Teoria Antropológica Clássica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Curso: ANT0001 - TEORIA ANTROPOLÓGICA CLÁSSICA
Professor: Carlos Guilherme Octaviano do Valle.
Horário: 3a Feira/15:00-19:00;
Ano: 2013 (1).
Ementa: O contexto de estruturação da Antropologia, destacando o evolucionismo, a
escola Boasiana, a Escola de Chicago e o interacionismo simbólico, a Escola Sociológica
Francesa, a Antropologia Social Britânica e o Estruturalismo Lévi-Straussiano.
Objetivos: O curso pretende que os alunos tenham um entendimento abrangente e possam
discutir de modo aprofundado sobre a formação, consolidação e desdobramentos da
teorização antropológica desde o século XIX. Haverá uma reflexão igualmente sistemática
sobre as metodologias de pesquisa antropológica, tendo em vista o recorte histórico
abarcado pelo curso. Pretendo articular os autores e as diferentes ‘escolas’ ou correntes
antropológicas com os contextos e questões sócio-históricas que lhes são pertinentes.
Quando possível, será realizada uma reflexão e articulação com a formação inicial da
Antropologia no Brasil.
Avaliação: Todos os alunos deverão apresentar seminários ao longo do curso – os demais
alunos deverão participar dos seminários com perguntas e comentários, sob coordenação do
docente. Como avaliação final, será ministrada uma prova.
Sessões:
1. Introdução ao curso. Ciências do Homem/Antropologia/Ciências Humanas?
ROSSI, Paolo. “Classificar”. In: O nascimento da ciência moderna na Europa. Bauru, SP:
EDUSC, 2001.
FOUCAULT, Michel. “Trabalho, vida, linguagem”; “O homem e seu duplo”. “As Ciências
Humanas”. In: As Palavras e as Coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
DUARTE, Luiz Fernando Dias. “A pulsão romântica e as Ciências Humanas no Ocidente”.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 19, n. 55, 2004.
1
PEIRANO. Mariza. “Uma antropologia no plural”. In: Uma antropologia no plural: três
experiências. Brasília: Ed. UNB, 1992.
Exibição do filme “Vênus Negra”, direção Abdellatif Kechiche. Aula Extra.
2. Evolucionismo I.
BURROW, John. W. “Introduction” e “Herbert Spencer”. In: Evolution and Society, a
study in Victorian social theory. Cambridge: Cambridge University Press. 1968.
MORGAN, Lewis H. “A sociedade antiga”. Em: Castro, C. (org.) Evolucionismo Cultural.
Textos de Morgan, Tylor e Frazer. RJ: Zahar Editor, 2005:41-66.
ENGELS. Friedrich. "Estágios Pré-Históricos da Cultura"; “A Família”; "Barbárie e
Civilização". Em: A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. RJ:
Civilização Brasileira, 1982:1-28;177-201.
3. Evolucionismo II.
TYLOR, Edward B. “A ciência da cultura”. Em: Castro, C. (org.) Evolucionismo Cultural.
Textos deMorgan, Tylor e Frazer. RJ: Zahar Editor, 2005.
FRAZER, James. “O escopo da Antropologia Social”. Em: Castro, C. (org.) Evolucionismo
Cultural. Textos de Morgan, Tylor e Frazer. RJ: Zahar Editor, 2005.
FRAZER, James. “O rei do bosque”, “A magia simpática”, “O ramo de ouro” e "Adeus a
Nemi". Em: Frazer, J. O Ramo de Ouro. RJ: Guanabara Koogan, 1982:20-31;34-46;242250.
4. Escola Sociológica Francesa I.
DURKHEIM, Émile. “Da divisão do trabalho social”. In: Comte/Durkheim. Os Pensadores.
Vol. XXXIII. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
FAUCONNET, Paul; MAUSS, Marcel. “Sociologia”. In: Ensaios de Sociologia. São
Paulo: Perspectiva, 1981.
MAUSS, Marcel. “Fragmento de um plano de Sociologia Descritiva”. In: Ensaios de
Sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1981.
2
MAUSS, Marcel. “Ofício de etnógrafo, método sociológico”. In: Cardoso de Oliveira
(org.). Mauss: Antropologia. São Paulo: Ática, 1979, pg. 53-59.
