DESENVOLVIMENTO DE UMA BANCADA EXPERIMENTAL PARA O ESTUDO DE VIBRAÇÃO EM MOTOR MONOCILÍNDRICO E REALIZAÇÃO DE BALANCEAMENTO DINÂMICO Adriano Souza Da Silva, [email protected] 1 João Gil Da Silva Sales, [email protected] 2 1 Universidade Federal Do Pará, Campus Universitário De Tucuruí, Rua Itaipu, nº 36 – CEP: 68464-000 68464 2 Universidade Federal Do Pará, Campus Universitário De Tucuruí, Rua Itaipu, nº 36 – CEP: 68464-000 68464 Resumo: Este trabalho consiste no desenvolvimento de uma bancada de ensaio para estudo de vibração em motor monocilíndrico e realização de balanceamento dinâmico, de modo a permitir a análise do efeito de desbalanceamento de massa em um motor com movimento reciprocrativo (rotativo mais alternativo). Este tipo de movimento pode ser encontrado em motores de combustão interna, presente em automóveis. Além disso, a construção da bancada proporcionará ao aluno oportunidade de compreensão dos assuntos ministrados em sala de aula devido sua utilização em laboratório, através da determinação das forças primárias e secundária, além de momentos produzidos por desbalanceamento de massas em movimento rotativo e alternativo. O efeito devido ao desbalanceamento pode ser minimizado nimizado com a aplicação de técnicas de balanceamento dinâmico aplicadas na bancada. Finalmente, serão elaborados roteiros para serem utilizados em alguns experimentos realizados na bancada durante as aulas de cinemática, dinâmica dos mecanismos e mecânica vibratória. monocil Balanceamento dinâmico, Movimento ovimento reciprocrativo. Palavras-chave: Vibrações, Motor monocilíndrico, 1. INTRODUÇÃO As máquinas rotativas são equipamentos utilizados nos diversos ambientes do cotidiano, tornando-se tornando elementos indispensáveis nas atividades humanas. Devido ao alto nível de exigência em tais especialidades, conhecer o comportamento dinâmico dessas máquinas é fundamental. fundamental. Nesse contexto, a importância da construção de bancadas de teste cresceu significativamente, tornando-se tornando se um apoio essencial para atividades de projeto, ensino e pesquisa, para o aluno de graduação. Uma fonte comum de esforços dinâmicos em máquinas máquinas rotativas, responsável pela geração de vibração, é o desbalanceamento provocado por alguns desequilíbrios de massa devido a causas inevitáveis como: assimetrias, tolerâncias dimensionais, desvios de forma, imperfeições de matéria prima e da montagem. Qualquer Q uma destas causas ou uma combinação delas irá destruir a condição de perfeita distribuição de massa em torno do eixo de rotação do rotor, gerando desbalanceamento. O balanceamento consiste na técnica de correção ou eliminação das excitações de inércia inér indesejáveis. A bancada aqui proposta Fig.(1) será utilizada no laboratório de vibração e acústica que será montada na Faculdade de Engenharia Mecânica do Campus Universitário de Tucuruí e se apresenta como peça imprescindível para estruturação do mesmo, o, além de auxiliar o professor em aulas práticas e contribuir na formação acadêmica dos discentes em nível de graduação. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão Figura 1 – Desenho esquemático do aparelho de Balanceamento dinâmico. Fonte: Elaborada pelos autores. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 2.1. BALANCEAMENTO DE MOTORES ALTERNATIVOS Um motor alternativo de combustão interna é uma máquina térmica que utiliza um ou mais pistões alternativos para converter a pressão em um movimento de rotação, ou seja, o movimento linear dos pistões é convertido em movimento de rotação através de uma biela e um eixo de manivela. Esse tipo de motor é amplamente usado em automóveis, barcos, grupos geradores e na indústria. Na Fig. (2) pode-se visualizar o desenho esquemático de um motor monocilíndrico. Figura 2 – Desenho esquemático de um motor monocilíndrico. Fonte:<http://recursostic.educacion.es/descartes/web/materiales_didacticos/ Nociones_geometria_analitica/G_7ht3.gif>. Acesso em: 12 de Dezembro de 2011. Os principais elementos móveis de um motor alternativo são pistão, biela e manivela, que podem ser visualizados na Fig. (2). As vibrações que surgem em um motor alternativo se devem a dois fatores: (1) a variação periódica dos gases no cilindro e (2) devido a forças de inércia associadas às partes móveis, onde foram concentradas nossas análises. 2.1.1. ANÁLISE DAS FORÇAS DESBALANCEADORAS RESULTANTES DAS PARTES MÓVEIS Nos motores de combustão interna o ponto de máximo alcance do pistão é o ponto morto superior (PMS). Supondo que a pressão seja nula, em um instante qualquer a amplitude pode ser expressa pela Eq. (1) a qual é resultante da soma entre o comprimento da manivela e da biela menos a trajetória descrita pelo seguimento . Na Fig.(3) pode-se observar o movimento da biela, manivela e pistão. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis – Maranhão Figura 3 – Movimento da manivela, pistão e biela. Fonte: Elaborada pelos autores. 1 O seguimento , distância do ponto P ao G, pode ser reescrito como: cos cos 2 3 Em que: Substituindo-se as Eq. (2) e (3) na Eq. (1) tem-se: cos cos 4 Onde: - Raio da manivela; - Comprimento da biela; - Ângulo formado entre o eixo x e o raio da manivela; - Velocidade angular; - Tempo. Com o uso de relações pode colocar-se o ângulo cos 1 em função de , deste modo teremos: sin 5 Substituindo-se a Eq. (5) na Eq. (1) tem-se: cos 1 sin 6 Devido à presença do termo que envolve a raiz quadrada à equação não é muito conveniente para cálculos # ( posteriores e pode ser simplificada observando que, em geral, $ ' . Com isso a relação de expansão dada pela Eq. (7) %& pode ser usada: √1 +,1 Em que: + + 2 #$ . %& . sin Com isso, a Eq. (6) é dada por: ) 7 cos #$ . %& 8 9 VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão Diferenciando a Eq. (9) em relação ao tempo obtendo-se as expressões de velocidade e aceleração do pistão: 3 sin 1 2 cos 2 sin cos 2 cos 10 11 O deslocamento vertical e horizontal do pino de manivela A em relação aos eixos coordenados xy Fig. (3) são dados por: 4 5 56 1 cos 12 68 sin 13 74 Diferenciando as Eq. (12) e (13) em relação ao tempo, resultam as componentes da velocidade e aceleração do pino de manivela. 14 714 34 734 w sin w cos w cos w sin 14 15 16 17 Embora a massa da biela seja distribuída por todo seu comprimento, ela costuma ser idealizada como uma ligação desprovida de massa com duas massas concentradas nas extremidades, a extremidade do pistão e a extremidade do pino de manivela. Pode-se observar nas Fig. (4a), (4b) e (4c) o desenho esquemático da biela, a idealização da biela com as massas concentradas nas extremidades e as massas alternativas e rotativas do sistema, respectivamente. Figura 4 – a) Desenho esquemático da biela; b) Idealização da biela com as massas concentradas nas extremidades; c) Massa alternativa e rotativa do sistema. Fonte: Elaborada pelos autores. Se :; e :4 denotarem, respectivamente, a massa total alternativa e rotativa, a componente vertical da força de inércia para um cilindro pode ser dada pela Eq. (20). :; :;<=>ã@ :A%> :4 :#@> BC :; 3 ; :4 34 18 19 20 Onde: :;<=>ã@ – Massa do Pistão :A%> - Massa alternativa :#@> - Massa rotativa Substituindo as Eq. (11) e (16) para as acelerações de 3 e 34 , a Eq. (20) torna-se: BC :; BD :; 73 ; :4 w cos :4 cos 2 21 Pode-se observar que a componente vertical da força de inércia consiste em duas partes. Uma parte