerdotisa, revelara a dialética sedutora de Eros, mostrando ao jovem Sócrates que através dos belos corpos poderia
conseguir atingir o inteligível por meio do sensível . A partir desta revelação, o personagem de Platão começa a aplicar
os ensinamentos da sacerdotisa para conquistar belos corpos. Destarte, pretende-se apresentar o lado sedutor da
filosofia de Sócrates em relação aos jovens. Para tanto faremos uso apenas de alguns diálogos onde essa situação
aparece em que Sócrates usa a arte da sedução, a saber: Banquete, Lísis, Alcibíades I e Carmides.
Odair da Silva Guimarães
Instituição: UFRB
Orientador: Prof. Dr. Gilfranco Lucena dos Santos
E-mail: [email protected]
O conceito de dever na filosofia moral kantiana
Pretende-se expor e discutir os principais fundamentos da filosofia moral kantiana, sobretudo enfatizar o conceito de
dever enquanto postulado universal da razão inerente a todo ser racional. Que, para Kant, pertence ao sujeito
transcendental, isto é, ao sujeito que age conforme a intenção e o dever, não a uma coação ou ordenação de um
superior, mas pelas características cognitivas que todos os seres humanos possuem. Esse princípio moral (dever), não é
adquirido pela religião, pela cultura ou por qualquer outra experiência a posteriori, apesar de Kant mostrar que o
conhecimento se fundamenta na experiência, mas, é a partir da autonomia do sujeito que determina suas ações,
particulares e necessárias, tornando suas decisões de caráter universal, e, portanto livres.
Pâmela Almeida Fabricio da Silva
Instituição: UEM
Orientador: Prof. Dr. Cristiano Perius
E-mail: [email protected]
Walter Benjamin: Entre o sonho surrealista e o despertar
Walter Benjamin acreditava que os surrealistas tinham uma relação com o antiquado e com objetos concretos que
rompiam com uma prática de abstração das manifestações artísticas e isso significava uma possibilidade de se superar a
realidade e de redefinir uma dimensão política dentro da arte. No primeiro manifesto surrealista, afirma-se que o sonho
é o responsável pela resolução de problemas fundamentais da existência. É no âmbito dos sonhos que estão contidos
todos os desejos humanos que não se demonstram em estado de vigília. Para os surrealistas os sonhos são o exercício
da imaginação em estado puro e tem de ser livres de todas as inibições da vigília e estão contidos no plano da liberdade
absoluta. Analiso o pensamento de Benjamin acerca do sonho surrealista e busco entender uma máxima do autor, onde
afirma que cada época sonha a próxima, e ao sonhar se esforça em despertar.
Paula Bettani Mendes de Jesus
Instituição: USP
Orientador: Porª. Drª Tessa Moura Lacerda
E-mail: [email protected]
Do estatuto do conhecimento e da naturalidade do afeto em Baruch de Espinosa
Essa pesquisa pretende discutir duas questões bastante peculiares da filosofia espinosana, uma delas diz respeito a sua
teoria do conhecimento e a outra ao trato que ele dá aos afetos humanos. A proposta será unir uma temática a outra
mostrando em que medida os chamados gêneros de conhecimento interferem e influenciam na maneira de lidar com os
afetos, o que começa pelo reconhecimento da naturalidade dos mesmos, ideia essa que até então não se admitia.
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Mostraremos assim como podemos aumentar a nossa potência e sermos ativos mesmo sendo naturalmente seres
afetivos, ou seja, ser afetivo não significa necessariamente ser passivo, é o que veremos.
Paula Regina Menezes Silva
Instituição: UFPA
Orientador: Prof. Dr. Ernani Pinheiro Chaves
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Ethos e Pathos: Schopenhauer como elemento substancial na crítica do 2º Nietzsche
A concepção da música como elemento principal do drama, complementada pela ação e pela palavra, é a ferramenta
chave para que Wagner resgate o impulso dionisíaco, antes reprimido pelo socratismo estético. Observamos o
renascimento da cultura trágica – aspecto que permeia os itens finais de O nascimento da tragédia e que se apresenta
como uma das questões centrais da 4ª Consideração extemporânea: Richard Wagner em Bayreuth. A investigação
proposta por este trabalho tratará de um outro sentido a ser atribuído para a música em Richard Wagner em Bayreuth,
quando é pensada como linguagem do pathos, do querer apaixonado do homem. Tal sentido surge, logo uma distinção,
da análise da música de Wagner e da anterior a ele. Antes de Wagner, o que se apreciava era uma música em função do
ethos, dos “estados permanentes do homem” . A música de Wagner seria a própria música que expressaria, o pathos.
