Curso de Ciências Contábeis Artigo Original A Evolução da Contabilidade The evolution of accounting Rayza Poliana Dias Augusto1, Tiago Braga1, André Gustavo Kruklis2 1 Alunos do Curso de Ciências Contábeis 2 Professor Curso de Ciências Contábeis Resumo Este artigo aborda o processo evolutivo da contabilidade em uma linha de tempo direcionada á contabilidade estratégica. Desse modo, o objetivo da pesquisa é demonstrar os vários entendimentos que se têm quanto á evolução da contabilidade, bem como caracterizá-la. Para atingi-lo, buscou-se numa pesquisa bibliográfica, encontrar, primeiramente, a origem e o desenvolvimento até chegar nas principais analogias entre a contabilidade financeira, neste estudo tida como “tradicional”, contabilidade gerencial e a contabilidade estratégica. O estudo evidencia os aspectos que contribuiu ao desenvolvimento dos ramos da contabilidade. Assim, por se tratar de uma metodologia de pesquisa bibliográfica, este artigo tem como base os livros e artigos publicados em revistas que abordam esse campo de pesquisa. Portanto considera-se, ao final deste trabalho, que a evolução da contabilidade gerencial estratégica pode ser compreendida como um novo momento econômico que se desenvolve em nível mundial e que ainda há muito a se pesquisar, constituindo-se num campo fértil para novas descobertas. Palavras-Chave: Contabilidade; Evolução; Estratégica; Gerencial. Abstract This article discusses the evolutionary process accounting on a timeline will directed strategic management accounting. Thus, the objective of the research is to demonstrate the different understandings that have as to the evolution of accounting and characterize it. To achieve it sought in a literature search, find, first, the origin and development until you reach the main analogies between financial accounting, this study considered to be "traditional" management accounting and strategic accounting. The study highlights the aspects that contributed to the development of the branches of accounting. Thus, because it is a bibliographical research methodology, this article is based on the books and articles published in journals that cover this field of research. Therefore it is considered at the end of this work, the evolution of strategic management accounting can be understood as a new economic moment that develops globally and there is still much to research, becoming a fertile ground for new discoveries. Keywords: Accounting; Evolution; strategic ; management Contato: [email protected]; [email protected] Introdução Este artigo aborda o processo evolutivo da contabilidade estratégica, apresentando a importância do processo de gerenciamento estratégico dentro das organizações. Para tornase possível esta pesquisa, buscamos informações desde a origem da contabilidade, o desenvolvimento, a transgressão de técnica para ciência, a caracterização da contabilidade financeira e a contabilidade gerencial. Traçando assim uma linha de tempo, que será apresentado como processo evolutivo. Antiga quanto á civilização humana a contabilidade tornou-se presente na medida em que a população precisava controlar e registrar seus ganhos. Realizando os registros em paredes de cavernas, o homem primitivo iniciou-se o controle contábil 3.500 a.C, posteriormente confeccionaram -se as fichas de barro, que era armazenadas individualmente em envelopes também de barro, representando este ato de guardar estas fichas como o que conhecemos por registros contábeis. Nomeada Ciência Social a contabilidade não limita-se apenas á observar, porém a explicar. Estudando e praticando os atos direcionados a administração econômica da empresa a contabilidade deixou-se de ser apenas técnica alterando-se para ciência, pois com o passar dos anos percebeu-se que o foco não era apenas o registro e controle do patrimônio. O que surgiu primeiro, a contabilidade como técnica ou como ciência? Sabemos que contabilidade é tão antiga quanto à origem do ser humano. A técnica contábil surgiu primeiro nos negócios privados, adotados primeiramente pelos comerciantes italianos do sec. XIII. Sendo assim percebe-se que primeiro surgiu as técnicas contábeis, entretanto o motivo da contabilidade ser considerada como ciência será uns dos assuntos a serem abordados neste artigo. Vale ressaltar que a contabilidade tornou-se uma ciência social, em virtude que as informações geradas são estudadas, analisadas e interpretadas pelo contador, auxiliando assim as pessoas jurídicas com objetivo de buscar respostas, evitar problemas e projetar soluções. Dessa forma o contador tem um papel de extrema importância na sociedade, pois auxiliando as empresas toda a sociedade é beneficiada. As tomadas de decisões evoluiu no que refere-se as informações contábeis. Nos últimos anos foram observados um surgimento de uma nova ferramenta, sendo esta voltado ao processo decisório por intermédio da contabilidade gerencial. A evolução da economia no mundo e a necessidade de informações mais competitivas fizeram com que a contabilidade atenta-se para os ambientes externos das empresas, com o foco direcionado ao futuro estabelecido pela administração para atender necessidades estratégicas e operacionais, utilizando-se do processo de mensuração física e operacional de forma á estar integrada no processo decisório das organizações. Detalhes desta pesquisa serão abordados no decorrer deste artigo apresentando princípios, características, modelos e fundamentos necessários. Problemática Quais os principais ramos da contabilidade contribuíram para a evolução da ciência contábil e sua perspectiva de futuro? Objetivo Geral Realizar estudo sobre a evolução da contabilidade ao longo da sua existência, destacando as mudanças no foco da informação. Objetivos Específicos • Identificar o surgimento dos primeiros registros contábeis. • Relatar o desenvolvimento da contabilidade conforme as necessidades da sociedade. • Identificar os principais ramos da contabilidade e como eles foram evoluindo. • Relatar a mudança informações contábeis. no foco das Materiais e Métodos O presente artigo tem como finalidade realizar um estudo sobre a evolução da contabilidade ao longo da sua existência, destacando as mudanças no foco da informação contábil. Diante de tais características, este artigo classifica-se como descritiva por preocupa-se em analisar fatos e interpretá-los sem interferir diretamente neles. “Infere-se do exposto que a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não é tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda. Nesse contexto, descrever significa identificar, relatar, comparar, entre