Riscos dos Transgênicos na Saúde Humana e - CAOPMA/MP-PR

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Seminário Internacional contra os Agrotóxicos e pela Vida
Riscos de OGMs para a Saúde Humana e a
Natureza
Daniel Holderbaum
MsC. Recursos Genéticos Vegetais/UFSC
RISCO.....
Riscos não estão relacionados ao que nós
sabemos, mas ao que não sabemos.
Riscos estão associados a incertezas.
Caruso, D. Intervention. San Francisco,
Hybrid Vigor Press, 2006, 252p.
Risco
Potencial de uma ação ou atividade escolhida de
levar a uma perda ou dano
Implica na existência de escolhas que influenciam os
resultados
Praticamente todas as empreitadas humanas
possuem benefícios e riscos potenciais
Deve-se pesar risco x benefício
Muitas vezes, o risco é modelado como o valor esperado
de um resultado indesejado
Na realidade:
Quando há vários possíveis acidentes, o
risco total é a soma dos riscos de cada
acidente, desde que os resultados sejam
comparáveis
Transgênicos
Riscos para saúde humana, animal e meio ambiente
O que são OGMs?
OGMs?
Um organismo pode ser geneticamente modificado
por vários processos: mutagênese, knock-out,
transgenia...
Produtos de OGMs estão no nosso dia a dia, nas
indústrias farmacêutica, têxtil e agro-alimentar há
três décadas (insulina - 1982)
MELHORAMENTO CLÁSSICO DE PLANTAS
DNA da planta1
DNA da planta 2
(Cruzamento)
Gene desejado
DNA da planta hibrida
TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE
DNA do organismo
doador
DNA da planta
receptora
Transformação
genética
Gene desejado
Planta
transgênica
+
Outras sequências e
efeitos pleiotrópicos
Transgenia ou tecnologia do DNA
recombinante
Plantas transgênicas mais comuns
Plantas tolerantes a herbicidas (TH)
- proteínas tolerantes a herbicidas
Ex.: soja Roundup Ready
Plantas inseticidas (Bt – Bacillus thuringiensis)
- proteínas inseticidas
Ex.: milho Bt
Plantas que acumulam mais de um traço (ex.: TH + Bt)
Avaliação de Riscos dos
Avaliação
Transgênicos
Abordagens para comparar plantas GM e seus
derivados com suas contrapartes não-GM
Cultivos propagados vegetativamente:
Variedade parental utilizada na produção das
linhas GM,
Cultivos propagados por sementes:
Linhas isogênicas
Avaliação
Avalia
ção de Riscos dos Transgênicos
Regulamentação varia entre países
Recomendações relativamente comuns:
Avaliações caso-a-caso
Distinção entre uso contido e liberação no ambiente,
Distinção entre cultivo e uso,
Base utilizada para a avaliação de um OGM: conceito de
equivalência substancial
Equivalência substancial
“o conceito de equivalência substancial incorpora a
ideia de que organismos existentes utilizados como
alimento, ou como fontes de alimento, podem ser
utilizados como base de comparação ao se avaliar a
segurança para a saúde humana de um alimento ou
componente alimentício novo ou que foi modificado.”
(OCDE, 1993).
Em geral: análise composicional; perfil dos principais
nutrientes e substâncias tóxicas
Esta comparação dispõe a base a partir da qual serão
focadas exigências toxicológicas para as avaliações de
risco
Equivalência substancial
Críticas:
Conceito mal definido;
Conceito inerentemente anti-científico
Relações entre genética, composição química e riscos
toxicológicos?
Efeitos inesperados decorrentes da transformação
genética?
(Millstone et al., 1999).
