O arco-íris

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O arco-íris
As cores do arco-íris têm vários significados. Ficaram curiosos?
Então leiam com atenção.
Foi há muito, muito tempo, quando as galinhas tinham dentes, na cidade ArcoÍris que o meu amigo Gil me contou a tradição dessa cidade. Subimos ao cume
de uma montanha, saltámos para uma nuvem bem grande e começou a falar:
-Todos os dias, naquela pequena e maravilhosa cidade, para começar um novo
dia, aparecia um lindo arco-íris. Daí, o nome da cidade.
Sabias que cada cor do arco-íris representa um sentimento?
- Não! – Respondi eu admirada.
- Então vou contar-te.
O verde da relva, das plantas, de alguns vegetais é a cor da primavera e da
juventude, é a cor da esperança e da alegria.
O azul do mar, do céu, do Porto… é a cor da calma e da reflexão.
O roxo da Páscoa, das violetas… é a cor da riqueza e do poder.
O cor-de-rosa das rosas… é a cor da sensualidade e das coisas femininas.
O vermelho do Benfica, de corações… é a cor do amor e da paixão.
O cor de laranja dos raios de sol… é uma combinação entre o vermelho e o
amarelo, representa o ponto de equilíbrio entre a paixão do vermelho e a
espiritualidade do amarelo.
E por fim, o amarelo do sol, dos girassóis… é a cor da espiritualidade.
Naquela cidade, há uma cegonha que é carteira, e todas as cartas que ela leva
são da cor do arco-íris.
Quem tiver uma carta azul, por exemplo, vai ter uma carta relacionada com
essa cor.
O domingo era o seu único dia de folga.
Então, num domingo, de manhãzinha, a cegonha foi dar um passeio pelo
campo, onde nunca ninguém teve coragem de ir e encontrou um papel no chão
que dizia:
-“ QUANTO MAIS SE TIRA MAIOR FICA. O QUE É?
SE SOUBERES O QUE É FAZ ISSO POR BAIXO DOS TEUS PÉS”.
A cegonha não sabia o que era. Com um giz vermelho marcou o lugar
onde ela estava e foi ter com a velha coruja.
Passou por uma floresta cheia de violetas roxas, rosas vermelhas, margaridas
amarelas…
E finalmente encontrou a maior árvore da floresta. A árvore onde a coruja
vivia.
A coruja disse que era o buraco. A cegonha agradeceu e foi ter outra vez ao
campo.
Encontrou o X, que ela tinha feito, e começou a cavar com uma pá. No buraco
que tinha feito encontrou um papel que dizia:
-“DÁ QUATRO PASSOS EM FRENTE, DOIS PARA O LADO DIREITO, DEPOIS
SETE EM TESOURA E NOVE À CARANGUEJO. QUANDO CHEGARES AO FIM VAIS
ENCONTRAR UMA PISTA.”
A cegonha seguiu as instruções e encontrou a misteriosa pista que dizia:
-“CHEGASTE AO FIM DO ARCO-ÍRIS. CONTA 5 SEGUNDOS E UM DUENDE VAI
DIZER-TE O QUE TENS DE FAZER”.
Ela contou 5 segundos e o duende apareceu.
- Para ficares com o tesouro o meu nome tens de saber. Vou dar-te uma
ajuda, disse o duende.
Nas altas montanhas habito e muita gente divirto.
Queimo por ser tão fria, se me tocas até arrepia.
Qual é o meu nome?
A cegonha detestava o frio então disse que era a neve.
A cegonha ficou com o tesouro.
Gostei muito desta história… Passados uns anos, descobri que afinal a cegonha
era o meu amigo Gil.
MARTA RICARDO
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