A CRISE NA UCRÂNIA E A SOMBRA DO FASCISMO Eduardo C. dos SANTOS Introdução – Esse ano completam-se 50 anos do Golpe Civil-Militar de 1964 no Brasil. No golpe que levou a deposição de João Goulart muitos antigos integralistas (os quais na ocasião atuavam sob a sigla Partido da Representação Popular), um movimento inspirado no fascismo italiano muito ativo nos anos 1930 e que foi desbaratado por Getúlio Vargas após a Intentona Integralista de 1938, foram favoráveis ao golpe. Após o golpe Plínio Salgado e outros ex-integralistas entraram para as fileiras da ARENA. E no Chile muitos elementos de extrema direita apoiaram o golpe civil-militar contra Salvador Allende, a exemplo do grupo paramilitar Patria y Libertad. Muitos de seus membros integraram o aparato de repressão da ditadura chilena após a queda de Allende (Blamires & Jackson, 2006: 104-128)1. Esse ano teve, entre outras coisas, os distúrbios civis na Venezuela contra o presidente Maduro e o golpe na Ucrânia que derrubou o presidente Viktor Yanukovych2. A isso se seguiu a formação de uma junta governativa, a qual governou o país até a eleição do atual presidente Petro Poroshenko. Assim como nos casos do Brasil e do Chile, o golpe na Ucrânia desse ano também contou com o apoio de vários grupos de Extrema Direita, tais como o Svoboda (termo esse que em idiomas como o russo e o ucraniano significa liberdade) e o Setor de Direita (ucraniano Pravyÿ Sektor/Пра́вий се́ктор). O caso da Ucrânia é muito preocupante, pois pode muito bem servir de estímulo para que outros grupos na Europa, há tempos abalada pela crise econômica dentro da Zona do Euro, façam o mesmo e uma nova ordem nazifascista se instaure sobre a Europa e quem sabe até sobre o mundo todo que nem nos anos 1930, além de poder levar o mundo a uma Terceira Guerra Mundial. Assim como a existência de algumas semelhanças para com o Brasil atual, onde os setores mais reacionários da nossa sociedade (que nada mais são que os herdeiros dos apoiadores civis do golpe de 1964), através de seu poder midiático e econômico, usarem episódios como o julgamento do mensalão e a crise na Petrobrás como forma de desgastar e desmoralizar o governo petista e assim pavimentar o caminho para um possível novo golpe que coloque no poder alguém mais afinado com seus interesses que o PT. Tendo em vista isso, o presente trabalho pretende fazer uma análise da situação que se passa com a Ucrânia (para além do que é dito pela grande mídia), suas raízes históricas e suas várias implicações para o mundo. O caráter do golpe e antecedentes Mas afinal, do que se trata esse golpe na Ucrânia? A nível interno isso nada mais foi que uma disputa entre oligarcas. Yanukovych era um representante do clã Donetsk, do leste do país. Com a sua derrubada entrou um grupo mais ligado às regiões ocidentais do país. E estes querem um maior alinhamento da Ucrânia com o Ocidente, a ponto de querer que ela entre na União Europeia e na OTAN. E é ai que entra a questão da Rússia. Uma Ucrânia na OTAN deixará a Rússia (que já enfrentou situações similares nas terras ucranianas na Grande Guerra do Norte entre 1700 a 1721, na Guerra Polaco-Soviética de 1919 a 1921 e na Segunda Guerra Mundial) em uma situação 1 BLAMIRES, Cyprian. JACKSON, Paul. World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1. Santa Barbara: ABC-CLIO, 2006. p. 104-128. Leia-se Yanukóvych, pois no ucraniano, assim como no russo, no bielorrusso, no inglês, no espanhol, no mandarim e outros a partícula ch (cirílico ч) tem valor de tch. 2 muito delicada, na medida em que permitirá que se promova uma invasão em larga escala ao território russo. Em outras palavras, uma nova Operação Barbarossa. E quem são esses elementos de Extrema Direita que estiveram no golpe e que agora estão na linha de frente da guerra junto com o Exército Ucraniano tentando fazer uma limpeza étnica contra os russos que vivem no sul e no leste do país, de forma a repetir o que foi feito pela Croácia em 1995 contra os sérvios