SERVIÇO DE COLOPROCTOLOGIA ROTINA BÁSICA DA UNIDADE DE COLOPROCTOLOGIA HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA I AMBULATORIO O ambulatório de coloproctologia funciona na sala 15 nos seguintes horários: 2ª feira a partir das 14 horas 4ª feira a partir das 7:30 horas. Atendimento aos pacientes de primeira vez, deverá constar de Anamnese com exame proctologico que constara de: Inspeção e palpação anal e sacrococcígea; toque retal anuscopia.Se indicado marcar Retossigmoidoscopia com preparo que deverá ser dado ao paciente: Exame pela manhâ, Fleet enema as 21 horas pela tarde Fleet enema as 07 horas, recomendando ao paciente que retenha por 15 minutos. Esta mesma orientação deverá ser feita para os pedidos de parecer das clinicas solicitantes, observandose os horários de ambulatório. Quando necessário as biopsias, deverão ser em nu mero de 4 fragmentos que deverão ser encaminhadas para o Serviço de Anatomia patológica com a devida descrição dos achados do exame e solicitação. Os paciente nos quais forem realizadas biopsias, de verão ter contagem de plaquetas com um mínimo de 80.000 TAP acima de 70% e INR abaixo de 1,5. Concluída a propedêutica, orentar com dieta,higiene prescrevendo medicação quando necessário sintomática. Marcado retorno para avaliação clinica e de exames solicitados, conclusão diagnostica e tratamento especifico clinico ou cirúrgico. A correção de ritmo intestinal é fator primordial em todos os pacientes que assim o permita, orientando com die ta, se necessário ajuda do Serviço de Nutrição, e medicamen tos com fibras (Plantaben,Muvinor,Fibrapur etc...) O NUMERO DE CONSULTAS DE PRIMEIRA VEZ E RETORNOS, OBEDECERÃO A NUMERO DETERMINADO PE LA UNIDADE APÓS ENTENDIMENTO COM EQUIPE. O seguimento pós operatório dos pacientes,até a resolução final, quando receberão alta, será feita nos dias normais, sendo agendados pelo residente, nos dias relativos aos staffs. Os médicos residentes na unidade deverão acom panhar os staffs nestas atividades, devendo ser orientados por estes. As doenças não malignas(hemorróidas, fissuras constipação intestinal,SII, megacolon), terão um controle em média com 10 a 12 semanas, e, se estiverem bem receberão alta ambulatorial.Deverão ser orientados para retorno, caso retornem sintomas, marcando consulta em local próprio. Paciente portadores de DII(RCU, CROHN), serão acompanhados em conjunto com o serviço de gastroentero logia, dando suporte endoscópico em seguimentos ou com biopsias para diagnostico. Os portadores de retite actinica, não ciruirgica, serão acompanhados, com intervalos que dependem de sua resposta clinica ao tratamento.A partir do do oitavo ano de acompanhamento deverão ser observados com exames endos cópicos e biopsia, semestralmente. II PRÉ OPERATÓRIO EXAMES SOLICITADOS: A rotina para pacientes que necessitem anestesia sacral, peridural,raque ou geral, segue a orientação seguinte: até 40 anos EAS hemograma, glicemia jejum,coa gulograma,parasitológico; > após 40 anos, EAS, hemograma, glicemia jejum, coagulograma, uréia, creatinina,ECG com laudo e parecer cardiológico. Nos casos que necessitem de parecer de outra cli nica e esta e esta solicitar exame(s) que não conste(m) da rotina da unidade, deverá ser realizado, conforme a orientação daquele serviço. Nas cirurgias abdominais ou abdominoperineais acrescentar proteínas total e fração, tipagem sanguinea. Pacientes portadores de tumor maligno do reto solicitar alem daqueles exames, TC abdome total,CEA, uro grafia excretora e se possível nos tumores de reto inferior US endorretal ou RM. O estadiamento pulmonar deverá ser feito através de de RX de tórax; em caso de duvidas solici tar TC pulmonar. Na mulher sempre solicitar exame gineco logico. Nos tumores de colon, quando palpável solicitar urografia excretora. As patologias colorretais que necessitem de res secção, fazer colonoscopia; nos casos de câncer, não tendo sido realizada pré operatória, faze-la a´te o 6 ª mês PO. OBSERVAÇÃO:A TODO PACIENTE DEVERÁ, SER SOLICITADO PRÉVIA DOAÇÃO DE SANGUE; TRAZER COMPRO VANTE NO MOMENTO DA INTERNAÇÃO. III OUTROS EXAMES ESPECIALIZADOS; III-a Clister opaco solicitado nos seguintes casos: > Portadores de patologia reto cólicas que não foi possível realizar colonoscopia; > Portadores de constipação crônica não responsi va a orientações