Prezado colega Estamos divulgando o “Manual de Segurança

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Prezado colega
Estamos divulgando o “Manual de Segurança” esperando que, com
estas informações, o trabalho no Laboratório possa ser executado com menor
risco de acidentes e impacto ao ambiente. A conduta inadequada no trabalho
gera acidentes. A edição deste Manual se destina a dar informações e
orientações aos usuários do laboratório de Microeletrônica, Instituto de Física,
UFRGS e assim iniciar uma cultura de segurança que ainda não existe.
Comissão de Segurança do Laboratório de Microeletrônica, IF-UFRGS
Henri Boudinov
Louise Etcheverry
Regras Gerais de Segurança num Laboratório Químico
TÓPICOS
I - Das Responsabilidades
II - Incêndio
III - Alimentos
IV - Normas Básicas para uso de Equipamentos Elétricos
V - Cuidados a serem tomados no trabalho com as Substâncias Químicas no Laboratório
VI - Trabalho com gases sob alta pressão
I – DAS RESPONSABILIDADES
A Comissão de Segurança do LµE tem função de estabelecer normas, apontar
problemas e sugerir soluções. Desta forma ela é responsável pelas diretrizes da segurança
do LµE.
A REITORIA é responsável pela infra-estrutura de eletricidade (subestações),
reservatório e distribuição de água, destino final dos rejeitos químicos, vigilância no
período sem expediente, manutenção de mangueiras e extintores de incêndio externos.
A Direção das unidades é responsável por: assegurar a infra-estrutura mínima
indispensável na unidade, ou seja: rede elétrica (quadros e distribuição interna da
eletricidade) manutenção dos extintores internos carregados.
O chefe do laboratório é responsável por:
a) Estabelecer uma ordenação e rotina em relação ao material de alta
periculosidade.
b) Providenciar o Manual de segurança específico do Laboratório.
c) Providenciar quando necessário treinamento adequado para os iniciantes no
laboratório.
d) Supervisionar o cumprimento das normas estabelecidas pelo referido Manual.
Cada membro ou usuário do laboratório deve ler cuidadosamente os capítulos que
dizem respeito ao seu trabalho. Em caso de dúvida deve procurar o Coordenador do
Laboratório para esclarecimento.
IMPORTANTE
Acidentes decorrentes da inobservância das normas podem ter conseqüências
diversas entre as quais impedimento de compra de solventes controlados pela polícia
federal, indenização dos prejuízos, etc.
II - INCÊNDIO
1 - CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS
Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica.
Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas no
capítulo “normas básicas para uso de equipamento elétrico”.
Armazenamento dos bujões de gás em local bem ventilado fora do prédio. Tolerase o uso de bujões de até 13 kg no interior do prédio em áreas seguras.
Solventes químicos não podem ser armazenados próximos a fornos, estufas e
locais aquecidos.
Os laboratórios devem ser fechados adequadamente, porém, permitindo o acesso à
brigada de incêndio, visto que o incêndio pode se alastrar e ameaçar a Instituição como um
todo.
2 - EQUIPAMENTOS PARA CONTROLAR INCÊNDIOS
Estar à disposição extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS
de pó), eletricidade (extintores de CO2) e para papéis (extintores de água pressurizada).
Em instalações que utilizam muito equipamento elétrico, deve-se ter um maior número de
extintores para eletricidade, enquanto em instituições que contenham muitos produtos
químicos, deverá haver mais extintores PQS. Os dois podem ser utilizados em ambos os
casos, porém procurando sempre utilizar o mais adequado.
Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e fixados em locais de fácil
acesso, como por exemplo, nos corredores. Recomenda-se em locais com maior
periculosidade, e que haja um extintor a cada 10m. Também se recomenda a colocação de
um extintor dentro dos laboratórios que contenham muitos solventes ou equipamentos
elétricos.
3 - COMO PROCEDER EM CASO DE INCÊNDIO
Se notar indícios de incêndios, fumaça, cheiro de queimado, estalidos, etc,
aproxime-se a uma distância segura para ver o que está queimando e a extensão do fogo.
Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis.
Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando
todas as portas e janelas atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade,
alertando os demais ocupantes do andar e informando os laboratórios vizinhos da
ocorrência do incêndio.
Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida.
Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.
Procure alcançar o térreo ou as saídas de emergência do prédio, sem correr, jamais
use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, e ele poderá ficar parado, sem
contar que existe o risco dele abrir justamente no andar em chamas.
É da responsabilidade de cada chefe de laboratório conhecer os disjuntores de suas
instalações.