Efeitos inesperados e indesejados
Deve-se considerar efeitos não-intencionais quanto a:
Aptidão da planta
Contaminação de lavouras não-GM e espécies selvagens
Desenvolvimento de resistência em organismos-alvo
Efeitos adversos em organismos não-alvo (saúde humana e
animal)
Efeitos devido a mudanças no cultivo e manejo das lavouras
Impactos em ciclos biogeoquímicos e no ambiente abiótico
Efeitos socioeconômicos
Riscos inerentes a tecnologia de
transformação genética
Bombardeamento com partículas de
ouro;
Transfecção mediada por A.
thumefaciens;
Imprecisão: Não se sabe o que se
integra exatamente, nem onde.
Incertezas: Inserção aleatória de cassetes de expressão pode
causar rupturas, silenciamento, sub- expressão e super expressão
de outros genes;
Sinergismos entre proteínas recombinantes e proteínas naturais do
OGM
Transgene esperado vs observado
Colonier et al.,
al., 2003
DNA transgênico esperado
Milho transgênico (T25)
DNA transgênico observado
DNA transgênico esperado
DNA transgênico observado
DNA transgênico esperado
DNA transgênico observado
Milho Bt transgênico
(Mon810)
Soja transgênica
(Soja RR)
Reducionismo cientifico
Comparação das proteínas produzidas por milho
Mon810 e isogênico não transgênico (Zolla, 2008)
Teoria: uma só proteína diferente: a Bt.
Prática: mudanças na regulação de 43 proteínas (14 reduzidas,
13 aumentadas, 9 desaparecidas, 7 novas).
Comparação das taxas de lignina entre milhos Bt e
não transgênicos (Saxena & Stotzky, 2001)
Diversas variedades de milho Bt tem uma taxa de lignina
superior em comparação ao seu isogênico não transgênico.
Efeitos nãonão-intencionais
Álamo ou Choupo
Transformações
de híbridos de
Populus (Álamo)
para expressar
toxinas Bt
Alterações
significativas na
composição de
insetos aquáticos
colonizando a
serrapilheira
Longevidade reprodutiva: ~20 mil anos
Longevidade vegetativa: 80 mil a 800 mil anos (?)
Axelson et al., 2011
Alterações de imunogenicidade
Expressão de proteínas não-nativas em OGMs pode
levar a síntese de variantes estruturais com
imunogenicidade alterada
Ervilha transgênica com α-amilase
de feijão
Bandas na faixa de 11 a 18 kDa
Diferenças estruturais sutis
Proteína recombinante alérgica para
ratos
Prescott et al., 2005
Porque existem riscos com plantas transgênicas?
-
Imprecisão da tecnologia.
-
Análise de risco baseada na
“equivalência substancial”
-
Testes de curto prazo.
-
Eventos piramidados (ex: Mon810 x
NK603) isentos de análise de risco.
-
Não consideração dos mecanismos
epigenéticos (ecologia dos genes).
-
Visão reducionista e determinista do
genoma.
Eventos transgênicos aprovados para agricultura no
Brasil (06/12)
8 resistentes a inseticidas
11 que toleram herbicida(s)
16 que acumulam as duas funções
1 resistente ao vírus do mosaico dourado
(Feijão Embrapa 5.1)
Porque existem riscos de Plantas Tolerantes a
Herbicidas (TH)
-Plantas geneticamente modificadas para tolerar a
aplicação de herbicida(s), em quantidade e
frequência de aplicação inéditas.
-Agricultor aplica o herbicida até total “limpeza” da
lavoura (facilidade de uso).
-Desenvolvimento de populações de plantas
“daninhas” tolerantes ao herbicida.
-Toxicidade direta para a flora espontânea e animais
-Homogeneização da flora e diminuição do banco de
sementes, com quebra de cadeias tróficas
Taxas de crescimento das vendas de agrotóxicos no
Brasil e no mundo com base no ano 2000
Fonte: ANVISA-UFPR, 2012.
