Complicações na Cirurgia de Catarata JUNIOR, Silas Machado Franco. Docente do Curso de Graduação em Medicina. CAMPELLO, Ricardo Marques. Discente do Curso de Graduação em Medicina. Palavras-chave: Complicações na Cirurgia de Catarata, Cirurgia de Catarata, Catarata, Intercorrências na Cirurgia de Catarata, Tratamento da Catarata. INTRODUÇÃO O olho é o órgão responsável pela visão, ele é formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico. O cristalino é uma estrutura biconvexa, avascular e transparente que se localiza entre a Iris e o humor vítreo, envolto por uma cápsula elástica e fixado pelas fibras zonulares (que formam o ligamento suspensor da lente) aos processos ciliares circundantes. A maior parte da refração é produzida pela córnea, mas a convexidade da lente varia constantemente, isso dependendo do estímulo nervoso que atua sobre os músculos ciliares modificando o formato da lente, levando a uma melhor focalização (acomodação), sendo a principal função do cristalino. 1,2 A catarata pode ser classificada em: congênitas (de aparecimento precoce ou tardio) e adquiridas que se subdividir conforme a localização (nuclear, cortical ou subcortical), sendo estas as mais relacionadas com a idade, ou conforme o grau de opacidade (imatura, madura ou hipermadura), ou decorrente a doenças sistêmica (sendo a diabetes melito a principal causa) ou secundária a alguma doença ocular primária (uveíte anterior crônica, glaucoma de ângulo fechado, entre outras) ou também pode ser decorrente a algum trauma (principal causa de cegueira unilateral em menores de 20 anos), mesmo sem perfuração, ou a uso prolongado de medicações, como corticoides e alguns colírios tópicos. OBJETIVOS Geral - Este trabalho visa reunir informações a respeito dos tipos de complicações na cirurgia de catarata, suas intercorrências, possíveis meios para evita-las, as mais relevantes e melhor terapêutica, além de informar sobre á catarata e sua evolução e diagnóstico. Específico - Analisar se o acidente está sendo conduzido adequadamente e observar se existe um decréscimo ou acréscimo na incidência destas complicações. Acadêmico - Apresentar requisito para obtenção do grau de médico na faculdade de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos. METODOLOGIA Realizou-se uma revisão bibliográfica, tendo como fontes os bancos de dados disponíveis – SciELO Brasil, MEDLINE, Livros texto e Manual da CBO, Livro Kanski, Oftalmologia Fundamentos e Aplicações por Harley E. A. Bicas e André A. H. Jorge - acerca dos conhecimentos atuais sobre as complicações na cirurgia de catarata. RESUMO A catarata, por definição, é qualquer opacidade do cristalino que não necessariamente afete a visão, podendo atuar em um olho, mas geralmente o acometimento é simétrico de ambos os olhos, sendo a principal causa de cegueira tratável nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde existem cerca de 45 milhões de cegos no mundo sendo os quais 40% devido à catarata. A terapêutica definitiva e curativa é a cirurgia, mas nos assintomáticos ou com visão pouco afetada, ou seja, nas fases iniciais, no intuito de melhorar a visão, o uso de óculos de maior graduação ou, usar uma luz mais forte, em algumas atividades, como na leitura, parece ajudar, mas não são considerados como tratamentos curadores. As complicações relacionadas à cirurgia podem ser divididas em per e pós-operatória, mas graças às técnicas atualmente empregadas, esse tipo de procedimento se tornou bastante seguro, porém não pode ser levado como um procedimento ausente de riscos, pois existe uma diversidade de alterações possíveis que podem interferir na qualidade de vida do paciente, então propomos uma avaliação dos fatores relacionados a essas complicações, suas possíveis consequências e os manejos no intuito de erradicar ou minimizar o prejuízo dessas alterações. CONCLUSÃO Podemos então compreender que as complicações são diversas, existem aquelas que são relativamente comuns, mas transitórias como o edema macular cistoide, as causas transitórias como o edema de córnea, mas também o paciente pode apresentar graves complicações, mesmo sendo raras, como a perda posterior de fragmento do cristalino e o deslocamento hemorrágico de coroide e aquelas que são muito graves, causando alterações importantes na qualidade de vida, como a endoftalmite. Em relação à frequência, existem aquelas que são mais frequentes, como a ruptura da capsula posterior e aquelas que ocorrem mais tardiamente, tendo como principais a opacificação da capsula posterior (o tipo de opacificação mais comum) e a capsulofimose. Todas essas complicações são possíveis de ocorrer, podendo aparecer durante o procedimento anestésico, tendo o bloqueio infundido maior risco, mesmo sendo mais eficaz, ou também durante ou após o ato cirúrgico, seja ele qual for, pois sempre haverá lesão ao endotélio corneano, mas, com base nas referências, evidenciamos que na facoemulsificção temos menor risco de complicações. Evidenciamos nesse trabalho que o risco para essas complicações depende de três fatores, que são: a experiência do médico cirurgião, um centro preparado e adaptado para o procedimento, e o acompanhamento pré e póscirúrgico. Caso um desses fatores esteja inadequado ou não seja praticado, o risco se eleva, vale lembrar também que há complicações que podem ocorrer muito tempo após o procedimento de correção, como o edema macular cistoide, então para a alta do paciente, sempre deve ser um ato acordado pelo medico especialista. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 – MOORE, Keith L.; II, Arthur F. Dalley. Anatomia Orientada para a Clínica. 5. ed. Philadelphia: Guanabara Koogan, 2006. 2 – ARIETA, Carlos Eduardo Leite. Cristalino e Catarata. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2002. 3 – KANSKI, Jack J. Oftalmologia Clínica. Elsevier. 6 ed. 4 – BICAS, Harley E. A.; JORGE, André A. H. Oftalmologia: fundamentos e aplicações. São Paulo, SP: Tecmedd, 2007. 5 – OFTALMOLOGIA, Conselho Brasileiro de et al. Catarata: Diagnóstico e Tratamento. AMBCFM, 2003.