português cida bispo 7º

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TIPO 2
PORTUGUÊS
CIDA BISPO
7º
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Orientações:
Não será aceita a utilização de corretivo;
não será permitido o empréstimo de material durante a avaliação;
use somente caneta esferográfica azul ou preta;
questões objetivas ou similares rasuradas serão anuladas;
avaliação escrita: valor: 7,0
A realidade do trabalho infantil
Pontuação
Av. Semanal (2,0)
Atividade(1,0)
Prova (7,0)
Total (10,0)
Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas,
desnutridas, sem educação básica, caminhando rumo a um futuro incerto e infeliz.
Os menores no Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas
malhas da prostituição e da exploração do trabalho infantil ─ que constitui um grave problema social.
A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de
aprendiz, situação permitida apenas a partir dos 12 anos. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve,
excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.
Além disso, é fundamental que a criança e o adolescente que trabalham tenham garantido o acesso à educação.
As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais e não têm direitos trabalhistas e benefícios
previdenciários garantidos ─ constituem o que se costuma chamar de “mão-de-obra invisível”.
Mas, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa mão-de-obra invisível forma no Brasil um
exército silencioso de 7,5 milhões de menores, que não têm infância e trabalham como adultos. A tragédia infantojuvenil no campo deve ser hoje a grande preocupação do governo federal. As crianças ingressam no trabalho a partir
dos 6 ou 7 anos. Trabalham em média dez horas, em troca de uma remuneração que varia de R$ 2,00 a R$ 6,00 por
dia. Tais valores são ainda menores se a mão-de-obra for feminina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente veio trazer, nesse contexto, uma grande contribuição, ao garantir
direitos específicos para a criança e para o adolescente e propor políticas integradas de atendimento.
Dentro de uma ação global, vale destacar o apoio à infância no campo da educação, a exemplo da bolsa-escola,
implantada pelo governo do Distrito Federal, que garante a permanência da criança em sala de aula através da
remuneração à família. Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental: lugar de criança é junto à
família em escola.
Benedita da Silva
Senadora pelo PT do Rio de Janeiro, é membro da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Senado Federal destinada a investigar o
trabalho infantil no Brasil.*
SILVA, Benedita da. A realidade do trabalho infantil. Folha de S. Paulo; In: DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro ─ Cidadania hoje e amanhã. 7.
Ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 35.
*Dados referentes ao ano de 19997, data da publicação do artigo.
01.
O que acontece com as crianças que não recebem assistência em seus lares? (0,5)
Acabam nas ruas, caindo na prostituição ou sendo exploradas no trabalho infantil.
02.
Por que o texto define os menores trabalhadores como “mão-de-obra invisível”? (0,5)
Porque as crianças e os adolescentes que trabalham não aparecem nas estatísticas oficiais, não tenho direitos
trabalhistas ou benefícios.
03.
No texto, qual é o primeiro verbo que evidencia a presença de quem escreve? (0,5)
O verbo quero.
04.
Reescreva as frases extraídas do texto, substituindo os termos em destaque por palavras ou expressões que
tenham significados semelhantes: (0,4)
a) “...caindo nas malhas da prostituição...”
caminhos
b) “As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais...”
coleta de dados
c) “...não têm direitos trabalhistas e benefícios previdenciários garantidos...”
do conjunto de leis de proteção ao trabalhador
d) “Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental...”
relação mútua de circunstâncias que acompanham um fato ou uma situação/regra.
Leia o anúncio abaixo para responder a questão 05:
05.
Os termos viver e sonhar estão ligados por duas conjunções coordenativas: ou e e. (0,6)
a) Indique a relação que cada uma delas estabelece entre esses termos.
Ou estabelece uma relação de exclusão; e, de adição.
b) Que ideia o ponto de interrogação acrescenta à primeira frase?
A ideia de dúvida.
c) A segunda frase responde à questão proposta pela primeira e termina com ponto final. O que o ponto final
expressa na segunda frase?
Uma declaração, o resultado de uma escolha.
06.
Ligue as orações a seguir, relacionando-as de acordo com a indicação entre parênteses. Evite repetir conjunções
e faça as adaptações dos verbos, quando necessário. (1,0)
a) Mamãe encontrou a casa arrumada. Ela ficou surpresa. (tempo)
Quando mamãe encontrou a casa arrumada, ficou surpresa.
b) Os pais dos alunos chegavam. A diretora e os professores os encaminhavam para o anfiteatro. (proporção)
À medida que os pais dos alunos chegaram, a diretora e os professores os encaminhavam para o
anfiteatro.
c) Ele subiu de cargo. Ele se mudou para São Paulo. (condição)
Se ele mudasse para São Paulo, subiria de cargo.
d) O menino entende de informática. O pai entende de informática. (comparação)
O menino entende tanto de informática quanto o pai.