De 1996 a 2008, nos EUA, a adoção
da soja, do milho e do algodão RR
elevou em 144 milhões de quilos a
aplicação de agrotóxicos (Benbrook,
2009)
Quantidades de glifosato usado na soja (2004(20042008)
Venda de herbicidas (produto comercial)
500,00
Mil toneladas
400,00
300,00
200,00
100,00
168,8
192,0
129,6
142,2
133,3
145,9
181,1
197,4
121,4
129,7
2.004
2.005
2.006
2.007
2.008
-
Demais
Fonte: ANDEF, in Fernandes et al., 2009
Soja
Brasil: área plantada com soja (2004(2004-2008)
24
23
23
22
22
21
21
20
20
19
2004
Soja
Evolução da área plantada - Brasil
2005
2006
Milhões de ha
Fonte: Conab, 2009, in Fernandes et al., 2009
2007
2008
Evolução Resíduos Glifosato + AMPA em grãos de
soja GM (SEAB/PR)
Fonte: Fernandes et al., 2009
Riscos para a saúde das plantas TH:
Acumulo de herbicida
•
Pouco antes da liberação comercial da soja
RR no Brasil, o LMR (limite máximo de
resíduo) de glifosato na soja passou de
0,2mg/kg para 10 mg/kg: Aumento de 50
vezes...
•
2009: consulta pública da Anvisa para
aumentar o LMR de glifosato no milho de
0,1mg/kg para 1 mg/kg.
Os herbicidas associados aos transgênicos são
tóxicos
Efeitos Tempo-Dosagem- Dependentes do Roundup em
células humanas embrionarias e placentárias (Benachour et
al., 2007)
“... dados sugerem que a exposição ao Roundup pode afetar a
reprodução humana e o desenvolvimento fetal...”
Herbicidas a base de glifosato são tóxicos e pertubadores
endócrinos em linhas de células humanas (Gasnier et al.,
2009)
“ Efeitos cytotóxicos iniciaram com10 ppm […] e danos ao DNA
com 5 ppm. O impacto real nas células dos resíduos de herbicidas a
base de glifosato em alimentos ou no meio ambiente tem que ser
considerado”
Monsanto: Glifosato tem baixíssima toxicidade
e total biodegradabilidade...
Condenado nos EUA (1997) e na França (2006) por
propaganda enganosa.
Roundup ainda mais tóxico do que Glifosato ( papel
de componentes “inertes”) (Dallegrave et al., 2003)
Efeitos teratogênicos em vertebrados (Paganelli et al.,
2010)
O caso Seralini et al.,
al., 2012
O caso Seralini et al.,
al., 2012: criticas recorrentes
“Os autores utilizaram uma linhagem de ratos
propensa ao desenvolvimento de tumores, e
isto invalida os resultados“
A mesma linhagem foi utilizada em estudo
publicado pela Monsanto para atestar a
segurança do milho NK603 (10).
O caso Seralini et al.,
al., 2012: criticas recorrentes
Falta de relação dose-dependente para os
resultados obtidos no estudo.
Críticas diversas as à metodologia estatística
Dados de mortalidade e incidência de tumores:
quadro descritivo dos resultados
Contém a realização de mais estudos para
confirmar ou refutar estes achados
Seralini et al.,
al., 2012: achados relevantes mas
pouco discutidos
Analises bioquímicas de sangue e urina de fêmeas alimentadas com
milho GM e milho convencional
NM
GM
Vazamento de íons no sistema renal e desbalanceamento hormonal
Riscos de plantas Bt
Planta inseticida
Industria argumenta que proteína Bt é
específica às pragas do cultivo.
Cry1Ab – D. saccharalis, H. zea e S. frugiperda
Cry3B1 – Diabrotica spp.
Teoria da especificidade - não é necessário
realizar estudos de impactos ambientais
sobre Organismos Não Alvo.
Porque existem riscos para o MA com as
plantas Bt
Não são comumente testadas em ONAs
locais e ecologicamente importantes
Apenas bioensaios de curto prazo: não
consideram o fitness da espécie
Uso da toxina Bt “errada” (natural vs
modificada)
Avaliação ultra simplificada (comparação
com bancos de dados, histórico de uso
seguro...)
