Catálogo

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ANGOLA 2016
PROGRAMA • RESUMO • CATÁLOGO
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ÍNDICE
Mensagem do Presidente do Congresso......................... 05
Programa Científico.............................................................. 06
Resumos das Comunicações.............................................15
Cursos pré-congresso...........................................................31
Apresentação da feira Médica Hospitalar.......................32
Expositores e Patrocinadores............................................34
Lista de expositores..............................................................49
Planta da feira.......................................................................50
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PRECISÃO CIRÚRGICA EM TECNOLOGIA HOSPITALAR.
Na Hospitec somos especialistas em equipamentos, reagentes, controlo de qualidade
e assistência técnica hospitalar.
A eficácia na resposta aos clientes, que se traduz num serviço rápido, completo e ao
melhor custo, é uma das nossas marcas.
A competência técnica, que nos torna representantes oficiais de grandes fabricantes
mundiais, é outra.
É por tudo isto que a saúde é o nosso ponto forte.
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
Bacteriologia Urianálises
Testes Rápidos
Coagulação
Velocidade Sedimentação
Bioquímica
Hematologia
Cromatografia
ElectroForeses Ionogramas
Gases no Sangue
Serologia
Imunologia
Citometria Fluxo
DIAGNÓSTICO
POR IMAGEM
Sistemas de Raio X
Ultrassons
Sistemas de impressão digital
Sistemas de digitalização
EQUIPAMENTO
BIOSEGURANÇA
CONTROLO DE QUALIDADE
EQUIPAMENTOS
SISTEMAS GESTÃO INFORMÁTICA (LIS)
CONSUMÍVEIS SERVIÇOS TÉCNICOS
FORMAÇÃO TÉCNICA
PROJECTAMOS SOLUÇÕES
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONGRESSO
O contributo do médico ao
desenvolvimento económico
e social
Excelências,
É com grande satisfação que recebemos os ilustres convidados e participantes, nacionais e estrangeiros, do XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola.
Nada mais oportuno do que trazer à discussão um conjunto de temas que, incluindo
aspectos técnicos e humanos, nos ajudam a compreender a capacidade do médico em dar o seu contributo ao desenvolvimento humano e social – um desígnio
proposto pelas distintas organizações de saúde de nível mundial e pelos governos,
enfim pela comunidade médica mundial. Significa que a Medicina, nos seus diversos
domínios de actividade, assume um papel fundamental na criação de meios para construir uma sociedade equilibradamente saudável em todos os segmentos populacionais.
Nos centros de saúde, nos hospitais municipais, provinciais e centrais, na investigação, na educação e no ensino, na investigação,
na promoção da saúde, na gestão das instituições – é aqui que o médico intervém, não apenas como cuidador tecnobiológico, mas,
igualmente, como agente transformador, construtor, educador, comunicador, humano.
Nestas diversas situações, o médico tem a capacidade de discernir sobre as características dos doentes, em função dos determinantes que envolvem a sua actividade.
“A profissão é nobre. Nobres devem ser
os médicos na plenitude do seu ofício”
Detentor do conhecimento, imbuído da consciencialização da eticidade dos seus actos, o médico dispõe, graças à sua posição na
relação com o doente, de uma enorme capacidade de influenciar o padrão de aceitabilidade das propostas clínicas que coloca aos
pacientes.
Temos insistido muito nesta relação de interdependência e de alteridade.
A profissão é nobre, nobres devem ser os médicos na plenitude do seu ofício.
O Congresso é um espaço de discussão aberta sobre diversos temas tratados por profissionais de envergadura técnico-científica
e moral.
Agradeço a presença das mais altas individualidades governamentais, presentes ou fazendo-se representar, emprestando, assim,
um concreto e institucional apoio e um significativo incentivo à realização do Congresso, e, muito directamente, às grandes causas
da saúde no nosso País.
Agradeço a todos os patrocinadores pelo seu envolvimento no Congresso.
A todos os participantes – seja a que título for – apresento a saudação de boas-vindas, estando convicto de que será um evento
profícuo para a classe médica.
Muito obrigado.
Carlos Alberto Pinto de Sousa
Presidente do Congresso e Bastonário da Ordem dos Médicos de Angola
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•
TERÇA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2016
07h30 - Abertura do secretariado e entrega de documentação
18h00 - Assembleia Geral Ordinária da Comunidade Médica de Língua Portuguesa
PROGRAMA CIENTÍFICO
AUDITÓRIO
09h00 - Sessão solene de Abertura
10h00 - Conferência de Abertura: O contributo do sector da saúde na consolidação social
Prelector: Sua Excelência Dr. José Vieira Dias Van-Dúnem, Ministro da Saúde de Angola
10h30 - Pausa / Inauguração da Médica Hospitalar
11h00 - Painel 1. As Contribuições da Epidemiologia para a Consolidação dos Sistemas de Saúde
Moderador: Dr. Carlos Alberto Masseca – Secretário de Estado da Saúde de Angola
• Vigilância ambiental e saúde – Ministério do Ambiente
• Saúde e urbanismo – António Gameiro
• Informação epidemiológica necessária no sistema de saúde – Fátima Valente
• Investigação epidemiológica; factores de risco identificados e medidas de controlo
para interrupção da cadeia de transmissão - Rosa Moreira
13h00 - Conferência: Educar é a nossa missão - Fundação Lwini
13h30 - Pausa
14h30 - Painel 5: O ensino médico e saúde
Moderadora: Maria Rosário Sambo
• O papel das faculdades de medicina no aprofundamento do sistema de saúde -Pedro
Magalhães
• Os curricula da formação médica – responsabilidade na construção do médico e sua
ligação à sociedade - Mário Jorge Cartaxo Fresta
• A especialização no contexto nacional - Jorge Dupret
• Experiência da Clínica Multiperfil na especialização pós-graduada – Manuel Dias dos Santos
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16h30 – Painel 6: Pesquisa científica e divulgação/comunicação
Moderador: Carlos Vital Tavares Corrêa Lima
• Pesquisa clínica – do conceito à prática – Manuel Sobrinho Simões
• Pesquisa em saúde pública – Arlete Borges
• A importância dos processos de comunicação em saúde – Rui Moreira de Sá
SALA 1
11h00 - Painel 2 - Saúde Materna
Moderadora: Ana Van-Dúnem
• A saúde das mulheres na região africana – representante da OMS em Angola
• Benefícios socioeconómicos do investimento na saúde da mulher- Paulo Adão Campos
• O papel dos médicos na promoção da saúde da mulher- Isilda Neves
12h30 – Conferência: Cirrose hepática e carcinoma hepatocelular – o que fazer?
Moderadora: Júlio Neto
Prelector: Eduardo Barroso
13h30 - Pausa
14h30 - Painel 9: Doenças crónicas não transmissíveis e intervenções de saúde pública
Moderador: Adelaide Fernandes de Carvalho
• Os desafios actuais das doenças crónicas não transmissíveis – Filomeno Fortes
• Estratégias de actuação – o foco na atenção básica à saúde – Joseth Rita de Sousa
• Contributos dos médicos na promoção e na prevenção - Fátima Valente
15h30 – Simpósio Prestsaúde: Uma nova era no auto controlo da glicémia em Angola
Moderador: Eunice Sebastião
Prelector: Sabrina Cruz
16h00 – Conferência-Neuromonitorização multimodal. Estado da arte
Moderador: Miguel Bettencourt Mateus
Prelector: Igor Millet
16H30 - Conferência - Avanços da cirurgia robótica
Moderador: Armando Pinto
Prelector: Carlos Vaz
17H00 -Conferência - Doação de orgãos - Abordagem do politraumatizado ao dador
Moderador: Matadi Daniel
Prelector: Júlia Raquel
17h30 – Conferência-Procedimentos em doente com fibrose pulmonar em estádio terminal
Moderadora: Welwitschia Antónia Franco Dias
Prelectora: Margarete Arrais
18h00- A diabetes mellitus tipo 2: da fisiologia ao comportamento humano
Moderador: Eunice Sebastião
Prelector: João Xavier Jorge
SALA 2
11h00 - Conferência-Cenário epidemiológico das doenças cardiovasculares em África
Moderadora: Georgina Dias Van-Dunem
Prelector: Fidel Cáceres
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11h30 - Conferência-Hipertensão arterial: o que podemos esperar das novas directrizes internacionais
Moderador: António Domingos Pitra
Prelector: Mário Fernandes
12h00 - Conferência-Insuficiência cardíaca: dos biomarcadores aos transplantes
Moderador: José Vilarinho dos Santos
Prelector: Manuel Pedro Magalhães
12h30 - Conferência-Trombose de próteses valvulares cardíacas: o que há de novo?
Moderador: João Baptista Gaspar Bento Sardinha
Prelector: Fidel Cáceres
13h00 - Conferência-Dislipidemia e aterosclerose: novos desafios
Moderadora: Sílvia Lutucuta
Prelector: Armando Coelho
13h30 - Pausa
14h30 – Mesa Redonda: Emergências médicas
Moderador: Rodrigues Leonardo
• Organização de um sistema de emergência pré-hospitalar - António Marques
• Implementação da via verde de trauma – Fernando Próspero
• Transporte do doente crítico - Júlia Raquel Monte
• Fluidos no doente crítico: O que escolher - Ricardo Matos
16h30 - Conferência - Ética médica. É possível aplicá-la em medicina de emergência?
Moderador: Paulo Adão Campos
Prelector: Ricardo Matos
17h00 – Conferência-Desafios na abordagem da DCA em Angola
Moderador: Humberto Morais
Prelector: António Filipe Júnior
17h30 - Conferência-Fibrilação auricular e acidente vascular cerebral: epidemia do século XXI”
Moderador: Miguel Bettencourt Mateus
Prelector: Carlos Morais
18h00 – Temas Livres
Moderador: Suzana Costa
• O papel da medicina nuclear em neuronefrologia – Cintigrafia renal – Maria Ebo Muangala
• Doenças renal crónica em doentes hipertensos - Maria Ester Sanches
SALA 3
11h00 – Conferência - Opções terapêuticas na cicatrização queloide. A perspectiva cirúrgica - série
de casos
Moderador: Dadi Bucusso
Prelector: Águeda Sena de Carvalho
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11h30 – Mesa Redonda – Cirurgia cardíaca
Moderador: Dário Olaio
• Cirurgia cardíaca em Angola- Estado actual e perspectivas - Joaquim Gonga
• Cirurgia cardíaca em África: desafios - João Bento Sardinha
• Cinco anos de experiência africana de cirurgia cardíaca pediátrica – Adriano Tivane
13h00 – Cuidados intensivos: desafios actuais
Moderador: Lopes Martins
Prelector: Antero Fernandes
13h30 – Pausa
14h30 – Painel 10-Segurança e saúde no trabalho em Angola
Moderador: Josué Martins
• ESSO- Ana-Margarida Setas-Ferreira
• CHEVRON- Ana Ruth Luís
• ODEBRECHT- Paloma Baiardi Gregório
• CATOCA- Albertina do Amaral Gourgel
• UNITEL- Telmo dos Santos
17h00 – Temas Livres:
Moderador: Clarinha Muturi Domingos
• Estudo do perfil epidemiológico de pacientes com sarcoma – Tchicunga Elsa
• Quimioterapia indutiva em pacientes com diagnóstico de câncer – António Armando
18h00 – Temas Livres:
Moderador: Renato Palma
• Traumatismo cranioencefálico - Serafim Brás Chassova
• Cirurgia plástica ao pescoço. Três casos complexos – Kodirov Ahadjon Sayibovich
•
QUARTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2016
AUDITÓRIO
08h30 – Conferência - Atendimento e intervenção social no meio hospitalar
Moderador: Arlete Borges
Prelector: Sónia Fortes
09h00 – Conferência- Cirurgia hepática de precisão – metástases hepáticas de cancro colo-rectal
Experiência em 1300 casos nos últimos 10 anos
Moderador: Alfredo de Sousa Carvalho
Prelector: Eduardo Barroso
09h30 – Conferência-Cirurgia sem sangue
Moderador: Renato Palma
Prelector: José Roquete
10h00 - Conferência de sapiência - Saúde: percepções e perspectivas das comunidades
Prelectora: Fátima Viegas
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10h30 – Painel 11- Trabalhando juntos para a saúde
Moderador: José Luís Pascoal
• A perspectiva da Ordem dos Médicos de Angola - Mariana Afonso
• A perspectiva da Ordem dos Farmacêuticos – Boaventura Moura
• A perspectiva da Ordem dos Enfermeiros – Paulo Luvualo
12h30 – Conferência: Clinical governance
Moderador: José Vieira Dias Cunha
Prelector: Carla Gonçalves Pereira
13h00 – Conferência-Poderão os cuidados primários incluindo o hospital municipal apoiar a luta
contra o cancro? Ficção ou realidade?
Moderador: Fernando Miguel
Prelector: Lúcio Lara Santos
13h30 – Pausa
14h30 - Painel 4 - Cooperação Técnica entre Países num mundo global
Moderador: Dr. Carlos Alberto Masseca, Secretário de Estado da Saúde
• Estabelecimento de protocolos de colaboração com a OMS e outras entidades pertinentes, designadamente com a Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis – Casimiro Cavaco Dias
• Contributos para o reforço das parcerias estratégicas na formação de quadros médicos – Evelize Fresta
• Cooperação nas Doenças Raras – Paula Brito e Costa
16h00 – Painel 13 - Financiamento e Sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde
Moderador: Prof. Doutor Manuel Nunes Júnior
Prelector: Prof. Doutor Manuel Delgado - Secretário de Estado da Saúde de Portugal
Prelector: Especialista holandês
17h00 – Conferência de encerramento: Sistema de Investigação em Saúde
Prelector: Prof. Doutor Luís Gomes Sambo, Secretário de Estado da Saúde de Angola
17h30 - Sessão solene de encerramento do Congresso
SALA 1
08h30 – Temas livres:
Moderador: Isabel de Brito
• Experiência no tratamento do Sarcoma de Kaposi em doentes com SIDA –Narciso Jimenez
• Porque é importante a necessidades de estudos histológicos renais – Maria Esther Sánches
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09h00 – Painel 3 - Saúde das crianças
Moderadora: Victória Espírito Santo
• O aleitamento materno seguro – em que ponto estamos? – Marília Valentim Ceitas
• As principais doenças que afligem as crianças: panorama actual - Luís Bernardino
• Estratégias nacionais para a redução da mortalidade infantil - Adelaide de Carvalho
• Atitudes e práticas perante as grandes demandas na urgência pediátrica- Ermelinda
Soito Ferreira
11h00 – Conferência: Nódulos hepáticos. O que fazer?
Moderador: José Carlos dos Santos
Prelector: Eduardo Barroso
11h30 - Painel 7 - Medicina do trabalho
Moderador: Júlio Andrade
• A prevenção dos riscos profissionais: novos desafios - Rui Capo
• A gestão do risco na prática profissional dos médicos - Ana Paula Mendes
12h30 – Conferência- Prevalência e factores de risco da asma brônquica na província de Luanda
Moderadora: Welwitschia Antónia Franco Dias
Prelectora: Margarete Arrais
13h00 – Conferência- Consequências relacionadas ao consumo de múltiplas drogas em Jovens
Moderadora: Antónia Sousa
Prelectora: Fausta Conceição
13h30 – Pausa
14h30 – Painel 8: Medidas no uso racional de medicamentos
Moderador: José Manuel Silva
• A perspectiva do médico – o sentido de medicalização – Armando Jorge Lima
• A perspectiva do farmacêutico – enquadramento na actividade medicamentosa junto
do doente – Boaventura Moura
• A perspectiva do gestor – racionalidade versus necessidade – Alberto Paca
16h00 – Temas Livres:
Moderador: Boaventura Moura
Uso e abuso de antimicrobianos. Política antimicrobiana – Andres Mário Acosta
Consumo
Orihuela e custos de antibióticos no Hospital Geral de Benguela – Marlene Garcia
16h30 – Temas Livres:
Moderador: Kapela Lusikivana
• Doença de Graves- Mayque Gusman Cayado
• Prevalência de síndroma metabólica em mulheres angolanas grávidas – Hamilton Tavares
17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala
SALA 2
08h30 – Conferência médica, referência e contra-referência: benefícios e oportunidades
Moderador: Joseth Rita de Sousa
Prelector: Teophile Josenando
09h00 – Conferência: Ensino, diagnóstico e tratamento da dor
Moderador: Miguel Bettencourt Mateus
Prelector:Francisco Correia
09h30 – Conferência-Helicobacter pylori - Entender para tratar
Moderador: Mário Conde
Prelector: Belmiro Rosa
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10h00 – Conferência-Cenários clínicos em DM2: explorando alternativas para cada perfil de paciente
Moderadora: Eunice Sebastião
Prelector: Domingos Lira Bravo Paulo
10h30 – Conferência - Pé diabético. O que fazer?
Moderador: Sabrina Cruz
Prelector: Anselmo de Oliveira Castela
11h00 – Conferência-Abordagem cirúrgica às multifracturas das extremidades decorrentes da
sinistralidade rodoviária
Moderador: Sandra Pereira
Prelector: Adriano Oliveira
11h30 – Conferência-Nódulo da tiróide - como investigar e acompanhar?
Moderador: Edgar Florindo
Prelector: Rodrigues Leonardo
12h00 – Conferência-Nanotecnologia para diagnóstico molecular - O caso da tuberculose
Moderadora: Maria Madalena Chimpolo
Prelectores: Pedro Viana Baptista e Alexandra Fernandes
12h30 – Conferência-O que valorizar no tratamento da nefropatia do diabetes?
Moderador: Matadi Daniel
Prelectora: Suzana Costa
13h00 – Conferência-Registo da doença renal crónica em Angola, 2014
Moderadora: Engrácia Van-Dunem
Prelector: Matadi Daniel
13h30 – Pausa
14h30 – Painel 14 – Seguros: situação actual, perspectivas, oportunidades e desafios
Moderador: José Vieira Dias da Cunha
• Confiança Seguros- Nataniel Fernandes
• Mundial Seguros- Fernando Dala
• Universal Seguros- Armando Mota
• Protejja Seguros- Pedro Galha
17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala
SALA 3
08h30 – Conferência - Saúde nos media: O rigor da notícia
Prelector: Albino Carlos
Moderador: Pedro de Almeida
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09h00 – Conferência- Sonolência diurna excessiva
Moderador: Maria Luísa Alfredo
Prelector: Maria de Fátima Caetano
09h30 – Conferência-Cardiopatias congênitas: como abordar?
Moderador: Sebastiana Gamboa
Prelector: Manuel Pedro Magalhães
10h00 – Conferência - Estratégias de abordagem dos SCA/EAM- Como ganhar tempo
Moderador: Mário Fernandes
Prelector: José Roberto Vilarinho dos Santos
10h30 – Conferência - Hepatite viral B e C: diagnóstico, tratamento e prevenção
Moderador: Fátima Vieira Lopes
Prelector: Rui Tato Marinho
11h00 – Conferência - Os novos paradigmas da formação pré- graduada
Moderador: Miguel Santana Bettencourt Mateus
Prelector: José Fernandes e Fernandes
11h30 – Simpósio AstraZeneca: Inibidores de SGLT2: uma nova forma de compreender e tratar a
Diabetes tipo II
Moderador: Anselmo Castela
Prelector: Manuela Sande
12h00 – Painel 12 - Ganhos no sector da saúde
Moderador: Miguel Santos Oliveira
Experiência da Província do Huambo- Frederico Juliana
Experiência do Hospital Regional de Benguela- Eduardo Kedisobua
13h00 – Conferência: Importância da estatística em saúde
Moderador: José Vieira Dias Cunha
Prelector: Camilo Ceita
13H30 – Pausa
14h30 – Conferência - Acessos vasculares alternativos
Moderador: Alfredo Rodrigues de Sousa de Carvalho
Prelector: Henrique Ramalho
15h00 – Simpósio Hospitec “Workflow, uniformização e monitorização dos resultados laboratoriais”
Moderador: Adelaide Neto Matias
Prelector: Laura Brum; Sabrina Cruz; Maria José Reis
16h00 – Temas Livres
Moderador: Artur Gonçalves
• Indicador da qualidade de cuidados hospitalares –Emanuel Catumbela
• Educação sexual dos jovens e prevenção da gravidez – Natércia Simba Almeida
• Estudo retrospectivo da exposição ocupacional aos CEM –Cesaltina Culolo Costa
• Avaliação indirecta da qualidade de saúde comunitária – Emanuel Catumbela
17H00 - Fim dos trabalhos nesta sala
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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES
PAINÉIS
A importância dos processos de comunicação
em saúde – A comunicação médico-doente na
consulta
Autor: Rui Moreira de Sá
Jornal da Saúde / Marketing For You
Comunicação em saúde diz respeito ao estudo e utilização de estratégias de comunicação para informar e influenciar as decisões dos indivíduos e das comunidades
no sentido de promoverem a sua saúde.
A comunicação em saúde inclui mensagens que podem
ter finalidades muito diferentes, tais como: promover a
saúde e educar para a saúde; evitar riscos e ajudar a lidar com ameaças para a saúde; prevenir doenças; sugerir e recomendar mudanças de comportamento; recomendar exames de rastreio; informar sobre a saúde e
sobre as doenças; informar sobre exames médicos que
é necessário realizar e sobre os seus resultados; receitar
medicamentos; recomendar medidas preventivas e actividades de autocuidados em indivíduos doentes.
