Aula Demonstrativa: PC/DF

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Professores Júnia Andrade e Marco Antonio “Macarrão”
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Língua Portuguesa
Professores: Júnia Andrade e Marco Antonio “Macarrão”
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Aula Demonstrativa – uso do acento grave
Olá, meus amigos! Escolhi para iniciamos o curso um dos assuntos
que é quase sempre cobrado em concurso público, independente da
Banca organizadora: uso do acento grave – a Crase.
É um assunto sempre relevante, já que prescinde de dois “pilares”
bem importantes dentro dos estudos da gramática normativa: regência
(verbal e nominal) e concordância (nominal).
Adianto-lhes que o grande diferencial de nosso curso é a
abordagem focada naquilo que realmente interessa, sem também te
largar na cova dos leões das tratativas gramaticais. Ou seja, focaremos
nas questões sim, mas sem deixar de oferecer uma forte base gramatical
para que você não se perca durante seus estudos. A ideia é de equilíbrio
mesmo.
Concursos como esse para o qual vocês se preparam não
costumam permitir um instante sequer de perda de tempo ou de
distração por parte do candidato que realmente “está no páreo”. E nós
sabemos muito bem disso.
Já leram Machado de Assis? Acalmem-se, não iremos falar de
literatura exatamente, não
mesmo.
Nem mesmo será necessário
conhecimento literário, prometo! É apenas uma abusada e pretensa
comparação. Em sua obra, Machado dialoga (um hábito da narrativa
machadiana) com o leitor. Ele diz (mais ou menos assim), num de seus
romances, que se o leitor não quisesse ler as próximas páginas, se não
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gostasse de detalhes, poderia ir para o capítulo X, pois – para alguns
leitores – o conteúdo que ali estava não seria útil. Assim, será nosso
material! Como disse, haverá um firme embasamento gramatical, mas –
se você não precisa tanto dele – você pode ir direto às questões
comentadas.
Farei dessa forma já nessa aula, nesse texto. Assim, você saberá
exatamente como tudo funcionará.
Tópicos da Aula
1. Introdução – As preliminares ...................................................... 03
1.1
1º caso................................................................................. 05
1.2
2º caso................................................................................. 06
1.3
Crase Proibida ..................................................................... 08
1.4
Crase Facultativa ................................................................. 13
1.5
Outras observações ............................................................. 15
2. O Ponto G .................................................................................. 19
2.1
2.2
Questões IADES................................................................... 20
Cronograma do Curso .......................................................... 37
USO DO ACENTO GRAVE
PRELIMINARES
Nas preliminares, precisamos definir bem o conceito de crase. Crase é
um fenômeno fonológico em que se juntam dois sons idênticos quaisquer. Para
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a Gramática, entretanto, interessa a junção de A + A. E é sobre essa junção
que iremos discorrer a partir de agora.
Diferentemente do que fazem os gramáticos em geral, trabalharemos o
uso do acento grave de maneira racional e razoavelmente exata. Assim,
certamente diminuiremos o número de regras, mas – principalmente – o
número de exceções. Trabalharemos com a operação matemática da soma, e
uma soma muito simples: 1 + 1. Vejamos:
1 + 1 = 2 e 1 + 0 = 1, certo?!
Se substituirmos números por letras, matematicamente teremos uma
equivalência da seguinte maneira:
Se 1 + 1 = 2 então a + a = 2a
Se 1 + 0 = 1 então a + 0 = a
Mas o que são dois “A”’s na Língua Portuguesa?! “A craseado”! Ou seja:
Se 1 + 1 = 2 então a + a = 2a, logo 2a = à
Concluindo, crase é o mesmo que um mais um! É claro que não será tão
simples assim, já que o primeiro “A” é – normalmente – preposição e
preposição obedece à regência, que é totalmente arbitrária. De qualquer
modo, gostaria que de agora em diante você pensasse a crase dessa maneira,
a + a. Pensando dessa forma, diminuiremos a necessidade de tantas regras e
praticamente não trabalharemos com exceções. Mesmo diminuindo, ainda são
bastantes regras, não se anime tanto!
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Separei essas regras da seguinte maneira: (i) preposição “A” +
“Aquele(a)/ Aquilo; (ii) preposição “A” + “A” artigo; (iii) crase proibida; (iv)
crase facultativa; (v) observações.
I)
1º CASO: PREP “A” + AQUELE/ AQUELA/ AQUILO = ÀQUELE/
ÀQUELA/ ÀQUILO
Neste caso, trata-se da junção da preposição “A” com a inicial “a” dos
pronomes demonstrativos de 3ª pessoa (aquele(s), aquela(s), aquilo). A única
condição para que haja crase é de que tenhamos um termo regente (nome ou
verbo) que exija preposição “A”. Havendo, essa preposição juntar-se-á com a
inicial do demonstrativo mencionado e receberá o acento grave (que indica
crase – à).
