SILVIO EDUARDO TELES DOS SANTOS PSICOLOGIA DAS CORES UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú 2000 SUMÁRIO 1.0 – Introdução --------------------------------------------------------------------------------- 04 2.0 - Fatores que influenciam nas escolhas das cores -------------------------------- 05 3.0 - Os estudos de BAMZ -------------------------------------------------------------------- 06 4.0 - Relação corporal à cor: ----------------------------------------------------------------- 07 5.0 - Cor e terapia ------------------------------------------------------------------------------- 08 6.0 - Cor, memória e comunicação --------------------------------------------------------- 08 7.0 - Significado psicológico das cores ---------------------------------------------------- 10 7.1 - Sensações Acromáticas ------------------------------------------------------- 11 7.2 - Sensações Cromáticas ------------------------------------------------------- 11 8.0 - Peso das cores --------------------------------------------------------------------------- 13 9.0 - Teste das cores -------------------------------------------------------------------------- 14 10.0 - Cor e Tipologia ------------------------------------------------------------------------ 15 11.0 - Influência da cor no campo da medicina --------------------------------------- 16 11.1 - Cor e medicina --------------------------------------------------------------- 16 11.2 - Luz Colorida e Medicina -------------------------------------------------- 19 12.0 – Cromoterapia ------------------------------------------------------------------------- 20 12.1 12.2 12.3 12.4 - Processo de cura ------------------------------------------------------------ 20 - Campo eletromagnético --------------------------------------------------- 20 - Aura Humana ----------------------------------------------------------------- 20 - Contra Indicação ------------------------------------------------------------- 21 12.4.1 - Contra-indicação ---------------------------------------------------- 21 12.4.2 - Quais casos pode-se identificar este fato de saturação - 21 12.5 - Classificação das cores na cromoterapia ----------------------------- 22 13.0 - Na Arquitetura ------------------------------------------------------------------------- 23 13.1 13.2 13.3 13.4 - Esquemas de cores --------------------------------------------------------- 24 - Cores quente/frias/neutras ------------------------------------------------ 24 - As cores na ambientação da casa -------------------------------------- 25 - Dicas coloridas --------------------------------------------------------------- 25 14.0 – Conclusão ------------------------------------------------------------------------------ 27 15.0 – Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------28 2 SILVIO EDUARDO TELES DOS SANTOS PSICOLOGIA DAS CORES Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia Visual do curso de Design, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Superior II, sob a orientação da Prof. Regiane Trevisan Pupo UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II Balneário Camboriú 2000 3 1.0 Introdução: Desde os primórdios do homem, as cores estão presentes modificando nossos cotidiano, dando vida a formas e exalando emoções. Neste trabalho iremos mostrar qual é o papel psicológico e envolvente no que se refere as cores e sua influência em nossa vidas. As cores servem como veículo de comunicação, servindo de método de expressão a inúmeros artistas. É comum , entre os que usam este tipo de linguagem na comunicação humana, a classificação das cores em quentes e frias. Todo o elemento de aproximação contribui para a comunicação, por exemplo, determinadas cores dão sensação de proximidade, e outras de distância, igual, se compararmos, pessoas falantes e expressivas que tendem a ter mais facilidade de aproximação do que aquelas que se exprimem ou que um sorriso é pouco comum. Assim, poderíamos afirmar que o emprego das cores em determinadas superfícies é suficiente para dar determinada impressão de aproximação, mas que por sua vez, é influenciado pela iluminação e saturação. 4 2.0 - Fatores que influenciam nas escolhas das cores Existem numerosos estudos consagrados à análise das preferências que os indivíduos manifestam por determinadas cores. Há necessidade, em primeiro lugar, de se tentar sanar um grande inconveniente: as reações que uma mesma cor pode ocasionar e que derivam, às vezes, da utilização que dela se pretende fazer. Se um indivíduo pensa, consciente ou inconsciente, em uma cor com determinado uso que irá fazer dela é evidente que sua relação não é diante da cor em si mas da cor em função de algo. Um exemplo prático da idéia proposta anteriormente pode ser analisada pelos costumes sociais, que são fatores culminante. Isso é provado quando relacionado a situações como a diferenciação de sexo (azul para meninos e rosa para meninas) ou em certos casos, até mesmo a diferenciação de idade entre indivíduos mais jovens e de uma certa idade. Derivando de hábitos sociais estabelecidos durante o longo espaço de tempo, fixam-se atitudes psicológicas que orientam inconscientemente inclinações individuais. Analisemos por exemplo, o seguinte quadro abaixo: Sensações visuais Branco Preto Cinza Vermelho Rosa Azul Objeto Vestido de noiva Noite Manchas imprecisas Sangue Significado Pureza Negativo Tristezas, coisas amorfas Calor, dinamismo, ação, excitação Enxoval de bebê (menina) Graça, ternura Enxoval de bebê (menino) Pureza, fé, honradez Esses significados ficam de tal forma enraizados na cultura de um povo que estamos hoje em condições de ver, na cultura de nosso país o emprego, na linguagem corrente, de sensações visuais para definir estados emocionais ou situações vividas pelo indivíduo. É muito comum ouvirmos frases como estas: - De repente, a situação ficou preta; Fulano estava roxo de raiva; Ela sorriu amarelo; O susto foi tão grande que ela ficou branca; Estava vermelha de vergonha; Para não haver confusão no emprego das cores, foram estabelecidos nomes básico oficiais às cores. Os sinais de trânsito, por exemplo, usam cores com conotações facilmente verificáveis: 5 Vermelho – alarme, perigo; Verde – segurança; Amarelo – atenção; Esses signos visuais realmente só possuem valor real quando podem ser