Assim, a comunicação é um tema transversal em saúde
e com relevância em contextos muito diferentes. O trabalho a apresentar no Painel centra-se na comunicação
na relação entre o médico e o doente. A investigação teve
como objectivo
central conhecer, na perspectiva
do doente, (1) quais os aspectos mais importantes da
comunicação médico­doente, inerentes ao processo de
consulta, (2) qual o seu nível de satisfação com a
comunicação, na última consulta médica e finalmente (3)
se há alguma relação entre o grau de importância dos
diferentes aspectos da comunicação e a satisfação do
utente com a consulta.
Elaborou-se
um questionário constituído
por três
partes: a I Parte refere-se aos aspectos importantes
na comunicação médico­doente (ICM-D); a II Parte referese à satisfação com a comunicação na última consulta
médica (SCM-D); finalmente um questionário socioprofissional e de saúde.
O questionário utilizou uma escala tipo Likert, como técnica de medição das respostas. A escala ordinal varia
entre um e cinco, sendo 1 - “sem nenhuma importância”
(ICM-D) / “muito insatisfeito” (SCM-D) e 5 - “muito
importante” (ICM-D) / “muito satisfeito” (SCM-D).
Os dados foram processados e analisados no programa
SPSS. Assim, identificaram-se os principais aspectos, sob
o ponto de vista da comunicação, que os doentes consideram mais importantes que ocorram durante uma consulta, a sua satisfação durante a última consulta, a correlação linear entre as variáveis sociodemográficas e de
saúde com a “interacção / comunicação médico-doente” e
com a “satisfação com a comunicação na última consulta”,
incluindo a variância. Algumas das conclusões – os aspectos que os doentes consideram mais importantes na comunicação médico-doente são: fazer perguntas sobre sinais e sintomas; tratar o utente com respeito; aconselhar
o utente em como prevenir/evitar doenças e manter-se
saudável; mostrar competência técnica; atender o doente
sem ser apressadamente; informar sobre o diagnóstico,…
Espera-se que os resultados possam contribuir para
melhorar um dos aspectos mais importantes da qualidade e humanização dos cuidados de saúde – a comunicação.
Segurança e saúde no trabalho – As melhores
práticas numa empresa de mineração
Sociedade Mineira de Catoca
Autora: Albertina Gourgel
A responsabilidade do cumprimento dos padrões de segurança e de saúde no trabalho, assim como as regras que
lhe são aplicáveis, é de todos os empregadores e empregados. Daí que o objetivo deste trabalho foi descrever as
melhores práticas numa empresa de mineração, através
das principais acções desenvolvidas, tais como: diálogo
diário para segurança (DDS); semana interna de prevenção de acidentes de trabalho (SIPAT); campanha de luta
contra o uso de bebidas alcoólicas no meio laboral; realização de seminários sobre as doenças profissionais
e sexualmente transmissíveis (DST), entre outras. Com
base no relatório mensal do Sector de Segurança no Trabalho e no método de avaliação clínica, procedeu-se à filtragem de dados, tendo presente as seguintes variáveis:
dias; mês; efectivos; horas de trabalho; número de acidentes; indicadores dos acidentes e de ocorrência com
equipamentos. Numa amostra de 2039 trabalhadores da
empresa, no período de Janeiro a Novembro de 2015, verificou-se que o grupo de trabalhadores estudados apresentou condições satisfatórias no desempenho das suas
actividades, pelo que se conclui que o cumprimento dos
padrões de Segurança e de Saúde no Trabalho é a melhor
forma de reduzir o absentismo, a baixa produtividade e o
baixo rendimento. A falta do cumprimento dos melhores
padrões de Segurança e de Saúde no Trabalho põe ainda
em risco, não só a vida do trabalhador, como de toda a
empresa, violando o estipulado no Decreto nº 31/94, de
5 de Agosto.
Atendimento multidisciplinar na prestação dos
cuidados de saúde
Autores: Paulo Luvualo; Adão Chimuanji; Netito
Barros
Introdução: trabalhar Juntos para Saúde no mundo contemporâneo faz-se necessário e indispensável à utilização
de grupos como estratégia na atenção em saúde. O trabalho em equipa consiste numa modalidade de trabalho
colectivo que se configura na relação recíproca entre as intervenções técnicas e a interacção dos agentes. Objectivo:
analisar a importância do trabalho em equipa na saúde.
Metodologia: trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, elaborada com base na literatura sobre o tema
em artigos publicados nas bases de dados como: Scielo;
Lilacs; Bireme e Medline. Resultados: segundo McCallin
(2001), as características de uma equipa de sucesso são:
objectivos comuns; clara definição de papéis; suporte e
engajamento; respeito; comunicação; competência e habilidades; aptidão dos membros da equipa para funcionar como uma unidade e não somente como um grupo
de indivíduos. De acordo o estudo realizado durante o III
Encontro Nacional da Ordem dos Enfermeiros de Angola
(2015), com o objectivo de refletir sobre a qualidade de
assistência, no que concerne a relação entre médicos e os
três níveis de enfermagem, constatou-se que mais de 50%
afirmou ter boa relação. Conclusões: médicos e enfermeiros trabalham juntos em hospitais, clínicas e outras instituições de saúde com o objectivo de cuidar de doentes,
promover a saúde e melhorar a qualidade de vida dessas
pessoas.
Palavras-chave: Equipa multidisciplinar; relação médicoenfermeiro e serviços de saúde.
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A experiência do Hospital Regional de Benguela
CONFERÊNCIAS
Autores: Eduardo Kedisobua; Benedito Hernâni
da Silva Quinta; António Manuel Cabinda; Minervina Van-Dúnem
A diabetes mellitus tipo 2: da fisiologia ao comportamento humano
O Hospital Regional de Benguela é um hospital público da
rede nacional de saúde que tem como visão ser referência
regional em saúde integral dos indivíduos e, como missão, garantir o atendimento humanizado e especializado
à população, por meio de serviços preventivos e curativos
com equipas multidisciplinares, alta tecnologia e programas de ensino com vista a reduzir o índice de morbi-mortalidade na região e no País.
Objetivos: demonstrar os diferentes ganhos obtidos
na sua dinâmica assistencial e docente, enfatizando os
últimos cinco anos. Com o advento da paz, o Hospital
Regional Benguela beneficiou de um processo de reabilitação, ampliação e requalificação, facilitando o surgimento de novas valências ao nível assistencial, com impacto
na redução da mortalidade geral, através de serviços
diferenciados, tais como, Cardiologia, Gastroenterologia,
Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Cirurgia Videolaparoscópica, Serviço de Infecciologia, Cuidados intensivos neonatal e UCI Polivalente, Serviço de Anatomia Patológica
e melhoria dos meios de diagnóstico de uma forma geral.
Estes factores elevaram o nível e, consequentemente, o
início do processo de internato complementar médico, o
qual já vem apresentando resultados satisfatórios, confirmados com a formação de sete especialistas localmente,
nas especialidades de Pediatria (3) e Medicina Interna (4).
O crescimento referido tem sido acompanhado com a
humanização dos serviços coordenada pelo Gabinete do
Utente.
UNITEL: estratégia e gestão da saúde e segurança no trabalho
Autor: Telmo dos Santos
Como parte da estratégia empresarial e a política de melhoramento contínuo do negócio, a Unitel tem na sua estrutura orgânica a área de saúde e segurança, fruto do
genuíno interesse pelo capital humano, o nosso activo
mais importante e valioso.
Esta área é responsável em garantir o cumprimento legal
em matéria de higiene, saúde e segurança no trabalho,
contribuindo com isso para instalações e postos de trabalho mais seguros, livre de sinistros laborais e doenças
profissionais.
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A área abarca os seguintes temas:
Segurança no trabalho
• Avaliações de risco, simulacros, gestão de emergências,
investigação de acidentes de trabalho, campanhas de segurança no trabalho, formação em saúde e segurança;
Segurança rodoviária
• Segurança da frota, avaliações de risco rodoviário, investigação de acidentes rodoviários, campanhas de segurança rodoviária;
Saúde ocupacional
• Promoção da saúde (campanhas e feiras da saúde);
• Avaliação de factores de risco para a saúde;
• sicologia do trabalho e do tráfego;
• Ginástica laboral;
Medicina do trabalho
• Exames médicos ocupacionais;
• Emergências médicas e primeiros socorros;
• Gestão do Posto de Saúde no trabalho (médico e enfermeiro do trabalho);
• Apoio ao seguro de saúde.
Autor: João Xavier Jorge
Considerada hoje a maior pandemia do século XXI, a diabetes mellitus é caracterizada por uma profunda alteração
no metabolismo dos carbohidratos e das gorduras. A sua
associação à chamada síndrome metabólica prenuncia o
enorme risco de se transformar num verdadeiro flagelo
para a humanidade. Nos últimos anos, a sua frequência
aumentou de forma exponencial em todo o mundo, particularmente entre os negros africanos. A sua frequência
aumentou de 12%, em 1997, para 16% em 2015 e chegará
a 26,6% em 2027, entre os maiores de 25 anos.
Na génese da diabetes mellitus tipo 2 concorrem muitos factores. A disfunção da célula beta e a diminuição
da sensibilidade dos tecidos à insulina são dois importantes factores envolvidos. Porém, os mecanismos que
envolvem inter-relação entre eles não estão ainda bem
esclarecidos. Foi identificada uma desregulação humoral,
neuro-hormonal, que envolve o tecido adiposo, o sistema imunitário e a interação fisiológica portal/visceral. A
secreção de um conjunto de várias adipocitokinas, como
a adiponectina, a resistina, o TNF alfa, a Leptina e outros,
fortemente reconhecidos como promotoras da insulino
resistência, associa-se a outro fenómeno não menos importante que é a deposição excessiva e ectópica de matéria gorda no pâncreas, no fígado e nos músculos.
A desregulação do metabolismo lipídico cursa com alterações dos níveis de colesterol e triglicéridos e consequentes alterações progressivas da função hepatocitária.
Por último, factores genéticos e heredo-familiares associam-se aos antes citados, agravando o risco nalgumas
populações. Entre os indivíduos de raça negra obesos diabéticos, estudos identificaram 68 genes diferencialmente
expressos, entre os quais o Myosin X (MYO10), que codifica uma proteína motora a base de actina, fortemente
associada com a diabetes tipo 2, e o TBRG1.
As alterações dietéticas e dos hábitos de vida entre a
população africana, incluindo a angolana, com o consumo excessivo de bebidas açucaradas, desde a tenra
idade, o consumo excessivo de carbohidratos, o consumo desmesurado de bebidas alcoólicas sobretudo entre
os jovens, o baixo consumo de frutas e vegetais verdes
frescos, e o sedentarismo estão fortemente associados
a obesidade, a síndrome metabólica e diabetes mellitus.
Os custos com o tratamento da diabetes em África, situam-se entre 21 a 47% do rendimento das pessoas e atinge
70% na presença da nefropatia, no sistema público.
Com a presente conferência pretende-se reflectir, sobre
os mecanismos fisiológicos da diabetes mellitus tipo 2 e a
sua relação com o comportamento das pessoas em África.
Abordagem cirúrgica às multifracturas das extremidades decorrentes da sinistralidade rodoviária
Autor: Adriano Martins de Oliveira
A sinistralidade rodoviária constitui a segunda causa de
morte em Angola, superada apenas pelas doenças transmissíveis. É a principal causa de morte na população jovem, economicamente activa. As extremidades são das
regiões anatómicas mais afectadas com lesões que, pelo
seu número, gravidade, associação e comorbilidades, impõem muitas vezes um verdadeiro desafio ao traumatologista.
As fracturas das extremidades decorrentes da sinistralidade rodoviária resultam de traumatismos de alta energia, geralmente no contexto de politraumatizado, por
associação de lesões de outros órgão e sistemas, ou por
associação de múltiplas fracturas que podem pôr a vida,
ou o membro, em risco. A sua abordagem deve por isso
estar assente nos princípios de atendimento ao doente
politraumatizado, tendo sempre em conta que a estabilização hemodinâmica da vítima depende muitas vezes da
estabilização das lesões das extremidades.
A abordagem cirúrgica das multifracturas deve ter perspectivas graduais, visando: 1º) a estabilização hemodinâmica com intervenções de emergência que visam salvar a vida da vítima (controlo de danos). O risco maior
para a vida da vítima com lesões das extremidades é o
choque hipovolémico, por isso, todos os focos hemorrágicos devem ser controlados; 2º) a salvação do membro
com intervenções que não agravam o estado clínico da
vítima; 3º) o tratamento efectivo das lesões que podem
decorrer no contexto de urgência ou diferido; 4º a recuperação funcional. Os aspectos muitas vezes impressionantes destas lesões não devem desviar a atenção do
tratamento das outras lesões que põem a vida da vítima
em risco.
O resultado final da abordagem do doente com múltiplas
fracturas tem relação com a qualidade do atendimento da
vítima nas diferentes etapas assistenciais, desde o local
do acidente até a sua reabilitação.
Opções terapêuticas na cicatrização queloide. A
perspectiva cirúrgica. Série de casos
Autores: Águeda Sena de Carvalho; Reuben Sousa, Rui Medeiros
Introdução: cicatriz queloide é uma condição resultante
da cicatrização anormal de feridas, devido à alteração da
migração e proliferação de células nas fases inflamatórias, proliferativas e remodelação, ocorrendo apenas em
seres humanos. Grupos étnicos mostram sensibilidades
diferentes ao seu desenvolvimento, entre negros, caucasianos e asiáticos. Pacientes com pele mais escura têm
uma prevalência maior em comparação com as pessoas
com pigmentação mais clara.
Objetivo(s): fornecer protocolos terapêuticos a utilizar,
como opções em casos clínicos selecionados. Combater a perspectiva cirúrgica no tratamento das cicatrizes
queloides. Melhorar a técnica cirúrgica na prevenção /
redução da recidiva.
Materiais e métodos: comparam-se alguns casos clínicos
de negros e caucasianos, com opções de modalidades
terapêuticas empregues e seus resultados. Resultados:
em relação aos casos clínicos relatados, apresentamos a
abordagem de cicatrizes patológicas queloides em diferentes idades, raças e topografia anatómica, as diferentes
opções de tratamento combinado, sendo encontrada uma
maior probabilidade de recorrência para a raça negra,
quando comparado com a caucasiana.
Análise e conclusões: a cicatriz queloide é um grande desafio para a cirurgia plástica, uma vez que as cicatrizes
anormais são um dos problemas mais frustrantes na
prática clínica da especialidade. Ainda não se sabe, definitivamente, o tratamento eficaz para esta dismorfia
cutânea crónica e incapacitante, com enorme impacto estético, funcional e psicossocial. Isso reflecte a multiplicidade de modalidades de tratamento existentes, nenhum
dos quais provou ser realmente eficaz. Pelo facto, estudos genéticos são desenvolvidos, em busca de melhores
soluções terapêuticas. A terapia molecular pode oferecer
perspectivas animadoras para a modulação da matriz cicatricial de feridas.
Palavras-chave: cicatrizes queloides, raças negra africana
e branca caucasiana, características étnicas, tratamento
combinado.
Prevalência e factores de risco da asma brônquica na Província de Luanda
Autor: Margarete Arrais
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas
e constitui uma importante causa de morbilidade crónica
e mortalidade em todo mundo. Existem no mundo cerca
de 300 milhões de indivíduos com asma e há dados que
demonstram que a sua prevalência tem vindo a aumentar, particularmente em crianças. Outras doenças alérgicas como a rinite e o eczema podem estar associadas à
asma e constituir factores de risco para o seu agravamento. Os poucos estudos epidemiológicos sobre a asma e
doenças alérgicas realizados em África indicam que a sua
prevalência também é elevada e tem vindo a aumentar.
Material e métodos: foi realizado um estudo descritivo,
transversal, observacional, utilizando a metodologia do
ISAAC, na província de Luanda. Foram selecionadas aleatoriamente, por todos os municípios, escolas públicas do
ensino primário e do 1º ciclo, do ensino secundário. A
amostra foi constituída por 3080 crianças de 6 e 7 anos
e 3128 crianças de 13 e 14 anos. Os dados foram processados e analisados no programa SPSS Statistics, versão
22.0. Resultados: a prevalência de asma em crianças de
6 e 7 anos e de 13 e 14 anos, na província de Luanda, foi
de 15,7% e de 13,4%, respectivamente, de rinite foi de
19% e 26,9% respectivamente, de eczema 18,4% e 20,2%,
respectivamente. Em relação aos factores de risco analisados, a presença de rinite e de eczema, a utilização de
ar condicionado do tipo Split como sistema de climatização, a toma frequente de paracetamol e a existência de
cão no domicílio, estavam significativamente associadas
com a presença de asma. Conclusão: a asma e doenças
alérgicas relacionadas, como a rinite e o eczema, são um
problema de saúde pública nas crianças de Luanda. Medidas preventivas e de controlo devem ser encorajadas.
Há a necessidade da realização de estudos semelhantes
para uma análise mais detalhada dos factores de risco e
de protecção e a sua relação com a etiologia da asma e
das doenças alérgicas.
Procedimentos em doente com fibrose pulmonar em estádio terminal
Autor: Margarete Arrais
Fibrose pulmonar é a substituição do tecido pulmonar por
um tecido cicatricial. É causada, na maioria das vezes, pelas doenças intersticiais pulmonares, mas existem muitas
outras causas. A fibrose pulmonar é, geralmente, consequência de uma doença prévia. É irreversível e progressiva, levando o doente a insuficiência respiratória crónica.
As sequelas de tuberculose pulmonar, nomeadamente
a fibrose pulmonar, enfisema e bronquiectasias, ocupam um lugar muito importante entre as doenças respiratórias, pois representam uma das patologias mais frequentes nas consultas de pneumologia, nos países onde
a prevalência de tuberculose é elevada.
Quanto maior for o tempo da detecção dos casos novos
de tuberculose pulmonar, que decorre entre o início dos
sintomas de um doente com tuberculose pulmonar, até à
instituição do tratamento, maior será a disseminação da
doença e a progressão das lesões pulmonares.
A presença de lesões pulmonares residuais extensas
pode ser um factor predictor de invalidez permanente
devido a insuficiência respiratória secundária à destruição
tecidual, cor pulmonar e predisposição a infecções, com
prejuízo para a qualidade de vida.
Sequela de tuberculose é toda a alteração anátomo-patológica provocada pelo processo de cura da tuberculose
e que exige, posteriormente, a necessidade de avaliação
clínica, laboratorial, radiológica, da função pulmonar e
muitas vezes endoscópica. O tratamento varia conforme
17
a avaliação final. Naqueles doentes com grau avançado
de fibrose pulmonar, não há tratamento curativo. Porém,
existem opções que ajudam a melhorar a qualidade de
vida.
Helicobacter pylori – “Entender para tratar”
Autor: Belmiro Rosa
O estudo da infecção por H. pylori, bem como a evolução
natural da doença gastroduodenal, tem merecido atenção especial pelo esforço dedicado às investigações
consecutivas para um melhor entendimento e enquadramento, desde a clínica à prevenção, passando pelo diagnóstico e o tratamento.
A infecção por H. pylori enquadra-se nas doenças infecciosas gastrointestinais, estimando-se que cerca de 50%
da população mundial esteja infectada (1).
A sua epidemiologia, nos países desenvolvidos, apresenta uma distribuição da prevalência associada à idade,
efeito cohort, sendo aceite que as lesões malignas ou
ulcerosas têm como base o tempo (por isso mais frequentes em idades superiores aos 50 anos), o grau da
infecção e a reacção imunológica do hospedeiro.
18
Nos países em vias de desenvolvimento, os factores
de risco têm como base a deficiente rede sanitária, os
aglomerados familiares numerosos e a deficiente escolaridade (2). Particularmente nos países africanos e
asiáticos, a prevalência é elevada na infância e mantemse elevada em todos os grupos etários. A infecção aumenta rapidamente na infância, podendo atingir 50% em
crianças com idade inferior a 5 anos e ultrapassar os
90% na população adulta (3). O estômago humano foi
identificado como o reservatório natural para a bactéria.
A transmissão fecal-oral, constitui a hipótese de maior
consenso. Estudos referem a sua identificação na saliva, placas dentárias, águas de esgotos. Sustentando a
transmissão oral-oral, tendo a cavidade bucal como reservatório (4). H. pylori é um microrganismo que se adaptou ao ambiente ácido do estômago, bacilo de coloração
negativa, de forma espiralada que para sua mobilidade
possui flagelos e com capacidade de síntese de adesina,
proteína que permite a fixação na mucosa gástrica (5).
A sua acção patogénica é definida pelos factores de virulência. O gene cagA marcador do ilhéu de patogenicidade (PAI) e vacA gene associado à vacuolização. Vários
têm sido os testes descritos e amplamente estudados
para o diagnóstico da infecção por H. pylori. Os métodos de diagnóstico são habitualmente divididos em dois
grandes grupos, designados por métodos invasivos e
não invasivos.