EXEMPLOS.:
VTI (a) + a(quele) = àquele
1) ASPIRAMOS ÀQUELE CARGO.
2) VTI (a) + a(quela) = àquela
VISAMOS ÀQUELA OPORTUNIDADE.
Em 1, o verbo “aspirar” está no sentido de querer, desejar, almejar e,
por isso, rege preposição “A”. Essa preposição junta-se com a inicial “a” do
pronome “aquele” e temos o uso do acento grave para marcar essa junção.
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Em 2, o verbo “visar” está também no sentido de querer, desejar,
almejar e, por isso, rege preposição “A”. Essa preposição junta-se com a inicial
“a” do pronome “aquela” e temos o uso do acento grave para marcar essa
junção.
Repare que – neste caso – não há qualquer menção ou preocupação em
relação ao gênero das palavras envolvidas, já que independente disso os
demonstrativos de 3ª pessoa começam com “a” e é esse “a” que se junta com
a preposição para formar a crase.
Detalhe: a maioria das gramáticas trata esse caso como exceção, mas –
como puderam ver – não há nada de anormal que justificasse o ‘título” de
exceção. Passemos agora ao clássico da crase!
II)
2º CASO: PREPOSIÇÃO “A” + “A” ARTIGO = À
JÁ CONHECE O SUFICENTE ACERCA DESTE ITEM? SE SIM, PODE IR
À PÁGINA 8.
Realmente, esse é o clássico da crase: preposição “a” + “a” artigo. Nesse
caso, além do termo regente (nome ou verbo) exigindo a preposição “a”,
precisamos também de algo que justifique o outro “a”, o “a” artigo. Só usamos
artigo “a” antes de palavras femininas. Por isso, precisamos de palavra
feminina. Precisamos observar – além da regência – regrinha básica de
concordância nominal (gênero e número). Vejamos os exemplos:
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Exemplos:
a+a=à
1) Tive acesso à sala.
Temos o seguinte: o nome “acesso” rege preposição “a” e a palavra
“sala” por ser feminina possibilita o artigo “a”. Além disso, “sala” está no
singular, então temos os dois elementos de que precisamos para a crase
ocorrer.
a + as = às
2) Tive acesso às salas.
Nesse exemplo, o nome “acesso” continua regendo preposição “a” e a
palavra “sala” por ser feminina possibilita o artigo “a”, mas está no plural, logo
o artigo será “as”. Então a + as = às.
Agora preste atenção ao exemplo 3. Nele, as duas condições estarão
satisfeitas, mas – ainda assim – não haverá crase. Vejamos por quê!
a+Ø=a
3) Tive acesso a salas.
Embora tenhamos termo regente que exige preposição “a” (acesso) e
palavra feminina (salas), não houve crase. Por quê? Repare que, se houvesse
artigo, devera ser “as”. Se houvesse “as”, o resultado seria “às” e não “a”. Na
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verdade, não houve artigo! Só descobrimos isso por conta da concordância
nominal.
Daí, temos uma super dica, já que esse tipo de construção é das coisas
mais cobradas nas questões de crase.
MACETE: Se o “a” que você estiver analisando
estiver no singular e a palavra seguinte estiver
no plural, não há crase. “A” no singular seguido de palavra no plural não tem
crase! Esse erro é muito comum, veja essa placa:
O correto seria “O dinheiro não usado para pintura deste muro será
revertido A entidades assistenciais.
Frisando e resumindo: aqui, precisamos de palavra feminina, mas temos
que verificar a concordância de número também!
III) CRASE PROIBIDA:
JÁ DOMINA OS CASOS EM QUE O ACENTO GRAVE É PROIBIDO?
ENTÃO, DIRIJA-SE À PÁGINA 13.
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A crase é proibida, em geral, por razões lógicas, mas que fogem à crase em
si. Na maioria das vezes, a proibição é do artigo; como a crase em questão
depende desse artigo, a crase também se torna proibida. Vamos aos casos de
crase proibida:
1) ANTES DE VERBO
Como
verbo
(masculino/feminino),
não
ele
tem
gênero
naturalmente
não
aceita artigo (refiro-me ao verbo enquanto verbo, não substantivado,
obviamente). Não havendo artigo, não há crase! Mais exemplos:
a) Tudo a partir de R$ 10,00.
b) Preço a combinar.
c) Professor a definir.
2) ANTES DE PRONOMES RETOS E DE TRATAMENTO
Essa proibição, na verdade, serve para pronomes indefinidos também.
