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“... se você sentir que não está tirando o melhor de
uma música, mude de instrumento – mude de um
acústico para um elétrico e vice-versa...”
Mark Knopfler
os EQUIPAMENTOS
1
22
capítulo 1 • o equipamento
capítulo 1
GUITARRAS
O som elétrico chamou a atenção do público no início da
década de 1940, em parte graças aos músicos de jazz que
usavam guitarras semiacústicas de tampo abaulado para
produzir um som envolvente, amplificado e fechado, que
poderia manter-se contra o metal e a percussão das “big
bands”. Mas não foi antes dos anos 1950 que as guitarras
elétricas sólidas ganharam proeminência com o lançamento
de dois instrumentos de referência através de Leo Fender –
um talentoso e experiente engenheiro.
Com um único cutaway e um único captador na ponte, o
modelo Esquire de Fender tinha um timbre agudo vigoroso
que se adequava ao country e ao rock and roll primitivo.
Fender também criou uma versão mais sofisticada com o
mesmo formato de corpo, porém, com um captador
também no braço. Originalmente chamada de Broadcaster,
foi renomeada para Telecaster em 1951 e, assim, nascia
um dos mais versáteis e duradouros modelos de guitarras.
REFERÊNCIAS EM GUITARRAS ELÉTRICAS CLÁSSICAS
Fender Telecaster
Gibson Les Paul
Apesar de ser um dos modelos mais
antigos de guitarra, a Telecaster ainda é
um dos instrumentos mais versáteis e
usados no mundo. Conhecida por seu tom
brilhante, grande sustentação, design
robusto e praticidade, a “tele” é
particularmente adorada pelos músicos
country pela clareza do som, similar a de
um sino.
A Les Paul de 22 trastes tem um corpo
de mogno com um tampo de ácer entalhado
para acrescentar brilho ao som. Possui um
par de captadores humbucker PAF, o que
proporciona um timbre com nuances, mas
definido. Ainda está em produção, mas os
modelos contemporâneos apresentam
atualizações sutis, como um corpo com
espaços vazios para reduzir o peso.
Captador na ponte
O captador inclinado
da ponte da
Telecaster é
conhecido por seu
timbre agudo e
metálico.
Braço
de ácer
Captador
de braço
Humbucking
ou
single-coil
Ponte
A ponte do tipo
“tune-o-matic” permite
um ajuste preciso
da entonação de
cada corda.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Clareza do som
•Excelente tocabilidade
•Excelente instrumento de trabalho
•Um ícone do design do século XX
•Som de rock dominante
•Captadores quentes controlam os
amplificadores com facilidade
•Altamente eficiente para jazz e pop
•Controles de som e volume
destinados a cada captador
Escudo preto
Controles
robustos simples
Tampo de
ácer entalhado
Acabamento
“sunburst”
Braço
de mogno
GUITARRAS
EVOLUÇÃO DOS CLÁSSICOS
les paul
Nascido Lester William Polsfuss,
em 1915, o americano Les Paul foi um
guitarrista de jazz e country de sucesso
e também um inventor. Desenvolveu
sua primeira guitarra de corpo sólido
– “the log” (a tora) – antes de colaborar
com Gibson na criação do modelo Les
Paul. O instrumento foi construído com
um pedaço rígido de madeira (na
verdade, parte de um poste de cerca), e
apresentava ponte, braço
e captador.
Fender Stratocaster
Gibson SG
Lançada em 1954, a “Strato” é uma das
guitarras mais icônicas de todos os
tempos, servindo para quase todo estilo de
música. Seu trio de captadores de
single-coil oferece uma ampla variedade de
sons, e a maioria das variações apresenta
uma unidade compacta de vibrato. O timbre
da Strato é mais elástico e flexível do que o
da Telecaster.
Com cutway duplo em formato de
chifres diabólicos, corpo todo em
mogno sem muita profundidade e
tampo plano, a SG produz um som
rico e encorpado graças a dois
humbuckers PAF dispostos no braço
e na ponte.
Seletor de captador
O seletor de captador
de cinco modos
permite uma ampla
variação de
combinações
de sons.
Paleta
diferenciada
Braço
de ácer
Cutaway
duplo
Cutaway
Os cutaways duplos
profundamente
biseladas dão um
excelente acesso
aos trastes mais
altos da SG.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Adequada para quase todos
os gêneros
•Formato de corpo confortável
•Extremamente rígida e durável
• Excelente tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes
•Som envolvente e cheio
•Corpo leve de mogno
•Simples e eficaz
•Adequada para rock, blues
e, até mesmo, jazz
Corpo
em Alder
Formato
do corpo
desenhado
Captadores
humbucker PAF
duplos no braço e
na ponte
capítulo 1
Nos anos 1950, as dicas de talentosos guitarristas ajudaram a
modelar o desenvolvimento das guitarras. Gibson – fabricante com
um longo histórico de produção de violões com tampo abaulado
– desenvolveu seu próprio instrumento elétrico e convidou o
guitarrista Les Paul (ver o quadro à direita) para contribuir com o
design e emprestar seu nome ao modelo que foi lançado em 1952.
A resposta de Fender – a Stratocaster ou “Strato” – veio logo em
seguida. A Stratocaster possuía um timbre mais elástico e flexível
do que a Telecaster e provou ser imensamente popular, tornandose a mania de muitos guitarristas influentes, incluindo Hank
Marvin e, posteriormente, Jimi Hendrix.
23
Braço
em mogno
Marcadores
em forma
de coroa
O braço se une
ao corpo no
último traste
capítulo 1
24
capítulo 1 • o equipamento
As necessidades de mudanças dos músicos e a concorrência da
Fender incitou a Gibson a lançar um modelo redesenhado da Les
Paul em 1961. Este modelo tinha como característica o braço
mais fino e permitia ainda mais rapidez ao toque. No entanto, o
instrumento não conseguiu a aprovação de Les Paul e, assim, foi
renomeado de SG, ou Guitarra Sólida, em 1963, e logo virou um
clássico por mérito próprio.
As icônicas Telecaster, Stratocaster, Les Paul e a SG, deram
sequência e formam a maior linha de guitarras de corpo sólido da
atualidade e muitos dos desenvolvimentos posteriores, em termos
de design e funcionalidade, foram construídos com base nestes
instrumentos de 60 anos atrás. Porém, não podemos dizer que
esses dois fabricantes mantêm um monopólio. Os Beatles chegaram
ao seu som estridente com a guitarra 325 da Rickenbacker, um
instrumento que possuía um pouco da Fender ou da Gibson, e
muitas das guitarras de corpo sólido menos conhecidas dos anos
1950 e do início dos 1960 mereciam igual respeito.
GUITARRAS HOT ROD
No final dos anos 1970, uma nova geração de guitarristas velozes
e técnicos estava testando as limitações dos modelos antigos de
guitarras. Grover Jackson, um luthier americano, respondeu à
demanda por guitarras de rock “hot-rodded”, ostentando uma
tocabilidade extremamente rápida com o modelo Concorde,
concebido para Randy Rhoads. Guitarras similares de outros
fabricantes, como a marca japonesa Ibanez, deram sequência. Elas
REFERÊNCIAS EM GUITARRAS ELÉTRICAS MODERNAS
Ibanez Jem
Parker Dragon Fly
Esta guitarra referência mostra como a
modificação progressiva dos instrumentos do
tipo Stratocaster formou uma família por seu
próprio mérito – a “super strato”. Feita para o
virtuoso guitarrista de rock Steve Vai, e tendo
também sua participação parcial na criação, a
JEM foi primeiramente fabricada pela Ibanez
em 1988, e materializa muitas características
das “hot rod” para velocidade, modernidade
e técnica.
Uma pausa clara no pensar dos anos
1950, a Parker Fly original incorporou
materiais de composição e deu origem a uma
bem sucedida e crescente família de modelos,
como a Dragon Fly. Este instrumento é fino,
leve, surpreendentemente bem equilibrado e
pode produzir uma grande variação de
sons, graças a sua combinação flexível
de captadores.
Aparência
Os padrões
selvagens e a
pintura brilhante da
JEM sinalizavam um
afastamento real do
modelo de guitarra
clássica.