O diagnóstico precoce da infecção permite a intervenção
na evolução natural da doença, tratamento e definição
de metodologia para o seguimento dos doentes. A
prevalência da infecção, a nível mundial e a história
natural da evolução da doença quando não tratada (gastrite crónica, doença ulcerosa, adenocarcinoma gástrico
e linfoma de MALT), tem sido motivo de estudos no
sentido de se encontrar o regime terapêutico de melhor
acessibilidade para os doentes, mais simples, melhor
tolerado e eficaz. Para a erradicação da infecção por H.
pylori os esquemas terapêuticos têm como base as discussões de 1994, quando a National Institutes of Healt
na Concensus Development Conference declarou que
os doentes infectados por H. pylori, devem ser tratados
com antibióticos, em associação com antisecretores (6).
Em Angola, considerando o número de especialistas e a
centralidade dos serviços de saúde com meios de diagnóstico, desenvolveu-se um estudo para caracterização
da infecção por H. pylori numa população angolana e
sua avaliação como problema de saúde pública. Nos
indivíduos estudados na comunidade (359 assintomáticos), encontrou-se uma frequência da infecção por H.
pylori em 70%. Porém, realça-se uma baixa frequência
numa população residente à beira mar com 39%. Em 309
doentes submetidos à endoscopia digestiva alta, cerca de
87% apresentaram gastrite com 93% de casos positivos
para a presença de H. pylori. Dos factores de virulência
aos casos de gastrite, estudados por biologia molecular,
em 59 amostras com H. pylori positivo, 57% confirmaram
ser cagA positivo. Aos doentes com úlcera 9,1% e tumor
5,1%, as estirpes eram cagA negativo. Concluiu-se que a
infecção por H. pylori na comunidade é elevada. As queixas dispépticas nos doentes submetidos à endoscopia
digestiva alta em 87% apresentaram gastrite que, em
cerca de 93%, estava associada à infecção por H. pylori.
Nas lesões ulcerosas e tumorais o factor de virulência foi
cagA negativo.
Sendo esta infecção um problema de saúde pública, o
colégio de especialidade elaborou um protocolo para
seguimento do doente dispéptico em Angola.
Pé diabético. O que fazer?
Autor: Anselmo Oliveira Castela
Introdução: a diabetes é uma doença metabólica, crónica,
em larga expansão, cujas complicações a longo prazo
são um grande desafio para a pessoa com diabetes, seus
familiares e equipa prestadora de cuidados, assim como
para a sociedade em geral; tal se deve aos elevados custos
económicos e sociais que acarretam o seguimento e tratamentos adequados da doença e das suas complicações.
Mecanismo de formação de lesões: as alterações que
ocorrem no pé resultam da associação dos seguintes factores: neuropatia (alteração dos nervos), doença vascular
periférica (alteração da circulação) e susceptibilidade às
infecções que podem levar ao aparecimento de lesões, se
houver algum traumatismo (mesmo ligeiro), cuja gravidade pode ir até à amputação e mesmo à morte da pessoa
com diabetes.
Por isso, o objectivo primário e final é prevenir e reduzir
as amputações. Para tal, é importante que se faça um
grande investimento na prevenção de lesões, constituindo equipas multidisciplinares de avaliação e seguimento. Eis alguns dados epidemiológicos relacionados
com lesões do pé de pessoa com diabetes: causa mais
frequente de descompensação da diabetes e principal
motivo de internamento hospitalar (20 % dos internamentos dos diabéticos); custos elevados com internamento
(exames complementares e fármacos); principal causa de
amputação não traumática dos membros inferiores (40 a
70 % dos casos); risco de amputação dos membros inferiores 15 vezes mais do que em pessoas não diabéticas; 85
% das amputações são precedidas de úlcera; a educação
terapêutica pode prevenir a amputação em 45-85 % dos
casos. Factores de risco: quando abordamos o pé da pessoa com diabetes há uma série de factores que devem ser
tidos em conta: factores predisponentes - hiperglicemia
crónica, neuropatia e doença vascular periférica; factores
precipitantes - traumatismos químicos (calicidas, desinfectantes, pomadas...), físicos (calor/ frio), mecânico
(marcha, calçado...); factores agravantes-infecção; factores adjuvantes -condições socioeconómicas, idade, hipertensão arterial, retinopatia, nefropatia, dislipidémia,
estilo de vida, estado nutricional, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo.
Avaliação e seguimento: um dos pilares da avaliação do
pé é a determinação do seu grau de risco. Para o efeito
existem elementos a considerar: existência de deformações do pé, alteração ou redução da mobilidade articular, perda da sensibilidade protectora (teste com
monofilamento de Semmes-Weinstein de 10g), presença
de calosidades/ hiperqueratoses, diminuição ou ausência
de pulso pedioso, história de úlcera ou de amputação,
comportamentos de risco para o pé (caminhar descalço,
calçado inadequado...), maus hábitos de higiene, baixo
nível de formação e cultural, baixo nível económico. Para
que seja feita uma boa avaliação e seguimento, deve ser
adoptada uma estratégia alicerçada nos seguintes princípios: promoção de um bom controlo metabólico (glicémico, lipídico, tensional...), precocidade na identificação da
situação de risco do pé, exame sistemático e frequente
dos pés, integração da pessoa com diabetes e respectivos
familiares na grande equipa de cuidados, tratamento vigoroso das lesões detectadas e referenciação atempada,
tão cedo quanto possível, em caso de complicação.
A avaliação clínica pode ser feita a vários níveis. Tal irá determinar a composição da equipa multidisciplinar, como
se pode observar a seguir: Nível 1: clínico geral, enfermeira especializada em diabetes e podologista; Nível 2: diabetologista, cirurgião (geral e/ou vascular e/ou ortopédico),
enfermeira especializada em diabetes e podologista; Nível 3: centro especializado em cuidados do pé – elementos
do nível 2. Independentemente do nível de prestação de
cuidados, é importante que se faça uma observação meticulosa, sistemática dos pés em todas as consultas (avaliação em marcha, em posição ortostática e em decúbito);
recomenda-se uma boa inspecção/palpação dos dedos,
espaços interdigitais, unhas, regiões plantares e dorsais,
tipo de meias e de calçado. O objectivo desta avaliação é a
detecção precoce de factores de risco e/ou lesões activas
que devem ser prontamente tratadas. Para atingir esse
grande objectivo é fulcral o papel da educação da pessoa
com diabetes e/ou seus familiares ou agentes de instituições sociais no sentido de prestarem atenção aos sinais
de alerta (alteração da temperatura e de cor dos dedos/
pés, surgimento de gretas/fissuras, bolhas, lesões abertas ou não, com exsudação purulenta ou outra) e contactarem com a brevidade possível as equipas de saúde. Essa
educação pode ser feita individualmente ou em grupo,
sendo esta última de grande interesse e impacto pela partilha de experiências que proporciona.
Quando falha a prevenção: se forem devidamente seguidos/aplicados os princípios referidos atrás, terá sido
dado um grande passo no sentido da prevenção de
lesões. Entretanto, as medidas preconizadas podem falhar pelos mais diversos motivos. Se tal acontecer propõese a reavaliação do caso e decidir a solução mais adequada à situação clínica. Felizmente, estamos cada vez
mais munidos de instrumentos e meios que nos ajudam
a melhor resolver os problemas de saúde dos pés das
pessoas com diabetes. Tal passa pela observância dos
seguintes princípios gerais e específicos de tratamento:
alívio das pressões (em zonas com ou sem lesão e/ou
hiperqueratose), melhoria da perfusão da pele e tecidos
adjacentes, cuidados locais adequados (cicatrização feita
em meio húmido), bom controlo metabólico, tratamento vigoroso das infecções, identificação das causas das
lesões e prevenção das recidivas (palmilhas, calçado); se
houver complicação, referenciar imediatamente. Garantir
regularidade das consultas de seguimento.
Se houver infecção, deve ser tratada com a agressividade
necessária ao seu controlo, dado o risco de amputação
que condiciona, utilizando para o efeito os diversos antibióticos em função da gravidade da lesão e, se possível,
também tendo em conta os testes de sensibilidades efectuados. No caso de haver dor neuropática deverão ser utilizados um ou mais fármacos com efeito analgésico, tendo
em conta um aumento gradual da dose. Recomendações:
no sentido de efectivação de um seguimento adequado
dos pés das pessoas com diabetes deve ser privilegiada
a prevenção como método mais eficaz para a redução da
taxa de amputações (sobretudo das amputações acima
do tornozelo).
Tanto a abordagem preventiva como a curativa exigem
que se constituam equipas multidisciplinares. Na sua
actuação, essas equipas devem: promover um bom controlo metabólico, fazer a determinação do grau de risco
dos pés, garantir um controlo rigoroso e agressivo das
infecções, incentivar a participação das pessoas com diabetes e/ou seus familiares na prestação de cuidados adequados, identificar os sinais de alerta e de agravamento
para a referenciação imediata em função do respectivo
nível de cuidados e da gravidade das lesões. Isso implica
que haja um processo de educação contínua e consistente
dos elementos envolvidos no processo, porque, tanto a
pessoa com diabetes como os seus familiares devem ser
parte activa da equipa conjuntamente com os prestadores
de cuidados. Se assim não for, o trabalho realizado estará
condenado ao fracasso, com prejuízo incalculável para a
pessoa com diabetes.
Poderão os Cuidados Primários, incluindo, o
Hospital Municipal apoiar a luta contra o cancro?
Ficção ou realidade?
Autor: Lúcio Lara Santos
Angola vive um período de transição em termos nosológicos. Mantêm-se prevalentes as doenças infectocontagiosas, mas emergem as doenças crónicas, entre as quais as
oncológicas. São vários os programas verticais do MINSA
que visam o controlo/erradicação das endemias. Estes
programas criaram recursos, formaram quadros e tornaram-se estruturais, embora, por vezes, não dialoguem
entre si.
Em termos sociais, diminuíram os fluxos migratórios, as
populações organizam-se em aldeias nas áreas rurais e
bairros nas regiões urbanas. Nestas, como já acontecia
nas áreas rurais, observa-se, ao longo destes anos, um
crescendo número de actividades de promoção local que
mobilizam e entusiasmam as pessoas que ali vivem. A
esse nível outras forças estão presentes como as escolas,
organizações sociais e religiosas.
O Estado, com o objectivo de aproximar os cuidados em
saúde das populações, criou centros de saúde e hospitais municipais. No sentido de aproximar cada vez mais
os serviços públicos essenciais às populações mais vulneráveis, capacitando-as para o seu envolvimento e participação na busca de soluções para os seus problemas,
foi recentemente criado uma nova entidade que auxilia
o sistema de saúde, o desenvolvimento comunitário e o
sistema de gestão municipal: os Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS).
Em 2014, foi criado o Instituto Angolano de Controlo do
Câncer (IACC). São atribuições do IACC assegurar a assistência médica e medicamentosa em oncologia, a implementação de políticas, programas e planos nacionais de
prevenção, bem como o tratamento especializado.
O número de casos novos de cancro tem vindo a aumentar. O estádio da doença no momento do diagnóstico é
geralmente avançado, o que revela que algo pode e deve
ser feito nesse sentido até porque as neoplasias mais frequentes permitem que acções de prevenção e de diagnóstico precoce diminuam a sua mortalidade, sofrimento
e custos.
Angola conta com peritos em saúde pública, epidemiologia, gestão dos serviços de saúde e oncologia envolvidos
em inúmeros projectos de âmbito nacional cujo foco é a
comunidade.
Será possível integrar numa rede coerente e sustentável
os recursos humanos, programas de saúde e de educação
existentes a nível das aldeias e dos bairros, no sentido
de promover o conhecimento e o diagnóstico precoce
em oncologia? Será esta ideia uma ficção? Será possível
organizar um programa de luta contra o cancro a nível
municipal?
Ciente das dificuldades existentes em 2016, do sucesso
na solução de outros problemas de saúde, a nível municipal, em Angola, dos recursos existentes e o facto de
programas semelhantes ao sugerido, terem tido êxito em
outros países africanos, apresentamos o esboço de um
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programa a que chamámos Município Contra o Cancro, no
sentido de que este seja alvo de escrutínio por quem de
direito e possa ser testado caso seja considerado factível.
Sonolência diurna excessiva
Autor: Maria de Fátima Caetano
O crescente aumento da prevalência dos distúrbios do
sono e a sua privação crónica aliados ao impacto que
acarretam na saúde e na qualidade de vida, torna importante a consciencialização dos médicos quanto à necessidade de maior atenção às queixas relativas ao sono, bem
como actualização no diagnóstico e tratamento destes
transtornos.
A sonolência diurna excessiva (SDE) é um sintoma complexo e o mais prevalente nos distúrbios do sono, resultante de vários factores que interferem no desenvolvimento de sono normal. Pode estar presente durante as
actividades diárias, em situações de risco potencial como
na condução de veículos, manuseamento de máquinas
profissionais. É uma queixa frequente reportada por 10
a 20% da população geral. Tem repercussões negativas
sociais, profissionais e familiares com impacto na qualidade devida.
É definida como incapacidade em se manter acordado e
alerta durante os principais períodos de vigília resultando
em sonolência e lapsos de sono não intencionais com
duração de mais de 3 meses. As principais causas de
SDE são a privação crónica do sono (sono insuficiente),
a síndrome de apneia obstrutiva do sono, a síndrome de
pernas inquietas /movimentos periódicos dos membros
superiores, a narcolépsia, os distúrbios do ritmo circadiano, o uso de drogas e de polimedicação. O uso nocturno
e excessivo da televisão, do computador e da internet, as
exigências de mais horas de trabalho, as longas filas de
trânsito, os compromissos sociais, as diversões noturnas
causam privação crónica do sono e consequentemente
SDE.
Os hábitos e queixas de sono devem ser interrogados
como: a ocorrência em dias úteis, fins-de-semana e férias,
duração dos sintomas, trabalho nocturno e por turnos,
horário habitual do sono, tempo do sono e dificuldade
em adormecer, despertares durante a noite, qualidade do
sono, sonolência diurna, comportamentos indesejáveis
durante o sono, uso de medicamentos de tabaco ou de
substâncias estimulantes do SNC, sintomas clínicos que
afectam o sono, ambiente de sono, hábitos alimentares
durante a noite, ansiedade e depressão. A gravidade da
SDE é aferida pela escala de sonolência de Epworth (ESE)
que faz a avaliação subjectiva em adormecer. É composta
por oito questões que apresentam situações de sonolência no dia-a-dia com probabilidade em adormecer.
A polissonografia e o teste de latência múltipla do sono
são os exames objectivos para avaliação da SDE. O tratamento da SDE é específico para a causa subjacente. A higiene do sono é a recomendada para a privação crónica
do sono.
TEMAS LIVRES
Avaliação indirecta da qualidade de saúde comunitária
Autores: Emanuel Catumbela; Gracinda Gomes;
Eunice Sebastião; Mário Cardoso
20
A educação para a saúde é um elemento fundamental
para que as comunidades desfrutem de saúde. Os óbitos registados na comunidade são sinais da qualidade de
saúde que a comunidade possui.
O Hospital Geral de Luanda (HGL) serve uma população
que vai desde o Kilamba-Kiaxi, município de Luanda,
Viana, Belas até ao Bita tanque que dista mais de 30
quilómetros. Para avaliar, de forma indirecta, a qualidade
da saúde destes munícipes, fomos analisar os óbitos registados no HGL durante 3 meses de 2015.
Trata-se de um estudo transversal sobre todos os óbitos
registados no Hospital Geral de Luanda, entre 20 de Agosto e 19 de Novembro de 2015. Os dados foram obtidos
a partir dos relatórios do banco de urgência, diariamente,
em grelha concebida para o efeito. As variáveis foram
grupo etário (pediatria até aos 13 anos, adultos 14 e mais
anos), sexo, tipo e diagnóstico de óbito. Foram analisados
no SPSS 22ªed, calculados a quantidade de vida potencial
perdida, subtraindo a esperança de vida ao nascer para
Angola (52 anos) à idade do infeliz por altura do óbito,
o tipo de óbito, intra-hospitalar se tiver internado mais
de 48 horas e extra-hospitalar se for menos de 48 horas.
Durante o período dos três meses foram atendidos nos
serviços de urgências do HGL (Medicina, Pediatria, Cirurgia e Ortopedia) 32.010 doentes e registados 451 (1,4%)
óbitos. Destes óbitos, 223 (52%) foram do sexo masculino, 230 (51%) de adultos. Os óbitos de pediatria foram
221. Porém, crianças até aos 5 anos foram 170 (77%).
Foram perdidos 12.488 anos de vida potencial, e, em média por cada óbito, foram perdidos 28 anos.
De acordo ao tipo de óbito, verificamos que 383 (85%) são
extra-hospitalares, destes 198 (52%) chegaram já cadáver
ao hospital. Quanto as causas, 200 (44%) são de causa
desconhecida, a malária 73 (16%), a anemia 54 (12%) e a
sepses 30 (7%) foram as três principais causas de óbito.
Os doentes na sua maioria chegaram numa fase muito
avançada da sua doença ao HGL, depois de frequentarem
alguns postos de enfermagem periféricos, ou mesmo vindos do domicílio. Há grande quantidade de vida potencial perdida muito acima de trabalhos feitos em Moçambique[1] e Brasil[2].
É necessário reforçar as acções de educação para a saúde,
assim como as condições de saneamento básico nas comunidades, pois, na sua maioria as causas de óbitos são
evitáveis e preveníeis.
Palavras-chave: Anos de vida potencial perdidos, mortalidade, saúde pública.
Cirurgia plástica ao pescoço – três casos complexos
Autores: Kodirov Ahadjon Sayibovich; João Pedro Martins Caratão
Em países economicamente desenvolvidos, as queimaduras térmicas chegam aos 300-380 casos por cada 100
mil habitantes. Em Benguela, existem cerca de três milhões de pessoas. Os acidentes por queimadura ocupam
o segundo lugar no mundo, somente atrás dos acidentes
por fractura.
Em Benguela existem muitas centenas de pessoas que
foram vítimas de queimaduras e necessitam de intervenção cirúrgica e de reabilitação. No entanto, os esforços
actuais não têm reduzido a deficiência. Após o encerramento plástico de pele e da cicatrização por auto-cura da
superfície queimada, 18 a 43% das pessoas queimadas,
incluindo crianças, aparecem com deformidades cicatriciais e contracturas.
Aproximadamente 70% dos pacientes com queimaduras
profundas requerem reabilitação, dos quais 26 a 47% a
nível de tratamento cirúrgico. As limitações que as queimaduras podem provocar não são apenas físicas. Elas
limitam o indivíduo do ponto de vista social e no seu desenvolvimento cognitivo, principalmente no que diz respeito às crianças.
As psicopatologias mais frequentemente associadas nas
vítimas de queimaduras são as depressões pós intervenção, perturbação dismórfica corporal e psicose pós intervenção. No pescoço, as queimaduras geralmente estão
localizadas nas superfícies laterais da frente e, muitas
vezes, combinadas com lesões na face, no peito e nas
articulações do ombro.
O número total de pacientes com lesões térmicas do
pescoço é de, aproximadamente, 25% (Botsvisk. I). Devido
à complexidade das estruturas fisioanatómicas e do risco
associado às intervenções cirúrgicas nesta região, escolhemos abordar três casos clínicos de cirurgia plástica ao
pescoço, devidamente seguidos tanto pela Cirurgia Plástica como pela Psicologia Clínica, com auxílio de recursos
visuais para melhor demonstrar a abordagem interdisciplinar que temos a oportunidade de estar a fazer em
Benguela.
Consumo e custo de antibióticos controlados no
Hospital Geral de Benguela, em 2014-2015
Autores: Marlene García Orihuela; Eduardo Kedisobua; Helena Guilherme
Um número elevado de pacientes recebe terapia antimicrobiana. É necessário tomar a decisão correcta antes de
escolher o fármaco, tendo em conta a dinâmica da ecologia bacteriana, o problema da resistência, a individualidade de cada doente e a significação dos custos a nível
institucional e do país.
É conhecido que existe um uso inadequado dos antibióticos controlados a nível mundial propiciando um aumento
da resistência bacteriana, gastos elevados da atenção
sanitária e um aumento na mortalidade.
Fez-se um trabalho de investigação de estudo de utilização de medicamentos de tipo consumo com análise de
custo, descritivo e de corte transversal. As principais variáveis foram os diagnósticos, tipo de antibiótico indicado
e seu custo.
A Comissão de Antibióticos analisou cada indicação e,
de forma racional, aceitou ou denegou as indicações
feitas, tratando sempre de utilizar o antibiótico mais adequado atendendo ao cada caso clínico. Os antibióticos
mais utilizados foram as cefalosporinas, predominando
as combinações de elas com outros grupos farmacológicos, entre as principais patologias figuraram as infecções
respiratórias nosocomiais, infecção de tecidos brandos e
meningoencefalite bacteriana.
Os principais erros foram combinações inapropriadas de
antibióticos, assim como não ter em conta a função do
rim e fígado do doente. Logrou-se economizar ao redor
de três milhões de kwanzas por conceito de prescrição
racional de ditos antibióticos em comparação com igual
período do ano anterior.