Em relação aos de tratamento, EXCETUAM-SE “SENHORA”, “DONA” E
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“SENHORITA”. Ocorre o seguinte: antes desses pronomes o artigo é proibido,
logo a crase que dependa desse artigo proibido também será proibida.
Tomemos a seguinte “fórmula”: X é bonita.
Se X aceitar artigo, então podemos pensar na crase; do contrário, não!
Vejamos:
X é bonita. (X = menina). A menina é bonita. Frase OK! Podemos ter
artigo!
X é bonita. (X = ela). A ela é bonita. Sem chance, não podemos ter
artigo!
“Ela” é pronome reto.
X é bonita. (X = Vossa Excelência). A Vossa Excelência é bonita. Sem
chance, não podemos ter artigo!
X é bonita. (X = senhora). A senhora é bonita. Frase OK! Podemos ter
artigo!
“Senhora” é pronome de tratamento, mas aceita artigo, por isso foge à
lógica dos pronomes de tratamento em geral.
Esse macete sempre dará certo! Pode confiar! Dessa forma, verificamos
que o pronome indefinido “outra” comporta-se de maneira diferente dos
demais indefinidos. Observe:
X é bonita. (X = qualquer menina). A qualquer menina é bonita. Sem
chance, não podemos ter artigo!
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X é bonita. (X = outra menina). A outra menina é bonita. Frase OK!
Podemos ter artigo!
3) ANTES DE NOME DE PERSONAGEM HISTÓRICO;
Antes de nome de personagem histórico, o artigo é proibido. Logo, a
crase também será. Se você se lembrar, uma das primeiras coisas que
aprendemos na escola em História é quem descobriu o Brasil. Você ficou todo
feliz quando soube! Perguntava e respondia para todo o mundo: “Pedro
Álvares Cabral!” Nunca você disse: “Foi o Pedro Álvares Cabral!” Lembrou?!
Papo de doido, né! Mas é isso mesmo, antes de nome de personagem histórico
não há crase porque não há artigo!
Exemplo:
Referi-me a Joana D’arc.
4) ENTRE PALAVRAS REPETIDAS.
A crase é proibida em expressões formadas por palavras repetidas, tais
como: cara a cara, boca a boca, frente a frente. Se a palavra for masculina, a
regra não é essa; no caso, não haveria crase simplesmente por se tratar de
palavra masculina: lado a lado, beijo a beijo, dia a dia.
5) Antes das palavras “casa”, “terra” e “distância”, se elas não estiverem
sintaticamente determinadas.
Pois é, caros alunos, pela primeira vez mencionarei a palavra exceção
para mostra de fato uma exceção. As palavras “casa”, “terra” e “distância”,
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embora
femininas,
determinadas.
O
só
que
admitem
significa
crase
isso:
se
somente
estiverem
se
houver
sintaticamente
outro
termo
(determinante) falando da “casa”, da “terra” ou da “distância”. E tudo isso, por
quê?!
Porque Deus quis assim! Quando respondo dessa maneira, saibam que
estou cheio de frustração, porque se trata de uma clássica exceção. Não há
lógica capaz de explicar! Alguns gramáticos e professores ainda tentam, mas
acho cretinice, é melhor dizer que é porque Deus quis assim! Observem:
Refiro-me a casa. (não há determinante)
Refiro-me à casa bonita. (termo em destaque determina a palavra
anterior)
Refiro-me à casa verde. (termo em destaque determina a palavra
anterior)
Cheguei a terra. (não há determinante)
Cheguei à terra natal. (termo em destaque determina a palavra
anterior)
Ensino a distância. (não há determinante)
Fiquei à distância segura. (termo em destaque determina a palavra
anterior)
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Como nada é tão ruim que não possa piorar (se você chegou ao fundo do
poço, ainda há o pré-sal), temos a exceção da exceção! A palavra “Terra” com
inicial maiúscula (trata-se obviamente do planeta) aceita crase mesmo não
estando determinada. Há explicações frágeis para isso, dessa forma prefiro
que você aceite apenas (dói menos!).
Exemplo: Cheguei à Terra.
CERTO!
ERRADO!
CERTO!
IV)
CRASE FACULTATIVA:
A crase será facultativa quando um dos elementos que a compõe for
facultativo. É bom ressaltar que – quando a crase é facultativa – não há
mudança de sentido pela presença ou ausência do acento grave. Vamos às
únicas três situações em que a crase é facultativa:
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1) ANTES DE NOME PRÓPRIO FEMININO;
Nomes próprios – de maneira geral – facultam o uso do artigo definido
antes
deles.
Quando
se
tratar
de
nome
próprio
feminino,
teremos
consequências no uso do acento grave. Já que o artigo é facultativo, a crase
que depende dele também será facultativa.
Vejamos:
Dei um presente a Mariana.
Dei um presente à Mariana.