facilmente decodificados por aqueles a que se dirige. Por isso são estudados seus componentes psíquicos, sociais e fisiológicos. Eles visam atingir o indivíduo e impedi-lo à ação rápida, seja esta a obediência ás regras sociais estabelecidas, seja à aquisição de algo. 3.0 – Os estudos de BAMZ Bamz, fez uma pesquisa muito interessante no que se refere a manifestação de um indivíduo a determinada cor. Esse estudo pode conduzir a resultados eficazes no campo mercadológico. Vejamos: Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Lilás Roxo Corresponderia ao período de 1 a 10 anos – idade da efervescência e da espontaneidade; Corresponderia ao período de 10 a 20 anos – idade da imaginação, excitação e aventura: Corresponderia ao período de 20 a 30 anos – idade da força, potência, arrogância; Corresponderia ao período de 30 a 40 anos – idade da diminuição do fogo juvenil; Corresponderia ao período de 40 a 50 anos – idade do pensamento e da inteligência; Corresponderia ao período de 50 a 60 anos – idade do juízo, do misticismo, da lei; Corresponderia ao período além dos 60 anos – idade do saber, da experiência e da benevolência; De fato, os idosos preferem cores escuras, onde as preferências dos adultos refere-se ao azul e ao verde; acrescentando também o vermelho, como reminiscência do seu primeiro período, o infantil. Uma criança absorve 10% da luz azul, enquanto que um ancião absorve cerca de 57%. Nos primeiros meses, a criança enxerga bem e prefere o vermelho, o amarelo, o verde, no mesmo nível preferencial , e depois o azul. Notaremos que o azul vai, na escala de preferência, subindo proporcionalmente de acordo com a idade do indivíduo. Se observarmos os adultos quando efetuam compras para a família, notaremos que os mais idosos preferem comprar produtos contidos em embalagens em que predomina o azul. A preferência nesse caso, leva vantagem de cerca de 50% na venda em relação a produtos com outras cores. Está provado 6 que o indivíduo mais jovem prefere cores fortes, o vermelho, por exemplo, e com uma vantagem de 50% nas vendas em relação as outras cores. 4.0 – Relação corporal à cor: No âmbito da psicologia podemos citar a experiência de Fère, que concluiu que “a luz colorida intensifica a circulação sangüínea e age sobre a musculatura no sentido de aumentar sua força segundo uma seqüência que vai do azul, passando pelo verde, o amarelo e o laranja, culminando no vermelho”. Apesar de não definidas cientificamente, sabe-se que as cores podem influenciar e auxiliar no âmbito educacional e terapêutico. O efeito produzido pela cor é tão direto e espontâneo que se torna difícil acreditar que ele conote apenas experiências passadas. Entretanto, cientificamente, nada comprova a existência de um processo fisiológico que explique o porquê dessa reação física do homem à estimulação da cor. Segundo Atirma Lüscher, experiências com vermelho puro comprovaram que se o indivíduo ficar por algum tempo o observando, desencadeia funções corporais, e estimulações em todo o sistema nervoso: há uma elevação da pressão arterial e nota-se que o ritmo cardíaco se altera. Segundo ele, o vermelho puro atua diretamente sobre o ramo simpático do sistema neurovegetativo. O contrário ocorre quando a cor é o azul. Finalmente conclui-se que o azul é psicologicamente calmante e atua principalmente através do ramo parassimpático do sistema neurovegetativo. A verdade é que todas as experiências comprovam a validade do uso da cor na terapia ou a importância de não usar determinadas cores quando se deseja evitar certos efeitos psíquicos ou fisiológicos. Por exemplo, recomenda-se não pintar de branco o teto do quarto onde um doente tenha de permanecer por muito tempo. Como o branco reflete intensamente a luz, pode ocorre o fenômeno de ofuscamento, que tem o propriedade de ocasionar no doente uma sensação de cansaço e de peso na cabeça, considerando o fato de ele, na maior parte das vezes, ser obrigado a repousar de costas e inevitavelmente, fixar os olhos no teto. O cansaço que parecia ilógico para o indivíduo em repouso encontra assim uma explicação. O uso do azul no forro, em substituição ao branco, e que confere um a sensação de calma, tranqüilidade e bem estar, vem corrobar a opinião de Lüscher sobre as reações corporais do indivíduo a determinadas cores, e a de Léger, que já dizia: “(...) o hospital policromo, a cura pelas cores, um domínio desconhecido que começa a apaixonar os jovens médicos. Salas repousastes, verdes e azuis para os nervosos, outras vermelhas e amarelas para os deprimidos e anêmicos (...) e a influência da luz-cor agiu sobre eles” 7 No campo da Neurologia, podemos citar a experiência de Goldstein com uma de suas pacientes, cuja qual possuía uma parte do cérebro afetada e que quando se vestia de vermelho, perdia o sentido de equilíbrio e sentia enjôos, ao contrário com vestimentas de coloração verde, onde os mesmos sintomas desapareciam. Este tipo de experiência apenas comprova que as cores correspondentes a um comprimento de onda maior ( por exemplo, o vermelho) produzem reações expansivas, já o verde e o azul, corresponde a comprimentos de onda mais curtos, o que tendem a produzir reação de contração. 5.0 – Cor e terapia: A cor possui um vínculo muito forte com a terapia (arteterapia). Numerosos psicólogos aliam seu trabalho a ateliers artísticos, tentando descarregar as tensões do indivíduo pela cartase que a prática artística oferece. Um exemplo foram as experiências feitas pela psicóloga Janie Rhyne, onde utilizara a arte em seu intento de reafirmação e conscientização do seu próprio eu de cada indivíduo. As sessões por ela dirigidas constituem experiências terapeuticamente orientadas em que os participantes trabalham com materiais artísticos para criar pinturas e formas esculpidas como um meio de se tornarem cônscios de si próprio e de seu meio, num nível percentual. Realmente por sua expressividade, a cor tem a capacidade de mais que qualquer outro elemento, liberar as reservas criativas do indivíduo. Essa liberação é fator decisivo na auto-afirmação e auto-aceitação, que, em última análise, é o que visa o terapeuta. Na ludoterapia, terapia pelos brinquedos, por exemplo, a cor tem papel relevante. 