Braço com
24 trastes
Linhas
acentuadas
diferenciadas
Captadores
Captadores single-coil
e humbucker são
unidos por um
captador piezo na
ponte para simular um
som acústico.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Captadores “quentes” (saída alta)
•Ótimo para tocar rápido
•Versatilidade nos timbres
•Fácil acesso aos trastes altos
•Design leve e contemporâneo
•Hardware de última geração
•Versatilidade nos sons
•Aparência diferenciada
Alça
Corpo
em Alder
Braço fino de
ácer com
escala em
ébano
GUITARRAS
ELÉTRICAS EXÓTICAS
A evolução da guitarra já presenciou alguns modelos estranhos e
maravilhosos surgirem e desaparecerem: muitos destes eram
personalizados para especificações individuais, mas alguns foram
modelos principais de grandes fabricantes. Instrumentos como a
guitarra 331 da Rickenbacker do início dos anos 1970, que
incorporaram luzes de discoteca que piscam dentro do corpo, são
hoje memoráveis, principalmente por sua novidade. Outras guitarras
impressionantes, entretanto, misturaram visuais ousados com sons
deslumbrantes para se tornarem clássicos menores.
Flying V Modelo diferenciado da
Gibson, lançado em 1958, combinou
estilo moderno com som pesado. Foi
adotada por artistas como Marc Bolan
da T. Rex.
Line 6 Variax
A progressão no modelo das guitarras
dá um grande salto com modelos como a
Line 6 Variax: isso fica óbvio com a falta
dos convencionais captadores na guitarra.
A tecnologia digital sofisticada transforma
o sinal de um único captador piezo montado
na ponte em inúmeros timbres, com base
desde um Strato vintage a uma cítara ou
um banjo.
Controle
de Seleção
Isso permite ao
guitarrista
selecionar um
dentre os 25
diferentes timbres
da guitarra.
Captadores
humbucker
duplos
Braço de
ácer em
peça única
Braços
de ácer
Madeira
de freixo
sobre
corpo de
mogno
Corpo de
madeira
Korina
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Ótima versatilidade
•Afinações alternativas mais fáceis de serem realizadas do que em uma guitarra convencional
•Acompanha software que permite
edição de sons e configurações
Captador piezo
Eletrônicos
construídos
no corpo
Braços duplos A Gibson
EDS-1275, lançada em
1963, deu aos guitarristas a
chance de trocar rapidamente
de um som de 6 cordas para
um de 12 cordas. Jimmy Page,
do Led Zeppelin, a usava em
apresentações ao vivo da
faixa referência Stairway
to Heaven.
Corpo em mogno
capítulo 1
normalmente apresentavam alto volume de captadores
humbucker, unidade de vibrato com alavanca (ver p. 27 ) e braços
amplos e finos, para facilitar e possibilitar mais rapidez no
momento de tocar.
Recentemente, os fabricantes tentaram levar o modelo da
guitarra de corpo sólido além dos padrões básicos estabelecidos
nos anos posteriores à guerra. Alguns utilizam materiais
compostos de carbono para reduzir o peso e otimizar o tom,
outros se concentram no estilo dramático de curvatura com
funcionalidade inovadora, ou incorporam tecnologias de
modelagem digital para permitir que a guitarra produza grande
variedade de sons originais sem captadores magnéticos.
25
20
capítulo 1 • o equipamento
capítulo 1
GUITARRAS SEMIACÚSTICAS
Quando os músicos começaram a tocar para grandes
audiências no início do século XX, os fabricantes de violões
buscaram meios de aumentar o volume produzido pelo
instrumento. Os violões com tampo abaulado dos anos 1920
(ver p. 18-19), de algum modo, seguiram esta direção, mas o
advento dos captadores magnéticos e dos amplificadores
portáteis ofereceu o primeiro meio realmente eficaz de
projetar o som da guitarra.
Entre as primeiras guitarras semiacústicas de produção total
estava a ES-150 da Gibson da metade dos anos 1930, que
apresenta um captador de single-coil no braço. As
semiacústicas posteriores apresentariam captadores tanto no
braço quanto na ponte para maior versatilidade sonora,
enquanto o volume do espaço interior do corpo da guitarra
foi progressivamente reduzido com o tempo para um
manuseio mais fácil e um som mais bem definido.
REFERÊNCIAS EM GUITARRAS SEMIACÚSTICAS
GIBSON ES-175
Gibson ES-335
Lançada em 1949, ela é considerada
uma das primeiras guitarras semiacústicas
“clássicas”; como prova de sua qualidade
e som, continua sendo produzida.
Originalmente criada para guitarristas de
jazz. O timbre de “trompa” e a facilidade de
tocar próprios do modelo estimularam
uma nova geração de músicos de rock,
como Steve Howe do Yes, a adotá-la
décadas após seu lançamento.
Esta Gibson, lançada em 1958, é
considerada por muitos como o ápice do
modelo semiacústico. Foi usada em
incontáveis gravações clássicas do jazz, do
blues e do rock clássico. O segredo de sua
versatilidade é um bloco central sólido de
madeira colocado debaixo do tampo. Sua
solidez estrutural ajuda a suprimir o retorno
e produz um som definido.
Captadores
As guitarras Gibson
ES-175 ainda hoje
são vendidas.
Apresentam como
característica um
corpo de ácer e
dois captadores
humbucker.
A paleta
possui o
símbolo da
coroa da
Gibson.
Cutaway
diferenciado
Bocas em ƒ
As bocas em estilo
violino revelam
câmaras ocas
ressonantes
abaixo delas.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Corpo grande para som
quente e arejado
•Eficaz para blues e jazz
•O cutaway oferece fácil
acesso aos trastes
superiores
•Sons redondos de jazz
com captador no braço
•Arredondado clássico
•Perfeita para solos suaves
•Vulnerabilidade reduzida para retorno
•Cutaways duplos para acesso aos trastes altos
Ponte
Móvel
Captadores humbucker
na ponte e no braço
Braço fino
Escala em
jacarandá
Tampo
levemente
abaulado
guitarras semiacústicas
21
PLUGADAS OU NÃO?
capítulo 1
As guitarras semiacústicas de corpo oco, como as
Rickenbacker, preferidas de George Harrison (imagem à direita,
à frente) dos Beatles, podem ser tocadas “desplugadas”, mas
elas raramente são usadas desta maneira. Como as guitarras de
corpo sólido (ver p. 22-29), elas são criadas para serem tocadas
amplificadas e apresentam um ou mais captadores magnéticos.
Não são apenas mais leves do que as guitarras com corpo sólido
(tornando-as mais confortáveis de segurar e tocar), mas também
produzem um som mais redondo e amadeirado. As semiacústicas
que possuem pequenas cavidades dentro de um corpo sólido são,
às vezes, chamadas de instrumentos “com câmaras”.
Fender Thinline Telecaster
Taylor T5 Standard
A Thinline Telecaster é o modelo mais
sólido que uma semiacústica pode chegar.
Foi um progresso baseado no design de
uma guitarra mais compacta. Criada em
1968, a Thinline apresenta pequenos
ressoadores nos dois lados do bloco sólido
central, que modificam o timbre metálico do
modelo original Telecaster (ver p. 22) para
produzir um timbre mais aberto e amadeirado.
Este instrumento de última geração
do fabricante americano Taylor é um
modelo moderno que se assemelha ao
semiacústico. Externamente, lembra um
violão fino e tem a capacidade de produzir
tons acústicos fiéis. Porém, também pode
apresentar uma variação de timbres
elétricos, tornando-a adequada para uma
grande variedade de estilos musicais,
incluindo country e rock.
Chave seletora
de captador em
três posições
Posicionada no
meio, a chave
seletora combina os
dois captadores para
toques nos médios.
Braço de ácer
Escudo
perolado
Captadores
A T5 combina com três
captadores, incluindo
um sensível às
vibrações dentro
do corpo e um
humbucker empilhado.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Som de blues-rock enérgico
•Timbre aberto amadeirado
•Relativamente leve
•Finalização de alto brilho
•Autênticos sons acústicos
e elétricos
•Corpo fino
•Extremamente versátil,
com uma boa escolha
de sons
Boca com
Design Moderno
Captadores duplos
humbucker de
variação ampla
Corpo
totalmente oco
Braço em
mogno
Tampo
abaulado
18
capítulo 1 • o equipamento
capítulo 1
Violões
Os violões de hoje descendem dos pequenos instrumentos
com cordas de tripas construídos na Europa no século XIX.