conhecida como primária, que tem a frequência igual à frequência de rotação da manivela . A outra parte, conhecida como parte secundária, tem frequência igual a duas vezes a frequência de rotação da manivela. De modo semelhante, a componente horizontal da força de inércia para um cilindro pode ser obtida. :4 734 22 VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão Onde 73 ; = 0 e 734 é dada pela Eq. (17). Com isso, a Eq. (22) torna-se: BD :4 w sin Pode-se observar que a componente horizontal da força de inércia possui somente parte primária. 23 2.1.2. BALANCEAMENTO DE MOTORES MONOCILÍNDRICO As forças desbalanceadoras ou de inércia que agem em um único cilindro são dadas pelas Eq. (21) e. (23). A massa :; é sempre positiva, mas a massa :4 pode chegar a zero mediante a um contrapeso de manivela que pode ser observado na Fig. (5). Figura 5 – Contrapeso de manivela. Fonte: Elaborada pelos autores. Portanto, é possível tornar nula força de inércia horizontal BD , mas a força desbalanceadora vertical sempre existirá. Por isso, um motor monocilíndrico é inerentemente desbalanceado. 2.2. BALANCEAMENTO ROTATIVO Um rotor em rotação gera esforços dinâmicos que se propagam às partes da máquina que o suportam. Quando uma máquina e projetada, prevêem os níveis admissíveis de esforços em todas as suas partes, quais sejam elas: mancais, blocos, eixos, suportes, parafuso. Estes esforços previstos são, em parte, estáticos e, em parte, dinâmicos, ambos perigosos e respeitáveis. As forças geradas no desbalanceamento, mesmo sendo pequenas, aumentam o trabalho das partes da máquina ocasionando, no mínimo, uma redução de sua vida util. O balanceamento consiste na técnica de correção ou eliminação das excitações de inércia indesejáveis (SOEIRO 2008). Isto equivale dizer que existe coincidência entre o eixo de rotação(ER) e o eixo principal de inércia(EPI) Fig. (6). Entretanto, a condição de perfeita distribuição de massa em torno do eixo de rotação do rotor é meramente teoria, uma vez que por menores que sejam as tolerâncias de fabricação de um componente e por mais homogêneos que sejam os materiais utilizados em sua fabricação, sempre haverá uma distribuição não uniforme de massa, causando um desbalanceamento residual. Figura 6– Eixo Principal de Inércia (EPI) e Eixo de Rotação (ER). Fonte: Soeiro (2008). Os inevitáveis erros de massa em um rotor podem ser descritos por uma massa concentrada (ponto pesado) em pontos fora da linha de eixo. Assim, os pontos pesados estarão distribuídos de forma aleatória ao longo do comprimento do rotor. Cada ponto pesado gera uma força dinâmica radial e a combinação mútua de todas as forças (devido a cada ponto pesado) fazem aparecer uma força resultante radial que é a força centrífuga causadora da vibração onde a mesma pode ser dada pela excentricidade do centro de gravidade do rotor e pela sua rotação como pode ser observado na Eq.(24). Esta força gira com o eixo, provocando reações alternadas nos mancais que se traduzem em vibrações nos mesmos onde a magnitude dessas reações depende da posição relativa entre centro de gravidade e mancais. BE :FG 24 VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão Onde m é a massa do rotor, e é a excentricidade ou a distância do centro de gravidade ao eixo de giro do rotor e G é a velocidade angular em radianos por segundo. 