que viviam em Krajina3? Eles são os herdeiros político-ideológicos de líderes nacionalistas ucranianos como Stepan Bandera e Roman Shukhevych, os líderes do grupo paramilitar OUN-UPA4, os quais colaboraram com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nas narrativas sobre a Segunda Guerra Mundial muitas vezes se dá a impressão de que os alemães fizeram tudo o que fizeram sozinhos, quando na verdade eles tiveram vários colaboradores por onde passaram, muitos dos quais formaram unidades próprias na Waffen5 SS. Entre os principais colaboradores dos nazistas na Segunda Guerra Mundial estão Ante Pavelich na Croácia, Philipe Pétain6 na França, Miklós7 Horthy na Hungria, Andreï Vlassov na Rússia, Vidkun Quisling na Noruega, entre outros. Hoje em dia Bandera é visto como um herói na parte oeste da Ucrânia, em especial na Galícia, a ponto de em várias manifestações de rua no norte e no oeste do país pessoas terem carregado retratos de Bandera e a bandeira rubro-negra da OUN-UPA. Mas em países como Polônia, Tchecoslováquia, Belarus, Hungria e Rússia, o mesmo Bandera é visto como um criminoso pró-nazista devido a seus crimes de limpeza étnica nos anos 1930 e 1940. A Ucrânia, assim como a Venezuela em 2002, já passou por um golpe similar anteriormente, mais precisamente no ano de 2004. Mas, diferentemente do que aconteceu na Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez foi restituído a seu cargo, o golpe na Ucrânia teve sucesso. Tais golpes muitas vezes recebem o elegante nome de revoluções coloridas. O primeiro desses golpes foi a Revolução Bulldozer na Sérvia em 2000. A queda de Slobodan Miloshevich foi seguida pela Revolução Rosa na Geórgia em 2003 e pela Revolução das Tulipas no Quirguistão em 2005. Ainda tentaram-se em Belarus em 2006 e 2010 golpes contra Aleksander Lukashenko (Revolução Branca), que não tiveram o mesmo sucesso dos anteriores graças a enérgica ação da polícia bielorrussa. E no Irã, em 2009 ocorreu a Revolução Verde, que fracassou após a confirmação da vitória eleitoral de Mahmoud Ahmadinejad. Na Ucrânia o golpe teve o nome de Revolução Laranja (em ucraniano Pomarancheva revolyutsiya/Помаранчева революція), e aconteceu em 2004, levando ao poder um grupo pró-Ocidente, liderado por Viktor Yushchenko (presidente) e a oligarca Yulia Tymoshenko (primeira-ministra). As revoluções coloridas de populares não tem nada, muito menos de democráticas. Em outras palavras, falsas revoluções. Tais revoluções acontecem quando parte das elites, aproveitando-se do descontentamento socioeconômico do povo e os interesses geopolíticos das Grandes Potências, organiza um golpe de Estado contra o grupo governante sem mudar em nada na situação econômica do país ou mesmo piorá-la. Aliás, se formos ver os golpes civil-militares na América Latina nos anos 1960 e 1970 nada mais foram que Revoluções Coloridas. Com a diferença que as segundas carecem do elemento militar das primeiras, dando-lhes uma aparência menos golpista. A Revolução Laranja começou com as denúncias de corrupção e fraude eleitoral por parte de observadores nacionais e estrangeiros nas eleições presidenciais ucranianas 3 Leia-se Kraiina, pois no servo-croata, assim como no alemão, no holandês, no polonês, no húngaro, nos idiomas escandinavos e bálticos, no eslovaco e outros idiomas do norte, centro e leste da Europa, a partícula j tem valor de i. 4 Em ucraniano Organizatsiya Ukraïns’kikh Natsionalistiv-Ukraïns’ka Povstans’ka Armiya (Organização dos Nacionalistas Ucranianos-Exército de Libertação da Ucrânia/cirílico ucraniano Органiзацiя Украïнських Нацiоналiстiв-Українська Повстанська армія). 