O “BINGO DAS FRAÇÕES” COMO AUXÍLIO PARA O APRENDIZADO

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O “BINGO DAS FRAÇÕES” COMO AUXÍLIO PARA O
APRENDIZADO
Bárbara M. Fabris; Gilvan S. de Oliveira, Jusiara de Lima, Leonara S. Jantsch, Rafael M. dos
Santos, Analice Marchezan
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Farroupilha – Câmpus Santa Rosa
Introdução
Há uma grande preocupação com a educação e com o processo ensino e
aprendizagem, no Brasil, na disciplina de Matemática, na qual os alunos não
têm apresentado um bom aproveitamento do que lhes é ensinado. Em função
disto, com o auxílio do jogo, a intenção de contribuir com a melhora da
compreensão dos alunos com determinado conteúdo. No projeto PIBID,
utilizamos o jogo para melhorar a aprendizagem dos educandos e aqui
relatamos uma experiência vivenciada em uma oficina, envolvendo frações,
onde o jogo utilizado foi o Bingo das Frações.
A experiência com o “Bingo das Frações”
Os métodos de ensino estão sendo foco de análises de diversas áreas,
especialmente na área da Matemática, pois o ensino e aprendizagem por si
só, utilizando o modo tradicional, não oferece resultados efetivos em muitos
conteúdos evidenciados na disciplina.
Os conteúdos de matemática são variados e se tornam mais
compreensíveis para o educando com auxílios metodológicos variados. O
professor deve ser capaz de analisar o conteúdo a ser proposto
antecipadamente e decidir qual a melhor forma de trabalhar, fazendo com que
os educandos se sintam engajados e entusiasmados na busca do
conhecimento através de significados bem como nos traz Ruth Ribas
Itacarambi :
...a aprendizagem como construção de conhecimento tem o
pressuposto de que o ato de conhecer está associado ao de dar
significado, o que é muito diferente ao do uso os signos. Dar
significado a um objeto de conhecimento é estabelecer relações entre
ele (objeto) e os demais conhecimentos do sujeito, ou seja, seus
esquemas de conhecimento e o meio sociocultural. Então construí
conhecimento é criar uma rede de significações entre o objeto em
questão e os demais conhecimentos presentes no sujeito como ser
social. (2013, p. 16).
Dentre vários métodos de ensino, temos os jogos como sendo uma
prática que é capaz de dar significado a esse conhecimento adquirido, desde
que seja trabalhado adequadamente o conteúdo proposto. Portanto, o material
didático pode ser qualquer instrumento útil ao processo de ensinoaprendizagem, podendo eles desempenhar varias funções, sendo uma delas
apresentar um conteúdo para motivar os alunos e auxiliar a compreensão de
resultados ou ainda facilitar a redescoberta.
As atividades lúdicas têm a intenção de levar o aluno a desenvolver o
psicomotor e em consequência, o seu desenvolvimento pessoal e sua ação na
sociedade em que vive. Faz com que este procure investigar, questionar e
buscar uma ligação entre os conteúdos trabalhados pelo educador com o seu
cotidiano, formando sujeitos autônomos na busca do conhecimento.
Os jogos têm o âmbito de mudar consideravelmente os conceitos de
aprendizagem no desenvolvimento dos alunos no processo educativo, fazendo
com que os educandos alcancem seus objetivos com mais facilidade. Este fará
um paralelo para o real e o mundo fictício, trazendo isso para o seu dia a dia
compreendendo as teorias apresentada a ela.
Segundo Lorenzato (2012, p. 45),
por volta de 1650, Comenius escreveu que o ensino deveria dar-se
do concreto ao abstrato, justificando que o conhecimento começa
pelos sentidos e que só se aprende fazendo. Locke, em 1680, dizia
da necessidade da experiência sensível para alcançar o
conhecimento. Cerca de 100 anos depois, Rousseau recomendou a
experiência direta sobre os objetos, visando à aprendizagem.
Pestalozzi e Froebel, por volta de 1800, também reconheceram que o
ensino deveria começar pelo concreto; na mesma época, Herbart
defendeu que a aprendizagem começa pelo campo sensorial. Pelos
idos de 1900, Dewey confirmava o pensamento de Comenius,
ressaltando a importância da experiência direta como fator básico
para construção do conhecimento, e Poincaré recomendava o uso de
imagens vivas para clarear verdades matemáticas.