6.0 – Cor, memória e comunicação: A melhor definição de memória dentro de toda a imprecisão científica que o termo acarreta é a que encontramos num artigo de Gérard. Diz ele que a “memória é a modificação do comportamento pela experiência”. As interpretações do meio ambiente se realizam no homem em uma determinada parte de seu cérebro, o córtex, par onde são conduzidos os estímulos visuais. Isto acontece também com a visão cromática. Outros cientistas provaram, em 1953, por experiências, que a distinção das cores, sua identificação, sua denominação e quaisquer reações estéticas a elas são todas funções do córtex. O córtex, como sabemos, é a parte do cérebro que se ocupa das sensações conscientes, de onde se conclui que a visão cromática resulta do desenvolvimento e da educação do indivíduo. 8 Entretanto , isso não está científica ou totalmente comprovado, pois há, no processo, um reflexo instintivo que não parece se fundamentar apenas na educação e no desenvolvimento do homem. Lembrar da cor seria resultante da experiência já vividas e armazenadas, mas que, segundo Gérard, prescindem de intervenção da consciência , pois o homem pode se lembrar e relatar, sob hipnose, inúmeros detalhes que sua consciência nunca percebeu. Assim chegamos à conclusão de que um fato é inevitável: mesmo que haja uma parte instintiva na reação da cor, é indiscutível que o homem vai acumulando em sua memória experiências que o definem e o fazem agir de determinadas maneiras no decorrer de sua vida. Essa constatação é importante para o publicitário. Através de pesquisas locais e estudos motivacionais, ele pode orientar a sua publicidade de maneira que ele atinja raízes nativas do indivíduos que integram o grupo a quem ele dirige a mensagem publicitária. É óbvio, por exemplo, que os nordestinos reagem à cor influenciados pelas experiências vividas sob um Sol radiante, que dá aos objetos uma luminosidade vibrante, experiências que não possuem os que vivem em lugares onde os raios solares não tem a mesma intensidade. A memória da cor é diversa nos dois casos, mas ambos reagem a ela, a maior parte das vezes sem que a parte consciente de seu cérebro participe . A inclinação das pessoas de clima quente ao se expressarem mais por determinada cor (especialmente as cores puras) e as de clima frio, ao optarem pela forma e pelas cores frias, talvez esteja ligada ao fato de que, a uma iluminação maior, corresponde a uma recordação mais viva da cor. De qualquer forma, no Brasil, isso é uma realidade facilmente verificável e pode ser fator importante a explorar numa propaganda bem orientada. Em geral nos lembramos das cores que mais nos impressionaram. Não existe, praticamente, uma cor, que por si, se fixe mais no nosso subconsciente. Por ser uma sensação, a cor que mais nos alertou numa definida circunstância, qualquer que seja ela, se fixa facilmente. Não obstante, algumas cores que possuem grau de contraste com suas congêneres apresentam às vezes certa memorização. É o caso de letras e formas em azul, mas não essa cor como fundo, como também a cor amarela em si, fácil de memorizar, com exceção dessa cor aplicada a formas, resultando fraca. O laranja e o violeta são mais fáceis de memorizar, assim também o vermelho bem próximo do violeta, mas bem menos o verde. Uma combinação de verde e amarelo resulta um tanto fraca, mas, se lhe acrescentarmos o laranja ou o vermelho, revigora. Isso é muito importante em 9 termos de Comunicação e especificamente na impressão gráfica de embalagens de produtos, que hoje representam verdadeiros objetos promocionais. A combinação verde e rosa é muito delicada, agradável. Mas difícil de memorizar. Porém se lhe for acrescentado vermelho ao lado do verde, nos lembraremos muito mais. Parece comprovado ser o verde um bom ativante da memória. Não há dúvida de que existe certa relatividade nessa exposição, pois os seres humanos são diferentes, como diferente é o mundo de suas sensações. 7.0 – Significado psicológico das cores A mais de cem anos a humanidade vem usando a cor com a intensidade que vem usando hoje. O número de cores e pigmentos conhecidos antes do século XIX eram muito reduzido, e tinham origem orgânica. Por essa ração eram de difícil aquisição, e somente aqueles com bons fundamentos financeiros poderiam adquiri-los. A utilização de derivados do alcatrão, bem como de óxidos metálicos, alteraram bastante o processo de elaboração das cores. Cada indivíduo reage de diferentes formas a determinada cor, dependendo de sua intensidade, luminosidade e saturação. Entretanto os pisicólogos estão de comum acordo quando atribuem certos significados a determinadas cores que são básicas para qualquer indivíduo que vive dentro de nossa cultura. As cores constituem estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou não de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir. Muitas preferências sobre as cores se baseiam em associações ou experiências agradáveis tidas no passado, e portanto, torna-se difícil mudar a preferência sobre as mesmas. A ciência experimental permitiu determinar fatos, formular hipóteses e teorias, solucionar problemas atribuídos à natureza humana, seja no seu aspecto psíquico, seja no fisiológico. As cores fazem parte da vida do homem porque são vibrações do cosmo que penetram em seu cérebro, para continuar vibrando e impressionando sua psique, para dar um som e um colorido ao pensamento e às coisas que o rodeiam; enfim, para dar sabor à vida, ao ambiente. É uma dádiva que lhe oferece a natureza na sua existência na terrena. 10 Portanto eis o que os cientistas estabelecem a respeito do significado psicológico das cores: 7.1 – Sensações Acromáticas Branco: - Associação material: batismo, casamento, cisne, lírio, primeira comunhão, neve, nuvens em tempo claro, areia clara. - Associação afetiva: ordem, simplicidade, limpeza, bem, pensamento, juventude, otimismo, piedade, paz, pureza, inocência, dignidade, afirmação, modéstia, deleite, despertar, infância, alma, harmonia, estabilidade. - A palavra banco nos vem do germânico blank (brilhante). Simboliza a luz, e nunca é considerado cor, pois de fato não é. Se para os orientais é a morte, o fim, o nada. Representa também, para nós ocidentais, os vestíbulo do fim, isto é , o medo ou representa um espaço (entrelinhas). Preto: - Associação material: sujeira, sombra, enterro, noite, carvão, fumaça, condolência, morto, fim, coisas escondidas. - Associação afetiva: mal, miséria, pessimismo, sordidez, tristeza, desgraça, dor, temor, intriga. - Deriva do latim niger (escuro, preto, negro). Nós utilizamos o vocábulo “preto”, cuja etimologia é controvertida. É expressivo e angustiante ao mesmo tempo. É alegre quando combinado com certas cores. As vezes tem conotação de nobreza, seriedade. Cinza: - Associação material: pó, chuva, ratos, neblina, máquinas, mar sob tempestade. - Associação afetiva: tédio, tristeza, decadência, velhice, desânimo, seriedade, sabedoria, passado, finura, pena, aborrecimento, carência vital. - Do latim cinicia (cinza) ou do germânico (gris, cinza); nós utilizamos o termo de origem latina. Simboliza a posição intermediária entre a luz e a sombra. Não interfere junto as cores em geral. 