Classes de Incêndios
Classe “A” ·Materiais que queimam em superfície e em profundidade.
Ex.: Madeira, papel, tecido.
Classe “B” ·Os líquidos inflamáveis. Queimam na superfície.
Ex.: Álcool, gasolina, querosene,
Classe “C” ·Equipamentos elétricos e eletrônicos energizados.
Ex.: Computadores, TV, motores,
Classe “D” ·Materiais que requerem agentes extintores específicos.
Ex.: Pó de zinco, Sódio, magnésio,
Procure controlar as chamas com o extintor de incêndio adequado
EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA ÁGUA-GÁS
Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “A”. Contra indicado para
as Classes “B” e “C”.
Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do
fogo.
Água-gás: Este tipo possui uma pequena ampola de ar comprimido. Abra o registro
da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo.
Processo de extinção: Resfriamento.
EXTINTOR DE ESPUMA
Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “B” e com bom resultado
para a Classe “A”. Contra indicado para a Classe “C”.
Modo de usar: Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a
posição do extintor (posicione-o de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de
modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta.
Processo de extinção: Abafamento. Um processo secundário é o resfriamento
(umidificação).
EXTINTOR DE PÓ QUIMICO SECO
Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “C” e sem grande
eficiência para a Classe “A”. Não possui contra-indicação.
Modo de usar:
Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para base do fogo.
Processo de extinção: Abafamento.
EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO
Indicado para incêndios de Classe “C” e sem grande eficiência para a Classe “A”.
Não possui contra indicação.
Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do
fogo. Não toque no difusor, pois com a passagem de gás por ele, ele poderá gelar e
agarrar a pele ao ser tocado.
Processo de extinção: Abafamento.
OBSERVAÇÕES:
Incêndios de Classe “D” requerem extintores específicos podendo em alguns casos
ser utilizado o de Gás Carbônico (CO2) ou pó químico seco (PQS).
Vapores podem ser fontes de explosões e incêndios.
Fumaça inalada pode causar problemas graves e até fatais.
Produtos de laboratório são em muitos casos, inflamáveis e/ou explosivos. Eles
podem agravar um incêndio de origem elétrica, tanto ao espalhar as chamas quanto ao
provocar ferimentos por estilhaços.
Incêndios podem ser gerados por reações químicas como, por exemplo, a
neutralização de ácidos fortes por bases fortes. Recomenda-se que materiais passíveis de
reagirem entre si sejam guardados em armários separados.
III - ALIMENTOS
Como norma básica de Segurança, “É proibido comer ou beber nos laboratórios
químicos”. As refeições devem ser tomadas em refeitórios ou em espaços do laboratório
em que não se trabalhe com material químico.
É PROIBIDO GUARDAR, JUNTOS, ALIMENTOS COM REAGENTES OU
MATERIAL QUÍMICO NA GELADEIRA. Sugere-se que seja reservada uma geladeira
especialmente para a guarda de alimentos e que esta se situe em local afastado de
reagentes químicos e gases.
IV - NORMAS BÁSICAS PARA USO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
110 ou 220 V? 50 ou 60 Hz?
Verifique sempre a tensão da tomada na qual deseja ligar o seu equipamento e a
voltagem e freqüência na qual o aparelho deve operar.
Está funcionando?
Antes de ligar, veja se o equipamento está realmente em condições de uso, pode
ser que ele esteja danificado. Caso ocorra alguma anomalia enquanto estiver usando-o,
comunique imediatamente ao responsável e/ou coloque um aviso, em local visível, para
servir de alerta a outros usuários do equipamento.
Como funciona?
Em caso de dúvida quanto ao funcionamento de um equipamento, procure o
responsável pelo mesmo, não tente adivinhar como ele funciona. Tenha sempre em mãos
os procedimentos básicos de operação do aparelho, de preferência, fixe um lembrete, junto
ao mesmo, com as instruções necessárias para uma perfeita utilização.
A rede “agüenta”?
Toda instalação elétrica tem um limite de capacidade em função do quadro de
força e do tipo de fiação.
A luz é de graça!
O que hoje é desperdício, amanhã pode significar falta. Ao término do expediente,
verifique se todos os equipamentos foram desligados inclusive luzes e aparelhos de ar
condicionado. Deixe ligado somente o que for realmente necessário.
Lembre-se: Em caso de dúvida ou anormalidade deve-se procurar o responsável
pelo equipamento. A prevenção é sempre a melhor forma de se evitar acidentes.
V - CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
UTILIZADAS NO TRABALHO DE LABORATÓRIO
Proteção Pessoal
Todo o laboratório que faz uso de produtos químicos potencialmente tóxicos deve
dispor de uma coletânea das respectivas fichas de emergências, MSD (Material Safety
Data). Estas fichas de emergência geralmente acompanham o fornecimento dos produtos,
porém podem ser requisitadas junto à empresa fornecedora se necessário.
O uso de óculos de segurança é obrigatório no caso de não existir outro anteparo
durante as operações com pequenas quantidades de material potencialmente explosivo e
em situações onde possa ocorrer projeção de pó, líquidos e fragmentos sólidos. A proteção
facial através de máscara rígida de acrílico, ou outro tipo de anteparo é aconselhada
quando se tratar de trabalhos com possibilidade de acidentes de maior proporção.
Evitar o uso de lentes de contato em operações químicas. Em casos de líquidos,
ou fragmentos atingirem o olho, a retirada das lentes de contato pela sua morosidade pode
levar a lesões irreversíveis.
Quando se faz pesagem de produtos em forma de pó, como, por exemplo, a sílica,
deve-se utilizar máscaras absorventes.
Cuidados a serem tomados no laboratório
Não armazenar produtos químicos próximos a fontes de calor como, por exemplo,
autoclaves, fornos e estufas. Quando se tratar de solventes orgânicos ou produtos
facilmente inflamáveis recomenda-se que os mesmos sejam cuidadosamente fechados e
mantidos a certa distância dos quadros de força. Ácidos e bases não devem ser estocados
juntos. Às vezes torna-se necessário a instalação de exaustores.
A abertura de frascos com produtos de alta volatilidade deve ser feita só em capela.
Bancada organizada diminui muito os riscos de acidentes.
Só armazenar cilindros de gases sob pressão, fixados por meios de correntes as
paredes. Não manusear os cilindros usando as válvulas como apoio. Para transporte dos
mesmos, usar carro apropriado.
Manipulação de nitrogênio líquido
Use luvas para trabalhar com este produto, pois provocam queimaduras graves em
contato com a pele.
Não derrame nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha, elas ficarão
quebradiças e poderão ocasionar acidentes.
Em caso de acidentes
Em caso de vazamento, isole imediatamente a área, elimine qualquer fonte de
ignição, não toque no produto sem luvas adequadas, absorva o material com areia ou outro
material absorvente não combustível. Se houver vapores, pode ser utilizada em muitos
casos, neblina de água. Nestas situações utilize proteção individual para o manuseio
incluindo máscaras para proteção respiratória.
Se houver fogo, utilize, de preferência os extintores de pó químico, porém os
extintores de CO2 e, com menos eficiência, os de água, também podem ser utilizados.
Se houver vítima, faça a remoção imediatamente do local, se necessário faça
respiração artificial e em casos de contato do produto com o corpo, remova a roupa
contaminada, lave a pele e os olhos com água corrente durante 15 minutos e chame o
médico.
Em caso de escapamento de gases no laboratório, controlar o vazamento abrindo as
janelas e portas para a eliminação destes gases tendo o cuidado de evitar qualquer forma
de ignição. Considere a opinião de alguém de fora do laboratório na identificação de
escapamento de algum gás, pois após 2 minutos o olfato humano se acostuma com o
cheiro.
ATENÇÃO: Há produtos altamente tóxicos que somente algumas pessoas
conseguem perceber pelo olfato, como o cianeto. Nunca se devem ignorar as reclamações
de cheiros estranhos apenas com base no fato de nem todos sentirem o cheiro. O olfato é,
na realidade, um dos sentidos que menos se enganam: não deixe de investigar a origem de
qualquer odor incomum ou vapor nocivo.
REMOÇÃO DE FERIDOS E NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
A ocorrência de ferimentos em laboratório é intrínseca as tarefas que realizamos,
mesmo diante de um plano bem elaborado de trabalho é possível que ocorra um acidente
que pode levar a ferimentos de todo o tipo. O mais importante em relação aos primeiros
socorros é saber o que não se deve fazer.
Veremos alguns casos mais comuns de acidentes possíveis de ocorrer:
QUEIMADURAS: deixe o exame do grau de queimadura para um médico,
concentre-se em evitar o agravamento da lesão. As queimaduras podem ser de dois tipos:
Queimaduras Químicas: quando provocadas por ação cáustica de bases, ácidos,
sais, normalmente são resolvidas inicialmente com lavagem abundante em água corrente.