Nas duas frases, o sentido é exatamente o mesmo e elas estão
igualmente corretas do ponto de vista gramatical.
2) ANTES DE PRONOME POSSESSIVO FEMININO NO SINGULAR;
Antes de pronome possessivo, o artigo é facultativo, já que ele tem a
mesma função geral de especificar ou definir que tem o pronome possessivo
ao atribuir posse. A crase que depende desse artigo, portanto, será também
facultativa.
Entretanto,
repare
que
mencionei
especificamente
PRONOME
POSSESSIVO FEMININO NO SINGULAR. Por quê? Porque apenas antes
desse formato a crase será facultativa, como veremos nos exemplos:
Fui a sua festa.
FACULTATIVA – PRONOME FEMININO
POSSESSIVO NO SINGULAR.
Fui à sua festa.
OBRIGATÓRIA – HÁ COM CERTEZA
Fui às suas festas.
ARTIGO!Marco Antonio “Macarrão”
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Fui a suas festas.
PROIBIDA – NÃO HÁ COM CERTEZA
ARTIGO!
3) DEPOIS DA PREPOSIÇÃO “ATÉ”.
A preposição “até” faculta o uso da preposição “a” depois dela. Nesse
caso, a preposição é facultativa. Como a crase depende dessa preposição,
também será facultativa.
Exemplos:
Ele foi até a porta.
Ele foi até à porta.
V)
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Nessa seção, trato não de exceções (não mesmo), mas de observações
que podem ajudar em situações complicadas.
1) USAMOS
ACENTO
GRAVE
ANTES
DE
EXPRESSÕES
ADVERBIAIS
FEMININAS
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Nesse
caso,
o
acento
grave
funciona
como
acento
diferencial.
Diferenciamos com ele uma preposição de um
artigo ou uma função sintática preposicionada
de uma não preposicionada.
Algumas expressões adverbiais femininas (ou presença de uma
locução prepositiva formada com uma palavra feminina):
Às claras, às vezes, à noite, às escuras, às avessas, à vista, à
tarde, à vontade, à moda.
2) A EXPRESSÃO “À MODA” MERECE DESTAQUE: NORMALMENTE A
PALAVRA “MODA” VEM APENAS SUBENTENDIDA, MAS PREVALECE SUA
ONIPRESENÇA;
EXEMPLO:
Sapatos à Luíz XV. (repare que a crase veio antes de palavra masculina,
mas – na verdade – ela ocorre por conta da palavra “moda”, apenas
subentendida.)
Bife à milanesa. (à moda de Milão)
Macarrão (que não sou eu) à bolonhesa. (à moda de Bolonha)
Bife a cavalo. (cavalo não faz bife, não é à moda do cavalo)
Frango a passarinho. (passarinho não faz frango, não é à moda do
passarinho)
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3) À = DE, NA, DA;
Esse item tem por objetivo ajudar o item 1. Se for possível trocar o A por
DE, NA ou DA, o A em questão levará acento grave.
Exemplos:
Eles chegaram à noite. (Eles chegaram de noite)
Eles chegaram àquela hora. (Eles chegaram naquela hora)
4) CRASE ANTES DE NOME PRÓPRIO DE LUGAR
Antes de nome próprio de lugar, é difícil determinar o gênero.
Entretanto, é necessário descobrir essa informação. Existe um macete
antigo, mas infalível: quem vai, volta; ou seja, se eu vou a um lugar, eu
volto desse lugar. Vai funcionar assim:
SE VOLTA “DA”, TEM CRASE NO “A”.
SE VOLTA “DE”, CRASE PRA QUÊ?”
Exemplos:
Vou à Bahia. (volto DA)
Vou a Brasília. (Volto DE)
Vou a Santa Catarina. (Volto DE)
5 – CRASE ANTES DE HORA:
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A – ANTES DE HORA MARCADA, HÁ CRASE: “CHEGUEI ÀS 07:57”
B – INDICANDO HORA DE INÍCIO E TÉRMINO, HÁ CRASE: “A AULA SERÁ DAS
08:00 ÀS 17:00”. Observe que se trata de uma questão de paralelismo.
Se há artigo antes do primeiro, deve haver artigo antes do segundo.
C – QUANDO INDICAR DURAÇÃO APROXIMADA, NÃO HÁ CRASE (OBSERVE
MAIS UMA VEZ A QUESTÃO DO PARALELISMO): “A CIRURGIA VAI LEVAR DE 8
A 11 HORAS.”
6) HÁ = FAZ: NÃO É CRASE, MAS APARECE NAS QUESTÕES DE CRASE.
Se puder trocar por FAZ, é HÁ!
Certo ou errado?!