2.2.1. TIPOS DE BALANCEAMENTO Souza ET AL (2005) cita quatro tipos de balanceamentos. A fim de facilitar a definição de cada um dos quatro tipos de balanceamento, adota-se um rotor perfeitamente balanceado, onde se supõe massas de desbalanceamento. Segundo a norma ABNT NBR - 8007 / 83 (BALANCEAMENTO - Terminologia) existem quatro tipos ou modos de desequilíbrios ou desbalanceamentos, a saber: • Desbalanceamento estático; • Desbalanceamento quase estático; • Desbalanceamento conjugado; • Desbalanceamento dinâmico. O desbalanceamento estático (único plano) é um balanceamento de forças devido à ação da gravidade, ou seja, um rotor está balanceado estaticamente apenas quando o somatório das forças é anulado Eq.(25) e (26). Já para o desbalanceamento dinâmico (vários planos), que se trata da combinação dos desbalanceamentos quase estático com o conjugado, além do somatório das forças deve ser anulado também o somatório dos momentos como pode ser observado nas Eq. (25) à (28). ∑B ∑: ∑I ∑: 0 0 0 (25) (26) (27) (28) 0 3. PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA BANCADA. Entendido os conceitos e formalizada a compreensão daquilo que se deseja simular em laboratório, foi desenvolvido o projeto conceitual onde foram estabelecidas as características geométricas e de material a serem usados e, em conseqüência, a feitura dos desenhos e especificações dos componentes em perspectiva e rebatidos nos planos com auxilio do software SolidWork®. Nas Fig. (8) e (9) pode-se observado desenho esquemático do conjunto completo com o sistema rotativo e com o sistema reciprocrativo, respectivamente. Figura 8 – Configuração do sistema rotativo. Fonte: Elaborada pelos autores. Figura 9 – Configuração do sistema reciprocrativo. Fonte: Elaborada pelos autores. 3.1. MATERIAIS E MÉTODOS É importante considerar que os processos de fabricação por usinagem, soldagem e ajustagem utilizados na construção da bancada foram realizados na oficina mecânica da empresa Eletrobrás/Eletronorte e outros processos de fabricação por usinagem foram feitos em uma oficina mecânica localizada na cidade de Tucuruí. Após os processos de fabricação e aquisição dos componentes da bancada Tab.(1). A bancada foi montada a conforme se pode observar na Fig. (10) ITEM 1 2 3 4 5 6 7 MATERIAL Biela Pistão Discos de balanceamento Disco eixo virabrequim Polia motor Eixos Mancais QUANTIDADE 1 1 4 2 1 3 2 VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Cilindro Bloco motor Suporte Mola Motor Elétrico Correia Suporte do motor Parafuso Allen M8 Passo 1 Parafuso Allen M6 Passo 1,5 1 1 1 2 1 1 1 8 6 Tabela 1 – Lista de todos os componentes da bancada. Fonte: Elaborada pelos autores. Figura 10 – Bancada montada Fonte: Elaborada pelos autores. 4. ROTEIRO EXPERIMENTAL. 4.1. BALANCEAMENTO DE MASSAS ROTATIVAS O sistema rotativo é essencialmente um eixo montado em rolamentos apoiado sem uma estrutura rígida e impulsionado por um pequeno motor de velocidade variável anexado a estrutura, conforme mostrado na Fig. (8). Os quatro discos, em que as massas podem ser anexadas, são rigidamente fixados ao eixo. Cada disco foi devidamente perfurado e o conjunto de furos foi posicionado de modo que diversas condições de desbalanceamento em um sistema rotativopossam ser simuladas. Nota: Os pesos 6( e ( devem ser utilizados em todos os experimentos com o sistema de rotação para efeito de balanceamento anulando assim o efeito das massas rotativas do eixo do pino de manivela e rolamento. A determinação de 6( e ( foi feita utilizando-se a técnica de balanceamento rotativo descrito na secção 2.2 As massas fornecidas são em forma de discos, com diametros e espessuras variando de modo queas mesmas estão em proporções adequadas para o devido balanceamento. Na Tab.