xuxx ¡ yuxy = 0 Identicando A = x, B = ¡y /2 e C = 0, vemos que esta equação é hiperbólica se y = / 0, pois = B 2 ¡ AC = y2 > 0: 4 Assim, sua forma normal é dada por Uv w = F (v; w; U ; Uv ; Uw): Assumindo que existam transformações v = v(x; y) e w = w(x; y) tais que u(x; y) = U (v; w) e U seja dada pela forma normal, temos, por diferenciação: Ux = + Uxy = = Uxy = + Uxx = Uvvx + Uwwx Uv yvx + Uvvxy + Uwywx + Uwwxy [Uv vv y + Uv ww y]vx + [Uwvv y + Uwww y]wx + Uvvxy + Uwwxy [vxv y]Uv v + [wxw y]Uww + [vxw y + v ywx]Uv w + [vxy]Uv + [wxy]Uw [y $ x] [vxvx]Uv v + [wxwx]Uww + [vxwx + vxwx]Uv w + [vxx]Uv + [wxx]Uw Substituindo estas derivadas na equação diferencial original, temos: xuxx ¡ yuxy = + xUxx ¡ yUxy = + xf[vxvx]Uv v + [wxwx]Uww + [vxwx + vxwx]Uv w + [vxx]Uv + [wxx]Uw g ¡yf[vxv y]Uv v + [wxw y]Uww + [vxwy + v ywx]Uv w + [vxy]Uv + [wxy]Uw g = + [xvxvx ¡ yvxv y]Uv v + [xwxwx ¡ ywxwy]Uww + [xvxwx + xvxwx ¡ yvxwy ¡ yv ywx]Uv w + [xvxx ¡ yvxy]Uv + [xwxx ¡ ywxy]Uw = 0 0 0 0 Por comparação à forma normal, vemos que os coecientes de Uv v e Uww devem ser nulos, enquanto que o coeciente de Uv w deve ser 1 (ou uma constante não-nula). Assim, v e w devem ser tais que satisfaçam o seguinte sistema: 8 > < xvxvx ¡ yvxv y = 0 xwxwx ¡ ywxw y = 0 > : xvxwx + xvxwx ¡ yvxw y ¡ yv ywx = 1 ) 8 > < vx(xvx ¡ yv y) = 0 wx(xwx ¡ yw y) = 0 > : vx(xwx ¡ yw y) + wx(xvx ¡ yv y) = 1 As duas primeiras equações deste sistema fornecem quatro possibilidades para a determinação de v e w: (A) vx = 0 e wx = 0; (C) vx = 0 e xwx = yw y ; (B) xvx = yv y (D) wx = 0 1 e xwx = yw y ; e xvx = yv y: Note que as opções (A) e (B) são inconsistentes com a terceira equação do sistema, pois levam à contradição 0 = 1. Também, as opções (C) e (D) são simétricas pela substituição v $ w. Assim, ambas são equivalentes. De (C), temos: vx = 0 ) v(x; y) = v(y), xwx = yw y: Substituindo esses resultados na terceira equação do sistema, encontramos: vx(xwx ¡ yw y) + wx(xvx ¡ yv y) = 1 + ¡ywxv y = 1 + wx = ¡ 1 yv y Como sabemos, agora, que v = v(y) apenas, temos v y = v y(y) e podemos integrar esta equação com relação à x, para obter: w(x; y) = ¡ x + g(y); yv y em que g é uma função arbitrária de y apenas (constante da integração com relação à x). Substituindo, agora, este resultado na expressão [observe que esta é a única condição do sistema que ainda não foi utilizada] xwx = yw y ; temos: x x x ¡ + g(y) = y ¡ + g(y) yv y yv y x y + " # 1 1 x ¡ = y ¡x + g 0(y) yv y yv y y Uma vez que temos 1 yv y y = @ @ v + yv (yv y)¡1 = ¡(yv y)¡2 (yv y) = ¡ y 2 2 yy ; @y @y y vy " # 1 v y + yv yy ¡x = ¡x ¡y + yg 0(y): yv y y 2 v y2 Note que esta equação nos permite evidenciar (isolar) g 0(y). Mas, por consequência de ser uma constante de integração, g não depende de x e, consequentemente, g 