O papel dos hormônios no controle do metabolismo intermediário

Propaganda
O papel dos hormônios no controle do metabolismo intermediário
As fases do Metabolismo energético:
Fase anabólica e catabólica
café da manhã
almoço
lanche da tarde jantar
sono noturno
fase catabólica
fase anabólica
A FASE ANABÓLICA
alimentação
glicose sangüínea
Pâncreas
INSULINA
A FASE CATABÓLICA
Sono, exercício físico,
estresse, etc...
Jejum
Supra-renais
glicose sangüínea
Pâncreas
CORTISOL
ADRENALINA
GLUCAGON
O GH também!!!!
O pâncreas conecta-se à parte inicial do intestino delgado
(abaixo do estômago)
Pâncreas
Ducto
Pancreático
Intestino
Delgado
O pâncreas é formado por dois tecidos:
9 Ácinos – secretam suco digestivo no duodeno;
9 Ilhotas pancreáticas – secretam hormônios para o sangue.
Ilhotas
pancreáticas
ácinos
Existem cerca de 1 milhão de ilhotas no pâncreas!
Células α (20%) –
secretam glucagon
Células β (65%) –
secretam insulina
Existem cerca de 1 milhão de ilhotas no pâncreas!
Células δ (10%) –
Células PP (5%) –
secretam somatostatina
secretam polipeptídeo
pancreático
Controle da secreção de insulina
Mecanismos de ação insulina na musculatura esquelética
Efeitos gerais da Insulina:
Captação de glicose na musculatura esquelética e cardíaca,
tecido adiposo e glândula mamária;
Deposição de glicogênio, principalmente no fígado e
músculo;
Mobilização de glicogênio;
Neoglicogênese;
Lipogênese;
Lipólise;
Captação de aminoácidos nos músculos e fígado;
Síntese de proteínas;
Proteólise.
Efeito da insulina no fluxo geral de combustíveis
A sensibilidade de diferentes espécies à insulina pode
estar relacionada aos seus hábitos alimentares
Carnívoros são, em geral, mais sensíveis à insulina que os
herbívoros. Por quê?
Efeitos gerais do Glucagon:
Hiperglicemia;
Deposição de glicogênio, principalmente no fígado;
Mobilização de glicogênio e sua conversão em glicose no
fígado;
Proteólise;
Mobilização de aminoácidos e neoglicogênese;
Lipogênese;
Concentração plasmática de ácidos graxos e lipólise.
Efeito do glucagon no fluxo geral de combustíveis
Os hormônios das adrenais
Contêm duas partes funcionais distintas
ƒ medula adrenal – 20 %
ƒ córtex adrenal – 80 %
As 3 Camadas do Córtex Adrenal
ƒ Medula produz as catecolaminas:
adrenalina e noradrenalina
ƒ Córtex produz hormônios esteróides
Mineralocorticóides - Aldosterona
Glicocorticóides – Cortisol
Androgênios - Diidroepiandrosterona (DHEA)
Androstenediona
Colesterol
Pregnenolona
Progesterona
17-hidroxipregnenolona
17-hidroxiprogesterona
Aldosterona
Cortisol
Androgênios
(glomerulosa)
(fasciculada)
(reticular)
Efeitos gerais das catecolaminas:
Hiperglicemia e concentração de ácidos graxos no plasma;
Mobilização de glicogênio e sua conversão em glicose no
fígado e nos músculos;
Lipólíse no fígado e músculos.
Efeitos gerais do corticosteróides:
Hiperglicemia;
Deposição de glicogênio no fígado;
Mobilização de glicogênio e sua conversão em glicose no
fígado e músculos;
Proteólise muscular e mobilização de aminoácidos;
Neoglicogênese no fígado;
Lipogênese e síntese protéica;
Ação lipolítica da epinefrina, glucagon e GH.
O efeito dos corticosteróides de poupar o uso de glicose como
substrato energético é particularmente importante durante o jejum.
Os hormônios da Tireóide
- A Glândula Tireóide é formada por folículos
- Os folículos são responsáveis pela síntese, armazenamento e
liberação dos hormônios T3 e T4
- as células C são responsáveis pela síntese, armazenamento
e liberação da calcitonina
Síntese, armazenamento e secreção dos hormônios tireoideanos T3 e T4.
T3 e T4 são
transportados no
sangue ligados à
TBG.
T4 é a forma mais
comum no sangue,
porém, T3 é a forma
ativa.
T4 é desiodado a T3
nos tecidos-alvo.
Efeitos gerais dos hormônios
da Tireóide:
Taxa metabólica;
Produção de calor;
Síntese protéica
(citocromo oxidase e Na+K+ATPase, por exemplo);
Crescimento e
diferenciação de tecidos
(estimula expresão do gene
do GH, por exemplo);
Papel permissivo no efeito de
diversos outros hormônios
que controlam o metabolismo
intermediário.
Hormônios e a taxa metabólica de repouso
Os hormônios da Tireóide são moduladores da atividade
metabólica em vertebrados.
Alteram síntese protéica
(regulação nuclear)
Enzimas
mitocondriais
Alteram composição das
membranas (regulação
citoplasmática)
Transporte iônico,
crescimento (gasto energia)
Efeito permissivo para
outros hormônios
(
receptores βadrenérgicos)
Mesmo quando a temperatura corpórea é a mesma,
um rato apresenta maior atividade secretora da
Tireóide que um lagarto!