(2) se pode verificar as magnitudes das massas fornecidas para o experimento de balanceamento rotativo. MASSA (g) UNIDADES 15 1 20 2 30 4 40 1 60 2 Tabela 2 – Lista de massas fornecidas para o experimento de balanceamento rotativo. Fonte: Elaborada pelos autores. Nesse experimento através das possíveis configurações do sistema é possível demonstrar e aplicar as técnicas de balanceamento: (1) Em um plano de correção que é adequado somente à compensação de um desbalanceamento estático. (2) Em vários planos que é o procedimento necessário para a compensação de desbalanceamentos quase-estático, binário e dinâmico. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão O procedimento de balanceamento estático consiste na adição de uma massa de correção no plano perpendicular ao eixo de rotação e que contém o centro de gravidade Fig. (11) possibilitando assim o deslocamento do eixo de inércia em direção ao eixo de rotação. No balanceamento em dois planos, ou balanceamento dinâmico, como também é chamado, é necessário a adição de massas de balanceamento em dois planos diferentes Fig. (12). Tal procedimento permite que, com as devidas massas de balanceamento, o eixo principal de inércia sofra uma rotação com relação ao eixo de rotação e que o centro de gravidade seja deslocado de encontro ao eixo de rotação. Figura 11 – Possível configuração de massas para balanceamento em um único plano de correção Fonte: Elaborada pelos autores. Figura 11 – Possível configuração de massas para balanceamento em vários plano de correção Fonte: Elaborada pelos autores. 4.2. BALANCEAMENTO DE MASSAS RECIPROCRATIVAS Para o sistema reciprocrativo, a seção de centro do eixo está na formade uma manivela.Um pistão e uma biela são fornecidos e são acoplados ao eixo de manivela para representar o estado de equilíbrio em um motormonocilíndrico, como pode ser observado na Fig. (9) que mostra a configuração do sistema reciprocrativo. Na Tab(3) se pode verificar a magitude das massas fornecidas para o experimento de balaceamento reciprocrativo. NOMECLATURA MASSA (g) B2 46,86 C2 46,86 B3 72,75 C3 72,75 B4 96,20 C4 96,20 Tabela 3 – Lista de massas fornecidas para o experimento de balanceamento reciprocrativo. Fonte: Elaborada pelos autores. Neste experimento através das possíveis configurações do sistema Fig. (13) é possível mostrar como as massas, sendo aplicadas em dois planos diferentes, geram forças resultantes nas direções x e y, como se pode observar nas Fig.(14) e (15) respectivamente, e de que forma a magnitude destas forças influenciam no balanceamento do sistema reciprocrativo. Figura 13 – Possível configuração de massas para balanceamento para sistema reciprocrativo Fonte: Elaborada pelos autores. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis – Maranhão 30 15 25 10 20 15 5 Força (N) Força (N) 10 5 0 0 -5 -5 -10 -10 -15 -20 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 Tempo (s) 0.35 0.4 0.45 Figura 14– Força resultante na direção vertical x. Fonte: Elaborada pelos autores. 0.5 -15 0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 Tempo (s) 0.35 0.4 0.45 0.5 Figura 15– Força resultante na direção horizontal y. Fonte: Elaborada pelos autores. Como se pode observar na Fig.(14) a força na direção x é periódica, mas não é a harmônica, pois esta é formada por uma combinação de uma força primária e outra secundária. Já a força na direção y é periódica e harmônica como se pode observar na Fig. (15). 