Cada educador deve reconhecer que a ação do aluno sobre o objeto é
fundamental para a aprendizagem, e em sala de aula, durante a ação
pedagógica, o material didático desempenha papel fundamental para a
aprendizagem. No Brasil, diversos educadores também contribuíram para a
divulgação do uso do material didático como auxilio de aprendizagem nas aulas
de matemática.
Na prática desenvolvida, foi utilizado o jogo do “Bingo das Frações”,
que teve como objetivo trabalhar as operações fracionárias e identificar a
postura dos educandos frente ao jogo e se o mesmo teve alguma contribuição
para o aprendizado das operações e suas relações entre frações/
porcentagem/ representação gráfica/ monetária.
O jogo foi desenvolvido com dezessete alunos de sexto ano do Ensino
Fundamental de uma escola estadual do município de Santa Rosa, RS. Foi
distribuída, para cada aluno, uma cartela disposta em quatro linhas e duas
colunas, formando assim oito quadrados. Em cada quadrado, poderia haver
uma fração ou uma representação gráfica, variadas operações, podendo ser
também em forma de porcentagem ou monetária, ou ainda, apenas uma fração
para ser simplificada. Juntamente com a cartela, cada aluno ganhou uma folha
de registro, no qual deveria anotar seus cálculos e respectivas respostas, como
podemos verificar na figura ilustrativa a seguir:
Com a principal finalidade de contribuir para a aprendizagem dos
conceitos trabalhados em sala de aula pelo professor, foi proposto a eles que
realizassem os cálculos se esforçando na busca dos resultados corretos para
posteriormente poder jogar o bingo, este foi o momento em que eles poderiam
tirar suas dúvidas e para que isso ocorresse, foi disponibilizado cinquenta
minutos e o restante da oficina, ou seja, quarenta minutos para realização do
sorteio do bingo.
Durante o período de resolução destas atividades, nós acadêmicos
buscamos intervir no momento em que se fizesse necessário, instruindo os
sujeitos de uma maneira que eles conseguissem entender o processo a
percorrer em cada questão.
Após a realização do jogo, foi entregue aos alunos um questionário
com duas questões, onde a primeira questão perguntava se o aluno gostou do
bingo das frações, podendo responder sim, mais ou menos, ou não. E a
segunda questão justificativa a primeira, tendo cinco opções de respostas,
sendo elas: i) Contribuiu para melhorar a compreensão das operações; ii)
Melhorou o meu entendimento na relação entre frações/ porcentagem/
representação gráfica/ monetária; iii) O jogo não contribuiu para a minha
compreensão das operações, nem na relação entre frações/ porcentagem/
representação gráfica/ monetária; iv) Não despertou meu interesse; v) Outras.
Identificamos que a postura dos alunos perante o jogo foi de empenho
de todos em realizar as atividades propostas dentro de cada cartela, sanando
suas dúvidas com nosso auxílio para sua melhor compreensão.
Ao analisar os dados coletados, verificamos que o jogo contribuiu para
melhorar a compreensão das operações fracionarias e também melhorou o
entendimento
do
educando
na
relação
entre
frações/
porcentagem/
representação gráfica/ monetária. Conforme o Gráfico 01 e 02, abaixo:
Gráfico 01: Você gostou do jogo “Bingo das frações”?
Gráfico 02: Justifica da pergunta: você gostou do jogo “Bingo das frações”?
Considerações finais
O projeto PIBID nos proporciona trabalhar com atividades lúdicas de
forma a contribuir com a aprendizagem dos educandos e seguindo os
conteúdos trabalhados em sala de aula, desta forma o bingo foi utilizado para
contemplar os conteúdos relacionados às operações com frações.
Assim, conclui-se que o jogo “Bingo das Frações” cumpriu com sua
função de contribuir de forma lúdica para que os alunos compreendessem e
aprimorassem os conhecimentos adquiridos em sala de aula sobre operações
fracionárias, relação entre frações/ porcentagem/ representação gráfica/
monetária.
Referências
FREITAS, RONY C. O. Educação Matemática na Formação Profissional de Jovens e
Adultos. 1ª edição. Curitiba: Appris, 2011. 200 p.
ITACARAMBI, R.R. Jogo como recurso pedagógico para trabalhar matemática
na escola básica: ensino fundamental. 1ª edição. São Paulo: Editora Livraria
Da Física, 2013.
LORENZATO, S. O laboratório de ensino de matemática na formação de
professores. 3ª edição. Campinas, SP: Autores Associados, 2012. (Coleção
formação de professores).
TAHAN, M.O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record,1968.
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