7.2 – Sensações Cromáticas Vermelho: - Associação material: rubi, cereja, guerra, lugar, sinal de parada, perigo, vida, Sol, fogo, chama, sangue, combate, lábios, mulher, ferida, rochas vermelhas, conquista, masculinidade. - Associações afetivas: dinamismo, força, baixeza, energia, revolta, movimento, barbarismo, coragem, furor, esplendor, intensidade, paixão, vulgaridade, poderio, vigor, glória, calor, violência, dureza, 11 - excitação, ira, interdição, emoção, ação, agressividade, alegria, comunicativa, extroversão. Vermelho nos vem do latim vermiculos (verme, inseto). Desta se extrai uma substância escarlate, o carmim, e chamamos a cor de carmesim [do árabe : qimezi (vermelho bem vivo ou escarlate)]. Simboliza uma cor de aproximação, de encontro. Laranja (corresponde ao vermelho moderado): - Associação material: outono, laranja, fogo, pôr do Sol, luz, chama, calor, festa, perigo, aurora, raios solares, robustez. - Associação afetiva: força, luminosidade, dureza, euforia, energia, alegria, advertência, tentação, prazer, senso de humor. - Laranja origina-se do persa narang, através do árabe naranja. Simboliza o flamengar do fogo. Amarelo: - Associação material: flores grandes, terra argilosa, palha, luz, topázio, verão, limão, chinês, calor de luz solar. - Associação afetiva: iluminação, conforto, alerta, gozo, ciúme, orgulho, esperança, idealismo, egoísmo, inveja, ódio, adolescência, espontaneidade, variabilidade, euforia, originalidade, expectativa. - Amarelo deriva do latim amaryllis. Simboliza a cor da luz irradiante em todas as direções. Verde: - Associação material: umidade, frescor, diafanidade, primavera, bosque, águas claras, folhagem, tapete de jogos, mar, verão, planície, natureza. - Associação afetiva: adolescência, bem estar, paz, saúde, ideal, abundância, tranqüilidade segurança, natureza, equilíbrio, esperança, serenidade, juventude, suavidade, crença, firmeza, coragem, desejo, descanso, liberalidade, tolerância, ciúme. - Verde vem do latim viridis. Simboliza a faixa harmoniosa que se interpões entre o céu e o o Sol. Cor reservada e de paz repousante. Cor que oferece o desencadeamento de paixões. Verde Azulado: - Associação afetiva: persistência, arrogância, obstinação, amor próprio, elasticidade da vontade. Azul: - Associação material: montanhas longínquas, frio, mar, céu, gelo, feminilidade, águas tranqüilas. - Associação afetiva: espaço, viajem, verdade, sentido, afeto, intelectualidade, paz, advertência, precaução, serenidade, infinito, medição, confiança, amizade, amor, fidelidade, sentimento profundo. 12 - Azul tem origem no árabe e no persa lázúrd, por lazaward (azul). É a cor do céu sem nuvens. Dá a sensação de movimento para o infinito. Roxo: - Associação material: noite, janela, igreja, aurora, sonho, mar profundo. - Associação afetiva: fantasia, mistério, profundidade, eletricidade, dignidade, justiça, egoísmo, grandeza, misticismo, espiritualidade, delicadeza, calma. - Roxo nos vem do latim russes (vermelho-carregado). Cor que possui um forte poder microbicida. Marrom: - Associação material: terra, águas lamacentas, outono, doença, sensualidade, desconforto. - Associação afetiva: pesar, melancolia, resistência, vigor. - Marrom, do francês marron (castanho) Púrpura: - Associação material: vidência, agressão, furto, miséria. - Associação afetiva: engano, calma, dignidade, auto controle, estima, valor. - Púrpura deriva do latim purpura. Simboliza a dignidade real, cardinalícia. Violeta: - Associação afetiva: engano, miséria, calma, dignidade, auto controle, violência, furto, agressão. - Violeta é diminutivo do provençal antigo viula (viola). Essa cor possui bom poder sonífero. Vermelho alaranjado: - Associação material: ofensa, agressão, competição, operacionalidade, locomoção. - Associação afetiva: desejo, excitabilidade, dominação, sexualidade. 8.0 – Peso das cores: As cores exercem diferentes efeitos psicológicos sobre o organismo humano e tendem, assim, a produzir vários juízos e sentimentos. Aparentemente, damos um peso as cores. Na realidade , olhando para uma cor, damos um valor-peso, mas é somente um peso psicológico. Em experiência realizadas, foram atribuídos pesos diferente a objetos iguais, mas cada um desses pintados numa cor: preto, vermelho, púrpura, cinza, 13 azul, verde, amarelo, branco. Colocaram-se, a certa distância um do outro, os oito objetos, quase iguais na composição, mas todos do mesmo tamanho, sendo cada um deles de cor diferente. As pessoas presentes foram informadas de que os objetos expostos possuíam um peso que variam de 3 a 6 quilos. O resultado provou a existência de um peso aparente, devido à cor. Entre o preto e o branco, colocados nos dois extremos, registrou-se a diferença de 2,5 Kg. Na realidade todos os objetos eram do mesmo peso: 4 Kg - Amostra: sete recipientes iguais com tampa, pintados com “branco”, “preto”,”cinza”, vermelho, amarelo, verde e azul. Peso informado: de 50 a 300 gramas cada. Resultado da escolha dos recipientes e na ordem do mais pesado ao mais leve, pelos entrevistados (1.000) + pesado “preto” (300g) verde (250g) + leve Azul (200g) Vermelho (150g) “Cinza” (100g) Amarelo (80g) “Branco” (50g) Porcentagem de escolha do mais pesado ---------------------83% “Preto” Porcentagem de escolha do mais leve -------------------------96% “branco” Cor próxima do mais pesado -------------------------------------33% verde Cor próxima do mais leve------------------------------------------33% amarelo Outra cor perto do pesado-----------------------------------------17% azul Outra cor perto do leve---------------------------------------------20% “cinza” Cor no meio da escala de peso aparente----------------------17% vermelho Todos os recipientes tinham o mesmo peso, ou seja, 200 g, que as pessoas tentavam avaliar visualmente, isto é, sem tocar nos objetos. 