curso de medicina unifenas-bh

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CURSO DE MEDICINA UNIFENAS-BH
EXAME GERAL INTEGRADO –8º período
TESTE DE CONHECIMENTOS
Nome do (a) Aluno (a): _______________________________________________________________
Data: /dezembro/2013
1-
Paciente de 20 anos, sexo masculino, vítima de atropelamento, deu entrada no Pronto-socorro com
quadro de dispneia súbita, caracterizada por grande esforço respiratório e turgência jugular. Ao
exame físico, apresenta hipertimpanismo à percussão e abolição do murmúrio vesicular em hemitórax
direito. A primeira medida a ser realizada, nesse caso, consiste em
a) pericardiocentese.
b) toracotomia direita.
c) toracocentese direita.
d) intubação orotraqueal.
Trata-se de um caso de pneumotórax hipertensivo - hipertimpanismo, turgência jugular e alteração
hemodinâmica. Devemos lembrar que nesta situação não há tempo para realização de Rx de tórax,
portanto, o diagnóstico é clínico!!! A conduta imediata é toracocentese, através da inserção de uma
agulha de grosso calibre no 2° espaço intercostal n a linha hemiclavicular. A seguir, realiza-se a
toracostomia com drenagem em selo d'água.
2-
Um motociclista colide frontalmente com um veículo em alta velocidade. É levado ao pronto socorro
com imobilização completa da coluna e dá entrada inconsciente, reagindo à dor em descerebração.
Não abre os olhos. Não responde ao comando verbal. Seus sinais vitais são PA 160 x 90 mmHg, FC
80 bpm e FR 14ipm. Há lacerações em couro cabeludo e equimose em face, mas não se observam
sinais de outras lesões externas. Antes de fazer uma tomografia de crânio, o médico deve, neste
caso,
a) radiografar a bacia para excluir outras causas de sangramento.
b) garantir uma via aérea definitiva.
c) fazer um lavado peritoneal diagnóstico.
d) radiografar toda a coluna para garantir que não haveria lesões raquimedulares.
É fundamental saber as prioridades no atendimento do politraumatizado. A manutenção de vias aéreas
pérvias, com controle da coluna cervical é a primeira preocupação na avaliação destes pacientes.
Devemos notar que o paciente apresenta TCE grave, com escala de coma de Glasgow de 4 (1+1+3),
apresentando assim indicação de via aérea definitiva, neste caso através de intubação orotraqueal. Além
disto, o paciente encontra-se estável hemodinamicamente, desta forma, a avaliação de hemorragia não
é prioritária.
3-
Uma paciente de 28 anos foi vítima de atropelamento em via pública. Ao dar entrada na Emergência,
apresentava confusão mental, pulso de 140 bpm, pressão arterial de 90 x 40mmHg e frequência
respiratória de 30 irpm. Evidenciava discreto afundamento em região frontal à direita, disjunção
pubiana com crepitação da bacia e evidente fratura com desvio em punho e em coxa, ambos do lado
direito. Diante desse caso, devemos concluir que
a) uma hemorragia intracraniana, por si, poderia ser responsável pelo choque iminente
b) a paciente apresentava uma lesão visceral intraperitoneal evidente.
c) a laparotomia exploradora é mandatória.
d) a fratura pélvica, associada à fratura de fêmur, pode ser a responsável pela perda de mais de 3 litros
de sangue.
Nos pacientes politraumatizados, é fundamental a correta determinação da prioridade no tratamento das
lesões, o que, em certas situações, fica mais complicado pela interferência que as alterações de um
sistema induzem nas manifestações clínicas de outros. Nesta questão, o paciente apresenta TCE
associado à fratura grave de bacia, sugerida pela disjunção pubiana e crepitação. Estas lesões pélvicas
podem ser responsáveis por volumosos hematomas e consequente choque hipovolêmico. Seu
tratamento é feito por meio de alinhamento do anel pélvico conseguido através de fixação externa, não
sendo indicada laparotomia; descartamos assim a opção C. Os hematomas no SNC decorrentes de
traumatismos são de pequeno volume, apesar de apresentarem repercussões clínicas graves. Sendo
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assim, devemos sempre presumir que a hipovolemia, quando associada ao TCE, seja decorrente de
outra lesão orgânica associada, o que torna errada a opção A. O paciente não apresenta evidência
clínica de lesão intraperitoneal, descartando a letra B.
