Caro Professor: A Pré-UNIVESP é uma publicação eletrônica, mensal e temática, com um dossiê baseado em temas factuais e conteúdos distribuídos pela grade curricular do ensino médio e dos vestibulares. São reportagens, artigos, infográficos, entrevistas, além de um blog com textos sobre temas diversos. Nosso principal objetivo é oferecer um conteúdo relevante e em linguagem acessível, que trata de assuntos de interesse dos principais vestibulares do país (inclusive o da UNIVESP), dirigido a estudantes, a professores do ensino médio e a vestibulandos. Este plano de atividades multi e interdisciplinares, voltado para o uso pedagógico no ensino médio, contempla os textos da edição atual, que tem como tema GÊNERO. Nosso objetivo é incentivá-lo a utilizar a revista Pré-UNIVESP nas atividades escolares da sala de aula. Ao final do plano de atividades, reunimos exercícios complementares, relacionados ou não às abordagens da revista. Para a produção dos planos de atividades, contamos com a assessoria de professores de diversas áreas do ensino médio. Eles são publicados sempre na última semana do mês, no fechamento da edição da revista. Esperamos que o trabalho escolar promova reflexão e aprofundamento sobre os temas tratados, por meio da ação mediadora do professor, sem prescindir de outros materiais fundamentalmente didáticos e das conexões entre as diversas áreas do conhecimento. Equipe Pré-UNIVESP Proposta interdisciplinar Pré-UNIVESP Edição 59 GÊNERO Assessoria Pedagógica Cristiane Imperador Débora Romagnoli Douglas Gouvêa Eline Dias Moreira Márcia Azevedo Coelho Textos utilizados Homem, mulher e (muitas) outras coisas mais, por Carolina Medeiros Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos, por Patrícia Mariuzzo Imagens da mulher na literatura: a identidade feminina em romances de José de Alencar, por Patrícia Mariuzzo Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas, por Guacira Lopes Lobo Histórico da luta de LGBT no Brasil, por Regina Facchini Mesmas habilidades, salários diferentes, por Meghie Rodrigues Ilustrações Matheus Vigliar Charles Rubin Disciplinas envolvidas Arte Língua Portuguesa Literatura Sociologia Biologia Matemática Recursos Textos impressos e virtuais Computador com acesso à Internet Papel sulfite Lousa Projetor Celular Texto introdutório Neste plano de atividades, gênero é o tema central. Abordado sob os diferentes olhares das disciplinas envolvidas, o plano da edição nº 59 proporciona a construção do conhecimento interdisciplinar. Partindo da leitura, análise e interpretação da reportagem “Homem, mulher e (muitas) outras coisas mais”, de Carolina Medeiros, e do infográfico “Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos”, de Patrícia Mariuzzo, a disciplina de Língua Portuguesa propõe uma reflexão não só a respeito do gênero social, mas também do gênero gramatical e apresenta uma proposta de produção de texto que possibilita aos estudantes, através da realização de uma pesquisa, integrar todo o conhecimento construído e chegar a conclusões importantes que nortearão ações transformadoras. Em Sociologia o tema central é pensado e debatido pelos alunos, a fim de que construam instrumentos para uma melhor compreensão das realidades sociais, finalizando o processo com a produção de textos que sintetizem propostas de soluções éticas para esses conflitos da contemporaneidade. A disciplina de Matemática trabalha com o conceito de porcentagem ao mostrar situações do cotidiano em que o mesmo se faz presente. Para ilustrar a matemática na prática, são utilizadas situações que envolvem a comparação entre as populações de brasileiras e brasileiros trabalhadores com seus respectivos níveis salariais. É ressaltada, quantitativamente, a invisibilidade do preconceito e o nível de paridade entre gêneros. História da Arte aborda o tema gênero por meio da leitura de Arrufos, de Belmiro de Almeida, uma das produções artísticas mais representativas da arte brasileira do século XIX. O objetivo primordial da análise é possibilitar a reflexão sobre a ideologia de gênero presente na obra e promover o debate sobre o quanto a visão social da mulher do XIX persiste na contemporaneidade. A reflexão e debates iniciados em Arte são aprofundados em Literatura, que retoma o tema por meio da obra Senhora, de José de Alencar, e do texto “Imagens da mulher na literatura: a identidade feminina em romances de José de Alencar”, de Patrícia Mariuzzo. Sondagem Inicie a aula entregando a cada aluno metade de uma folha e peça que ele complete com algumas informações individuais. 1. Nome: 2. Idade: 3. Sexo: 4. Cor: Assim que os alunos terminarem de preencher, solicite a dois representantes que recolham as folhas e separem-nas, em grupos, de acordo com o item 3. Peça aos representantes para anotarem, na lousa, a quantidade de grupos formados, bem como o número de componentes de cada um deles. Professor, independentemente da opinião sexual de cada aluno, é provável que sejam formados dois grupos: um dos alunos que pertencem ao sexo feminino e outro com aqueles que pertencem ao sexo masculino. Questione os estudantes se haveria a possibilidade de formarem mais grupos e quais seriam. A partir das respostas apresentadas, comente que a lógica ocidental tradicional apresenta uma divisão binária entre masculino e feminino, assim como outras divisões relacionadas à cor: branco e negro etc. Oriente os representantes que anotem na lousa, abaixo das palavras feminino e masculino, outras relacionadas às características desses gêneros. Atente para o fato de que poderão ser associados à palavra feminino termos como: frágil, rosa etc. e à masculino, azul, másculo, viril etc. Promova um debate, perguntando se os termos associados a feminino e masculino relacionam-se a questões sociais ou biológicas. Peça que observem a dicotomia das palavras escritas. Professor, destaque, por exemplo, que a virilidade é associada ao masculino e a feminilidade, assim como fragilidade, ao feminino. Um homem não pode ter um comportamento mais dócil/emotivo, que comumente será rotulado de efeminado. Saliente que questões de gênero não podem ser respondidas a partir de divisões binárias, nem associadas à questão da sexualidade, como acontece na língua portuguesa. Escute a opinião dos participantes e informe que, para aprofundar o debate, será realizada a leitura e interpretação de dois textos apresentados na edição 58 da revista Pré-Univesp. Ampliando o conceito Apresente o título do texto que será lido: “Homem, mulher e (muitas) outras coisas mais”, e solicite aos alunos que façam inferências sobre o assunto que será tratado. Projete o texto e oriente-os a realizarem uma leitura atenta para compreenderem do que trata o artigo. Questione se as informações apresentadas no texto lido condizem com as inferências. Professor, o título de um texto cria expectativas em relação a seu conteúdo, levando o leitor a formular hipóteses sobre o que ele expressa e sobre o posicionamento de quem o produziu. Entretanto, dependendo da experiência do próprio leitor e das intenções do produtor do texto, nem sempre as hipóteses e inferências se confirmam. Divida os alunos em grupos, de até quatro alunos, para que façam os exercícios propostos. As respostas deverão ser registradas e, posteriormente, compartilhadas com os colegas. 