Neste meio tempo, houve alguns saltos evolutivos. Em
1918, a empresa de guitarras Martin, nos EUA, desenvolveu
um novo modelo, chamado Dreadnought, que foi pioneiro
no formato de grande porte com ombros mais quadrados
que continua até hoje. Enquanto isso, alguns fabricantes
simplesmente aumentaram o formato ampulheta dos
modelos antigos para aumentar o volume.
O Super Jumbo 200 da Gibson, como o usado por Elvis
Presley, é um exemplo clássico. Os violões Archtop (fundo
abaulado) conseguiram melhor sonoridade com seus topos
convexos e sua construção revisada – enquanto os violões
ressoadores usaram partes metálicas para o mesmo efeito.
Hoje, muitos violões apresentam captadores acoplados, o
que significa que eles podem ser mais facilmente ouvidos
por um número maior de pessoas.
REFERÊNCIAS EM Violões
ramirez r2
MODELO SANTA CRUZ D
Este violão moderno se parece com
um violão clássico de 1850. Feito à mão
pela empresa do luthier espanhol José
Ramirez, em 1882, foi criado por um
músico clássico, mas seu ótimo equilíbrio
entre o som claro e envolvente tornou-o
popular entre muitos guitarristas.
Esta é uma versão moderna e muito
evoluída do modelo mais influente de
todos os tempos: o Martin Dreadnought.
Feito pelo prestigiado fabricante
californiano Santa Cruz, foi sutilmente
atualizado para manter a intensidade do
retorno de graves, enquanto intensifica
os agudos e médios.
Cordas de nylon
As cordas de nylon
dão ao instrumento
um timbre suave e
percussivo, bem
adequado ao
dedilhado (ver p.
190-91).
Braço
de cedro
Tampo sólido
de cedro
vermelho
Volume
O grande espaço
de ar no corpo dá
a este modelo um
bom volume de som.
Corpo grande
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Som quente e percussivo
•Cordas de nylon que
facilitam o dedilhado
•Adequado para música
clássica e popular
•Feito à mão com
acabamento excepcional
•Ferramenta versátil
para rock e pop
•Perfeito para
acordes palhetados
•Tom rico e cheio
Ponte de
jacarandá sólido
Tampo
de sitka
Braço
em mogno
Junções de
encaixe para
durabilidade
Violões
19
AS DOZE INCRÍVEIS
capítulo 1
Se você gosta da psicodelia e, especialmente, o folk-rock dos anos
1960, como Crosby, Stills, Nash and Young (à direita ), pode valer a
pena experimentar um violão de 12 cordas. Desenvolvidos no início do
século XX, estes instrumentos especializados possuem uma silhueta
similar a um acústico padrão, mas são construídos com mais peso para
aguentar a tensão extra gerada pelas seis cordas “de bordão” ultraleves
dispostas ao lado de seis cordas convencionalmente afinadas. Cada
uma das quatro cordas de bordão mais baixas tem a afinação ajustada
uma oitava acima de sua corda companheira, com as duas superiores
em uníssono, para produzir um tom com efeito shimmering que seja
perfeito para baladas ou estilos de blues vintage.
Godin 5th Avenue
delta tricone deluxe
Este violão tem tampo abaulado,
modelo lançado na era do jazz nos
anos 1920, para aumentar o volume.
Possui uma grande caixa de
ressonância e um topo curvado que
ajuda a projetar melodias solo.
Revivido por Godin, um fabricante
canadense, o estilo está renascendo.
Este violão ressoador da Delta é de
construção inglesa, mas tem as características
autênticas dos primeiros violões de
ressonância americanos dos anos 1920.
Diferentemente dos acústicos convencionais,
os ressoadores contam com cones metálicos
sustentados dentro do corpo que atuam como
ressoadores em vez de tampo, para converter
a vibração em som audível.
Estilo do Corpo
Feito de cerejeira
canadense, o
corpo possui o
topo e a parte
traseira
abaulados.
Braço de ácer
Escudo “flutua”
sobre o corpo
Construção
O Delta possui
trastes de níquel em
uma escala de Ébano.
Seu corpo em mogno
possui uma cobertura
de níquel.
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
PRINCIPAIS ATRIBUTOS
•Som autêntico de
jazz e rockabily
•Articulação de
nota única
•Construção de
qualidade e
excelente valor
•Som metálico evocativo
•Ótimo para slide do pontamento
•Volume
•Estética de tirar o fôlego
Tampo
abaulado
Braço de mogno
Corte que dá
acesso aos
trastes mais altos
Bocas
Boca em ƒ
no corpo
Pestana feita
de osso
Placa de
som de metal
Cones de metal
dentro do corpo
Corpo em
mogno
16
cAPÍTULO 1 • Os equipamentos
CAPÍTULO 1
ANATOMIA DE
UMA GUITARRA
Braço
Placa
Traseira
Comparando com um violão feito à mão, a guitarra é um instrumento
relativamente simples. Como o violão, ela tem um braço de madeira, mas seu
corpo geralmente é sólido ao invés de oco, e tipicamente feito de madeira de lei
rígida e durável (ver p. 24 ) – apesar de alguns instrumentos apresentarem
metais ou plástico. O som produzido
pelas melhores guitarras elétricas
pode ser tão complexo e
matizado quanto o dos
instrumentos acústicos.
Body shape
A guitarra possui
uma silhueta fina.
As placas na parte
traseira permitem
o acesso à fiação
para os captadores.
Visão da
parte de trás
Visão da lateral
Seletor de
Captador
Botão para alça
Ponte e Rastilhos
Jack de saída Um bocal padrão de
0,6 centímetros conecta a guitarra a
um amplificador através de um cabo.
Ponte E RASTILHOS
A ponte normalmente contém seis rastilhos
ranhurados que formam a extremidade inferior
do comprimento da escala (a região em que as
cordas podem vibrar livremente) com a pestana
formando a outra extremidade. A maioria dos
modelos é ajustável por altura e entonação.
Captador
de ponte
Captador
do braço
Controles de som e volume
CONTROLES DE SOM E VOLUME
O controle de som ajusta a quantidade de sons
agudos; na maioria dos modelos, o agudo é
reduzido girando-o no sentido anti-horário. O
controle de volume ajusta a força de saída da
guitarra. Na maioria das guitarras, a redução de
volume também tem um efeito colateral de
amortecimento do retorno dos agudos.
CAPTADORES
Corte
Contorno no
braço que
melhora o
acesso aos
trastes superiores.
Até três captadores magnéticos (ver no quadro
acima à direita) podem ser encaixados entre o
braço e a ponte, cada um produzindo um som
diferente do grave (braço) ao forte e agudo
(ponte). O seletor de captadores permite que o
guitarrista troque ou mescle os captadores.
ANATOMIA DE UMA GUITARRA
CAPTADORES
Sem o corpo ressonante oco, uma guitarra de corpo sólido não
consegue produzir um som claramente audível. Porém, um ou
mais “pickups”, também conhecidos como “captadores”, são
montados na superfície superior do corpo, entre a escala e a
ponte. Um sinal elétrico é gerado pelos captadores quando as
cordas da guitarra vibram; esta corrente é levada por toda a
guitarra através do amplificador (ver p. 34-37 ), que a transforma
em um som audível. As unidades de efeito que modificam o som,
como os pedais fuzz e wah-wah (ver p. 38-39 ), podem ser
posicionadas entre a guitarra e o amplificador ou o amplificador
pode incorporar uma variedade de efeitos que possam ser
controlados através de um pedal.
Um captador é um ímã envolto por uma bobina de fio de cobre. Quando
as cordas se movimentam, o campo magnético é alterado, induzindo
voltagem elétrica na bobina de cobre. Os designs antigos dos captadores de
single-coil possuíam um som claro e limpo, mas geravam um barulho
indesejado ou um “zumbido” quando colocados perto de outros dispositivos
elétricos. Na metade dos anos 1950, Seth Lover, engenheiro da Gibson,
desenvolveu uma configuração de captadores que eliminava este efeito e a
chamou de “humbucker”.
Cordas
Pinos
TIPOS DE CAPTADORES
Single-coil Estão associados a um
som claro. Seis cilindros, geralmente
feitos de alnico (liga de alumínio, níquel
e cobalto), concentram o efeito de
campo magnético nas cordas
individuais, assegurando que cada uma
seja ouvida no som global.