5 Leia-se Vaffen, pois no alemão, assim como no polonês, a partícula w tem valor de v. 6 Leia-se Petên, pois no francês a partícula ai tem valor de ê. 7 Leia-se Mikloch, pois no húngaro a partícula s tem o mesmo valor que o ch no francês e no português. entre o fim de 2004 e o começo de 2005. Isso foi o estopim para o início de uma onda de protestos, principalmente na capital Kiev, e a invalidação das votações de 21 de novembro que deram vitória a Viktor Yanukovych. Novas eleições foram ordenadas pela Suprema Corte da Ucrânia no dia 26 de dezembro de 2004, as quais foram consideradas como “livres e justas” por observadores nacionais e estrangeiros. Desta vez, Yushchenko venceu com 52% dos votos contra 44% para Yanukovych. Antecedentes Mas, antes de entendermos a fundo a situação na Ucrânia algumas considerações sobre seu desenvolvimento histórico, sua gênesis e suas divisões internas. Rússia, Ucrânia e Belarus nasceram de um mesmo ethos, o estado Rus’ medieval fundado por Rurik em 862. Inicialmente centrado em Novgorod, após a morte de seu fundador (879) a capital mudou-se para Kiev, situada bem mais ao sul. Inicialmente pagã, a Rus’ de Kiev se cristianizou em 988 com São Vladimir de Kiev, adotando o cristianismo ortodoxo bizantino. Em 1054 a Rus’ de Kiev se estilhaçou em vários principados independentes, tais como Novgorod, Vladimir-Suzdal, Ryazan, Minsk, Vitebsk, Kiev, Chernigov, Pereyaslavl e Galícia-Volínia. Em 1223 os mongóis fizeram sua primeira incursão nas terras russas, vencendo um exército russo-cumano na batalha do rio Kalka. Entre 1237 a 1240, sob a liderança de Batu Khan8 e o general Subotaï, os mongóis conquistaram os principados russos, assim como os povos das estepes ao sul. A campanha russa foi seguida da devastação da Polônia, da Hungria e da Bulgária no ano seguinte. Ao fim da campanha europeia Batu Khan instituiu seu domínio sobre os principados russos, exercido através de uma relação de vassalagem tributária (Barraclough 1995: 114-115)9. Com o domínio mongol, diferentes orientações apareceram dentro das terras russas: Alexandre Nevskiï, príncipe de Novgorod e notório por ter vencido os suecos na batalha do rio Neva em 1240 e os Cavaleiros Teutônicos em 1242 na batalha do lago Chudskoe, aliou-se aos mongóis, a ponto de ter recebido em 1252 de Batu Khan o título de Grão-Duque de Vladimir-Suzdal. Já a oeste, no Principado da Galícia, o príncipe Danylo procurou ajuda ocidental para poder se livrar do domínio mongólico, mas seu intento malogrou com a expedição do general mongol Burundaï sobre seus domínios em 1258/1259. Vencido Danylo, Burundaï e suas hostes incursionaram no inverno seguinte na Polônia. As terras bielorrussas, por sua vez, caíram na mesma época sob o domínio lituano (Chambers 1979: 161-181)10. O domínio mongólico sobre as terras russas permaneceu forte até por volta de 1360, enfraquecendo-se por causa de conflitos e crises intestinas dentro da própria Horda. Aproveitando-se dessa situação, Polônia e Lituânia anexam grandes áreas da antiga Rus’, incluindo a Galícia-Volínia, Kiev e Chernigov. Diante dessa situação os khans da Horda de Ouro passam a apoiar o principado de Moscou, e este com o tempo impôs seu poder sobre os demais principados, dando origem ao estado russo moscovita e tornando-se independente da Horda de Ouro em 1480. Uma vez independente, a Rússia moscovita deu início a um grande movimento expansionista. Como no oeste e no norte havia poderes mais fortes e organizados tais como o Império Otomano e a Polônia-Lituânia, a expansão foi mais lenta e tímida, ao passo que no leste a expansão foi bem mais rápida e vigorosa. A Ucrânia oriental foi conquistada entre 1654 a 1667, mas só com as partilhas da Polônia (1772, 1793 e 1795) que o resto da Ucrânia (exceto a Galícia, conquistada pela Áustria em 1772) foi conquistado, junto com Belarus, Letônia e Lituânia. Após a Revolução Russa de 1917 e a vitória dos vermelhos 8 Leia-se Rran, pois no mongol, assim como no russo, no farsi e no árabe, a partícula kh (cirílico x) tem o mesmo valor que o j no espanhol, o ch no alemão e no polonês e o h no inglês, no húngaro e no sérvio. 9 BARRACLOUGH, Geoffrey. 4. ed. Atlas da História do mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 1995. p. 114-115. 