Aonde vão as
proteínas Bt?
Bt?
Acumulação nas células das plantas
Disseminadas nos solos por exudação radicular e
decomposição celular (Saxena et al., 1999; Baumgarte &
Tebbe, 2005)
Cheeke et al., 2012 → impactos sobre micorrizas
Disseminadas nos ecossistemas terrestres e aquáticos (RosiMarshall et al., 2007, Tank et al, 2010)
Areas
of
Uncertainty
and
mortality is not the only relevant
endpoint
Ignorance
behaviour
a) feeding
b) dancing to
communicate
→ memory
Areas of Uncertainty and
Ignorance
Areas of Uncertainty and
Ignorance
Areas of Uncertainty and
Ignorance
Mais Exemplos de impactos já detectados
…Milho Bt (Cry1Ab)
Destino potencial de pos-colheita de milho em canais e arroios
adjacentes a areas de producao. (B) Arroio típico durante a
epoca de polinizacao. (C) Acumulacao de restos culturais de
milho.
Rosi-Marshall, E. J.; Tank, J.L.; Royer, T.V.; R. Whiles, M.; Evans-White, M.; Chambers,
C.; A. Griffiths, N.; Pokelsek, J.; Stephen, M.L. Toxins in transgenic crop byproducts may
affect headwater stream ecosystems. PNAS, v. 104, n.41, p.16204–16208, 2007.
Efeitos em organismos nãonão-alvo
Daphnia magna
Diferenças de tamanho
nos dias 27, 36 e 42
(P<0.001)
Efeito negativo do
milho Bt
3.80
***
***
Da phnid mea n size (mm)
3.60
***
3.40
3.20
3.00
2.80
2.60
Holderbaum, 2012
2.40
0
5
10
15
20
25
Age (Days)
30
35
40
45
50
Produção de Ephippiae
Tratamento
Não
Sim
Total
Isolinha
86
4
90
Milho Bt
76
14
90
Total
162
18
180
P=0,023, teste exato de Fisher
Número total de ephippiae produzidas
20
16
12
8
4
0
Milho Bt
Holderbaum, 2012
Isolinha
Único estudo epidemiológico:
A proteína Cry é transmitida para o feto em
humanos
Aris & Lebalanc (2011): Análise de sangue de
30 mulheres grávidas (MG) e 39 mulheres não
grávidas (MNG) (Canada)
-
Toxina Cry1Ab:
93% MG
80% nos fetos.
69% MNG
Não há outros estudos para comparar os
resultados obtidos
Controvérsia na literatura
Associação de conflitos de interesse financeiros
ou profissionais com as conclusões das pesquisas
sobre avaliação de risco nutricional e para a saúde
dos produtos geneticamente modificados
(Diels et al., 2010)
“a strong association was found between
author affiliation to industry (professional
conflict of interest) and study outcome”
Controvérsia na literatura
Existe um número praticamente igual de estudos
sugerindo que OGMs são seguros e idênticos a
variedades naturais, e estudos sugerindo que sua
segurança é questionável ou mesmo que são
perigosos
Entre os estudos que clamam a segurança dos OGMs,
a vasta maioria é financiada por companhias de
biotecnologia que produzem o OGM em questão, ou
possuem interesse na sua promoção
(Domingo e Bordonaba, 2011)
Considerações finais
“Por causa da incerteza quanto aos efeitos dos
OGMs, devemos considerar um dos princípios
norteadores da ciência, o principio da precaução.
Sob este princípio, se uma política ou ação tem o
potencial de causar dano a saúde humana ou
ambiental, não devemos prosseguir até que
saibamos com certeza qual será o impacto. E cabe
aos proponentes da ação ou política provar que
esta não é danosa.” – David Suzuki
Muito Obrigado!
Perguntas?
Referencias
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