CERTO
ERRADO
CERTÍSSIMO
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Ainda podemos mencionar o uso de acento grave antes do pronome
“que”. Em geral, antes de “que” não ocorre acento grave. Entretanto, se
houver a ideia do pronome demonstrativo representado pelo artigo a,
podemos ter crase.
Fiz referência à que passou no concurso.
Fiz referência a aquela que passou no concurso.
Ou seja, se a que = a aquela que, então à que.
Preliminares demoradas, não acham?! Bom, mas agora será bem
tranquilo chegar ao ponto G (de Gabarito)! Vamos a ele!
O ponto G!
O que mais nos interessa nesse curso é resolver questões da banca. Foi
necessária, todavia, uma explicação gramatical bem completa, pois o assunto
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“crase” vem todo misturado, completo, nas questões. Ou vemos o assunto
inteiro ou não vemos!
Faremos da seguinte maneira: vou colocar a primeira questão e explicála. Depois, coloco mais algumas sem a explicação para que vocês possam
resolver sozinhos. Fiquem tranquilos! Já coloco também essas mesmas
questões comentadas, devidamente resolvidas.
Questão 1 – IADES – Eletrobrás – 2015
A respeito da regência de palavras do texto, é correto substituir
a) “eficiência em” (linhas 6 e 7) por “eficiência de”
b) “comparado a” (linha 13) por “comparado com”.
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c) “ligado à” (linha 20) por “ligado na”.
d) “Diante da” (linha 15) por “Diante à”.
e) “em termos de” (linha 6) por “em termos sobre”.
Resolução:
A troca de preposição implica, muitas vezes, troca de sentido. Desse modo,
percebe-se, por exemplo, que eficiência em alguma coisa é bem diferente de
eficiência de alguma coisa ou alguém. O mesmo percebe-se em ligado a
(sentido de elo) e ligado na (sentido de onde se está ligado). Dessa forma, a
única alternativa em que a troca da preposição não gera alteração semântica é
em b.
Resposta: Letra B
Questão 2 – IADES – SES – DF – 2014
De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego do sinal
indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
a) O diretor do hospital referia-se à algumas enfermeiras que estiveram no
plantão de ontem.
b) Cheguei à acreditar que a médica receitaria um analgésico à minha mãe.
c) O enfermeiro conduzirá à paciente até o ambulatório.
d) A doutora começa a atender às 8 horas.
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e) Daqui a duas horas, retornarei a farmácia, que fica ao lado da pediatria.
Resolução:
A alternativa a apresenta infração pois não há como ocorrer crase diante de
palavras que não admitam o artigo a ou as; o pronome indefinido “algumas”
não pode ser precedido por artigo. A alternativa b apresenta duas ocorrências
de crase: na primeira, diante do verbo “acreditar”, há erro, pois JAMAIS haverá
crase antes de verbo; já na segunda ocorrência não há problemas, uma vez que
o acento grave é facultativo diante de pronomes possessivos. A alternativa c
também está incorreta pois o verbo conduzir é VTD, não exigindo nenhuma
preposição, portanto antes da palavra “paciente” há somente o artigo feminino.
Na alternativa e, percebe-se o uso do verbo “retornar”. Como “quem retorna
retorna a algum lugar”, a preposição exigida pelo verbo irá juntar-se ao artigo
da palavra seguinte, sendo o correto dizer que “retornarei à farmácia”.
A única alternativa que se apresenta de forma correta é a alternativa d.
Resposta: Letra D
Questão 3 – IADES – SES – DF – 2014
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Considerando a oração “‘Nessa situação, o paciente dedica a maior parte do seu
tempo à TV’” (linhas 6 e 7), assinale a alternativa correta.
a) A inclusão do artigo uma diante de “TV” tornaria o emprego da crase
facultativo.
b) Se, no lugar de “TV”, tivesse sido utilizado o substantivo televisão, o
emprego da crase seria proibido.
c) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” está inadequado.
d) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” é obrigatório.
e) O emprego do sinal indicativo de crase diante de “TV” é facultativo.
Resolução:
Esse exercício testará não só seus conhecimentos sobre crase, mas também
sua atenção. Repare que as últimas três alternativas são estruturalmente
parecidas. Isso é feito para confundir o candidato.
A oração dada no enunciado está correta, pois a ação de dedicar implica dedicar
algo a alguém. Como TV (ou televisão) é feminino, há a ocorrência do acento
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grave. Desse modo, eliminam-se as alternativas b e c. A alternativa a é
eliminada pois o artigo uma JAMAIS admitirá a ocorrência de crase.
Sobram as alternativas d e e. A crase antes de TV não pode ser facultativa.
Lembre-se de que a crase só é dita “facultativa” quando a presença do artigo na
frente da palavra também o for. Como TV apresenta artigo a (A TV aberta é
excelente!), a alternativa correta é a d.