0 não pode depender de x. Ou seja, a equação: " # 1 v y + yv yy 0 yg (y) = ¡x + yv y yv 2y implica 1 v + yv + y 2 yy = 0 yv y yv y 2 [Caso contrário, g 0 teria uma dependência explícita com x]. Multiplicando esta equação por y 2 v y2, temos y 2v yy + 2yv y = 0: Lembrando que já foi determinado que v depende apenas de y. Assim, esta é uma equação diferencial ordinária, cuja solução é v(y) = y ¡1 + : [Note que a equação y 2v 00 + 2yv 0 = 0 é uma equação de Euler com polinômio característico dado por r(r ¡ 1) + 2r = 0 ) r(r + 1) = 0 ) r1 = 0 e r2 = ¡1 ) raízes reais e distintas.]. Aqui, e são constantes arbitrárias. (Lembre-se que na dedução de formas normais, por tratarmos de funções que serão diferenciadas e substituídas em equações lineares e homogêneas, podemos sempre fazer, por simplicidade, as constantes multiplicativas iguais a 1 e as aditivas iguais a zero). Uma vez que determinamos v, temos v y = ¡y ¡2; e sabemos que g 0(y) = 0 ) g(y) = , obtemos w pela expressão: w(x; y) = ¡ x + g(y); yv y + x + w(x; y) = ¡ ¡ y y2 + w(x; y) = xy + : Logo, as mudanças de variáveis que reduzem a EDP dada à sua forma normal são ( = 1, = 0 = ): 1 v = v(x; y) = ; y w = w(x; y) = xy: Agora, para resolvermos a EDP, devemos escrever a forma normal, a partir desta mudança de variáveis, e resolvê-la. Substituindo v e w encontrados, de modo que vx vy vxx = vxy wx wy wxx wxy = = = = = = = 0 ¡y ¡2 0 y x 0 1 na equação, [xvxvx ¡ yvxv y]Uv v + [xwxwx ¡ ywxwy]Uww + [xvxwx + xvxwx ¡ yvxwy ¡ yv ywx]Uv w + [xvxx ¡ yvxy]Uv + [xwxx ¡ ywxy]Uw = 0 3 temos Uv w ¡ yUw = + 1 Uv ¡ U = v w + 1 Uv ¡ U = v 0 [v = 1/ y] 0 [integrando em w] [' é uma função arbitrária] '(v) Esta equação pode ser resolvida utilizando técnicas de EDO. Note que a solução da homogênea associada é vUv ¡ U = 0 ) U (v; w) = (w)v; em que é uma função arbitrária (constante de integração com relação à v). A solução particular é uma função (v) tal que 1 v ¡ = '(v): v Como ' é arbitrária, permanece arbitrária [Lembre-se que a solução particular de uma EDO independe de constantes arbitrárias assim, neste caso, a solução particular na variável v não dependerá da variável w]. Logo, a solução da forma normal é dada pela soma das soluções da homogênea associada e da solução particular: U (v; w) = v (w) + (v): Assim, nalmente, temos a solução da EDP: u(x; y) = U (v; w) + 1 v = ; w = xy y 1 1 u(x; y) = (xy) + y y Em que e são funções ordinárias arbitrárias. Denindo, apenas por elegância notacional, 1 ¡(y) = y , temos o resultado: 1 u(x; y) = (xy) + ¡(y): y Vericação: 1 @ @¡(y) 1 @ (a) @a ( (xy)) + = +0 y @x @x y @a @x 1 0 = (a)y y + = 0(xy) + = y 00(xy) = x 00(xy) ux = ux uxx uxy (a = xy) Substituindo na equação: xuxx = xy 00(xy) ¡yuxy = ¡yx (xy) + xuxx ¡ yuxy = 0 4 [Q:E:D:]