outros aspectos” (BEUREN, 2004). Gil (2010) afirma que com base na classificação da pesquisa segundo seus métodos, podemos usar o método por delineamento. Entende-se o planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, que envolve os fundamentos metodológicos, a definição dos objetivos, o ambiente da pesquisa e a determinação das técnicas de coleta e análise de dados. Nesse contexto, para que os objetivos presentes sejam alcançados é importante definir os procedimentos a serem utilizados. Por se tratar de um assunto baseado em documentos disponíveis em sites, livros, leis, artigos e afins. Pode-se afirmar que o trabalho proposto utilizará procedimentos bibliográficos e documentais. A pesquisa bibliográfica possibilita maior entendimento acerca do tema. Beuren (2004) afirma que a pesquisa bibliográfica objetiva recolher informações acerca de um problema para o qual se procura resposta. O material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, teses, entre outros. Por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática pesquisada. Com base nisso é que se pode elaborar o trabalho monográfico, seja ele em uma perspectiva histórica ou com intuito de reunir diversas publicações, isoladas e atribuir-lhes uma nova leitura (BEUREN, 2004). Alguns materiais utilizados não possuem um tratamento analítico, como exemplo as leis utilizadas, dessa forma o trabalho também se trata de uma pesquisa documental. A pesquisa documental é constituída pelo exame de materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reexaminados com vistas a uma interpretação nova ou complementar. Pode oferecer base útil para outros tipos de estudos qualitativos e possibilita que a criatividade do pesquisador dirija investigação por enfoques diferenciados (NEVES, 1996). Em relação à abordagem do problema, é um estudo do tipo qualitativo, pois, especificamente nessa pesquisa não se pretende empregar instrumentos estatísticos nem numerar ou medir unidades. Portanto a abordagem qualitativa parece ser a mais adequada. Beuren (2004) destaca que uma das formas mais adequadas para se conhecer um fenômeno social é aborda-lo qualitativamente. Uma pesquisa qualitativa objetiva-se principalmente em obter um maior aprofundamento do objetivo da pesquisa, compreendendo e analisando processos vividos pela sociedade. Discussão Estudos revelam que a Contabilidade é tão antiga quanto à própria civilização humana. Não há um fato histórico que registre a origem dessa ciência, pois, acredita-se que ela está presente desde as primeiras manifestações humanas. Iudícibus (2000) descreve que a contabilidade é tão antiga quanto á origem do homem pensante. Historiadores remontam os primeiros sinais da existência de contas aproximadamente a 4000 anos a.C. Marion (2009) define a função da contabilidade no início da civilização, como a ferramenta de avaliação das variações da riqueza do homem, ou seja, os acréscimos e decréscimos de determinado período. O homem primitivo ao inventar as primeiras ferramentas e instrumentos de caça e pesca, ao contar seu rebanho e controlar seus bens já estava praticando o ato de contabilizar de uma forma rudimentar. (Cotrin, Santos e Júnior, 2012). Como o homem não sabia escrever, a forma que encontrava para registra seus feitos realizados durante o dia era a artística. Ao voltar da caça e da colheita dos frutos, fazia o registro em pinturas gravadas nas paredes das cavernas. A sua maneira, o homem primitivo realiza os registros e controles contábeis (Luiz, 2009). Á medida que o homem passou a acumular riquezas precisava saber qual a maneira de registrar e controlar esses ganhos, pois, tais informações passavam a ser cada vez mais numerosas, dificultando a memorização. Essa foi considera a fase empírica da Contabilidade, segundo Marion (2009). Utilizavam desenhos, figuras e imagens para identificar o patrimônio existente. Os fatos registrados evidenciavam uma pequena parcela do que, com o passar dos anos, o homem descobria sozinha como registrar seus bens através da desconhecida contabilidade (José, 2009). Para Sá (1997), o nascimento da Contabilidade é o da inscrição de elementos da riqueza patrimonial, passando, aos poucos, a registros de melhor qualidade. Conforme o homem passou a aumentar seus bens, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e como aumentá-los, dificultando assim a memorização pela quantidade de informações. Com isso o homem sente a necessidade de registrá-los. (Cotrin, Santos e Júnior, 2012) Com o passar do tempo, esses registros contábeis foram sendo aprimorados e se adequando com a realidade do momento. (José, 2009) O que toda história tem mostrado é que a Contabilidade vem adquirindo espaço na sociedade e tornando-se cada vez mais importante à medida que há desenvolvimento econômico. (Marion, 2009) O Desenvolvimento da Contabilidade Os principais estágios da evolução da contabilidade e sua representação simbólica são descritas segundo Santos et al (2007) da seguinte maneira: • 8.000 a.C. eram utilizadas simples fichas de barro de vários formatos para controle de estoque e do fluxo de produtos agrícolas e serviços. • 4.400 a.C. as fichas tornam-se complexas, com cortes em forma de linhas ou pontuações, aparecendo no antigo, bem como em novos formatos, coincidindo com a origem do Estado. • 3.250 a.C. surgimento do esquema de garantia, com o selo sobre os envelopes de barro para proteger as fichas contábeis e sistema de amarras de garantia para salvaguardar as fichas contábeis perfuradas. • 3.200 a.C nas superfícies dos envelopes de barro era também impressa cada ficha colocada no seu interior para revelar facilmente os ativos e o patrimônio representado pelo conteúdo das fichas – constituindo uma espécie de partida dobrada. • 3.100 a 3.000 a.C criação dos primeiros pictográficos, com incisões feitas em pedras moles. Esse estágio foi também o começo da contagem abstrata e da escrita. Schmidt (2000) afirma que depois de 3.250 a.C as fichas de barros eram armazenadas em envelopes de barro que eram lacrados e apresentavam do lado de fora uma ficha impressa identificando o conteúdo de cada envelope. Como ainda não existia escritas nem livros contábeis, o ato de guardar as fichas dentro dos envelopes significava o registro das quantidades de vários ativos (atual débito) e o ato de imprimir no exterior do envelope os dados pertinentes a cada ficha pode ser considerado uma contra-entrada (atual crédito) pelo sistema contábil. • Em 1202, na Itália, foi publicado o livro "Liber Abaci" de Leonardo Pisano, que estudava na época as técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros. Foi