Paula Tárcia Fonteles Silva
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. José Expedito Passos Lima
E-mail: [email protected]
Diagnóstico e crítica do presente em Pier Paolo Pasolini: herança da Teoria Critica frankfurtiana
Este trabalho objetiva investigar o último período da obra de Pier Paolo Pasolini. Propõe-se aqui a hipótese
interpretativa que o “último Pasolini” adota o pensamento dos filósofos frankfurtianos (Adorno, Horkeheim e Marcuse)
em sua crítica ao processo de modernização na Itália, ocorrido no final dos anos ’60 e início dos anos ’70. Pasolini
identifica alguns sintomas que afetam cotidianamente, em especial os jovens, decorrente da “mutação antropológica”
produzida pelo avanço tecnológico no neocapitalismo. Entre esses sintomas destacam-se a crise do sentido, a
inexpressividade, o conformismo, a agressividade, o mimetismo, a nova delinquência e diversas degenerescências do
corpo e da individualidade dos jovens: algo que afeta a integralidade antropológica. Trata-se, portanto, de uma ruína de
valores e sentidos sociais decorrente da homologação cultural na experiência da nova juventude.
Paulo Yamawake
Instituição: Unicamp
Orientador: Prof. Dr. Marcos Nobre
E-mail: [email protected]
Max Horkheimer e a reformulação do materialismo dialético
Em 1930, Max Horkheimer assume a direção do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, apresentando em seu discurso
de posse um ambicioso programa de reformulação da filosofia social em colaboração com as ciências especializadas.
Suas pretensões eram a de suprir as carências da filosofia social de matriz hegeliana, bem como a de tirar as ciências
individuais da “especialização caótica” em que se encontravam. Nesta comunicação, apresentarei como a reformulação
do conceito de materialismo torna-se fundamental para Horkheimer realizar sua tarefa. Serão levantados alguns pontos
da crítica horkheimeriana ao positivismo e ao idealismo, bem como ao materialismo “vulgar”, que auxiliam na
compreensão de seus propósitos. É esse esforço teórico que dará fundamento ao seu influente conceito de teoria crítica
da sociedade, formulado em 1937.
Rafael Amaral Hyertquist Bordini
Instituição: UFSCar
Orientador: Prof. Drª. Thelma Lessa da Fonseca
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E-mail: [email protected]
Noção de verdade e perspectivismo em Nietzsche
Em Sobre verdade e mentira no sentido extra moral, Nietzsche dirá que a oposição verdade e mentira surgiu a partir das
necessidades gregárias do homem, e a crença na ilusão chamada “verdade” é útil na manutenção do rebanho. Em a Gaia
ciência o filósofo é assertivo ao afirmar que não temos nenhum órgão para a verdade. Direcionando sua critica aos
pensadores sistemáticos, Nietzsche dirá que negando a noção heraclitiana de devir, tais pensadores passam a acreditar
em uma fixidez e assentam suas verdades pretensas sobre elas, formulando seus sistemas concatenados e
intransponíveis. Destarte, o objetivo do presente trabalho é apresentar a crítica nietzschiana à noção de verdade e o
mecanismo de disputa de interpretações proposto por ele em detrimento de uma teoria do conhecimento, e seu
posicionamento em favor do perspectivismo contra o dogmatismo e suas consequências.
Rafael Bittencourt Santos
Instituição: UFRGS
Orientador: Prof. Dr. Eros Moreira de Carvalho
Órgão de Fomento: FAPERGS
E-mail: [email protected]
Se a saída de Hume para o problema da indução é meramente psicológica
Robert Fogelin interpreta Hume como um cético (não apenas) indutivo radical. Segundo Fogelin, Hume admite seu
fracasso em justificar o raciocínio indutivo e se utiliza de uma resposta meramente "psicológica" para explicar o seu uso.
Garrett, por outro lado, defende que devemos interpretar Hume como fazendo apenas, e nada mais, psicologia da
cognição. Não haveriam pretensões epistemológicas nem normativas no projeto de Hume, apenas a descrição do modo
como procedemos ao raciocinar. Pretendo mostrar que, ao contrário do que Garrett defende, existem pretensões
epistemológicas e normativas no projeto de Hume e, ao contrário de Fogelin, que o filósofo não é um cético indutivo
radical nem que sua saída é meramente psicológica. Este último objetivo passará por compreender a função dos
instintos naturais na epistemologia humeana, que vai além do resgate da vida prática.
Rafael dos Santos Molinari
Instituição: USP
Orientador: Prof. Dr. Roberto Bolzani Filho
Órgão de Fomento: FAPESP
E-mail: [email protected]
Alguns aspectos da refutação socrática
A comunicação que será apresentada neste XV Encontro tratará de alguns aspectos da refutação socrática, mais
precisamente, abordaremos a refutação socrática dos pretensos sábios. Num primeiro momento, será feita uma
abordagem de alguns aspectos da argumentação socrática que levariam o interlocutor a ver-se em aporia, isto é, que
levariam o interlocutor a cair em contradição - o que poderíamos chamar de "aspectos lógicos da refutação". Num
segundo momento, trataremos das motivações de Sócrates, isto é, dos motivos que levariam Sócrates a exercer a
refutação, e que o próprio Sócrates chamará de sua "missão divina" - o que poderíamos chamar de "aspecto moral da
refutação".
