Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:06 Panorama Da Redação Home care Fisioterapia, home care e medicina preventiva são uns dos temas que serão trabalhados no 1º Workshop Pernambucano de Atendimento Domiciliar. O evento ocorre nos dias 21 e 22, no Grupo JCPM, situado na Av. Eng. Antônio de Góes, no Pina. O destaque da abertura é a palestra do secretário de Saúde do Estado, Antônio Figueira. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 08:17 JC Negócios Da Redação Saúde em casa Nesta sexta-feira no JCPM Trade Center tem o workshop Pernambuco de Atendimento Domiciliar, conversa sobre o Melhor em Casa, programa do SUS que terá 1.400 equipes e custa R$ 1 bilhão. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 08:07 JC nas ruas Só com reza O arcebispo Dom Fernando Saburido visita o Hospital Maria Vitória, em São Lourenço da Mata, hoje de manhã. A unidade, conveniada ao SUS, tem 40 leitos prontos para ser utilizados pela rede pública, mas ainda falta a liberação da Secretaria de Saúde. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 09:47 Olhar interior Da Redação Medicamentos Um assunto que é do interesse de todos, será debatido em palestra, no dia 18 (terçafeira): Os medicamentos produzem saúde? O palestrante José Augusto Cabral de Barros é médico com doutorado em saúde pública. Será às 19h30 no Libertas/Casa Amarela (R. Rodrigues Sete, 158). O evento é gratuito. Informações: (81) 3441 7462. Psicologia Libertas vai participar da 2ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que será em São Paulo nos dias 20, 21 e 22 de próximos. O evento em comemoração aos 50 anos da psicologia como profissão no Brasil, reunirá 25 mil psicólogos abordando diversos temas entre eles a psicologia corporal. Será um grande intercâmbio entre os profissionais do País. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 09:05 Dia a Dia Da Redação A dermatologista Mariana de Andrade Lima participa, na próxima semana, do Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, em Praga. O provedor do Hospital Português, Alberto Ferreira da Costa, comemora os 157 anos da unidade de saúde hoje, com missa às 9h, seguida de sessão solene. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:41 Região oferta estágios em medicina Parceria com rede de hospitais locais permitiu que alunos estagiassem na região. Antes estudantes precisavam ir para as capitais Luciana Passos Os estudantes do curso de medicina da Universidade do Vale do São Francisco agora contam com uma oferta de estágio mais ampliada. Se há quatro anos os alunos tinham que se deslocar para as capitais para fazer o internato (estágio obrigatório), agora eles têm a oportunidade de atuar nos hospitais públicos de Petrolina e Juazeiro. Segundo o coordenador do curso de medicina da Univasf, Izaias Sousa, essa conquista foi possível a partir do momento que os Hospitais Dom Malam e de Urgência e Traumas (em Petrolina) e Regional, em Juazeiro, além da prefeitura dos dois municípios agregaram o ensino à rede de saúde, garantindo assim a prática do aprendizado aos alunos. Dos 440 estudantes que hoje cursam medicina na universidade, 160 estão fazendo o internato nas instituições públicas de saúde. “Através de um convênio entre a Univasf e esses hospitais nós conseguimos distribuir nossos estudantes de forma que pudessem cumprir todos os estágios nas áreas de ginecologia e obstetrícia, pediatria, medicina de família e comunidade, clínica médica e cirurgia geral”, informou o coordenador. ATENDIMENTO Todo o processo de estágio é acompanhado por preceptores, profissionais médicos da rede pública ou ainda professores médicos contratados que atuam como orientadores. “O recomendado é que para cada oito estudante se tenha um preceptor. Aqui estamos trabalhando com um preceptor para cada aluno em algumas áreas e em outras um profissional para orientar quatro estudantes. Então isso é muito bom”, declara Sousa, que destaca ainda que todo atendimento realizado pelos estudantes nos hospitais conta com um acompanhamento. “Muita gente pensa que será cobaia quando é atendido por algum estudante. No entanto, a gente destaca que eles atuam sob supervisão direta e não realizam nenhum procedimento sozinho, até porque não têm autorização legal para isso”. Além de aprendizado, o internato, segundo o coordenador, vem garantindo a qualificação do serviço na saúde pública. As novas perspectivas para o estágio na área médica na região estão voltadas para a assistência secundária, que inclui atendimentos em ambulatórios e policlínicas. Com a ampliação desse campo, Sousa afirma que os estudantes poderão ter novas experiências. “Hoje temos estágios voltados para a assistência primária (atendimentos de casos menos graves) e terciária (para casos mais graves), mas pretendemos ampliar o estágio na área secundária, a partir da inauguração de uma policlínica e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que estão sendo construídas pelo poder público, em Petrolina. Com elas firmaremos um convênio para ampliar ainda mais essa oferta aos estudantes”, promete Sousa. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:36 Que presente dar à cidade? O JC-Vale fez a pergunta a moradores de Petrolina. Muitos falaram sobre melhorias para a saúde e transporte coletivo. Já outros desejam mais gentileza nas atitudes coletivas Colocaria mais médicos para a população e ofereceria um atendimento mais digno para as pessoas. Se eu pudesse, daria melhor atendimento na área da saúde” Maria José da Conceição Barbosa, cabeleireira Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:18 Para entender o que passa na tela Dividida em 15 capítulos, a publicação apresenta aspectos clínicos dos transtornos mentais e discute obras cinematográficas que podem servir como exemplo desses distúrbios Da Redação Produzir um livro que mescla saúde mental e cinema é um desafio porque são temas que aguçam a curiosidade e – ao mesmo tempo – são permeados por questões para as quais não há consenso. Devido a essa complexidade, alguns estudiosos chegam a acreditar que jamais o ser humano (muito menos a indústria cinematográfica) conseguirá desvendar de forma plena o que está por trás da mente. É por isso que os especialistas Jesus Landeira-Fernandez e Elie Cheniaux (autores de Cinema e loucura: conhecendo os transtornos mentais através dos filmes) alegam a possibilidade de críticas em relação ao diagnóstico formulado por eles para