um período de grandes descobertas para a história do mundo e também da contabilidade, ficando conhecido como a Era Técnica. • Em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem, principalmente para Itália; • Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus; • Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida. • Em 1.809, na Itália, a Contabilidade chega à universidade sendo lecionada com a aula de Comércio da Corte. • E a partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da Contabilidade (História da Contabilidade, 2015). A Contabilidade como Ciência Conforme a definição de Fonseca( 1989): Ciência é um sistema de conhecimentos relativos a determinadas relações observadas ou reveladas. A ciência nada ordena, nada aconselha e nem prescreve, limita-se apenas a observar e explicar. Lakatos (1991) apresenta a ciência como um sistemático conhecimento com objeto limitado capaz de ser submetido à verificação. Para isso, utiliza-se de um conjunto de atitudes e atividades racionais. A ciência não se resume apenas a experimentos, ela é mais abrangente e completa. O experimento é ponto fundamental para o desenvolvimento das ciências exatas e biológicas ou da natureza, que são bem representadas pela física e pela biologia. Porém, essa teoria não é bem partilhada nas disciplinas de ciências humanas e sociais (Francelin, 2004). Théophilo (1998) define que a ciência é reconhecia por três critérios: a confiabilidade do seu corpo de conhecimentos, sua organização e seu método. Para que uma área do conhecimento seja considerada ciência, ela precisa apresentar uma série de características conforme define Padoveze (2009). Dentre esses requisitos podemos citar: a) Ter objeto de estudo próprio, como um campo de atuação dos fenômenos em que ela se debruça; b) Utilizar-se de métodos racionais ou científicos; c) Deve ter um corpo de teorias, normas e princípios; d) Apresentar o caráter de certeza dos seus enunciados; e) Estar em evolução e relacionar-se com os demais ramos de conhecimento científico; f) Ter o caráter de generalidade em seus estudos e aplicações; g) Seus resultados serem comprovados. Com base nesses requisitos, pode-se qualificar a contabilidade como uma ciência, pois atende as exigências descritas, conforme descrito abaixo: a) Tem objeto de estudo, que é o patrimônio e os eventos econômicos que alteram esse patrimônio; b) Utiliza-se de método racional, que é o Método das Partidas Dobradas; c) Estabelece relações entre os elementos patrimoniais, válidas em todos os espaços e tempos, ou seja, é um ramo de conhecimento universal e permanente; d) Apresenta-se em constante evolução; e) O regime Contábil é regido por um conjunto de leis, normas e princípios, ou seja, tem um conjunto de princípios contábeis. f) Seus estudos têm o carácter de generalidade, ou seja, os mesmo eventos econômicos reproduzidos nas mesmas condições provocam os mesmo efeitos; g) Tem caráter preditivo, isto é, os modelos contábeis permitem a construção de modelos de decisão para eventos futuros; h) Suas aplicações podem ser comprovadas por evidências posteriores, confirmando o i) caráter de certeza na afirmação de seus enunciados. Utiliza-se de instrumentos das ciências da Matemática, Filosofia, Economia, Direito, Administração, etc.. Relacionando assim com os demais ramos do conhecimento. Para Coelho e Lins (2010): A contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação e controle relativas aos atos e fatos da administração econômica. Da técnica à Ciência Contábil Pode-se definir a técnica como um conjunto de procedimentos e de processos, ordenados e concretos aplicáveis na realização de objetos específicos. A técnica não é apenas para fins materiais, mas também para fins abstratos e tem alcance limitado à sua finalidade. Ela também não é auto renovável, tornando-se obsoleta quando houver alteração no objetivo inicialmente proposto. (Santos, 2001) Segundo Schmidt (1998): (...) técnica pode ser definida como o aproveitamento ordenado dos recursos e das forças naturais, baseado no conhecimento da natureza e colocado a serviço da satisfação das necessidades humanas. A técnica não se preocupa com a produção de conhecimento, pois o conhecimento já foi fornecido pela ciência. A técnica apenas utiliza e aperfeiçoa aquilo que a Ciência já produziu. A ciência já é mais abrangente, pois possui um objeto de estudo, se basea em normas e teorias, está em constante evolução e utiliza-se de outras áreas da ciência. Conclui-se que a Contabilidade passou da Técnica à Ciência com o passar dos anos, pois no início o foco era apenas o registro e controle do patrimônio, com o objetivo de identificar o lucro obtido em determinado período. Posteriormente tais informações foram sendo utilizadas para a tomada de decisão dos gestores e para a análise da empresa por diversos usuários (internos e externos). As demonstrações contábeis passaram a ser instrumentos de informações gerenciais retratando além do lucro e da rentabilidade, o valor econômico gerado por suas atividades. Contabilidade Financeira A contabilidade financeira foi a primeira a surgir, tendo como finalidade registrar e classificar os fatos contábeis originados das transações da empresa. É a origem da contabilidade (Mauss et al., 2006). Segundo Frezatti, Aguiar e Guerreiro (2007) a diferenciação da contabilidade financeira dos outros ramos da contabilidade é dada pela distinção do usuário da informação, que, na contabilidade financeira é o público externo. Os principais usuários da contabilidade financeira são os investidores, autoridades governamentais e credores. A contabilidade gerencial e a contabilidade de custos, por exemplo, é voltado para os gestores da companhia, o alvo é o público interno. Para Crepaldi (2008), contabilidade financeira é o sistema de geração de demonstrações financeiras para propósitos externos. Este sistema é muito influenciado por órgãos ou autoridades que regem os princípios e normas contábeis. Essa influência é dada pela vinculação da contabilidade financeira ás normas contábeis, devendo-se obedecer às alterações da norma. A contabilidade financeira é a responsável pela geração de informações ao público externo e é pautada pelos princípios e normas de contabilidade. Assim, a contabilidade financeira se confunde com as demonstrações contábeis que também necessita atender os princípios e normas contábeis. (Frezatti, Aguiar e Guerreiro, 2006). O objetivo da contabilidade financeira é fornecer informações acerca da situação financeira da entidade e informações que sejam úteis ao público externo (investidores, credores, autoridades