Resposta: Letra D
Questão 4 – IADES – CONAB - 2014
Considerando o trecho “atualizou os dados relativos à produção de grãos no
Brasil.” (linha 2) e conforme a norma- padrão, assinale a alternativa correta.
a) A crase foi empregada indevidamente no trecho.
b) O autor poderia não ter empregado o sinal indicativo de crase.
c) Se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do sinal indicativo de
crase continuaria obrigatório.
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d) Se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referentes, o uso do sinal
indicativo de crase passaria a ser facultativo.
e) Caso o vocábulo minha fosse empregado imediatamente antes de
“produção”, o uso do sinal indicativo de crase seria facultativo.
Resolução:
A oração dada no enunciado está correta, pois aquilo que é relativo é relativo a
algo. Desse modo, eliminam-se as alternativas a e b. A alternativa d é
eliminada pois a troca de relativo por referente não altera a necessidade da
preposição a, pois ambas as palavras têm a mesma regência.
Sobram as alternativas c e e, ambas adotando o posicionamento de um
pronome antes do termo “produção”. Como já explicado, a crase só é dita
“facultativa” quando a presença do artigo na frente da palavra seguinte
também o for. Dessa forma, observa-se que é possível adotar ou não artigo
antes de pronomes possessivos (“A minha bolsa é preta” ou “Minha bolsa é
preta”), mas é impossível colocar diante de um pronome demonstrativo um
artigo. Assim, a alternativa correta está em E.
Resposta: Letra E
Questão 5 – IADES – SEAP – DF – 2014
Concha Acústica
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Aula Crase
Professores Júnia Andrade e Marco Antonio “Macarrão”
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte
(ao lado do Museu de Arte de Brasília - MAB), está a Concha Acústica do DF.
Projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada
pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de Cultura),
destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande palco da cidade.
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossacultura/conchaacustica.html>.
Acesso em: 21/3/2014, com adaptações.
Acerca das regras prescritas pela norma-padrão a respeito do uso da crase,
assinale a alternativa correta considerando o período “foi inaugurada
oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília”
(linhas 4 e 5).
a) O período exemplifica um caso de emprego facultativo da crase.
b) O período exemplifica um caso de emprego obrigatório da crase.
c) Se o autor resolvesse empregar o pronome essa diante de “Fundação
Cultural de Brasília”, o uso da crase seria obrigatório.
d) Outra redação possível para o período seria foi inaugurada oficialmente
em 1969 e entregue pela Terracap a Fundação Cultural de Brasília.
e) Se o autor resolvesse empregar o pronome aquela diante de “Fundação
Cultural de Brasília”, o uso da crase seria facultativo.
Resolução:
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Aula Crase
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O verbo doar é bitransitivo, exigindo o objeto doado (OD) e o objeto a quem
será doado (OI). Repare, portanto, que há a regência exigindo a preposição a.
Desse modo, caberá ao candidato verificar se há ou não artigo definido feminino
ou pronome feminino para a contração.
Como o termo que desempenhará a função de OI é um termo feminino possível
de ser precedido pelo artigo a ( A Fundação Cultural de Brasília.), a contração
obrigatoriamente ocorrerá. Isso evidencia que a crase foi obrigatória, gerando o
gabarito b.
Importante observar que a letra d propõe a substituição do verbo doar por
entregar. Mas são verbos de mesma regência
Resposta: Letra B
Questão 6 – IADES – SEAP – DF – 2014
Considerando as diferentes redações para a oração “Planaltina conta ainda com
diversos pontos turísticos” (linha 15), nas quais o verbo original foi substituído
por outro, apenas uma delas está de acordo com as regras prescritas pela
norma-padrão acerca da regência verbal. Com base nessa informação, assinale
a alternativa correta.
a) Planaltina dispõe ainda com diversos pontos turísticos.
b) Planaltina lembrou ainda dos diversos pontos turísticos.
c) Planaltina referiu-se ainda aos diversos pontos turísticos.
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d) Planaltina esqueceu-se ainda os diversos pontos turísticos.
e) Planaltina se simpatiza ainda com diversos pontos turísticos.
Resolução:
Esse exercício testará os conhecimentos sobre regência verbal.
Analisando cada substituição proposta, temos:
a) O correto é dispor DE algo. Portanto, a reescrita proposta está errada.
b) O correto é lembrar algo. O verbo é VTD. Ele só será VTI se o verbo for
pronominal (lembrar-se DE algo). Portanto, a reescrita proposta está errada.
c) O correto é referir-se A algo. A reescrita está corretíssima!!
d) O correto é esquecer-se DE algo. O verbo só será VTD (esquecer algo)
quando não houver o pronome. Portanto, a reescrita proposta está errada.
e) O verbo simpatizar não é pronominal; o correto seria: “Planaltina simpatiza
ainda com diversos pontos turísticos”. Portanto, a reescrita proposta está
errada.
