Teoria Social III - IFC028249 (DO)

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Título da disciplina:
Teoria Social III - IFC028249 (DO) - IFC027239 (ME)
Professora:
Marcos Alexandre Albuquerque
No de Créditos:
4 (quatro), 60 horas, 15 sessões.
Período:
1º Semestre de 2016
Horário:
5ª feira, 9h às 13h
Local:
Sala 9017 Bloco A
Ementa:
Curso introdutório a (uma) Teoria Antropológica. A Teoria Antropológica clássica. O
Evolucionismo (as contribuições de Morgan, Tylor e Frazer). O Difusionismo. O particularismo
histórico e a crítica boasiana. A escola culturalista norte-americana. A perspectiva
funcionalista em Malinowski. A descrição etnográfica e o trabalho de campo. A Escola
Sociológica Francesa, seus marcos sociais, a concepção de ciência, o método sociológico e o
paradigma racionalista. A Antropologia Social Inglesa e o paradigma estrutural-funcionalista.
O paradigma estruturalista francês, seus marcos iniciais e pressupostos teóricos. O
Interpretativismo de Geertz e o paradigma hermenêutico nos EUA. Fronteiras Étnicas de F.
Barth. A noção de objetificação cultural. Pós-Colonialismo, pós-modernismo e teoria da
performance.
Programa de curso:
1ª aula - Apresentação do Curso
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. (1988). “Tempo e tradição: interpretando a antropologia”. Sobre o
Pensamento Antropológico, Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, MCT, CNPq.
2 ª aula: O Evolucionismo
CASTRO, Celso. (2005). Introdução. In: Evolucionismo Cultural. Textos de Morgan, Tylor e Frazer.
RJ: Jorge Zahar Ed.
A “Sociedade Primitiva” de L. Morgan
MORGAN, L. H. A Sociedade Primitiva. (1976). Martins Fontes. [Parte I caps. I e II e Parte 4].
Evolucionismo Inglês
TYLOR, Edward. “A Ciência da Cultura”. In: CASTRO, Celso (orgs.). Evolucionismo Cultural: textos de
Morgan, Tylor e Frazer. RJ, Jorge Zahar Editor, 2005.
FRAZER, Sir James George. (1982). O ramo de ouro. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. [Prefácio
de Darcy Ribeiro e Introdução de Mary Douglas, pp. 5-15 e caps. 3 e 4, pp. 34-52].
Leitura Complementar:
FRAZER, James G. 2005 (1908). “O escopo da Antropologia Social”. In: Castro, Celso (org.)
Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro, Zahar, p. 101- 127.
2 ª aula: Críticas ao evolucionismo
O particularismo histórico de Boas
BOAS, Franz. (2004). “As limitações do método comparativo da antropologia” e “Raça e progresso”.
In: CASTRO, Celso (orgs.). Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
CASTRO, Celso. (2005). Apresentação. In: CASTRO, Celso (orgs.). Antropologia Cultural. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar.
Desdobramentos boasianos
KROEBER, Alfred. (1970) [1917]. O superorgânico. In: PIERSON, D. (org.). Estudos de organização
social. São Paulo: Martins Fontes.
SAPIR, Edward. 1970 (1924). “Cultura ‘autêntica’ e ‘espúria’.” In: Pierson, D. (org.) Estudos de
organização social. São Paulo, Martins, pp. 282- 311.
Leitura Complementar:
BOAS, Franz. (2004). "Os princípios da classificação etnológica". In: STOCKING Jr., George W. (org).
Franz Boas - A formação da Antropologia americana – 1883-1911. Antologia. Rio de Janeiro:
Contraponto/UFRJ, pp. 85-92.
03 ª aula: O culturalismo norte-americano
Cultura e Personalidade
MEAD, Margaret. (1969). Os Mundugumor habitantes do rio. In: Sexo e Temperamento. São Paulo,
Perspectiva, pp. 163-225.
MEAD, Margareth. (1969). Introdução, 04ª Parte e Conclusão. In: Sexo e Temperamento. São Paulo:
Editora Perspectiva. 1969. pp. 19 a 27, 267 a 303.
BENEDICT, Ruth. (2009). O Crisântemo e a Espada: padrões da cultura japonesa. São Paulo:
Perspectiva. [Cap. 01, 02, 03, 12 e 13].
Leitura Complementar:
BENEDICT, Ruth. (1970) [1932]. Configurações de cultura. In: PIERSON, Donald (org.). Estudos de
organização social. São Paulo: Martins Fontes, pp. 312-347.
Filme: Série de curtas de M. Mead, 1930’s.
4 ª aula: O funcionalismo inglês
Malinowski e o trabalho de campo
MALINOWSKI, Bronislaw. (1978). Argonautas do pacifico ocidental: Um relato do empreendimento e
da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné, melanésia. São Paulo: Abril Cultural,
Coleção Os Pensadores, 1978. [Prólogo, Introdução e Cap. 03; pp. 15- 17, 31- 38, 71-86].
DURHAM, Eunice. (1986). Introdução. In: Malinowski [Coleção Grandes Cientistas Sociais]. São
Paulo: Ática.