Rafael da Silva Shirakava
Instituição: UNESP
Orientador: Prof. Dr. Sinésio Ferraz Bueno
Órgão de Fomento: FAPERJ
E-mail: [email protected]
"O olhar da psicanálise sobre o estranho (unheimlich)"
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O objetido dessa pesquisa é descobrir a formação do estranho na sociedade, na categoria do unhemlich – termo
psicanalítico – relacionando este com a formação de grupos e a personalidade autoritária em textos do filósofos Adorno
e Horkheimer. Procurando,também, saber como como os líderes fascistas conseguem transmitir suas ideologias a uma
multidão de indivíduos que se diz “emancipada”. Freud deixa isso bem claro em textos importantes como "Mal-estar na
civilização" e "Psicologia de Massas e analise do eu" nos quais esse fator está relacionado com os desejos primitivos
reprimidos tanto na primeira infância quanto na fase adulta. Adorno e Horkheimer utilizam os termos das teorias
psicanalíticas para melhor fundamentação de suas ideias em relação aos agitadores fascistas, além de tentar, elaborar
uma nova pedagogia com a premissa de que a barbárie não se repita.
Rafael dos Santos Monteiro
Instituição: UFC
Orientador: Prof. Dr. Alexandre de Moura Barbosa
E-mail: [email protected]
Consciência sensível e servidão da mente em Espinosa
Espinosa define a mente como a idéia de um corpo dotado de partes em movimento determinado. Ela mesma é um
complexo de outras idéias, as idéias das modificações de seu objeto. Dada as condições para uma percepção, descritas
no corolário da prop. 11 da Ética II, a realidade de seu corpo, dos outros corpos e de si mesma, aparece-lhe confusa e
mutilada, carente das determinações e causas que permitiriam a ela compreender a totalidade da qual é um modo. Não
há nada de continuo na consciência e a imaginação preenche as lacunas criando um campo de crenças e finalidades
ilusórias, matéria das superstições religiosas. O objetivo aqui é tratar desta servidão da mente em primeiro gênero de
conhecimento tal como Espinosa a pensa. O centro das reflexões será a definição de mente, a precariedade da
consciência sensível e as implicações do pensar imaginativo frente as exigências do conhecer adequado.
Raisa Inocencio
Instituição: UFRJ
Orientador: Prof. Dr. Charles Feitosa
E-mail: [email protected]
A abertura da Vênus
O projeto tem como base o livro “Ouvrir Venus” do historiador da arte Georges Didi-Huberman. Propõe-se uma
investigação filosófica no quadro Vênus de Botticelli, apresentando conceitos – tanto que influenciaram como o Ficino e
o neoplatonismo e também que se opuseram a exemplo o Georges Bataille e “Madame Edwarda” – ao nu como gênero
idealizado na arte. Este projeto é interdisciplinar, fazendo uma dança entre filosofia e arte. Dialoga, portanto, com a
proposta do professor orientador Charles Feitosa em seu ensaio-manifesto “Por uma Filosofia Pop” (Charles Feitosa, in:
Nietzsche e Deleuze, Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2001), sem que os quadros apresentados não sejam banalizados
ou não tenham a densidade inerente ao pensamento. No final da apresentação teórica ocorre uma performance, para
ilustrar em termos contemporâneos o questionamento acerca do nu.
Raphaela Simplício de Sousa
Instituição: UFRN
Orientador: Profa. Dra. Cinara Maria Leite Nahra
E-mail: [email protected]
John Rawls e a razão prática em Immanuel Kant
Apresentação dos princípios morais fundamentados por Immanuel Kant e o procedimento de construção para os
princípios de justiça como fundamenta John Rawls propondo uma teoria da justiça que vise à estruturação básica de
uma sociedade. Kant pretende através da razão, encontrar e construir normas universais para todas às esferas da vida,
enquanto Rawls, considerando a diversidade cultural presente nas sociedades modernas, pretende construir princípios
que tenham como alvo à esfera pública. Embora os dois autores apresentem semelhanças em seus procedimentos
construtivos, eles utilizam concepções diferentes de razão prática.
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Ravena Olinda Teixeira
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Angelo da Rocha Fragoso
Órgão de Fomento: CAPES
E-mail: [email protected]
O Corpo na Ethica de Spinoza
O presente trabalho tem como objetivo analisar o que Spinoza define por corpo na Ética. Baseamos-nos na afirmação de
Spinoza que afirma existir relação entre uma idéia adequada de corpo e o conhecimento da mente humana. Sabemos
que todo corpo é um modo, entretanto nem todo modo é um corpo, existem infinitos modos, pois seguem-se infinitas
coisas de infinitas maneiras da essência da Substância. Para Spinoza, devemos nos deter apenas naquelas coisas que
podem nos conduzir ao conhecimento da mente humana e de sua beatitude suprema. Portanto, analisaremos o que
constitui e o que caracteriza um determinado corpo como modo singular. Considerando cada definição, axioma,
proposição e todas as conseqüências lógicas que derivem destes, que possam resolver algumas indagações acerca do
pensamento de Spinoza em relação à constituição do corpo, visto que ele é uma afecção do atributo extensão e, como
modo, tem características singulares que dão a este a condição de indivíduo. Assim, mostraremos como esse corpo se
mantém existindo e como ou quando o mesmo deixa de existir. Para tanto, analisaremos minuciosamente a pequena
física a qual se encontra na segunda parte da Ética, sua obra maior. Nesta, Spinoza discorre acerca de dois dos infinitos
atributos da substância, os quais são corpo e mente.