1. Definam o que é: gênero e identidade de gênero. 2. Como o nosso gênero é constituído? 3. Qual a diferença existente entre identidade de gênero e orientação sexual? 4. Vocês conhecem outras opções de classificação de gêneros oferecidas? Enumere algumas. 5. Vocês concordam com a ideia apresentada pela psicóloga Jaqueline Gomes de Jesus, da UFRJ, de que a questão de gênero é social? Ou acreditam ser uma questão biológica? Justifiquem. 6. Segundo a historiadora norte-americana, Joan Scott, a divisão binária, usada para se referir às questões de gênero traz quais consequências? 7. A partir de que momento os movimentos sociais, a respeito da questão de gênero, ganham força? Pesquisem que movimentos são esses. Cite alguns deles. Professor, depois que os estudantes responderem à questão quatro, sugira que leiam o texto “Entenda as 56 opções de gênero do Facebook”, para conhecerem novos termos e suas definições. Para acessar o texto, basta clicar sobre o título, no próprio artigo que está sendo interpretado. Para responderem à questão sete, os alunos poderão ler o artigo “Histórico da luta de LGBT no Brasil”, também desta edição. Instrua os alunos a compartilharem com a turma as respostas dos exercícios. Faça um sorteio para definir qual grupo apresentará determinada resposta. Mesmo que um grupo seja sorteado, deixe à vontade outros alunos que queiram complementar a ideia exposta. Peça aos estudantes que façam a leitura atenta do infográfico “Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos”, de Patrícia Mariuzzo, para continuar o estudo. Solicite que observem a definição de gênero apresentada no infográfico e questione-os se foi a mesma apresentada no artigo “Homem, mulher e (muitas) outras coisas mais”. Pergunte se gênero em língua portuguesa tem a mesma definição daquela apresentada no infográfico. Peça aos alunos que digam em quantos e em quais gêneros os substantivos da língua portuguesa variam. Professor, partindo das respostas dos alunos, informe que a língua reflete a construção cultural do povo que a nomeia e um mesmo substantivo difere, quanto ao gênero, de uma língua para outra. Relembre que há formas de palavras que atendem aos dois gêneros, os chamados substantivos comuns de dois gêneros, como pianista, dentista etc. E casos em que há uma forma única invariável, como criança, caso dos substantivos sobrecomuns. Ainda em grupos, solicite que: 1. Pesquisem, em um dicionário virtual, o significado das palavras feminino e masculino. 2. Observem se há um diferencial de pesos/poderes entre os dois termos. 3. Distingam gênero social de gênero gramatical. 4. Criem maneiras de conferir às palavras da língua um gênero não marcado. Professor, caso queira ampliar o conhecimento sobre a linguagem não binária, que possibilita a utilização de marcadores para não marcar o gênero dos substantivos, leia o artigo disponível em: < http://www.controversia.com.br/blog/2016/07/12/todxs-contra-x-lingua-osproblemas-e-as-solucoes-do-uso-dx-linguagem-neutrx/>. 5. Citem algumas palavras da língua portuguesa em que é possível encontrar a exclusão de um gênero como no caso de alguns pronomes: todos, eles. 6. Reconheçam qual gênero gramatical é utilizado de forma genérica. Deem exemplos. Proponha aos estudantes que montem uma pequena apresentação em PowerPoint para compartilharem com a turma as reflexões e respostas da atividade. Professor, informe aos alunos que em muitas línguas o gênero não marcado é o masculino, termo também utilizado como genérico. Alguns exemplos podem ser dados, como no caso das locuções verbais, em que é usada a forma masculina do particípio (ela tinha falado), e o caso de “todos” que inclui homens e mulheres e “todas” que só inclui as mulheres. Depois da apresentação, solicite que conversem, com os colegas de grupo, sobre a relação existente entre gênero, preconceito, cidadania e levantem argumentos e/ou exemplos, dos textos lidos, que fundamentem a opinião. Peça que escolham um representante para expor aos colegas o resultado da conversa e os argumentos produzidos. Anotações podem ser realizadas para que nada seja esquecido, mas deve-se evitar a leitura em voz alta, pois a fala espontânea é sempre mais atrativa. Ampliando o conceito I Peça para que os alunos retomem o conceito de sexo definido no infográfico “Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos”, de Patrícia Mariuzzo. Questione-os sobre as características biológicas que diferenciam o sexo masculino do feminino. Liste na lousa as respostas dadas e separe as possíveis características nas seguintes categorias: genética/biologia molecular (como por exemplo as diferenças entre cromossomos sexuais, X e Y, e heranças sexuais), anatomia/biologia celular (diferenças nos órgãos sexuais, caracteres sexuais secundários e gametas) e fisiologia (diferenças hormonais). Em seguida, divida a turma em três grandes grupos que correspondem às três categorias listadas acima. Solicite que cada grupo realize uma pesquisa, com auxílio de seus celulares, dos tópicos listados. Abaixo segue um quadro com possíveis sugestões de tópicos que podem ser pesquisados e discutidos pelos estudantes. Genética/Biologia Molecular - Cromossomo X - Cromossomo Y - Gene SRY - Heranças influenciadas pelo sexo (Calvície) - Heranças restritas ao sexo (Hipertricose) Biologia Celular/Anatomia Fisiologia - Gametas: espermatozoide e óvulo - Órgãos genitais - Caracteres sexuais secundários - Dimorfismo sexual - Hormônios sexuais: testosterona, progesterona e estrógeno - Hormônio Luteinizante e Folículo Estimulante - Ciclo menstrual Professor, explique aos alunos que deverão pesquisar sobre os cromossomos sexuais e sobre os diversos sistemas de determinação sexual: sistema XY, sistema XO e sistema ZW. Com relação às heranças sexuais, oriente-os a trabalhar com os conceitos gerais, sem a necessidade de entrar nos aspectos dos cálculos probabilísticos. Esclareça ao grupo de Biologia Celular/Anatomia que deverá justificar o porquê das diferenças entre caracteres sexuais secundários, como a deposição de gordura diferenciada. Cada grupo terá 15 minutos para apresentar as suas pesquisas para a sala e explicitar as principais diferenças entre os sexos. Posteriormente, cada aluno deverá criar um template que apresente o resumo das comparações realizadas em sala entre sexo biológico feminino e masculino. Após a apresentação, questione os alunos se existem casos em que o sexo biológico não é determinado. Solicite que pesquisem, em duplas, casos de hermafroditismo e pseudo-hermafroditismo. Deixe claro a pesquisa deve responder às seguintes perguntas: 1. Qual a definição de indivíduo intersexual, hermafroditismo e pseudohermafroditismo? 