9.0 – Teste das cores: Como já visto anteriormente, cada indivíduo reage distintamente aos impactos das cores, e apesar das inúmeras dúvidas que a ciência todavia não solucionou, algo é inegável: sejam quais os motivos que impulsionam o homem, é importante, especialmente no campo mercadológico, conhecer as suas preferências. A publicidade não é feito a esmo. Ela tem um fim: atingir um indivíduo através de uma mensagem para incitá-lo a uma ação. Para isso é necessário, conhecer o receptor. Então, neste caso, um teste de cores seria muito interessante, ao qual Lüscher se refere, onde consiste em obter informações psicológicas exatas sobre uma pessoa mediante suas preferências e rejeições por determinadas cores. Vantagens desse método: - Fácil aplicação por leigo; 14 - O indivíduo pode aplicá-lo a si próprio da mesma forma que o aplica nos outros e os resultados podem ser avaliados rapidamente; 10.0 – Cor e Tipologia: A tipologia da caracterologia se propõe, ao menos do ponto de vista teórico-estatístico, a unir, a codificar e a classificar os vários traços de caráter, utilizando para isso um esquema qualquer em que vários tipos caracterológicos possam ser integrados para uma compreensão melhor. Segundo van Kolck, são dois os pólos visados: o eu e o mundo externo. Ele cita Kouwer, que chega afirmar que a “cor é como um elemento base na interação eu-mundo”, e enumera vários autores que empregam o estímulo cromático como elemento diagnóstico para chegar a vários “tipos perceptivos”. Entre eles Jung, que divido os grupos psicológicos em dois, conforme a predominância dos fatores de introversão e extroversão, conferindo ao tipo pensador, o azul; ao sensitivo, o verde; ao sentimental, o vermelho; e ao intuitivo, o amarelo. E Lücher, que propõe uma tipologia baseada na combinação de dois elementos básicos do comportamento: a atividade e a passividade, a autonomia e a heteronomia. Daí resultam quatro tipos psicológicos: os que se inclina à cor azul (os heterônomos passivos), os que tendem ao vermelho (os autônomos ativos), os que apreciam o verde (os autônomos passivos) e os que sofrem a influência do amarelo ( os heterônomos ativos). Van Kolck cita também Rickers Ovsiankina, que havia chagado à conclusão de que os sujeitos que preferem as cores quentes, se caracterizam por uma relação muito íntima com o mundo percebido; são receptivos e abrem-se facilmente às influências exteriores. Possuem calor humano, sugestionam-se facilmente, são afetivos e o que caracterizam suas funções mentais é a rapidez. Nas relações sujeito-objeto, a acentuação cai no objeto . Os indivíduos que se inclínam as cores frias nunca se adaptam espontaneamente ao ambiente, possuem sempre uma atitude de distância em relação ao mundo. Emocionalmente são frios; no relacionamento sujeito-objeto a ênfase cai no sujeito. É fato comprovado que o comportamento do indivíduo é o resultado de uma interação da personalidade e do ambiente, e ele possui capacidade para novas adaptações. Se conhecermos os estímulos e o comportamento, a estrutura da personalidade poderá ser reduzida. Os testes aplicados com essa finalidade pressupõem uma determinação dos melhores estímulos e dos comportamentos julgados mais reveladores. Normalmente os estímulos e dos comportamentos julgados mais reveladores. Normalmente, os estímulos escolhidos são os que correspondem a uma necessidade que o indivíduo tem de investir os seus afetos específicos. Segundo Van Kolck, os testes de cores em geral se fundamentam nesse princípio, e ele considera que o mais difundido no Brasil é o teste de cores de Max Pfister. 15 11.0 – Influência da cor no campo da medicina: Dividiremos esta seção nas seguintes áreas: Cor e Medicina; Luz Colorida e Medicina. Apesar da existência de um inter-relacionamento entre as áreas, de fato, elas se integram, e o leitor notará que, ao longo do presente trabalho, os caminhos da exposição lógica de um fato se encontra e reencontram com outros fatos visíveis de uma maneira diferente, representando, às vezes, contradições inexplicáveis. Na realidade, todos eles levam ao mesmo objetivo: a procura de encontrar um elo de conexão entre nossa sensação visual e nosso corpo físico e mental. Já há bastante tempo tem se verificado uma relação entre nossas sensações visuais e nosso organismo. Médicos, psicólogos e pesquisadores científicos em várias partes do mundo têm intensificado suas pesquisas sobre essa relação aparentemente inexplicável. Nessa seção, procuramos coletar informações fidedignas, autênticas de investigações realizadas isoladamente por inúmeros cientistas de vários países. Descartamos, pois muitas informações de autêntico sabor de fantasia, ou simplesmente literárias. Talvez algumas sejam verdadeiras mas, não havendo menção de sua fonte original, período de investigação, nomes dos integrantes da equipe pesquisadora, responsáveis, etc., perde-se a autenticidade científica dos fatos. Portanto somos forçados a uma prolixidade em nossa exposição, para evitar adentramentos por esquemas mentais que, muitas vezes, conduzem, por simpatia pelo assunto, a dissertar longamente e com perigo de um distanciamento da realidade científica. 