07.
Leia esta tira. (1,0)
a) No primeiro quadrinho, Hagar conta a Hamlet, seu filho, uma ação habitual que acorria no passado. Quais
verbos indicam isso?
Era, tinha.
b) Em sua primeira fala, Hagar faz uma afirmação sobre as crianças de hoje. Em que modo e pessoa o verbo
está flexionado?
O verbo são está flexionado no modo indicativo, na terceira pessoa do singular.
c) A certeza expressa nessa afirmação corresponde à realidade? Por quê?
Não, pois o filho dele também anda cinco milhas até a escola – ou seja, as crianças “de hoje’, no momento
da enunciação da tira, não são mais mimadas do que as de ‘antigamente”.
d) No segundo quadrinho, qual verbo mostra a reação de Hamlet à sua afirmação? Em qual modo e pessoa
do discurso esse verbo está flexionado?
O verbo tenho. Ele está flexionado no modo indicativo, na primeira pessoa do singular.
08.
Leia o seguinte poema, de Paulo Leminski. (0,9)
Minha mãe dizia
─ ferve, água!
─ pinga, pia!
─ frita, água!
─ e tudo obedecia.
Paulo Leminiski. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense. 1993.
a) Nesse poema, o eu lírico faz uma brincadeira com ações habituais de sua mãe, ocorridas no passado.
Explique: em que consiste essa brincadeira?
A brincadeira consiste em afirmar que as coisas não aconteciam como consequência das ações da mãe –
ferver a água, fritar o ovo e abrir a pia - , e sim como se esses objetos magicamente atendessem às suas
ordens.
b) Quais verbos presentes nesse poema expressam ordens?
Os verbos ferve, frita e pinga.
c) Em que modo foi flexionado o verbo do ultimo verso? Por que foi empregado esse modo verbal?
No modo imperativo.
09.
Leia este trecho da autobliografia da escritora Ana Maria Machado. (0,9)
Primeiras histórias
Verão e Manguinhos exigem um capítulo à parte. Sem eles eu não escreveria o que escrevo. Foram a
principal fonte na qual me alimentei de histórias e do prazer de ler pela vida afora.
Sempre que podíamos, nos reuníamos na casa de meus avós maternos, em Vitória, para o Natal ─
que nunca, em hipótese alguma, dispensava entre os presentes alguns livros e Almanaque do Tico-tico [...] E,
logo depois [...], nós todos íamos para Manguinhos, uma praia selvagem e quase deserta num povoado de
pescadores [...].
[...] Tinha mar na porta, árvores no quintal, mata nos fundos, riozinho para pescar, carroça, animais,
frutas. Um monte de livros, que ninguém dispensava levar, era um troca-troca de dar gosto...
Ana Maria Machado. Esta força estranha: trajetória de uma autora. São Paulo. Atual, 2006.
a) O texto acima faz parte de uma autobiografia. Como a autora avalia as lembranças do passado?
Transcreva do texto trechos que justifiquem sua resposta.
A autora avalia suas lembranças do passado positivamente. “Tinha mar na porta, árvores no quintal, mata nos
fundos, riozinho para pescar, carroça, animais, frutas. É um monte de livros, que ninguém dispensava levar
uma boa provisão e era um troca-toca de dar gosto...”
b) Escreva em que tempos verbais do modo indicativo estão conjugados os verbos destacados.
Foram – pretérito perfeito / alimentei – pretérito perfeito / podíamos – pretérito imperfeito / reuníamos –
pretérito imperfeito / dispensava – pretérito imperfeito / íamos – pretérito imperfeito / tinha – pretérito
imperfeito / era – pretérito imperfeito.
c) Cite um trecho em que a autora tenha utilizado o pretérito perfeito. Por que foi utilizado esse tempo verbal?
Justifique.
“Foram a principal fonte na qual me alimentei [...]” Pelo uso de verbos no pretérito perfeito, sabe-se que as
ações ocorreram e foram concluídas no passado.
10.
Veja a charge abaixo e diga o que você sabe sobre o assunto retratado. Para facilitar seu trabalho, escreva
pequenos períodos respondendo as perguntas: Sobre o que ela fala? É um problema atual? Como ele afeta sua
vida? Há solução para o problema? (0,7)
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Bom desempenho!
Beijos!
KA/GS/AP
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