governamentais) de maneira que o usuário tenha suporte para a tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos à entidade (CPC 2011). Segundo Mauss et al. (2006) a contabilidade financeira representa a contabilidade geral que é necessária a todas as empresas de forma obrigatória, visa fornecer informações necessidades às autoridades governamentais e demonstrar a situação financeira da entidade para investidores e credores, obedecendo as normas contábeis. Contabilidade financeira expressa a situação patrimonial, econômica e os resultados alcançados pela companhia. É ela a contabilidade geral, necessária a todas as empresas e que dependendo da área de atuação da entidade, pode ser denominada como agrícola, bancária, pública, comercial, industrial, hospitalar, dentre outras (Mauss et al., 2006). Para Martins (2002) aproximadamente a partir de 1930 os investidores com interesses em proteger o seu capital aplicado nas empresas, influenciaram as autoridades a regulamentar um ramo diferente da contabilidade convencional: a contabilidade para utilização externa. Para atender aos seus usuários, esse tipo de contabilidade, também chamada de financeira, precisou padronizar-se ao redor de determinados princípios, que seriam as bases da preparação dos demonstrativos contábeis das empresas. Para garantir um padrão de uniformidade das informações contábeis para os usuários externos, a Contabilidade Financeira é estruturada em cima de normas que valem para todas as empresas. Essas normas são apresentadas como práticas contábeis. As práticas contábeis são fundamentadas em princípios contábeis (Padoveze, 2012). Demonstrações Contábeis e os Princípios Contábeis No Brasil, essas informações destinadas ao público externo foram instituídas obrigatórias pelas leis 6.385 e 6404 de 1976. As leis ficaram conhecidas como Leis das Sociedades Anônimas e estabeleciam que ao final de cada exercício social (ano), as Sociedades Anônimas tanto de Capital aberto e fechado deveriam elaborar as demonstrações contábeis com base na escrituração contábil (Iudícius et al 2009). As demonstrações Contábeis obrigatórias conforme a lei 6.404/76 eram: Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Em 2007 a lei 6.404/76 foi alterada pela lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007 com o intuito de padronização e harmonização das Normas Internacionais de Contabilidade. A partir de 2008 as Demonstrações Contábeis obrigatórias passaram a ser: • Balanço Patrimonial; • Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; • Demonstração do Resultado do Exercício; • Demonstração dos Fluxos de Caixa; e • Demonstração do Valor Adicionado (se companhia aberta) No Brasil, a Estrutura contábil e os critérios de avaliação constam da lei 6.404/76, a legislação das Sociedades por Ações, mas que foi estendida para todos os tipos de sociedades. Essa legislação foi adaptada para abrigar as Normas Internacionais de Contabilidade pelas alterações promovidas pela lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (Padoveze, 2012). As principais mudanças da lei 6.404/76 foram a substituição da Demonstração das origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração dos Fluxos de Caixa e a inclusão da Demonstração do Valor Adicionado. Outra alteração significativa foi na estrutura do Balanço Patrimonial. Segundo Ferreira, Alves e Silva (2010) a implementação das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) com a lei 11.638/2007 é entendida como um grande avanço por transformar as demonstrações financeiras em um instrumento efetivo de gestão do negócio, mais transparente e confiável para os investidores. Conforme o CPC 26, as Demonstrações Contábeis são aquela cujo propósito reside no atendimento das necessidades dos usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios específicos para atender às suas necessidades peculiares. Para assegurar a confiabilidade dessas demonstrações, a entidade deverá seguir as doutrinas e normas da ciência da contabilidade. Segundo Iudícibus et al (2009), os relatórios contábeis utilizam de vários conceitos, como o custos de reposição, custos imputados e econômicos, etc. Contudo o principal conceito são os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade foram regulamentados pela Resolução nº 750 de 1993 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Posteriormente, em 28 de maio de 2010 o CFC em convergência com as Normas Internacionais de Contabilidade, entendeu que alterar o nome para Princípios de Contabilidade era suficiente para o perfeito entendimento dos usuários das demonstrações contábeis e dos profissionais da Contabilidade. Os Princípios de Contabilidade conforme a Resolução 750/93 do CFC são: • Entidade; • Continuidade; • Oportunidade; • Registro pelo Valor Original • Competência; e • Prudência Os princípios contábeis são regras gerais ou normas fundamentais e devem constituir o núcleo essencial no qual todo profissional deve seguir, com o intuito de haver convergência de entendimento sobre as práticas contábeis, a fim de dar uniformidade e harmonia à ciência contábil (Coelho e Lins, 2010). A Revolução Industrial e a Contabilidade de Custos A Revolução Industrial início entre os séculos XVIII e XIX na Europa com a substituição do trabalho artesanal pelo uso de máquinas e a produção em grande escala. A Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial por possuir uma rica burguesia, que consequentemente ampliava seus negócios, possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, que era a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor, grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada nesse período e grande mão de obra disponível devido a imigração do campo para os centros urbanos. Para atender a demanda crescente e sustentar a população cada vez maior, fazendas e fábricas maiores, exigindo mais equipamentos, tornaram-se comuns. Mais capitais era necessário e os bancos foram surgindo para fornecê-los (Hendriksen, 2014). A busca por maiores lucros, menores custos e produção acelerada devida a grande demanda, fez com que a tecnologia do período se desenvolvesse. O surgimento da máquina a vapor revolucionou o modo de produzir. Coelho e Lins (2010, p.279) afirma: Com o advento da revolução industrial, houve um aumento substancial das operações de compra e venda, acarretando a necessidade de informações mais detalhadas dos custos de produção, principalmente na avaliação mais precisa e permanente dos estoques, com a inclusão dos custos de depreciação (fixo). Com essas mudanças no processo industrial, o crescimento das empresas