Humbucker Estes captadores
possuem um efeito que elimina os
zumbidos e estão associados a um
som mais pesado e uma saída
mais alta do que os captadores
de single-coil. O modelo mais
famoso é o PAF da Gibson.
Escala
Trastes
Pestana
Tarraxas
Pontos de Marcação Indicam as
posições no braço; os modelos variam
de pontos de plástico a mosaicos
ornamentados com madrepérola.
ESCALA
Jacarandá (Rosewood),Ácer (Maple) e Ébano são as
escolhas preferidas para as escalas das guitarras e
cada uma tem uma sutil diferença de tom. Os braços
das guitarras elétricas normalmente possuem 22 ou
24 trastes com o braço normalmente unido ao corpo
por volta do 18° traste.
PESTANA
Piezoelétrico Algumas guitarras
elétricas, como a Parker Fly, também
possuem este captador não magnético
sensível à vibração na ponte; ele
permite que o guitarrista simule o som
de um violão.
Uma barra de osso, grafite, bronze ou plástico;
a pestana prende e suspende as cordas para
que não encostem na escala. Pode haver uma
fenda para ligar as cordas ao mecanismo de
afinação (ver à direita) à pestana em um ângulo
que assegure o melhor contato entre elas.
CABEÇA
A cabeça suporta as tarraxas, que são usadas
para ajustar a tensão – e, portanto, também a
altura – das cordas (ver p. 58). As seis colunas
de afinação giram quando as tarraxas são
giradas, enrolando (apertando) ou desenrolando
(afrouxando) a corda.
cAPÍTULO 1
COMO FUNCIONA – EM RESUMO
17
14
CAPÍTULO 1 • OS EQUIPAMENTOS
CAPÍTULO 1
ANATOMIA
DE UM VIOLÃO
Os violões são a ferramenta perfeita para performances de composições e
improvisos e os melhores exemplos têm uma ressonância e uma complexidade
sonora que podem ser alcançadas por poucos instrumentos. Enquanto a maioria
dos violões é feita em fábricas, há luthiers (fabricante
de violões) em quase todos os países. Se você
tiver a chance de experimentar um violão
feito à mão, perceberá que ele tem uma
riqueza extra de timbre do som que você
não encontrará em muitos violões
produzidos em fábricas. A atenção dada
aos detalhes destes instrumentos tem
um preço, mas, se você decidir investir
em um, ele irá lhe servir
satisfatoriamente para a vida toda.
Braço
Fundo de
madeira
Forma do corpo
A forma do violão
e a madeira com
que é feito ajudam
a definir o som
Visão da parte
de trás
Tróculo
O braço normalmente
é unido ao corpo no
12º ou 14º traste;
um tensor interno
de metal ajuda a
dar rigidez.
Rastilho
Ponte
PONTE
Este é um bloco raso de madeira de lei preso na
“ponte”, dentro do violão, que distribui a tensão
das cordas pelo tampo. As cordas passam pelo
rastilho (ver à direita) e entram no corpo do
violão; elas são presas pelos seis pinos da ponte.
RASTILHO
Há uma barra semelhante à pestana na ponte
com as mesmas características da pestana (ver
na página seguinte ) no topo do braço. A
distância entre o rastilho e a pestana determina
a “extensão da escala” do violão – a região onde
as cordas podem vibrar livremente.
CORDAS
Visão da
lateral
Tampo
Escudo
O violão padronizado possui seis cordas, mas
violões de 12 cordas (ver p. 19 ) são uma alternativa
popular para os violonistas acústicos.
Originalmente feitas de tripas, agora as cordas são
fabricadas em nylon, polímeros ou ligas metálicas
(“cordas de aço”) para um som brilhante.
ANATOMIA DE UM Violão
CONSTRUÇÃO
TOCANDO
Cabeça
Pestana
Tarraxas
O corpo do violão é essencialmente uma caixa oca.
A parte de cima, ou o tampo, é feita de madeira forte e
leve, normalmente é usada a Sitka Spruce para os
violões de cordas de aço. Sua função é ressoar
livremente e gerar som (ver quadro à esquerda).
A parte de trás do violão e suas laterais curvas
têm uma função diferente: em vez de serem leves e
flexíveis, elas precisam proporcionar estrutura firme e
projetar o som para o ouvinte. Por estes motivos, elas
normalmente são feitas de madeira forte e densa,
como jacarandá ou mogno. O braço do violão
geralmente é preso ao corpo com um encaixe colado,
apesar de alguns fabricantes preferirem um design
aparafusado. Os braços de quase todos os violões
modernos contêm uma haste fina, ajustável, de
metal, conhecida tirante (truss rod ). É usado para
produzir uma forma ligeiramente curvada no braço
que facilita o tocar.
Escala
Marcas
de Posição
Trastes Estas barras
estreitas de fio de prataníquel dividem a escala.
ESCALA
Cobertura do
Tirante Esconde
a extremidade do
tirante de metal
que percorre toda a
extensão do braço.
Esta faixa estreita de madeira forma uma cobertura
sobre a superfície superior do braço e tem uma sutil
curva convexa de ponta a ponta ou “raio” para melhorar
a tocabilidade. Há de 18 a 20 trastes dispostos na
superfície da escala – barras de metais posicionadas
em intervalos cuidadosamente calibrados.
Tarraxas Mecanismo
de afinação
Ajustar as tarraxas estica
ou afrouxa as cordas – as
cabeças contêm mecanismos
que possibilitam fazer isso
de maneira fácil e suave.
Pinos
PESTANA
Esta barra de material rígido (tradicionalmente
osso) tem encaixes espaçados de maneira
uniforme, onde cada corda é posicionada.
Quando corretamente tensionadas, elas passam
pela pestana e percorrem toda a extensão da
escala, mantidas esticadas sobre a superfície.
CABEÇA
Esta placa angular de madeira é colada na
parte superior do braço com uma tampa
conhecida como paleta. Sua função principal é
abrigar os pinos. Eles traduzem a rotação das
tarraxas nos ajustes finos na tensão da corda.
CAPÍTULO 1
Quando um violão é dedilhado, a
vibração das cordas é transmitida da
ponte ao tampo. A superfície ampla e
flexível do tampo vibra junto com as
cordas e faz o ar ao redor do violão
movimentar-se, gerando o som. As
outras partes do violão com caixa de
ressonância também ajudam a projetar o
som. Por este motivo, um violão tem
mais volume do que uma guitarra
desconectada (que tem corpo sólido e
requer amplificação).
Cordas
15
12
cAPÍTULO 1 • OS EQUIPAMENTOS
capítulo 1
A guitarRA
PRIMÓRDIOS
É um instrumento incrivelmente versátil, tem algumas qualidades da percussão de uma
bateria, a beleza melódica de um violoncelo, a utilidade de um piano e ainda mantém uma
característica própria. Ela pode ser relativamente barata e simples de manter; além disso,
pode ser usada para produzir acordes e melodias com a mesma facilidade. Também é gentil
com erros, assim, mesmo o iniciante mais hesitante pode produzir melodias decentes com um
pouco de prática.
A história da guitarra se estende
por quatro séculos. No início do século
XVII, os exemplares feitos em Veneza
eram altamente ornados e tinham
quatro ou cinco pares de cordas feitas
de tripas. O design da guitarra
moderna foi desenvolvido no final do
século XIX, na Europa e nos EUA.
O INSTRUMENTO
Este capítulo oferece as informações necessárias para você
escolher e comprar a guitarra certa. Ele explora a construção
básica tanto dos violões quanto das guitarras e explica os
princípios pelos quais elas produzem som. Também examina uma
variedade de modelos – violão, guitarra semiacústica e elétrica
(ver p. 18-25) – mas, é claro, esta é apenas uma fração de um
imenso número de designs disponíveis. Você pode escolher, ou
almejar, um modelo específico porque é tocado por um músico que
você admira, mas lembre-se de que, quando se trata de guitarras,
além do design e do prestígio atrelado ao nome do fabricante, o
que conta é o som do instrumento.