Doença de Graves: relato de caso e revisão da
literatura
Autores: Mayque Gusman Cayado; Nelson Crespo Valdés; Georgina Saint Blancard Morgado
Introdução: a doença de Graves é a principal causa de
hipertiroidismo. É uma doença autoimune de etiologia
não esclarecida, certamente multifactorial e com evidente
predisposição genética. A sua frequência, a sua natureza
auto-imune e as consequências potencialmente graves
da doença não tratada, fazem dela objecto de intensa
investigação, tendo em vista a melhor compreensão dos
mecanismos patogénicos e a descoberta de novas terapêuticas, mais eficazes e idealmente dirigidas contra o
próprio processo auto-imune.
Material de Estudo: descreve-se o caso de uma doente, sexo feminino, raça negra, 16 anos, que chegou à
emergência da Clínica Multiperfil relatando quadro de
dor ocular que se interpretou como uma conjuntivite e
foi encaminhada para a consulta de oftalmología. Resultados: constatou-se retracção palpebral de ambos os olhos,
infiltração das pálpebras superiores e lesões superficiais
na córnea de ambos os olhos. Sendo assim, foi encamin-
hada para a consulta de endocrinologia. No exame físico
constatou-se emagrecimento, tremor, tiroide discretamente palpável, fácies hipertiroidea e sinal de Von-Graefe
positivo, pele e mãos com humidade e temperatura normais, FC: 92 c/minuto. Solicitaram-se exames de função tiroideia que apresentaram os seguintes resultados:
T3L: 24,4 mg/dl (VR: 3,1-6,8 mg/dl); T4T: 19,0 mcg/dl
(VR:5,1-14,1 mcg/dl); T4 livre: 3,9 mg/mL (VR: 0,8-2,2
mg/ml); T3T: 4,5 mg/ml (VR:0,8-2,0 mg/ml); TSH: 0,005
mUI/ml (VR: 0,4-4,2 mUI/ml). Concluiu-se como sendo
uma Doença de Graves-Basedow clássica e iniciou-se
tratamento médico e acompanhamento em ambulatório.
Discussão: o paciente com suspeita de tireotoxicose deve
ser submetido a anamnese e exame físico cuidadosos,
no intuito de procurar o diagnóstico e estabelecer a sua
etiologia. As indicações de cirurgia no tratamento da DG
não estão bem estabelecidas na literatura, sendo classificadas por alguns autores em indicações absolutas e
relativas. As indicações consideradas absolutas são bócio volumoso com sintomas compressivos, nódulo suspeito ou maligno, grávida que não obtém controlo com
Drogas Antitireoideas (DAT), recusa ao tratamento com
131I, mulher planeando uma gravidez dentro de seis a 12
meses e intolerância à DAT. As indicações relativas são
bócio volumoso, oftalmopatia grave, pouca aderência e
ausência de resposta ao tratamento com DAT.
Conclusão: A Doença de Graves é uma doença auto-imune
frequente.
O diagnóstico precoce diminui o desenvolvimento de
complicações e um tratamento adequado providencia um
bom controlo da doença na maioria das situações. Mais
estudos são necessários para se conhecerem os processos imunológicos subjacentes a esta doença e, assim, se
desenvolverem métodos diagnósticos mais precisos e
tratamentos mais eficazes.
Doença renal crónica oculta em pacientes hipertensos tratados no consultório médico 22 na
Policlínica “Cristobal Labra”, Havana
Autores: Maria Ester Raola Sanchez; Claudia
García Raola Sanchez; Edwin García García;
Raúl Herrera Valdés
Introdução: a identificação precoce de insuficiência renal
crónica oculta (IRCO) permite a limitação da progressão
do dano renal e alterar os factores que contribuem para
o aumento da morbidade. Neste trabalho, o papel fundamental é desempenhado pelas equipas de cuidados
primários de saude.
Objectivo: caracterizar os pacientes hipertensos diagnosticados com IRCO no Gabinete 22 da Policlínica “Cristobal Labra”. Metodologia: a pesquisa foi realizada em 197
pacientes hipertensos no período entre Novembro de
2014 e Fevereiro de 2015. Foram estudadas as seguintes
variáveis: presença de IRCO, estádios e factores de risco
para doença renal crónica (DRC). Considerou-se que os
pacientes têm IRCO quando a taxa de filtração glomerular
(GFR) era inferior a 60 ml / min / 1,73m2 e os valores
normais de creatinina.
A GFR foi calculada pela equação derivada da modificação
da dieta em estudo doença renal. Estratificando classificação CKD do National Kidney Foundation foi utilizada e
os factores de risco estudados foram: 60 anos de idade,
história familiar de doença renal crónica, baixo peso ao
nascer, raça negra e diabetes.
Resultados: 33 pacientes foram diagnosticados com IRCO
(16,7%). Cerca de 85% deles estavam no estádio 3, 12%
no estágio 4 e 3% no estágio 5. Em quase 85% dos casos tinham mais de 60 anos de idade; 70% tinham uma
história como diabetes mellitus e pacientes de pele negra
foram responsáveis por 52% da amostra. Cerca de 84,8%
tinham dois ou mais factores de risco e cerca de 50% mais
do que três factores. Conclusões: foram identificados um
21
número significativo de pacientes hipertensos com IRCO
dentro que dominou a DRC estágio 3, e que factores de
risco foram mais frequentes com mais de 60 anos de
idade, história de diabetes mellitus e cor de pele negra.
Tinham dois ou mais factores de risco quase todos os pacientes e como o número de factores de risco aumentado
foram associados a maior progressão da insuficiência renal crónica.
Palavras Chave: Doença renal crónica oculta, hipertensão
arterial, factores de risco.
Apresentação do Manual: “Educação Sexual dos
Jovens e Prevenção da Gravidez Não Desejada.”
Autores: Natércia de Almeida; José R. Molina
O aborto clandestino constitui um importante problema
de saúde em Angola, estima-se que é responsável por 10
a 15 % da mortalidade materna. Dois factores fundamentais no surgimento do problema:
1) O alto índice de gravidez não desejada devido à pobre
educação sexual da população, particularmente dos adolescentes e jovens e 2) A vigência de uma legislação altamente restritiva do aborto. As consequências são óbvias:
diante da determinação de interromper a gravidez, as
pacientes optam por qualquer recurso para consegui-lo.
Apesar da UNESCO ter proclamado como um direito de todos os jovens, demonstrou-se que uma educação sexual
bem conduzida promove um comportamento sexual mais
responsável, orientado, não somente pelos sentimentos
individuais, mas pelos bons costumes e normas da sociedade e não o mero instinto sexual biológico.
Como parte de uma estratégia coerente encaminhada a
introduzir a educação sexual no âmbito escolar de Angola, elaborou-se um manual como material didático básico
de um curso desenhado em uma primeira etapa para estudantes do ensino secundário.
O manual, escrito com uma linguagem simples e fluída,
consta de uma introdução, 6 capítulos e um epílogo. Os
capítulos tratam, numa sequência didáctica, os seguintes
tópicos:
CAPÍTULO I: Porquê e para quê este manual?
CAPÍTULO II: Anatomia e fisiologia da reprodução humana
CAPÍTULO III: A reprodução humana
CAPÍTULO IV: Aspectos essenciais do desenvolvimento biológico relativo à sexualidade
CAPÍTULO V: Significado e etapas do desenvolvimento da
sexualidade
CAPÍTULO VI: Segurança sexual e reprodutiva.
Este Manual, recomendado pelo Ministério da Educação
para todas as instituições de ensino, sobretudo do ensino
secundário, virá à luz nas próximas semanas com o selo
da Editora Mayamba e forma parte de um projecto de investigação para o doutoramento.
Palavra passe: Gravidez não desejada e aborto provocado.
Educação sexual nas escolas. Manual.
Estudo do perfil epidemiologico de pacientes
com sarcoma de Kaposi no Instituto Angolano
de Controlo de Câncer de Janeiro de 2013 a
Dezembro de 2014
Autores: Tchicunga Elsa; António Armando; Elias Ngamba; Fernando Miguel
22
Introdução: o Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia maligna, monoclonal, sistémica, constituída por células fusiformes e epiteliais, que compromete espaços vasculares,
apresentando curso clínico variável e tendo como etiologia a infecção pelo herpesvírus humano tipo 8 (HHV8). Existem quatro tipos de sarcoma de Kaposi: Sarcoma
clássico - é o tipo originalmente descrito pelo Kaposi no
mediterrâneo que acometia pessoas de alta ou média
idade (Fenig et al, 1998); Sarcoma endémico - descrito
nos endígenas da África Subsariana antes do advento do
HIV-SIDA (Senba, 2011); Sarcoma de Kaposi iatrogénico associado ao tratamento imunossupressor em pacientes
transplantados (Moosa, 2005); Sarcoma de Kaposi associado ao HIV-SIDA, também denominado sarcoma epidémico - ocorre em indivíduos com a VIH-SIDA e muitos
prevalentes em países africanos.
O objetivo deste estudo é determinar o perfil epidemiológico de pacientes com o diagnóstico de Sarcoma de
Kaposi endémico atendidos, de 2012 a 2014, no Instituto
Angolano de Controlo do Câncer (IACC).
Material de Estudo: foi realizado um estudo descritivo,
transversal e retrospectivo. Variáveis: idade, sexo, estádio clínico da doença, proveniência, local de diagnóstico,
prevalência, topografia da lesão, tratamento realizado.
Sujeitos do estudo/Critérios de inclusão: pacientes com
diagnóstico de sarcoma de Kaposi atendidos no IACC.
Amostragem: amostra não probabilística por conveniência consecutiva.
Instrumento de investigação: Formulário com variáveis
em estudo.
Fonte de dados: base de dados de registo hospitalar de
câncer do IACC.
Resultados: de 2012 a 2014 foram registrados no IACC
165 casos novos com diagnóstico de Sarcoma de Kaposi
relacionados com HIV-SIDA. O sexo masculino foi o predominante com 64,2% dos casos. Em relação à residência,
a maioria dos pacientes residiam em Luanda (69,7%).
Quanto à base mais importante para o diagnóstico, 94%
dos casos foram realizados por biópsia. Em relação ao
estádio, 64% dos casos não tinham essa informação.
Dos que tinham, a maioria encontrava-se em estádio III.
A faixa etária foi outra variável analisada: predominou a
faixa dos 30 aos 35 anos de idade, com 19%, seguida da
faixa dos 40 aos 45 anos de idade, com 18%. Discussão:
o Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia de alta prevalência
nos países de alta prevalência de HIV-SIDA. Por exemplo,
no Zimbabwe, a doença é a neoplasia mais incidente em
homens de raça negra.
Os resultados do presente estudo assemelham-se às características epidemiológicas descritas em outros países
africanos.
Conclusão: considerando que o IACC é a unidade de
saúde especializada para o tratamento de pacientes oncológicos, os resultados do presente estudo constituem
uma amostra razoável do perfil epidemiológico de paciente com o diagnóstico de Sarcoma de Kaposi em Angola uterino.
Estudo retrospectivo da exposição ocupacional
aos CEM
Autor: Cesaltina Culolo Costa
Introdução: os Campos Electromagnéticos (CEM) produzem radiações não ionizantes de frequência extremamente baixa, passíveis de provocar lesões no ser
humano. A maioria da investigação efectuada até a data
associa a exposição ocupacional a, essencialmente, patologias como a leucemia, o carcinoma do cérebro, suicídio,
doença de Alzheimer, patologias cardíacas e depressão.
Objectivos: este estudo pretendeu identificar alguma associação entre a exposição ocupacional aos CEM e as
patologias referidas pelos ex-trabalhadores do sector da
electricidade do norte de Portugal que tenham estado expostos durante, pelo menos, dez anos, no período compreendido entre 1965-1995. Metodologia: efectuou-se
um estudo retrospectivo, com base em dados colhidos
por um questionário autoadministrado, criado para o
efeito. Resultados: não se confirmaram neste estudo as
associações encontradas noutros estudos. Mais de 73%
dos ex-trabalhadores estudados não referiu sofrer de
nenhuma patologia. As patologias não oncológicas mais
referidas são a Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus.
Conclusões: as patologias não oncológicas mais prevalentes na população estudada encontradas neste estudo
são patologias igualmente frequentes noutras populações
não expostas. Apesar da aplicação da técnica da estratificação, esta população, à semelhança da população em
geral, também está exposta a outras fontes de exposição.
Deverão ser efectuados mais estudos onde a exposição
seja mais mensurável.
Palavras-chave: Trabalhador, Exposição ocupacional,
CEM, patologia oncológica e patologia não oncológica.
Experiência no tratamento do sarcoma de Kaposi em doentes com SIDA diagnosticados no
Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí, Cuba
Autor: Narciso Jimenez
Introdução: em 1981 observou-se uma forma disseminada e fulminante de Sarcoma de Kaposi (SK) em jovens
masculinos homossexuais ou bissexuais que era parte de
uma epidemia que hoje é conhecida como SIDA. A deficiência imunológica e a deficiente imunorregulação predispõem o hospedeiro para uma variedade de infecções
oportunistas e neoplasias incomuns, especialmente SK. O
curso clínico do SK, o tratamento e a sua resposta, são
grandemente afectados pelo grau de disfunção imune
subjacente e infecções oportunistas.
Objectivo Geral: transmitir 10 anos de experiência no
tratamento dos pacientes com SIDA com sarcoma de Kaposi baseado num estudo original realizado no Instituto
de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK).
Objectivos específicos: 1. Descrever a resposta terapêutica de acordo com o tratamento recebido; 2. Identificar
associações entre as variáveis: estado imunológico e virológico, estádio clínico do SK, parâmetros laboratoriais
e categorias da resposta terapêutica; 3. Estimar a mortalidade dos pacientes com diagnóstico de sarcoma de
Kaposi epidémico estudados.
Material e método: foi realizado um estudo descritivo prospectivo, para medir a resposta terapêutica do sarcoma
de Kaposi em 50 pacientes com SIDA diagnosticados por
biópsia no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri,
desde o primeiro dia de Janeiro de 2004, a 31 de Dezembro de 2006, submetidos a um estadiamento clínico e
laboratorial inicial, e um ano depois do tratamento.
As variáveis estudadas foram: estado imunológico e virológico; resposta ao tratamento recebido; estadiamento
clínico e resultado do tratamento. O recurso estatístico
utilizado para medir o grau de associação entre as variáveis, e a resposta ao tratamento, foi o teste de KruscalWallis.
Resultados e conclusões: a resposta terapêutica completa
e parcial para todas as categorias de tratamento (INF alfa
2b; HAART e quimioterapia) foi de 80%. O CD4 inicial médio foi de 11,96% (268,6 células/mm³) e um ano depois o
CD4 foi de 16,64% (376,79 células/mm³), e a carga viral
inicial média foi de 87519,50 UI / ml e 5577,69 UI /ml um
ano depois do tratamento.
A mortalidade foi de 18%. As variáveis que foram identificadas estatisticamente significativas e associadas com a
resposta terapêutica foram: a carga viral inicial (Sig, assintótica 0,017) e estádio clínico (Sig, assintótica 0,032).
O método clínico usado para avaliação da resposta ao
tratamento e estadiamento validados por esta investigação é uma modalidade segura e acessível em países de
poucos recursos.
Palavras-chave: sarcoma de Kaposi epidémico (SK); SIDA e
resposta terapêutica.
Indicadores de qualidade de cuidados hospita-
lares em doentes com infecção VIH/SIDA: Revisão sistemática
Autores: Emanuel Catumbela; Victor Certal, Alberto Freitas, Carlos Costa.
Introdução: a definição de um conjunto de indicadores
para avaliação da qualidade de cuidados prestados a
doentes com infecção VIH/SIDA continua a ser um aspecto controverso no mundo científico, mesmo depois de
quase três décadas de descoberta da doença. Identificar
indicadores de qualidade para a avaliação dos cuidados
clínicos prestados a doentes com infecção VIH.
Métodos: fez-se uma revisão sistemática com pesquisa
de artigos ou informação sobre indicadores de qualidade
dos cuidados clínicos prestados a doentes com VIH/SIDA
em quatro bases de dados electrónicas: Medline, SCOPUS,
ISI Web of Knowledge e Cochrane, assim como em páginas de internet de organizações que trabalham no campo
do VIH. Os artigos que abordam os indicadores na perspectiva dos doentes ou baseados nos serviços clínicos
foram excluídos.
A extracção dos dados foi feita, usando uma planilha
previamente definida, por um dos autores, enquanto um
segundo autor avaliou a consistência dos dados obtidos.
Comparamos o resultado encontrado às normas propostas nas guidelines Americana e Europeia sobre de tratamento de doentes com VIH. Resultados: do total de 360
artigos que foram encontrados apenas 12 tinham os critérios de inclusão.
Identificamos também uma página na internet com informação relevante. No geral, identificamos 65 indicadores
de qualidade para avaliar os cuidados clínicos prestados
a doentes com VIH, assim distribuídos: indicadores de resultado (15), indicadores de processo (50); indicadores
genéricos (36), indicadores específicos de VIH/SIDA (29);
indicadores de avaliação inicial (19), indicadores de rastreio (9), imunização (4), profilaxia (5), monitorização
(16) e de terapia (12). Foram seleccionados 24 indicadores que são endossados pelas guidelines europeia e
americana, nos domínios de avaliação inicial, rastreio, imunização, monitorização e terapêutica. Discussão: alguns
dos indicadores muitos usados são: contagem de células
CD4, teste de carga viral, carga viral não detectável às
48 semanas de tratamento, triagem Hepatite C, testes de
hepatite B, o rastreio de tuberculose, vacinação contra a
hepatite B, profilaxia PCP (pneumonia por Pneumocystis
jiroveci), adesão a TARV, TARV devidamente prescrita, e
co-tratamento do VIH e tuberculose.
Estas medidas são importantes quando se pretende avaliar
os cuidados clínicos prestados aos doentes com infecção
VIH/SIDA e possuem respaldo nas guidelines americana
e europeia. Conclusão: há esforços nos EUA, em Espanha
e outros países para estabelecer um conjunto de indicadores ao nível nacional úteis para avaliar a qualidade dos
cuidados clínicos prestados a doentes com infecção VIH/
SIDA; a maioria dos indicadores estão relacionados com
processos e destinam-se a guiar (as boas práticas).
Palavras-Chave: Medidas de desempenho, evidência,
doenças infecciosas.
O papel da medicina nuclear em neuronefrologia
– Cintigrafia Renal
Autor: Maria Ebo Muangala
Introdução: os estudos de Medicina Nuclear são procedimentos diagnósticos electivos ou complementares na
avaliação de pacientes com doenças nefro-urológicas.
Objectivo: divulgação das técnicas de Medicina Nuclear
no Sistema Nefrourinário.
Resultados: as técnicas diagnósticas de Medicina Nuclear
são utilizadas para darem informações sobre a função, estrutura e drenagem renal de acordo com a maneira como
os radiofármacos são filtrados no glomérulo (DTPA), ou
23
extraídos e secretados pelo túbulo renal (MAG3 e DMSA).
Os radiofármacos DTPA e MAG3 são utilizados para obter imagens dinâmicas, com preferência de MAG3 em paciente com insuficiência renal.
A estrutura cortical renal é melhor avaliada com a cintigrafia com DMSA. O cálculo da função diferencial pode
ser obtido por meio de imagens estáticas ou dinâmicas. A
cintigrafia com DMSA é sensível na detecção de cicatrizes
corticais, sendo uma técnica amplamente usada para o
diagnóstico diferencial de infecção do trato urinário superior e inferior em crianças, quando a clínica e os exames
analíticos são de difícil interpretação.
O renograma diurético é amplamente utilizada para diagnosticar ou excluir obstrução, embora para o diagnóstico
definitivo de obstrução possa ser necessário um estudo
invasivo. A cintigrafia com Captopril pode ser utilizado
para despistar pacientes com suspeita de hipertensão
renovascular. Esta técnica tem especificidade elevada,
quando comparado com a angiografia renal e pode ser
usada para definir os pacientes hipertensos que não irão
beneficiar de intervenção renovascular.
Conclusão: as técnicas de Medicina Nuclear (cintigrafia
renal) permitem a avaliação do fluxo sanguíneo renal, da
morfologia e tamanho dos rins, da função parenquimatosa e da patenticidade do sistema colector.
Porque é importante a necessidade de estudos
histológicos renais e a disponibilidade de fármacos de fórum nefrológico em Angola?
Autores: Maria Esther Raola Sanchez; Matadi
Daniel; Cecília Santana; Nsecumesso Bota
Introdução: nem sempre as técnicas de diagnósticos mais
comuns são suficientes para ter uma resposta clara e
objectiva para um determinado problema de saúde. Por
vezes, torna-se necessário uma amostra do órgão afectado. Apresentamos dois casos clínicos que dão resposta à
interrogação no título.
24
Caso 1 – Doente de 41 anos de idade, antecedentes de
saúde, avaliado em diferentes centros médico e clínicas
por lesão ulcerosa do membro inferior direito, sem antecedentes de doenças vasculares, e saudável até aparecer a lesão ulcero-necrótica no membro inferior direito.
Foram feitos desbridamentos e pensos curativos. Em seguida, começa a apresentar edemas generalizados, ascite
importante, edemas severos de membros inferiores e biomarcadores de função renal em crescendo. Referenciado
a centro de diálise com falta de vagas. Familiares decidem
levá-lo a outra instituição (consulta de nefrologia) onde se
decide pelo internamento.