Teoria da Cultura
MALINOWSKI, Bronislaw. [1922]. “Cultura como objeto de investigação científica”, “Definição mínima
da ciência para o Humanista”, “Conceitos e Métodos da Antropologia” e “O que é Cultura?”. In: Uma
teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1962.
MALINOWSKI, Bronislaw. (2003). Crime e costume na sociedade selvagem. Brasília: Editora UnB;
São Paulo: Imprensa Oficial do Estado. [Parte 01].
Leitura Complementar:
MALINOWSKI, Bronislaw. 1927. “Sexo e Repressão na Sociedade Selvagem”, in: A Vida Sexual do
Selvagem. [Cap. 01 e 05].
Funcionalismo e culturalismo: o ritual como meta-comunicação
BATESON, Gregory. (2006)[1936]. Naven: um esboço dos problemas sugeridos por um retrato
compósito, realizado a partir de três perspectivas, da cultura de uma tribo da Nova Guiné. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo. [trechos selecionados].
5ª aula: A Escola Sociológica Francesa
DURKHEIM, E. Sociologia da religião e teoria do conhecimento. In: Rodrigues. J.A. (org.), Durkheim,
E. (sociologia); Ática: São Paulo-SP; 1998. 147-160.
___________, E. Sistema cosmológico do totemismo; sociedade como fonte de pensamento logico.
In: Rodrigues. J.A. (org). Durkheim, E. (sociologia); Ática: São Paulo-SP; 1998. 161-182.
HERTZ, Robert. A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa. In: Religião e
Sociedade. Rio de Janeiro: Tempo e Presença. n.6, pp.99-128, 1980
MAUSS, M. Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. (1925).
Leitura Complementar:
DURKHEIM, E. - Algumas Formas Primitivas de Classificação - Ed. Ática, S. Paulo, 1978. 183-203.
MAUSS, Marcel. “As Técnicas do Corpo” (pg 401 a 422), in: Sociologia e Antropologia, São Paulo,
Cosac Naif, 2003.
6ª aula: A Antropologia Social Inglesa
RADCLIFFE - BROWN, A. R. O irmão da mãe na África do Sul [1924]. In: Estrutura e função na
sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973, p. 27 - 45.
____________________, A. R. Sobre O Conceito de “Função" Em Ciência Social. In: PIERSON,
Donald. 1970. Estudos de organização social – Tomo II: leituras de sociologia e antropologia
social. São Paulo: Martins. p. 220-230.
____________________, A. R. Estrutura Social. In: PIERSON, Donald. 1970. Estudos de organização
social – Tomo II: leituras de sociologia e antropologia social. São Paulo: Martins. p. 156-173.
EVANS-PRITCHARD, E.E. Cap. 3–Tempo e Espaço. Os Nuer: uma descrição do modo de
subsistência e das instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Editora Perspectiva. pp. 107150.
___________________, E.E. - A noção de bruxaria como explicação de infortúnios (Cap.13).
7ª aula: O “estrutural-funcionalismo” de Leach
LEACH, E. 1995 [1964]. Introdução. In Os Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: Edusp. pp.
65 - 80.
_______, E. Once a knight is quite enough: como nasce um cavaleiro britânico. Mana [online]. 2000,
vol.6, n.1, pp. 31-56. ISSN 0104-9313.
8ª aula: O Estruturalismo Francês
LÉVI-STRAUSS, C. A família. In: Shapiro, H. (org.) Homem, Cultura e Sociedade, pp. 304-332, Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura.
______________, C. Natureza e Cultura. In: As estruturas elementares do parentesco. São Paulo:
Vozes, p. 41-50.
______________, C. O problema do incesto. In: As estruturas elementares do parentesco. São Paulo:
Vozes, p. 50-63.
______________, C. (1955). “Uma Sociedade indígena e o seu estilo”. Tristes Trópicos. Lisboa:
Edições 70. pp. 165-184 .
Filme:
The Feast (1970). Dir.: Timothy Asch.
Leitura Complementar:
PASSETTI, Dorothea Voegeli. Lévi-Strauss, antropologia e arte: minúsculo - incomensurável. São
Paulo: EDUSP, EDUC, 2008. [páginas a escolher].
9ª aula: “A sociedade contra o Estado”
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
10ª aula: O Interpretativismo de Geertz
GEERTZ, C. 1978. O Impacto do Conceito de Cultura sobre o Conceito de Homem. In A Interpretação
das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores. pp. 45-66.
________, C. 1989. Uma Descrição Densa: Por uma Teoria Interpretativa da Cultura. In: A
interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, p. 13-41.
________, C. 1997. Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico. In: O
saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes. p. 85-107
________, C. 1989. Um jogo absorvente: notas sobre a briga de galos balinesa. In: A interpretação
das culturas. Rio de Janeiro: LTC.
Leitura Complementar:
GEERTZ, Clifford. (1997). “Arte como sistema cultural”. In: O Saber Local. Petrópolis: Vozes. pp. 142181.