4-
Criança de 7 anos chega ao Pronto-Socorro vítima de queda de laje, há 30 minutos. Segundo o
acompanhante, imediatamente após o trauma, o paciente apresentou perda da consciência e um
episódio de vômito. À admissão, encontrava-se com 15 pontos na escala de coma de Glasgow, com
pupilas isocóricas, fotorreagentes, sem déficits. Realizada radiografia simples de crânio que
constatou fratura em região temporal direita. Enquanto aguardava tomografia de crânio, a criança
evoluiu com rebaixamento do nível de consciência (11 pontos na escala de Glasgow), hemiparesia
esquerda e anisocoria D > E. A hipótese diagnóstica mais provável é
a) hematoma subdural agudo com herniação uncal.
b) lesão axonal difusa.
c) contusão temporal direita.
d) hematoma extradural com herniação uncal.
O enunciado da questão descreve a sequência clássica do hematoma extradural. Trauma em região
temporal (território de irrigação da artéria meníngea média) seguido de (1) perda temporária da
consciência pela concussão cerebral, (2) de um período de vigília (o intervalo lúcido) e (3) de
deterioração neurológica rapidamente progressiva pelo efeito de massa do hematoma em rápida
expansão (já que é de origem arterial). Caso o neurocirurgião não intervenha rapidamente, através de
craniotomia com drenagem do hematoma, a evolução para herniação uncal é inevitável. Reparamos no
enunciado que já existem evidências de herniação uncal, como anisocoria (o uncus comprime o 3° par e
provoca midríase).
5-
Um paciente de 16 anos, ao descer um morro de bicicleta, em alta velocidade, bateu em uma pedra e
foi ejetado ao chão. Apresentava traumatismo abdominal, e verificava-se, à percussão,
desaparecimento de macicez hepática. Este sinal sugere o diagnóstico de
a) rotura duodenal para parede posterior.
b) perfuração de víscera oca.
c) rotura do parênquima hepático.
d) pancreatite necro-hemorrágica.
O timpanismo à percussão da loja hepática é um sinal clássico de pneumoperitônio decorrente da lesão
de víscera oca; o ar livre na cavidade se interpõe entre o fígado e a parede abdominal. Vale a pena
lembrarmos que este sinal pode não estar presente nas fases iniciais devido a pouca quantidade de ar.
O exame complementar com maior sensibilidade na detecção destes pequenos pneumoperitônios é a
tomografia computadorizada de abdome.
6- Qual, entre os citados abaixo, é um erro comum, porém às vezes fatal no atendimento inicial de
um paciente em parada cardiorrespiratória?
a)
b)
c)
d)
Não obtenção de acesso vascular.
Períodos de não ventilação pulmonar.
Não realização de intubação orotraqueal.
Interrupções prolongadas nas compressões torácicas.
Nos primeiros 5 minutos de parada cardíaca, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece ser
adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e
cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. A massagem
cardíaca, quando feita corretamente, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma
PA sistólica em torno de 60-80 mmHg e uma pressão arterial média (PAM) em torno de 40 mmHg!!
O número de compressões torácicas aplicadas por minuto é fator determinante do retorno da circulação
espontânea, de sobrevivência com boa função neurológica e o número real de compressões por minuto
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é determinado pela frequência de compressões e o número e duração das interrupções. Portanto, o erro
mais comum e, às vezes fatal, na abordagem inicial do paciente em PCR são as interrupções
prolongadas nas compressões torácicas.
7- Após um desentendimento com um condômino irreverente, a síndica de um edifício apresentou
tonteiras, náuseas, sudorese e dor precordial constritiva, irradiada para o ombro esquerdo. Duas
horas depois, já estava internada em um Pronto Atendimento com diagnóstico de IAM. Apesar do
rápido atendimento, a trombólise farmacológica foi contraindicada diante de um dado de anamnese,
que constitui contraindicação absoluta ao uso de trombolíticos. Este dado é
a)
b)
c)
d)
pressão arterial sistólica de 140 mmHg.
AVE hemorrágico há 6 meses.
presença de tonteiras e sudorese.
segundo dia da menstruação.
O dado de anamnese considerado contraindicação absoluta é um AVE hemorrágico há 6 meses. Outras
contraindicações absolutas para o uso de trombolítico são: suspeita de dissecção aórtica, sangramento
patológico ativo (menstruação não é sangramento patológico), neurocirurgia, lesão estrutural
intracraniana, AVE hemorrágico (qualquer data).
8- Ana, 27 anos, foi admitida no pronto atendimento com quadro de dor suprapúbica, disúria e algúria de
3 dias de evolução. Nas últimas 24 horas, ela começou a apresentar, também, febre e fraqueza. O
exame clínico de admissão evidenciava mucosas coradas, temperatura axilar 38,5° C, FC 120 bpm,
FR 30 irpm, PA 85 x 60 mmHg. São medidas a serem adotadas dentro da primeira hora de admissão
desta paciente, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
ressuscitação volêmica, com pelo menos 1.000 ml de soro fisiológico 0,9%.
colheita de cultura e prescrição de antimicrobiano de amplo espectro.
prescrição de drogas vasodilatoras venosas.