O som é determinado pela complexa interação entre a estrutura
da guitarra e seus componentes (ver p. 26-29); assim, é essencial
testá-la antes de comprar. Faça de uma boa loja de instrumentos
musicais sua primeira escala; ela provavelmente se tornará um dos
seus lugares favoritos.
Jack White À frente do White Stripes, Jack White desenvolveu seu
distinto som cru com guitarras velhas e baratas combinadas com uma
série de pedais de efeitos.
Eric Clapton Um dos mais influentes guitarristas de todos os tempos, Clapton
desenvolveu vários sons diferentes para guitarra em sua carreira solo e com os
Yardbirds and Cream.
A GUITARRA
13
AMPLIFICADORES E ELETRÔNICOS
Joe Satriani Guitarrista virtuoso, Satriani tocou com a maioria dos
melhores do rock. Ele está trabalhando com o fabricante de guitarras
Ibanez no desenvolvimento de novos modelos do instrumento.
Bo Diddley Lenda do rhythm & blues e inovador técnico, Bo Diddley
teve um papel-chave na evolução do rock and roll, ganhando o apelido
de “O Criador”.
CAPÍTULO 1
capítulo contém um guia para uma variedade de efeitos que você
Se você for comprar uma guitarra, também irá precisar de um
pode usar para moldar o som de sua guitarra (ver p. 38-39).
amplificador para produzir qualquer som significativo. Não é
necessário gastar muito – um amplificador “prático” básico,
Entender como os vários tipos de amplificadores intensificam seu
pequeno, pode ser acessível – porém, da mesma forma que com
som e como o som é modificado quando você pressiona um pedal
sua guitarra, teste-o antes de
de efeitos o ajudará a fazer escolhas
comprar. Leve sua guitarra à loja (ou
com confiança ao comprá-los.
escolha o modelo mais próximo da
Este capítulo também inclui
sua) e a conecte em alguns
informações sobre as possibilidades
amplificadores para testar os
desenvolvidas para melhorar o som
timbres que eles podem gerar. As
digital: apesar de ser empolgante
páginas 34 a 37 vão orientá-lo sobre
para alguns, para outros não
os diferentes tipos amplificadores.
substitui o som cru de uma Fender
Sem dúvida, você também ficará
Telecaster ou a presença de palco
tentado pelo incrível número de
do Marshall stack. De qualquer
efeitos sonoros que se pode
maneira, inspire-se nos seus ícones
acrescentar ao seu kit básico. Esse é
da guitarra, mas também
um mundo de jargões – e, apesar de Corpos Sólidos A forma e o som das guitarras elétricas de hoje devem experimente desenvolver seu
muito aos guitarristas talentosos que trabalharam em parceria com os
você já ter uma ideia do que seja
próprio som.
fabricantes nos anos 1950 e 1960 para desenvolver novos instrumentos.
“reverb” e “overdrive”, este
A eletrônica moderna continua a dar forma ao instrumento.
1 Com sua inconfundível
guitarra Fender (apelidada de
“Soul Power”) alta e em uma rara
pose estática, Tom Morello
começa um riff da moda.
3
4
GRANDES MÚSICOS CONHECIDOS POR SEUS RIFFS
2
Pense em uma grande música de rock, por
exemplo, Back in Black do AC/DC. É quase
certo que é o riff insistente que surge na sua
cabeça primeiro, é gradualmente sobreposto
pelos solos de guitarra e pelos vocais.
Grandes mestres do riff, como os quatro
apresentados aqui, têm um talento instintivo
para combinar notas e ritmos em riff que lhe
capturam e ficam na sua mente o dia todo.
1
tom morello
Influenciado tanto pelo hip-hop quanto por músicos de rock
clássico, Tom Morello do Rage Against the Machine é um
ícone do riff moderno.
Músicas essenciais Killing In The Name
◆
Bombtrack
◆
Bullet In The Head
artistas semelhantes John 5 (Marilyn Manson)
◆
Matt Bellamy (Muse) ◆ The Edge (U2) ◆ Jonny Greenwood
(Radiohead) ◆ Jimmy Page (Led Zeppelin)
2
francis rossi
O cantor e guitarrista da banda britânica Status Quo usa
apenas um punhado de acordes para criar uma oferta infinita
de excelentes frases de rock and roll em estilo de blues.
músicas essenciais Carolina
Over The World
◆
◆ Down Down
Whatever You Want
◆ Rocking All
Artistas semelhantes Billy Joe Armstrong (Green Day)
Chuck Berry ◆ Billy Gibbons (ZZ Top)
DC; ver abaixo)
3
◆
◆
Malcolm Young (AC/
james hetfield
No mundo do metal, James Hetfield do Metallica é um dos
melhores músicos de riff, concebendo alguns dos mais
rápidos e cruéis sons do gênero.
Músicas essenciais Battery
Puppets
◆
◆
Enter Sandman
Artistas semelhantes Scott Ian (Anthrax)
Darrell (Pantera) ◆ Tony Iommi (Black Sabbath)
(Slayer) ◆ Dave Mustaine (Megadeth)
4
◆
Master of
Sad But True
◆
◆
Dimebag
Kerry King
malcolm young
A melhor banda de rock da Austrália, AC/DC, possui
guitarristas irmãos, com os solos de Angus Young
conduzidos pelos riffs ruidosos, violentos como o barulho
de um trem de Malcolm.
Músicas essenciais Back In Black
Rock (We Salute You)
Highway To Hell
◆
Hells Bells
◆
For Those About To
Whole Lotta Rosie ◆
◆
Artistas semelhantes Jimmy Page (Led Zeppelin)
Gibbons (ZZ Top)
◆
Joe Perry (Aerosmith)
◆
Billy
34
CAPÍTULO 1 • O INSTRUMENTO
capítulo 1
Amplificadores de Guitarra
Sem o amplificador, a guitarra não vai produzir nada além de um som acústico
fraco. Os captadores (ver p. 17) da guitarra geram uma tensão fraca, variável quando o
instrumento é tocado, o que requer um amplificador para transformá-la em sons
audíveis. Alguns amplificadores são projetados para se adaptar a situações específicas,
como gravação em estúdio ou ensaio, enquanto outros podem ser usados em qualquer
lugar, da sala de estar a grandes locais de apresentação.
Escolhas do Amplificador
Escolha seu amplificador
com o mesmo cuidado que escolhe
a sua guitarra. Até mesmo a melhor
guitarra irá emitir um ruído terrível
se associada a um amplificador de
má qualidade. Ao começar, tente
comprar um amplificador que irá
crescer com sua música em vez do
modelo mais barato.
Como os amplificadores funcionam
Combos e Stacks
O sinal gerado por uma guitarra passa por um fio condutor para a entrada
do amplificador. Ele entra na etapa “pré-amplificação”, em que é
aumentado em força antes de entrar na etapa “potência”, na qual o sinal é
aumentado mais uma vez, para um nível alto o suficiente para impulsionar o
cone do alto falante e gerar som. Os pré-amplificadores
e os amplificadores de potência são normalmente
inseridos em uma unidade física, mas também estão
disponíveis como unidades separadas.
Os primeiros amplificadores foram inventados na
década de 1930 e utilizaram as válvulas eletrônicas,
ou válvulas, da tecnologia do rádio; alguns ainda as
utilizam, mas é mais comum usarem o conjunto de
circuitos de estado sólido criado na década de 1960.
Os amplificadores de modelagem digital de hoje em
dia acrescentam uma grande quantidade de funções
aos controles de volume, som e ganho de
amplificadores valvulados e transistorizados (ver abaixo).
A maior parte dos amplificadores está alojada em um gabinete de
madeira compensada recoberto com vinil ou couro. Os amplificadores que
montam um ou mais alto falantes no mesmo gabinete do equipamento de
amplificação são conhecidos como “combos”. Em outros modelos, o
amplificador e os alto-falantes ocupam
gabinetes separados (conhecidos
respectivamente como “cabeçote” e
“cabo”), que são conectados por um
pequeno fio condutor, conhecido como
“stack”. Os stacks permitem que o músico
experimente vários alto-falantes e tenha
uma presença imponente tanto sonora
quanto visualmente.
Grandes sons Amplificadores de válvulas
pequenas com saída de menos de 20 watts
são ideais para ensaios e locais pequenos.