Dependendo do grau da lesão pode ser necessário atendimento médico que deve ser o mais
rápido possível. Procure auxílio do pessoal de emergência ou seu professor.
Queimaduras por Calor: podem ser por contato direto, quando tocamos ou somos
atingidos por material aquecido, por imersão ou projeção de líquidos aquecidos. Também
nestes casos lave com bastante água corrente e mantenha limpo o local.
Caso seja necessário use o chuveiro de emergência.
ATENÇÃO: a presteza no atendimento inicial é fundamental para a restauração
dos tecidos humanos.
Choques Elétricos: duas ocorrências são possíveis em choques elétricos: trauma
e parada cardio-respiratória.
Trauma pode ser uma queimadura normalmente de terceiro grau com destruição de
tecido ou lesões provocadas por arremesso da vítima pela descarga elétrica.
Ao socorrista existe uma recomendação, enquanto tiver a mais remota hipótese da
vítima estar energizada, não toque em nenhuma parte de seu corpo, desligue a energia ou
afaste os fios elétricos usando um material não condutor, somente assim inicie o socorro
ao acidentado.
Em todos os casos examine a vítima atentamente, verifique as condições do local e
descubra o máximo de informações possíveis sobre o acidente. Verifique se o acidentado
respira, se está consciente, seu grau de consciência (se está confuso ou lúcido).
Observe os riscos que você e o acidentado podem estar expostos no cenário do
acidente e somente então pense em remover a vítima.
Todos estes passos você não vai dar sozinho. Procure chamar auxílio. Não tente
transportar uma vítima inconsciente sem ajuda.
REJEITOS QUÍMICOS
Está organizado um serviço que tem por objetivo eliminar todos os rejeitos
classificados como de alta e média toxicidade e que não podem ser descartados no lixo e
esgoto urbano. As substâncias com alta solubilidade podem ser descartadas dentro de
certos limites estabelecidos pelo IBAMA. As concentrações de descarte de produtos de
baixa solubilidade são muito menores. Entre estes produtos situam-se muitos solventes
orgânicos os quais acreditamos que sejam os principais componentes.
Devem ser separados os rejeitos líquidos dos sólidos e os orgânicos dos metais
pesados inorgânicos. É importante considerar estas diferenças para que não se produzam
mais rejeitos do que o estritamente necessário, pois os custos de queima são altos.
Reunir os rejeitos de acordo com as regras do serviço de rejeitos, em recipientes
adequados, levando-se em consideração a incompatibilidade dos recipientes com a
natureza química do rejeito. Todos os frascos devem ser acondicionados em caixas de
papelão. Certifique-se que não há incompatibilidade química entre os componentes.
Todo material a ser descartado deve ter um rótulo contendo nome da unidade,
departamento, nome do laboratório, nome do responsável, composição química qualitativa
e data do armazenamento.
Quando se chegar a determinados volumes, o material será transportado para o
setor de rejeitos químicos.
VI - TRABALHANDO COM GASES SOB ALTA PRESSÃO
Com toda a certeza em algum momento do curso você vai lidar com gases sob alta
pressão, seja sob forma de: a) gás combustível (por exemplo: Hidrogênio, Metano), b) gás
comburente (por exemplo: Oxigênio) ou c) gás inerte (por exemplo: Nitrogênio, Argônio).
O cuidado deve ser o mesmo.
Não transporte o cilindro usando as mãos (rolando), mas use sempre o carro
adequado. Nunca transporte o cilindro sem a proteção da válvula, pois uma queda poderia
quebrar a válvula deste e o gás deslocaria violentamente o cilindro arremessando-o como
um petardo, com sérias conseqüências.
Cada fabricante adota um tipo de conector, e estes podem ser de: a) rosca interna,
b) rosca externa, com vedação: a) plana ou b) semi-esférica.
Não improvise e use a válvula reguladora recomendada para cada gás.
Alguns gases absorvem calor ao expandir e podem congelar a válvula, outros não
podem entrar em contato com peças de cobre (por exemplo: gás Acetileno) e outros não
devem entrar em contato com grafite, óleos ou graxas (como por exemplo: gás Oxigênio).
Lembre-se: não improvise!
Atente para o tipo de material utilizado no experimento, pois deve ser considerada
com muito cuidado a INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA entre o gás e a tubulação e
demais materiais. (vide tabelas específicas disponibilizadas pelas Empresas Fornecedoras
dos Gases Especiais).