Em hospitalização, avalia-se o doente em anasarca importante, dispneia, oligoanúrico, insuficiência renal rapidamente progressiva, anemia severa, plaquetopenia. Inicia-se a terapêutica hemodialítica e ultrafiltração diária,
combinadas com diuréticos, estadia prolongada a causa
de pancitopenia importante, requerendo estudos imagiológicos e laboratoriais afim de descartar causas infecciosas, virais, tuberculose ou doenças autoimunes.
Durante o internamente, apresentou dermatopatia a
nível da mucosa labial e cavidade oral compatível com
vírus simples. Foram prescritas em terapêutica: Aciclovir
e tuberculostáticos com resposta terapêutica evidente,
melhoria clínica e da função renal, sem necessidade de
terapêutica depuradora. Manteve pancitopenia. Por isso,
realizou-se um medulograma – que foi normal —, avaliado por hematologista. Em conferência médica, concordamos em prescrever terapêutica esteroide. Foi retirado
cateter de hemodialise sem intercorrências, seguido por
consultas de nefrologia com recuperação da função renal e assintomático, só edemas discretos do membros
inferior direito onde mantém lesão de origem vascular.
Diagnóstico: inconclusivo à falta de estudos histológicos,
presumivelmente nefropatia associada a tuberculoses o
glomerulonefritis difusa aguda com boa evolução.
Caso 2 – Doente, sexo feminino, de 32 anos de idade, com
antecedentes de asma bronquial desde a infância, sem
possibilidade de gravidez. Viaja até à África do Sul para
receber tratamento de fertilização. Regressada a Angola,
começa a apresentar edemas generalizados, diminuição
importante do débito de urina e níveis em crescendo de
ureia e creatinina, com diagnóstico de insuficiência renal
aguda oligoanúrica. A ecografia renal mostra rins de tamanho grande, discreto aumento da ecogenicidade e boa
diferenciação seio-parênquima; na ecografia cardiovascular observa-se derrame pericárdio. Na radiologia de tórax
derrame pleural moderado, sem necessidade de toracocentese. Além disso, apresentava anemia, leucopenia e
plaquetopenia.
É internada num centro médico (unidade de cuidados
intensivos). Diagnostica-se Síndrome de estimulação
ovárica (SEO) e transfere-se para a nossa instituição onde
foi preciso fazer novas analíticas incluindo estudos a desacatar doenças auto-imunes. Foram necessárias várias
sessões de hemodiálise até à recuperação da função renal
e melhoria clínica e analítica. Decide-se dar alta médica.
À posterior, teve nova recaída com predomínio de manifestações cardiovasculares com derrame pericárdio e
síndrome nefrótico. Reavaliámos e pensámos na possibilidade diagnóstica de Lúpus Eritematoso ( Nefropatia
Lúpica). Inicia-se terapêutica esteroides e imunossupressora com melhoras consideráveis. Foi enviada para o exterior do país onde fez biopsia renal que corroborou a
nossa hipótese.
Conclusões: foi importante e necessária a realização de
estudos histológicos em Angola afim de diagnosticar
doenças nefrológicas, até então sem possibilidades de
conhecer a verdadeira realidade e empreender protocolos e guias de actuação dependendo do perfil histológico
diagnosticado e que puderam evitar uma progressão da
doença renal crónica e saber quais os fármacos de fórum
nefrológico a dispor no nosso país.
Prevalência de síndroma metabólico em mulheres
angolanas grávidas não diabéticas
Autores: Hamilton Prazeres; Joelcio Francisco
Abbade; Paulo Adão de Campos; Marilza Vieira
Cunha Rudge
A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de fatores de
risco para diabetes tipo 2 (DM Tipo 2) e doenças cardiovasculares (DCV) e sua prevalência varia de acordo com o sexo,
região e população. Recém-nascidos de mães com SM têm
risco maior de resultados perinatais adversos (RPA).
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da
SM em grávidas angolanas não-diabéticas e os RPA.
Métodos: estudo de corte transversal, em que foram coletados dados demográficos, antropométricos e clínicos
de 675 grávidas utentes da Maternidade do Hospital Geral
do Huambo.
A SM foi definida de acordo com quatro critérios: o terceiro relatório da National Cholesterol Education Painel de
Programa de tratamento para Adultos (ATPIII), o Critério
Harmonizado (JIS) e os de Bartha et al e Chatzi et al. Resultados: a prevalência de SM foi de 36,6% para o critério JIS,
de 29,2% para o NCEPATP III, de 12,6% para o de Chatzi
et al e de 1,8% para o de Bartha et al. A prevalência dos
RPA foi de 14,1%.
Conclusões: a prevalência da síndrome metabólica foi elevada, e variou de acordo com o critério utilizado. Impõese a necessidade de harmonizar os critérios e pontos de
corte. Os RPA foram mais prevalentes nos neonatos de
grávidas com SM.
Palavras chave: Prevalência, Síndrome Metabólica, Angola, Gravidez, Resultado perinatal adverso.
Quimioterapia indutiva em pacientes com o diagnóstico de câncer de colo no Instituto Angolano de Controlo de Câncer (IACC).
Autor: António Armando
Introdução: o câncer do colo uterino é um problema de
saúde pública mundial. Nos países em desenvolvimento,
a maioria dos casos é diagnosticada em fases avançadas
da doença. Nessas fases, o tratamento de eleição é a radioterapia ou combinada com a quimioterapia. Entretanto, a radioterapia é de difícil acesso, devido ao reduzido
número de aparelhos, situação que tem levado muitas
pacientes a ficarem em longas listas de espera com a
doença em progressão.
Nesta perspectiva, a questão que tem sido colocada é a
seguinte: qual seria o papel da quimioterapia indutiva em
pacientes que aguardam pelo tratamento de radioterapia
para evitar a progressão da doença?
Para responder a essa pergunta, propusemo-nos realizar
o presente estudo.
Material de Estudo: delineamento - Está a ser realizado
um estudo experimental não comparado com pacientes
com diagnóstico de câncer de colo uterino em estádios
avançados. O estudo está a ser realizado no IACC.
Amostragem: amostra não probabilística por conveniência consecutiva. O tamanho da amostra foi calculado em
20 pacientes para nível de significância de 5% e um poder
estatístico de 80%. Intervenção: quimioterapia indutiva.
Desfecho: redução tumoral, paragem da hemorragia.
Hipótese nula: a quimioterapia indutiva não tem acção
anti tumoral no câncer de colo uterino. Hipótese alternativa: a quimioterapia tem acção anti tumoral no câncer de
colo uterino.
Recolha dos dados: as pacientes têm feito uma tomografia antes do início e depois da quimioterapia. Depois
serão comparadas para avaliar o desfecho. Resultados:
os resultados preliminares mostraram que as pacientes
submetidas a quimioterapia indutiva apresentaram considerável redução do tamanho tumoral e paragem da
hemorragia vaginal.
Discussão: na América Latina, a quimioterapia indutiva
tem sido utilizada em pacientes com o diagnóstico de
câncer de colo uterino que aguardam pela radioterapia.
Entretanto, não há estudos experimentais publicados que
mostram o benefício deste tratamento. Nos Estados Unidos, o National Cancer Institute está a realizar uma pesquisa para avaliar a acção da quimioterapia neoadjuvante
em pacientes com câncer do colo uterino em estádios
inicias.
Conclusão: os resultados sugerem o benefício da quimioterapia indutiva no câncer de colo uterino.
Traumatismo cranioencefálico na UTI. Factores
de mau prognóstico
Autor: Serafim Brás Chassova
Introdução: o traumatismo cranioencefálico tem sido
motivo de grande discussão na actualidade, sendo uma
das principais causas de morbimortalidade. É descrito
como um problema de saúde pública por alguns autores,
afectando principalmente a faixa etária activa da população, com consequências que ultrapassam os limites
médicos.
O presente estudo tem por objectivo: determinar os factores associados ao mau prognóstico dos doentes internados com traumatismo cranioencefálico severo nos
Cuidados Intensivos; fazer uma análise comparativa do
intervalo elevado entre o trauma e a prestação dos cuidados médicos especializados.
Método: foi realizado um estudo observacional analítico
prospectivo, sobre indivíduos vítimas de trauma cranioencefálico internados no serviço de Cuidados Intensivos
do HMP/IS, no período de Abril a Setembro de 2014. Do
instrumento de colheita de dados constaram dados de
identificação, causa do trauma, cinemática do trauma, se
houve transporte especializado, intervalo de tempo entre
o trauma e os cuidados médicos especializados, dados do
exame físico, presença de embriaguez, escala de coma de
Glasgow, diagnóstico tomográfico, complicações e o tipo
de abordagem.
Resultados: foram estudados 31 doentes. Destes, predominaram o género masculino 90,3%, a idade média
foi 33,23 anos, ±7.46 anos; dos 31 doentes estudados,
a causa do trauma foi acidente de viação; nos diagnósticos por tomografia computorizada foi observada com
maior frequência a contusão hemorrágica (51,6%). Das
complicações evolutivas, a pneumonia associada à ventilação mecânica prolongada foi a mais frequente (62.3%);
todos os doentes que complicaram com choque séptico e
meningite evoluíram para óbito; 67% tiveram abordagem
conservadora; dos 31 doentes, 74% evoluíram para óbito.
Conclusão: o intervalo de tempo elevado entre o trauma
cranioencefálico e os cuidados médicos especializados
é um factor preponderante e determinante para o prognóstico destes doentes, visando os factores de mau prognóstico nos doentes internados na Unidade de Cuidados
Intensivos, comprovado pelo resultado do teste da hipótese, através do teste de Fischer com seguintes resultados: (0,1245 e 1 grau de liberdade) onde P> 0,05. Estes
resultados sugerem interesse da actuação do Ministério
da Saúde em criar e implementar estratégias e aprimoramento no atendimento do doente com traumatismo cranioencefálico.
Palavras-chave: Traumatismo cranioencefálico, intervalo
de tempo elevado, factores de mau prognóstico, mortalidade.
Uso e abuso de antimicrobianos. Política antimicrobiana
Autores: Andres Mário Acosta; Michael León
Rodriguez
Os antimicrobianos são as drogas que mais se prescrevem
a nível mundial, Em 1997, o gasto por uso de antimicrobianos foi de 17 mil milhões de dólares e, em 1999, aumentou para 31 mil milhões de dólares. Por outro lado,
estima-se que de 10% a 50% das prescrições antimicrobianas são desnecessárias.
Em meados do século XX pensava-se que as enfermidades
infecciosas diminuiriam a sua incidência e deixariam de
ser um problema sério para a saúde do homem. Entretanto, a realidade encarregou-se de demonstrar que a luta
contra os microrganismos produtores de enfermidades
estava longe de ser ganha e que estes microrganismos
iriam surpreender-nos de novo. A resistência bacteriana é
uma preocupação importante no mundo científico actual,
ocasionando danos à saúde humana e à economia. Calcula-se que o custo anual por infecção nosocomial atinge
5 bilhões de dólares. Cerca de 99 mil pacientes morrem,
em cada ano, em resultado de padecer por uma sepsis.
A resistência antimicrobiana é um fenómeno emergente.
A qualidade da prescrição dos agentes antimicrobianos
constitui um elemento essencial para o seu controlo. A
introdução e produção de novos antimicrobianos foi flexionado significativamente desde a década 1990.
A directora geral da OMS, Margaret Chan, durante uma
conferência de especialistas em doenças infecciosas que
se realizou em Copenhaga, Dinamarca, em 2012, afirmou: “Estamos numa era “pós-antibióticos” em que as
operações seriam impossíveis e as lesões simples, como
um arranhão, podem ser letais. Estamos à beira do fim da
era da medicina segura. O decréscimo da efectividade
dos antibióticos no tratamento das infecções comuns é
preocupante nos anos recentes, e com o aparecimento
das enterobacterias carbapenema-resistentes (KPC) esta-
25
mos a aproximar da era pós-antibiótico”.
O uso irracional dos medicamentos nos hospitais de
países em desenvolvimento é um importante problema
e pouco se tem publicado sobre o modo de resolvê-lo.
Desde meados do século XX começaram a criar-se nos
hospitais grupos de trabalho e comissões de política de
antibióticos, com objectivo de contribuir, optimizar a utilização dos antimicrobianos.
Em Angola, podemos aplicar estratégias para o uso de
antimicrobianos para diminuir a crescente resistência
bacteriana. São necessários novos procedimentos terapêuticos como escalar-desescalar, sequenciar, simplificar
estes fármacos e a indicação segundo cálculo do filtrado
glomerular, de acordo ao peso ideal do paciente.
O uso de antimicrobianos é científico e responsável.
POSTERS
Hematoma retroperitoneal por ruptura de angiomiolipoma renal
Autores: Tomás Lázaro Rodríguez Collar; Alfonso José Pérez Espinosa; María Luisa García
Gómez; Constância Margarida Marques Costa
Introdução: o angiomiolipoma renal é um tumor renal
benigno que se pode apresentar como abdómen agudo,
devido à sua ruptura espontânea.
Objectivo: apresentar as particularidades clínicas e o
tratamento aplicado a um novo caso de hematoma retroperitoneal por ruptura de angiomiolipoma renal. Métodos: Paciente masculino, de 53 anos, com antecedentes
de crises convulsivas desde a infância, que foi assistido
no banco de urgência por apresentar dor abdominal de
início difuso, que mais tarde se localizou no hemiabdomen direito, acompanhado de náuseas e vómitos.
No exame físico revelou contractura no local doloroso.
Nos exames analíticos sanguíneos encontrou-se leucocitose. Pensou-se então num quadro de abdómen agudo
inflamatório visceral.
Resultados: realizou-se vídeo-laparoscopia diagnóstica,
na qual se verificou a presença de um hematoma retroperitoneal à direita. Indicou-se a tomografia axial computorizada com contraste. Encontrou-se uma lesão tumoral
complexa na face anterior do rim direito, com perda da
continuidade da cortical e um hematoma peri renal volumoso.
Com esses achados, decidiu-se a nefrectomia direita urgente via laparotomia, confirmando-se a suspeita imagiológica. A evolução pós cirúrgica do paciente foi favorável. O estudo histopatológico informou angiomiolipoma
renal roto.
Conclusões: embora seja infrequente, deve-se ter em conta a possibilidade do début clínico de um angiomiolipoma
renal com hemorragia retroperitoneal, dentro dos diagnósticos diferenciais do abdómen agudo cirúrgico.
Palavras-chave: Tumor renal benigno, angiomiolipoma
renal, hematoma retroperitoneal, abdómen agudo cirúrgico.
Síndrome do coletor de urina de cor púrpura
Autores: Tomás Lázaro Rodríguez Collar; Florinda Helena da Silva Miranda; José António Cabrera Martínez
26
Introdução: a cor púrpura do saco coletor de urina, em pacientes com sondagem permanente do sistema urinário,
é uma eventualidade infrequente e alarmante na prática
médica.
Objectivo: apresentar as particularidades clínicas e de
laboratório e o tratamento aplicado, a um novo caso de
síndrome do saco coletor de urina de cor púrpura.
Métodos: paciente de 69 anos de idade com diagnóstico
de adenocarcinoma da próstata, com infiltração tumoral
da uretra prostática e insuficiência renal crónica grau I,
motivo pelo qual usava sonda uretral permanente. Depois
de cinco meses nesta condição, apresentou-se na consulta externa de urologia por ter notado cor púrpura do
saco coletor de urina. Nesse momento, o paciente estava
assintomático, não obstante a urina extraída do coletor
era turva, fétida e de cor amarela. Tomava regularmente
ácido fólico e fumarato ferroso por padecer de anemia, o
que lhe produzia obstipação pertinaz.
Resultados: os estudos de hemoquímica foram normais;
nos da urina isolaram-se Proteus mirabilis na urocultura.
Indicou-se-lhe tratamento antibiótico específico, laxantes
e mudou-se a sonda e o coletor de urina, desaparecendo
a cor atípica antes mencionada.
Conclusões: a infeção urinária e a obstipação favorecem
o aparecimento da cor púrpura do saco coletor de urina.
Esta situação consegue-se reverter tratando convenientemente os ditos factores e mudando a sonda e o coletor de
urina por outros novos.
Palavras-chave: Infeção urinária, obstipação, cateterismo
uretral permanente, coletor de urina de cor púrpura.
Hemangioendotelioma epitelióide do fígado em
criança de 4 meses de idade internada no Hospital Pediátrico David Bernardino
Autores: César Freitas; Maria Pereira; Roberta
Saturnino; Josefina Webba
O hemangioendotelioma epitelioide é um tumor vascular
de malignidade intermédia caracterizado pela presença
de numerosas células endoteliais proeminentes cujas localizações mais frequentes são o fígado, o pulmão, tecidos moles e ossos. O hemangioendotelioma do fígado é
uma entidade rara (incidência 0,1/100000), geralmente
identificado em adultos jovens e muito poucos casos descritos em crianças sobretudo latentes.
Relatamos o caso de um lactente de 4 meses de idade,
sexo feminino, internada no Hospital Pediátrico David
Bernardino por aumento do volume do abdómen e massa
abdominal. Ao exame físico a criança apresentava hemangiomas cutâneos (couro cabeludo, coxa direita e braço
direito), um aumento do volume do abdómen com circulação colateral visível e palpava-se uma massa de superfície lisa, consistência dura, contornos mal definidos que
ocupava todo o abdómen superior.
De realce, nos exames complementares, uma anemia microcítica com trombocitose, velocidade de sedimentação
de 110 mm/h, transaminases, triglicerídeos e alfa fetoproteína elevadas. A ecografia abdominal realizada revelou um fígado com dimensões aumentadas e presença de
múltiplas imagens arredondadas, bem delimitadas, disseminadas em todo o seu parênquima. A tomografia axial
computorizada (TAC) do abdómen revelou um fígado com
tamanho muito aumentado, heterogéneo e multinodular.
O resultado anatomopatológico da biópsia hepática percutânea identificou fragmentos de tecido hepático onde
se observava proliferação de vasos, alguns dilatados por
células epitelioides e separadas por septos de estroma
fibroso e também áreas de inflamação crónica agudizada.
Criança de 3 anos de idade com glicogenose
diagnosticada no Hospital Pediátrico David Bernardino
Autores: César Freitas; Maria Pereira; Josefina
Webba; Mauro Onésio
O glicogênio é um polissacarídeo fundamental para o me-
tabolismo do ser humano. É a principal reserva energética
das células animais cuja maior concentração encontra-se
nos músculos e fígado. A glicogénese é caracterizada por
uma deficiência de enzimas específicas envolvidas na síntese e degradação do glicogênio podendo ocasionar defeito metabólico no catabolismo e anabolismo do mesmo
e provocar doenças genéticas raras, na sua maioria de
caracter autossómico recessivo relacionado com armazenamento do referido polissacarídeo.
Relatamos o caso de uma criança de 3 anos de idade,
sexo masculino seguido em consulta no Hospital Pediátrico David Bernardino por aumento do volume do abdómen
e massa abdominal.
Tem antecedente de um internamento por pneumonia
aos dois anos de idade e história recorrente de hipotonia
(principalmente a noite), convulsões, transpiração profusa e de erupção papulosa recorrente.
O exame físico revelou uma criança raquítica com peso/
altura =P97 e Alt/idade=P3, um abdómen distendido e
proeminente, uma hepatomegalia com superfície lisa,
bordo rombo até 6 cm do rebordo costal e não dolorosa
a palpação.
De realce nos exames complementares uma anemia normocítica, a relação AST/ALT> 6, hipoglicemia recorrente,
coagulação normal. A ecografia abdominal revelou um
fígado hiperecogénico com dimensões aumentadas e heterogéneas.
O resultado anatomopatológico da biópsia hepática percutânea revelou a presença do glicogênio no citoplasma
dos hepatócitos através da coloração com PAS.
O referido quadro caracterizado por uma falência de
crescimento, hepatomegalia, hipoglicemia recorrente,
relação AST/ALT>6, acumulação de glicogênio no citoplasma hepático é compatível com glicogenose tipo VIII.
Doença de Ménétrier - Caso Clínico
Autores: Carla Oliveira, Ludmila Martinez Leyva, Gerusa Tanoeiro, Maria de Sousa
Introdução: A doença de Ménétrier é uma entidade clínica
pouco frequente que se caracteriza por um engrossamento das pregas gástricas secundárias. Há uma hiperplasia
das células mucosas foveolares, frequentemente associada a perda de proteínas entéricas e hipoalbuminémia. A
sua etiologia é desconhecida e considerada uma condição
pré neoplásica.
Objectivos: apresentar um caso clínico de uma patologia
rara e fazer revisão da literatura.
Descrição do caso: apresenta-se um doente de 27 anos
de idade, internado, por apresentar epigastralgias, perda
de peso e vómitos. Analiticamente apresentava anemia
(Hb 8.6g/dl), leucocitose (13.6x10 9 /L), hipoproteinémia
(proteínas totais 50g /L), hipoalbuminémia (24g/L).
A ecografia abdominal descreveu presença de ascite mínima e estômago com engrossamento das pregas gástricas,
sendo posteriormente confirmado por T.C. Foi realizada
EDA onde se observou hipertrofia das pregas gástricas
com predomínio no fundo e corpo. A biopsia confirmou
a hipertrofia foveolar e atrofia das glândulas, compatível
com doença de Ménétrier. O doente foi submetido a tratamento cirúrgico com evolução satisfatória.
