Vers. 1.0 2016/03/30 Biofísica P5: Resistividade __________________________________________________________________________ 1. Objectivos • Medir valores de diferenças de potencial (ddp) e de intensidades de corrente. • Verificar experimentalmente a importância da existência de transportadores de carga na resistividade elétrica de uma solução. • Identificar as dificuldades inerentes à medição da resistividade elétrica de uma solução. 2. Introdução A resistência elétrica de uma amostra pode ser determinada experimentalmente recorrendo à lei de Ohm: R= V i Se sujeitarmos a amostra a uma diferença de potencial V, irá fluir através desta uma corrente elétrica com intensidade i. Temos então apenas de medir a diferença de potencial imposta e a intensidade da corrente que está a fluir. Para tal alimentamos a resistência com uma fonte de tensão, intercalamos em série com a resistência um amperímetro e em paralelo um voltímetro. Figura 1 – circuito de medição de resistência pela lei de Ohm Dividindo as duas quantidades medidas de acordo com (1), teremos a resistência da amostra. No entanto, se a resistência da amostra for comparável à resistência dos fios condutores (Rfio) então o circuito será: 1/3 Vers. 1.0 2016/03/30 Figura 2 – circuito real de medição de resistência pela lei de Ohm Ou seja, os fios de contacto com a amostra têm impacto na exatidão da medição. Lord Kelvin propôs para estes casos o método dos 4 elétrodos. Com este método é retirada a influência dos fios na medição da resistência da amostra. A ideia é medir a diferença de potencial no interior da amostra. Isso implica que em vez de medir a resistência da substância, mede-se a sua resistividade. O circuito fica então: Figura 3 – aparato experimental pelo método dos 4 elétrodos em que “s” é a distância entre os elétrodos e “e” é a espessura da amostra. Quando a espessura da amostra é muito maior que a distância entre os elétrodos (e>>s), é possível mostrar que a resistividade ρ da amostra será dada por: ρ = 2π s V i 3. Actividade experimental 3.1 Material necessário 1 multímetro, 1 GLX explorer, 1 fonte de tensão, suporte de 4 elétrodos metálicos dispostos em linha e equidistantes, fios de ligação, crocodilos, suporte, proveta graduada, régua, craveira, recipientes de plástico, amostras líquidas. 3.2 Procedimento 3.2.1 Montagem do circuito Realize a montagem do aparato seguindo as instruções abaixo: 1. Verifique a montagem representada na figura 3. 2/3 Vers. 1.0 2016/03/30 2. Ligue os terminais da fonte de tensão aos elétrodos internos. O lado positivo da fonte corresponde ao terminal vermelho e o lado negativo ao terminal preto. 3. Ajuste a diferença de potencial (ddp) da fonte para 10 V utilizando o multímetro na função de voltímetro. 4. Ligue o amperímetro e o voltímetro ao circuito. 5. Meça a ddp e a intensidade da corrente com os elétrodos no ar. 3.2.2 Preparação do recipiente 1. Meça 8 ml de água desmineralizada com a proveta graduada. 2. Despeje a água no recipiente quadrangular. 3. Meça a altura de água com a régua. 3.2.3 Contacto com o líquido Deve demorar no máximo 1 minuto na seguinte sequência: 1. Aproxime lentamente os 4 elétrodos da superfície líquida. 2. Utilize a mola para os ajuste finos de distância. 3. Certifique-se que apenas as pontas dos elétrodos estão em contacto com o líquido. 4. Após o ajuste do contacto deve proceder a uma leitura simultânea da ddp e da intensidade da corrente. 5. Repita a medição um mínimo de 3 vezes. 6. Afaste os elétrodos do líquido. 4. Análise dos resultados Com base nos resultados experimentais responda às seguintes questões: 1. Como é que a resistividade varia com os líquidos testados? 2. Será que a presença de eletrólitos está de alguma forma relacionada com a variação anterior? Como? 3. O que acontece aos portadores de carga quando atingem os elétrodos? 4. Com base nos resultados experimentais, a água desmineralizada é um bom condutor elétrico? e a água do mar? Quantas ordens de grandeza é que diferem as suas resistividades? 3/3