5. Escola Sociológica Francesa II.
DURKHEIM, Émile & MAUSS, Marcel. "Algumas formas primitivas de classificação".
Em: Rodrigues, J. A. (org.) Durkheim. Sociologia. SP: Guanabara, 1995:183-203.
HERTZ, Robert. “A proeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa”.
Religião e Sociedade, 6 (2): 99-128, 1980.
DURKHEIM, Émile. "Introdução: Objetivo da Pesquisa", "III. As crenças propriamente
totêmicas", V. Origem dessas crenças" e "Conclusão". Em: Durkheim, E. As Formas
Elementares da Vida Religiosa. SP: Martins Fontes, 2000:v-xxvii,138-154,166-188,457498.
VAN GENNEP, Arnold. "VI. Os Ritos de Iniciação" e "X. Conclusões". Em: Van Gennep,
A. Os Ritos de Passagem. RJ: Vozes, 1978:70-103;157-161
6. Crítica do Evolucionismo: Franz Boas (I) e a Antropologia Norte-Americana.
STOCKING, George W. “Introdução: os pressupostos básicos da antropologia de Boas”.
In: A Formação da Antropologia Americana, 1883-1911. Rio de Janeiro: Contraponto,
Editora da UFRJ, 2004.
BOAS, Franz. “As limitações do método comparativo da Antropologia” e “Os métodos da
etnologia”. Em: Celso Castro (org.) Antropologia Cultural. RJ: Jorge Zahar, 2004.
BOAS, Franz. “Introdução”; “As interpretações da cultura”; “A mente do ser humano
primitivo e o progresso da Cultura”. In: A mente do ser humano primitivo. Petrópolis:
Vozes, 2010.
7. Sociologia e Antropologia Britânica. Rivers e Malinowski. Difusionismo e
Funcionalismo
RIVERS “A análise etnológica da cultura"; “História e Etnologia”; "O método genealógico
na pesquisa antropológica". Em: Oliveira, R. C. (org.). A Antropologia de Rivers.
Campinas: Unicamp, 1991:51-70;155-178.
3
MALINOWSKI, Bronislaw. "Introdução", "III. Características essenciais do Kula",
"XIX.O Kula interior" e "XXII.O significado do Kula". Em: Malinowski, B. Argonautas do
Pacífico Ocidental. Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos
arquipélagos da Nova Guiné Melanésia. SP: Abril Cultural, 1984:17-34; 71-86; 335-344;
365-372.
MALINOWSKI, Bronislaw. "An ethnographic theory of language and some practical
corollaries". Em: Malinowski, B. Coral Gardens and their Magic. Volume II:
The
language of magic and gardening. London: George Allen & Unwin Ltd., 1935.
MALINOWSKI, Bronislaw. Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1978. [Capítulos selecionados]
8. Sociologia e Antropologia Britânica. Estrutural-funcionalismo II.
RADCLIFFE-BROWN, A. R. "Sobre o Conceito de Função nas Ciências Sociais"; "Sobre
a Estrutura Social"; “Os parentescos de brincadeira”. Em: Estrutura E Funão na Sociedade
Primitiva. RJ: Vozes, 1973:220-251.
EVANS-PRITCHARD, E. E. Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande. Rio de Janeiro.
Jorge Zahar Editores, 2005. [Capítulos selecionados]
EVANS-PRITCHARD, E. E. Os Nuer. Uma descrição de modo de subsistência e das
instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Perspectiva, 1978. [Capítulos
selecionados].
9. Etnologia Francesa. Marcel Mauss (II).
MAUSS, Marcel. “Ensaio sobre a Dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas”.
Em: Mauss, M. Sociologia e Antropologia. SP: Cosac & Naify, 2003.
MAUSS, Marcel & HUBERT, Henri. “Esboço de uma teoria geral da Magia”. Em: Mauss,
M. Sociologia e Antropologia. SP: Cosac & Naify, 2003:49-184.
10. Relativismo Cultural, Padrões de Cultura e Personalidade na Antropologia NorteAmericana.
BENEDICT, Ruth. Padrões de Cultura. Lisboa: Livros do Brasil. 19xx. [Ler prefácio de
Margaret Mead; Introdução de Franz Boas; cap. 1 – A Ciência do Costume; cap. 2 – A
4
diversidade de Culturas; cap. 3 – A integração da cultura; cap. 7 – A natureza da sociedade;
cap. 8 – O individual e o padrão de cultura.