Solicitação de gasometria arterial, lactato, hemograma e PCR.
A paciente acima apresenta choque séptico de provável foco urinário. O objetivo do tratamento é
restaurar a perfusão tecidual sistêmica e regional, revertendo a acidose lática e o metabolismo celular.
Para isto, na primeira hora após a admissão, deve ser realizada reposição volêmica vigorosa. E, se
necessário, prescrição de aminas vasoativas, preferencialmente, noradrenalina, e não drogas
vasodilatadoras venosas, que ainda piorariam a perfusão tecidual por reduzir o débito cardíaco e a
pressão arterial. Devemos também, colher culturas e iniciar ATB de largo espectro para tratar o foco
infeccioso e, posteriormente, ajustar o ATB pelo antibiograma. É importante solicitar gasometria (excesso
de base) e lactato para verificar perfusão arterial e hemograma e PCR para acompanhar resposta ao
tratamento com ATB.
Leia, atentamente, o caso abaixo para responder às questões 9 e 10.
Paciente LOF, 72 anos, masculino, hipertenso há 15 anos, com controle irregular da doença. Apresentou quadro de
dor “em queimação” na região precordial, intensa, progressiva, há 3 horas, e “falta de ar”. Levado imediatamente ao
Pronto-atendimento, onde foi realizado eletrocardiograma que revelou alterações isquêmicas no ventrículo esquerdo.
Evoluiu com insuficiência respiratória e óbito.
9Considerando a história clínica, assinale a alternativa que define, corretamente, os aspectos
macroscópicos e microscópicos, respectivamente, mais esperados para os pulmões do paciente LOF:
a) Aumento de peso dos pulmões; membranas hialinas que “desenham” internamente o território pulmonar
distal.
b) Consistência firme dos pulmões; grande quantidade de colágeno nos alvéolos, levando à oclusão dos
mesmos por tecido fibroso.
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c) Aumento de peso dos pulmões; hipertrofia acentuada da camada média e espessamento fibroso da
camada íntima das arteríolas pulmonares, com redução do lúmen vascular.
d) Presença de líquido nos pulmões; alargamento dos septos alveolares e material amorfo e acidófilo
preenchendo a luz dos alvéolos.
Comentários: O paciente em questão apresenta um quadro de infarto agudo do miocárdio (com acometimento de
ventrículo esquerdo), com consequente edema pulmonar do tipo cardiogênico. No edema pulmonar cardiogênico,
“os pulmões ficam aumentados de peso e, aos cortes, deixam fluir quantidade variável de líquido...
Microscopicamente, o edema situa-se inicialmente nos septos alveolares, os quais se encontram alargados e
apresentam capilares congestos. Com a passagem de fluidos para as luzes alveolares, estas ficam preenchidas por
material acidófilo e amorfo.” (Bogliolo, oitava edição, capítulo 12, página 421)
10- Assinale a alternativa que define, corretamente, a melhor explicação para o desenvolvimento do quadro
pulmonar observado em LOF:
a) Aumento da pressão hidrostática dos capilares pulmonares, o que causa a drenagem de fluidos dos
alvéolos para o interstício e deste para os capilares pulmonares.
b) Falência aguda do ventrículo esquerdo com preservação relativa do débito cardíaco direito, elevando a
pressão nos capilares pulmonares.
c) Aumento da permeabilidade da barreira alveolocapilar, causado por estímulos inflamatórios, com pressão
capilar pulmonar normal ou mesmo abaixo do normal.
d) Lesão do endotélio vascular e dos pneumócitos tipo I, causada por agentes agressores que aumentam a
resposta inflamatória ou por diminuição da atividade anti-inflamatória.
Comentários: “Edema pulmonar cardiogênico- Condições patológicas que levam a falência aguda ou crônica do
ventrículo esquerdo (arritmias cardíacas, lesões na valva mitral ou perda da massa ventricular funcionante por
diversas causas), com preservação relativa do débito cardíaco direito, elevam a pressão nos capilares pulmonares e
aumentam a movimentação de fluidos do compartimento intravascular para o interstício.” (Bogliolo oitava edição,
capítulo 12, páginas 420 e 421)
11- Em relação às complicações pós-operatórias, Assinale a afirmativa com a informação INCORRETA:
a) As pneumonias podem surgir entre o 4º e 6º DPO e tem origem em atelectasias não tratadas
adequadamente.
b) A trombose venosa profunda surge em qualquer época do pós-operatório e é confirmada pelo
Duplex Scan.
c) As flebites superficiais são usualmente químicas e não necessitam de tratamento com
antibioticoterapia.
d) As infecções do trato urinário são mais comuns em pacientes que necessitaram de cateterismo
vesical e os germes mais comuns vão depender da flora onde ocorreu a cirurgia
Apesar de a infecção urinária ocorrer, realmente, mais comumente nas manipulações do trato urinário, a
bactéria mais comum é a Escherichia coli.