Discussão/Conclusão: até ao momento não existe um
tratamento definido para esta doença. Nos doentes infectados pelo Helicobacter pylori recomenda-se a sua erradicação, podendo dessa forma conseguir-se o controlo
dos sintomas.
A cirurgia é recomendada para aqueles indivíduos com
perda de proteínas não controlável, sangramento e displasia, uma vez que se elimina o risco de malignização.
Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a doença e a
forma de abordá-la.
Palavras-chave: Doença de Ménétrier, pregas gástricas en-
grossadas, gastropatia hipertrófica.
Schistosomíase - caso clínico
Autores: Carla Oliveira, Gerusa Tanoeiro, Neusa
Leite, Josina Gonçalves
Introdução: A Schistosomíase constitui um grupo de
doenças causadas por tremátodos que pertencem à
família Schistosomidae e que vivem no sistema venoso
dos indivíduos infectados. Na fase inicial da doença foram
descritos dois tipos clínicos da doença: o desintérico e o
hepatoesplénico. Os sintomas agudos duram várias semanas.
Caso: doente de 24 anos de idade, do sexo feminino,
natural do Uíge, com antecedentes de banhos no rio, que
apresentava desconforto abdominal e diarreia crónica.
Acorreu à consulta de gastroenterogia onde foram realizados exames às fezes cujo resultado foi negativo para
pesquisa de ovos e parasitas. A ecografia abdominal descreve dilatação das veias esplénica e hepáticas. Realizouse endoscopia digestiva alta para pesquisar presença de
varizes esofágicas, as quais foram descartadas. Decidiuse então a realização de rectosigmoidoscopia com biópsia do recto para descartar infecção por schistosoma, o
qual foi confirmado pelo resultado histológico.
Conclusões: Angola é uma área de alta prevalência de
Schistosomíase pelo que é recomendado o estado de
alerta para o diagnóstico precoce nos indivíduos com sintomas compatíveis com essa infecção com o objectivo de
diminuir o dano que a mesma pode ocasionar.
Corpo estranho no trato digestivo superior e
sua abordagem endoscópica. Caso clínico
Autores: Carla de Oliveira, Maria de Sousa, Gerusa
Tanoeiro, Cecília Sambo, Josina Gonçalves
Introdução: A presença de corpos estranhos no trato digestivo superior constitui, depois da hemorragia digestiva
alta, uma indicação frequente de endoscopia de urgência
nas unidades de endoscopia. Podem encontrar-se corpos
estranhos orgânicos e inorgânicos.
Caso clínico: apresenta-se doente de 19 anos de idade,
costureira de profissão, que, acidentalmente, durante o
seu trabalho, ingeriu um alfinete que ficou encravado na
cavidade gástrica. Foi necessário a realização de endoscopia digestiva alta para a extração do corpo estranho de
forma satisfatória evitando-se dessa forma a realização
de uma cirurgia de urgência.
Conclusões: em centros de alta afluência de doentes, a
presença de protocolos de actuação e pessoal treinado é
a chave para o manejo satisfatório dos corpos estranhos
no trato digestivo superior.
Diagnóstico do Helicobacter pylori em doentes
dispépticos
Autores: Ludmila Martinez Leyva, Carla de Oliveira, Júlia Paím Dias, Maria de Sousa
Introdução: O Helicobacter pylori apresenta distribuição
cosmopolita. A histologia permite o diagnóstico e determinar o dano provocado no estômago.
Objectivo: determinar a prevalência desta infecção num
grupo de pacientes dispépticos. Pacientes e métodos:
realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo, em pacientes com dispepsia que realizaram endoscopia digestiva com biópsia gástrica no período estudado. Foram
incluídos 74 homens e 75 mulheres. Resultados: estavam
infectados cerca de 53,69% dos doentes. A distribuição
por sexos foi equitativa (49,7% homens e 50,3% mul-
27
heres), o grupo etário mais frequente foi dos 18-28 anos
(27,5%). A epigastralgia foi o sintoma mais predominante
(87,2%). A gastrite eritematosa representou 72,5% dos diagnósticos endoscópicos e a gastrite crónica moderada
32,9% das histologias.
Conclusões: a prevalência foi mais baixa do que esperado. Predominou a epigastralgia como sintoma e a gastrite eritematosa como diagnóstico endoscópico. Não se
relacionou a presença da bactéria com a severidade das
lesões gástricas.
Calcificação vascular em doentes renais crónicos em hemodiálise
Autores: Cecília Santana, Nsecumeso Bota; Maria
Ester Raola Sanchez; Cecília Paz; Telmo Martins
Introdução: a progressão da Doença Renal Crónica (DRC)
está associada a complicações como Doença Mineral Óssea e Cardiovascular, sendo a última a principal causa de
morte. A Calcificação Vascular (CV) é comum, e considerada factor de risco cardiovascular. O controlo do cálcio
e fósforo constituem medidas para a prevenção da CV. O
objectivo do trabalho foi avaliar o perfil de CV dos DRC
em Hemodiálise (HD).
Material de Estudo: clínico, em 17 doentes, maioritariamente homens (n=12; 70,5%), idade média 50 ± 14,7
anos (mín. 15 anos; max. 76 anos), tempo médio de HD
13,4 ± 9,6 meses.
Método: realizado estudo observacional retrospectivo (6
meses) dos valores de cálcio, fósforo e PTH; realizaramse radiografias das mãos e pélvis para identificação da
calcificação das artérias periféricas bem como ecocardiogramas para identificação de calcificação valvular.
Os achados de CV foram quantificados com base no Score
de 0 a 8 pontos, desenvolvido por Adragao et al., que
divide as radiografias por linhas imaginárias perpendiculares em 4 secções A presença de calcificação em cada
secção é contada como 1 e a sua ausência como 0. Resultados: nos 17 doentes, a CV foi observada em 7 (41,2%),
5 (71,4%) com calcificação de artérias e 2 (28,6%) de válvulas cardíacas. A distribuição do Score foi: < 3 (4 doentes) e ≥ 3 (1 doente); destes 4 apresentaram calcificação
unilateral (radial e ilíaca) e 1 apresentou bilateral (radial,
digital, ilíaca e femoral). O valor médio de cálcio foi 8,3
± 0,76 mg/dl, Fósforo 3,9 ± 1,1 mg/dl e PTHi 372,4 ±
345,2 pg/ml.
Discussão: CV em DRC em HD tem sido relacionada com
rigidez arterial e morbi-mortalidade cardiovascular, sendo mais comum do que na população em geral. O diagnóstico de calcificação vascular é geralmente feito com
dispositivos caros e altamente técnicos como a tomografia computadorizada. O uso de radiografias ósseas foi
sugerido nas últimas guidlines dos KDOQI. No Score utilizado, as calcificações vasculares foram avaliadas apenas
em artérias musculares – ilíaca, femoral, radial e digitais
– por serem as mais propensas a calcificação linear que
descrevem a parede do vaso. Este achado confirma o valor desta pontuação simples, sugerindo que calcificações
lineares são associadas com alterações das propriedades
da parede arterial e pode ajudar a identificar doentes com
maior risco cardiovascular.
Conclusão: os valores de cálcio, fósforo e PTH, bem como
o tempo em HD, não se associaram à CV. As calcificações
valvulares não implicaram eventos cardiovasculares.
Comportamento da doença mineral óssea renal
em pacientes com insuficiência renal não dialítica na Clínica Sagrada Esperança
28
Autores: Maria Ester Raola Sanchez; Matadi
Daniel; Claudia Garcia
Introducción: la enfermedad renal crónica (ERC) constituye un problema de salud pública que se estima afecta
a más de un 15 % de la población general y cuya prevalencia se ha incrementado en los últimos años. La complicación más importante de la ERC es la enfermedad cardiovascular, primera causa de muerte en estos pacientes. Las
alteraciones del metabolismo óseo y mineral, relacionado
con la ERC se han implicado a complicaciones, cardiovasculares. Objetivo: determinar las características bioquímicas, clínicas y el manejo de las alteraciones del metabolismo óseo-mineral, así como el grado de cumplimiento
de las guías europeas en pacientes con enfermedad renal
crónica (ERC) en estadios III-IV.
Método: estudio observacional, y transversal durante tres
años de seguimiento. Se incluyeron 136 pacientes procedentes de consultas externas de nefrología, < 60 ml/
min/1,73 m2 - estadios K/DOQI; 36 % estadio III, 44 %
estadio IV y 20 % estadio V.
En todos los pacientes se realizó creatinina, calcio, fósforo, hormona paratifoidea (PTH) intacta, 25 OH vitamina
D y 1,25 OH2 vitamina D).
Resultados: el porcentaje de incumplimiento en los objetivos establecidos por las guías K/DOQI para niveles de
calcio, fósforo fue 47 %/ 31 %), PTH intacta y producto
calcio x fósforo fue (62 % y 31 %). El 66% de los pacientes
presentaban los niveles de PTH intacta fuera del rango
establecido por las guías K/DOQI (43,5 % con valores por
encima del límite superior y 18,5 % por debajo del límite
inferior). El 47 % de los pacientes presentaban niveles de
calcio fuera de rango (23 % por encima y 17 % por debajo
del rango), mientras que el 31 % presentaron niveles inadecuados de fósforo (7 % por debajo del objetivo y 24 %
por encima). El 31% de los pacientes presentaron niveles de producto calcio x fósforo fuera de rango. Solo el
3,1 % de los pacientes cumplieron los cuatro objetivos K/
DOQI. El 81,5 % de los pacientes presentaba deficiencia
de calcidiol (25 OH D3) (< 30 ng/ml). El 35 % presentaron
insuficiencia moderada-grave (< 15 ng/ml), y el 47 % insuficiencia leve (15-30 ng/ml). El 64,7 % presentaron insuficiencia de calcitriol (1,25 OH2 D3 < 22 pg/ml). Mientras
que el déficit de calcidiol no se relacionó con los estadios
de ERC, la deficiencia de calcitriol fue más pronunciada
conforme avanzó el estadio de ERC.
Conclusiones: Los resultados confirman la dificultad de
conseguir los objetivos establecidos por las guías K/DOQI
en la ERC no en diálisis, fundamentalmente en el pobre
control del hiperparatiroidismo secundario y del déficit
de vitamina D. Por ello es necesario revisar las estrategias
de abordaje del tratamiento de las alteraciones del metabolismo óseo-mineral en estos pacientes, y quizá una
revisión de los parámetros objetivo de las guías actuales.
Epidemiologia da doença renal crónica em pacientes com enfermidade cardio-cérebro vascular na Clínica Sagrada Esperança 2013-2015
Autores: Maria Ester Sanches; Matadi Daniel;
José Roberto V. dos Santos
Introdução: a Enfermidade Renal Crónica constitui uma
das principais pandemias que flagela a humanidade no
século XXI, responsável pela maior parte da morbi-mortalidade da população mundial. A insuficiência renal (IR)
uma entidade que define os estádios mais iniciais da
doença renal e não se detecta com os métodos usados
habitualmente.
Objectivos: determinar a presença de enfermidade renal
crónica em pacientes com enfermidade cardiovascular e
cérebro vascular em consulta de nefrologia e sua relação
com factores de risco vasculares.
Métodos: realizou-se estudo descritivo e transversal em
166 pacientes, adultos, que aceitaram – consentimento
informado – a participar deste estudo e aprovado pela comissão científica da nossa instituição; durante o período
Janeiro 2013- Fevereiro 2015 estudaram-se as variáveis
idade, presença de hipertensão arterial, cardiopatia isquémica, antecedentes de enfermidade cérebro-vascular
(ECV), sexo, e presença de marcadores de dano renal em
urina, ecografia renal, função renal, antecedentes familiares de enfermidade renal crónica, enfermidade cardiocerebrovascular, presença de factores de risco vascular,
tais como obesidade, dislipidemia, inactividade física,
antecedentes de enfermidade cerebrovascular e hábito
de fumar. Foram realizadas ecografias carotídeas e avaliados scores de risco vascular conforme classificação de
Adragão e ecografia cardiovascular. Aplicaram-se medidas estatísticas descritivas.
Resultados: preponderaram pacientes do sexo masculino
(64,1%), com idades superiores aos 40 anos (33,2%). O
marcador de dano renal mais frequente foi a microalbuminúria, tanto em hipertensos, como em pacientes com
cardiopatia. Cerca de 34,7 % de pacientes com hipertensão apresentaram uma enfermidade renal crónica oculta e
27,2 % em pacientes com cardiopatia, 42,6% dos doentes
que sofrem ECV apresentam ERC em diferentes estádios.
Os resultados das ecografias carotídeas mostram que
38,2 % dos doentes com doenças cardio-cerebro vascular
apresentam calcificações vasculares e 43,4% alterações
ecocardiográficas entre as calcificações das válvulas
cardíacas e disfunção diastólica e hipertrofia ventricular esquerda. Entre outros factores de risco associados
à enfermidade renal crónica destacaram-se: obesidade
abdominal, história familiar enfermidade cardiocerebrovascular, sedentarismo, hábito de fumar, a dislipidemia e
a hipertensão arterial. Foi considerada a presença de enfermidade cérebro-cardiovascular como factor preditivo
independente para sofrer ERC.
Conclusões: um número não desprezível dos pacientes hipertensos, com cardiopatia isquémica com ECV, seguida
por especialista não nefrologista, está infradiagnosticado
quanto à disfunção renal moderada se refere, com o que
não se detecta a uma população com risco cardiovascular
intermédio.
Recomendações: executar as acções preventivas de educação e tratamento da população sã, em particular com
ênfase em grupos de riscos e doentes, por grupos multidisciplinares.
Prescrição de medicamentos e erros de medicação
Autores: Ana Fernandes; Helena Guilherme;
Eduardo Kedisobua
Introdução: o prescritor tem a responsabilidade de elaborar uma prescrição de medicamentos que transmita de
forma completa as informações para todos os profissionais que utilizam esse documento. Entretanto, o caminho
terapêutico a ser adoptado por este profissional está sujeito a várias influências, tais como as concepções sobre o
processo saúde-doença, a qualidade da formação técnica,
as condições socioculturais e económicas da população
que atende, a disponibilidade de medicamentos, serviço
em que actua, as fontes de informações às quais teve
acesso e o assédio da indústria farmacêutica, entre outros.
A prescrição de medicamentos é uma actividade importante para o processo de cuidados assistenciais aos pacientes e representa acção médica fundamental. Contudo,
a grande quantidade de fármacos e produtos comerciais
disponíveis no mercado, os frequentes lançamentos e a
enorme quantidade de interacções de medicamentos e de
efeitos adversos faz com que esta importante etapa do
processo de atendimento seja susceptível de erros.
Objectivo: esclarecer as dúvidas mais frequentes para
se evitar erros prescritivos que ocorrem no exercício da
profissão médica, proporcionando assim uma boa prática
de prescrição de medicamentos.
Desenvolvimento: a informação acerca dos medicamen-
tos constitui uma condição básica para a adesão ao tratamento. Porém, não se tem prestado atenção suficiente no
momento de seu fornecimento nas diversas situações de
atendimento ao paciente, incluindo a consulta médica e a
dispensa do medicamento em farmácias. As prescrições
com falta de muitos desses itens e a letra ilegível dos
médicos levam a erros como troca de medicamentos e
troca de dosagem. Na busca de soluções para minimizar
o número de erros nas prescrições dispensadas nas unidades de saúde, este trabalho propôs-se a esclarecer as
dúvidas mais frequentes para se evitar erros prescritivos
que ocorrem no exercício da profissão médica, proporcionando assim uma boa prática de prescrição de medicamentos.
Conclusão: alguns problemas relacionados com a qualidade foram observados, como, por exemplo, o elevado
número de receitas que não continham o tempo de tratamento, ou, ainda, vários medicamentos sem a indicação
da concentração a ser utilizada. As orientações e recomendações fornecidas, tanto na literatura, quanto na legislação pertinente, não foram devidamente cumpridas, o
que poderia levar a erros na dispensação e no uso dos
medicamentos.
Concluiu-se que a adopção de medidas simples, como a
implantação do novo modelo de receituário podem reduzir os erros relacionados à prescrição de medicamentos e
com isso minimizar possíveis riscos, melhorando a qualidade do serviço prestado ao paciente.
Manifestações clínicas da síndrome de Alagille.
Apresentação de um caso familiar
Autores: Rafael Arroyo Montilla, Carlos Ruben
Glesser.
A síndrome de Alagille é uma causa de grande parte das
colestases de origem congénita. Trata-se duma doença
multisistémica com padrão de herança autossómico
dominante e com manifestações clínicas variáveis, com
os critérios clássicos de colestase, defeitos cardíacos,
anomalias ósseas, oftálmicas e uma fácies característica.
É associada a mutações do gene JAG1 com locus em 20p
12.2. O diagnóstico pode ser difícil já que nem todos os
pacientes manifestam cedo o quadro clássico da doença.
Neste trabalho apresentamos um caso familiar que afecta
dois irmãos, de 7 e 1 anos de idade, o primeiro com critérios clássicos da doença, desde o primeiro ano de vida, e
o segundo com manifestações menos intensas, e que foi
diagnosticado em consequência do primeiro. Igualmente,
mostramos os resultados do tratamento médico inicial,
esperançados num possível transplante hepático.
Macroadenoma da hipófise com compressão do
quiasma óptico. Caso clínico
Autores: Rosa Buta; Tatiana Brito; Lira Bravo;
Jorge Manresa
EA é um doente de 64 anos de idade, sexo masculino,
com história de HTA, Diabetes Mellitus com má aderência
à terapêutica e AVC prévio (8 meses de evolução) de que
resultou hemiparesia direita proporcional residual.
O doente foi atendido no Serviço de Urgência da Clínica
Girassol por quadro de cefaleia intensa, holocraneana de
instalação progressiva, alteração súbita da visão, poliúria,
polidipsia e polifagia.
Ao exame físico: consciente, orientado, discurso coerente, desidratado, TA – 224/140mmHg, P-120ppm, rra,
fácies não característico de qualquer processo patológico.
Neurológico Sumário – hemianópsia bitemporal, hemiparésia dta com espasticidade.
Colocadas hipóteses de HTA, Diabetes Mellitus descom-
29
pensada, AVC “de novo” foram pedidos exames complementares que mostraram de realce: Glicemia – 559mg/
dl, Creat. – 1.4mg/dl, gasimetria arterial normal.
A TAC Craneoencefálica mostrou lesão ocupando espaço
na região selar e extensão supra-selar com compressão
do quiasma óptico. A RMN Selar confirmou a lesão selar e
objectivou lesão isquémica na região calcarina.
Feito estudo Hormonal TSH, T4, PRL, LH, FSH, Cortisol
que foram normais.
Neste contexto considerou-se o diagnóstico de Macroadenoma da Hipófise não Funcionante pelo que foi transferido para Neurocirurgia.
Doente foi submetido a cirurgia endoscópica endonasal
transesfenoidal com sucesso. No pós-operatório desenvolveu quadro de Diabetes Insipida que foi corrigida com
Desmopressina.
Doente teve alta com melhoria das alterações visuais,
sem necessidade de manutenção da Desmopressina e
medicado com Prednisolona 5mg/dia PO, antihipertensores e insulina.
Resistência de Plasmodium falciparum aos antimaláricos em Angola: revisão compacta
Autores: Cláudia Fançony; Miguel Brito; Pedro Gil
30
Introdução: face à resistência à Cloroquina, Angola prontamente adoptou a terapia combinada com artemisinina
e seus derivados como a primeira linha de tratamento
contra a malária. Actualmente, o país pretende consolidar o controlo da malária, preparando-se para a fase de
eliminação, em conjunto com outros países africanos na
região. No entanto, a capacidade notável do Plasmódio
de desenvolver resistência aos fármacos representa uma
ameaça alarmante para estes objectivos.
Material de estudo: Este estudo consiste numa revisão
bibliográfica que pretende sistematizar e discutir os resultados de estudos sobre eficácia de antimaláricos e
marcadores moleculares de resistência em Angola.
Métodos: a pesquisa e selecção de artigos científicos relevantes foi efectuada utilizando o motor de busca da Pubmed e para a pesquisa de outras bibliografias utilizou-se
o Google.
Resultados: no total, foram analisadas 73 referências bibliográficas, entre as quais 68 artigos científicos (16 de
Angola) e bibliografia cinzenta. Encontramos seis estudos
de eficácia de antimaláricos em Angola (publicados entre
1955-2015) e 10 relacionados com marcadores moleculares de resistência (publicados entre 2003-2015).
Os principais fármacos ou combinações, investigados
em Angola foram: Cloroquina, Pirimetamina, Amodiaquina, Quinino-tetraciclina, Sulfadoxina-Pirimetamina,
Amodiaquina-artesunato, Sulfadoxina/Pirimetamina-Artesunato, Artemeter-Lumefantrina e DesidroartemisininaPiperaquina.
Os principais marcadores moleculares investigados pertencem aos genes pfcrt, pfmdr1, pfdhfr, pfdhps, pfATPase6, Chr10, Chr13 e pfk13 propeller.
Discussão: os números de ensaios clínicos realizados em
Angola são escassos em comparação com a importância
desta doença no país.