10 Chambers, Joseph. The devil’s horsemen: The Mongol invasion of Europe. Londres: Cassel Publishers, 1979. p. 161-181. na Guerra Civil de 1918 a 1922, Belarus e Ucrânia foram divididas entre a Rússia soviética e a Polônia restituída. Só em 1939 que a URSS anexou o resto da Ucrânia e de Belarus (Barraclough: 114-227)11. Quando a Alemanha nazista lançou a Operação Barbarossa em 22 de junho de 1941, três grupos de exércitos invadiram a URSS: um ao norte, através dos países bálticos na direção de Leningrado (atual São Petersburgo); outro pelo centro, passando por Belarus visando tomar Moscou; e um ao sul pela Ucrânia. No oeste da Ucrânia, principalmente na Galícia, os nazistas foram acolhidos como libertadores por grande parte da população. Em maio de 1943 foi criada a 14ª divisão de granadeiros da Waffen SS, a divisão Galychyna. Mas, ao mesmo tempo em que o colaboracionismo com os nazistas era forte no oeste, no leste a situação era completamente diferente, já que a lealdade ao poder soviético era dominante e praticamente geral. A partir do final de 1941 e começo de 1942 os sucessos nazistas começaram a minguar com o fracasso do cerco a Moscou. Na primavera de 1942 os nazistas conquistaram a Criméia e o Donbass, e no verão avançaram até as proximidades de Stalingrado (atual Volgogrado) no médio Volga. Em Stalingrado os nazistas sofreram uma derrota decisiva nas mãos do general Georgiï Zhukov12, seguido da derrota da Operação Cidadela em Kursk e a libertação a Ucrânia oriental em outubro e novembro de 1943, assim como de Smolensk, Bryansk e Belarus oriental. O ano de 1944 marcou o fim da presença nazista em solo soviético com a “Operação Bagration”. Na mesma época também foram libertadas Romênia, Bulgária, Tchecoslováquia e Hungria, além de ajudar Tito na libertação da Iugoslávia. A guerra na Europa chegou ao fim com a tomada de Berlim em 1º de maio de 1945 (Ieremeiev, 1985: 13-109)13. No pós-guerra a Polônia comunista lutou contra os remanescentes da OUN-UPA até 1947 e a URSS até 1949. Com a morte de Shukhevych em 1950 nas mãos da NKVD, o grupo perdeu sua capacidade combativa. Após a guerra Stepan Bandera se refugiou na Alemanha, aonde veio a ser morto pelo espião soviético Aleksander Shelyepin em 1959. Mas isso não significou o fim dos nazistas ucranianos. Através da organização ODESSA14 e das rotas de fuga conhecida como ratlines, muitos dos oficiais nazistas e seus colaboradores fugiram da Europa para locais como o Oriente Médio, América do Sul, Estados Unidos e Canadá. Um político dos EUA chamado Frank Wisner deu abrigo em seu país a muitos antigos colaboradores dos nazistas de países como Ucrânia, Croácia e Hungria (Martens 2003: 144)15. Com o fim da URSS e a independência em 1991, a Ucrânia, tal como a Rússia durante a Era Yeltsin e ao contrário do que aconteceu em Belarus após a ascensão de Lukashenko ao poder, foi flagelada por um processo de privataria onde grande parte do antigo patrimônio estatal soviético passou para a mão de oligarcas a preço de banana. Com tal patrimônio em mãos, os oligarcas passaram a usá-lo como um mero meio de enriquecimento à custa da miséria do povo, assim como passaram a influenciar por trás das cortinas a política do país. Mas para o povo a situação só piorou com o fim da URSS. Problemas como o desemprego, a miséria, a fome, a contaminação por AIDS, vício em drogas, prostituição e abandono de crianças passaram a grassar pelo país. Na política a corrupção em todos os níveis também aumentou vertiginosamente. Mas, diferente do que ocorreu na Rússia após a subida de Vladimir Putin ao poder em 2000, em que uma parte significativa da oligarca pós-soviética foi presa e/ou exilada, a situação não mudou em nada na Ucrânia, mesmo com as sucessivas mudanças de 11 BARRACLOUGH, Geoffrey. 4. ed. Atlas da História do mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 1995. p. 114-227. Leia-se Jukov, pois no russo a partícula zh (cirílico Ж) tem valor de j. 13 IEREMEIEV, Leonid. A 40 anos da vitória: a União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Revan, 1985. p. 13-109. 