Objetivo: avaliar as complicações pós-operatórias mais comuns correlacionando fatores predisponentes
e suas causas
12- O sinal de Chvostek é um espasmo dos músculos faciais, provocado por percussão suave no nervo
facial, e o sinal de Trousseau é um espasmo carpopedal, induzido por três minutos de insuflação de
um manguito de esfigmomanômetro sobre a artéria braquial. Estes sinais podem ser encontrados
em pós-operatório de
a)
b)
c)
d)
apendicectomia com peritonite.
tireoidectomia total.
gastrectomia total.
pneumectomia por neoplasia pulmonar.
Estes sinais são sinais clínicos clássicos de hipocalcemia e por isso podem ser encontrados após
tireoidectomia total devido à lesão das paratireoides, por retirada inadvertida ou isquemia das mesmas.
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13- Um paciente chega ao P.S em que você está de plantão com quadro de dor abdominal, febre,
confusão mental, icterícia, taquipneia, sinais de perfusão diminuída e níveis pressóricos baixos.
Assinale a conduta mais adequada e imediata para este caso.
a)
b)
c)
d)
A drenagem biliar.
A colecistectomia com colangiografia
A administração de vitamina K e a seguir colangio-ressonância.
A aplicação de ondas de choque extracorpóreo.
Este paciente apresenta sinais de colangite supurativa aguda e a pêntade de Reynolds (febre, icterícia,
calafrios, com dor abdominal, associado a confusão mental e choque) sendo indicado imediata
drenagem da via biliar
14- Pacientes submetidos a cirurgia de urgência e que utilizam corticoides podem apresentar
insuficiência adrenal. Fazem parte do quadro clínico da disfunção adrenal os seguintes achados,
EXCETO
a)
b)
c)
d)
alteração de pigmentação da pele, anemia, eosinofilia e neutropenia.
hiperglicemia e taquicardia.
distúrbios hidroeletrolíticos: hiponatremia, hipercalemia, hipercalcemia, acidose.
alterações mentais não explicadas, apatia ou depressão sem distúrbio psiquiátrico específico, se
houver hipotensão ou choque não explicado ou refratário a volume e drogas.
A falta de corticoides pode acarretar hipoglicemia e não hiperglicemia. O corticoide pode causar
hiponatremia, hipercalemia, acidose e alterações de pigmentação da pele além de anemia e eosinofilia
15- Se quatro variáveis denominadas V1, V2, V3 e V4 representam, respectivamente, estágio da doença
(inicial, intermediário, terminal); número de bactérias por litro de leite; gênero (masculino ou feminino)
e pressão arterial diastólica, é correto afirmar que, quanto ao tipo, podem ser denominadas,
respectivamente, como:
a) qualitativa ordinal, quantitativa discreta, qualitativa nominal e quantitativa contínua.
b) quantitativa discreta, qualitativa nominal, quantitativa contínua e qualitativa ordinal.
c) quantitativa discreta, qualitativa ordinal, quantitativa contínua e qualitativa nominal.
d) qualitativa ordinal, quantitativa contínua, qualitativa nominal e quantitativa discreta.
Variáveis qualitativas ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos: escolaridade (1o,
2o, 3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de observação (janeiro,
fevereiro,..., dezembro).
Variáveis quantitativas discretas: características mensuráveis que podem assumir apenas um número
finito ou infinito contável de valores e, assim, somente fazem sentido valores inteiros. Geralmente são o
resultado de contagens. Exemplos: número de filhos, número de bactérias por litro de leite, número de
cigarros fumados por dia.
Variáveis qualitativas nominais: não existe ordenação dentre as categorias. Exemplos: sexo, cor dos
olhos, fumante/não fumante, doente/sadio.
Variáveis quantitativas contínuas: características mensuráveis que assumem valores em uma escala
contínua (na reta real), para as quais valores fracionais fazem sentido. Usualmente devem ser medidas
através de algum instrumento. Exemplos: peso (balança), altura (régua), tempo (relógio), pressão
arterial, idade.
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Leia, atentamente, o caso abaixo para responder às questões de 16 a 18.
Paciente do sexo feminino de 67 anos apresentou quadro de sangramento digestivo baixo e tenesmo.