JAMAIS LUBRIFIQUE UMA VÁLVULA DE QUALQUER GÁS, caso ocorra
um problema recorra ao professor ou aos técnicos do Instituto, pois eles estão aptos e
dispostos a auxiliá-lo.
As válvulas reguladoras de pressão dos gases inflamáveis são conectadas ao
cilindro por meio de uma rosca esquerda, ou seja, a rosca deve ser usada girando no
sentido contrário aos ponteiros do relógio (anti-horário para aperto), as porcas de aperto
possuem um pequeno vinco entre as faces sextavadas (número de faces da porca),
significando que são de rosca esquerda.
Sempre que instalar um cilindro prenda-o com uma corrente bem resistente, e use
ganchos de metal que estejam firme na parede ou bancada.
Caso haja necessidade de utilização de gás combustível tipo GLP através da
Central de Gás, procure identificar a válvula geral de cada laboratório, bem como as
válvulas de cada bico de gás, procurando evitar vazamentos. Cuidar o direcionamento da
chama, bem como evitar a proximidade de solventes inflamáveis junto aos bicos de gás.
Ao concluir o experimento deverá ser verificado o completo fechamento de todos os
registros de gás.
Manual de Segurança no Laboratório de Microeletrônica, IF-UFRGS.
Este documento reúne tópicos relativos à segurança no laboratório, constituindo-se
em uma fonte de referência rápida sobre o assunto, preparada para alunos e profissionais
envolvidos em atividades laboratoriais.
Lembre-se




Siga as normas de segurança estabelecidas.
Na dúvida, consulte os manuais ou o responsável pelo equipamento.
Os acidentes não acontecem, são causados.
O seu primeiro acidente pode ser o último.
Segurança no Laboratório Químico
No texto abaixo estão relacionados itens elementares para sua segurança no
laboratório químico. Incorpore-os em seu procedimento habitual ao enfrentar um dia de
trabalho.
1.
Use a vestimenta completa que se encontra na ante-sala da sala limpa.
Somente entre na sala limpa depois de vestido.
2.
Pessoas que tenham cabelos longos devem mantê-los presos enquanto
estiverem no laboratório.
3.
Não trabalhe sozinho, principalmente fora do horário de expediente.
4.
Lave bem as mãos ao deixar o recinto.
5.
Antes de entrar no laboratório, é imprescindível o conhecimento da
localização dos acessórios de segurança.
6.
Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia adequada
e informe-se sobre como manuseá-los e descartá-los.
7.
Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido
usados. Evite circular com eles pelo laboratório.
8.
Não use nenhum equipamento em que não tenha sido treinado ou
autorizado a utilizar.
9.
Certifique-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de conectá-la à
rede elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos devem permanecer desligados.
10.
Use sempre luvas de isolamento térmico ao manipular material quente e
frio.
11.
Nunca pipete líquidos com a boca. Neste caso, use bulbos de borracha ou
trompas de vácuo.
Laboratório não é lugar para brincadeiras!
Concentre-se no que estiver fazendo.
A Realização de Experimentos
1.
Somente abrir os frascos na capela. Colocar a tampa sobre a bancada
sempre com a parte interna voltada para cima. Isto evita contaminação da bancada.
2.
Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre água.
3.
Ao testar o odor de produtos químicos, nunca coloque o produto ou o frasco
diretamente sob o nariz.
4.
Quando estiver manipulando frascos ou tubos de ensaio, nunca dirija a sua
abertura na sua direção ou na de outras pessoas.
5.
Fique atento às operações onde for necessário realizar aquecimento.
6.
Cuidado para não se queimar ao utilizar nitrogênio ou CO2 líquidos.
7.
A destilação de solventes, a manipulação de ácidos e compostos tóxicos e
as reações que exalem gases tóxicos são operações que devem ser realizadas em capelas,
com boa exaustão.
8.
As válvulas dos cilindros devem ser abertas lentamente com as mãos ou
usando chaves apropriadas. Nunca force as válvulas, com martelos ou outras ferramentas,
nem as deixe sobre pressão quando o cilindro não estiver sendo usado.
9.
Sempre que possível, antes de realizar reações onde não conheça totalmente
os resultados, faça uma em pequena escala, na capela.
10.
Ao trabalhar com reações perigosas (perigo de explosão, geração de
material tóxico, etc) ou cuja periculosidade você desconheça, proceda da seguinte forma:
a. avise seus colegas de laboratório;
b. trabalhe em capela com boa exaustão, retirando todo tipo de material inflamável.
c. Trabalhe com a área limpa.
d. use protetor acrílico;
e. tenha um extintor por perto, com o pino destravado.