11.1 – Cor e medicina: Integram o pensamento científico desta exposição grandes mestres da medicina clínica, Psicologia, Neuropsicologia, Psicobiologia, Psiquiatria, Neurofisiologia, bem como de muitos pesquisadores autônomos credenciados de vários países, inclusive do Brasil. Como não existe ainda teorias completamente fixadas, com exceção de algumas , é nosso dever expor o que se sabe, o que se descobriu cientificamente a respeito das sensações visuais. Fazem parte da lista Max Müsher, Robert Heiss, Hildegard Hiltmann, Max Pfister, Theodorus van Kolck, H. Frieling, Ernest G. Schachtel, Faber Birren, J. Bamz, Kurt Goldstein, Ralph W. Gérard, Adrian Bernard Klein, Saburo Ohba, M. Déribéré , C. J. Kouwer, Wilhelm Wundt, Edward Grom, G. Losada, William A. Bryan, Reginald Roberts, Plancus, Otacílio de Carvalho Lopes e tantos outros que consultamos e que nos deixaram impressionados pelas descobertas. Procuraremos então reunir aqui suas 16 plataformas científicas, que, ao nosso ver, permitem iniciar um verdadeiro estudo da cromoterapia. Vejamos: Azul: Seu órgão é a pele. Assim o eczema e a acne, muitas vezes podem estar associados a relação perturbadoras que envolvem ternura, amor, ou afeto íntimo com a família, o amor jovem e o casamento. Cor sugerida para os pacientes maníacos e violentos. É sedativa e curativa. Indicado para uso medicinal (queimaduras, doenças da pele). Seu excesso favorece a pneumonia, a tuberculose pulmonar e a pleurisia. Ajuda contra doenças de olhos, ouvidos, nariz e pulmões. Azul-indigo: Indicado para os pulmões, a fim de remover sua congestão. Paralisa úlceras e inflamações. Verde-azulado: Seus órgãos são os músculos lisos. Assim as úlceras gástricas e as perturbações digestivas são associadas à preocupação com a possível perda de posição ou fracassos. Ajuda contra doenças do sistema nervoso e aparelho digestivo. Certas variações do verde favorecem as doenças mentais e nervosas. Verde-claro: Tranquiliza os pacientes perturbados. Verde-nilo: Estimula e tonifica o sistema nervoso. Laranja: No uso medicinal, é indicado contra baixa vitalidade, tônica baixa. É tônico e laxativo. Aumenta a vitalidade do sistema nervoso. Também indicado, no uso medicinal, contra venenos, ossos quebrados e subnutrição. É anti-séptico e adistringente. Vermelho: Estimula as emoções. Perturba o equilíbrio de pessoas normais; produz nervosismo, mau temperamento, fortes dores de cabeça, morbidez, degeneração moral. Super estimula o sistema nervoso. Perigoso ao aparelho digestivo, principalmente o estômago, por que produz fermentação. Já para outros especialistas, essa cor ajuda contra doenças do estômago, fígado e do baço. A roupa íntima em vermelho parece ser perigosa para os rins. É também perigoso para crianças em crescimento. 17 Previne contra a pústula, em caso de varíola. Indicação para uso medicinal: anemia, icterícia, amarelão da pele. È efetivo no caso de envenenamento do sangue. Variações de cor vermelha favorecem as doenças de coração, bem como reflexos sobre a pressão arterial. Vermelho-alaranjado: Seus órgão são os músculos estriados (voluntários), o sistema nervoso simpático e o aparelho reprodutor. Geralmente esgotamento físico e nervoso, os distúrbios cardíacos e a perda de potência ou de desejo sexual se devem ao vermelho e algumas de suas tonalidades. Acelera a pulsação, eleva a pressão sangüínea, aumenta a respiração. Atua sobre os sistemas nervoso e endócrino. Rosa: Indicado para uso medicinal (anemia e melancolia). Cereja: Indicado para uso medicinal (palpitações) Amarelo: Influencia o sistema nervoso simpático e parassimpático. Fisiologicamente, aumenta a pressão arterial e os índices de pulsação e respiração (como o vermelho, mas de forma menos estável). Seu excesso geralmente produz enjôo nos passageiros quando o interior do veículo (especialmente avião) é pintado nessa cor. É também considerado como um restaurador dos nervos. Indicado para uso medicinal (nervos e inflamações). Limão: Indicado para uso medicinal (exaustão). Para efeito anti-séptico e tônico. Escarlate: Indicado para uso medicinal (ebulição e inchaço). Efeito narcótico, hipnótico. Violeta: Para uso medicinal (febre, congestões, erupções e fraqueza). É associado com um mal funcionamento da tiróide. Púrpura: Para uso medicinal (pressão alta). Anti-depressivo. 18 Cinza: Diminui nervosismo e insônia. Vermelho e amarelo: Desperta o paciente melancólico e deprimido. Marrom: Tal como o amarelo produz, às vezes, enjôo em passageiros, quando o interior do veículo é pintado nessa cor, principalmente o avião. Cinza-claro, verde-claro, amarelo: Animam os pacientes, quando os quartos são pintados nessas cores. Cores alegres: Em geral estimulam o apetite. Cores suaves: Estimulam o repouso. 11.2 – Luz Colorida e Medicina: Luz vermelha: Influencia nas refeições, produzindo irritações devido a fermentação provocada pela luz e consequentemente úlcera estomacal e desordens gastrointestinais. Estimula as funções orgânicas do homem, Favorecem a mancha da catapora, do sarampo e da escarlatina. Vibração azul: Indicado contra histeria nervosa. Raios vermelhos: Estimulam os nervos de quem sofre de anemia e é debilitado. Luz Branca: Faz bem ao fígado. Luz verde e cor verde: Efeito tranqüilizante. Luz anilada: Possui poder analgésico. Luz e cor verde: Nas paredes em vibrações, possuem efeitos tranqüilizantes. Tentativas terapêuticas à base de cores vêm sendo desenvolvidas em alguma clínicas de diferentes países. O doutor William A. Bryan, no Worcester State Hospital, por exemplo, costuma dar banhos de cores para cura de certos 19 pacientes com doenças mentais. Outras tentativas semelhantes são feitas pelo doutor Francis J. Koular, em Los Angeles. Interessantes experiências sobre curas através das cores são realizadas no Denver State Hospital, no Boston Psychopathic Clinic e no Spectrochrome Institut, em Malaga, New Jersey. 12.0 – Cromoterapia: 12.1 – Processo de cura: O processo de CURA através da aplicação de CROMOTERAPIA, ocorre da seguinte forma: pela projeção colorida junto ao CORPO HUMANO, com uma freqüência maior que o CAMPO ELETROMAGNÉTICO que o envolve, por penetrar e alterar a AURA e, ao mesmo tempo, o "estado de saúde" do indivíduo, dentro da qualidade da vibração projetada. Ao penetrar no interior da AURA, no CAMPO ELETROMAGNÉTICO, as células captam e se abastecem das vibrações recebidas e, o excesso, é expulso através da AURA (exsudação ou transpiração) 12.2 – Campo eletromagnético: Enquanto vivos, formamos um CAMPO ELETROMAGNÉTICO através da vibração das bilhões de células existentes em nosso organismo, bem como, pelo compasso do batimento CARDÍACO. Este CAMPO ELETROMAGNÉTICO é criado pela somatória dos fatores acima descritos, uma vez que, tudo que vibra cria energia em expansão. Campo eletromagnético é o resultado da superposição de um "campo elétrico" com um "campo magnético", dando origem a um campo com uma "carga elétrica" e uma "força" que varia diretamente proporcional à velocidade desta e, que é nula quando em repouso. Como o SER HUMANO só se encontra relativamente em repouso durante o sono, a velocidade se altera com a variação do seu temperamento. 