Durante exame proctológico, foi identificada, ao toque retal, uma massa no reto, confirmada na
retossigmoidoscopia, A biópsia identificou adenocarcinoma colorretal.
16- Sobre esse caso, assinale a alternativa que contém informação INCORRETA.
a) As recomendações atuais para o rastreamento do câncer colorretal incluem todas as pessoas
acima dos 50 anos de idade, independentemente de apresentarem sintomas; mas, também,
pacientes mais jovens, com histórico familiar de câncer, devem ser avaliados.
b) A colonoscopia é o principal exame para o rastreamento do câncer colorretal, consistindo no
estudo endoscópico do intestino grosso, sendo, tal exame, realizado sob sedação, e que requer
um bom preparo do intestino por meio do uso de laxantes específicos.
c) A infecção pelo HPV deve ser pesquisada neste paciente, pois é um importante fator de risco
para o desenvolvimento deste tipo de tumor.
d) A colonoscopia também está indicada para este paciente, apesar de o diagnóstico já ter sido
realizado pela retosigmoidoscopia.
O HPV e a promiscuidade são fatores de risco para o carcinoma escpinocelular e não o
adenocarcinoma. A colonoscopia está indicada para descoberta de tumores sincrônicos.
17- A paciente foi submetida à ressecção anterior do reto para tratamento de câncer do reto. No sexto
dia de pós-operatório, apresentou temperatura axilar de 38,7ºc, PA 140x90 mmHg, FC 116ppm, FR
28 irpm. Submetida à tomografia computadorizada do abdome foi identificada coleção pélvica com
debris. O estado clínico dessa paciente, neste caso, é representado como
a) sepse grave.
b) sepse.
c) choque séptico.
d) síndrome da resposta inflamatória sistêmica. (SIRS)
A paciente apresenta dois sinais clínicos de SIRS e há a suspeita de uma infecção configurando assim a
suspeita de sepse. Para diagnóstico de sepse grave seria necessária a realização de exames
complementares para identificar comprometimento de órgãos e sistemas.
18- Ainda sobre esta paciente acima, informa-se que ela necessitou de hidratação venosa adequada,
sendo iniciado soro fisiológico 0,9% a 60 gotas por minutos, em acesso venoso periférico com jelco
16, e, posteriormente, um acesso venoso central para controle da PVC. Sobre este caso, assinale a
alternativa que contém conclusão correta.
a) O acesso venoso periférico na veia safena parva, próximo ao maléolo medial, é de fácil acesso e
apresenta baixas complicações.
b) Uma complicação da punção central em subclávia direita é a lesão do ducto torácico acarretando
quilotórax.
c) A radiografia de tórax sempre deve ser solicitada após a realização da punção venosa central,
devido ao risco de pneumotórax.
d) Para maiores volumes, na hidratação, é preferível o acesso venoso central ao acesso periférico.
Devido ao risco de pneumotórax, sempre devemos solicitar a radiografia de tórax após uma punção
venosa central. O quilotórax ocorre nas punções à esquerda devido à lesão do ducto torácico e o acesso
venoso em maléolo tem altos riscos de trombose apesar de ser fácil a dissecção venosa. Para maiores
volumes, o acesso periférico é mesmo preferível ao central na fase inicial e após estabuilização a
punção central para monitorar a pressão venosa central.
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Leia, atentamente, o caso abaixo para responder às questões 19 e 20.
Paciente CPL, masculino, 47 anos, procura atendimento médico com quadro de dor abdominal
recorrente, acompanhada de emagrecimento e esteatorreia. Relata diagnóstico recente de diabetes
mellito. História de etilismo de longa data. Exames complementares, associados aos dados clínicos e do
exame físico, confirmaram a hipótese de pancreatite crônica.
19- Considerando o quadro clínico apresentado por CPL, as alternativas abaixo definem, corretamente, aspectos
morfológicos mais esperados para o pâncreas, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
Extensas áreas de hemorragia e esteatonecrose no parênquima pancreático.
Tampões proteicos/cálculos na luz dos ductos pancreáticos.
Substituição dos ácinos pancreáticos por fibrose.
Hipotrofia das Ilhotas de Langerhans.
