Rearborização de Povoamentos de Eucalipto

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Importância da silvicultura na sanidade
dos povoamentos de eucalipto
Seleção do material genético e instalação de povoamentos
Clara Araújo, Altri Florestal
A convite da
Lisboa, 15 de Novembro 2016
Agenda
 O género Eucalyptus
 O Eucalipto globulus
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Alguns indicadores eco-fisiológicos
Plantações no mundo
Carta de potencial de crescimento-Portugal
Alguns marcos, em Portugal
 Seleção do material genético e fatores da estação
 Instalação de povoamentos
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Preparação de terreno
Plantação
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Sumário
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Questões
O género Eucalyptus
 Mais de 700 espécies
 Origem na Austrália, exceto 4 espécies, entre as quais:
 E. urophylla e E. deglupta (Timor; Indonésia, Nova Guiné…)
 Diferentes exigências quanto a solo e clima
 Presente em mais de 90 países
 Cerca de 15 espécies em plantações comerciais
 Utilizações: óleos, mobiliário, construção, Pasta e Papel;
industria alimentar; industria têxtil…
O Eucalipto Globulus
Alguns indicadores ecolofisiológicos
 Precipitação média anual: 600-1500 mm
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Temperatura média: 4-18ºC
Intensidade de geadas: Ligeira a moderada
Altitude: 0-540m
Solos bem drenados, pH <6.5 ou 6.5-7.5
Tolerância à seca: baixa
Tolerância ao encharcamento: nula
Pragas: susceptível ao gonipterus; phoracantha
Doenças: susceptível à Mycosphaerella
O Eucalipto Globulus
http://git-forestry-blog.blogspot.com/2008/04/eucalyptus-globulus-global-timber.html
O Eucalipto Globulus
Em Borralho et al 2007
Carta de aptidão do eucalipto globulus (RAIZ, em
SIAM II, 2006)
O Eucalipto Globulus
Eucalyptus Globulus Labill.
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A excelência para produção de pasta e papel
Introduzido em Portugal 1820-1830 (Goes, 1962)
1920-1930 – Estação de experimentação
Sobreiro e Eucalipto
1925 – Caima produz pasta de eucalipto
Modelo de silvicultura
 - 2 a 3 (4) rotações de 12 anos
O Eucalipto Globulus
Eucalyptus Globulus Labill.
 Mais de 50 anos de I&D- desde a fisiologia à qualidade da madeira,
solo, ….e às operações florestais
 1960´s - 1º programa de melhoramento genético no mundo
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Seleção árvores plus
> 1960´s Clonagem por enxertia - Pomares de semente clonais
1979 – 1ª estaca de eucalipto globulus no mundo
>1980´s- Polinização controlada e híbridos intra e interespecíficos
> 1999 OSP – one stop pollination
1980´ e 2000´s – Introdução de novos materiais genéticos
Ensaios: material genético X solo X clima
Investigação Pragas e Doenças………..
 Propagação: sementes cruzamentos controlados; Estacas: macro e mini-estacaria
Variação das condições da estação
Produção
30m3/ha/ano
7 m3/ha/ano
Seleção do material genético
Objetivos do Melhoramento Genético
 Produtividade
Crescimento em volume, m³/ha
Densidade da madeira, kg/m³
Rendimento em pasta, %
 Qualidade
Material de qualidade homogénea
 Diversidade
Assegurar a diversidade genética
Garantir novos ganhos
Assegurar respostas a:
Pragas, doenças, condições ambientais
Desenvolvimento e produção
Cruzamentos controlados
Clonal
Escolha do Material genético
Material Selecionado
Material Testado
A - Crescimento
Família
B - Resistência
Clone
Via seminal
Via seminal cruzamentos controlados
Escolha do Material genético
Alguns fatores limitantes (abióticos
Geada
Encharcamento/seca
Déficit hídrico
Neve
Material genético -stress e fitossanidade
Plantas jovens sujeitas a stress, por exemplo devido à geada ou seca,
podem vir a manifestar problemas fitossanitários
p.e Botryosphaeria
(fotos da visita do Prof. Wingfield, 2005)
Escolha do Material genético
Mycosphaerella - Doença das folhas:
Optar por material que mude rápido
para folha adulta
Seleção do material genético
Diferente suscetibilidade de materiais
genéticos à mycosphaerella
(a) E. Globulus muito suscetível
a)
b) (b)Hibrido (YG), pouco suscetível
(c) E. Globulus suscetível
(d) E.Globulus pouco afetado
(fotos da visita do Prof. Wingfield, 2005)
c)
d)
Seleção do material genético
Resistência /tolerância pragas e doenças
Gorgulho: Optar por material que mude