12.3 – Aura Humana: Nós também apresentamos um "campo eletromagnético" que podemos compará-lo a um disco laser, com faixas bem definidas para cada música. A AURA HUMANA, na sua função principal de "campo eletromagnético" e quando equilibrada, tem a forma de um ovo com a ponta voltada para baixo, cuja função principal é prover de energia o corpo FÍSICO e servir de capa magnética protetora contra energias mais pesadas ou negativas. 20 12.4 – Contra Indicação A CROMOTERAPIA não é uma técnica de cura que apresenta efeitos colaterais, mas também tem suas contra-indicações. 12.4.1 - Contra-indicação É aplicar uma COR, quando o paciente já há tem em demasia em seu CORPO. Para este fato, dá-se o nome de SATURAÇÃO. 12.4.2 - Quais casos pode-se identificar este fato de saturação: Primeiramente, sempre há a necessidade de estudar-se a CROMOTERAPIA, para que não cometamos nenhum erro, embora, o que se chama de erro nesta técnica alternativa, não tem a mesma conotação que aquela conhecida na Medicina Oficial. Para corrigir um erro na aplicação de uma determinada COR, pode-se utilizar das CORES COMPLEMENTARES, ou, dispersar aquelas aplicadas (vide COR Complementar; Dispersão). Posteriormente, dentro de uma correlação COR / Efeito, não aplicar: • VERMELHO - em hipertensos; pessoas de tez avermelhada; ruivas; temperamento colérico. • ROSA - pessoas com comportamento "infantil". • LARANJA - em pessoas com excesso de autoconfiança; na cabeça (*). • AMARELA - em casos de inflamação aguda, febre, cólera, estados de excitação mental, histeria, bactérias patogênicas, alcoolismo, nevralgias e palpitação cardíaca. • AZUL - depressivos, sonolentos, muito quietos. • ÍNDIGO - pessoas extremamente introspectivos, meditativos, sonhadores. • VIOLETA - naqueles com mentalidade pouco desenvolvida, com dificuldades de raciocínio. (*) A COR LARANJA não deve ser aplicada junto à cabeça / cérebro, por ser uma COR muito intensa, considerada a mais física das CORES. 21 12.5 – Classificação das cores na cromoterapia: As CORES dentro da CROMOTERAPIA se classificam em dois grandes grupos, a saber: QUENTES e FRIAS. As QUENTES estão representadas pela VERMELHA, LARANJA e AMARELA; e as FRIAS pela AZUL, ÍNDIGO e VIOLETA. A COR VERDE também é FRIA, mas prefiro mantê-la à parte, classificando-a como uma COR eminentemente de equilíbrio e que harmoniza o HOMEM, a NATUREZA e a ambos. Um primeiro toque para você que está se interessando agora pela CROMOTERAPIA: se não souber o que fazer diante de uma situação e deseja fazer para si mesma ou para uma determinada pessoa vibre VERDE. A busca do equilíbrio está dentro de uma luta entre duas grandes forças, representadas pela ação das CORES QUENTES e FRIAS. Precisamos encontrar um meio termo entre elas, pois as QUENTES estão associadas ao elemento FOGO, enquanto que as FRIAS com o GELO ou o FRIO. O FOGO, ou seja, o calor é expansivo enquanto que o FRIO é restritor, comprimi. Então vemos: não devemos usar CORES FRIAS em pessoas tristes e depressivas, pois com isso estaremos aprofundando seu estado geral. Por outros lado, não devemos aplicar junto às pessoas febris as CORES QUENTES, uma vez que elas já se encontram com grande quantidade destes raios junto delas. Portanto, devemos aplicar nas pessoas febris as CORES FRIAS e nas tristes e depressivas as QUENTES. Porquê que as CORES são QUENTES ou FRIAS? Por uma razão muito simples: é que as QUENTES são lentas e as FRIAS rápidas, velozes. Isto dito em relação à amplitude e comprimento de uma "onda" eletromagnética, sendo que, quanto mais alta maior a força. Devido a lentidão do raio VERMELHO, por exemplo, ele esquenta. Já as FRIAS são espertas e vibram tão depressa que não dá tempo de aquecer o local. Agora, é importante ter-se em mente que, ao aplicar-mos a LUZ através do impulso elétrico e com lâmpada incandescente, todas as CORES se tornam QUENTES pelo calor que a lâmpada proporciona. Isso não tira a qualidade de uma COR FRIA. Ao entrarem em contato com a técnica da CROMOTERAPIA, automaticamente ficarão conhecendo as qualidades que cada uma das CORES tem de per si, ou seja: como cada uma age ao seu redor e em seu organismo. Ao se dar este fato, com certeza estarão perdendo a inocência com relação às CORES. Ao olharem para um objetivo, não mais o farão sem analisar o por quê estão fazendo tal ato. Ou seja, se desejar comprar uma roupa COLORIDA, sem 22 que assim se apercebam, julgarão se a COR é adequada para os fins propostos. As pessoas acreditam que não terão muitas surpresas na vida, mas, ao começarem a desvendar os tópicos contidos na teoria da CROMOTERAPIA a idéia que passarão a fazer de cada COR será bem diferente, pode crer. 13.0 – Na Arquitetura: Os pigmentos conferem cor à tinta; a percepção da cor é uma das maneiras fundamentais pelas quais tomamos consciência das coisas ao nosso redor. Quando uma luz branca atravessa um prisma, ela se decompõem, num fenômeno conhecido como dispersão da luz e os diversos comprimentos de ondas mostram as cores primárias e secundárias. As cores primárias, também chamadas de cores puras, são AMARELO, CIAN e MAGENTA, e dão origem as demais, denominadas secundárias. As cores secundárias são: VERDE, VIOLETA e LARANJA. Agrupando-se todas estas cores, teremos as cores primárias e suas combinações. Podemos obter outras cores a partir da combinação de uma cor primária com uma secundária, ou de duas secundárias. São as cores complementares. Quando uma superfície absorve toda a luz visível ao olho teremos a cor preta e, quando a superfície refletir toda esta luz, teremos a cor branca. As cores influenciam psicologicamente as pessoas em um ambiente. VERMELHO Estimula com poderosa ação sobre o estado de ânimo, devendo ser usado com cautela; nas áreas muito extensas, é opressivo e irritante, usado adequadamente tende a dar vida e alegria às superfícies causando a sensação de aumento de volume, peso e calor. VERDE Tem um efeito calmante, relaxante, usado em excesso torna o ambiente monótono, fisicamente causa a impressão de leveza e distância. AZUL Também é uma cor calmante, repousante, vitalizante, usado em excesso torna o ambiente frio e vazio, fisicamente causa a ilusão de um ambiente refrescante, dá a sensação de distância e diminuição de peso; tem como particularidade afastar os insetos. 