2. Quais as possíveis alterações biológicas que um indivíduo intersexual apresenta? 3. Quais as possíveis causas de hermafroditismo? 4. Na sua opinião, um indivíduo intersexual apresenta uma patologia? Promova uma roda de discussão e explique que, a partir das pesquisas realizadas, cada dupla deverá responder à pergunta “d” justificando com dados e depoimentos. Oriente-os a guardarem esse material de pesquisa para ser utilizado no debate sobre o tema, aberto à toda a comunidade. Ampliando o conceito II Disponibilize para cada grupo o link da reportagem: “Mesmas habilidades, salários diferentes”, de Meghie Rodrigues e solicite que leiam para responder, oralmente, as seguintes questões: Professor, neste momento eles responderão verbalmente ao questionário somente para iniciarem a reflexão, mas peça para que anotem as principais ideias, pois no final do processo, elaborarão respostas por escrito, mais completas e definitivas. 1. Qual a diferença entre os conceitos de sexo e de gênero, segundo o texto? 2. A realidade apresentada no artigo não se refere somente ao Brasil. Por que é uma questão mundial? 3. Quais os fatores que poderiam explicar as discrepâncias nas diferenças salariais entre homens e mulheres? 4. Por que não chegamos, ainda, a uma situação ideal em termos de igualdade de salários para homens e mulheres? 5. Qual a perspectiva de chegarmos a uma situação ideal, em termos de igualdade de salários para homens e mulheres, de acordo com o texto? O texto trabalhado apresenta links/referências de dados estatísticos, reportagens, estudos e tuítes que complementam as informações. Divida a turma em seis grupos e sorteie um link adicional para cada grupo. Oriente a lerem o conteúdo de cada link e produzirem um parágrafo de resumo do texto com a opinião do grupo sobre o tema, ao final. I. Grupo A-Link: Linoca II. Grupo B-Link: representante III. Grupo C-Link: BBC Brasil (“Sem ministras, Brasil perde 22 posições em ranking de igualdade de gênero”) IV. Grupo D-Link: BBC Brasil (“Mulheres no poder”) V. Grupo E-Link: BBC Brasil (“Dividendos da diversidade”) VI. Grupo F-Link: BBC Brasil (‘Polêmica”) Releia o texto para os alunos e, a cada link/referência, peça que o grupo responsável pela leitura do conteúdo selecionado apresente o seu parágrafo de resumo. Apresente o vídeo da campanha chamada: “The unfair menu”, da agência Agnelo Comunicação, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jjqI3XzuqOM> Após a apresentação, incentive a turma a expor as suas opiniões sobre o vídeo. Depois, proponha o debate sobre a seguinte questão: 1. É justo as mulheres receberem em média 30 % a menos para desempenhar as mesmas funções? E os homens pagarem mais 30% nas contas de consumo? Após a discussão sobre o vídeo, apresente, por meio de projeção, os seguintes dados aos estudantes: No mercado de trabalho, as mulheres ocupam apenas 5% dos postos de chefia (Organização Internacional do Trabalho – OIT. Março e abril de 2014 (infográfico: http://www.clicrbs.com.br/pdf/17265991.pdf). Segundo os dados da Pnad, que é feita anualmente, 90% das mulheres entre 16 e 60 anos responderam que realizavam algum trabalho doméstico semanalmente, contra apenas 40% dos homens na mesma faixa etária. (PNAD, 2001 a 2012). As mulheres ocupam hoje baixos percentuais de vagas nos cargos eletivos no Brasil. São 10% dos deputados federais e 14% dos senadores, apesar de serem metade da população e da força de trabalho na economia. O percentual é idêntico nas assembleias estaduais e menor nas câmaras de vereadores e nos poderes executivos (fonte: http://www.tse.jus.br). As mulheres eram as principais responsáveis por 37,3% dos lares brasileiros em 2010 na pesquisa “Estatísticas de Gênero — Uma análise dos resultados do Censo Demográfico 2010”. A proporção cresce para 39,3% quando considerados os domicílios das áreas urbanas ante 24,8% nos das rurais (fonte: IBGE). Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que mais de 70% das pessoas que vivem em situação de pobreza são mulheres. (A Anistia Internacional do Uruguai foi quem divulgou o relatório, no dia 11 de março 2013). A violência contra as mulheres segue vitimando milhares de brasileiras reiteradamente: 38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 33,86%, a agressão é semanal. Esses dados foram divulgados no Balanço dos atendimentos realizados de janeiro a outubro de 2015 pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Apresente à classe a polêmica questão do ENEM de 2015, que trazia um trecho do texto de Simone de Beauvoir: Pergunte aos alunos se já ouviram falar da filósofa Simone de Beauvoir. Explique que há outro texto na edição da revista que tratará da filósofa e do movimento da qual se tornou uma representante. Organize a turma em círculo e promova a leitura coletiva do artigo Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas, de Guacira Lopes Lobo. Discuta com a turma sobre o conceito de gênero e de sexo presentes no texto. Questione os estudantes sobre a opinião que possuem sobre a polêmica frase da filósofa. Apresente um trecho do documentário sobre Simone de Beauvoir, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MWwzt4tpuOU Instrua-os a produzirem uma campanha publicitária em vídeo sobre o tema gênero. Para a campanha, as meninas poderão escolher como slogan a própria afirmação polêmica de Beauvoir, os meninos a mesma frase, fazendo as alterações necessárias, ou poderão criar outro slogan que considerarem mais adequado para expressar própria opinião sobre gênero x sexo. Marque o dia para apresentação de todos os vídeos. Escolha os melhores e apresente no dia do debate para toda a comunidade escolar. Ampliando o conceito II Releia o primeiro parágrafo do texto, retomando o seguinte trecho. “O sérvio Marko Ivovic recebeu 30 mil dólares e a brasileira Natália Pereira, metade do valor. A seleção vencedora da Liga Mundial levou US$ 1 milhão pelo título – cinco vezes mais do que recebeu a seleção premiada com o Grand Prix”. Peça aos alunos que: 1. Transformem as seguintes informações do trecho: “metade do valor” e “cinco vezes mais”, em linguagem decimal. 2. Calculem quanto recebeu cada esportista. 