higieno-dieteticas; > Megacolon Chagasico; > Portadores de patologias com suspeita de fistula ou estenose. > Avaliação de paciente submetidos a colostomias previas, encaminhados para reconstiuição transito. III-B > > > > Colonoscopia será solicitada em: Clister opaco duvidoso ; Paciente acima de 50 anos; Sangramento colorretal; Anemia não diagnosticada por métodos convencio nais; > DII, para diagnostico e seguimento; > Controle de paciente submetidos a cirurgia por can cer do colon; > Controle de pacientes em pos operatório de patolo gias benignas colo retal( adenomas) > Doença diverticular do colon( avaliar estenose,sangra mento)Importante não realizar em vigência de processo inflamatório (diverticulite) > Diarréias não esclarecidas pelos métodos conven cionais; > Historia familiar de câncer ( idade a partir de 40) > Tumor palpável abdominal (diagnostico local) > Perda ponderal inexplicável; > Ressecção endoscópica. Controle e seguimento. IV PARECERES Os pareceres deverão ser encaminhados a secretaria da unidade, sendo quando possível orientados para exames em ambulatório nos dias já pré determinados. Os paciente deverão usar Fleet enema noite anterior se exame (ambulatório 4 ª feira) pela manhã e ou usar Fleet pela manha (4 horas antes exame) se pela tarde(ambulatório 2ª feira). V CIRURGIAS Após verificação de exames pré operatórios, será emitida guia para internação na véspera do procedimento a tarde. Todo paciente deverá ser informado a respeito do tratamento, sua morbidade e ou complicações possíveis. VI TRATAMENTO CIRURGICO: CISTO PILONIDAL: tratamento cirúrgico, tanto na fase aguda quanto crônica, através de incisão com cure tagem ou marsupialização. NÃO REALIZAR FECHAMENTO PRIMÁRIO. ABSCESSO : abscessectomia com fistulotomia. FISTULA ANAL IDIOPATICA: cirurgia preferida nas fistulas interesfincterianas e transesfincterianas bai xás.Nas medias indicada a fistulectomia com deslizamento mucosa (flap).O uso do sedenho é outra tática cirúrgica que pode ser utilizada nessas fistulas. Nas fistulas altas e ou extraesfinctericas colos tomia é indicada como tática auxiliar. >FISSURA ANAL: Inicialmente o tratamento é cli nico, visando corrigir o ritmo intestinal com orientação hi gieno-dietetico, medicação tópica, sem corticoide, durante 6 a 10 semanas.Se possível realizar manometria antes e após tratamento.Não havendo cura clinica nem cicatrização da ferida, apesar de correção do ritmo intestinal, indicado en tão tratamento cirúrgico ESFICTEROTOMIA LATERAL INTER NA. Quando fissura for acompanhada de plicoma e pa pila hipertrófica, fazer a exerese. >HEMORROIDAS: -externas assintomáticas OHD -externa sintomáticas, indicado cirurgia -externa trombosada cirurgia; -internas, I e II graus,sem sintomas. Tratamento clinico dietético, durante 8 a 10 semanas. -internas com sintomas: I grau esclerose com fenol ou infra red. II grau ligadura elástica. III e IV graus, cirurgia convencional sempre que possível fechada, com vicril 5,0 ou PPH. Pseudoestrangulamento hemorroidário ou crise hemorroidária- inicialmente clinico com calor local Aines e pomadas (Hirudoid), além de medicamentos emo lientes para ajudar defecação.Nunca laxativos. >Prolapso mucoso: pequenos prolapsos, realizar ligadura elasti ca, se dispuser do aparelho; grandes prolapsos PPH. >Procidencia retal; pacientes idosos, com intercorrencias clinicas ou grande risco cirurgico: retossigmoidectomia perineal pacientes mais jovens, sem intercorrencias e menor intercorrencia-Sacropromonto fixação pacientes com doença diverticular sintomati ca ou neoplasia associada- Ressecção anterior, anastomose imediata. >Condiloma acuminado: peri anal – solução alcoólica ou oleosa de podofilina a 25%, 2 x semana protegendo a pele adjacente com vaseilina.Se houver hiperceratose usa sol de acido triclo roacetico a 40%; se na houver melhora eletrocauterizar sob anestesia. Perianal com tamanho e numero grandes,e,no lo calizado no canal anal, eletrocauterização. OBS: na grávidas usar sol acido tricloacetico 40%; nas lesão maiores e endoanais quando possível fazer eletrocoagulação 2 meses antes do parto. Todos os pacientes deverão ser acompanha dos de 3/3 meses(presença de carcinoma intraepitelial e pré sença de HPV, implicam em histopatologico da peças. >Hidradenite supurativa: Ressecção completa das áreas afeadas