Filme:
The Cockfight (1996). Dir.: Jud T. Marrs
“O Homem Elefante”, de David Linch
11ª aula: Fronteiras Étnicas de F. Barth
BARTH, Fredrik. (1998). Grupos Étnicos e suas Fronteiras. In: Poutigrat, Philippe e Streiff-Jenart.
Teorias da Etnicidade. São Paulo, Editora da UNESP.
_______, Fredrik. (2000). O Guru, o Iniciador e Outras Variações Antropológicas. Org. Tomke Lask,
trad. De Jonh C. Comerford. Rio de Janeiro, Contra Capa.
______, Fredrik. (1984). Problems of Conceptualizing Cultural Pluralism, with Illustrations from Somar,
Oman. In: MAYBURY-LEWIS, D. (ed.) The Prospects for Plural Society. The American Ethnological
Society.
A invenção de Tradições (Patrimônio Cultural e Nação)
HANDLER, R. (1984). On Sociocultural Discontinuity: Nationalism and Cultural Objectification in
Quebec. in: Current Anthropology Vol. 25 nº 1.
GONÇALVES, J. R. S. (2002). A Retórica da Perda: os discursos do patrimônio cultural no Brasil. Rio
de Janeiro: Editora UFRJ; Iphan. [Cap. 01 e 05].
Filmes:
O arquiteto e a cidade velha. Dir. Catarina Alves Costa.
As estátuas também morrem. Dir. Chris Marker & Alain Resnais (1953).
Cachoeira das onças. Vídeo nas Aldeias. Dir. Vincent Carelli.
12ª aula: Pós-Colonialismo
SILVA, Tomaz Tadeu da. (2003). A produção social da identidade e da diferença. IN: Silva, Tomaz
Tadeu da. (Org.) Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes. 2ª
edição. P. 73-102.
PRICE, S. (2000). Arte Primitiva em Centros Civilizados. Rio de Janeiro: Edufrj, pp. 46-62. + páginas a
escolher.
SPIVAK, G. (2010) [1985]. Pode O Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 133p.
BHABHA, Homi K. (1998). O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG.
HANNERZ, U. (1997). FLUXOS, FRONTEIRAS, HÍBRIDOS: PALAVRAS-CHAVE DA
ANTROPOLOGIA
TRANSNACIONAL.
In:
Revista
Mana.
[http://naui.ufsc.br/files/2010/09/Hannerz_Fluxos-fronteiras-h%C3%ADbridos.pdf].
Filmes:
Cannibal Tours (1988). Dir.: Dennis O'Rourke
Trobriand Cricket: An Ingenious Response to Colonialism (1976). Dir.: Jerry W. Leach
Leitura complementar:
SAID, E. (2007). Orientalismo - o Oriente como invenção do Ocidente. Trad. Rosaura Eichenberg.
Coleção Companhia de Bolso. São Paulo:Companhia das Letras.
13ª aula: Pós-Modernismo
CLIFFORD, James. (1998). Sobre a Autoridade Etnográfica. In: A experiência etnográfica:
Antropologia e Literatura no séc. XX. Org. José Reginaldo Santos Gonçalves. Rio de Janeiro: Ed.
UFRJ
JOHANNES, Fabian. O Tempo e o Outro: Como a Antropologia Estabelece Seu Objeto.
CLIFFORD, James, & MARCUS, G. Writing Culture The Poetics and Politics Of Ethnography.
MARCUS, G. (1998). Ethnography in/of the World System: The Emergence of Multi- Sited
Ethnography. In: George E. Marcus, Ethnography through Thick/Thin. Princeton: Princeton University
Press.
14ª aula: Teoria da Performance
LANGDON, Esther Jean. (2007). Performance e sua Diversidade como Paradigma Analítico: A
Contribuição da Abordagem de Bauman e Briggs. Antropologia em primeira mão. Florianópolis.
PPGAS/UFSC.
BRIGGS, Charles L. (1996). The Politics of Discursive Authority in Research on the "Invention of
Tradition". In: Cultural Anthropology, Vol. 11, No.4, Resisting Identities. (Nov., 1996), pp. 435-469.
SCHECHNER. R. (2012). A rua é o palco. In: performance e antropologia de Richard Schechner. Rio
de Janeiro; Ed. Mauad X, pp. 155-198.
Leitura Complementar:
DAWSEY, J. C. O Teatro Dos “Bóias-Frias”: Repensando A Antropologia Da Performance. In:
Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 11, n. 24, p. 15-34, jul./dez. 2005.
Filmes:
"Poro: intervenções urbanas e ações efêmeras". Dur.19:36.
Chica Chic: Carmen em performance. De Regina Müller. Dur.05:38.
The Couple in the Cage. Cuco Fusco e Paula Heredia.
Theatro Amazonas. Dir. S. Looker
4’33’’. De John Cage.
15 ª aula
Discussão dos Trabalhos Finais*
* O trabalho final é de temática livre, porém deve ser redigido em diálogo com os temas do curso.
Max. 15 pag.
[Leituras sugeridas:]
DERRIDA, Jacques. (2006). Gramatologia. São Paulo: Perspectiva.
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