5. CONCLUSÕES Massas desbalanceadas introduzem forças em um sistema devido à energia cinética que surge quando o motor entra em operação. Dependendo da velocidade de rotação as forças tornam se significativas e contribuem para a vibração excessiva do sistema. Nesta ocasião o engenheiro mecânico deverá intervir inserindo ou retirando massas em pontos específicos para realizar o cancelamento ou o equilíbrio das forças. Neste experimento foi possível concluir e aprender a posicionar as massas de tal forma que os efeitos da vibração sejam minimizados para que o sistema opere em padrões aceitáveis. Apesar de não haver medição de amplitude de vibração ou ângulo de fase, a observação feita em laboratório do sistema com movimento rotativo e reciprocrativo mostrou-se bastante relevante. A proposta do desenvolvimento desta bancada pelos professores da Faculdade de Engenharia Mecânica da UFPA do Campus de Tucuruí, possibilitou a aplicação dos conhecimentos teóricos no desenvolvimento de um aparelho prático, utilizando conceitos importantes e essenciais de engenharia, o que resultou em um aumento significativo na qualidade do aprendizado, pois garantiu um aprimoramento simultâneo no aluno do raciocino lógico e da criatividade. 6. AGRADECIMENTOS • • • • A DEUS, que nos dá a cada dia a oportunidade de vivermos para superar as dificuldades. Ao professor Fábio Setúbal pelos ensinamentos, orientação, disposição, paciência e apoio imprescindível para a realização deste trabalho. Ao professor Newton Soeiro e Keliene Sousa idealizadores do projeto. A empresa ELETROBRAS/ELETRONORTE, pelo apoio de suprimentos (material) e de pessoal, para construção do projeto. 7. BIBLIOGRAFIA 1) Associação brasileira de normas técnicas, 1983. “Balanceamento De Corpos Rígidos Rotativos”. NBR 8008, Rio de Janeiro. 2) Ferreira, W. P., 2003. “Balanceadora de Mancais Flexíveis”. Apostila, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. USP, São Paulo. 3) Juvinal, ROBERTO & Marshek, KURT, 2008. “Fundamentos do Projeto de Componentes de Máquinas”. 4˚ Edição, Rio de Janeiro: Editora LTC. 4) Kraig, L.G. & Meriam, J. L., 1999. “Mecânica Dinâmica”. 4˚ Edição, Rio de Janeiro: Editora LTC. 5) Soeiro, N. S., 2008. “Curso De Fundamentos De Vibrações e Balanceamento De Rotores”. Belém-PA: UFPA-ITEC-FEM. 6) Sigiresu, RAO, 2008. “Vibrações Mecânicas”. 4˚ Edição, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall. 7) Robichaud, J.M., 1995. “In-Situ™Roll Balancing: A Revolutionary Method For Improving Dryer Section Performance”. Bretech Engineering Ltd, NB Canadá. VII Congresso Nacional de Engenharia Mecânica, 31 de julho a 03 de Agosto 2012, São Luis - Maranhão 8) SOUZA, W. S., 2005 “Desenvolvimento De Um Sistema Em Labview Para O Monitoramento De Máquinas Rotativas Com Um Modulo De Balanceamento De Rotores”fg. TCC – UFPA, Belém – PA. 8. DIREITOS AUTORAIS DEVELOPMENTE OF A BENCH FOR THE EXPERIMENTAL STUDY ON VIBRATION SINGLE CYLINDER AND CONDUCT OF DINAMIC BALANCE Adriano Souza Da Silva, [email protected] 1 João Gil Da Silva Sales, [email protected] 2 1 Universidade Federal Do Pará, Campus Universitário De Tucuruí, Rua Itaipu, nº 36 – CEP: 68464-000 2 Universidade Federal Do Pará, Campus Universitário De Tucuruí, Rua Itaipu, nº 36 – CEP: 68464-000 Abstract: This work is to develop a test bench for the study of single cylinder in vibration and performing dynamic balance, so as to analyze the effects of unbalance on a motor mass reciprocrativo moving (rotating over alternative). This type of motion can be found in internal combustion engines, present in an automobile. Moreover, the construction of the bench will provide the student an opportunity to understand the subjects taught in the classroom because of its use in the laboratory by determining the primary and secondary forces, and moments produced by unbalanced mass of rotating motion and alternative. The effect due to unbalance can be minimized by applying dynamic balancing techniques applied on the bench .Finally, routes are prepared for use in some experiments on the bench for the classes of kinematics, dynamics and mechanisms of mechanical vibration. Keywords: Vibrations, Single cylinder engine, Dynamic balancing, Reciprocating movement.