Comparações de Amplificador
AMPLIFICADORES VALVULADOS
AMPLIFICADORES transistorizados
AMPLIFICADORES HÍBRIDOS
AMPLIFICADORES DIGITAIS
Os modelos valvulados utilizam a
tecnologia de válvula eletrônica de
vidro dos primeiros amplificadores e
são os preferidos dos puristas.
O transistor, que revolucionou a
tecnologia do rádio, é usado em vez
de válvulas nos amplificadores de
estado sólido de tecnologia mais
avançada.
Uma criação mais recente reúne a
tecnologia de estado sólido e valvular,
utilizando as válvulas na etapa de
pré-amplificação e o conjunto de
circuitos de estado sólido na etapa de
energia e vice-versa.
Podem ser incorporados em uma
unidade de amplificação tradicional
ou usados em software que permita o
PC ou smartphone executar as
funções do amplificador.
Prós Geralmente são mais baratos,
seguros e duráveis que os
amplificadores valvulados. Você
provavelmente não vai precisar tocar
em um único componente eletrônico
do amplificador ao longo de sua
vida útil.
Prós Os amplificadores híbridos
combinam alguns dos sons agradáveis
associados aos amplificadores
valvulados com a segurança e o preço
reduzido associado aos amplificadores
de estado sólido.
Prós A modelagem digital permite
ao amplificador ou software imitar
os efeitos da guitarra e também
reproduzir as características
sonoras de vários amplificadores
clássicos, tanto os antigos quanto
os de última geração.
Prós Os fãs afirmam que produz um
som quente e rico que os
amplificadores transistorizados
(direita) não são capazes de produzir.
Os amplificadores valvulados também
têm mais volume que os modelos de
estado sólido da mesma potência.
Contras Geralmente são mais
pesados e mais caros que os
amplificadores de estado sólido. As
válvulas de vidro podem quebrar ou
estourar, por exemplo, se o
amplificador sofrer alguma pancada
durante o transporte.
Contras Podem não ter o tom
agradável dos amplificadores
valvulados e serem menos capazes de
penetrar no som da banda.
Contras Somente parte dos sons
dos amplificadores valvulados são
mantidos, mas juntamente com
todos os riscos de quebras de
válvulas e despesas de reposição.
Contras Alguns guitarristas acham
que a simples diversidade de escolhas
e a variedade de amplificadores
podem dificultar a escolha.
Comprando um amplificador
Antes de decidir comprar um amplificador,
faça uma avaliação honesta de quais são as suas
necessidades e então escolha o amplificador que
irá satisfazê-las de maneira efetiva.
Potência O guitarrista que toca em seu próprio
quarto não vai precisar de mais de 20 watts de
potência, mas, se estiver planejando tocar em
apresentações ao vivo em espaços de tamanho
considerável, você vai precisar de amplificação
de pelo menos 40-100 watts
Formato Amplificador valvulado,
transistorizado, híbrido ou digital? Cada
formato tem seus prós e contras (ver box à
esquerda). A sua escolha pode vir a ser
influenciada pelo preço e também pelo tipo de
música que queira tocar.
Extras Um amplificador pode fazer muito mais
que aumentar o som. Muitos amplificadores
vêm com efeitos pré-definidos, vários canais e
muitos outros dispositivos e aparelhos. Seja
realista quanto as suas exigências e não pague
pelo que não precisará ter.
Tamanho Se estiver considerando um módulo
grande, certifique-se de ter uma casa adequada
para ele. Garagens ou porões frios e úmidos
não são adequados. Pense também no
transporte, em termos de tamanho e peso.
Condição Pode ser um ótimo negócio comprar
amplificadores usados, mas sempre experimente
antes de comprar. Um aparelho novo pode ter
defeitos elétricos, enquanto um modelo antigo e
muito usado pode gerar grandes sons. Se estiver
inseguro, chame um técnico para examinar o
amplificador antes de comprar.
Componentes eletrônicos Teste todos os
interruptores, botões e quaisquer outros controles
do amplificador. Você precisa certificar-se de que
eles funcionam conforme o esperado, sem
quaisquer ruídos estridentes ou estalos que possam
indicar danos ou mal funcionamento interno.
Aumentar o volume Paul Weller, do
The Jam, se apresenta em frente a um potente
módulo da Marshall. Os equipamentos da
Marshall são procurados devido a sua
distorção característica.
36
CAPÍTULO 1 • O INSTRUMENTO
CAPÍTULO 1
ANATOMIA DO AMPLIFICADOR
Apesar dos amplificadores valvulados antigos oferecerem sons
excelentes, cada modelo tem sua própria característica. Então, se quiser mudar
o som que ele toca, você deve mudar de amplificador. Os amplificadores de
modelagem digital, como a bem sucedida série Spider da Line 6 superam isso
utilizando um processamento digital avançado para simular os sons dos
amplificadores clássicos e efeitos diversos em um aparelho.
Gabinete rígido
Funcionamento São
escondidas pelas redes de
alto-falantes tradicionais
ENTRADA
Indicadores
de canal
Entrada
Controle
de ganho
A entrada é onde o cabo da guitarra é
conectado e, geralmente, leva um padrão de
6,35mm Jack. Também pode ser usada para
uma unidade de rádio que recebe um
transmissor utilizado pelo guitarrista, para
apresentação sem cabo.
Controle de
efeitos
Os efeitos da
guitarra como o
tremolo e o fuzz no
amplificador eliminam
a necessidade de
unidades de efeito
externas.
Controles
de som
ESTILOS DE MÚSICA
Um amplificador de modelagem permite ao músico
selecionar, a partir dos estilos predefinidos, sons limpos à
distorcidos. As configurações aqui são baseadas no som
de modelos clássicos de amplificadores específicos das
empresas mais conhecidas.
Controle
de volume
Controle DE VOLUME
O volume principal ou ajuste de “saída” controla o
volume do som produzido pelo amplificador. Os
amplificadores de ensaio costumam ter uma saída
máxima de 20 watts, enquanto os amplificadores
de apresentação podem ter em 50 watts ou mais.
Este amplificador pode gerar 150 watts.
ANATOMIA DO AMPLIFICADOR
SOFTWARES ADAPTÁVEIS AO AMPLIFICADOR
Parte
Superior
Pré-definições Os
sons são modelados
em centenas das
melhores músicas e
se pode reproduzir
guitarristas de todos os
tempos. Você também
pode programar em
seus próprios estilos
pré-definidos.
Alça da parte
superior
Parte superior e Caixa
Os amplificadores de modelagem
potente são perfeitos para
apresentações de bandas cover,
já que eles podem reproduzir
diversos sons de guitarra.
CAPÍTULO 1
Os softwares de modelagem
agora podem reproduzir uma variedade
infinita de sons de guitarra. Este
software pode ser instalado em
computadores e, progressivamente, em
smartphones, permitindo que carregue
uma série de efeitos de amplificação em
seu bolso. Programas como iRig da
Amplitube (direita) têm interface gráfica
agradável que reproduz a “aparência” de
um amplificador de verdade.
Caixa
Tecido do
alto-falante
Alto-falante O tipo de alto-falante
mais comum nos amplificadores de
guitarra é a variedade de 305 mm,
que dá um bom equilíbrio de sons
agudos e graves. Os alto-falantes
de 254 mm e 355 mm em alguns
amplificadores produzem sons mais
claros e graves respectivamente.
CONTROLES DE SOM
Os controles de som determinam o quanto os
agudos, os graves e os médios podem ser ouvidos.
Acrescentar tons agudos irá realçar o tom. O extra
grave fornece uma estrutura mais completa para o
som, diminuir os médios gera um som metálico
gutural, aumentá-los gera um som mais puro.
37
CONTROLE DE GANHO
O botão “gain”, “drive” ou “overdrive” afeta o quão
limpo ou distorcido será o som do amplificador.
Uma configuração de ganho baixo produz um som
limpo adequado ao jazz, country ou pop; o ganho
alto produz um som altamente distorcido adequado
ao rock ou apresentação solo.
CONTROLES DE CANAL
A configuração de canais permite alternar
rapidamente entre os diferentes sons do
amplificador durante a apresentação. Na maioria
dos modelos, cada canal tem seus próprios
controles de som, ganho e volume, permitindo
moldar ainda mais o som que se produz.