Rhamon Oliveira
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Fernando Muniz
Órgão de Fomento: FAPERJ
E-mail: [email protected]
Sócrates e o Hedonismo de Cálicles
A presente comunicação diz respeito a uma pesquisa que tem como principal objetivo evidenciar, no diálogo Górgias de
Platão, tanto a natureza do hedonismo defendido por Sócrates quanto do que é defendido por Cálicles. É importante
definir tal natureza uma vez que, segundo uma tradição de intépretes, as concepções platônicas sobre o prazer mudam
drasticamente entre o Protágoras e o Górgias. Indo contra as posições tradicionais, autores contemporâneos tentaram
buscar no último destes dois diálogos, elementos que possam marcar não uma ruptura, mas uma continuidade entre
eles. Gosling e Taylor são considerados os primeiros a formular uma tese plausível para a solução de tal problema, em
seu trabalho conjunto, The Greeks On Pleasure. Esta exposição se foca na análise de tais autores dos argumentos
apresentados por Sócrates a Cálicles na discussão central a respeito do prazer no Górgias.
Roberta Browne
Instituição: USJT
Orientador: Prof. Dr. Hélio Salles Gentil
E-mail: [email protected]
A Arte e o Mundo Percebido: um meio para compreender a relação sujeito e objeto
Como o título bem mostra, o objetivo aqui é mostrar como a arte pode ser um meio para compreender o mundo
percebido. Partindo da concepção de Merleau-Ponty a respeito do assunto, as obras de arte não são vistas apenas como
objetos, elas passam a ser compreendidas como o resultado de uma conjunção entre razão e percepção. Partindo disso,
como é possível que analisemos uma obra e seu artista sob pontos de vista unilaterais? Merleau-Ponty, através do seu A
Dúvida de Cézanne, nos mostra que, ao fazermos uso das análises tendenciosas ao psicologismo, à histórica-estética
e/ou autobiográfica como perspectivas autossuficientes e excludentes, nos deparamos com a limitação do pensamento
sensorial, e ficamos presos nessa teia dicotômica sujeito-objeto a que fomos condicionados a acreditar como a verdade.
O mundo deixa, assim, o seu preto e branco convencional e passa para o colorido das obras de arte.
Rodrigo Borges de Azevedo
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Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Marcus Reis Pinheiro
Órgão de Fomento: FAPERJ
E-mail: [email protected]
O fenômeno gnóstico: um estudo sobre a correlação entre cosmologia e ética no gnosticismo
Pretendemos avançar na discussão do tema “Cosmologia e Ética no Helenismo”, tendo como referencial um fenômeno
religioso cristão marginal dos primeiros séculos – o Gnosticismo. Nossa questão constitui-se um problema porque
desejávamos descobrir se, a partir de uma determinada cosmovisão, foi possível derivar-se conotações éticas. A
depreciação do mundo e seu criador demonstra-se central para o gnosticismo. Não obstante, quais as justificativas e
implicações? Teria sido capaz de influenciar as ações e relações humanas? Dessa aversão ao cosmos duas conclusões
morais contraditórias são resultantes: o ascetismo e o libertinismo. Acreditamos que tal consideração do mundo
constitui uma questão fundamental dado que, assim como esses que nos precederam, também caminhamos pelo
mundo e importa-nos, do mesmo modo, o questionar e examinar a nossa própria existência frente ao mundo e ao
próximo.
Roney Madureira
Instituição: PUCC
Orientador: Profa. Dra. Vania Dutra de Azeredo
E-mail: [email protected]
Os limites e as possibilidades da interpretação em Nietzsche
Nietzsche afirma que não existem fatos, ou mesmo qualquer espécie de “em si” oculto, requerendo que seja explicitado
o estatuto da interpretação no seu pensamento. Afinal, qual a dimensão que legitima, ou que melhor expressa a relação
intérprete/interpretação a partir das perspectivas interpretativas apontadas por Nietzsche? Qual a relação existente
entre o introduzir de interpretações e a aniquilação do fundamento?
