A fraude climática da Amazônia

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A fraude climática da Amazônia
Rio, 1/fev/10 – A cada semana que passa, mais a credibilidade do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC) avança para o abismo. Mal refeito da indignação
generalizada causada pelas falsidades sobre o iminente “desaparecimento” das geleiras do
Himalaia, apresentadas no seu celebrado relatório de 2007 (AR4 Report), tudo indica que o
templo do “aquecimentismo” forjou mais uma fraude científica, dessa feita para a Amazônia,
como mostra uma leitura mais atenta do mesmo capítulo 13:
Até 40% das florestas amazônicas poderiam reagir drasticamente até mesmo a uma pequena
redução na precipitação; isto significa que a vegetação tropical, hidrologia e o sistema
climático na América do Sul poderia se modificar muito rapidamente para um outro estado de
equilíbrio, não necessariamente produzindo mudanças graduais entre a situação atual e futura
(Rowell and Moore, 2000). É mais provável que as florestas serão substituídas por ecosistemas
que teriam mais resistência aos múltiplos estresses causados pelo aumento da temperatura,
secas e incêndios, tais como savanas tropicais.
O documento base para tal afirmação é “2000: Revisão Global de IncêndioFlorestais” (“2000:
Global Review of Forest Fires”), autoria de Roswell, A e P.F. Moore, publicado em 2000 pelo
WWF/IUCN.
Moore é um analista de políticas públicas com alguma intimidade em assuntos florestais (mas
zero sobre a Amazônia), como se depreende de suas próprias afirmações:
Minha formação e experiência em todo o mundo tem exigido e desenvolvido habilidades
políticas e analíticas de alto nível. Eu tenho um forte entendimento de administração, revisão
legislativa, análise e investigações geradas através do envolvimento ou gestão do processo do
Fundo Florestal Australiano, inquéritos parlamentares e governamentais, investigações e
observações sobre tarifação da água, acesso e direitos de uso e da legislação de vegetação
nativa na Austrália, leis de incêndio e recursos naturais, regulamentos e políticas na Indonésia,
Vietnã, Tailândia, África do Sul e Malásia.
Já Rowell é um jornalista freelancer e conhecido ativista ambientalista que já desenvolveu
vários “estudos” encomendados pelo WWF, Greenpeace e Amigos da Terra (Friends of the
Earth), para mencionar as ONGs mais importantes. [1]
Como se vê, dois “especialistas” em florestas tropicais escrevem um documento por
encomenda cuja principal conclusão, sem qualquer revisão de pares (peer review) como é de
praxe em tais casos, é simplesmente apresentada no relatório do IPCC como evidência
“científica”.
Mas isso não é tudo. O conluio do WWF com os doutos do IPCC fica ainda mais evidente
quando se verifica que outros 15 “estudos” criados ou de co-autoria da ONG são citados como
referência “científica” no celebrado relatório, conforme descobriu Donna Laframboise, do
Canadá.
[2]
Além disso, o Banco Mundial também colocou sua lenha na fogueira do “fim iminente” da
Amazônia. Segundo o estudo recém-liberado pela instituição (“Assessment of the Risk of
Amazon Dieback”), os cientistas identificaram que o efeito conjunto de incêndios,
desmatamento e mudança climática empurra a floresta para um estado onde ela perde sua
massa crítica para sobrevivência. Em resumo, se o desmatamento da Amazônia atingir a marca
de 20%, o aquecimento global se encarregará de destruir o que sobrou. “É a primeira vez que
um trabalho avalia esses abalos do aquecimento global, incêndios e desmatamento
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1
conjuntamente. A situação é grave. Precisamos tomar medidas imediatas”, disse Thomas
Lovejoy, presidente do Comitê Científico Consultivo Independente do relatório do Banco
Mundial. [3]
Lovejoy é um dos formuladores mais importantes do ambientalismo internacional para a
Amazônia e um especialista em Brasil, onde residiu por 17 anos. Foi consultor-chefe de
biodiversidade do Banco Mundial, ex-dirigente do WRI (World Resources Institute, ONG chave
por trás dos esforços para montar um sistema mundial de monitoração dos recursos naturais),
ex-diretor do Smithsonian Institution e ex-presidente do Heinz Center, conhecida entidade
“filantrópica” americana. Ano passado, por exemplo, Lovejoy foi co-autor de um virulento
artigo condenando a construção de obras de infra-estrutura na Amazônia, em andamento ou
planejadas pelo programa IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional na
América do Sul). [4]
Como se vê, está delineada uma nova estratégia unificando três vetores – dois antigos e outro
recém-incoporado ao arsenal verde – usualmente utilizados pela propaganda do ambientalismo
internacional para obstaculizar o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia: incêndios,
desmatamentos e aquecimento global.
Fonte: Alerta Científico e Ambiental
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