e cicatrização por segunda intenção, e, rotação de retalho ou enxerto após granulação, se necessário. >Estenose anal: Nos casos leves sem grande componente fibrotico, iniciar dilatação com velas de Hagar, até nª 18; Se insucesso anterior ou fibrose acentuada retalho a Sarner ou V-Y >Prurido anal: pesquizar hábitos higieno-dietéticos, alergias, estado emocional, uso de substancias tópicas, doenças sistêmicas, fatores agravante e atenuantes(suor, calor, frio). >doenças ano-retais - hemorróidas,pro lapso mucoso, procidencia, incontinência, fissura, fistula condiloma, anite, retites.Tratamento é correção da patolo gia responsável.Complementar com OHD; >doenças dermatológicas - dermatite de contato, é o mais comum, tendo como causa:papel higiênico sabonete, sabão, talco, perfume,roupas intimas(nylon, seda, lycra, pomadas, condimentos, alimentos.Tratamentos é iden tificar causa e retira-la, fazer higiene com sabão neutro e água banhos assento morno com permanganato de K a 1:40.000. Nos casos remissos, adicionar corticoide tópico. A dermatite seborreica e o intertrigo, são encontrados em pacientes obesos, estendedo-se por outras áreas em que o calor,a umidade devido a transpiração exces siva, associados a falta de higiene, contribuem para agravar Havendo infecção há necessidade de pesqui zar através de raspado perianal.Seguir orientação anterior adi cionando antifúngicos. NOS CASOS INTENSOS usar anti-histamini cós orais, bem como a aplicação tópica de Colestiramina a 1% creme. Pruridos crônicos e rebeldes pensar em Paget e Bowen, fazendo biopsias.Tratamento é ressecção completa da lesão, já que se trata de câncer intraepitelial. Infecciosas e parazitarias - realizar o rãs pado é exame de grande ajuda.Uso local de permanganato é recurso inicial.Presença de monilia é necessário o uso de medicamentos específicos,se não houver resposta com me didas iniciais. Escabiose, geralmente faz parte de quadro mais amplo, com comprometimento de púbis, nádegas, axilas, espaços interdigitais, etc...Tratamento com benzoato de benzila ou monossulfiram e medidas higiênicas, evitando a recontami nação.Enterobius vermicularis(Oxiurus), mais encontrado em crianças.Qdo presente em adulto pesquisar criança na mesma casa.Tratamento Pyr Pan, Mebendazol, ou derivados, asseio. >Doenças ginecológicas – leucorreia provo cada por cândida ou tricomonas;tratamento especifico. >Doenças sistêmicas – DM,gota, uremia Hod gikin, porem não se limitam a prurido só anal. CÂNCER COLO RETAL O tratamento cirúrgico do câncer de colon de verá realizado de acordo com localização, ressecando em bloco do tumor e rede ganglionar linfática, com margens adequadas que garanta toda a remoção da carga tumoral locorregional. Nos pacientes em que há invasão de outras es truturas ou órgãos se possível ressecar em monobloco com o primário. Reconstituir o transito com anastomose ter mino terminal chuleio, usando fio inabsorvivel e monofilamen tar (Prolene 3.0 – 4.0), seromuscular. Nos tumores de reto, considerar : Reto superior(11-15 cm, da margem anal); ressecção anterior alta com excisão do mesoreto; Reto médio(6 – 20 cm margem anal); ressec cão anterior baixa com,garantindo margem distal da lesão de no mínimo 2 cm, alem da excisão do mesoreto. As anastomoses deverão ser realizada termino terminal, mecânicas se possível e ou conhecimento, ou ma nual, com fio Prolene 3.0. Reto inferior(até 5 cm margem anal): Ressecção local, nas lesões polipoide ou em formato de platô, predominio da forma exofitica, desde que medindo até 4 cm de diâmetro, móvel ao toque retal, sem evidencia de gânglios ou comprometimento da musculatura do reto, avaliados por exame digital,TC ou US endorretal. O histopatologico, deverá mostrar ser adenocarcinoma BEM ou MODERADAMENTE diferenciado, sem invasão lin fática. Ressecção deverá ser de todoa a parede inclusive com margem mínima de 1 cm ao redor da lesão. considerado curativa quando margens livres e invasão a penas até submucosa. Tumores T1 margens livres, mas, apresentam-se indiferen ciados, invasão linfática ou no que invadem até a muscula tura própria T2 serão encaminhado a RT e QT. tumores T3, será realizado RT e QT neoadjuvante, seguida Após período mínimo de 8 semanas de cirurgia. Amputação abdomino perineal, será realizada em pacientes cuja lesão na permita tratamento