Comentários: O paciente apresenta quadro de pancreatite crônica com esteatorreia e diabetes mellito, o que
mostra comprometimento das funções exócrina e endócrina do órgão, sendo esperadas as alterações presentes
nas alternativas B, C e D. A alteração descrita na alternativa A é mais esperada na pancreatite aguda. ”A
pancreatite aguda apresenta amplo espectro morfológico. As lesões básicas são: 1- edema; 2-necrose gordurosa
(esteatonecrose); 3- necrose parenquimatosa; 4- destruição da parede vascular e hemorragia; 5- infiltrado
inflamatório” (Bogliolo oitava edição, capítulo 22, páginas 832 e 834)
20- Com relação aos aspectos gerais e fisiopatológicos da doença pancreática de CPL, assinale a alternativa que
contém informações corretas.
a) A esteatorreia associa-se ao comprometimento da função endócrina desse órgão.
b) O mais comum, nessa doença, é que ocorra uma perda, inicialmente, da função endócrina pancreática e,
posteriormente, da função exócrina.
c) Alguns estudos mostram que fisiopatologia dessa doença se associa a episódios repetidos de destruição
parenquimatosa pancreática, seguidos de fibrose progressiva do órgão.
d) A causa mais comum de pancreatite crônica é a hereditária.
Comentários: ”Alguns autores admitem a possibilidade de crises repetidas de pancreatite aguda evoluiriam para
pancreatite crônica. Trata-se da hipótese “necrose-fibrose”, em que episódios repetidos de destruição
parenquimatosa são seguidos de fibrose progressiva do órgão” (Bogliolo oitava edição, capítulo 22, página 834), o
que justifica a alternativa C como correta. A esteatorreia associa-se ao comprometimento da função exócrina do
pâncreas, que precede o comprometimento da função endócrina. A causa mais comum de pancreatite crônica é o
alcoolismo.
21- Considerando-se as definições das principais lesões traumáticas do Sistema Músculo-esquelético, é
INCORRETO afirmar que
a) luxação é a lesão articular traumática com acometimento da congruência articular.
b) entorse é a lesão articular traumática com acometimento da cápsula e ligamentos.
c) contusão é a lesão traumática direta, com ou sem lesão de pele, que pode acometer o Sistema
Músculo-esquelético e os órgãos internos.
d) fratura é a lesão caracterizada por descontinuidade do osso cortical ou trabecular, sem
acometimento de tecidos moles.
Todas as fraturas acometem tecidos moles, não existe lesão exclusiva do tecido ósseo.
Leia, atentamente, o caso clínico para responder à questão 22.
Wallace, 14 anos, estudante, foi atendido na Unidade Básica de Saúde Nos últimos 6 meses, está
crescendo significativamente; já ultrapassou a altura de sua mãe. Há 3 meses, relata desconforto (dor)
em quadril esquerdo, com piora progressiva. Atualmente, relata dor na região antero-medial da coxa
esquerda e, às vezes, na face interna do joelho esquerdo. Há 30 dias, claudica com o membro inferior
esquerdo, que se apresenta ligeiramente rodado externamente.
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22- A conduta mais adequada para Wallace no primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde é
a) encaminhar o paciente com relatório para a Unidade de Pronto Atendimento - UPA.
b) suspender atividade física do paciente, prescrever “Aspirina ®” em dose anti-inflamatória,
orientar dieta e retornar em 3 semanas.
c) solicitar radiografia do quadril em 2 incidências e provas reumáticas, com objetivo de definir o
encaminhamento: ortopedia ou reumatologia infantil.
d) retirar o apoio do membro inferior esquerdo, com uso de duas muletas.
O diagnóstico clínico deste paciente é Escorregamento Epifisário Proximal do Fêmur, doença de
tratamento exclusivamente cirúrgico, apresenta riscos de agravamento e deverá ser encaminhado para
a UPA, conforme fluxo do SUS.
Leia, atentamente, o caso clínico para responder a questão 23.
Francisco, 28 dias de idade, apresenta-se afebril, não aceita bem a alimentação e manifesta
desconforto à movimentação do membro inferior direito que se apresenta em flexão, abdução e rotação
externa. A contagem de leucócitos é de 8.400 com 40% de neutrófilos, 45% de linfócitos e 5% de
monócitos. Exames radiográficos da pelve e MID são normais. A criança reage e chora ao se testar a
mobilidade do quadril direito.
23- Com relação ao diagnóstico mais provável, é correto afirmar que, no caso desta criança,
a)
b)
c)
d)
se pode realizar tratamento "de prova" com antibioticoterapia venosa.
a Pseudomonas é o agente etiológico mais frequente nesta idade.
a lesão cartilaginosa decorre de ação direta das bactérias.
o tratamento cirúrgico de urgência é indicado.
O diagnóstico clínico deste caso é Artrite Séptica Aguda, e o tratamento indicado é cirúrgico. As demais
alternativas não apresentam opções corretas.
Leia atentamente o caso clínico para responder a questão 24.
Maria Antônia, IMC 55, portadora de DM, HAS e hipotireoidismo, sofreu queda acidental, resultando em
trauma indireto no ombro direito. Evoluiu progressivamente com incapacidade de movimentação ativa e
passiva do ombro direito, em todos os planos, apesar de queixar-se pouca dor.