alguns dos personagens dos filmes. Afinal, longe de ser uma ciência exata, o cinema é uma arte que proporciona diversas interpretações e faz despontar sentimentos singulares. Ainda assim, a publicação foi produzida com muito critério, em consonância com os mais conceituados sistemas classificatórios da medicina. Dividida em 15 capítulos, a publicação apresenta aspectos clínicos dos transtornos mentais e discute obras cinematográficas que podem servir como exemplo desses distúrbios. O trabalho pioneiro da dupla de pesquisadores inclui 184 longas. “Priorizamos filmes que mostram de forma fidedigna os transtornos mentais, além de outros de maior qualidade artística, mais conhecidos do grande público e ainda que contemplam nossas preferências pessoais”, diz Cheniaux. Ele elege como o seu favorito Um corpo que cai (1958). “Nele, encontramos evidentes características de transtornos fóbicos, transtorno de estresse agudo e, principalmente, de transtorno de estresse pós-traumático”, complementa Cheniaux, que – com LandeiraFernandez – consolidou muito bem o elo da psiquiatria com a arte Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:17 Rain Main fez história ao enfocar o autismo Que o diga o motorista Carlos Antonio Teixeira, 37, pai de Arthur, 6. O menino recebeu o diagnóstico de autismo aos 2 anos Da Redação A saúde mental na infância e na adolescência também tem sido retratada nos filmes. É importante frisar que não há distúrbios exclusivos dessa faixa etária. A questão é que alguns costumam ter origem nos estágios precoces de desenvolvimento do ser humano, como o autismo. Mesmo quando começam na infância, esses transtornos podem perdurar por toda a vida e ser controlados com medicação e tratamentos não farmacológicos, como atividade física, terapias ocupacional e fonoaudiológica. Muitos especialistas concordam que Rain Man (1988) é um dos filmes que melhor ilustram sintomas presentes em pessoas com autismo de alto funcionamento. Nesse longa, Charlie Babbitt descobre, logo após a morte do pai, que tem um irmão chamado Raymond Babbitt, portador de autismo. Ele é pouco expressivo afetivamente, nunca olha para o rosto de outra pessoa e tem déficits significativos com relação à comunicação e ao uso da linguagem. Embora indiferente a várias situações, Raymond possui habilidades, como uma ótima memória. Nos casos da vida real, realmente são comuns os problemas em comportamentos não verbais (evitar o contato visual direto), as alterações linguísticas e a indiferença ao afeto. Que o diga o motorista Carlos Antonio Teixeira, 37, pai de Arthur, 6. O menino recebeu o diagnóstico de autismo aos 2 anos. “Ele não olhava nos olhos das pessoas, não falava, só se comunicava com gestos e chegava a ser agressivo. Foi um choque grande. Mas fomos à luta e vimos que não era algo do outro mundo.” Atualmente, Arthur segue um tratamento medicamentoso, além de participar das atividades de terapia ocupacional e de fonoaudiologia na Associação Novo Rumo, em Casa Amarela. Foi lá onde recebeu estímulos para aprender a ler, para desenvolver habilidades motoras e sociais, como também para aprimorar a comunicação verbal. “Ele é uma prova de que crianças com autismo podem superar dificuldades”, orgulha-se o pai. “A minha esposa, mãe dele, informa-se muito sobre autismo, inclusive vendo filmes que falam sobre o transtorno.” Filmes que remetem a distúrbios que costumam ter origem na infância também usam como pano de fundo os transtornos da aprendizagem, que representam prejuízos específicos do desenvolvimento que se distinguem do retardo mental pelo comprometimento seletivo de determinadas funções. Crianças com inteligência normal, por exemplo, costumam apresentar dislexia – desordem que dificulta o processo da decodificação das letras, o que pode acarretar dificuldades com a linguagem e a escrita. Professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a fonoaudióloga Bianca Queiroga recorre ao seu repertório de especialista em distúrbios de aprendizagem para trazer à tona uma reflexão sobre Como estrelas na Terra (2007), que narra a história de um menino com dislexia. “Na escola, ele é desvalorizado porque é diferente das outras crianças e por não conseguir acompanhar a turma. Os pais, então, resolvem colocá-lo em um colégio interno, onde ele sofre discriminações por parte dos professores, que cobram dele um desempenho que ele não consegue ter.” Para Bianca, o ponto-chave se dá a partir do momento em que chega um novo educador na escola, também com dislexia, que consegue compreender bem o garoto. “Esse professor faz um esforço enorme para mudar a atitude da escola e da família em relação à criança. Passa a ajudá-lo constantemente, oferecendo um acompanhamento individualizado, como deve ser com a criança que convive com esse transtorno de aprendizagem.” A partir daí, diz a fonoaudióloga, o menino passa a se desenvolver e a resgatar a alegria de viver. “O filme favorece a quebra de estereótipos porque mostra as potencialidades da criança com dislexia e como se pode superar dificuldades, desde que tenha um acompanhamento adequado”, finaliza a especialista. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:15 Drama de viciados em jogos de azar rendeu bons longas Na medicina, esse transtorno se chama jogo patológico Da Redação Há pessoas que pensam constantemente em jogo e possuem um vício imenso por partidas que envolvem dinheiro. Quem se seduz por atividades de jogos de azar se sente tão atingido pelo prazer tóxico trazido pelos desafios que fica envenenado, isolando-se da família, de amigos e das responsabilidades profissionais. Na medicina, esse transtorno se chama jogo patológico. “É bem retratado no filme O sonho de Cassandra, de 2007, que mostra o quanto é nocivo esse distúrbio ao apostador”, diz o psicólogo Igor Lins Lemos, doutorando em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O longa-metragem citado por Igor conta a história de um mecânico de automóveis, Terry, que é um jogador inveterado. Em uma das apostas, ele ganha 30 mil libras. Arrisca-se novamente e, além de perder tudo, fica devendo o triplo do valor a agiotas. Assim como diversas pessoas que convivem com esse padrão de comportamento compulsivo, Terry conta para o irmão que se sentia como em um estado de transe: ele tinha noção do que acontecia, mas não conseguia parar de apostar. Outro filme que também tem o jogo patológico como pano de fundo é Oscar e Lucinda: uma história de amor e loucura (1997), cujo personagem Oscar aposta em corridas de cavalos, brigas de cães e, em certo momento, diz não parar de arriscar. “Ele relata que joga por prazer. Percebemos em sua fisionomia a excitação que experimenta quando aposta”, escrevem os professores Jesus Landeira-Fernandez e Elie Cheniaux, no livro citado na abertura desta matéria. “Quando as pessoas se identificam com alguns filmes por perceber que apresentam sintomas apresentados pelos personagens, é importante que se procure um tratamento psicológico e ou psiquiátrico”, alerta Igor. Ele ainda ressalta que, de forma geral, várias obras do cinema possuem interessante proposta de psicoeducação sobre saúde mental. “Mas há também filmes que estigmatizam ou distorcem distúrbios. Lamentavelmente, esse tipo de produto induz a uma ideia negativa sobre os transtornos mentais”, acredita o psicólogo. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:13 Ansiedade inspirou bons roteiros Em níveis adequados, serve como advertência diante de uma ameaça, para que a pessoa fique atenta e se prepare para encarar uma situação que inspira cuidado Da Redação Parece estranho afirmar que ansiedade pode ser essencial. Mas é uma realidade. Em níveis adequados, serve como advertência diante de uma ameaça, para que a pessoa fique atenta e se prepare para encarar uma situação que inspira cuidado. Por outro lado, a ansiedade passa a ser doentia quando é desproporcional à situação que a provocou ou é intensa e duradoura a ponto de interferir no dia a dia de quem a tem, além de causar prejuízos psicossociais. A literatura médica define um leque de distúrbios de ansiedade, como transtorno de pânico, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), estresse pós-traumático e ansiedade generalizada. O cinema tem usado bastante essa forma de adoecimento mental como inspiração. Três filmes retratam bem, por exemplo, o TOC, definido pela presença de ideias obsessivas (pensamentos, impulsos ou imagens que se apresentam de forma repetitiva) e/ou comportamentos compulsivos (contar, verificar, limpar, tocar, arrumar e praticar atos ritualísticos). Nesse contexto, destacam-se O aviador (2004), Melhor é impossível (1997) e Os vigaristas (2003). O primeiro, baseado na vida do cineasta e magnata da aviação Howard Hughes (interpretado por Leonardo Di Caprio), mostra as compulsões predominantemente relacionadas à limpeza do personagem. Ele coloca papel celofane no manche do avião que pilota para se proteger da sujeira das mãos de outras pessoas e chega a levar um sabonete de casa para lavar as mãos em banheiro público. “São comportamentos compulsivos, apresentados com muito mais frequência nos filmes, em comparação às ideias obsessivas. O cinema, sendo eminentemente visual, enfatiza mais as imagens do que as palavras”, salientam os professores Jesus LandeiraFernandez e Elie Cheniaux. Também no filme Melhor é impossível, outro personagem apresenta várias compulsões de limpeza e intenso medo de contaminação. No final, ele aceita tomar um remédio para controlar o TOC, o que mostra a importância do tratamento para quem convive com adoecimento mental. Como a medicina mostra elevada associação do TOC com a síndrome de Tourette (caracterizada pela presença de tiques motores e vocais), vale a pena citar os filmes que fazem referência a este último distúrbio. É o caso de O primeiro da classe (2008), que narra a vida de Brad Cohen, um professor americano que convive com Tourette desde os 6 anos. Quem fala sobre esse filme é o jornalista e escritor Giba Carvalheira, 41, que hoje tem os sintomas da síndrome sob controle e conta a própria história de enfrentamento do problema no livro A maldição de Tourette (Editora do Autor, 198 páginas, R$ 50). “Confesso que me emociono sempre que tento vê-lo, pois num determinado momento não consigo mais continuar. Mas consegui assistir ao começo e ao fim”, conta Giba, que ficou abalado com a humilhação que Brad Cohen sofre, em sala de aula, pelos próprios educadores. “Eles são pessimamente preparados para lidar com esse transtorno mental e não têm paciência com o garoto, que deveria ser tratado com respeito”, complementa o escritor, que diz ter sofrido situações semelhantes. “No caso do filme, o garoto cresceu e deu a volta por cima. Mas, na vida real, quantos conseguiram?”, questiona Giba, ao ressaltar que filmes que abordam problemas de saúde mental geralmente contam histórias vitoriosas. “Mas há pessoas com transtorno mental que ficam pelo meio do caminho e são engolidas pela sociedade, que as massacra.” Ainda assim, a psiquiatra Miriam Gorender, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ressalta que há uma leva de filmes que traz informações e pontos de vista valiosos para o público em geral. “Faço seleção de muitos deles para trabalhar, inclusive, em sala de aula. De qualquer maneira, é importante frisar que os longas permitem um ponto de vista complexo e abrangente, raramente alcançado na vida cotidiana”, diz Miriam. Ela também se recorda de filmes que favorecem o preconceito em relação à saúde mental, como o brasileiro Bicho de sete cabeças (2000). “Nele, o psiquiatra é um tirano, e o doente é tratado com encarceramento em hospital fechado”, conta Miriam. De fato, nas instituições psiquiátricas, o personagem é submetido a tratamentos cruéis e desumanos. Tanto Elie Cheniaux como Jesus Landeira-Fernandez consideram que, embora o filme ilustre alguns dos fatos que fundamentam o movimento antimanicomial brasileiro, muitas generalizações indevidas têm sido feitas a partir dele. A internação psiquiátrica de curto prazo é, muitas vezes, essencial para o tratamento de uma crise. Dessa maneira, há filmes que favorecem mais o preconceito contra a psiquiatria do que contra o doente mental. “Um estranho no ninho, de 1975, também se enquadra nesse cenário. Nele, lamentavelmente os métodos terapêuticos são mostrados como formas de tortura”, destaca Cheniaux. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:12 Wsquizofrenia é tema recorrente É bom frisar que esse distúrbio nada tem a ver com loucura, problema de dupla personalidade e fraqueza de espírito ou caráter Da Redação Desorganização do pensamento, delírios, alucinações, agitações psicomotoras e isolamento são alguns dos sintomas que geralmente aparecem em quem tem esquizofrenia – transtorno psicótico que acomete cerca de 1% da população mundial. É bom frisar que esse distúrbio nada tem a ver com loucura, problema de dupla personalidade e fraqueza de espírito ou caráter. Entre os filmes que têm como mote a esquizofrenia, destaca-se Uma mente brilhante (2001). Trata-se da biografia do matemático John Nash, ganhador do Nobel de Economia em 1994. No enredo, ele é apresentado como uma pessoa estranha, voltada imensamente para o estudo, introvertido e isolado – características que os psiquiatras consideram como os sintomas negativos da esquizofrenia. Ao longo da obra, Nash começa a ter vivências extraordinárias quando passa a conversar com um colega de quarto na universidade e a sobrinha deste. Outro cenário de alucinação e delírio do transtorno é representado quando Nash passa a ver um funcionário do Departamento de Defesa que o convida para ser um espião. Em uma cena, ele acredita que está sendo vigiado pelos soviéticos. No ápice dessa perda de contato com a realidade, ele é contido por um psiquiatra, que dá o diagnóstico de esquizofrenia ao matemático. A questão é que vários especialistas em saúde mental são unânimes ao afirmar que o filme retrata esses fenômenos psicóticos de forma pouquíssimo fiel ao que, de fato, acontece na esquizofrenia. “Em primeiro lugar, Nash frequentemente apresenta alucinações visuais, que são raras. E é ainda mais incomum o fato de o matemático, ao mesmo tempo, ver e ouvir essas pessoas”, destacam os professores Jesus LandeiraFernandez e Elie Cheniaux, no livro. Os autores deixam claro que, na esquizofrenia, quando o paciente ouve uma voz, dificilmente ele vê quem fala. “Além disso, Uma mente brilhante passa também a ideia errônea de que Nash desenvolveu um método genial de lidar com a doença que o permitiu se manter sem remédios”, diz o psiquiatra Amaury Cantilino, professor do departamento de neuropsiquiatria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Através desse depoimento, ele enfatiza que o tratamento medicamentoso é necessário para promover a qualidade de vida de quem tem esquizofrenia. Por outro lado, o fato de Uma mente brilhante não ter retratado fielmente o transtorno não é, na visão artística, necessariamente um deslize. A maneira com que o filme foi construído certamente foi um recurso para tornar o longa mais interessante, principalmente se levarmos em consideração que o cinema é uma arte essencialmente visual. “É difícil filmes desse gênero traduzirem o adoecimento mental de forma convincente e sem recorrer aos clichês em que os portadores de transtornos são geralmente apresentados de forma caricata. Retratar os delírios de quem enfrenta esse tipo de problema não é fácil”, diz o jornalista Alexandre Figueirôa, doutor em estudos de cinema e audiovisual. Em contrapartida, Amaury Cantilino acredita que alguns diretores parecem ter grande capacidade em captar aspectos psicopatológicos difíceis de serem compreendidos pelo público geral. “Ao ver Ilha do medo, de 2010, por exemplo, podemos ter uma excelente dimensão do que pode ser uma vivência de uma pessoa num surto psicótico da esquizofrenia”, julga o psiquiatra. “Esse filme pode ajudar a família a entender que o paciente não consegue trazer o pensamento à realidade, mesmo que outra pessoa com vários argumentos razoáveis o assegure de que as suas ideias não são reais.” O diretor-adjunto da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (Abre), José Alberto Orsi, convive com esquizofrenia há quase 20 anos. Ele reconhece que vários filmes utilizam recursos visuais e acrescentam características aos personagens que fazem com que o enredo não retrate fielmente um transtorno mental. “Apesar disso, eu gosto muito de Uma mente brilhante. Nele, consigo identificar algumas características, no personagem principal, vividas por mim”, conta Orsi. “As imagens traduzem muita coisa que experimentei em um dos meus surtos.” Atualmente, ele tem a esquizofrenia sob controle: não possui mais alucinações desde 2001. “Sigo tratamento medicamentoso e encontrei na arte uma forma de envolvimento social”, diz. Na Abre, em São Paulo, ele comanda um grupo de artes. “Nessa atividade, reunimos os pacientes com esquizofrenia e as pessoas que não têm transtorno mental. Nesse processo de harmonia, conseguimos combater o estigma que ronda os distúrbios”, completa Orsi. Ele é exemplo de que enfrentar o adoecimento mental sem preconceito é fundamental para se alcançar qualidade de vida. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:10 Um zoom nos labirintos da alma Além de aguçar a curiosidade do público em geral sobre os transtornos mentais, cinema é utilizado como instrumento de investigação por especialistas Cinthya Leite O jornalista Alexandre Figueirôa e o psiquiatra Francisco Lotufo Neto não se conhecem, nunca trocaram sequer uma palavra. O primeiro possui uma bagagem imensa de crítico cinematográfico, enquanto o médico é conhecido por ser expert em psicopatologia e cultura. Ao abraçarem com louvor a área que dominam, eles se encontram nesta reportagem especial sobre a saúde mental e o cinema. Ambos não medem palavras ao recordarem o clássico O gabinete do Dr. Caligari (1919), dirigido por Robert Wiene e que, nos primórdios do cinema, já fazia alusão à psiquiatria. “O filme, da fase muda do cinema, traz a história de um sonâmbulo, sob o efeito de hipnose, que comete vários crimes. Ao final, ficamos sabendo que o enredo é a visão de um louco internado num hospício”, diz o jornalista. Sob o prisma psicopatológico, Lotufo comenta: “O filme inicia uma longa tradição do cinema de representar o psiquiatra e o portador de transtorno mental de formas estereotipadas”. O psiquiatra faz esse relato no livro Cinema e loucura: conhecendo os transtornos mentais através dos filmes (Artmed Editora, 288 páginas, R$ 89). A publicação, diga-se de passagem, foi o pontapé inicial para a reportagem. Escrita pelo doutor em neurociências e comportamento Jesus Landeira-Fernandez e também pelo doutor em psiquiatria e saúde mental Elie Cheniaux, a obra mescla ciência, harmonia e criatividade para percorrer o mundo mental de personagens de 184 filmes do cinema nacional e estrangeiro. Ao nos debruçarmos sobre o livro, uma pergunta há de se fazer: os filmes ajudam a compreender melhor os distúrbios mentais? “Como qualquer obra artística, eles devem divertir e provocar emoções na plateia. E podem ser úteis para promover uma maior compreensão acerca dos transtornos se discutidos com um profissional da área, capaz de apontar as imperfeições da obra na caracterização