Com a dimensão territorial de Angola, é expectável que
haja uma variação significativa nas características das
populações de parasitas a circular, sendo que uma investigação mais aprofundada da sua distribuição e impacto
é urgente. Conclusões: o recente aumento do investimento para o controlo da malária no país, espelhado na introdução da combinação de artemisinina e seus derivados
com outros fármacos eficazes, levou a uma redução significativa na incidência da malária em Angola nos últimos
cinco anos.
O país tem o objectivo ambicioso de atingir o status de
pré-eliminação. No entanto, para que o mesmo seja alcançado, vários estudos são necessários para responder
a perguntas-chave, tais como: a eficácia da lumefantrina
está realmente a diminuir? Qual é a eficácia das combinações disponíveis em Angola? Com a pressão selectiva
exercida pelo artemeter-lumefantrina nos últimos anos, o
artesunato-amodiaquina é agora uma alternativa melhor?
A detecção do haplotipo pfcrt SVMNT é um evento raro ou
está realmente presente no país?
Essas e outras questões precisam ser respondidas a fim
de fornecer provas concretas às autoridades, essenciais
para suportar futuras decisões no âmbito do objectivo de
eliminação.
Disgenesia Gonadal Pura XX: relato de caso
e algumas regras práticas no diagnóstico da
amenorreia primária
Autores: Mayque Guzmán Cayado; Mateus
Paquete Vandunem Vergueiro; William Jiménez
Reyes; Jorge Luis German Meliz
Introdução: a Disgenesia Gonadal Pura (DGP) é uma nosologia rara. Porém, deve ser lembrada em doentes com
amenorreia primária, sendo fundamental a realização de
cariotipagem para o diagnóstico final.
Material de estudo: apresenta-se um caso de paciente
do sexo feminino, 22 anos, com queixas de amenorreia
primária e atraso no desenvolvimento mamário, na Clínica Multiperfil.
Resultados: paciente F.C.A, sexo feminino, 22 anos,
solteira, ensino médio completo, natural e proveniente
do Namibe, acompanhada na Clínica devido a queixas
de amenorreia primária e atraso de desenvolvimento
mamário. Nos antecedentes ginecológicos-obstétricos, a
paciente referiu menarca aos 13 anos e atraso da telarca
e pubarca. A mesma negou o uso de métodos contraceptivos. No exame das mamas, observou-se broto mamário
hipotrófico homogéneo bilateral (estadio 2 de Tanner).
Constatou-se, no exame ginecológico, genitália em estágio 3-4 de Tanner, com grandes e pequenos lábios hipotróficos e simétricos, além de hipotrofia do clítoris.
A paciente foi submetida a exames laboratoriais que incluíram dosagens hormonais, ultrassonografia pélvica,
ressonância magnética e cariotipagem. Nas dosagens
hormonais, merecem destaque as concentrações elevadas de FSH: 125,9 mUI/L (3,5-12,5) e LH: 43,42 mUI/L
(1,9-12,5), acompanhadas de concentrações baixas (nível
pré-púbere) de Estradiol: 12,61 pg/mL (30-100). A USG
pélvica e a Ressonância Pélvica (com contraste) revelaram:
útero de 3,3x2,9x4,7cm, pequeno e em anteversão, endométrio homogéneo de 0,4 cm. Ausência de ovários.
A cariotipagem revelou cariotipo compatível com o sexo
feminino (46, XX). Concluiu-se o diagnóstico de Disgenesia Gonadal Pura XX. Após o diagnóstico iniciou-se a
reposição hormonal com Contraceptivos Orais YASMIN
®, BAYER, dospirenona/etinilestradiol (3mg/ 0,03 mg), e
acompanhamento psicológico na sua província. Mantémse o acompanhamento ambulatório em consultas externas de ginecologia e endocrinologia na Clínica.
Discussão: a queixa de amenorreia primária é frequente
nos consultórios de pediatras e ginecologistas, e merece
sempre investigação detalhada. No entanto, dentro desta
queixa, as afecções mais prevalentes, de acordo com a
literatura, são o Síndrome de Turner, mosaicismos ou Síndrome de Swyer. São raros os casos de DGP XX, o que
torna relevante a descrição de tal caso.
Conclusão: o diagnóstico precoce é de extrema importância para que se possam evitar as complicações do hipoestrogenismo crónico, que incluem osteoporose, aumento
do risco cardiovascular e síndrome metabólica.
CURSOS PRÉ-CONGRESSO
LOCAL: EFTSL – Escola de Formação Técnica de Saúde de Luanda
21 DE JANEIRO DE 2016 (Quinta-feira)
CURSO
HORÁRIO
COORDENADOR
Elsa Barbosa
C1
Abordagem da criança com suspeita de aspiração de corpo estranho 14h00 – 18h00
C2
Colposcopia e rastreio do cancro do colo uterino
14h00 – 18h00
Judite Ferreira
C3
Como organizar uma unidade de alergologia pediátrica
14h00 – 18h00
Maria Flora
C4
Crise hipertensiva: diagnóstico e tratamento
8h30 – 12h30
Armando Serra Coelho
C5
Diabetes Mellitus: diagnóstico e tratamento
8h30 – 12h30
Eunice Palmira Sebastião
C6
Diagnóstico diferencial das síndromes febris em Angola –
14h00 – 18h00
Fernanda Dias Monteiro
Abordagem clínico – laboratorial
C7
Electrocardiograma de repouso, Holter e MAPA
8h30 – 16h30
Joseth Rita de Sousa
C8
Emergências oncológicas
8h30 – 12h30
Fernando Miguel
C9
FCCS-Emergências Médicas
C10
Humanização nas unidades sanitárias
Ver abaixo dias 24 e 25 de Janeiro
Carla Gonçalves
14h00 –18h00
C11
Interpretação de exames laboratoriais
8h30 – 12h30
Adelaide Neto Matias
C12
Interpretação do RX tórax e do abdómen simples, valor
e actualidade diagnóstica
8h30 – 12h30
Vasco Sabino
C13
Precauções na prescrição médica em pediatria
8h30 – 12h30
Francisco Domingos
C14
Síndromes ictéricos: diagnóstico e tratamento
8H30 – 12H30
Mário Conde
C15
Urgência neurológica
14h00 – 18h00
Miguel Santana Bettencourt Mateus
C16
Urgências em otorrinolaringologia
14h00 – 18h00
Filipe Matuba
C17
Urgências em urologia
14h00 – 18h00
Guimarães Gaio João da Costa
22 DE JANEIRO DE 2016 (Sexta-feira)
CURSO
HORÁRIO
8h30 – 16h30
COORDENADOR
Brígida Santos
C18
Abordagem da criança com doença crónica
C19
Abordagem das úlceras de pressão
C20
Actualização em VIH
8h30 – 16h30
Lucia Furtado
C21
Actualização em malária
8h30 – 12h30
Fernanda Dias Monteiro
C22
Actualização em medicina intensiva
8h30 – 12h30
José Cordeiro Alves
C23
Actualização em tuberculose
8h30 – 12h30
Afonso Wete
C24
Atendimento do politraumatizado
8h30 – 12h30
Leonardo Inocêncio
C25
Atendimento do queimado
8h30 – 12h30
Caetano Prata
C26
Biossegurança nas unidades sanitárias
8h30 – 16h30
Filomena Silva
C27
Choque: diagnóstico e tratamento
14h00 – 18h00
Gonçalo Júlio Neto
C28
Crise asmática: como abordar
14h00 – 18h00
Margarete Arrais
C29
Dermatologia: princípios gerais e tratamento
C30
Doenças do refluxo gastroenterologia
C31
Edema agudo do pulmão
C32
Feridas e cicatrização
C33
Saúde bucal
C34
Tratamento da dor
Ver abaixo dias 24 e 25 de Janeiro
C35
Urgências em oftalmológicas
14h00 – 18h00
Pedro Albuquerque Lara
C36
Urgências em ortopedia e imobilização dos membros
14h00 – 18h00
Adriano Oliveira
C37
Urgências em psiquiatria
14h00 – 18h00
Luísa Assis
C38
Uso de antidiabéticos orais na diabetes
14h00 – 18h00
Sabrina Cruz
14h00 – 18h00
8h30 – 12h30
14h00 – 18h00
8h30 – 12h30
14h00 – 18h00
8h30 – 12h30
Águeda de Carvalho
Lidia Voumard
Colégio de gastrenterologia
Fortunato Silva
Dadi Bucusso
António Leite da Costa
24 e 25 DE JANEIRO DE 2016 (Dom. e Segunda-feira)
CURSO
HORÁRIO
COORDENADOR
C9
FCCS-Emergências Médicas*
8h30 – 18h00
Sociedade Portuguesa de Cuidados
Intensivos
C34
Tratamento da dor
8h30 – 18h00
Francisco Correia Antunes
* Este curso realiza-se no Hospital do Prenda
25 DE JANEIRO DE 2016 (Segunda-feira)
CURSO
C39
Os avanços da oncologia à luz dos progressos da cirurgia,
oncologia médica, radioterapia, anatomia, patologia e genética molecular
HORÁRIO
COORDENADOR
8h00 – 12h00
Fernando Miguel e
Sobrinho Simões
31
ª
4
ANGOLA 2016
Mostra das inovações tecnológicas
A feira médica de
referência em Angola
Em simultâneo com o XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola, a MÉDICA HOSPITALAR 2016 – 4º Salão Internacional do Equipamento Médico-Hospitalar, Tecnologia,
Medicamentos e Consumíveis vai apresentar aos médicos de todas as especialidades, gestores hospitalares, directores provinciais de saúde, administradores municipais, outros
técnicos de saúde e demais autoridades públicas e decisores, toda a oferta do mercado
do sector da saúde. A MÉDICA HOSPITALAR posiciona-se como a feira especializada de
referência, ao congregar a procura e a oferta global do sector da saúde em Angola, num
ambiente profissional. Constitui uma oportunidade única para os fornecedores apresentarem face-a-face os seus produtos e equipamentos junto dos prescritores e decisores
interessados em conhecer as novas soluções.
Sectores presentes:
• Equipamentos hospitalares
• Tecnologia médica
• Equipamentos para laboratórios
• Emergência e transporte
• Ortopedia e fisioterapia
• Medicamentos e farmácia hospitalar
• Tecnologias de informação para a saúde
• Projectos, instalações e construções
• Hotelaria e mobiliário
• Uniformes, cama, mesa e banho
• Lavandaria
• Alimentação e cozinha
• Hospitais, clínicas e centros de saúde
• Consumíveis
• Enfermaria e monitorização
• Recuperação traumatológica e pós-operatória
32
• Home health care
• Literatura médica especializada
• Comunicação social
NOVOS PACOTES DE DADOS EMPRESARIAIS
O DOBRO
DA INTERNET
PARA O SEU
NEGÓCIO
Novos Pacotes de Dados Empresariais:
Smartphones e Placas
NOVO PACOTE
PREÇO
(UTT)
PREÇO
(Kz)
PREÇO POR
MB FORA
DO PLANO
(KZ)
500 MB PELO PREÇO DE 250 MB
125
900
7.2
2 GB PELO PREÇO DE 1 GB
375
2.700
5.8
4 GB PELO PREÇO DE 2 GB
625
4.500
4.3
10 GB PELO PREÇO DE 5 GB
1.250
9.000
2.9
20 GB PELO PREÇO DE 10 GB
2.000
14.400
50 GB PELO PREÇO DE 25 GB
*TRÁFEGO
4.500
32.400
2.0
*VELOCIDADE
REDUZIDA
GRATUÍTO LIMITADO NA VELOCIDADE A 256 KBPS
SUBSCREVA OS MELHORES
PACOTES DE INTERNET
DA MAIOR OPERADORA33
DE ANGOLA
EXPOSITORES E PATROCINADORES
ACAIL ANGOLA
Stand nº: 10
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Platina
Endereço: Pólo Industrial de Viana, Estrada Luanda-Catete, Km 23
Telefone: +(244) 946423679
Email: [email protected]
Website: www.acailangola.com
Contacto: José Pinto
Actividade: equipamentos médico-cirúrgicos, fármacos, gases medicinais, redes de gases medicinais,
software
Produtos em exposição: equipamentos médicos, instrumentos cirúrgicos, mobiliário hospitalar,
consumíveis, fármacos, software de gestão hospitalar, gases medicinais, redes de gases medicinais
Empresas representadas: BRAUN – Alemanha
Produtos: equipamentos médicos
SIEMENS – Alemanha
Produtos : equipamentos médicos
OLYMPUS – Japão
Produtos: equipamentos médicos
MINDRAY – China
Produtos: equipamentos médicos
LEICA MEDICAL DEVICES – Alemanha
Produtos: equipamentos médicos
KARL STORZ – Alemanha
Produtos: equipamentos médicos
G – SAMARAS – Grécia
Produtos: redes de gases
BAYER – Alemanha
Produtos: fármacos
AFA ANGOLA
Stand nº 33
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Comandante Valódia, nº 5, 1º andar, Porta 11, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 222444490 / + (244) 222442422 / + (244) 913403748
Email: [email protected]
Website: www.afa-ao.com
Contacto: Odília Baptista
Actividade: importação e comercialização de medicamentos, equipamentos médicos, radiológicos,
materiais hospitalares diversos
ANGOMÉDICA UEE
Stand nº 39
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua do Hospital Sanatório, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 928609370
Email: [email protected]
Contacto: Manuel Espada
Actividade: indústria farmacêutica
34
AUSTRALPHARMA
Stand nº 17
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Dr. Américo Boavida, 133, R/C, Ingombota, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 915170883
Email: [email protected]
Contacto: Patrícia Pereira
Actividade: Saúde
Produtos em exposição: diagnóstico, healthcare, farma
BFA - BANCO DE FOMENTO ANGOLA
Stand nº 9
Modalidade de participação: Patrocinador Prata
Endereço: Rua Amílcar Cabral, nº58, Maianga, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222638900 / + (244) 923120120
Email: [email protected]
Website: www.bfa.ao
Contacto: Ana Macedo / Ana Raquel
Actividade: banca
BANCO MILLENNIUM ANGOLA
Stand nº 4
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Cidade Financeira, Via 58, Talatona, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222632645
Email: [email protected] /[email protected]
Website: www.millenniumangola.ao
Contacto: Gisela Oliveira
Actividade: banca e financeira
BIAL Angola
Stand nº 14
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Belas Business Park, Edif. Malange, 2º andar, 202, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 947017419 / + (244) 929102233
Email: [email protected]
Website: www.bial.com
Contacto: Nuno Cardoso
Actividade: indústria farmacêutica
BLUEPHARMA GENÉRICOS
Stand nº 22
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Salvador Allende, nº 64, 1º E, Maculusso, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 921106296
Email: [email protected]
Actividade: medicamentos genéricos
Produtos em exposição: medicamentos anti-infecciosos, aparelho cardio-vascular, aparelho digestivo,
aparelho locomotor, sistema nervoso central, aparelho geniturinário, medicação anti-alérgica,
medicamentos não sujeitos a receita médica, dispositivos médicos.
Empresas representadas: BLUEPHARMA GENÉRICOS, SA; BLUEPHARMA INDÚSTRIA, SA
35
BP ANGOLA
Modalidade de participação: Patrocinador Prata
Endereço: Edifício Torres do Carmo, Torre 2, 10º andar, Rua Lopes de Lima,
Ingombotas, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 923479784
Email: [email protected]
Website: www.bp.com
Contacto: Adalberto Fernandes
Actividade: indústria de petróleo e gás
BPC – BANCO DE POUPANÇA E CRÉDITO
Modalidade de participação: Patrocinador Prata
Endereço: Rua Kwame Nkrumah, Edifício Import África, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222390141 / + (244) 246423000
Email: [email protected]
Website: www.bpc.ao
Contacto: Pedro César Quintino e Almeida
Actividade: banca
CICCI ANGOLA, LDA.
Stand nº 23
Modalidade de participação: Expositor
WWW.CICCIANG.COM
Endereço: Rua Fernão Mendes Pinto, 38-40, Luanda, Alvalade, Angola
Telefone: + (244)936272623 / + (244) 923302457
Email: [email protected]
Website: www.cicciang.com
Contacto: Peder Sidelmann; James Titelman
Actividade: importação e distribuição de produtos de saúde
Produtos em exposição: SD Bioline - testes de diagnóstico rápido, Duo Cotecxin – medicamento antimalárico, Permanet - redes mosquiteiras, Lifestraw, filtro de água
Empresas representadas: Standard Diagnostics Inc – Coreia do Sul
Marca: SD Bioline
Produto: testes de diagnóstico rápido
CONFIANÇA SEGUROS
Stand nº 3
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Prata
Endereço: Edifício Amílcar Cabral, nº 102 / 104, 4º B, Cod. Postal 12270, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222332921 / + (244) 943151516
Email: [email protected]
Website: www.confiancaseguros.co.ao
Contacto: Nataniel Fernandes
Actividade: seguradora
DAFRA PHARMA
Stand nº 28
Modalidade de participação: Expositor
36
Endereço: Luanda, Angola
Telefone: +(244) 924208179
Email: [email protected]
Website: www.dafrapharma.com
Contacto: João Francisco Xavier
37
Actividade: Produção, comercialização e promoção
Produtos em exposição: Coartesiane, Coarinate FDC, Artesiane, Artesiane Suppogel, Dafraclan, Dafrazol,
Cetafor, Cipronat, Duoskin creme, Fortalina, Loratol, Meronia, Parol, Pedifen, Pico, Sekrol, Terbinol
Empresas representadas: DAFRA PHARMA – Bélgica
Marca: Coartesiane
Produto: medicamento
Marca: Corianate FDC
Produto: medicamento
Marca: Sero
Produto: medicamento – Ambroxol
Marca: Loratol
Produto: medicamento – Loratadina
Marca: Dafrazol
Produto: medicamento – Omeprazol
Marca: Duoskin Creme
Produto: medicamento
Marca: Terbinol
Produto: medicamento – Terbinafina
Marca: Meronia
Produto: medicamento – Meropenem
Marca: Artesiane
Produto: medicamento – Arthemeter
Marca: Parol
Produto: medicamento – Paracetamol
ELNOR PHARMA
Stand nº 24
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua João de Barros, 42, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 924448099
Email: [email protected]
Website: www.elnorpharma.com
Contacto: Jignehs Dipakrai
Actividade: distribuidor de medicamentos, consumíveis e equipamentos hospitalares
Produtos em exposição: medicamentos de marca, medicamentos genéricos, kits de medicamentos
essenciais, anti-retrovirais, anti-maláricos, tuberculoestáticos, consumíveis hospitalares, mobiliário
hospitalar, equipamentos hospitalares, equipamentos de emergência
Empresa representada: IDA FOUNDATION – Holanda
Produtos: medicamentos genéricos
ESSO ANGOLA
Stand nº 2
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Prata
Endereço: Av. 4 de Fevereiro, Torres Atlântico, nº 197, 18º, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222679000 / + (244) 913641403
Email: [email protected]
Contacto: Márcia Nogueira
Actividade: indústria de petróleo e gás
FARMALOG, LDA
38
Stand nº 29
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Povoação do Musseque, Kikoca, Comuna da Barra do Dande,
Província do Bengo, Angola
Telefone: +(244) 944891234
Email: [email protected]
Website: www.farmalog.co.ao
Contacto: Sónia Pacheco
Actividade: importação e distribuição de medicamentos
Produtos em exposição: medicamentos e outros produtos da área da saúde, dispositivos médicos
Empresas representadas: NBC Medical
Produtos: Medicamentos e outros
SANOFI AVENTIS – África do Sul
Produtos: medicamentos
ASTRA ZENECA – África do Sul
Produtos: medicamentos
BIAL – Portugal
Produtos: medicamentos
BAYER HEALTHCARE – Portugal
Produtos: medicamentos
BLEUPHARMA – Portugal
Produtos – medicamentos
TECNIFAR– Portugal
Produtos: medicamentos
MEDINFAR – Portugal
Produtos: medicamentos
METRONIC – Portugal
Produtos: dispositivos médicos
FUNDAÇÃO LWINI
Stand nº 40
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Edifício do Ministério da Cultura, Av. Comandante Gika,
Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222 328 515
e-mail: [email protected]
Website: www.fundacaolwini.org
GENERIS FARMACÊUTICA, SA.
Stand nº 16
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua João de Deus, 19, 2780-487, Venda Nova, Portugal
Telefone: + (351) 219248210 / + (244) 916660404 / + (244) 940904064
Email: [email protected]
Website: www.generis.pt
Contacto: Roberto Fonte / Luis Monteiro
Actividade: fabrico e comercialização de produtos farmacêuticos
Produtos em exposição: material promocional
GLOBOMÉDICA – GESTÃO HOSPITALAR
E EQUIPAMENTOS, LDA.