Sacha Zilber Kontic
Instituição: USP
Orientador: Profª. Drª Tessa Moura Lacerda
Órgão de Fomento: PET
E-mail: [email protected]
Leibniz e o sensível: a propósito de uma crítica de Kant
Na Crítica da Razão Pura, Kant afirma que a sensibilidade é, para Leibniz, “apenas uma forma confusa de representação
e não uma fonte particular de representações”. Assim, os sentidos não teriam papel nenhum senão “a mesquinha
função de confundir e desfigurar as representações do entendimento”. A presente comunicação pretende fazer duas
reflexões acerca dessa crítica, que se tornou quase canônica na historiografia filosófica: (1) se o sensível é da mesma
natureza do que o inteligível, e se toda representação é fundada na razão, não poderíamos atribuir na filosofia de
Leibniz um papel aos sentidos outro do que apenas uma fonte de erros? E (2), em que sentido podemos dizer que a
crítica de Kant se sustenta na medida em que a noção leibniziana de percepção sensível se opõe diametricamente à
tradição empirista.
Soraya Conturbia
Instituição: UFES
Orientador: Prof. Dr. Claudia Pereira do Carmo Murta
E-mail: [email protected]
A Aristóteles e Freud: O Outro Melancólico
Neste artigo temos por objetivo diferenciar dois momentos na formulação do conceito de melancolia. Para isso,
recorremos a um texto de Aristóteles e um outro, de Freud. Na obra Aristotélica, “O Homem de Gênio e a Melancolia”, o
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autor propõe a pergunta chave do Problema XXX,1 que é a seguinte: por que todos os homens de exeção são
melancólicos? A melancolia na interpretação Aristotélica pode ser considerada a principio como excessiva e excepcional,
indo sempre de um extremo ao outro. Agora, temos em Freud a melancolia moderna que se caracteriza pela
identificação do próprio ego, e que segundo esse mesmo autor, é considerada uma patologia. Procuramos neste artigo
mostrar que os dois textos empregam a mesma palavra, porém designam com ela fenômenos de sentidos diferentes.
Assim, tomamos como referência a compreensão da melancolia na perspectiva psicanálita, na sociedade moderna.
Taís Bravo
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Cláudio Oliveira
E-mail: [email protected]
Uma aprendizagem: a descoberta dos prazeres e a saída do narcisismo
A presente comunicação é resultado de uma pesquisa que propõe um elo entre filosofia, literatura e psicanálise.
Pretendo construir, a partir de critérios estéticos da filosofia contemporânea, uma análise da obra Uma aprendizagem
ou O livro dos prazeres de Clarice Lispector, indicando como este dialoga com perspectivas psicanalíticas, em especial a
questão do narcisismo. Assim, defendo a tese que a aprendizagem escrita por Clarice Lispector é a trajetória de uma
personagem que passa pela experiência da saída do narcisismo através da descoberta dos prazeres e de uma percepção
erótica de seu mundo externo. Além disso, me apoiando na perspectiva freudiana, proponho um caráter político a essa
narrativa a partir da concepção da psique como uma realidade social, de forma que o relato de Lispector possa ser
encarado como um vestígio da psique social de seu tempo.
Talia Gabrielle Santos Azevedo
Instituição: UFMA
Orientador: Prof. Marcelo Antunes
E-mail: [email protected]
O Primado do Erro na Problemática da Verdade
A errância enquanto ek-sistencia in-sistente é segundo Heidegger em Sobre a essência da verdade a antiessência
fundamental da essência originária da verdade. A Abordagem hermenêutica filosófica desta obra pretende acenar que
junto a esta simultaneidade irrompe o desvelamento do ente enquanto tal e a dissimulação do ente em sua totalidade.
Indo de um lugar ao outro,o homem não erra por suposta negligência mas se move em meio a atmosfera do erro, que o
afasta do mistério e o atêm a vida cotidiana. O encobrimento do ente em sua totalidade impera na errância enquanto
esquecimento do mistério, apontando o [aí] do ser como palco dos vários modos do errar. Faz parte da dissimulação
dissimular-se a si mesma. Portanto pertence à verdade originária,ao desvelamento do ente em seu conjunto, não
somente velar-se,mas velar seu velamento.
Thaís Bravin Carmello
Instituição: UEM
Orientador: Prof. Dr. Robespierre de Oliveira
Órgão de Fomento: Fundação Araucária
E-mail: [email protected]
Arte e embriaguez: A influência do deus Dionísio na filosofia estética de Nietzsche
Ora, festas a Dionísio nas quais embriagados de vinho os homens celebram a primavera e o prazer. Outrora, embriaguez
pela música que eleva o indivíduo para suportar a realidade que lhe é exposta por Dionísio. Literalidades, metáforas e
outros resquícios do conceito de embriaguez deixados por Nietzsche são os temas deste trabalho. Temas que na
primeira fase do autor são tratados principalmente em seu livro inaugural, O Nascimento da Tragédia (1872), assim
como no texto A visão dionisíaca do mundo (1870) e nos esboços datados neste mesmo ano intitulados Introdução à
tragédia de Sófocles. Na fase madura, também observamos esta questão em Assim falava Zaratustra (1885), única obra
posterior à primeira fase que aqui utilizaremos. Afinal, perguntamos: É possível dissociar a embriaguez musical do
estado estético da embriaguez fisiológica causada pelo vinho dado por Zaratustra ao amargo velho?