Resposta: Letra C
Questão 7 – IADES – SEAP – DF – 2014
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Nas passagens “Eu era ligado à MPB de Caetano”, “Depois que Renato Russo
veio à redação do Correio” e “À época, a Plebe era a mais falada.” o emprego
da crase é
a) obrigatório nas três situações.
b) facultativo nas três situações.
c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
e) proibido apenas na primeira situação.
Resolução:
A crase ocorre de modo obrigatório nas três construções, o que gera gabarito A.
Nas duas primeiras, trata-se de uma regra regencial: ligar-se A e vir A;
segundo as regras gramaticais, se o termo seguinte a essas construções for
precedido de artigo definido feminino, faz-se a contração (Música e redação,
ambas as palavras são precedidas de artigo a.
Já a terceira construção tem como justificativa para a crase a expressão “À
época” ser uma locução adverbial feminina.
Resposta: Letra A
Questão 8 – IADES – METRÔ – DF – 2014
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A respeito do emprego da crase no texto, considere a norma-padrão e assinale
a alternativa correta.
a) Em “cujo acesso fica próximo à quadra 1 do Setor Bancário Sul” (linhas 4 e
5), o uso da crase é facultativo.
b) Em “os objetos são doados à Administração Regional de Brasília”, (linhas 6 e
7) a crase foi empregada indevidamente.
c) Em “O serviço funciona de segunda a sexta-feira” (linhas 8 e 9), o uso da
crase é proibido.
d) Em “das 7h às 19h” (linha 9), o uso da crase é facultativo.
e) Em “das 7h às 19h” (linha 9), caso o termo destacado fosse substituído
por 1h, o uso da crase seria proibido.
Resolução:
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A grande sacada desse exercício é dominar a regra do uso da crase em
demarcações de horários. Isso funciona assim: se o horário inicial for
antecedido só por preposição (DE), o horário final também deverá apresentar
somente a preposição, não podendo haver crase. Já se o horário inicial for
antecedido por preposição + artigo (DA ou DAS), o horário final também deverá
apresentar a preposição + artigo, devendo haver crase. Então que se afirma
em c está correto. Todas as demais estão erradas.
Note que a proposta feita na letra e manteria a crase, apenas não apresentaria
o plural (das 7h à 1h).
Resposta: Letra C
Questão 9– IADES – METRÔ – DF – 2014
Tendo como referência o período “Quando o Metrô encerra a operação
comercial, um verdadeiro batalhão começa a trabalhar madrugada adentro para
que tudo volte a funcionar no dia seguinte na mais perfeita ordem.” (linhas de 1
a 4) e as regras a respeito de concordância, regência e crase prescritas pela
norma-padrão, assinale a alternativa correta.
a) No lugar de “Quando”, poderia ser empregada a construção Depois de
encerrado.
b) A oração “Quando o Metrô encerra a operação comercial” poderia ser
substituída por Quando o Metrô dá encerramento a operação comercial.
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c) Se, em vez de “um verdadeiro batalhão”, fosse empregada a construção a
maioria dos funcionários, o verbo auxiliar “começa” deveria, obrigatoriamente,
permanecer na terceira pessoa do singular.
d) Em vez de “tudo volte a funcionar”, poderia ser empregada a construção
todas as atividades volte a funcionar.
e) Caso, no lugar de “funcionar”, fosse empregado o substantivo atividade, o
uso da crase seria obrigatório.
Resolução:
Analisando cada proposta feita nas alternativas.
a) a substituição levaria a uma incoerência textual: “Depois de encerrado o
metrô encerra...”
b) Para a proposta feita ser correta, seria necessário o uso da vírgula: “Quando
o Metrô dá encerramento à operação comercial.”
c) Em expressões como “a maioria dos funcionários” há dois tipos de
concordância previstos: a gramatical, concordando com o núcleo “maioria”, e a
atrativa, concordando com “funcionários”. Sendo assim, afirmar que há
comportamento obrigatório do verbo auxiliar é um erro.
d) O erro aqui é de concordância: “todas as atividades voltem a funcionar.”
e) A afirmação está corretíssima!! Só não houve crase antes de “funcionar”
porque JAMAIS ocorre crase antes de verbos.
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Resposta: Letra E
Questão 10– IADES – METRÔ – DF – 2014
Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo
no elevador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a nova
redação, de acordo com as regras sobre regência verbal e concordância nominal
prescritas pela norma-padrão, deveria ser
a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
Resolução:
Trata-se de uma questão de análise regencial. É importante observar que o
verbo esquecer (diferentemente do verbo esquecer-se) é VTD, ou seja, não
exige preposição. Já o verbo gostar é VTI, ou seja, exige preposição, no caso
preposição de. Desse modo, o complemento verbal de esquecer não pode estar
preposicionado, mas o do verbo gostar tem de apresentar a preposição.