3. Expliquem, por meio de hipóteses, o que teria motivado a diferença de valores entre as premiações. Retome a leitura do seguinte trecho com a turma: “A discrepância na remuneração entre homens e mulheres não se restringe às premiações esportivas. Dados da última série anual da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em 2015, as brasileiras receberam 75,4% do salário dos brasileiros – ou 24,6% a menos, em média[...] Na distribuição populacional, as brasileiras perfazem 52,2% da população com mais de 14 anos, enquanto os brasileiros somam 47,8% desse total”. Promova uma atividade a ser realizada com a utilização do Excel onde os dados deverão aparecer em forma comparativa em um gráfico de colunas ou setores. Os alunos podem trabalhar com os dados salariais em um gráfico e com a distribuição populacional em outro. Daí, conclui-se que há mais trabalhadoras que trabalhadores onde ainda eles têm os maiores salários. Ampliando o conceito III Inicie a aula propondo para a turma a realização de um evento, aberto à comunidade escolar, no qual terão a oportunidade de debater sobre o tema gênero, expondo toda a reflexão realizada, por meio das atividades deste plano. Explique que as atividades propostas, a partir desta etapa do plano, abarcarão o tema por meio de expressões artísticas, especificamente, das Artes Plásticas e da Literatura. Comente que as duas obras tratadas (o filme adaptado do romance Senhora e a obra Arrufos) servirão como elemento disparador para o evento e que os artigos estudados, associados aos conhecimentos prévios de cada participante fundamentarão o debate. Após essas informações, divida a turma em grupos de quatro alunos e apresente a imagem da obra Arrufos, de Belmiro de Almeida para toda a classe. (A referência da obra foi propositalmente retirada) 1 Pergunte aos grupos se já conhecem a obra e se se lembram do título dela. Caso nenhum aluno se lembre, comente que é intitulada Arrufos e que foi pintada por Belmiro de Almeida. Pergunte se sabem, ou podem supor, em que época a obra foi produzida. Peça que justifiquem as respostas com os elementos da imagem. 1 Belmiro de Almeida (1858-1935)- Arrufos, 1887- Óleo sobre tela, 89 x 116 cm- Rio de Janeiro, RJ, Museu Nacional de Belas Artes. Comente, a partir das respostas dadas, sobre o artista e sua relação com a escola de Belas Artes. Professor, é importante comentar que Belmiro de Almeida foi considerado inovador no tratamento que deu ao tema e na técnica utilizada. Apesar disso, o posicionamento dele frente aos personagens reforça a ideologia tradicional, como se pode perceber. Uma boa fonte de consulta sobre o artista é http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22617/belmiro-de-almeida. Depois, proponha que cada grupo faça a leitura da imagem, respondendo, por escrito, às seguintes questões: 1. Que situação da vida privada a obra parece tratar? 2. Nessa situação, as reações do homem e a da mulher seriam semelhantes? Justifique sua resposta com elementos da imagem. 3. Compare a expressão corporal das duas pessoas. Quem parece estar no controle da situação? Por quê? 4. No que concerne ao ambiente, o que o local revela sobre a condição social do casal? 5. Segundo Rafael Cardoso (2008), a obra de Almeida traça uma linha imaginária, dividindo o quadro em dois ambientes, sendo um a representação do lado da mulher e outro do homem. Observe a figura abaixo e responda: 5.1 De que modo o lado da mulher dialoga com o seu estado emocional? 5.2 Que relação pode ser estabelecida entre os adornos do lado do homem e a imagem de uma pessoa mais racional e “equilibrada”? Ambiente A- Mulher 6. 7. Ambiente B- Homem Observe o jogo de claro e escuro e o posicionamento dos dois personagens na tela. A partir dessas observações, responda em qual das pessoas repousa o foco principal. Segundo o Dicionário Aurélio (p. 200) o termo “arrufo” significa “ressentimento passageiro entre pessoas que se querem bem” (FERREIRA, 2004, p. 200). Associe o significado do termo à reação do homem e à da mulher; qual dos dois parece ter uma atitude mais pertinente à situação? Justifique. 8. Retome a resposta dada nas questões 6 e 7 e levante as seguintes hipóteses: 8.1 Qual seria a intenção do autor ao demonstrar a reação bem mais emotiva da mulher diante de um “arrufo”? 8.2 Você diria que esse tipo de interpretação da mulher, perante uma adversidade, foi e ainda é uma constante nas obras brasileiras de ficção? 8.3 E na sociedade brasileira? A mulher ainda é vista como um sexo mais frágil, emotivo e o homem como o oposto disso? 8.4 É possível afirmar que a arte reflete um contexto social ou dita normas de conduta, atuando como “um poderoso instrumento de instrução e educação, fonte de inspiração de comportamentos (...)”? Justifique. 8.5 Você recorda de alguma obra do Romantismo brasileiro que apresente a imagem de uma mulher forte e determinada? Professor, caso a turma já tenha lido o romance Senhora, de José de Alencar, retome o enredo com os alunos e proponha a leitura e interpretação da reportagem Imagens da mulher na literatura: a identidade feminina em romances de José de Alencar, de Patrícia Mariuzzo, em Aprofundando o conceito II. Caso a leitura não tenha sido feita, siga a sequência das atividades abaixo. Ampliando o conceito III Proponha à turma que leia o romance Senhora, de José de Alencar. Explique que cada grupo ficará responsável por contar oralmente um dos capítulos e que, por isso, deverá registrar de maneira ordenada a sua parte do enredo. Sorteie os capítulos entre os grupos (poderá haver mais de um grupo com o mesmo capítulo) e marque a data para a apresentação oral da obra. No dia determinado, faça uma exposição sobre o autor, José de Alencar, no contexto do Romantismo brasileiro. Organize a contação oral do romance Senhora e organize para a aula subsequente a exibição do filme Senhora, dirigida por Geraldo Vietri, em 1976. Após assistirem ao filme, peça que cada grupo comente as impressões que teve da adaptação cinematográfica em relação ao capítulo que recontou da obra literária. Para finalizar esta etapa, pergunte aos alunos se reconhecem o amor, abordagem recorrente no Romantismo, como tema central em Senhora. Comente que, originalmente, o título Senhora era acompanhado do subtítulo “perfil de mulher”, conforme edição da Expressão e Cultura, de 1974. Aprofundando o conceito I Peça a leitura individual da reportagem “Imagens da mulher na literatura: a identidade feminina em romances de José de Alencar”. Após a leitura, os alunos devem reagrupar-se nas formações originais (grupos de até quatro membros) para a discutirem o texto, a partir das seguintes questões: Questões: 1. Releia o seguinte trecho: “Na medida em que a literatura, especialmente a produzida com o advento da modernidade, fez da identidade um tema, as narrativas românticas podem ter reforçado os estereótipos de feminilidade, contribuindo para definir a mulher nos mesmos moldes propostos por outras práticas discursivas”. 1.1. Você concorda com a afirmação da pesquisadora sobre o papel da literatura, especificamente do romance Senhora, no que concerne ao ato de reforçar estereótipos? Justifique. 2. Segundo Fabiano Rodrigo da Silva Santos “o romance, desce à esfera comum da vida. Os heróis são pessoas comuns e os temas buscam uma certa verossimilhança com a vida cotidiana”. Essas características são perceptíveis no romance Senhora? E na obra Arrufos, de Belmiro de Almeida, essas características também se encontram presentes? Comprove. 