Stand nº 27
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Via Expresso, antigo controle sentido Viana, Benfica, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 938219722 / + (244) 925265636
Email: [email protected]
Contacto: Suzana Santos / Amélia Armada
Actividade: comércio de equipamentos e medicamentos
39
40
GM LAB
Stand nº 36
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua da ex-Liga Africana S/N, Edif. Rei Katyavala,
Ingombota, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 926000601/701 / +(244) 926588830
Email: [email protected]
Website: www.gmlab-angola.com
Contacto: Jorge Areias
Actividade: laboratório de análises clínicas
HE FARMACÊUTICA
Stand nº 42
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Assalto Moncada, 12, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 931534915
Email: [email protected]
Website: www.hefarmaceutica.co.ao
Contacto: Andrea Ferraz
Actividade: saúde e bem-estar
Produtos e serviços em exposição: Avène, Uriage, Lierac, A-derma, Ducray, Elgydium, Nuk, Philips Avent,
Pedialac, Klorane, Butix, Beter, Pedi-relax
Empresas Representadas: PIERRE FABRE – Portugal
URIAGE – Portugal
LIERAC – Portugal
PEDIALAL – Portugal
BETER – Portugal
PHILIPS AVENT – Portugal
HOSPITEC, LDA
Stand nº 12 e 13
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Master
Endereço: Condomínio Talatona, Parq. Armazém nº 8, Luanda Sul, Angola
Telefone: + (244) 222408100 / + (244) 912550010
Fax: + (244) 222000667
Email: [email protected]
Website: www.webthl.com
Contacto: Pedro Pinheiro
Actividade: comércio de produtos, análises clínicas e raio X
INDÚSTRIA de CONFECÇÕES MARAVE
Stand nº 37
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Comandante Valódia, 290 C, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 227280581
Email: [email protected]
Contacto: Rosa Correia
Actividade: indústria têxtil
Produtos em exposição: lençóis, toalhas, batas, diversos
Indústria de Confecções
MARAVE
41
JOAIR INTERNACIONAL, LDA
Stand nº 26
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Lar do Patriota, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 924685066
Email: [email protected]
Website: www.joairinternacional.co.ao
Contacto: Cláudia Sambo
Actividade: importador/distribuidor de medicamentos
Produtos em exposição: Aprovel 150 mg, 28 comp.; Aspegic 1000, 1800 mg pó solução oral; Coaprovel
15 mg / 12,5 mg, 28 comp.; Depakine 300 mg/60 comp.; Rifatere 120 + 50 + 300 mg /60 comp.; Tussoral
xapore; Adalat 5 mg, 50 comp.; Adalat CR 30 mg, 28 comp.; Co-Arinate Júnior 100 mg + 250/12,5/3
comp.; Ibuprofeno 100 mg/5ml suspensão oral 100 ml; Artesiane – Artemeter 20 mg/15 comp.;
Artesiane_Artemeter 80 mg/10 comp.; Ciprofloxacina 500 mg/14 comp.; Ciproflaxocina 200 ml/100 ml
IV FR; Maralone 250 mg + 100 mg/12 comp.; Nolotil 575 mg/20 cápsulas; Reumon Gel 100 mg; Visine 10
ml solução oftalmológica; Zentel 400 mg/1 comp.; Zentel suspensão oral 20 ml.
JORNAL DA SAÚDE
Stand nº 6
Modalidade de Participação: Expositor
Morada: Rua Vereador Ferreira da Cruz, 64, Miramar - Luanda
Telefone: +(244) 945 046 312 / 932 302 822
Email: [email protected] / [email protected]
Website: www.jornaldasaude.org ; www.marketingforyou.co.ao
Contacto: Rui Moreira de Sá / Eileen Salvação Barreto
Actividade: Imprensa especializada em saúde. Jornal mensal distribuído gratuitamente aos médicos,
farmacêuticos, e público interessado. Audiência: 80 mil leitores.
LABCONCEPT
Stand nº 38
Modalidade de participação: Expositor
42
Endereço: Rua Joaquim da Graça, 94, Bairro Azul, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 932730724
Email: [email protected]
Website: www.labconcept.co.ao
Contacto: Carlos Vicente
Actividade: distribuição de equipamentos e medicamentos
Produtos em exposição: formação, equipamentos, medicamentos
Empresas representadas:
CLETRAINING – Angola
Produto: formação
ATLANTCONCEITO – Portugal
Produtos: medicamentos
ABBOTT – Alemanha
Produtos: equipamentos
ANALYTICON – Alemanha
Produtos: equipamentos
R-BIOPHARMA – Alemanha
Produtos: equipamentos
MEDEL – Alemanha
Produtos: equipamentos
ESTERIPLÁS– Portugal
Produtos: gastáveis
JMS – Portugal
Produtos: mobiliário hospitalar
LIDEL – EDIÇÕES TÉCNICAS
Stand nº 7
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua D. Estefânia, 183, R/C Dt., 1949-057 Lisboa, Portugal
Telefone: + (351) 211950040 / + (351) 916896888
Email: [email protected]
Website: www.lidel.pt
Contacto: Rita Annes
Actividade: edição de livros
LOGIPHARMA
Stand nº 33
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Av. Lenine, 7/9, Kinaxixi, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 928109943
Email: [email protected]
Website: www.logipharma-angola.com
Contacto: Riaz Mamomed
Actividade: comércio por grosso de produtos de saúde
Produtos em exposição: medicamentos, material hospitalar, consumíveis hospitalares
LYDA & CHARME
Stand nº 30
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Ouro
Endereço: Rua Francisco Sotto Mayor, Bairro Azul, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 941110011
Email: [email protected] / [email protected]
Contacto: Lucie Piassa / Paulina Semedo
Actividade: nutrição e estética
MEDIAG - ANÁLISES CLÍNICAS
Stand nº 31
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Largo Irene Cohen, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 923762875 / + (244) 916544341
Email: [email protected]
Website: www.clinicamediag.com
Contacto: Magda Morais
Actividade: saúde
MEDITEX, SERVIÇOS MEDICOS E FARMACÊUTICOS, SA
Stand nº 41
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua da Missão, 52, Ingombota, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 947606068
Email: [email protected]
Contacto: Irma Martinez Ajuria (Dir. Comercial)
Actividade: serviços médicos, estomatológicos e farmacêuticos
Produtos em exposição: serviços de especialidades clínicas, serviços de especialidades cirúrgicas,
serviços de meios de diagnóstico, farmácia, serviço de urgência 24 horas e ambulância, check up médico,
serviços estomatológicos, serviços oftalmológicos, serviços de internamento
43
MERCK
Stand nº 25
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Ouro
Endereço: 1, Friesland Drive, Longmeadow Business Park, Modderfontein, 1609, Johanesburg, South
Africa
Telefone: 0113725016 / + (27) 826014034
Fax: +(27) 11372-5252
Email: [email protected]
Contacto: Sandra Lambert
Actividade: farmacêutica
MOSEL, LDA.
Stand nº 19
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Prata
Endereço: Rua Pedro de Castro Van-Duném Loy, Palanca, Kilamba Kiaxi, Cod.postal 3205, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 923324291
Email: [email protected]
Contacto: Edisson Faria
Actividade: distribuição de produtos médicos e de saúde
Produtos em exposição: Nutribén – alimentação infantil; Interapothek – cosméticos infantis e adultos,
mobiliário de farmácia e hospitalar; Tecnyfarma, Indas – material gastável hospitalar, equipamentos
hospitalares e de farmácia, medicamentos
NEOFARMA, DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS
E COSMÉTICOS, LDA.
Stand nº 34
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Projecto Urbanístico Luanda Sul, Talatona, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222460393 / + (244) 923718653
Email: [email protected]
Website: www.neofarma.co.ao
Contacto: Luiz Viana
Actividade: distribuição de medicamentos
Produtos: medicamentos, gastáveis, equipamentos hospitalares
NOVARTIS
Stand nº 20
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Ouro
44
Endereço: Novartis South Africa (PTY) Ltd. Magwa Crecent West, Waterfall City, Jukskei View, 2090, South
Africa
Telefone: + (27) 113476656 / +(244) 927447057
Email: [email protected]
Contacto: Natascha Levin
Actividade: farmacêutica
Produtos em exposição: Portfólio da malária: Coartem 80/480 mg (6 comprimidos), Coartem D
(Dispersible) 20/120 mg (6 e 12 comprimidos). Portfólio Cardiovascular: Exforge e Exforge HCT; Diovan
e Co-Diovan (comprimidos). Portfólio da Dor: Cataflan 50 mg (20 comprimidos), Voltaren 100 mg (15
comprimidos e 10 supositórios), Voltaren 75 mg (20 comprimidos). Portfólio da Diabetes: Galvus e
Galvus Met (comprimidos).
A Termo-massagem está indicada para os casos de:
Benefícios da Termomassagem
Ceragem
Esta marquesa da gama Ceragem, cuida da coluna e
outras partes do corpo, que são beneficiadas, já que a
coluna é considerada a raiz do nosso corpo, porque é
dela que se origina e se distribui toda a ramificação
nervosa do corpo, responsável por todos os nossos
movimentos e funcionamento dos órgãos.
Sentimos redução do stress quando o projetor trabalha
vigorosamente dando alívio da tensão na cervical, culminando num bem estar calmante que proporciona um sono
reparador todos os dias.
A lombar é massageada até o cóxix, corrigindo a postura
dolorosa que adormece as pernas. Há correção da
escoliose, cifose e lordose que são curvaturas que deformam a postura e dificultam o simples ato de andar ou
sentar.
Desbloqueia energia canalizada, relaxando também
músculos ao redor da coluna, e atua com os seguintes
recursos: Quiropraxia, massagem, moxa-bustão e digitopressura.
A quiropraxia é o alongamento forte, que a medicina
utiliza e significa massagem para descontrair nervos
comprimidos, corrigindo o alinhamento da coluna, sendo
assim estimulado o sistema funcional devolvendo ao
corpo seu ritmo normal. A massagem atua no relaxamento muscular beneficia a circulação sanguinea, dando
uma sensação de leveza nas pernas.
Os discos pulposos de cartilagem que atuam como
amortecedores entre as vértebras se beneficiam com o
alongamento pois muitas vezes se encontram deformados
ou gastos (artrose).
Até a depressão e a ansiedade desaparecem, porque há o
estímulo das raízes nervosas produzindo mais serotonina,
hormona do bem-estar e da alegria.
O moxa-bustão é o aquecimento do projetor da pedra de
jade, que realiza atravéz do calor a limpeza dos vasos
sanguíneos, através da pressão nos pontos identificados
no corpo.
Tel. : +244 941 110 011
[email protected]
Rua Francisco Soto Maior nº 69 Bairro Azul
Luanda - Angola
123456789101112131415161718-
Dores no pescoço e costas
Artritis
Dor ciática
Choques
Diabetes
Fibromialgias
Torcicolo
Fadiga
Infertilidade
Disfunção sexual (impotência e distúrbios de ereção)
Tensão alta
Circulação sanguínea deficiente
Desordens metabólicas
Complicações da menstruação
Problemas dos rins e bexiga
Insóneas
Hérnias do disco
Sensação de formigueiro nos membros
Afinal, foi feita ocultando em seu interior as pedras de valor
inestimável em forma de cilindro, que dão saúde ao corpo.
Agende uma visita para o ajudarmos a tratar da sua coluna.
Estamos na rua Francisco Sotto Mayor Nº 69, Bairro Azul em
Luanda.
Contactos: 941-110011
OMR ORGANIZAÇÕES MAURO RUI
Stand nº 35
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua Che Guevara, 17, Viana, Angola
Telefone: + (244) 936024148
Email: [email protected]
Actividade: comercialização de equipamentos e produtos hospitalares
Pantone 5757 C
Web: 6C702D
Pantone 463 C
Web: 774D27
Pantone 1495 C
Web: FF8F12
Pantone 7599 C
Web: B73C24
Por um mundo melhor
PRESTSAÚDE - PRODUTOS MÉDICOS E HOSPITALARES, LDA
Stand nº 21
Modalidade de Participação: Expositor
Endereço: Rua 3, porta 22, Cassenda, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 912100562
Email: [email protected]
Website: www.prestsaude.com
Contacto: Vasco Fernandes
Actividade: importação, representação e distribuição de produtos médicos
Produtos em exposição: ACCU – Check Performa, monitorização da glicémia e bomba infusora
de insulina, lancetas de punção capilar, sistema de monitoramento de progressão do HIV/SIDA,
termómetros e tensómetros, dispositivos médicos diversos
Empresas representadas:
ROCHE – Portugal
Marca: ACCU-Check
MERK MILLIPORE – USA
Marca: Cell Analyser CD4
BSK MEDICAL – Portugal
Marcas: 3M, Braun, Hartmann
PROTTEJA SEGUROS
Stand nº 8
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua José Pedro Tuca, 32, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 933410113 / + (244) 933100149
Email: [email protected]
Website: www.prottejaseguros.co.ao
Contacto: Pedro Galha
Actividade: seguros
ROCHA MONTEIRO
Stand nº 18
Modalidade de participação: Expositor
46
Endereço: Rua Rainha Ginga, nº 69 , 1º Dt., Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222334394 / + (244) 222334397
Fax: + (244) 222332979
Email: [email protected]
Website: www.romo.co.ao
Contacto: José Couceiro
Actividade: comércio
Empresas representadas: LAOKEN – China
Produtos: descontaminador ambiental
AIR FREE – Portugal
Produtos: esterilização, desinfecção ambiental
AIR FREE – Portugal
Produtos: esterilização, desinfecção ambiental
SHALINA HEALTHCARE
Stand nº 15
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Ouro
Endereço: Rua do Cafaco, nº 1, 2º andar, salas B,C,D,E, Luanda, Angola
Tel.: + (244) 912900610
E-mail: [email protected]
Website: www.shalina.com
Contacto: Duarte da Conceição
Actividade: comercialização de medicamentos
Produtos em exposição: medicamentos, produtos hospitalares, produtos de higiene pessoa
SOCIEDADE MINEIRA DE CATOCA
Modalidade de participação: Patrocinador Prata
Endereço: Sector Talatona, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 222624700 / + (244) 940869352
Fax: + (244) 222624108
Email: [email protected]
Website: www.catoca.com
Contacto: Albertina Maria Pio do Amaral Gourgel
Actividade: diamantífera
SOCIFARMA, SOCIEDADE FARMACÊUTICA ANGOLANA, SA
Stand nº 11
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Master
Endereço: Rua Marien N’Gouabi, 45, Maianga, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 931535653
Email: [email protected]
Website: www. socifarma.com
Contacto: Filipe Cigarro / João Carlos Lopes
Actividade: importação, distribuição e logística farmacêutica
Produtos: medicamentos, consumíveis e equipamentos hospitalares, material de ortopedia ligeira
e pesada, dermocosmética e higiene corporal, produtos de puericultura ligeira e pesada, testes de
diagnóstico rápido, produtos de alimentação e higiene infantil, material de hospitalização domiciliária,
medicamentos veterinários, alimentação animal, acessórios para animais de pequeno, médio e grande
porte
SUPER FRESCO - INDÚSTRIA E COMÉRCIO ALIMENTAR
Stand nº 5
Modalidade de participação: Expositor
Endereço: Rua de Aveiro, 12
Telefone.: + (244) 948495670
E-mail: [email protected]
Contacto: Manuel Rodrigues
Actividade: indústria e comércio alimentar
Produtos: suplemento alimentar Allshanti
47
UNITEL
Stand nº 1
Modalidade de participação: Expositor e Patrocinador Ouro
Endereço: Sector C3, Via 22, Talatona, 3305, Luanda, Angola
Telefone: +(244) 923300203
Email: [email protected]
Website: www.unitel.co.ao
Contato: Carla Carneiro
Actividade: telecomunicações
UNIVERSAL SEGUROS, SA
Modalidade de participação: Patrocinador Prata
Endereço: Av. Pero Van-Duném Castro Loy, S/N, Luanda, Angola
Telefone: + (244) 226434550
Email: [email protected]
Website: www.universalseguros.co.ao
Contacto: Jessica Vonhaff
Actividade: Seguros
48
LISTA DE EXPOSITORES E PATROCINADORES
EXPOSITORES
Stand Nº
Acail Angola
Afa Angola
Angomédica UEE
Australpharma
Banco de Fomento Angola
Banco Millennium Angola
Bial
Bluepharma Genéricos
BP Angola
BPC
CICCI Angola
Confiança Seguros
Dafra Pharma
Elnorpharma
Esso Angola (ExxonMobbil)
Farmalog
Fundação Lwini
Generis Farmacêutica
Globomédica
GM Lab - Global Medical Laboratories
HE Farmacêutica
Hospitec
Indústria de Confecções Marave, Lda
Joair Internacional
Jornal da Saúde
Labconcept
Lidel - Edições Técnicas
Logipharma
Lyda & Charme
Mediag
Meditex
Merck
Mosel
Neofarma
Novartis
OMR
Prestsaúde
Protteja Seguros
Rocha Monteiro
Shalina Healthcare
Sociedade Mineira de Catoca
Socifarma
Superfresco
Unitel
Universal Seguros
Vanan
10
33
39
17
9
4
14
22
23
3
28
24
2
29
40
16
27
36
42
12 e 13
37
26
6
38
7
33
30
31
41
25
19
34
20
35
21
8
18
15
11
5
1
MODALIDADE DE PARTICIPAÇÃO
Expositor e Patrocinador Platina
Expositor
Expositor
Expositor
Patrocinador Prata
Expositor
Expositor
Expositor
Patrocinador Prata
Patrocinador Prata
Expositor
Expositor e Patrocinador Prata
Expositor
Expositor
Expositor e Patrocinador Prata
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor e Patrocinador Master
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor e Patrocinador Ouro
Expositor
Expositor
Expositor e Patrocinador Ouro
Expositor e Patrocinador Prata
Expositor
Expositor e Patrocinador Ouro
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor
Expositor e Patrocinador Ouro
Patrocinador Prata
Expositor e Patrocinador Master
Expositor
Expositor e Patrocinador Ouro
Patrocinador Prata
Patrocinador Prata
49
IH
IH
50
UP
A.D
A.D
8
5
7
6
UP
4
9
3
2
1
10
11
P.S.
20 25
29
30
31
24
27 33
28 32
22
26 34
21 23
MAIN ENTRANCE
12 13
14 15
16 17
18 19
SUB ENTRANCE
MÉDICA HOSPITALAR ANGOLA 2016
42
41
40
A.D
A.D
A.D
A.D
39
38
37
36
35
UP
FL : ±0
FL : +150
FL : ±0
FL : +150
FL : +300
FL : +300
0,56cm = 300cm
0,375cm = 200cm
P.S P.S
UP
SERVICE
ENT#2
ANGOLA 2016
SERVIÇOS
•
•
•
•
•
ACAIL
SAÚDE
•
•
•
•
•
•
Importação, comercialização e instalação de equipamentos médicos e hospitalares
Comercialização de material médico-cirúrgico
Comercialização de consumíveis e fármacos
Venda de ambulâncias marca Mercedes totalmente equipadas
(possibilidade 4x4)
Fabrico e comercialização de Gases Medicinais (Oxigénio, Ar, Azoto, Oxido
Nitroso, Hélio, Dióxido de Carbono)
Comercialização de garrafas e cestos de várias capacidades
Aluguer de tanques criogénicos
Estudo, elaboração de projectos e construção de Sistemas de Distribuição
de Gases Medicinais (Redes de Gases Medicinais)
Estudo e elaboração de projectos de Engenharia Hospitalar
Projectos de construção e instalação de armazéns de medicamentos
Assistência técnica pós-venda
Programa de gestão hospitalar que
organiza e optimiza todas as rotinas
das unidades de saúde, garantindo um
aumento da eficiência e eficácia na
prestação de cuidados de saúde e uma
diminuição de desperdício e custos.
SAÚDE SOMOS NÓS
A ACAIL está presente em Angola desde 2005,
contribuindo todos os dias para a melhoria
dos cuidados de saúde. Possuímos uma
gama alargada de produtos de alta qualidade
e garantida, trabalhando com equipamentos
de vanguarda das mais prestigiadas
marcas mundiais.
Composto por vários módulos permite uma utilização intuitiva, rápida, simples
e flexível de todas as necessidades das unidades de saúde, tais como:
• Triagem (Serviço de urgência, pré-consulta externa)
• Gestão de listas de espera para consultas e/ou cirurgias
• Gestão de internamento
• Controlo e planeamento dos tratamentos executados e/ou a executar
• Gestão de pedidos e agendamentos de exames e a centralização de informação de
vários tipos num único processo clinico
• Armazenamento de dados clínicos do Paciente em tempo real, criando processos
clínicos electrónicos centralizados
• Informatização do pedido, planeamento e processamento de análises clínicas,
e gestão do laboratório
www.acailangola.com/saude
[email protected]
947 845 147 / 922 327 152 / 927 791 220
Estrada Luanda – Catete, KM 23
Polo Empresarial de Viana - Luanda
• Gestão e controlo de stocks de consumíveis, material médico-cirurgico e fármacos
• Criação de Biblioteca digital de toda a documentação do hospital
• Gestão de manutenções de equipamentos e outros
• Registo e triagem de resíduos hospitalares
• Possibilidade de criação de portal online e centralização das comunicações,
permitindo a criação de endereços de email personalizados
Alto Patrocínio
REPÚBLICA DE ANGOLA
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO da SAÚDE
Organização
Expositores e Patrocinadores Master
Expositores e Patrocinadores Platina
Expositores e Patrocinadores Ouro
Expositores e Patrocinadores Prata
Patrocinadores Prata
Organização Feira Médica Hospitalar
Media Partners
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