Assim, temos como alternativa correta a letra e.
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Resposta: Letra E
Questão 11 – IADES – TRE-PA – 2014
Com referência às prescrições da norma padrão da língua portuguesa sobre a
regência dos verbos e nomes e quanto ao uso da crase, assinale a alternativa
que reproduz o sentido da oração “A campanha também tem o objetivo de
fortalecer a cidadania” .
a) A campanha também deseja ao fortalecimento da cidadania.
b) A campanha ainda aspira a fortalecer à cidadania.
c) A campanha ainda objetiva a fortalecer a cidadania.
d) A campanha também visa ao fortalecimento da cidadania.
e) A campanha também anseia à fortalecer a cidadania.
Resolução:
Analisando cada proposta feita nas alternativas.
a) o verbo desejar é VTD: A campanha também deseja o fortalecimento da
cidadania
b) o verbo fortalecer é VTD, não devendo ter ocorrido crase: A campanha ainda
aspira a fortalecer a cidadania.
c) o verbo objetivar é VTD: A campanha ainda objetiva fortalecer a cidadania.
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d) A frase está correta, pois o verbo visar, no sentido de almejar, é VTI,
exigindo preposição a.
e) JAMAIS ocorre crase antes de verbos: A campanha também anseia fortalecer
a cidadania.
Resposta: Letra D
Questão 12 – IADES – METRÔ – DF – 2014
Considerando as regras prescritas pela norma-padrão acerca do uso da crase,
assinale a alternativa correta.
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a) No título, o uso da crase é facultativo, pois o substantivo “velocidade” está
subentendido antes de “dos carros”.
b) O trecho “com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros
nas ruas da metrópole.” (linhas 2 e 3) também poderia ser reescrito assim:
com velocidade média até quatro vezes maior do que à dos carros nas
ruas da metrópole.
c) Em “os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4
quilômetros por hora (km/h), em média.” (linhas de 4 a 6), é possível o uso da
crase.
d) Em “Lei de Acesso à Informação” (linha 13), o uso da crase é facultativo.
e) Na oração “O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma
bicicleta, 20,6 km/h.” (linhas 10 e 11), se o verbo em destaque fosse
substituído por chega, o uso da crase seria obrigatório.
Resolução:
Analisando cada proposta feita nas alternativas.
a) O pronome a não deve apresentar crase pois o verbo superar é VTD.
b) O pronome a remete ao termo velocidade, mas não há nenhum termo
regente exigindo que velocidade seja precedida de preposição a; portanto, não
há essa crase. O trecho deveria ser: com velocidade média até quatro vezes
maior do que a dos carros nas ruas da metrópole.
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c) Não é possível haver crase pois o numeral não admite artigo definido
feminino, logo não há contração.
d) O uso da crase na oração é obrigatório, pois o termo acesso exige
complemento introduzido por preposição a. Como esse complemento é
feminino, tem-se a crase.
e) A análise está correta: o verbo atingir é VTD, não exige preposição. Já o
verbo chegar é um verbo intransitivo que sempre se liga ao complemento
circunstancial por meio da preposição a. Se esse elemento for feminino, a crase
ocorre.
Resposta: Letra E
CRONOGRAMA DO CURSO
BANCA: IADES
CURSO: PC/DF
CONTEÚDO:
Aula
demonstrativa
Aula 01
Aula 02
Aula 03
Aula 04
Aula 05
Aula 06
Aula 07
Aula 08
Aula 09
Aula 10
Aula 11
Aula 0: CRASE
ACENTUAÇÃO, FONOLOGIA E ORTOGRAFIA FOCO EM ACENTUAÇÃO
PERÍODO SIMPLES 1
PERÍODO SIMPLES 2
PERÍODO COMPOSTO 1
PERÍODO COMPOSTO 2
MORFOLOGIA 1
MORFOLOGIA 2
VERBOS
PRONOMES
CONCORDÂNCIA
INTERPRETAÇÃO
PROFESSOR
RESPONSÁVEL:
DATA:
MACARRÃO
DISPONÍVEL
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
MACARRÃO
JÚNIA ANDRADE
04/04
06/04
08/04
10/04
10/04
12/04
12/04
14/04
16/04
16/04
18/04
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Aula Crase
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Aula 12
Aula 13
Aula 14
SEMÂNTICA
PONTUAÇÃO
Questões Gerais
JÚNIA ANDRADE
JÚNIA ANDRADE
JÚNIA ANDRADE
20/04
23/04
27/04
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