3. Ainda segundo Santos, a personagem Aurélia elege ”(...) o amor como objeto supremo de sua existência, (e com isso) confunde-se com o próprio destino, admitindo a ideia de morrer por amor”. É possível afirmar que tal atitude, interpretada como emoção “desmedida”, encontra-se presente também em Arrufos? Justifique. 4. Leia os seguintes trechos para responder à questão. Trecho 1 “É o que se vê em uma terceira fase da vida da personagem, que se inicia na noite de núpcias. “Nessa fase, o homem aos poucos irá se elevar, terminando por se transformar no ideal desejado pela heroína. A busca de Aurélia parece antifeminina, devido à submissão imposta ao homem (que acontece quando ela faz questão de lembrar a Seixas que ele fora comprado) ”. Trecho 2 “Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de por termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída: o senhor, um homem vendido. - Vendido! Exclamou Seixas ferido dentro d’alma. - Vendido, sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, sou milionária; precisava de um marido, traste indispensável ás mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei. Custou-me cem contos de réis, foi barato; não se fez valer”. (José de Alencar). 5. Pela leitura dos trechos 1 e 2, pode-se concluir que a personagem Aurélia foge aos padrões românticos do estereótipo da mulher submissa? Por quê? 6. Agora, leia os trechos 3 e 4, associe-os à resposta anterior e discuta com os seus colegas se a valorização do amor, como é posto, reforça o papel submisso da mulher. “-Oh! Ninguém o sabe melhor do que eu, que espécie de amor é esse, que se usa na sociedade e que se compra e vende por uma transação mercantil, chamada casamento! (...). O outro, aquele que eu sonhei outrora, esse bem sei que não o dá todo o ouro do mundo! Por ele, por um dia, por uma hora dessa bemaventurança, sacrificaria não só a riqueza, que nada vale, porém, minha vida, e creio que minha alma! Aurélia, no afogo destas palavras que lhe brotavam do seio agitado, retirara a mão do braço de Seixas; ao terminar voltarase rapidamente para esconder a veemência do afeto que lhe incendiara o olhar e as faces”. 7. É possível afirmar que a obra Arrufos, de Almeida, reforça ou questiona os valores expressos em Senhora, de José de Alencar? Explique. 8. Releia o trecho do artigo intitulado “Entre o feminino e o feminista” e explique uma possível intenção da autora na atribuição desse título. Você concorda com o ponto de vista de Thiengo no que concerne à manutenção do papel da mulher em Senhora? Explique. 9. Releia o seguinte trecho do artigo: “A literatura é um lugar onde a ideologia é exposta”, afirma Thiengo. Assim, uma leitura mais crítica do romance “Senhora” pode ser um meio de vislumbrar o leque estreito de possibilidades das mulheres contemporâneas de Aurélia, cativas de um papel feminino que lhes reservava a submissão dentro do espaço doméstico e a felicidade apenas pelo casamento. Um contexto em que elas eram destinadas à maternidade, aos cuidados com a casa e dos filhos. Até porque o questionamento é o princípio da mudança. 10. Você acredita que o papel da mulher na sociedade brasileira contemporânea se modificou ou permanece semelhante ao das protagonistas aqui tratadas de José de Alencar e de Belmiro de Almeida? 11. Os críticos literários afirmam em unanimidade que as obras de ficção não têm qualquer poder de modificação da estrutura social. Como você explicaria, portanto, o provérbio português registrado por Charles Expilly (1935)? “Uma mulher já é bastante instruída, quando lê corretamente as suas orações e sabe escrever a receita da goiabada. Mais do que isso seria um perigo para o lar”. Obs.: Para responder a esta questão, associe à sua resposta a afirmação de Thiengo de que “A literatura é um lugar onde a ideologia é exposta”. Professor, após o amplo debate sobre os artigos e obras que tratam do tema gênero, os estudantes já estarão preparados para organizar o evento na escola, aberto à comunidade escolar. Oriente os alunos a selecionarem o dia e horário possível para a realização do debate na escola. Explique que devem: 1. Combinar com a coordenação e direção a data e hora para o evento. 2. Elaborar o convite para a comunidade. Sugira que a obra Arrufos, de Belmiro de Almeida esteja estampada no convite. 3. Selecionar entre a turma o apresentador do evento, o moderador do debate e os debatedores do tema. 4. Definir as questões a serem debatidas. Professor, é interessante convidar um sociólogo para compor a mesa de debates. REFERÊNCIA CARDOSO, Rafael. Belmiro de Almeida [1858-1935]: Arrufos, 1887. In: ___A arte brasileira em 25 quadros: 1790-1930. Rio de Janeiro: Record, 2008. p. 96-101. Produção de texto Divididos em grupos, os alunos realizarão uma pesquisa de percepção, com os estudantes das outras séries do ensino médio, a respeito do conceito de gênero, discutido e trabalhado, durante todo o plano, a partir das visões de diferentes disciplinas e textos da revista Pré-Univesp. Professor, informe aos alunos que a pesquisa é o principal recurso para conseguir informações sobre determinado assunto e ampliar conhecimentos, através da busca de informações em várias fontes. Para organização da atividade, eles deverão: 1. Discutir o assunto, bem como a finalidade da pesquisa. 2. Elaborar um plano de pesquisa, ou seja, um roteiro com as etapas. 3. Estabelecer prazos para cada etapa, conforme orientação do professor. 4. Dividir as tarefas entre os componentes do grupo. 5. Elaborar questões objetivas que farão parte do questionário. 6. Organizar as questões no Google Docs. Professor, oriente os alunos de que a primeira parte do questionário exige a identificação de quem faz a pesquisa. Em seguida se exige a identificação do entrevistado com nome, sexo, faixa etária e outros dados que o grupo considerar importante. As questões deverão ser elaboradas a partir das atividades realizadas durante o plano, contemplando o trabalho desenvolvido por todas disciplinas. No dia combinado, com a utilização de computadores, o questionário será respondido pelos alunos das outras séries. Depois de respondido o questionário, os alunos deverão: 1. Analisar o gráfico gerado pelo Google Docs, bem como as porcentagens das respostas. 2. Discutir os resultados da pesquisa. 