78
sessão 2 • noções básicas
Sessão
2•1 DESENVOLVIMENTO DA PALHETADA
Maior rapidez e precisão na mão que segura a palheta cordas próximas, como antes, mas também cordas mais
e se movimenta entre as cordas com facilidade é algo
distantes. Use um metrônomo para esses exercícios, já que
que todos os guitarristas iniciantes ambicionam.
pouco adianta acelerar se sua palhetada está irregular.
Infelizmente não existem atalhos: essa habilidade exige
Também há algo novo para aprender: palhetada dupla.
tempo e estudo e é uma questão de repetir os exercícios Ela envolve a palhetada alternada da mesma nota duas
de palhetada até ficar satisfeito com o nível de precisão
vezes (ou mais). Essa técnica funciona bem em riffs de
que alcançou.
corda grave
e voz2solo;
criando&um
sompicking
preciso on
e 2 strings
TCGM_Session2_P03F01.mus
Session
- Outside
inside
Essa lição começa com exercícios
aprimoram
e
emocionante.
File que
Date:
11:11 15/7/10
The Complete Guitar Manual
ampliam sua técnica de troca de cordas,
utilizando
a
As
músicas
Parallel
Universe
do Red Hot Chili
Peppers,
Page 1 of 1
Contributor:
Jason
Sidwell
palhetada para fora e para dentroNotes:
que se[Description]
aprendeu
Wanton Song do Led Zeppelin
ou a versão de Paul Gilbert
Engraved by DigitalMusicArt.Com
anteriormente (ver p. 66). Você irá palhetar não só as
de I Feel Love são exemplos de palhetada dupla.
CAPÍTULO 3
Exercício 2.1.1 – Palhetada para fora e para dentro em duas cordas
Esse exercício irá melhorar
sua técnica de cruzar as cordas,
já que ele usa primeiramente a
palhetada por fora (compasso
1) e depois a palhetada por
dentro (compasso 2). Ensaie o
movimento lentamente no
começo para melhorar a
precisão, depois comece a
aumentar a velocidade.
N.C.
E
B
G
D
A
E
T
A
B
3
1
3
1
3
1
PALHETADA por FORA
Toque a nota D. Com o terceiro
dedo no terceiro traste da 2ª corda, dê
uma palhetada para baixo para um D.
Mantenha as cordas mais graves
silenciosas, abafando-as com a palma
da mão que usa a palheta. Tente
manter a consistência no volume de
todas as notas tocadas nesta barra.
3
1
3
1
3
1
3
1
3
1
3
PALHETADA por DENTRO
Toque a nota F. Depois da D,
coloque a palheta na posição logo
abaixo da 1ª corda. Coloque o dedo
indicador no 1º traste na 1ª corda e
dê uma palhetada para cima para
tocar F. Esses dois movimentos
juntos, o D depois o F, usam a
palhetada por fora.
Toque a nota G. Dê uma
palhetada para baixo na 1ª corda,
pressionada no 3º traste com o
terceiro dedo para tocar G. Após o
movimento para baixo, levante a
palheta e sobre a 1ª corda esteja
pronto para dar uma palhetada para
cima na 2ª corda.
Toque a nota C. Com o dedo
indicador no 1º traste da 2ª corda, dê
uma palhetada para cima para tocar
C. Esses dois movimentos juntos, o
G depois o C, usam palhetada para
dentro. Tente alcançar a mesma
velocidade ao tocar quando palhetar
por dentro e por fora.
File Date: 11:11 15/7/10
The Complete Guitar Manual
Page 1 of 1
Notes: [Description]
Contributor: Jason Sidwell
79
desenvolvimento
da palhetada
Engraved
by DigitalMusicArt.Com
Exercício 2.1.2 – Palhetada por fora e por dentro utilizando três cordas
Esse exercício irá testar
ainda mais suas habilidades
de utilizar cordas. Ele envolve
alternar entre a palhetada para
fora e para dentro com mais
frequência e pular cordas para
que dê a palhetada em cordas
mais distantes.
N.C.
E
B
G
D
A
E
T
A
B
1
3
2
3
1
2
1
PALHETADA por FORA
3
1
3
3
1
2
0
1
3
2
PALHETADA por DENTRO
TCGM_Session2_P04F03.mus
File Date: 11:11 15/7/10
Toque a nota A. Levante a
Pagelogo
1 ofacima
1 da 3ª corda, e,
palheta,
com
o segundo
dedo pressionando
Notes:
[Description]
a corda no 2º traste, dê uma
palhetada para baixo para tocar A.
Session 2 - Double picking
The Complete Guitar Manual
Toque a nota F. Pressione a
Toque a nota A. Levante a
Contributor:
Jason
1ª corda no 1º traste com o dedo
palheta, logo abaixo
da 3ªSidwell
corda, e,
indicador, depois dê uma palhetada
segundo dedo pressionando
Engravedcom
byo DigitalMusicArt.Com
para baixo para tocar F.
a corda no 2º traste, dê uma
palhetada para cima para tocar A.
CAPÍTULO 3
Toque a nota G. Pressione a
1ª corda no 3º traste com o terceiro
dedo, depois dê uma palhetada para
cima na 1ª corda para tocar G.
3
Exercício 2.1.3 – Palhetada dupla
Cada nota neste exercício é
palhetada duas vezes para
produzir o efeito de duplicação.
Existem dois padrões de
palhetada anotados sob a
tablatura. Ao adquirir habilidade
no primeiro (que começa com
um movimento para baixo) tente
o outro padrão para aumentar a
flexibilidade de sua palhetada.
N.C.
E
B
G
D
A
E
T
A
B
3
3
1
1
0
0
3
3
1
3
3
1
1
3
3
0
1
0
PRÁTICA & PROGRESSO
Faça o movimento para baixo. Dê uma palhetada
para baixo na 1ª corda, mantendo o movimento
controlado, o mínimo movimento da mão e a palheta
próxima à corda.
Faça o movimento para cima. Assim que a
palhetada para baixo estiver completa, dê uma
palhetada para cima. Certifique-se de que a palhetada
para cima não se arraste, reduzindo o seu tempo.
Tente acentuar a palhetada para
energizar as sequências de nota.
Ao dar a palhetada dupla para
baixo e para cima, tente atacar
mais o movimento para baixo para
que fique mais alto que o
movimento para cima. Isso irá
acrescentar interesse ao som.
Ensaie essa palhetada acentuada
lentamente no começo, antes de
aumentar a velocidade.
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
2.7
282
CAPÍTULO 4 • TORNANDO-SE UM ARTISTA
FAZER COVER DE MÚSICAS
E COMPOR MÚSICAS
Não importa o seu gênero musical preferido, saber tocar algumas
versões cover de músicas clássicas é uma habilidade útil e algo que
provavelmente vai-lhe popularizar junto ao público. Apurar o ouvido
para progressões de acorde e esquemas de música tocando covers é
também uma base sólida para escrever seu próprio material. Conhecer
as “regras” estabelecidas vai permitir que as quebre de forma criativa,
porém inteligente.
CAPÍTULO 4
MÚSICAS COVER
Achar música para tocar é fácil: as editoras especializadas em música
produzem versões de notações e tablaturas de uma enorme variedade
de músicas clássicas, frequentemente com solos além dos
acordes. Também há muitas coleções de músicas de artistas
famosos que são escolhidas por sua adequação à guitarra
sem acompanhamento. Visite a loja de discos de sua cidade
ou pesquise na internet e irá achar uma grande quantidade
de materiais.
Uma opção mais gratificante é usar o seu conhecimento de
acordes e ouvido para reproduzir como suas músicas favoritas
são tocadas. Apesar de poder ser frustrante no começo, pois é
necessário que ouça a música muitas vezes para acompanhar o
que está acontecendo, é bom para a disciplina. Essa técnica vai
sintonizar seus ouvidos às progressões de acorde comuns e vai
ajudar a revelar detalhes que os livros às vezes deixam passar.
Ao aprender desta forma, tente assistir filmagens das
apresentações de guitarristas que tocaram a mesma música, isso
pode possibilitar que se saia bem em alguns detalhes de
dedilhado mais sutis ou inspirar-lhe a produzir seus próprios
arranjos de trilhas clássicas.
ESCREVER LETRAS DE MÚSICA
Não há regras fixas quando se trata de escrever letras de
músicas. Você pode construir uma música em torno do
clima da letra que já escreveu ou compor uma
progressão de acorde atraente, depois escrever a letra
por cima. Deve-se lembrar que a letra de música não
tem que ser exatamente literária no uso da língua.