mais tarde para folha adulta, ou mais
tolerante ao gonipterus
0
VT 005
Azur
Material genético distinto
YG 015
VR 0765
VG 016
VT 210
VG 061
VT 053
VR 0166
MB 016
VR 0160
MB 412
VC 009
BC 406
MB 047
VT 273
VR 1299
MB 043
VR 0679
VR 0593
IA 039
VT 230
Bairro Miguel
VT 227
MB 019
FL 004
AC 058
MB 090
MN 052
VT 242
C 029 x C 042
VR 1307
BC 412
VT 234
VR 1352
BC 430
VT 240
CI 008 x C 029
VR 1069 x VR 0593
GM 002 - 058
Bogalheira
VR 1353
VT 237
PL 133
VR 0035
VT 204
VR 1254
GOES
VR 1274
BC 415
VT 056
VR 1227
VR 0523
VT 091
VR 1122
VR 1230
C 033 x C 026
VT 211
C 033 x C 025
VT 233
MB 401
VR 1278
C 033 x VM 014
VR 1034
G 025 - 047
VR 1277
BC 429
HD 161
90
BC 409
100
VR 1311
Seleção de material genético
No mesmo local, diferentes materiais genéticos apresentam grau de
desfolha distinto
Percentagem de copa afetada
Genótipos com 2 anos de idade, Pampilhosa da Serra, 2007
80
70
60
50
40
30
20
10
Impacto das pragas
Quando a opção passa por renovar o povoamento,
alterando o material genético
(Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto
Instalação de Povoamentos
Operações
Destroçamento de cepos, com enxó
Preparação Gradagem, para incorporação dos resíduos de biomassa
de Terreno Ripagem/subsolagem,
Sacha e amontoaaté cerca de 80cm, em curva de nível
(Re) construção de terraços
Plantação – 1000 a 1400 plantas/ha
Plantação e
Adubação de fundo, NPK, Ca
adubação
Retancha, se necessário (falhas>5%)
Trat.cultural Sacha e amontoa, controlo de infestantes
Caminhos
Reparação/construção de caminhos
21
Solos tipicamente florestais
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Preparação de terreno
Objetivos
 Criar condições ótimas para o estabelecimento das
plantas: arejamento; m.o., nutrientes; água
 Aumentar a infiltração da água, reduzindo perdas de
água e solo pela erosão
 Eliminar a vegetação infestante
Produtividade e Qualidade da plantação
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Preparação de terreno
As técnicas de preparação de terreno devem ser ajustadas à situação em concreto
Gradagem
Destroçamento de toiças, com Enxó
Ripagem
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Preparação de terreno
Destroçamento de toiças, com Enxó
Ripagem
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Preparação de terreno
Ripagem e terraços em
curva de nível
Plantação e Qualidade das plantas
Parâmetro
Altura da Planta (cm)
Especificações
Sementes
Clones
20 - 40 (25)
20 – 40 (25)
Diâmetro do colo da planta (mm)
>=2
Consistência do Torrão
Bom a muito bom
Raízes – Pontas brancas
Bom a muito bom
Enrolamento das raízes
Sem enrolamento
Distribuição das folhas
Pelo menos os 2/3 superiores
da planta com folhas
Vigor – Coloração das folhas
Sem cloroses, folhas verdes
Sanidade
Sem manchas, sem podridões
27
Plantação
28
A Plantação
Posição e enterramento da planta
2
cm
Plantação desadequada, pode originar problemas fitossanitários,
irregularidade das plantações e perda de produtividade
A Plantação
Compasso
Declive <25%
Declive >25%
4 x 2 (1250pl/ha)
3,5 x 2(1429 pl/ha)
3 x 3 (1111pl/ha)
4,5 X 1,8 (1234pl/ha)
5 x 2 (1000pl/ha)
5 X 1,8 (1111pl/ha)
Utilizar menos plantas em zonas de interior, mais secas
Nº excessivo de plantas, em situações de stress hídrico mortalidade e pragas ou doenças
(Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto
A preparação de terreno e vitalidade dos
povoamentos
Gradagem + subsolagem
/
Plantação à “cava”, com balde
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A preparação de terreno e vitalidade dos
povoamentos
Povoamentos com 2,5 anos
de idade, no mesmo local,
lado a lado, plantados na
mesma semana
Desadequada preparação de terreno
Desadequada preparação de terreno
Empobrecimento do solo, Erosão
Problemas de estabilidade das plantas
Problemas fitossanitários
(m3sub/ha)
Material Genético & Silvicultura
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Plantação comercial
Silvicultura intensiva
Silvicultura&melhoramento
m3/ha.ano c.c.
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
C
F
I
IL
Sumário
Prevenção de pragas e doenças
Melhoramento Genético e diversidade de materiais
Material genético adequado à estação
Operações de silvicultura adequadas
Suporte de I&D
Planeamento das operações
Obrigada, Clara Araújo
[email protected]
http://www.celpa.pt/melhoreucalipto/
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