e a necessidade de controle dos gastos, a contabilidade de Custos passou a se desenvolver e ser vista como um importante instrumento para a melhoria e controle do desempenho das organizações. Á medida que aumentava a necessidade de informação sobre os custos de produção e os custos a serem atribuídos à avaliação de estoques, o mesmo acontecia com a necessidade de sistemas de contabilidade de custos. (Hendriksen, 2014) Esse desenvolvimento ocorre entre 1880 e 1910, nas metalúrgicas americanas, através de uma gama de novas técnicas de mensuração de custos, para analisar a produtividade das tarefas e associar lucros a produtos. Tais técnicas representaram um profundo impacto sobre a prática contábil do século XX, ainda que os engenheiros e administradores que as desenvolveram não demonstrassem um interesse intrínseco na contabilidade como tal. (Mauss; et a.,2007). Além da preocupação em melhor avaliar os estoques, a revolução industrial modificou a sistemática gerencial da contabilidade pela visão distinta que se passou a tomar sobre temas de impacto na área contábil, tais como: Formação de preços e Controle e mensuração de desempenhos. (COELHO; LINS, 2010) Com o passar dos anos, a Contabilidade de Custos passa a ter mais duas funções relevantes: o auxilio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. A missão do Controle é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. A tomada de decisões consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo. (Martins, 2003) Com isso a Contabilidade de Custos que inicialmente se limitava a fornecer elementos para a avaliação dos estoques e apuração dos resultados, passa a fornecer dados de custos para o controle e a tomada de decisão através da Contabilidade Gerencial. A contabilidade Gerencial Para auxiliar os gestores no processo decisório, a contabilidade gerencial pode ser compreendida como á abordagem de várias técnicas e procedimentos contábeis estudados na contabilidade financeira e de custos. Sendo tanto um aprimoramento qualitativo como quantitativo (IUDÌCIBUS, 1998). A contabilidade gerencial pode ser definida por diversos conceitos, considerando seus elementos de principal entendimento á informação e a gestão. Seu direcionamento são os usuários internos das entidades que utilizam das informações contábeis para o processo de planejamento, controle e tomada de decisões. Atkinson et al. (2011, p. 36), definem que: A contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar e analisar informações sobre os eventos econômicos das organizações. Horngren, Sundem e Stratton (2004, p. 4) consideram que: A contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos organizacionais. As mudanças na gestão dos negócios, devido o aumento da concorrência e a escassez de recursos disponíveis, aumenta a necessidade de informações que auxiliem os administradores nas tomadas de decisão. A Contabilidade Gerencial vem preencher essa lacuna produzindo informações objetivas, úteis e relevantes através dos conhecimentos da contabilidade financeira e outras áreas de negócios. (Crepaldi, 2008) O objetivo da Contabilidade Gerencial é atender a todos os aspectos da gestão das entidades onde se torna necessária a informação contábil. Portanto, sua abrangência é a empresa como um todo, desde as suas necessidades estratégicas e de planejamento até as suas necessidades de execução e controle. (Padoveze, 2012) A contabilidade gerencial é caracterizada por várias técnicas e procedimentos contábeis úteis à administração. Seu objetivo é facilitar o planejamento, avaliação desempenho e controle dentro da organização com o objetivo de utilizar de forma apropriada os recursos disponíveis. (Santos; Rosa 2010) A Contabilidade Gerencial preocupa-se mais com o futuro, dá menos ênfase à precisão, enfatiza segmentos de uma organização ( em lugar da organização como um todo), e não é governada por princípios contábeis aceitos, além de não ser obrigatória. Garrison (2007,): Segundo Iudícius (1998), os procedimentos contábeis e financeiros são essenciais para a tomada de decisão da empresa. Tais procedimentos como o orçamento e planejamento empresarial e o fornecimento de informes contábeis e financeiros para a decisão entre cursos de ação alternativos, recaem sobre o campo da contabilidade gerencial. A Contabilidade Gerencial tem como foco o usuário interno e as necessidades de informações de todos os níveis da administração, e não tem regras específicas a serem seguidas. Ela está ligada à necessidade de informações para planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão. (Padoveze, 2012) Características da Contabilidade Gerencial As principais características básicas da contabilidade gerencial são descritas segundo Crepaldi (2008) da seguinte maneira: • Público alvo: funcionários, gerentes, executivos. • Objetivo: Informar as decisões internas tomadas por funcionários e gerentes; dar feedback e controlar o desempenho operacional. • Posição no tempo: atual orientada para o futuro. • Restrições: sem regras estabelecidas; sistemas e informações determinados pela administração para entender as necessidades estratégicas e operacionais. • Tipo de informação: financeiras mais medidas operacionais e físicas sobre processos, tecnologias, fornecedores, clientes e concorrentes. • Natureza da informação: mais subjetiva e sujeita a juízo de valor valida, relevante, precisa. • Escopo: desagregada; informar decisões e ações locais. Evolução No final do século XIX, com o advento das grandes companhias de produção industrial, tornaram-se necessárias novas técnicas de controle e custeio dos produtos.( Grzeszezeszyn, 2005) Segundo Schmidt (2000), foi neste período que se desenvolveu as primeiras contribuições à contabilidade gerencial, com a apresentação de algumas formas utilizadas para calcular o custo de produção real, incluindo custos indiretos e alocação de despesas indiretas. Com o crescimento das empresas, mais era exigido da contabilidade como fonte de informações e controle dos resultados da gestão. Padoveze (2012) descreve quatro estágios referentes á evolução e mudança da contabilidade gerencial: • Estágio 01: antes de 1950, o foco era na determinação do custo e controle financeiro. Era utilizadas técnicas de orçamento e contabilidade de custos. • Estágio 02: Por volta de 1965, o foco foi mudado para o fornecimento de informação para o controle e planejamento gerencial. Utilizava-se da análise de decisão e contabilidade por responsabilidade. • Estágio 03: Por volta de 1985, a atenção foi focada na redução do desperdício de recursos usados nos processos de negócios. A análise