Enquanto artistas como Bob Dylan e Joni Mitchell
fazem de forma eficiente poemas ou contos em forma de
música, muitas das melhores letras de pop e rock são
subjetivas e quase intencionalmente obscuras.
As palavras e a
música As letras
de Bob Dylan têm
uma qualidade
poética e são
entoadas pela
música e sua voz
únicas.
FAZER COVER DE MÚSICAS E COMPOR MÚSICAS
ESCREVER MATERIAL ORIGINAL
Caso queira escrever músicas para apresentação solo, uma ótima forma de
começar é tocar sem compromisso as progressões de acorde e melodias com
um caderno de anotações ou gravador à mão. Tente encaixá-las na estrutura
do verso/refrão e acrescente seções novas como a clássica “oito compassos”
(ver abaixo). Acrescente um pouco de sofisticação na condução de vozes de
acordes comuns, algumas notas de passagem e ornamentos e estará no
caminho certo para escrever uma música perfeita. Caso grave em casa (ver p.
288-289), tente repetir fragmentos da música e tratá-los com efeitos como
base para composição.
Caso queira escrever para uma banda (ver p. 286-287), você pode tentar
o método colaborativo. Desenvolva uma frase ou riff interessante e o leve
para uma sessão de ensaios. Permita que os membros do grupo desenvolvam
seus próprios acompanhamentos, o que pode depois ser usado como ponto
de partida para a estrutura de uma música.
283
VARIEDADE RÍTMICA
Ao escrever músicas originais, é fácil demais se prender
às fórmulas prontos tipo 4/4 com ênfase no primeiro tempo.
Por que não experimentar tocar a progressão de acorde em
um ritmo ou figura de tempo alternativa (ver p. 50-51) como
a batida de reggae (ver p. 272-273) ou um ritmo de valsa
3/4? Você pode descobrir que fazer isso dá uma “sensação”
à sua música que pode até ser melhor que sua ideia original.
A troca de ritmos dentro da estrutura da música também
pode ser extremamente eficaz e é frequentemente
negligenciada como recurso musical. Músicas como A Day
in the Life dos Beatles demonstra até que ponto esta técnica
pode ser eficaz para criar drama e variação.
ESTRUTURA DA MÚSICA NA MÚSICA POPULAR
Introdução A introdução da música
deve chamar atenção do ouvinte e
estabelecer a personalidade da música.
Algumas pessoas fazem isso iniciando
diretamente no refrão sem a letra (tente
Song 2 do Blur) ou construindo a tensão
lentamente (por exemplo: I Heard It
Trough The Grapevine de Marvin Gaye).
Verso Serve para fixar um padrão
regular de acordes no qual a melodia e a
narrativa lírica podem ser construídas.
Um verso – uma unidade, digamos, de
oito compassos – pode ser repetido
para permitir que a “história” da música
se desenvolva mais (imagine
Scarborough Fair e outras músicas folk
fortemente narrativas) ou conduzir
suavemente para uma ponte ou refrão.
Refrão Esta é a parte mais
emocionante, culminante da música,
em que toda a tensão e o interesse
criados até aquele momento passam a
ser liberados. É tipicamente composto
de progressão de acordes triunfantes,
livres. Muitas músicas terminam com
um refrão repetido, às vezes com uma
mudança de tom para um “estímulo”
extra, como em Livin’ On A Prayer do
Bon Jovi.
Ponte A ponte atua como um elo
energizante entre a calma do verso e a
liberação do refrão – como que passando
a marcha no carro – e tem tipicamente o
tamanho de dois a oito compassos.
Algumas músicas têm um tema
“pré-refrão” que é instantaneamente
identificável, por exemplo, a nota única
semelhante ao código Morse em Starman
de David Bowie.
Média oito Este recurso de
composição ocorre frequentemente em
baladas, para transmitir uma “virada” na
narrativa antes da história da música
acabar. Conforme o nome sugere, tem o
tamanho típico de oito barras e
frequentemente contém uma mudança
importante. Um exemplo clássico pode
ser ouvido em Tequila Sunrise do Eagles.
EXEMPLOS DE ESTRUTURAS DE MÚSICAS
intro
VERSO
REFRÃO
REFRÃO
VERSO
The beatles
I want to hold
your hand
PONTE
VERSO
REFRÃO
REFRÃO
VERSO
Equilibrando o
interesse
Uma música pop de
sucesso, como I Want
To Hold Your Hand
dos Beatles, mistura
repetição com pontos
de interesse musical.
A repetição constrói a
familiaridade e ajuda
a fixar a música na
mente do ouvinte.
PONTE
OUTROS EXEMPLOS
Since U Been Gone: Kelly Clarkson
Verso Verso Ponte Refrão
Verso Ponte Refrão
Média oito Refrão Refrão Livin’ On A Prayer: Bon Jovi
Introdução Verso Verso Ponte
Refrão Verso Verso Ponte
Refrão Solo Refrão Refrão
(com mudança de tonalidade)
CAPÍTULO 4
Da mesma forma que uma boa
história tem começo, meio e fim, as
músicas inesquecíveis na
música popular contam uma
história através de sua
estrutura. As músicas unem
as seções – introdução,
verso, refrão, ponte e oito compassos –
que têm uma característica independente,
criando um senso de direção. Isso é algo
que todos nós entendemos instintivamente
e respondemos a isso quando ouvimos
músicas bem estruturadas.
308
CAPÍTULO 6 • RECURSOS: DICIONÁRIO DE ACORDES
DICIONÁRIO DE ACORDES
Nesta lista, você vai achar as formas de acordes fundamentais para acordes
maiores e menores e acordes de sétima, além de alguns acordes “apimentados”
selecionados em todas as 12 tonalidades. Cada tipo de acorde maior, menor e de
sétima é mostrado em suas cinco formas baseadas em CAGED diferentes.
A
Amaj7
A7
EXEMPLO 1
EXEMPLO 1
EXEMPLO 1
5
4
3
2
5
1
4
3
2
1
X
o
O
3
o
o
2
o
O
EXEMPLO 2
6
EXEMPLO 2
5
4
3
5
2
4
3
2
1
x
X
o
O
2
1
1
1
1
1
1
4
3
EXEMPLO 3
2
EXEMPLO 3
8
x
3
3
9
1
1
EXEMPLO 2
3
2
2
o
4
3
3
4
5
4
2
2
6
5
x
7
6
5
9
EXEMPLO 3
8
7
6
1
5
9
8
7
6
x
3
5
1
1
3
3
4
2
4
2
2
x
1
EXEMPLO 4
11
EXEMPLO 4
10
9
8
7
11
1
EXEMPLO 4
10
9
8
11
7
x
x
x
x
1
10
9
x
1
1
2
3
3
3
3
4
2
CAPÍTULO 6
EXEMPLO 5
EXEMPLO 5
12
7
x
4
13
8
11
10
9
13
EXEMPLO 5
12
11
10
9
x
4
4
3
14
13
12
11
10
x
x
3
3
2
1
1
1
1
2
4
1
x
309
ACORDES EM A
Am
Am7
EXEMPLO 1
EXEMPLO 1
Asus2
5
4
3
2
1
x
5
4
3
2
5
1
4
3
2
o
1
x
o
x
2
o
3
o
2
2
o
o
3
1
1
o
o
Aadd9
EXEMPLO 2
EXEMPLO 2
9
9
8
7
6
5
5
4
3
2
8
x
2
2
1
o
4
1
4
1
EXEMPLO 3
Asus4
EXEMPLO 3
8
7
6
5
3
o
3
4
6
x
x
1
9
7
1
9
5
8
7
6
x
5
5
4
3
2
1
x
1
x
o
3
2
3
3
1
4
1
o
1
4
EXEMPLO 4
11
A7sus4
EXEMPLO 4
10
9
8
11
7
10
9
8
x
x
x
3
2
1
x
o
2
o
4
2
2
o
3
EXEMPLO 5
EXEMPLO 5
11
3
4
4
12
4
1
1
13
5
7
x
10
14
9
A6
13
12
11
10
x
5
4
3
2
1
2
1
3
3
o
1
1
x
4
1
x
2
1
CAPÍTULO 6
x
4
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