3. Elaborar um texto final no qual serão apresentados os gráficos, as análises e citações de trechos dos textos da Pré-Univesp que fundamentarão a análise. Professor, informe os alunos de que o levantamento de dados para a realização da pesquisa, por meio de questionários, requer cuidado especial. Deve-se considerar que não basta apenas coletar respostas sobre questões de interesse, mas sim saber como analisá-las estatisticamente para validação dos resultados. Quanto à estrutura, a pesquisa deverá apresentar capa, sumário, corpo da pesquisa, incluindo os gráficos e referências bibliográficas. No dia combinado com o professor, os trabalhos serão apresentados para os colegas. Os estudantes deverão falar sobre as questões, suas análises e articulações com os textos lidos. É necessário ensaio para que seja feita uma excelente apresentação. Os trabalhos poderão ser publicados no site da escola para que toda a comunidade escolar tenha acesso aos resultados da pesquisa. Depois de produzidos e publicados os textos, os alunos deverão pensar em pequenas ações que poderão ser executadas no ambiente escolar para minimizar possíveis problemas encontrados durante a análise da pesquisa, principalmente, aqueles relacionados à discriminação. Habilidades Ler e relacionar diferentes artigos que tratam de um mesmo tema. Analisar e comparar definições de um mesmo termo. Relacionar o estudo dos substantivos a situações de uso da língua e a questões de gênero gramatical. Planejar e elaborar questões objetivas. Analisar dados e construir tabelas e gráficos. Estruturar texto a partir da análise de respostas. Perceber o valor expressivo da variação de gênero dos substantivos. Diferenciar sexo de gênero. Entender as origens dos processos de exclusão na sociedade. Compreender o processo de exclusão do gênero feminino no Brasil e no mundo. Identificar registros de práticas de exclusão no tempo e no espaço. Reconhecer a importância dos estudos de porcentagem que iniciam no ensino fundamental II e adentram o ensino médio. Compreender, através da linguagem matemática, que também se pode representar os dados numéricos na forma percentual. Reconhecer e analisar a importância da informação escrita na forma de porcentagem; Identificar a importância do conceito na aplicação de situações cotidianas. Relacionar a condição da mulher retratada na imagem com a condição atual, na sociedade brasileira. Ler, interpretar, analisar e debater sobre o romance Senhora, de Jose de Alencar. Compreender o posicionamento do escritor e a assimilação da estética romântica em sua obra. Narrar oralmente um romance. Comparar o romance com a sua adaptação cinematográfica. Ler e analisar o texto “Imagens da mulher na literatura: a identidade feminina em romances de José de Alencar”. Debater sobre as afirmações apresentadas no texto, relacionando-as às obras Senhora e Arrufos. Comparar o posicionamento dos artistas do século XIX no que concerne à imagem da mulher por meio de suas obras à realidade desse gênero na atualidade. Reconhecer as diferenças genéticas, celulares, anatômicas e fisiológicas entre os sexos biológicos. Compreender a complexidade da sexualidade na espécie humana. Desenvolver um cartaz de divulgação científica para a comunidade. ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. (Fatec 2016). Leia o fragmento da obra Senhora, de José de Alencar. Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia Camargo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre um deslumbramento; todos os olhos voltaram-se para ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida passou o frêmito das fortes sensações. Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da adoração. Seixas afastou-se. Essa mulher humilhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável impressão. Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por combater com o desdém a funesta influência, mas não o conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o oprimia. Quando, como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à admiração que ela causava e que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino, Seixas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fascinação. <http://tinyurl.com/ou5m65d> Acesso em: 17.09.2015. Adaptado. É correto afirmar que essa obra pertence ao a) Romantismo, pois ela critica os valores burgueses, exalta a natureza e a vida simples do campo, denunciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade fluminense do século XX. b) Romantismo, pois ela enaltece a fragilidade da mulher e exprime de forma contida os sentimentos das personagens, situando-as no contexto da sociedade paulista do século XX. c) Romantismo, pois ela exalta a figura feminina, expõe, de maneira exacerbada, os sentimentos das personagens, tendo como pano de fundo os costumes da sociedade fluminense do século XIX. d) Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juventude e trata da infelicidade dos amores não correspondidos, inserindo as personagens na sociedade fluminense do século XX. e) Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na expressão dos sentimentos e ao papel de submissão destinado às mulheres, retratando o cotidiano da sociedade paulista do século XX. 2. (UPF 2016). Em Senhora, de José de Alencar, pode-se observar que o autor emprega, de modo recorrente ao longo da narrativa, uma linguagem ___________ para sustentar certo grau de ___________ diante do tema central do romance, o casamento por dinheiro. Assinale a alternativa cujas informações preenchem corretamente as lacunas do enunciado. a) jurídica / hermetismo. b) jornalística / imparcialidade. c) metafórica / idealização. d) jornalística / sensacionalismo. e) metafórica / realismo. 3. (ITA 2015). No romance Senhora, José de Alencar mostra que a) o dinheiro e a ambição impedem a realização do amor entre Aurélia e Seixas. b) Aurélia, moça de origem pobre, conquistou o amor de Seixas só porque enriqueceu. c) o amor de Aurélia teve força suficiente para regenerar o caráter de Seixas. d) Seixas se regenerou moralmente por si mesmo, independentemente de Aurélia. e) o meio social corrompeu de uma vez por todas o caráter de Seixas. 4. (Enem PPL 2015). Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta. ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006. O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875. No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como “parenta” de Aurélia Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do Romantismo, pois a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira da época. b) O trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos no enredo de seu romance. c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do narrador romântico. d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente independente. e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele período histórico. 5. (Enem 2013). Para aumentar as vendas no início do ano, uma loja de departamentos remarcou os preços de seus produtos 20% abaixo do preço original. Quando chegam ao caixa, os clientes que possuem o cartão fidelidade da loja têm direito a um desconto adicional de 10% sobre o valor total de suas compras. Um cliente deseja comprar um produto que custava R$50,00 antes da remarcação de preços. Ele não possui o cartão fidelidade da loja. Caso esse cliente possuísse o cartão fidelidade da loja, a economia adicional que obteria ao efetuar a compra, em reais, seria de a) 15,00 b) 14,00 c) 10,00 d) 5,00 e) 4,00 6. (Enem 2014). De acordo com a ONU, da água utilizada diariamente, 25% são para tomar banho, lavar as mãos e escovar os dentes. 33% são utilizadas em descarga de banheiro. 