era realizada pela administração estratégica de custos. • Estágio 04: Por volta de 1995, a atenção foi mudada para a geração ou criação de valor através do uso efetivo dos recursos, através do uso de tecnologias tais como exame dos direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista, e inovação organizacional. Sendo assim, a evolução desses 4 estágios representa adaptação para um novo acervo de condições que as organizações enfrentam, pela aquisição, correção, e adição aos focos e tecnologias empregadas anteriormente. Cada estágio é uma combinação do velho e do novo, ou seja, com o velho sendo reformado para ajustar-se com o novo em combinação a um novo conjunto de condições para o ambiente gerencial (PADOVEZE, 2012). Para o International Federation Of Accountants (IFAC) a informação é vista como um recurso organizacional, juntamente com outros recursos organizacionais. O foco passa a ser a redução das perdas e desperdícios dos recursos. Os relatórios financeiros mudaram, deixando de ser apenas informativos numéricos, em virtude das necessidades crescente por informações úteis à administração que pudessem gerar resultados (Lopes, Santos e Filho 2010). A contabilidade gerencial está sempre sofrendo mudanças importantes para refletir o novo ambiente desafiador das empresas. Informações precisas, oportunas e pertinentes sobre a economia e o desempenho das empresas são essenciais para o sucesso organizacional. (Crepaldi, 2008) Coube ao contador perceber a importância de transformar números em relatórios gerenciais, com o auxilio de gráficos desenvolvidos em planilhas auxiliares ou até mesmo em softwares especializados em gestão, fazendo da contabilidade gerencial cada vez mais utilizada nas empresas em geral (Lopes, Santos e Filho 2010). Modelos de Contabilidade Gerencial Na contabilidade gerencial existem alguns modelos de instrumentos utilizados pelos gestores das empresas no qual auxilia no processo de gestão e os controles internos. Segue abaixo os conceitos referentes a estes importantes instrumentos gerenciais. Quadro 1 Gerencial – Modelos MODELOS Custeio ABC Valor Econômico Agregado – EVA Teoria das Restrições de Contabilidade CONCEITO Conforme Kaplan, Cooper (2001), esta ferramenta é baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Com a finalidade de apresentar o verdadeiro lucro econômico, surgiu o Valor Econômico Agregado – EVA, com o objetivo de tornar mais claro para gestores das empresas o conceito de lucro residual, abordado por economistas financeiros em seus modelos matemáticos desde o final da década de 60 (BONACIM, 2006). Segundo Martins (2003) a teoria das restrições também conhecida como (TOC Theory of Constraints),passou á ser bastante divulgada após a década de 1980. Ela trata da identificação das restrições (gargalos) dos sistemas produtivos com o objetivo de otimizar a produção. Esta ferramenta é um paradigma de gestão que considera qualquer sistema gerenciável como sendo limitado em alcançar a maioria de seus objetivos por um número muito pequeno de restrições e, a assim aumentando o lucro da empresa. APLICAÇÃO Segundo Martins (2003) sua aplicação possibilita a melhor visualização dos custos por meio de análises das atividades executadas dentro das organizações e suas respectivas relações com os produtos. Para Drucker (2005), á aplicação desta ferramenta baseia-se no que conhecemos como lucro, o dinheiro que sobra para remunerar o capital. Até que a empresa produza um lucro maior do que seu custo de capital, a mesma estará operando com prejuízo. Conforme Noreen, Smith, Mackey (2002) á aplicação deste modelo de gerenciamento consiste principalmente em fazer da empresa produtiva e lucrativa , traçando metas para a organização. Entretanto para alcançar suas metas foi revelado pelo livro “A Meta” os cinco passos necessários. Segue abaixo os passos. 1. Identificar a restrição do sistema 2. Explorar a restrição do sistema Balanced Scorecad (BSC) Segundo Prochnik (2003) o BSC foi desenvolvida pelos doutores Kaplan e Norton, no inicio da década de 90, sendo um sistema de avaliação de desempenho empresarial com principal diferencial em reconhecer os indicadores financeiros. O BSC é um sistema que auxilia a empresa a traduzir sua estratégia em objetivos operacionais direcionando ao comportamento e a performance. 3. Subordinar qualquer outra restrição acima 4. Elevar a Restrição Se uma restrição for quebrada, volte ao 1º passo. Kaplan e Norton os criadores dessa ferramenta percebeu que avaliar a empresa em 4 dimensões seria mais interessante. São elas: • Financeira; • Clientes; • Processos internos; • Crescimento e aprendizado Fonte: elaborado pelos autores. Controller Para Crepaldi (2008): O Controller é o executivo de normas, controles, metas, objetivos, orçamentos, contabilidade, finanças e informática. Sua função principal é obter, gerar e interpretar as informações que possam ser usadas na formulação da política empresarial e principalmente na execução dessa política. Crepaldi (2008) ainda afirma que o Controller ocupa uma posição na equipe que administra a companhia e está envolvido na tomada de decisão, no planejamento de sistemas de informações e de sistemas de incentivos, além de ajudar os gerentes em decisões operacionais. O contador gerencial, também conhecido como Controller da empresa, tem como a principal função na contabilidade gerencial, a função de assessoria. O seu departamento tem a incumbência de prestar serviços especializados aos outros administradores (Bassolli; Sousa, 2013) Crepaldi (2008) afirma que o Controller é o profissional altamente qualificado, que levará a alta administração somente informações úteis à tomada de decisões. Para isso, ele definirá e controlará todo o fluxo de informação da empresa, garantindo que as informações corretas, cheguem dentro dos prazos adequados aos interessados. Siqueira & Soltelinho (2001) citam que em 1962 foram localizados os primeiros anúncios procurando Controllers. Procuravam profissionais com conhecimento dos princípios contábeis americanos e legislação brasileira. Ele seria o responsável pela tesouraria. As funções a serem desempenhados pelos que preenchessem as vagas de Controller oferecidas eram de: a) Planejamento para o controle; b) Relatórios e interpretação; c) Administração Tributária; d) Relatórios para o governo; e) Proteção de ativos; O Controller deve possuir novas habilidades, de acordo com os desafios encontrados. Práticas internacionais de negócios, controles orçamentários e planejamento estratégico, são algumas delas. O Controller deve ser um profissional de fácil relacionamento e