cirúrgico preservando es fincter; a ferida perineal deverá ser fechada e drenada com trolateral com Penhose 4 Nos tumores retais médio e inferior que deverão ser feitos neoadjuvancia(RT e QT): Considerados irressecaveis; Invadem a região perirretal ou órgãos; Circunferenciais, com ou sem sub oclusão; Ulcerados, com ausência de mobilidade ao toque. CANCER ANAL E MARGEM ANAL: CANAL ANAL: epidermoide (cloacogenicos, transicionais), nos muco epidermoides RT e QT. serão avaliados clinicamente 30/30 dias após termino do tratamento, realizando biopsia após 60 dias na lesão tra tada (?)Se resultado positivo APR MARGEM ANAL;mais freqüente o epidermoide,> 5cm, móvel sem invasão esfíncter, gânglios: Excisão local com margem de segurança de 2,0 cm.da mesma maneira doença de BOWEN PAGET e o basocelular. Em lesões > 5 cm associar RT atingindo cadeia ingui nal. PROCTITE ACTINICA Sangramento ocorre tanto na fase aguda como crônica, sendo definido tratamento ambulatorial ou hospita lar dependendo da intensidade; constará de cuidados de or dem geral para HDB, conforme protocolo HUPD. Tratamento especifico; Hidrocortisona enema de retenção 100 mg diluídos 100 ml SF 2 x dia; em função da intensidade do sangramento poderá elevar para 250mg em 150 ml SF 2 x dia. Mesalasina; nas retites distais supusitorios 250 mg 3 x dia; nas medias e proximais usar forma de enema 3 x dia. Formalina a 4 %; usar 100 a 200 ml solução divididos em doses de 50 ml cada quadrante onde houver lesão, deixando solução por 30 segundos em contato com mucosa, realizando em seguida lavagem abundante com SF. Estes paciente deverão ser preparados com enemas antes do procedimento. Colostomia nos casos em que permanece sangramento local, nos casos de estenose ou fistula. ESTOMOTERAPEUTA A unidade conta com estomoterapeuta, que acompanhará todos os paciente portadores de ostomia desta unidade. Funcionará com ambulatório as 3ª e 6ª horário vespertino na sala 15. Todos os pacientes ostomizados nesta ou ou tra unidade hospitalar deverá ser encaminhado para es te ambulatório, onde serão avaliados pela enfermeira es pecializada e encaminhada logo após para ambulatório coloproctologia para resolução cirúrgica ou não. Estes paciente não obedecerão fluxo de paciente externos de primeira vez; terão prioridade e estarão na cota anterior mente prevista nesta rotina. VII ENFERMARIA ADMISSÃO: será internado na véspera e obedece rão a seguinte rotina de preparo : Cirurgias orificiais (hemorróidas, fistulas, fissu rãs, cisto pilonidal, etc): lavagem retal clister 500 ml. Cirurgias abdominais obedecerão ao preparo do colon com: Fosfosoda 60 ml em duas tomadas nos seguin tes horário inicio a partir das 18 h. A dieta devrá ser liquida até 21 horas, quando passará a ser zero. Pacientes colostomizados, deverão acrescentar lavagem pelo reto até retorno limpo com água morna. Os paciente deverão ser orientados a tomar sanho com antiséptico no dia cirurgia. POS OPERATÓRIO Antibioticoprofilaxia - bom preparo colon, sem comorbidades, compensado, idade menor de 80 anos ini ciar CEFOXITINA 2 g 30 minutos antes indução anestési ca. Repetir 1 g se cirurgia ultrapassar 4 h. Antibioticoterapia: infecção, preparo colon não satisfatório, câncer, diabéticos, idade acima de 80 anos. Metronidazol, aminoglicosideo e gram positivo. Visitas com residentes, enfermagem da unidade e estudantes serão realizadas as 4ª e 6 ª as 7;30 horas. POS OPERATORIO Cirurgias orificiais, dieta liquida dia cirurgia, anal gesicos 6/6 horas (dipirona 4ml + 6 ml AD), gelo picado em saco plástico 4 x dia por 2 minutos cada. Alta hospitalar dia seguinte com orientação hi gienodietetica(dieta normal, asseio com água e sabão bran co), fibras (naturetti,tamarine,lactulona) e retorno ao ambu latorio com 8 dias. Cirurgia abdominal (colon) Alimentação dependerá da evolução do pacien te dependendo aparecimento de ruidos peristálticos,au sencia de vômitos, distensão abdominal, devendo evoluir de liquida restrita, liquida , liquidopastosa até branda. Drenos mobilizar com 48 h e retirar quando vo lume de secreção < 50 ml. Sonda vesical, serão retiradas 1 ª PO, quando não houver alterações do sistema; nos casos de cistec tomias ou lesões vesicais permanecer com sonda por 10 dias. AS INTERCORRENCIAS NA ENFERMARIA DEVE RÃO SER INFORMADAS AOS STAFFS DA UNIDADE SEMPRE.