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Thatiana Victoria dos Santos Machado Ferreira de Moraes
Instituição: UFRJ
Orientador: Prof. Dr. Guilherme Castelo Branco
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Ação e reação: relações de poder e movimentos de resistência na filosofia de Michel Foucault
Em seu texto “O Sujeito e o Poder”, o filósofo Michel Foucault expõe diversas características da biopolítica e das
relações de poder. Uma das mais definidoras marca das relações de poder, que as diferencia das relações de força, é a
sua capacidade de agir sobre os discursos e atos de resistência ao poder, não de forma destruidora, mas pelo contrário,
incorporando-os. Em outras palavras, as relações de poder não buscam excluir ou dizimar os movimentos de resistência,
e sim são capazes de reconhecê-los e agir sobre eles, transformando-os em parte de seu próprio discurso.
Este trabalho tem como objetivo uma maior compreensão do que significa a ação sobre a re-ação, isto é, de que modo o
poder estabelece relações com os discursos de resistência, com as respostas a sua própria presença; e como tais
processos se dão hoje.
Thiago Andrade Ferreira Dória
Instituição: UFBA
Orientador: Prof. Dr. João Carlos Salles Pires da Silva
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
Uma consequência ontológica da teoria pictórica
O tema de nosso trabalho é o estatuto dos objetos no Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein. A
estratégia que utilizamos para compreendê-lo consiste em tornar explícitas suas raízes na teoria pictórica e em
circunscrevê-lo no contraste entre proposição e nome enquanto dois tipos de símbolos essencialmente distintos, o
primeiro marcado pela complexidade e o segundo pela simplicidade. Desta forma, ao fim e ao cabo, esperamos mostrar
o seguinte: para que a proposição signifique complexamente, represente um estado de coisas, descreva uma situação, o
nome deve designar diretamente um objeto simples, seu significado, sem a mediação de qualquer conteúdo descritivo.
Thiago Augusto Passos Bezerra
Instituição: UFMG
Orientador: Profª Drª Maria do Socorro da Silva Jatobá
Órgão de Fomento: CNPq
E-mail: [email protected]
As noções de Justiça no Livro I da República de Platão
Além de abrir uma das obras mais importantes de Platão e apesar de todas as divergências acerca de sua classificação, a
questão que se coloca no Livro I trata-se de definir o que é a justiça além de apresentar os personagens da obra e situar
a discussão. Uma pergunta faz-se pertinente, por que escolher a justiça como tema de uma obra que tem como objetivo
a constituição da cidade perfeita? No intuito de buscar uma resposta a essa indagação precisamos atentar ao contexto
em torno de tal tema. No cenário dos temas abordados nos demais diálogos platônicos onde a interrogação socrática
empreende o exercício da busca pela conceituação da virtude, nesse contexto faz-se imprescindível lançar-se a procura
da definição de justiça. As noções de justiça são submetidas a análise socrática para quem a definição deve cumprir os
requisitos exigidos a partir de uma investigação metodicamente elaborada.
Thiago Moura Lédo
Instituição: UFPA
Orientador: Prof. Dr. Ernani Chaves
E-mail: [email protected]
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Ciência da arte enquanto explicação não-mitológica: a reformulação do problema da estética.
Pretende-se neste trabalho embasar a postura de Nietzsche diante da religião e da ciência; a distinção dos âmbitos
fornecerá o fio condutor para a problemática da estética; deste modo, a ciência é colocada ao lado da concepção de
“pensamento impuro” a fim de alcançar um discernimento crítico que visa elucidar o limite da ciência, e
simultaneamente, a necessidade vinculada pelo sentimento. Assim, articulam-se as concepções de necessidade e
intelecto para fundamentar a ciência da arte enquanto explicação “imoral” (ou não-mitológica) e melhor fundada do
fenômeno estético – isto é, na perspectiva “da alma dos artistas e escritores” como “pintura que veio a ser” que
viabiliza, assim, no que diz respeito à ciência da arte, reformular a problemática da estética, mediante um recorte crítico,
propondo dois paradigmas psíquicos fundamentais: a arte da alma feia e da alma bela.
Tomaz Yanomani
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Duarte
Órgão de Fomento: SESu-MEC
E-mail: [email protected]
(A)historicidade (a)pátrida brasileira: o olhar de Vilém Flusser sob o Brasil
O objetivo desse trabalho é apresentar a relação entre o conceito de Pós-história e o estudo sobre a sociedade brasileira
apresentados na obra de Vilém Flusser. O filósofo viveu parte de sua vida no Brasil e, por ter como foco central de seu
trabalho a língua, fez uma análise do país tendo como referência a influência do português como língua. A análise é que
o Brasil pode ser considerado ahistórico, pois ainda que o português seja falado por todos, não é sentido como pátria
por todos os brasileiros. Tal sentimento de apatridade brasileira, nunca teve como estrutura a linearidade histórica do
texto. O autor a afirma, então, que o Brasil não poderia viver a pós-história, entendida como processo de tradução de
textos em tecno-imagens. É essa afirmação que buscamos contextualizar dentro da obra do autor, entendendo o
conceito de tradução como central para o esclarecimento desse ponto.