23 AMARELO Estimula o sistema nervoso central, encorajando à ação e ao esforço. Pode ser uma cor de alta luminosidade; é usado com vantagens em ambientes com pouca luz natural e para sinalizações, causa fisicamente a sensação de calor e aumento de volume. LARANJA Quando usado em pequenas áreas é estimulante, provoca bem estar e alegra o ambiente, porém se usado em excesso torna-se irritante, causa a sensação física de aumento de calor e volume. BRANCO É estimulante e expressivo, clareia os ambientes e quando usado em excesso força a vista e promove o cansaço; fisicamente cria a ilusão de aumento de volume. PRETO É uma cor sóbria, séria, normalmente é usado em combinações com outras cores, fisicamente cria a ilusão de aumento de calor e peso e diminuição de volume. 13.1 – Esquemas de cores: Monocromático - utilização de uma só cor e seus diversos tons e semitons. Com ele obtém-se um resultado simples e sóbrio. Cores análogas - utilização de duas ou três cores aproximadas, criando sempre um clima alegre e descontraído. Complementar - utilização de cores opostas. Proporciona uma idéia de movimento ao ambiente. 13.2 – Cores quente/frias/neutras Cores quentes - vermelho, amarelo e laranja, que por serem fortes e excitantes devem ser utilizados em ambientes que não recebam luz natural, já que "aquecem" e iluminam os ambientes. Cores frias - tons de azul, verde e violeta, que são mais repousantes e devem ser utilizados em ambientes luminosos, com muitas janelas, para que não se corra o risco de criar uma sensação de frio e solidão. 24 Cores neutras - branco, preto e cinza, em suas diversas graduações. 13.3 – As cores na ambientação da casa: Vermelho Amarelo Laranja Verde Azul Lilás Branco Preto Tons avermelhados são ideais para salas de estar e jantar. Todos os ambientes em que se pretende estimular a comunicação e as atividades mentais. Na cozinha, favorece reuniões familiares. Salas de estudo, de reuniões ou locais onde a família se encontra para conversar, como sala e cozinha. Aconselhável para quartos de crianças. Indicada para todos os ambientes. No banheiro, em especial, é aconselhável ter toalhas, plantas ou detalhes de acabamento em verde vivo, pois é ali que se purifica o corpo e se renova as energias. Nos tons suaves, acalma a energia dos quartos de crianças e adultos hiperativos. Ideal também para banheiros e lavabos. Não é aconselhável pintar um ambiente inteiro de lilás forte, pois ele tem o dom da dispersão. O melhor é diluir a cor com branco, até chegar a um tom quase azulado. Ideal para locais de meditação e quartos de quem está convalescendo. Ótimo para qualquer ambiente, principalmente cozinhas e banheiros. Porém, numa casa onde paredes, móveis e tapetes sejam 100% brancos, o resultado pode estar em ambientes frios e hostis. A predominância do preto em paredes ou pisos pode tornar o ambiente escuro, opressivo e deprimente. Por isso, a cor é indicada apenas para objetos ou detalhes de acabamento. 13.4 - Dicas coloridas: 1 ENCURTANDO O AMBIENTE. Para uma sala retangular muito comprida, por exemplo, pinte as paredes menores com uma cor mais escura. 25 2 ALONGANDO AMBIENTE QUADRADO. Aplique coe mais escura em duas paredes, uma de frente para outra. 3 ESCONDENDO OBJETOS. Pinte a parede no mesmo tom do objeto que você quer esconder. 4 DESTACANDO OBJETOS. Aplique uma cor intensa ou contrastante na parede de fundo. 5 REBAIXANDO O TETO. Pinte o teto com uma cor mais escura do que a das paredes. 6 ELEVANDO O TETO. Pinte o teto com uma cor mais clara que a das paredes. 7 ALARGANDO O CORREDOR. Pinte as extremidades do corredor (paredes menores) e o teto com uma cor mais escura do que a das paredes que acompanham o sentido do corredor. 8 ALONGANDO A PAREDE. Nesse caso, é fundamental que a parede seja bicolor, com a divisa entre as duas cores à meia altura (nessa separação, pode-se inclusive aplicar um barrado). Na parte de cima da parede, o tom deve ser mais claro do que a cor da parte de baixo. 9 ENCURTANDO A PAREDE. Exatamente a situação inversa do item acima. A parte de cima da parede deve ser de um tom mais escuro que a cor da parte de baixo. 26 14.0 - Conclusão: Quem está deprimido ou de baixo astral não deve usar roupas pretas, pois elas acentuam o desânimo. Em contrapartida, quem quiser atrair a atenção de sexo oposto deve exibir alguma peça vermelha. Mas sem exageros porque o excesso pode causar irritação em quem se quer conquistar. Já nos ambientes, as cores verde, violeta e azul têm o poder de diminuir o estresse. O lilás e o branco favorecem a paz de espírito, enquanto o amarelo e as cores vibrantes estimulam a criatividade e as atividades mentais. Estes são alguns dos preceitos da cromoterapia, o estudo da utilização terapêutica das cores. Sua teoria tem fundamentos científicos. Sabe-se, por exemplo, que cada cor provoca estímulos variados no nosso sistema nervoso, afetando nossas emoções e até mesmo o nosso humor. Assim, as cores atuam sobre a parte psicológica e no corpo, podendo alterar os estados de saúde e interferir diretamente no estado de espírito. Uma prova de que as cores influenciam no estado psicológico é o uso da cor vermelha em alguns restaurantes: ela induz as pessoas a comerem mais depressa e com maior disposição. No campo da saúde, os cromoterapeutas utilizam as cores em conjunto com massagens e alimentação equilibrada para conseguir resultados na cura de doenças. Normalmente, empregam banhos de luzes coloridas sobre as regiões afetadas e recomendam a utilização das mesmas cores no ambiente em que o paciente vive. Elas podem estar em uma parede, um sofá, um vaso ou mesmo uma cortina da casa. Para gastrite, enxaqueca ou doenças do fígado, por exemplo, as cores indicadas são o amarelo e o violeta. Para os resfriados, o verde. A tendinite, melhora com a aplicação de luzes azuis, verdes e laranja. Já para a insônia ou o estresse, o ideal é o azul ou o verde claro, que têm efeito calmante sobre o ambiente. O lilás, diluído com o branco, é indicado para o quarto de quem está convalescendo. Até para quem tem excesso de peso, a cromoterapia tem sua receita: nada de azul - cor fria que não ajuda na queima de gorduras. A recomendação é caprichar nas cores quentes como o laranja ou amarelo. 27 15.0 - Bibliografia: SUVINIL, “Suvinil Express”. In: http://www.suvinil.com.br. Ano 1 - n° 6 – novembro/97 CORAL, “Guia de Orientação http://www.tintascoral.com.br. para o Uso da Cor.”. In: ELETRÔNICA, “Teoria da Cor”. In: http:// www.eletronica.com/art/cor/index.htm 28