Hormônios e a termogênese
Tireoidectomia em roedores pode comprometer sua sobrevivência em
climas frios.
Bloqueio de receptores β-adrenérgicos em camundongos antes de sua
transferência de uma temperatura de 25 para 0oC resulta em morte
após três horas de exposição ao frio.
Afinal, o que acontece?
Glicólise
2 ATP
CO2
Piruvato
2 ATP
Ciclo
Krebs
NADH2
FADH2
34 ATP
Cadeia de
elétrons
ATP
sintase
H+
O2
H 20
Calor
Calor
ADP + Pi
Termogenina
H+
ATP
sintase
O estímulo para a mobilização de ácidos graxos e aumento
da produção de calor pelo tecido adiposo marrom é gerado
pelo sistema nervoso simpático, através da
norepinefrina.
A conversão de
T4 em T3
depende da
ativação
enzimática por
estímulo
noradrenérgico,
insulina e
glucagon
A transcrição do gene da UCP-1 é iniciada por uma interação sinergística
entre o receptor do T3 e fatores de transcrição ativados pelo AMPc.
Aclimatação a baixas temperaturas
Aves migratórias no Estado de São Paulo
Duas diferentes estratégias de obtenção das fontes de energia
Alimentam-se
frequentemente
durante sua rota
de migração.
A massa corpórea
mais que dobra em
poucas semanas
antes do início da
migração!
Hiperfagia, eficiência de assimilação de
nutrientes e preferência alimentar
Período pré-migratório
caracteriza-se por um aumento dos
níveis basais de corticosterona:
Atividade de forrageamento
Reservas de gordura
Dendroica coronata
Níveis basais moderados de
glicocorticóides exercem seus efeitos
através dos receptores tipo I, de alta
afinidade
Junco hyemalis
Picos de níveis elevados de glicocorticóides
exercem seus efeitos através dos receptores
tipo II, de menor afinidade (estresse),
exercendo efeitos catabólicos
Preparação para a
migração pode também
envolver aumento na
secreção dos hormônios da
Tireóide
Emberiza bruniceps
Zonotrichia leucophrys gambelli
Prolactina pode aumentar a
deposição de triglicerídeos
no tecido adiposo em algumas
espécies
Durante o jejum, o animal torna-se dependente de seus
estoques endógenos de substratos energéticos. De
quais, vai depender do tempo de jejum…
Longa duração
Curta duração
Mobilização do glicogênio
hepático e muscular
Manutenção do glicogênio
hepático e muscular
Lipólise, neoglicogênese,
proteólise
Catecolaminas e glucagon
Glucagon, glicocorticóides
A lipólise costuma ser preferencial no jejum, sendo a proteólise
preponderante apenas em casos de jejum muito prolongado
A utilização da proteólise durante o jejum têm sido mais
comumente encontrada em ectotermos – alta concentração de
uréia nos fluidos de anfíbios e peixes pulmonados
Durante o jejum prolongado, pode haver também depressão
metabólica associada a uma queda nos níveis plasmáticos dos
hormônios tireoideanos, bem como de seus receptores nos
tecidos alvo
Aves e mamíferos comumente passam por três fases do jejum:
Fase I: fase inicial de ajuste hormonal e metabólico. Pode durar de
um a vários dias. Pode haver diminuição da taxa metabólica de
repouso e início da mobilização dos estoques de lipídios.
Fase II: fase de relativa estabilidade da taxa metabólica e
mobilização de lipídios. Ocorre proteólise a baixas taxas. Pode
estender-se por um longo período.
Fase III: queda na mobilização de lipídios associada à depleção de
seus estoques. Aumento das taxas de proteólise e uso de
aminoácidos para sustentar a neoglicogênese.
O macho do pinguim-imperador
passa por um jejum extremamente
prolongado durante o período de
incubação, podendo chegar a 4
meses, a temperaturas muito
baixas
Padrão endócrino da hibernação
Verão:
Insulina,
Glucagon
Fase de lipogênese.
Mas e o controle da
ingestão alimentar?
O controle da ingestão alimentar se dá através de dois
centros hipotalâmicos
“centro da saciedade”
“centro da fome”
Efeito da lesão do Hipotálamo Ventromedial (VMH) na alimentação
http://salmon.psy.plym.ac.uk/
Controle da ingestão alimentar
detectado
por
Receptores de
insulina e leptina
no hipotálamo
SNA
insulina e leptina
Levam a
Nível de atividade
Taxa metabólica
Glicose
Massa do
tecido adiposo
Lipólise
Neuropeptídeo Y
Ingestão de alimentos
Sensibilidade aumentada ao
Neuropeptídeo Y em Zonotrichia
leucophrys gambelli mantidos em
fotoperíodo longo, resultando em
aumento da ingestão alimentar e ganho
de massa corpórea
Níveis baixos de leptina durante a
fase de pré-hibernação. A injeção de
leptina em esquilos nesta fase reduz
a ingestão alimentar e o ganho de
massa associado
Inverno:
Hipotireoidismo – depressão metabólica
O despertar é caracterizado pelo aumento de
atividade do sistema nervoso simpático e aumento
da produção de calor pelo tecido adiposo marrom
O que deve diferir quando o jejum ocorre concomitantemente ao
exercício, como no caso da migração?
Durante a migração
do salmão, por
exemplo, não ocorre
queda nos níveis
plasmáticos dos
hormônios da
Tireóide.
Download