Cultivares Embrapa Primeiros maracujás ornamentais do Brasil Beleza e Tropicalidade, aliadas à Tecnologia e Inovação BRS ESTRELA DO CERRADO RNC Nº 21717 Obtido a partir do cruzamento entre as espécies silvestres Passiflora coccinea Aubl., de flores vermelhas (acesso CPAC MJ-08-01), e Passiflora setacea DC., de flores brancas (acesso CPAC MJ-12-03). Há indicadores de adaptação em altitudes de 250m a 1100m, latitude de 9° a 23°, e plantio em qualquer época do ano (quando irrigado) em diferentes tipos de solo. Apresenta produção de grande quantidade de flores com diâmetro de cerca de 12cm, brácteas esverdeadas, pétalas e sépalas vermelhas com as bases brancas de 1,4cm de largura, corona com 6cm de diâmetro com anel da câmara nectífera branco e fímbrias brancas e alongadas (2,5cm de comprimento). As flores apresentam estigmas e estiletes rosados, ovários, filetes e anteras verdes. Apresenta florações contínuas com picos de junho a novembro nas condições do Distrito Federal e tem apresentado resistência às principais doenças do maracujazeiro, especialmente àquelas causadas por patógenos de raízes. Produz poucos frutos em condições naturais, uma vez que seus androginóforos são longos, não permitindo a polinização por insetos. BRS RUBIFLORA RNC Nº 21718 Obtido a partir do cruzamento entre as espécies silvestres Passiflora coccinea Aubl., de flores vermelhas (acesso CPAC MJ-08-01), e Passiflora setacea DC., de flores brancas (acesso CPAC MJ-1203). A partir do F1, foi realizado o retrocruzamento com Passiflora coccinea (CPAC MJ-08-02). Há indicadores de adaptação em altitudes de 250m a 1100m, latitude de 9° a 23°. Quando irrigado, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, em diferentes tipos de solo. Apresenta produção de grande quantidade de flores, com diâmetro de aproximadamente 11cm, brácteas roxo-avermelhadas, hipanto verde-avermelhado, sépalas e pétalas vermelho-escuras com as bases vermelhas, com larguras de 1,6cm e 1,8cm, respectivamente. A corona possui cerca de 3cm de diâmetro, com anel da câmara nectífera branco e fímbrias brancas e curtas (1,5cm de comprimento). As flores apresentam estiletes avermelhados e estigmas com a parte dorsal vermelha e ventral verde. Os ovários, filetes e anteras possuem coloração verde. Apresenta florações contínuas, com picos de junho a novembro, nas condições do Distrito Federal, sendo também resistente às pragas e doenças. BRS ROSEFLORA RNC Nº 21715 Obtido a partir do cruzamento entre as espécies silvestres Passiflora coccinea Aubl., de flores vermelhas (acesso CPAC MJ-08-01), e Passiflora setacea DC., de flores brancas (acesso CPAC MJ-12-03). Em seguida, foi realizado o retrocruzamento com Passiflora setacea (CPAC MJ-12-03). Há indicadores de adaptação em altitudes de 250m a 1100m, latitude de 9° a 23°. Quando irrigado, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano, em diferentes tipos de solo. As plantas produzem grande quantidade de flores com diâmetro de aproximadamente 14cm, brácteas esverdeadas, hipanto verde avermelhado, pétalas e sépalas com coloração variando de rosa escuro a vermelho claro com as bases brancas e com larguras de 1,2 a 1,4cm, respectivamente. A corona possui cerca de 3cm de largura, o anel da câmara nectífera é branco e as fímbrias são brancas e curtas (1,5cm de comprimento). As flores apresentam estigmas e estiletes rosados, ovários, filetes e anteras verdes. Quando irrigadas, as plantas podem florescer o ano todo, sendo os picos de florescimento de junho a novembro. As plantas são vigorosas e tolerantes às doenças de raízes.Produz poucos frutos em condições naturais, em razão da grande distância da base da flor até as suas estruturas sexuais, o que dificulta a polinização natural por insetos. PRODUÇÃO DE MUDAS A produção de mudas se dá por propagação vegetativa / estaquia. - Coleta dos ramos e preparo das estacas As plantas fornecedoras de material propagativo devem ser vigorosas e adultas. A retirada dos ramos herbáceos deve ocorrer em horários de temperatura mais amena, sendo que as plantas devem ser previamente irrigadas em abundância por 12 a 24 horas. Após a retirada dos ramos das plantas, estes devem ser levados imediatamente para a câmara de nebulização. Com tesoura de poda, os ramos devem ser cortados em estacas herbáceas, contendo ao menos uma folha adulta, bem formada e sadia, sem danos por doenças, insetos ou deficiências nutricionais. As estacas devem medir 2 a 3cm acima, e 5cm abaixo, da inserção da folha, onde sairão as raízes. Na axila da folha, estão as gemas responsáveis pelas novas brotações. - Tratamento das estacas com ácido indolbutírico (AIB) A aplicação de AIB não é determinante para o enraizamento. Entretanto, para obtenção de maior porcentagem de pegamento e melhor formação radicular, sugere-se aplicar solução de AIB na concentração de 1.000 ppm em imersão rápida, por 5 a 10 segundos. - Substrato e recipientes Pode-se enraizar as estacas em tubetes, em bandejas de isopor ou material plástico, ou até mesmo no recipiente definitivo. A base da estaca deve ser enterrada por 2 a 3 cm no substrato, tendo se obtido maiores índices de enraizamento com a utilização de substratos comerciais à base de fibra de coco. - Câmara de Nebulização É imprescindível a utilização de câmara de nebulização intermitente para o enraizamento das estacas. A câmara de nebulização deverá ser automática, regulada por um temporizador que aciona a irrigação periodicamente. As gotas deverão ser as menores possíveis para que a teor de umidade esteja sempre em torno de 90 a 100%. - Época do ano e região A capacidade de enraizamento varia de acordo com as condições ambientais onde estão mantidas as plantas fornecedoras de material propagativo. Em regiões de inverno rigoroso, os melhores índices de enraizamento foram obtidos entre os meses de outubro e fevereiro. Em regiões mais quentes, os índices de enraizamento são elevados ao longo de todos o ano. - Aplicação de agrotóxicos A utilização de estacas proveniente de plantas matrizes vigorosas e com boa sanidade, dispensa o uso de agrotóxicos. - Aclimatação e transplante das mudas As mudas enraizadas podem ser transplantadas para os recipientes definitivos com maior volume de substrato após cerca de 30 dias, dependendo da época do ano. Após o transplantio das mudas, os períodos de nebulização deverão ser diminuídos, com intervalos cada vez maiores, a fim de que as mudas se adaptem às condições ambientais de viveiro, com irrigação apenas uma ou duas vezes ao dia. Após a aclimatação, as mudas estarão prontas para comercialização ou plantio em local definitivo.