27% são utilizadas para cozinhar e beber. 15% são para demais atividades. No Brasil, o consumo de água por pessoa chega, em média, a 200 litros por dia. O quadro mostra sugestões de consumo moderado de água por pessoa, em algumas atividades. Atividade Consumo total de água na atividade (em litros) Tomar banho 24,0 Dar descarga 18,0 Lavar as mãos 3,2 Escovar os dentes 2,4 Beber e cozinhar 22,0 Se cada brasileiro adotar o consumo de água indicado no quadro, mantendo o mesmo consumo nas demais atividades, então economizará diariamente, em média, em litros de água, a) 30,0 b) 69,6 c) 100,4 d) 130,4 e) 170,0 7. (Enem 2013). TEXTO I Ela acorda tarde depois de ter ido ao teatro e à dança; ela lê romances, além de desperdiçar o tempo a olhar para a rua da sua janela ou da sua varanda; passa horas no toucador a arrumar o seu complicado penteado; um número igual de horas praticando piano e mais outras na sua aula de francês ou de dança. Comentário do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes femininos (1839) apud SILVA, T. V. Z. Mulheres, cultura e literatura brasileira. Ipotasi – Revista de Estudos Literários. Juiz de Fora, v. 2. n. 2, 1998. TEXTO II As janelas e portas gradeadas com treliças não eram cadeias confessas, positivas; mas eram, pelo aspecto e pelo seu destino, grandes gaiolas, onde os pais e maridos zelavam, sonegadas à sociedade, as filhas e as esposas. MACEDO, J. M. Memórias da Rua do Ouvidor (1878). Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado). A representação social do feminino comum aos dois textos é o(a): a) ampliação do espaço de entretenimento, voltado às distintas classes sociais. b) acesso aos produtos de beleza, decorrência da abertura dos portos. c) submissão de gênero, apoiada pela concepção patriarcal de família. d) proteção da honra, mediada pela disputa masculina em relação às damas da corte. e) valorização do casamento cristão, respaldado pelos interesses vinculados à herança. 8. (UFG 2014). Leia o texto e analise a figura a seguir. Em 1991, a renda média das brasileiras correspondia a 63% do rendimento masculino. Em 2000, chegou a 71%. As conquistas comprovam dedicação, mas também necessidade. As pesquisas revelam que quase 30% delas apresentam em seus currículos mais de dez anos de escolaridade, contra 20% dos profissionais masculinos. PROBST, Elisiana Renata. “A evolução da mulher no mercado de trabalho”. Revista do Instituto Catarinense de Pós-Graduação. Disponível em: <www.icpg.com.br>. Acesso em: 4 abr. 2014 Tendo em vista o texto e o implícito no discurso iconográfico, percebe-se: a) as diferenças na valorização da força de trabalho entre os gêneros e a ampliação das demandas das mulheres na luta pelo reconhecimento social. b) a queda da taxa de fecundidade, elevando a renda feminina, e os tabus da adequação a padrões de beleza vigentes. c) a alteração do perfil das trabalhadoras que se tornam mais velhas, casadas e mães e a participação das mulheres no movimento feminista. d) a classificação do trabalho doméstico contabilizado como atividade econômica e a continuidade de modelos familiares tradicionais. e) as diferenças da jornada de trabalho entre os gêneros e a influência da mídia estabelecendo um padrão de corpo feminino. 9. (Unioeste 2016). No dia 22 de junho de 2015, a Assembleia Legislativa do Paraná colocou como pauta de discussão o debate sobre a “ideologia de gênero” nas escolas do Paraná. Sabese que o conceito de gênero é fundamental para a compreensão das desigualdades entre homens e mulheres e coloca em xeque as atribuições relacionais que a sociedade constrói para homens e mulheres. Dada a repercussão do tema e a relevância da temática, é CORRETO afirmar sobre questões de gênero. a) O debate sobre gênero na educação interessa apenas aos homens e para as pessoas que só têm atração sexual por pessoas do sexo oposto. b) Nas concepções sobre gênero, o sexo biológico corresponde a uma identidade cultural que se mantém inalterada até o final da vida. c) A identidade de gênero é determinada biologicamente e não pode ser modificada pela cultura, pelo meio social, pela educação nem por todas as relações sociais que fazem parte da vida dos indivíduos. d) A compreensão da temática de gênero perpassa um sistema de relações de poder, baseadas em um conjunto de papéis, identidade, comportamentos e estereótipos atribuídos a mulheres e homens. e) As relações de gênero não estão ligadas a contextos de relações de poder e desigualdade, ao contrário das relações travadas entre as classes sociais e os grupos étnicos. 10. (UEL 2016). Leia o texto a seguir. Inevitavelmente, nós consideramos a sociedade um lugar de conspiração, que engole o irmão que muitas de nós temos razões de respeitar na vida privada, e impõe em seu lugar um macho monstruoso, de voz tonitruante, de pulso rude, que, de forma pueril, inscreve no chão signos em giz, místicas linhas de demarcação, entre as quais os seres humanos ficam fixados, rígidos, separados, artificiais. Lugares em que, ornado de ouro ou de púrpura, enfeitado de plumas como um selvagem, ele realiza seus ritos místicos e usufrui dos prazeres suspeitos do poder e da dominação, enquanto nós, “suas” mulheres, nos vemos fechadas na casa da família, sem que nos seja dado participar de nenhuma das numerosas sociedades de que se compõe a sociedade. (WOOLF, V. Trois Guinées. Paris: Éditions des Femmes, 1997. p.200. apud Bourdieu, P. A Dominação Masculina. 2.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. p.4.) Em sua obra, Virginia Woolf reflete sobre a condição social das mulheres. Tal condição foi historicamente abordada com base no pensamento binário, a exemplo da díade masculino/feminino, também presente na oposição entre ordem e caos, o que pode ser encontrado em diferentes culturas e no pensamento científico. O binarismo, no entanto, é uma forma de racionalização da vida social criticada por diferentes correntes teóricas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre as críticas ao pensamento binário aplicado às explicações das relações sociais de gênero, considere as afirmativas a seguir. I. Nesse trecho, Virginia Woolf invoca o paradigma do construtivismo social e entende que os posicionamentos sociais das mulheres e dos homens são fruto de forças sociais que tendem a transcender as vontades individuais e a gerar opressões. II. Para Virginia Woolf, as separações entre o mundo dos homens e o mundo das mulheres são intransponíveis, havendo correspondência real entre as representações sociais e as práticas dos sujeitos empreendidas na experiência concreta. III. As evidências de que diferentes sociedades atribuem posição de domínio ao masculino fornecem a comprovação de que os valores culturais são determinados pelas diferenças biológicas entre os sexos, o que se expressa em uma cultura universal. IV. Pelos exemplos históricos conhecidos, os esquemas binários de representação do masculino e do feminino produzem hierarquias entre esses dois termos, de modo a reservar um status superior aos atributos classificados como masculinos. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 11. (FGV 2014). Leia a notícia a seguir. “Uma equipe de investigadores da Escócia estudou três galináceos ginandromorfos, ou seja, com características de ambos os sexos. A figura mostra um dos galináceos estudados, batizado de Sam, cujo lado esquerdo do corpo apresenta a penugem esbranquiçada e os músculos bem desenvolvidos, como observado em galos. Já no lado direito do corpo, as penas são castanhas e os músculos mais delgados, como é normal nas galinhas. No caso dos galináceos, a determinação sexual ocorre pelo sistema ZW”. Admitindo-se que Sam apresente perfeita diferenciação cromossômica nas células dos lados direito e esquerdo do corpo, e uma gônada de cada lado, é correto afirmar que a gônada do lado a) esquerdo produz espermatozoides, constituídos pelo cromossomo Z, ou pelo cromossomo W. b) esquerdo produz óvulos, constituídos apenas pelo cromossomo Z. c) direito produz espermatozoides, constituídos apenas pelo cromossomo W. d) direito produz óvulos, constituídos pelo cromossomo Z, ou pelo cromossomo W. e) direito produz óvulos, constituídos apenas pelo cromossomo W. 12. (Cefet MG 2014). Analise a sequência de maturação celular representada a seguir: O órgão no qual esse processo ocorre é a (o) a) próstata. b) testículo. c) tuba uterina. d) canal vaginal. e) ducto deferente. 13. (UERJ 2013). A pílula anticoncepcional contém os hormônios estrogênio e progesterona, que agem sobre a hipófise alterando os níveis de liberação dos seguintes hormônios: folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). No gráfico abaixo, são mostradas as variações das concentrações de FSH e de LH durante um ciclo menstrual de 28 dias de uma mulher que não usa anticoncepcionais. Considere agora uma mulher que utilize esse método anticoncepcional na prescrição usual: uma pílula por dia ao longo de 28 dias. Os valores sanguíneos dos hormônios FSH e LH, durante o ciclo menstrual dessa mulher, estão apresentados em: a) b) c) d) 14. (Mackenzie 2013). A respeito do esquema acima, assinale a alternativa correta. a) A parede interna do órgão B é descamada durante o período de ovulação. b) Estrógeno e progesterona são hormônios produzidos em A e agem em C. c) Se em uma cirurgia o órgão B for removido, a mulher não menstruará mais. d) A laqueadura é uma cirurgia em que é feita a remoção do canal indicado em D. e) A produção de gametas e a fecundação são eventos que ocorrem em A. 15. (UFF 2012) Os hormônios atuam em rede na integração de diferentes órgãos e sistemas fisiológicos de um indivíduo. O estrogênio, por exemplo, além de determinar as características sexuais também induz o amadurecimento dos órgãos genitais e promove o ímpeto sexual. Esse hormônio é produzido principalmente pelo (a) a) hipófise. b) útero. c) testículo. d) próstata. e) ovário. 16. (UEMA 2016). Um dos fenômenos sociais de destaque nos estudos sociológicos são as instituições sociais. Conceituadas como “toda forma ou estrutura social estabelecida, constituída, sedimentada na sociedade e com caráter normativo – ou seja, ela define regras e exerce formas de controle social”. Por isso, mudanças nas instituições sociais geralmente envolvem disputas entre conservadores e progressistas. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2008. A situação que tem gerado disputa ideológica na sociedade brasileira tanto no discurso de senso comum como nas instâncias de poder, em virtude do processo de mudança na formatação da instituição social denominada de família, é a) a comemoração ao divórcio. b) o casamento religioso entre viúvos. c) a união estável para os casais idosos. d) a adoção de crianças por casais do mesmo sexo. e) a perda da guarda dos filhos por abandono de incapaz. 17. (UFU 2016). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) liberou nesta quarta-feira (25) o uso de todos os banheiros da instituição por qualquer pessoa, conforme o gênero com que se identifica. A iniciativa se deu pela adoção da campanha “Libera meu xixi”, voltada ao combate da transfobia em espaços públicos. Nos próximos dias, banheiros de todo o campus receberão uma placa com a frase “Aqui você é livre para usar o banheiro correspondente ao gênero com que se identifica”. Disponível em: <http://www.ufjf.br/secom/2015/11/25/libera-meuxixi-ufjf-lanca-campanha-em-prol-do-respeito-a-diversidade/>. Para se entender as motivações para o desenvolvimento de uma política pública como a descrita, é necessário saber que: a) O sexo determina a conduta social dos indivíduos. b) Não há uma definição biológica para o conceito de sexo. c) O gênero é uma construção social. d) As diferenças de gênero são definidas geneticamente. 18. (UNISC 2016). Carole Vance no texto Antropologia (Re)descobre a Sexualidade afirma que as abordagens construtivistas: [...] partilham a necessidade de problematizar os termos e o campo de estudos — no mínimo, todas as abordagens adotam a visão de que atos sexuais fisicamente idênticos podem ter importância social e significado subjetivo variáveis, dependendo de como são definidos e compreendidos em diferentes culturas e períodos históricos. Assim como um ato sexual não traz em si um significado social universal, a relação entre atos sexuais e significados sexuais também não é fixa, o que torna sua transposição a partir da época e do local do observador um grande risco. Na verdade, as culturas geram categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas. Essas construções não só influenciam a subjetividade e o comportamento individual, mas também organizam e dão significado à experiência sexual coletiva através, por exemplo, do impacto das identidades, definições, ideologias e regulações sexuais. VANCE, Carole. A Antropologia (Re)descobre a Sexualidade. Revista Physis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 1995, p. 7-32. Com base no trecho leia as afirmativas a seguir: I. As definições de sexualidade são extensivas a toda a história e a todas as culturas porque os significados atribuídos à sexualidade são fixos e universais. II. A existência de atos sexuais idênticos indica que o peso da cultura na influência dos comportamentos e das subjetividades é limitado porque há algo inato que condiciona a organização da expressão da sexualidade. III. Os significados sobre a sexualidade variam em contextos históricos e culturais, pois os grupos sociais produzem categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas. 19.Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa III está correta. b) Somente as afirmativas I e II estão corretas. c) Somente as afirmativas I e III estão corretas. d) Somente as afirmativas II e III estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Gabarito 1- C 2-C 3- C 4- D 5- E 6-C 7-C 8-A 9-D 10-B 11 –D 12 - B 13 - C 14 - B 15 - E 16- D 17- C 18- A 19- A