14 Organisation der ehemaligen SS-Angehörigen (em alemão Organização dos ex-membros da SS). 15 MARTENS, Ludo. Stalin – Um novo olhar. Rio de Janeiro: Revan, 2003. p. 144. 12 governo. Uma das medidas que Yushchenko e Tymoshenko tomaram foi transformar Roman Shukhevych e Stepan Bandera em heróis da Ucrânia, assim como passaram a promover a história do Holodomor como uma justificativa para suas políticas de distanciamento com a Rússia e maior aproximação com o Ocidente. Mas isso chegou ao fim em 2010 com a eleição de Viktor Yanukovych. Stepan Bandera e Roman Shukhevych tiveram seus títulos revogados em 2011. Conclusão: a crise de hoje. No fim de 2013 a Ucrânia volta a ser palco de uma onda de protestos (principalmente em Kiev) devido ao fato de o presidente Viktor Yanukovych ter se recusado a fazer um acordo de associação com a União Europeia no dia 21 de novembro de 2013. Acordo esse que seria extremamente nefasto para o país. Além disso, a entrada da Ucrânia no bloco também significaria a entrada do país na OTAN. No dia 27 de fevereiro foi revogada uma lei de 2012 assinada por Yanukovych que dava aos idiomas falados pelas minorias étnicas do país tais como os russos do sul e do leste e os húngaros e tchecos das respectivas zonas fronteiriças o status de idiomas nacionais. Temendo que venham a ter o mesmo destino dos sérvios de Krajina na década de 1990 os russoucranianos da Crimeia pediram a proteção da Rússia, e esta interveio militarmente. A intervenção militar foi seguida de um referendo no qual foi decidido que a Criméia volta a fazer a parte da Rússia e as regiões de Lugansk e Donetsk se proclamando Repúblicas Populares. No dia 22 de maio as duas Repúblicas se fundiram formando o Estado Federal da Nova Rússia (russo Federativoe Gosudarstvo Novorossiya/Федеративное государство Новороссия). Desde então o sudeste da Ucrânia tem sido palco de batalhas entre de um lado os milicianos da Nova Rússia (reforçados por contingentes vindos de países como Rússia, Belarus, Sérvia, Alemanha, França, Espanha, Noruega, Hungria, Polônia e outros) e de outro o Exército Ucraniano, os batalhões privados dos oligarcas e os grupos neonazistas (os quais têm como patronos os oligarcas). E devido aos combates muitos dos russo-ucranianos buscaram asilo na Rússia. Fontes Crise Ucraniana: os crimes de Stepan Bandera. Disponível em: http://apaginavermelha.blogspot.com.br/2014/06/crise-ucraniana-os-crimes-destepan.html Dividir a Ucrânia para conquistar a Rússia. Disponível em: http://guiademoscou.blogspot.ru/2014/03/dividir-ucrania-para-conquistar-russia.html Guerra na Ucrânia. Disponível em: http://guerra-na-ucrania.webnode.com/ O verdadeiro Holodomor que o capitalismo trouxe para a Ucrânia. Disponível em: http://mundoalternativo360.blogspot.com.br/2013/04/o-verdadeiro-holodomor-queo.html. Protestas prorussas en Ucrania de 2014. Disponível em: http://es.wikipedia.org/wiki/Protestas_prorrusas_en_Ucrania_de_2014 Revoluciones de color. Disponível em: http://es.wikipedia.org/wiki/Revoluciones_de_colores Ucrânia Hoje. Disponível em: http://legio-victrix.blogspot.com.br/2014/08/valentin-rusovucrania-hoje.html Ucrânia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ON1HiORUrts CHAMBERS, Joseph. The devil’s horsemen: The Mongol invasion of Europe. Londres: Cassel Publishers, 1979. BARRACLOUGH, Geoffrey. 4. ed. Atlas da História do mundo. São Paulo: Folha de São Paulo, 1995. BLAMIRES, Cyprian. JACKSON, Paul. World Fascism: A Historical Encyclopedia, Volume 1. Santa Barbara: ABC-CLIO, 2006. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=nvD2rZSVau4C&printsec=frontcover&hl=ptBR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false IEREMEIEV, Leonid. A 40 anos da vitória: a União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Revan, 1985. KALIL, Gilberto. Os integralistas e o golpe de 1964. Disponível em: http://marxismo21.org/wp-content/uploads/2013/03/gilberto.pdf MARTENS, Ludo. Stalin – Um novo olhar. Rio de Janeiro: Revan, 2003.