11.
Ao se ausentar de sua bancada ou deixar reações em andamento à noite ou
durante o fim de semana, preencha a ficha de identificação adequada. Caso esta não esteja
disponível, improvise uma e coloque-a em local visível e próximo ao experimento. Nela
devem constar informações sobre a reação em andamento, nome do responsável e de seu
superior imediato, com endereço e telefone para contato, além de informações de como
proceder em caso de acidente ou de falta de água e/ou eletricidade.
12.
O último usuário, ao sair do laboratório, deve desligar tudo e desligar os
aparelhos.
Os Resíduos
1.
Os resíduos de solventes de reações devem ser colocados em frascos
apropriados para descarte, devidamente rotulados. Evite misturar os solventes. Sugere-se a
seguinte separação: Solventes clorados, Hidrocarbonetos, Álcoois e Cetonas, Éteres e
Ésteres, Acetatos e Aldeídos. Sempre que possível indique também os componentes
percentuais aproximados.
2.
Os resíduos aquosos ácidos ou básicos devem ser neutralizados na pia
antes do descarte, e só então descartados. Para o descarte de metais pesados, metais
alcalinos e de outros resíduos, consulte antecipadamente a bibliografia adequada.
Acessórios de Segurança
Quando estiver trabalhando em um laboratório, você deve:
1.
Localizar os extintores de incêndio e verificar a que tipos pertencem e que
tipos de fogo podem apagar.
2.
Localizar a saída em caso de emergência.
3.
Localizar os disjuntores de eletricidade no laboratório e aprender a desligá-
4.
Localizar o chuveiro e verificar se este está funcionando adequadamente.
5.
Localizar o telefone dentro e fora da sala limpa e Informar-se quanto aos
los.
telefones a serem utilizados em caso de emergência:
Ambulância (SAMU)
Bombeiros
Segurança do Campus do Vale
Ambulatório do Campus do Vale
CIT (Centro de informações Toxicológicas)
Brigada Militar
Polícia Civil
192
193
6000
6940
32236110
190
194 ou 3288 24 00
IMPORTANTE: Além de localizar estes equipamentos, você deve saber utilizálos adequadamente. Assim, para referência rápida, consulte a pessoa responsável pela
segurança do laboratório ou os manuais especializados no assunto.
Links para produtos do laboratório:
ACETONA
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ACETONA
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCOOL%20ISOPROP%CDLICO
ÁLCOOL ETÍLICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCOOL%20ET%CDLICO
ÁLCOOL METÍLICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1LCOOL%20MET%CDLICO
ETILENOGLICOL DIACETATO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=ETILENOGLICOL%20DIACETATO
HIDRÓXIDO DE AMÔNIO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=HIDR%D3XIDO%20DE%20AM%D4N
IO
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=PER%D3XIDO%20DE%20HIDROG%
CANIO
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=HIDR%D3XIDO%20DE%20POT%C1S
SIO
TRICLOROETILENO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=TRICLOROETILENO
TETRACLOROETILENO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=TETRACLOROETILENO
TRICLOROETANO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=TRICLOROETANO
TOLUENO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=TOLUENO
XILENO (META)
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=XILENO%20(META)
ÁCIDO ACÉTICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20AC%C9TICO
ÁCIDO NÍTRICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20N%CDTRICO
ÁCIDO CLORÍDRICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20CLOR%CDDRICO
ÁCIDO FOSFÓRICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20FOSF%D3RICO
ÁCIDO SULFÚRICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20SULF%DARICO
ÁCIDO FLUORÍDRICO
http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/ficha_completa1.asp?consulta=%C1CIDO%20FLUOR%CDDRICO
Classificação dos Produtos Químicos
Classe 3
Líquido inflamável
Acetona
Alcool iso-propílico
Álcool etílico
Álcool metílico
Tolueno, Metilbenzeno
Xileno
Classe 5
Oxidante
Perhidrol, Agua oxigenada, Peróxido de Hidrógeno
Classe 6
Tóxico
Tricloroetileno
Tricloroetano
Tetracloroetileno, Percloroetileno
Classe 8
Corrosivo
Hidróxido de Amonio, base
Hidróxido de Potássio, KOH
Ácido Acético
Ácido Fluorídrico, Ácido Fluorídrico Solução
Ácido Nítrico
Ácido Clorídrico, Ácido Muriático
Ácido Fosfórico, Ácido Ortofosfórico
Ácido Sulfúrico
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