extremamente hábil para vender suas ideias (Oliveira, Perez Jr. & Silva 2002.) Além do conhecimento contábil, o Controller tem a visão econômica, financeira e estratégica da empresa. Ele, juntamente com os estrategistas da empresa, irá planejar e coordenar as estratégias a serem traçadas, pois sabe através dos resultados realizados qual será a tendência dos resultados futuros (Crepaldi, 2008). Calijuri (2005) apresentam o controller como um profissional estratégico. Afirmam que quando este ocupa sua posição na nova Controladoria estratégica deve ter a posse das informações e alta dose de sensibilidade para a correta identificação das ameaças e das oportunidades que surgem em todo momento no ambiente empresarial. Controladoria Controladoria pode ser definida como a unidade administrativa responsável pela utilização de todo o conjunto da Ciência Contábil dentro da organização. Como a Ciência Contábil é a ciência do controle em todos os aspectos temporais passado, presente e futuro - e como a Ciência Social exige a comunicação de informação, no caso a econômica, à Controladoria cabe a responsabilidade de implantar, desenvolver, aplicar e coordenar todo o ferramental da Ciência Contábil dentro da organização, nas suas mais diversas necessidades (Vieira e Silva, 2005) Oliveira (2002) afirma que a Controladoria é considerada o estágio evolutivo da Contabilidade. É o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis da entidade. Lunkes, Gasparetto e Schnorrenberge (2010) asseveram que a controladoria tem se especializado no apoio à decisão tornando-se parte da alta administração. Seu papel é buscar a informação e utilizá-la na preparação de planos estratégicos e orçamentários e participar do processo de implementação, desenvolvendo medidas operacionais e administrativas. Planejamento Estratégico Conforme Chiavenato (2004), o planejamento estratégico é o processo contínuo e com a maior quantidade possível de conhecimento do futuro para a tomada de decisão atual que envolva riscos futuros. Para Anthony e Govindarajan (2001) é o processo pelo qual se decidem os programas que a empresa adotará e a quantidade aproximada de recursos que reservará para cada um desses programas, nos vários anos seguintes. O planejamento estratégico representa uma metodologia administrativa que procura criar uma situação de otimização da empresa perante as mutações de seu ambiente, visando usufruir da melhor maneira possível das oportunidades, bem como evitar as ameaças. Coloca a empresa numa situação ativa, inclusive procurando “fazer as coisas acontecer”. (MATTIA, 2014) O planejamento estratégico é um processo que prepara a organização para aquilo que está por vir. Sua função básica é comparar os resultados gerados pelas atividades com os que haviam sido projetadas com base na estratégia. Esse seria o foco da controladoria estratégica. (Vieira e Silva, 2005). O planejamento estratégico são decisões tomadas no presente, a partir da análise da situação atual da empresa e dos resultados passados. O objetivo é planejar o futuro, que deverá ser seguido, para ter bons resultados. (Nakagawa, 1993) Frezatti et al (2007): "[...] o exercício do planejamento estratégico é elaborado para criar planos que permitiriam alcançar os objetivos da empresa. Esses planos, normalmente, requerem dados significativos da contabilidade gerencial [...]". O planejamento estratégico juntamente com a controladoria traçam os objetivos a serem cumpridos a médio e longo prazo pela empresa, com a finalidade de se proteger dos riscos futuros e melhorar os resultados. Para isso utilizam dos recursos da contabilidade financeira para extrair as informações para o planejamento estratégico da empresa. Contabilidade Estratégica Conforme Silva et al (2010), a Contabilidade estratégica é definida como a provisão e análise de dados da contabilidade gerencial sobre um negócio e os seus competidores para uso no desenvolvimento e monitoramento da estratégia de negócio. Por sua característica, se configura como um ramo da Contabilidade Gerencial. Controladoria Estratégica é uma forma de pensar no futuro, uma atividade que deve estar integrada no processo decisório das organizações, envolvendo o profundo conhecimento do negócio e a verificação das tendências do ambiente externo às organizações. (Vieira e Silva, 2005) Ainda que tenha avançado consideravelmente nos últimos anos, seja como método, técnica ou ciência, a contabilidade ainda deverá ocupar um espaço muito maior na gestão das empresas. O que verificamos é que, em todas as ocasiões em que se discorre sobre a importância da contabilidade, esta é classificada como imprescindível para uma gestão empresarial que busca a maximização do lucro é consequente o retorno sobre os investimentos. (Navarro et al 2002) Para ter uma melhor análise da empresa, não deve-se considerar apenas as informações contábeis apresentadas pela contabilidade. È indispensável a análise de outros ambientes, internos e externos, como o mercado, a política, a tecnologia, etc.. A movimentação e os efeitos transformadores da riqueza, não são apenas de interesses dos empresários e acionistas, mas também de um grande complexo social que abrange outros interessados. A nova fase da Contabilidade é voltada para o futuro, deixando para trás aquela análise dos fatos já ocorridos, e sim, do que está por vir (CRCBA, 2005) Barros (2005) afirma que a Contabilidade apresenta o propósito básico de embasar as decisões internas para controle e feedback do desempenho operacional; seu foco é orientado para o futuro, não é regulamentada por lei, mas definida pela administração para atender necessidades estratégicas e operacionais da organização. Utilizando-se de processos de mensuração física e operacional, apura informações mais subjetivas, relevantes, sujeitas a juízo de valor. A ampliação dos mercados, o crescimento e a internacionalização das organizações tornaram as operações comerciais e financeiras da empresa mais complexas, necessitando de um controle maior sobre as informações contábeis e gerenciais. Essas mudanças obrigam o contador a mudar sua postura, deixando de se preocupava apenas em cumprir com as exigências impostas pelos órgãos reguladores e fiscalizadores, mas se preocupando com o processo de formulação e implementação da estratégia da empresa (Vieira, et al 2010). Vieira et al (2010), afirma que para a inserção da estratégia na contabilidade é necessário verificar as possibilidades futuras, identificar necessidades e tendências e presumir mudanças. É o olhar para frente, e não se restringir apenas ao existente, ao passado e aos registros e