MEAD, Margaret. "Os Tchambuli habitantes do Lago", "A padronização do temperamento
sexual" e "Conclusão". Em: Mead, M. Sexo e Temperamento. SP: Perspectiva, 2003: 229276;293-304.
SAPIR, Edward. “Cultura ‘autêntica’ e ‘espúria’”. Em: Donald Pierson (org.). Estudos de
Organização Social. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1970.
11. Comunidades, Mudança Cultural e Aculturação.
STOCKING, George W. “Antropologia em Chicago: a fundação de um departamento
independente – 1923/1929”. Em: Fernanda A. Peixoto; Heloísa Pontes; Lília M. Schwarcz
(orgs.). Antropologias, Histórias, Experiências. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
REDFIELD, Robert. “A ‘sociedade de folk’ e a cultura”. Em: Donald Pierson (org.).
Estudos de Organização Social. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1970.
REDFIELD, Robert. “The social organization of tradition”. In” ___ . Peasant society and
culture. Chicago: The University of Chicago Press, 1969.
12. Dinâmicas Sociais, Contato, Mudança: variabilidades, processualismo e história.
GLUCKMAN, Max. "Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna". Em:
Feldmann-Bianco, B. (org.) Antropologia das Sociedades Contemporâneas. SP: Global,
1987:227-344.
MITCHELL, J. Clyde. “A Dança Kalela: Aspectos de relações sociais entre Africanos
Urbanos na Rodésia”. Em: Feldmann-Bianco, B. (org.) Antropologia das Sociedades
Contemporâneas. [Edição Mais Nova]
TURNER, Victor. “Dramas sociais e metáforas rituais”. Dramas, campos e metáforas.
Niterói: Editora UFF, 2008.
LEACH, Edmund R. "Introdução”. “Parte I. O problema e seu cenário" e "Conclusão". Em:
Leach, E. R. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. Um Estudo da Estrutura Social Kachin.
SP: Edusp, 1996: 65-121; 321-333.
5
13. Estruturalismo Francês. Claude Lévi-Strauss (I).
LÉVI-STRAUSS, Claude. "I. Natureza e Cultura", "II. O problema do Incesto"; "III. O
universo das regras", "IV. Endogamia e Exogamia", "V. O princípio da Reciprocidade" e
"XXIX. Os princípios do Parentesco". Em: Lévi-Strauss, C. As estruturas elementares do
parentesco. RJ: Vozes, 2003: 41-107; 519-537.
LÉVI-STRAUSS, Claude. “A análise estrutural em linguística e antropologia”; "A Noção
de Estrutura em Etnologia". Em: Lévi- Strauss, C. Antropologia Estrutural I. São Paulo:
Cosac Naify, 2008.
14. Estruturalismo Francês. Claude Lévi-Strauss (II).
LÉVI-STRAUSS, Claude. “Introdução à obra de Marcel Mauss. Em: Mauss, M. Sociologia
e Antropologia. SP: Cosac & Naify, 2003.
LÉVI-STRAUSS, Claude. “O feiticeiro e sua magia”; “A eficácia simbólica”. Em: LéviStrauss, C. Antropologia Estrutural I. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
LÉVI-STRAUSS, Claude. "A ciência do concreto". Em: Lévi-Strauss, C. O Pensamento
Selvagem. SP: Papirus, 1989:7-90.
15. Estruturalismo Francês. Claude Lévi-Strauss (III).
LÉVI-STRAUSS, Claude. “Abertura”. Em: Mitológicas 1. O cru e o cozido. São Paulo:
Cosac Naify, 2004.
LÉVI-STRAUSS, Claude. “História e etnologia”. Em: Antropologia Estrutural I. São
Paulo: Cosac Naify, 2008.
LÉVI-STRAUSS, Claude. “História e dialética”. Em Lévi-Strauss, C. O Pensamento
Selvagem. SP: Papirus, 1989.
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