Uilson de Almeida Bittencourt
Instituição: UFRB
Orientador: Prof. Ms. Ricardo Henrique Andrade
E-mail: [email protected]
Dialética e Retórica no “Tratado da Argumentação” de Perelman
Este trabalho pretende investigar a partir da Nova retórica de Perelam, o sentido original de dialética e sua semelhança
com a retórica. Como afirma Perelman o conceito de dialética, principalmente partir de Hegel e devido as suas
inspirações, conservava o sentido para designar a própria lógica, muito distante da significação de seu conceito original.
Contudo, nota-se que as pretensões de Perelman estão muito além de resguardar a noção antiga de retórica como algo
vulgar, ou meio eficiente de se chegar o mais depressa possível a uma opinião sem a merecida pesquisa, o que a
caracterizaria como uma técnica libidinosa a serviço de inescrupulosos e corruptos, como Platão a preconiza em seu
Fedro. Perelman propõe uma Nova retórca enxuta de preconceitos e totalmente aplicável a todos os âmbitos sociais
onde necessite de deliberação acerca de alguma questão, como no caso das questões jurídicas.
Ulisses Santos do Nascimento
Instituição: UFRB
Orientador: Prof. Ms. Ricardo Henrique Andrade
Órgão de Fomento: Capes
E-mail: [email protected]
Filosofia e Sustentabilidade
O texto pretende abordar de forma filosófica, reflexiva as contradições na utilização da palavra sustentabilidade, há um
grande modismo no uso desse termo, os eventos de ordem cultural ultimamente incorporam ao seu tema a palavra
sustentável para representar uma falsa preocupação com a manutenção da vida de hoje e sempre. O texto visa a refletir
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a partir do tema sustentabilidade para tentar entender o que vem a ser realmente o termo sustentável. Revelando
também a real preocupação de pessoas com o suprimento das necessidades de futuras gerações, revertendo o modismo
em uma sustentabilidade real.
Vagner Acácio de Oliveira
Instituição: UFMG
Orientador: Prof. Dr. Rogério Antônio Lopes
E-mail: [email protected]
Apontamentos de uma nova história da moral na genealogia de Nietzsche
A presente comunicação aborda a posição de Nietzsche com relação às investigações morais dos genealogistas ingleses,
na obra Genealogia da moral; caracterizadas por uma insuficiência de conhecimento histórico, por tomarem os valores
de sua época como absolutos, conforme o sentido adquirido com a “revolta escrava na moral”, colocando-os no
começo, na origem. Resultando que, para eles, a origem do termo “bom” está nas ações, na utilidade. O objetivo aqui é
apresentar a ênfase nietzschiana de que a “origem” do termo “bom” não se encontra nas ações altruístas, nem nas
ações por si mesmas, mas, sim, no “nobre”, e que o termo “bom”, tal como o tomaram os genealogistas ingleses,
somente veio a ser com a “revolta escrava na moral”. Para tanto, a presente comunicação expõe os empreendimentos
etimológicos, históricos e psicológicos adotados por Nietzsche que dão consistência à sua posição.
Vânia Carla do Canto
Instituição: UEM
Orientador: Prof. João Hentes
E-mail: [email protected]
A possibilidade de Espaço e Tempo na Estética Transcendental kantiana
Partindo das reflexões kantianas na primeira parte da “Critica da Razão Pura” busco investigar os princípios apriorísticos
da sensibilidade na “Estética Transcendental”, mostrando que Kant não entende uma teoria do belo, mas da
sensibilidade, com um tempo “transcendental” onde a preocupação do filosofo se foca não nos objetos, mas no modo
como podemos conhecê-los, na medida em que esse conhecimento deva ser a priori. Kant mostrará que são duas as
formas da sensibilidade, espaço e tempo. Analisando-as detidamente, viso mostrar sua possibilidade como formas
apriorísticas, independentes da experiência sensível. O espaço e o tempo são apresentados por Kant como duas
condições para o conhecimento, mas que o conhecimento universal e necessário não se esgota neles.
Victorine Liguiçano
Instituição: UFOP
Orientador: Prof.Dr. José Luiz Furtado
E-mail: [email protected]
Fetichismo da mercadoria em Marx
O projeto refere-se ao conceito de “fetichismo da mercadoria” tal como elaborado, primeiramente, em “O capital” de
Marx. Entretanto nosso trabalho não ficará restrito a essa obra. Serão investigados os textos com a obra intitulada
“Grundrisse” em busca da elucidação da genealogia do conceito de fetichismo anteriormente ao “Capital”.
Investigaremos principalmente, no decorrer do trabalho, as relações entre o conceito a noção de fetichismo em Marx e
o conceito Hegeliano de alienação.
