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RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar, com o uso de um torquímetro calibrado
(TOHNICHI®), a influência da aplicação tópica do cloreto de estrôncio 2M na força de
remoção de implantes instalados em tíbias de coelhos. Doze coelhos fêmeas da raça
New Zealand, com peso variando entre 3,0 e 3,5 kg, e idade entre 1O a 11 meses,
receberam em suas tíbias dois implantes (3,75mm x 10,0mm). Os implantes foram
instalados com o auxílio de um torquímetro, aplicando-se força de torque inicial de 20 N.
Foram realizadas 12 cirurgias e instalados 24 implantes. O experimento ficou dividido
em 2 grupos. Grupo A: 6 animais e 12 implantes removidos aos 28 dias. Grupo B: 6
animais e 12 implantes removidos aos 56 dias. Cada um dos coelhos recebeu 2
implantes, e em um dos alvéolos cirúrgicos foi aplicado cloreto de estrôncio a 2M (gel)
antes da sua instalação, e no alvéolo adjacente apenas o implante. Aos 28 e 56 dias os
coelhos foram sacrificados, seus implantes retirados, e com o auxílio do torquímetro, as
forças de remoções foram registradas e analisadas estatisticamente. Os resultados
obtidos foram: Grupo A controle 28 dias: 27,33 ± 4,37 N.cm; Grupo A1 estrôncio 28
dias: 30, 17 ± 6,18 N.cm; Grupo B controle 56 dias: 26, 17 ± 1,72 N.cm; Grupo B1
estrôncio 56 dias: 26,67 ± 2,50 N.cm. Os resultados estatísticos mostraram que no
Grupo A (28 dias), os alvéolos que receberam cloreto de estrôncio apresentaram
valores maiores de força de remoção dos implantes, comparados com os alvéolos
controle; porém no Grupo B (56 dias) não houve diferença estatisticamente significante
entre os alvéolos controle e teste. Estes resultados nos levam a acreditar que o cloreto
de estrôncio acelerou o processo inicial de regeneração óssea aos 28 dias, porém não
houve ação do referido fármaco na interface implante-osso aos 56 dias.
Palavras-chave: Estrôncio, implantes dentários, força de remoção
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