fatos históricos. O contador deve assumir uma postura proativa, utilizando-se do potencial da contabilidade para gerar informações estratégicas. A contabilidade estratégica para Grzeszezeszyn (2005): ...a provisão e análise de informações financeiras sobre o mercado do produto, estrutura de custos da firma, custo dos competidores e o monitoramento das estratégias da empresa e aquelas dos seus competidores sobre vários períodos. Padoveze (2003), apresentados os fundamentos e os enfoques de atuação da contabilidade estratégica: • Atenção a todos os stakeholders; • Preocupação com o longo prazo; • Uso de informações financeiras e nãofinanceiras (produtividade, qualidade, satisfação dos clientes e funcionários, dentre outras); • Foco constante no ambiente externo; Ferreira, Alves e Silva (2010) sobre o Ensino da Contabilidade Estratégica no Brasil, citaram a definição de Grzeszezeszyn (2005) a respeito do objetivo e aplicação. Objetivo: demonstrar o entendimento que se têm sobre o conceito de contabilidade gerencial estratégica e caracterizá-la através da ênfase dada à informação contábil. Resultado obtido: a contabilidade gerencial estratégica foi compreendida como uma resposta ao novo momento econômico que se instaura em nível globalizado e que ainda há muito a se pesquisar. Caracterizada como um campo fértil para novas descobertas Entende-se que a Contabilidade estratégica utiliza da informação contábil para analisar a situação da empresa diante do cenário econômico e projetar os riscos que poderão ocorrer no futuro. Para isso ela utiliza da estratégia do negócio que define o controle sobre a utilização dos recursos que serão utilizados para atingir as metas estipuladas. É caracterizada como uma área dinâmica que está em constante mutação tendo em vista os objetivos e os métodos utilizados pela companhia visando a maximização dos resultados e a redução dos riscos. Com o passar dos anos a Contabilidade foi evoluindo e mudando seu alcance. Antes as informações eram voltadas apenas para o público externo e no cumprimento das leis, posteriormente foi desenvolvendo os métodos para uma análise gerencial. O quadro abaixo traz uma análise comparativa da mudança da contabilidade tradicional com a contabilidade estratégica, ficando evidente a mudança no foco da informação. Quadro 2 – Comparativo entre a Contabilidade Tradicional X Contabilidade Estratégica ASPECTO Processos Internos Ênfase Informação Relatórios Fonte: Sousa (2009) Contabilidade Tradicional Lançamentos, conciliações, demonstrações e analise de balanço. Consequência do passado, objetividade e consistência nos dados. Precisa e objetiva Resumidos com informações e sem especificação. Contabilidade Estratégica Planejamento, controle, avaliação e resultados. Decisões que afetem o futuro, relevância e flexibilidade de dados. Oportuna, objetiva e subjetiva. Detalhados sobre setores, departamentos, produtos, clientes, fornecedores, dentre outros. Observa-se que as novas abordagens da contabilidade não estão mais voltadas apenas para o controle histórico dos eventos passados mas, sim, na medida do possível preditivas. A contabilidade está mais inserida na gestão do negócio e tornou-se ferramenta fundamental de análise para a tomada de decisão e planejamento. Para essa nova abordagem a contabilidade utiliza de outras áreas do conhecimento, como a administração, e a economia para fornecer informações a diferentes tipos de usuários (fornecedor, governo, banco, etc) em tempo hábil para a análise da situação atual da empresa. Conclusão Nota-se que a contabilidade está presente desde a civilização humana, e que da sua maneira, o homem primitivo realizava o controle do seu patrimônio através de desenhos. Observa-se que a medida que o homem foi evoluindo em conhecimentos comerciais e financeiros a contabilidade foi adquirindo espaço e tornou-se uma técnica contábil. Para a padronização dessa técnica surgiu a contabilidade financeira, responsável pelos registros e classificação dos fatos contábeis, gerando as demonstrações contábeis, com o objetivo de evidenciar a situação patrimonial da entidade ao público externo. Esse ramo da contabilidade ficou vinculado a normas, leis e princípios que passou a padronizar e regulamentar a escrituração contábil da entidade. Porém, a contabilidade financeira não apresentava informações suficientes para o público interno (gestores), assim surgiram dois ramos da contabilidade para suprir essa necessidade. São eles: contabilidade de custos; e gerencial. A contabilidade de custos surgiu entre os séculos XVIII e XIX com a revolução industrial, visto a ampliação dos negócios, a aceleração na produção, a necessidade de informação mais detalhadas dos custos de produção e o gerenciamento dos recursos disponíveis. Este ramo da ciência contábil tornou-se ferramenta essencial para a sobrevivência da entidade, diante de um ambiente volátil e competitivo no qual está inserida. As informações da contabilidade de custos eram essenciais, porém muito voltadas para a produção e controle de estoque. Surge, então, a contabilidade gerencial, que une as técnicas e procedimentos da contabilidade financeira e das de custos, produzindo informações voltada para o controle e a tomada de decisão estratégica. Observamos que atualmente estuda-se um novo ramo da contabilidade: a contabilidade estratégica. Esse novo campo estuda os demais ramos da contabilidade para produzir e distribuir informações, visando o apoio na definição das premissas necessárias para o planejamento estratégico da organização. O foco é a melhoria nos resultados a médio e longo prazo, para isso é realizado uma análise da empresa como um todo, inclusive do ambiente externo. O profundo conhecimento do negócio, análise do ambiente econômico, a preocupação com o longo prazo e a atenção a seus parceiros torna esse ramo dinâmico e complexo, devendo está integrado com outras áreas do conhecimento como a administração e a economia. Através dessa pesquisa bibliográfica verificou-se que, conforme a sociedade foi desenvolvendo-se, a contabilidade foi evoluindo surgindo novos ramos de estudo com foco em campos distintos. Conclui-se que a contabilidade estratégica não é totalmente conclusiva quanto ao futuro, mas de acordo com o estudo realizado, é um dos ramos com maior confiabilidade pelo aglomerado de informações. Seu estudo tem sido aprofundado por outros ramos e vertentes. Referências: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023: Informação e documentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2001. ANTHONY, R. N. 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