Wagner Lafaiete
Instituição: UFOP
Orientador: Prof. Dr. Olímpio José Pimenta Neto
Órgão de Fomento: CNPQ
E-mail: [email protected]
O perspectivismo de Friedrich Nietzsche
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Este trabalho é o resultado parcial de uma pesquisa que tem por título e tema central “O perspectivismo de Friedrich
Nietzsche.” Nosso objetivo é a abordagem de questões epistemológicas e metafísicas implicadas na formulação da
matéria pelo filósofo alemão. O caráter circunstancial do conhecimento é afirmado, destituindo-o de qualquer
pretensão à universalidade. Seu ponto de ataque é a constatação de que o acesso ao mundo varia em função de pulsões
internas dos agentes cognitivos, da diversidade cultural e das diferenças de percepção entre as espécies animais. A
hierarquização de perspectivas feita exclusivamente através da razão é posta sob suspeita. Concluímos que a atribuição
do rótulo genérico “relativismo” às posições teóricas de Nietzsche surge do desconhecimento do alcance do conceito
“vontade de potência” que, como recurso retórico, dá acabamento metodológico ao perspectivismo.
Wallace Andrew Lopes Rabelo
Instituição: UFPA
Orientador: Prof.ª Dr.ª Elizabeth de Assis Dias
E-mail: [email protected]
O Anti-psicologismo na epistemologia objetivista de Karl Popper
Karl Popper em seus escritos defende a ideia de uma epistemologia objetivista, contrapondo-se assim a toda forma
tradicional de se conceber o conhecimento. Na concepção do filósofo, esta epistemologia tradicional tem estudado o
conhecimento de forma subjetiva, ou seja, que o conhecimento é fruto de um sujeito psicológico que carrega consigo
crenças, valores e opiniões sobre determinados fatos. Dessa forma, o conhecimento, na tradição subjetivista, é um
fenômeno psicológico, um estado da mente humana. No prefácio de sua obra Conhecimento Objetivo, Popper afirma o
seu propósito de romper com essa tradição subjetivista de conhecimento. O objetivo do presente artigo é analisar, como
a epistemologia tradicional concebe o conhecimento e compreender o porquê da recusa de Popper a esta
epistemologia, esclarecendo quais são os seus problemas, suas falhas que levaram o filósofo a romper com ela.
Wesley Carlos de Abreu
Instituição: UECE
Orientador: Prof. Dr. Emanuel Ângelo da Rocha Fragoso
E-mail: [email protected]
A Adorno e a Teoria da Semiformação
O presente trabalho fará uma apresentação da Educação como experiência da semiformação e mostrará como ela está
em estreita relação com a razão instrumental que se caracteriza no mundo administrado. É inegável que hoje a
Educação se realiza sobre as mais diversas modalidades de ensino, seja da forma tradicional na escola, ou à distância, ou
ainda por vídeo-conferência na Internet. Mas, tanto acesso a Educação mascararam uma evidência preocupante na
sociedade e, sobretudo no sujeito que aprende: se ele na verdade não está passando por um processo educativo de
Semiformação. O termo cunhado por Theodor W. Adorno (1903-1969) no ensaio Teoria da Semiformação escrito em
1959, denúncia tal estado da formação cultural destes indivíduos. O estado de crise não se refere à mera observação
pedagógica de métodos de ensino, mas se remete para algo mais amplo e generalizado na subjetividade do sujeito.
Yasmin Campos Nigri
Instituição: UFF
Orientador: Prof. Dr. Pedro Sussekind Viveiros de Castro
E-mail: [email protected]
O Sublime na Arte
Esta comunicação propõe apresentar os resultados iniciais de uma pesquisa, com base em dois textos do filósofo alemão
Friedrich Schiller, que propõe analisar sua contribuição para o tema do sublime na filosofia estética. O que se pretende a
partir desses dois textos -Do Sublime e Sobre o Sublime- é uma discussão sobre o que é a experiência trágica, o que é
um objeto estético e como essas duas questões vieram a se interligar intimamente a partir da transposição do tema
sublime na natureza para a arte. Por fim, a seguinte pesquisa pretende apresentar através dessa nova perspectiva de
aproximação da arte com o sublime e o trágico as características que compõem a verdadeira criação artística.
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Zoraia Ribeiro dos Santos
Instituição: UFPR
Orientador: Prof. Dr. Luiz A. A. Eva
E-mail: [email protected]
Montaigne, um libertino?
Montaigne foi frequentemente mencionado como o primeiro representante francês dos libertinos, que fez da
independência e da audácia de espírito o alimento para vivê-las e contá-las, dando conta daquilo que ele conhecia
melhor: a si mesmo. Partidário da liberdade de pensamento e de julgamento, punha sempre em perspectiva o uso da
razão e da dúvida, gerando questionamentos acerca das verdades e certezas de seu tempo. Entretanto, seria
precipitado lhe inferir libertinagem. Sendo assim, a nossa proposta é dupla: analisar o conceito de libertino e e em que
medida essa considerá-lo como tal é válida; e em seguida, tentar mostrar como, a despeito da menção que se lhe fez,
ele morreu como um cristão fervoroso, legando-nos a lição de que a verdade e a liberdade habitam o espírito e para
alcançá-las é necessário somente que nos conheçamos.
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