dos quadros clínicos psiquiátricos”, afirma Elie, em entrevista para a reportagem. A dinâmica do cinema alimenta tanto a curiosidade quanto às formas de adoecimento mental que o tema começa a ser trabalhado em sala de aula. Em Maceió, o psiquiatra e professor Flávio Soares de Araújo está à frente do curso de extensão cinema & psiquiatria, ligado à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). As aulas são voltadas a estudantes e profissionais de diversos segmentos. O último debate de agosto tratou da expressão artística e do caráter científico por trás dos transtornos do humor. A discussão foi comandada com muita segurança pela dupla de monitores Adriano Barboza, 22 anos, e Maria Carolina Marques, 24 – estudantes de psicologia e de medicina, respectivamente. Cerca de 40 alunos acompanharam a aula, que trouxe à tona o longa As horas (2002), que remete ao transtorno depressivo maior, popularmente conhecido como depressão. Após a exibição de As horas, os monitores convidaram a turma para a segunda parte da aula, que faz reflexões sobre a abordagem artística do distúrbio. Em seguida, Adriano e Carolina traçaram o perfil das três personagens do filme com depressão – entre elas, a escritora Virgínia Woolf (o único caso não fictício). Ela mora na Inglaterra, na primeira metade do século 20, e faz tratamento porque havia tentado o suicídio duas vezes. Outra personagem do longa é Laura Brown, que vive em Los Angeles (EUA), em 1951. Grávida do segundo filho, a dona de casa aparece sempre prostrada, sem vontade de deixar a cama e com semblante de desespero. O trio se completa com Richard, que sofre de aids e cuja depressão poderia ser secundária à infecção pelo HIV. Embora Adriano e Maria Carolina mostrem detalhadamente os sintomas apresentados pelos personagens do filme que podem ser bastante comuns a quem convive com a depressão, o professor faz questão de ressaltar: “As obras cinematográficas nunca vão retratar por completo a realidade por causa da veia poética que elas possuem”. Ao criarem um elo com o real, os monitores fazem o recorte de Laura na cama para relacionar o desânimo e a falta de energia, que formam uma condição típica do transtorno depressivo maior. “Por outro lado, As horas traça a melancolia como algo poético. E não funciona assim em quem tem depressão. É um quadro que precisa ser tratado”, frisa Flávio de Araújo. Nas próximas páginas, confira o debate sobre outros filmes que ilustram sinais, sintomas e síndromes psiquiátricas. Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:12 Cada vez menos leitos SUS perdeu quase 42 mil vagas nos últimos sete anos, diz Conselho Federal de Medicina Da Redação Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados do Ministério da Saúde aponta que quase 42 mil leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012. Entre as especialidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a psiquiatria (-9.297 leitos), a pediatria (-8.979), a obstetrícia (-5.862), a cirurgia-geral (-5.033) e a clínica-geral (-4.912). Mato Grosso do Sul é apontado como o estado brasileiro que mais perdeu leitos (26,6%), seguido pela Paraíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%). Em números absolutos, São Paulo aparece na frente, com a redução de 10.278 leitos, seguido por Minas Gerais, com 5.177, e pelo Paraná, 3.057. Já Roraima, segundo o levantamento, é o estado que registrou o maior aumento no número de leitos no mesmo período (33,5%), seguido por Rondônia (23,6%) e pelo Amapá (9,2%). Em números absolutos, o Pará aparece na frente, com 793 leitos criados, seguido por Rondônia, com 622, e pelo Amazonas, com 360. Por meio de nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, avaliou que grande parte dos problemas enfrentados pelo SUS passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do Estado. O Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM não fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consideração. Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:13 Brasil enfrenta epidemia de acidentes de trânsito Incidentes geraram um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos apenas no ano passado Divulgação Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostram que o Brasil enfrenta “uma epidemia” de acidentes de trânsito, segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva. Em 2011, foram internadas em hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes de trânsito, o que gerou um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos. Mais de 150 mil vítimas foram internadas em hospitais da rede pública em todo o país A agravante é que, do total das internações, praticamente a metade – 48% – envolveu motociclistas. “Isso caracteriza uma situação epidêmica, e as causas mais comuns são: direção perigosa e condução das motos por pessoas alcoolizadas”, destacou Marta Alves. A técnica disse que o governo como um todo e não apenas o Ministério da Saúde tem desenvolvido uma série de ações para reduzir os números de acidentes no trânsito. Os investimentos são destinados principalmente à reestruturação dos centros de saúde e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), além da preparação dos profissionais de saúde. O problema, segundo Marta Alves, é que apesar dos investimentos feitos as estatísticas demonstram crescimento no número de acidentes e principalmente de óbitos ano a ano. “É preciso inverter essa tendência com investimentos maciços em prevenção, especialmente para conscientizar sobre o perigo do excesso de velocidade e de dirigir alcoolizado”, frisou a técnica. Segundo ela, 30% dos leitos dos prontos-socorros são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, e 25% dos condutores que dão entrada nos hospitais morrem. Os dados da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego (Abramet) corroboram os levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde. O presidente da entidade, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, ressaltou que a cada dez leitos ocupados nas unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro são por acidente de trânsito, especialmente condutores de motos. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 07:48 Bisavôs saudáveis e de bem com a vida Para chegar à terceira idade com qualidade de vida, receita é abandonar o sedentarismo o quanto antes e cair na malhação José Eduardo Barella Daphinis de Lauro, 88 anos, Mitiko Nakatani, 80, e Ivone Ramos, 70, são bisavôs saudáveis e de bem com a vida. Eles trilharam caminhos parecidos até atingir um vigor invejável para pessoas da terceira idade – abandonaram o sedentarismo depois dos 50 anos, abraçaram uma atividade física e não pararam mais. Daphinis participa de campeonatos de natação há 13 anos. Mitiko, uma celebridade entre os corredores de rua, disputa provas há 23. Ivone começou a treinar natação 18 anos atrás, mas nos últimos dois migrou para as corridas. A receita é uma rígida rotina de treinos cinco vezes por semana, alimentação controlada e uma constatação: nunca é tarde para começar. Razões não faltam para cair na malhação. Estudo divulgado neste ano pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, indica que o sedentarismo estava relacionado a 5,3 milhões de mortes no mundo em 2008, pelo fato de ser um facilitador do desenvolvimento de diabete, hipertensão, obesidade e até determinados tipos de câncer. O número representa 9% de todas as mortes anuais de doenças crônicas não transmissíveis do planeta, perdendo apenas para o tabagismo. “O envelhecimento é um processo natural, mas é preciso se preparar com antecedência”, afirma Sandra Matsudo, especialista em medicina esportiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e autora de trabalhos que relacionam envelhecimento e atividade física. Segundo Sandra, o corpo começa perder paulatinamente o vigor a partir dos 30 anos. Entre os 50 e 60 anos, a perda de massa muscular é acentuada, principalmente nos membros inferiores, afetando as articulações e o equilíbrio. Portanto, a atividade física a partir dessa faixa etária atenua os efeitos do envelhecimento. “Praticar exercícios é como fazer uma ‘poupança’ da saúde do corpo”, diz. A maioria, porém, só passa a se mexer quando as doenças crônicas começam a se manifestar. Foi o que aconteceu com Mitiko. Até os 54 anos, ela vivia à base de remédios e calmantes para aplacar as dores nas costas e as crises de hipertensão que tornavam sua vida um inferno. Por recomendação médica, começou a caminhar. No início, uma volta no quarteirão por dia. Aos poucos foi aumentando a distância até que alguém sugeriu que começasse a correr. Indicada por um sobrinho, passou a treinar com o técnico Wanderlei de Oliveira, um dos maiores especialistas do País. Mitiko tinha na época 57 anos. “O efeito mais visível no início foi a melhora da autoestima”, diz Oliveira. “Ela ajudou a derrubar o mito de que a idade é um fator limítrofe para a prática de atividade física.” Mitiko diz que enfrentou preconceito. “Quando comecei a treinar em pista, os jovens diziam que eu atrapalhava, que ali não era lugar para uma idosa”, conta. Com acompanhamento, ela entrou no circuito de provas de pista e de rua (3 km, 5 km e 10 km) que a credenciou a voos mais altos. Das três maratonas internacionais que disputou, venceu duas na sua faixa etária. Seu currículo inclui o bicampeonato mundial master, dez vitórias consecutivas na tradicional prova da São Silvestre e o recorde brasileiro dos 800, 1,5 mil e 3 mil metros. Além de treinos técnicos, Mitiko – dois filhos, três netos e um bisneto – faz musculação e hidroginástica. No ano que vem, ela pretende abocanhar o tri do mundial master, que será disputado no Brasil. Ivone tinha 51 anos quando começou a praticar exercícios, também por necessidade. Mas aproveitou o conselho do médico vascular de incluir a natação no tratamento de varizes para lançar um desafio a si própria: o de aprender a nadar. “Queria usar a piscina de meu filho e não podia, pois era funda”, conta. “Fiquei um ano tendo aulas num tanquinho. Aprendi e, quando tive segurança, parti para o treinamento sério.” Em pouco tempo, Ivone passou a competir em torneios master de natação, acumulando vitórias e recordes pessoais durante 17 anos. Sua rotina incluía musculação e esteira. Em busca de novos desafios, decidiu trocar a natação pela corrida de rua. Em dois anos, já completou cinco meias maratonas – na última delas, há um mês, foi a campeã na sua faixa etária. Mãe de um casal de filhos, Ivone tem cinco netos e dois bisnetos. Aparenta bem menos a idade que tem, treina seis vezes por semana – dois deles na piscina – e reclama que é a única da família que pratica exercícios. “Falei para o meu filho, que acaba de fazer 52 anos, que comecei na idade dele. Ainda dá.” Daphinis praticou atletismo na juventude, mas caiu no sedentarismo depois que começou a trabalhar como autônomo. “Meu esporte era o trabalho”, brinca. Ele só saiu da mesmice aos 56 anos, quando passou a nadar à noite numa academia perto de casa, sem maiores pretensões ou acompanhamento. Aos 75, mudou de bairro e de academia, matriculando-se na Competition, onde foi estimulado a treinar de forma séria. Ele admite que enfrentou preconceito de amigos próximos, que consideravam a carga de treinos pesada para sua idade. “Falavam que fazer exercício é muito chato, uma perda de tempo para quem é velho”, diz. Daphinis lamenta que todos eles já tenham morrido. “Eles se foram e ainda estou aqui.” Disciplinado, Daphinis acumulou mais de 50 medalhas em provas e ainda conseguiu arrastar a família para a prática de exercícios. A mulher, de 84 anos, nada e faz musculação. O mais velho dos cinco filhos, hoje com 64 anos, compete em provas de 3 mil metros e 5 mil metros em mar aberto. Além deles, uma nora, um neto e uma neta também malham na mesma academia. “Já fiz proposta para me mudar para cá”, brinca. Daphinis reclama não ter ninguém de sua faixa etária (85 a 90 anos) disputando provas master de natação. “Concorro contra mim”, diz. Jornal do Commercio - PE 16/09/2012 - 10:27 Social do Agreste Aniversário e trabalho O presidente Luiz Henrique Soares vem acompanhado todos os detalhes e ações desenvolvidas pela equipe do Icia para marcar as comemorações do 9º aniversário da entidade. O Instituto do Câncer Infantil do Agreste aparece como uma das referências quando o trabalho é o auxílio da criança com câncer no interior do Estado. A entidade tem recebido substancial apoio direto da sociedade em todas as atividades. Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:44 Cartas à redação O que deveria ser prioridade No lugar de um homem fazer caminhada política para eleger seu candidato, seria melhor que visitasse as UPAs, hospitais e escolas para comprovar a verdeira situação de caos que se encontram esses serviços. Para começar a visita, o ideal é que fosse às escolas da periferia, pois lá iria constatar que muitas delas ainda não têm professor e bancas para os alunos assistem às aulas. José Carlos - Recife Vereador fumacê Um vereador do Recife, lendo a minha carta publicada nos jornais sobre a invasão de pernilongos no Coque, pediu através de e-mail o meu endereço para fazer um ofício à prefeitura no sentido de ser enviado um fumacê para a minha residência. Eu respondi que as muriçocas do Coque não são tão burras assim, para escolher somente uma casa para disseminar a dengue. Sugeri que requeresse essa providência para todo o bairro. Cláudio de Melo – Olinda Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:32 MV atrai investidor estrangeiro Fundo de private equity apostou na pernambucana, com a compra de 20% das ações da empresa Da Redação Divulgação Paulo Magnus disse que a MV estava fazendo trabalho de governança corporativa Um fundo de private equity norte-americano que administra uma carteira de mais de US$ 5 bilhões resolveu apostar em uma empresa pernambucana. O Insight Venture Partners adquiriu 20% das ações da MV, especializada em sistemas de gestão de saúde. O valor do negócio não é revelado, mas o aporte será suficiente para sustentar os planos de expansão da MV no Brasil e em outros países da América Latina, principalmente no México, na Colômbia e no Chile. De acordo com o presidente da MV, Paulo Magnus, a empresa vinha há alguns anos fazendo um grande trabalho de governança corporativa e de estruturação de suas unidades nos estados. Paralelamente, vinha investindo na evolução tecnológica de seus produtos, que hoje rodam 100% na nuvem, no ambiente Web. “Temos crescido de forma orgânica e investido sempre com capital próprio. Dezenas de fundos nos assediaram nos últimos dois anos, mas a gente sempre fugiu disso. A característica desses fundos é entrar com data de saída definida e no final a empresa compra as cotas do fundo. A gente não estava precisando contratar um financiamento forçado”, conta Magnus. E o que mudou para que a Insight pudesse entrar na sociedade? Segundo o executivo, esse fundo é estratégico com forte atuação na área da tecnologia da informação (TI) e vai ajudar a MV a crescer, principalmente articulando aquisições. O namoro começou em dezembro de 2011. Durante o primeiro semestre deste ano, a Insight fez um trabalho de levantamento e a parceria foi fechada em junho. “Eles têm gente no Chile, no México. É um player global”, justifica Magnus. Os norte-americanos terão direito a dois representantes no conselho da MV, composto por sete pessoas. A MV atua em Angola desde 2003, mas está de olho na aquisição de empresas na América Latina, para que a operação seja implantada de forma mais rápida. Foi assim no Brasil. Em 2011, a pernambucana adquiriu a gaúcha Hospidata, primeira empresa de software para a área de saúde no Brasil, que reúne a HDS Assessoria e Serviços e a HD Processamento. Depois veio a carioca Microdata, que reúne a Microdata, a Centercall e a Micropacs, especialista em softwares de gestão de imagens médicas. A MV fechou 2011 com um faturamento recorde de R$ 100 milhões e prevê crescer pelo menos 40% este ano. Para os próximos anos, com a entrada do fundo norteamericano, projeta-se uma expansão de mais de 30%. Atrelado ao planejamento e às aquisições, a empresa pretende lançar, dentro de três anos, um IPO na Bolsa de Valores de São Paulo. Em 2012 a MV completa 25 anos de fundação. Seu carro-chefe é o sistema de gestão SOUL MV, que atende a gestão administrativa e áreas afins de unidades de saúde, inclusive em rede. Com sede no Recife e dez filiais espalhadas pelo país, a empresa possui cerca de 800 empregados e uma carteira de clientes com mais de 500 instituições de saúde. Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:26 Miriam Leitão Miriam Leitão Num país com mais de 5.000 municípios, como combater a corrupção? A 2ª Câmara montou estratégia de atuação que em seis meses resultou em mais de 200 ações ao fiscalizar convênios de transferência voluntária para saúde e educação. O MP começou a puxar o fio da meada por um crime documental: o de não prestação de contas: Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:21 Diario Econômico Cuidando da saúde Os investimentos de R$ 60 milhões que a Rede D’Or fez na ampliação do Hospital Esperança parece que agradaram à comissão da Fifa, que esteve no Recife, semana passada. A entidade sinalizou que o Esperança, devido a sua estrutura, pode ser unidade de saúde de referência para as Copa das Confederações e do Mundo. Diario de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:38 João Alberto Festa do Português O provedor Alberto Ferreira da Costa comanda hoje a comemoração dos 157 anos do Hospital Português. Teremos, às 9h, Missa de Ação de Graças, seguida de sessão solene no salão nobre da instituição, com homenagem ao mestre William Stanford e coquetel. Folha de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 07:36 Farmácias populares II Para o Ministério da Saúde, a incorporação destes medicamentos ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano Da Redação Com o Programa Saúde Não Tem Preço, passando a entregar medicamentos para asma de forma gratuita à população,os antiasmáticos brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol foram incluídos na ação Saúde Não Tem Preço, ao lado dos 11 medicamentos para hipertensão e diabetes. Vala também assinalar que, nas 554 unidades próprias, é ofertado, gratuitamente, o sulfato de salbutamol em duas apresentações. Já nas mais de 20 mil da rede privada, conveniadas ao Programa Aqui Tem Farmácia Popular, são ofertados os três medicamentos em oito apresentações. Para retirar os medicamentos, basta apresentar documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de sua validade. Para o Ministério da Saúde, a incorporação destes medicamentos ampliará o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões por ano. O orçamento de 2012 do programa, sem contar os valores previstos para cobrir os custos com a inclusão dos medicamentos para asma, é de R$ R$ 836 milhões.O MS lembra ainda que o Programa Saúde Não Tem Preço também distribui, gratuitamente, nas farmácias populares, medicamentos para hipertensão e diabetes. Desde o lançamento do programa, em fevereiro de 2011, mais que quadruplicou o número de pessoas que retiram estes remédios. A gratuidade também para a asma deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano. Atualmente, o Programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento da doença. A estimativa do Ministério da Saúde é a de que este número possa quadruplicar, como ocorreu com os medicamentos para hipertensão e diabetes após um ano de lançamento da gratuidade pelo programa Saúde Não Tem Preço. A inclusão dos medicamentos para asma no programa aconteceu porque, após a gratuidade da hipertensão e diabetes, foi percebido que a venda dos medicamentos para asma foi a que mais apresentou crescimento nas farmácias populares, chegando a 322% de aumento entre fevereiro de 2011 e abril de 2012. Folha de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 08:02 Assistência jurídica deve ser garantida Defensoria Pública de Pernambuco atua em todo o Estado em várias áreas Divulgação É dever constitucional do Estado prestar assistência jurídica integral e gratuita à população que não dispõe de condições financeiras para custear as despesas referentes à honorários advocatícios, periciais e custos judiciais ou extrajudiciais. Mas a quem recorrer em casos como este? O que muitos pernambucanos não têm conhecimento é de que existe um órgão responsável por este serviço, a Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE). Há 14 anos o órgão atua garantindo a concretização do dever do Estado, que é propiciar a todos o acesso à Justiça. Atualmente, o organograma da instituição é dividido em subdefensorias espalhadas por todo o Estado, com participação em áreas como Cível, Criminal, causas coletivas, entre outras. Os defensores atuam como agentes transformadores sociais e, um dos seus objetivos é não abarrotar o Sistema Judiciário de processos que, em muitos casos, poderiam ser resolvidos previamente. Como o objetivo da Defensoria Pública é atender aqueles que não podem arcar com as despesas de um processo, é realizado um trabalho de filtro sobre o perfil dos atendidos. Mesmo assim, não existem critérios específicos que avaliem a condição do assessorado. “A avaliação é feita pelo próprio defensor. É um caso muito subjetivo. É analisado o quadro social em que a pessoa está inserida para dar continuidade ao atendimento”, revelou a defensora pública Ângela Valdivino. Alexandre Manuel, 45 anos, é um exemplo bem sucedido de uma pessoa que conseguiu ter causa ganha com o intermédio da Defensoria Pública. Ele nasceu de sexo feminino, mas há pouco mais de dois meses ganhou na Justiça o direito de realizar a cirurgia de mudança de sexo, com todos os custos arcados pelo Estado. “Tentei resolver a questão de maneira administrativa, com o Hospital das Clínicas e o Sistema Único de Saúde (SUS). Como eles me falaram que tinha que arcar com as despesas, resolvi recorrer à Defensoria”, revelou. O trabalho no Interior do Estado é dividido entre as regionais, em alguns casos, a sede fica em determinado município, que atende a demanda daquela região específica. Somente 14 municípios não contam com um defensor público fixo, mas todos recebem as visitas semanais destes profissionais para dar andamento aos casos. “Vivemos um momento de transformação social e é isso o que define nossas ações. É assim que compreendemos qual o passo que vai ser dado e as novas intervenções que serão realizadas”, pontuou a Defensora Pública Geral do Estado, Marta Freire. Nos municípios onde não existem representações físicas da Defensoria Pública, os profissionais atuam no Fórum. Atualmente, a palavra reformulação permeia os passos da DPPE. “Esta pode ser considerada a instituição do Século 21, tendo em vista que é a única que promove a inclusão social, realizando trabalhos diretos”, afirmou Marta Freire. Folha de Pernambuco - PE 16/09/2012 - 07:53 Prefeitura de Sirinhaém divulga retificação Texto traz mudanças em diversos tópicos do edital. Inscrições ficam abertas até o dia 20 Eutalita Bezerra A Prefeitura de Sirinhaém, no Interior do Estado, distante 79 km do Recife, divulgou, no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, retificações no edital do concurso para provimento de vagas na instituição. O certame visa ao preenchimento de 132 vagas, que envolvem profissionais de nível superior, médio e fundamental. Dentre as mudanças, a principal é a data da aplicação da prova objetiva. O exame, que estava previsto para o dia 28 de outubro, inicialmente, acontece somente no dia 4 de novembro. A avaliação terá quatro horas de duração. Houve alteração, também, no cargo de assessor administrativo. Para concorrer às vagas, é necessário que os candidatos tenham concluído o ensino médio e conhecimento básico de Informática. Houve retificação, ainda, na nota necessária para a análise da prova de títulos. O edital afirma agora que somente serão computados os títulos aos candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 4, ou seja, que tenham sido classificados. O limite máximo de classificação é de três vezes o número de vagas ofertadas, sendo considerados os empates nesta última posição. Para os candidatos ao cargo de técnico de controle interno, a novidade é que há mais uma vaga, totalizando quatro. Uma delas é reservada a portadores de necessidades especiais. Também ganha postos o cargo de assessor administrativo. Ao todo, agora, são cinco ofertas, sendo uma para deficientes. Os critérios de desempate também foram incluídos no texto. Agora, sucessivamente, a decisão beneficiará o candidato que tiver maior número de acertos na prova de onhecimentos específicos, para todos os cargos que contenham esse conteúdo programático; maior número de acertos na prova de Português, para todos os cargos que contenham Matemática na segunda parte; maioridade civil e, havendo candidatos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, estes terão preferência na classificação sobre os demais em caso de empate. A seleção oferece vagas para os cargos de advogado, médico de várias especialidades, enfermeiro, orientador pedagógico, professor, auxiliar de enfermagem, educador social, guarda municipal, fiscal de tributos, auxiliar de consultório dentário, agente de combate às endemias e agente comunitário de saúde. PRAZO As inscrições estão abertas até o dia 20 e custam R$ 70 (nível superior), R$ 60 (nível médio) e R$ 50 (nível fundamental). O boleto bancário poderá ser pago até o dia 21 de setembro. Os salários variam de R$ 622 a R$ 5 mil. Para conferir o edital e/ou se inscrever o candidato deve acessar o site do Instituto de Desenvolvimento Humano e Tecnológico (IDHTec), www.idtech.org.br.