recontorno interproximal

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DEFINIÇÃO
RECONTORNO
INTERPROXIMAL
ANTROPOLOGIA
É o procedimento ortodôntico
alternativo para os casos onde há falta
de espaço ou alteração de tecidos
moles de pequena ordem, onde as
exodontias podem ser consideradas
exageradamente radicais.
ANTROPOLOGIA
As coroas dos dentes posteriores são
mais cônicas que as dos dentes
anteriores, e possuem quase que o
dobro da espessura proximal do
esmalte.
A redução interproximal ( stripping ),
que é usualmente aplicada aos
dentes anteriores, pode resolver
apenas pequenos apinhamentos de 2
a 3mm.
( Shillinbourg, H.T. 1973 )
( Peck H. and Peck S. 1975 )
ANTROPOLOGIA
ANTROPOLOGIA
A situação cotidiana mudou rapidamente.
Até 9mm de espaço podem ser
conseguidos pela redução
interproximal posterior ( slice ). Este
ato significa algo consistente para a
solução de casos limítrofes. Uma
necessidade maior de espaço pode
justificar as extrações.
( Sheridan, J. 2.003 )
Há apenas 500 mil anos o Homem começou a utilizar
o fogo e utensílios primitivos.
O mecanismo de mastigação não acompanhou esta
rápida evolução. Foram 5 milhões de anos de
aprimoramento do sistema processador de alimentos
contra apenas alguns milhares de anos desde a
descoberta do fogo. Portanto, o sistema mastigatório
não teve tempo suficiente para adaptação às novas
condições de alimentação. O mesmo ocorre com
outros sistemas, tais como a coagulação sangüínea.
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ANTROPOLOGIA
FISIOLOGIA
Resumindo:
A natureza não apaga milhões de anos de
desenvolvimento apenas porque o Homem foi
imprudente o suficiente para se auto acelerar
para aquilo que ele auto denomina como um
sofisticado estilo de vida.
Nossa dentição ocupa hoje um papel muito
mais estético do que funcional.
A técnica ARS ( air rotor stripping ) foi descrita
inicialmente em 1985.
Desde então, alguns profissionais tem
acreditado que a redução do esmalte
interproximal pode provocar patologias locais
no próprio esmalte e no periodonto.
Não somos mais “selvagens paleolíticos”.
FISIOLOGIA
Implicações Periodontais:
Estudos antigos eram centrados na idéia
de que a compressão dos tecidos inter
radiculares
por ARS poderia ser a
precurssora do declínio periodontal.
( Prichrad, D. F. 1975 )
FISIOLOGIA
Implicações Periodontais:
Utilizando diferente metodologia, dois autores
chegaram basicamente à mesma conclusão:
Espaços inter radiculares estreitos não são
associados à doença periodontal.
( Tal, H. 1994 )
( Heins, P. G. et al 1988 )
( Kessler, M. 1976 )
FISIOLOGIA
Implicações Periodontais:
( Tal, H. 1994 )
“Bolsas intra ósseas são menos comuns quando a
distância inter proximal é diminuída”.
“ A correlação entre a distância interproximal e a presença
de bolsas intra ósseas foi positiva e estatisticamente
significante. Quanto menor a distância, menor a
possibilidade do desenvolvimento de bolsa, e vice versa”.
FISIOLOGIA
Implicações Periodontais:
( Heins, P. G. et al 1988 )
“Nenhum achado supota a hipótese de que o
osso em espaços inter radiculares estreitos
apresenta alto risco à doença periodontal”.
“ Dados indicam o contrário, onde espaços
maiores , ao invés de menores, podem ser mais
abertos à experiência da perda óssea”.
2
FISIOLOGIA
Implicações Periodontais:
( Heins, P. G. et al 1988 )
Encontraram osso sadio com a espessura inter
radicular mínima de 0,3mm.
Com distâncias menores, não foi encontrado
osso, mas sim ligamento periodontal em comum,
sadio e fisiológico, com ausência total de osso.
FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( Radlanski et al. 1989 ) – Morphology of interdentally
stripped enamel one year after treatment. Am J. Orthod.
Reverteram sua conclusão original, e afirmaram:
“Mesmo com a expectativa de aumento do ínidice de placa,
o estudo revelou uma não incidência de cárie nas frinchas
artificialmente produzidas. Portanto, ARS pode ser
considerada uma técnica terapêutica razoável”.
FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( El-Mangoury et al. 1997 )
“A redução interproximal posterior parece não
expor o esmalte à mudanças patológicas, pois
após um período de 9 meses ocorrerá
remineralização”.
FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( Radlanski et al. 1988 ) – Plaque accumulation
caused by interdental stripping. Am J. Orthod.
Examinaram esmalte interdental posterior após
ARS.
Reportaram que frinchas causadas pelo desgaste
podem aumentar o acúmulo de placa, que não
poderia ser removida por fio dental.
FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( Twesme, D. A. 1994 )
“ARS inicialmente induz à excessiva
desmineralização do esmalte”.
FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( Brudevold, L. 1999 )
“Componentes da saliva começam a repor
o Cálcio numa questão de minutos”.
“A rugosidade produzida pela ARS não predispõe
o esmalte à cárie”.
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FISIOLOGIA
Implicações Cariológicas:
( Hanachi, W. 1998 )
“Quando completa, a remineralização do
esmalte o torna mais resistente que antes
da ARS”.
CONCLUSÕES
Correlacionar ARS com declínio periodontal ou
do esmalte é, no mínimo, questionável.
A solução para apinhamento moderado
( até 8mm ) através da ARS é muito mais viável
que outras opções.
EXPANSÕES
Cortical óssea vestibular
Estabilidade
CONCLUSÕES
ARS não tem a intenção primária de
eliminar as exodontias.
Bolton – excesso de material dental
TÉCNICA DE
RECONTORNO
Antes de 1980 o uso de aparelhos fixos
multibandas limitavam os desgastes à região
anterior ( stripping ) após a remoção das
bandas.
Hoje, os desgastes são viáveis em qualquer
fase do tratamento.
A quantidade de desgaste pode ser
relacionada diretamente com a quantidade de
apinhamento.
TÉCNICA DE
RECONTORNO
MÉTODOS
1. Tiras abrasivas manuais.
Através do recontorno inter proximal, o
tempo de tratamento pode diminuir - espaço
excedente não existe ( como nos casos com
extrações ).
Limitadas aos dentes anteriores
Aplicado a qualquer idade – a quantidade de
esmalte interproximal é a mesma.
Observar movimento lateral dos dentes em seus respectivos
alvéolos ( as tiras podem funcionar como meros separadores ).
Devem ser forçadas contra o ponto de contato.
Movimentos de “vai-e vem”.
Grande probabilidade
interdentais.
de
cortes
superficiais
nas
papilas
4
MÉTODOS
MÉTODOS
2. Discos abrasivos.
3. Brocas montadas em turbinas.
Podem ser aplicadas tanto à região anterior como à posterior –
dimensões específicas.
Extremamente perigosos.
Uso não recondado.
Disk-guard: limita o campo visual.
Brocas cônicas de baixa angulação, especialmente projetadas
para ARS – RAINTREE TM – USA
Risco de travamento – acidentes – língua, bochecha.
Sempre devem ser utilizadas com refrigeração.
Paciente posiciona a língua para o lado oposto, expondo a Artéria
lingual .
Acesso horizontal inicial.
Mono-face ou Dupla-face.
MÉTODOS
MÉTODOS
3. Brocas montadas em turbinas.
“Safe-tipped” – RAINTREE
N.o
Acesso vertical para finalização ( campo aberto ).
TM
– USA
55000 para dentes anteriores
N.o 699st para dentes posteriores
Quanto esmalte pode ser removido em cada
face?
1mm por ponto de contato posterior – 0,5mm cada face – inclusive
caninos.
0,75mm por ponto de contato anterior – 0,375mm cada face.
Posteriores = 2 x 6 X 0,5 = 6mm
Anteriores
Superiores = 2 x 4 x 0,375 = 3mm
Inferiores = 2 x 4 x 0,25 = 2mm
TOTAL = 8mm arcada inferior / 9mm arcada superior
DIRETRIZES
Remoção precisa da quantidade de esmalte planejada.
1. Quantidade de espaço necessário.
2. Quantidade de material a ser removido.
3. relação molar e canina.
Textura final do esmalte próxima à natural.
Contorno seguindo padrão de normalidade morfológica.
Usar todo o espaço disponibilizado pela ARS.
( Sheridan, J. 2003 )
( Nobrega, C. 2003 )
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