24- Com relação ao diagnóstico mais provável desta paciente, é correto afirmar que
a) ressonância magnética é o exame de escolha para a confirmação do diagnóstico.
b) infiltração com anestésico local e, a seguir, com corticosteroide está indicada na fase dolorosa.
c) esta doença pode se apresentar associada a outras doenças.
d) o tratamento de escolha é o cirúrgico.
O diagnóstico clinico da paciente é Capsulite Adesiva que, habitualmente, está associada a outras
doenças. È uma doença autolimitada e, portanto, de tratamento conservador e sintomático não invasivo.
25- Os corticoides são medicamentos muito utilizados para o tratamento das doenças reumatológicas,
embora produzam inúmeras reações adversas. Dentre as afirmativas abaixo, identifique qual NÃO
está relacionando, corretamente, a doença ao uso desse grupo de fármacos.
a) Para o tratamento dos pacientes com artrite reumatoide, preconiza-se o uso de corticosteroides
em doses baixas e/ou intra-articular.
b) Para o tratamento dos pacientes com nefrite lúpica classe IV, preconiza-se o uso de
corticosteroides em doses altas, via endovenosa.
c) Para o tratamento dos pacientes com osteoporose, preconiza-se o uso de corticosteroides em
doses baixas.
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d) Para o tratamento dos pacientes com artrite psoriásica, o uso de corticosteroides pode ser feito
em doses baixas.
Corticoides estão contraindicados para a osteoporose. Na verdade, a osteoporose pode ser provocada
pelo uso dos corticoides, um efeito adverso que está relacionado à diminuição da absorção e aumento
da excreção de cálcio, com aumento do catabolismo ósseo induzido por esses fármacos.
Leia, atentamente, o caso abaixo para responder às questões 26 e 27.
Homem, 39 anos, há 8 anos está com monoartrite em crises no tornozelo direito, associado a lombalgia
persistente, sem melhora, com repouso e rigidez matinal de 60 minutos, além de dor alternante em
glúteos. Ao exame físico: dor a compressão direta e a distensão das articulações sacroilíacas, perda da
lordose fisiológica da coluna lombar e dor a palpação da inserção dos tendões de Aquiles.
26- Em relação ao caso clínico descrito, assinale a alternativa que contém informação INCORRETA.
a) Para estabelecimento do diagnóstico, a presença de erosões no terço inferior das articulações
sacro-ilíacas à radiografia é mais importante do que a presença do HLA B27.
b) Os anti-inflamatórios não esteroides devem ser utilizados de forma isolada para início do
tratamento medicamentoso da lombalgia.
c) A manifestação ocular mais frequente, observada em pacientes com essa condição clínica, é a
uveíte posterior.
d) As medicações metotrexato ou sulfassalazina devem ser consideradas caso o paciente persista
com as crises de monoartrite em tornozelo D.
A manifestação ocular mais frequente na espondilite anquilosante é a uveíte anterior aguda.
27- Ainda, em relação ao caso clínico descrito, marque a alternativa que corresponde ao teste físico que
mais auxiliaria no diagnóstico do paciente.
a)
b)
c)
d)
Teste de Thomas
Teste de Schober
Teste de Ober
Teste de Trendelenburg
O teste de Schober mede a mobilidade do segmento lombossacral da região lombar, caracteristicamente
alterado na espondilite anquilosante.
28- Paciente 32 anos, sexo masculino, hipertenso e obeso, evolui com monartrite em joelho direito, com
sinais flogísticos exuberantes. Exames complementares revelam VHS= 80mm, ácido úrico=
9,5mg/dL, ASLO= 200 (VR<200). Marque a alternativa que corresponde à melhor conduta a ser
tomada pelo médico, diante desse caso.
a)
b)
c)
d)
Administrar colchicina e/ou anti-inflamatórios não esteroides.
Radiografar o joelho e solicitar hemograma e hemocultura.
Solicitar FR, FAN e dosagem de complemento.
Puncionar a articulação para exame do líquido sinovial.
A melhor conduta para o estabelecimento do diagnóstico diante de um caso clínico de monoartrite é a
punção articular para exame do líquido sinovial.
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Leia, atentamente o caso abaixo para responder às questões 29 e 30.
Paciente M.P.E., sexo feminino, 67 anos, compareceu à consulta no posto de saúde, com queixa de
“dor nas costas”, com meses de evolução, mas que piorou nas últimas semanas, após ter feito uma
faxina pesada na casa. Nega uso de quaisquer medicamentos e, como antecedentes mórbidos, relata
fratura no punho, há sete meses, quando foi atendida em serviço de urgência. Densitometria óssea
revelou redução acentuada de massa óssea.
29- Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a(s) característica(s) que seria(m) mais
esperada(s) na biópsia óssea de M.P.E.
a) Redução do espaço medular.
b) Trabéculas ósseas afiladas e com perda das interconexões.
c) Aspecto semelhante ao osso normal.
d) Trabéculas ósseas recobertas por osteoblastos atípicos.
A paciente apresenta quadro de osteoporose pós-menopausa. “As trabéculas ósseas estão afinadas e perdem
suas interconexões” (Robbins sétima edição, capítulo 26, página 1343), ou seja, o osso não é normal, não mostra
osteoblastos atípicos e pode haver aumento (e não redução) do espaço medular
30- Com relação ao subtipo da doença apresentada por M.P.E., assinale a alternativa que contém
informações corretas.
a) Os ossos mais afetados por este subtipo são: colo do fêmur, úmero proximal, tíbia e pelve.
b) Esta forma se relaciona com uma redução da atividade das células osteoprogenitoras.
c) Esta forma é considerada como de baixo turnover.
d) Esta forma se relaciona com níveis aumentados de RANK e RANK-L.
A paciente apresenta quadro de osteoporose pós-menopausa. “Figura 26-11- Na menopausa, os níveis de IL-1,
IL-6 e FNT estão elevados e a expressão de RANK e RANK-L é elevada” (Robbins sétima edição, capítulo 26,
página 1342), ou seja, ocorre um aumento da atividade osteoclástica, sendo considerado um subtipo de
osteoporose de alto/rápido turnover, tendo o compartimento esponjoso dos corpos vertebrais áreas mais afetadas.
Leia, atentamente, o caso clínico abaixo e responda às questões 31 e 32.
Paciente RTC, sexo feminino, 42 anos, em consulta com ginecologista, queixa-se de sensação de compressão nas
regiões abdominal e pélvica. Exame ultrassonográfico mostrou várias lesões no corpo uterino, compatíveis com
leiomiomas.
31- A paciente RTC teve o diagnóstico ultrassonográfico de leiomiomas uterinos. Sobre os aspectos gerais desta
condição, assinale a alternativa que contém informações corretas.
a) O leiomioma uterino é a neoplasia maligna uterina mais comum.
b) O crescimento do leiomioma é afetado pelos hormônios sexuais.
c) O tumor tende a reduzir de tamanho durante a gravidez.
d) Um leiomioma pequeno não tem a capacidade de causar sintomatologia clínica.
O leiomioma uterino é a neoplasia uterina mais comum, mas é um tumor benigno, que pode aumentar de volume
durante a gravidez e, mesmo pequeno, pode causar hemorragia (no caso de localização submucosa). “O
crescimento do leiomioma é afetado pelos hormônios sexuais, pois suas células possuem receptores para
estrogênio e progesterona” (Bogliolo oitava edição, capítulo 16, páginas 611 e 612)
32- Em relação aos aspectos morfológicos (macro e microscópicos) do leiomioma, assinale a alternativa que
contém informações INCORRETAS.
a)
b)
c)
d)
Macroscopicamente, é um nódulo mal delimitado e com áreas de necrose.
Macroscopicamente, é um tumor de firme, brancacento e fasciculado.
Microscopicamente, a lesão é constituída pela proliferação de células musculares lisas sem atipias.
Microscopicamente, a neoplasia exibe leiomiócitos dispostos em feixes entrecruzados.
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Macroscopicamente, o tumor (leiomioma), único ou múltiplo, é nodular, bem delimitado, firme, fasciculado e
brancacento” (Bogliolo oitava edição, capítulo 16, páginas 611 e 612)
Leia, atentamente, o caso abaixo para responder às questões de 33 a 36.
Ketlen Lorraine, 15 anos, procura atendimento com história de atraso menstrual de cerca de três
semanas e meia e dor abdominal baixa.
AE: Disúria e polaciúria
HGO: Menarca aos 12 anos, ciclos regulares no último ano, 30/30 dias por 4 dias, com relato de cólicas
no primeiro dia de sangramento. Primeira relação aos 13 anos, número de parceiros: 2, atualmente com
parceiro fixo e relato de uso de preservativos em todas as relações. G0P0A0. Nunca realizou citologia
oncótica.
HP: Tabagista 3 cigarros por dia
HF: Duas tias maternas com Ca de mama aos 35 e 40 anos, mãe hipertensa.
HSE: Estudante, mora com a mãe e dois irmãos menores.
Ao exame: PA: 140x90 mmHg, FC 82 bpm, Giordano negativo, abdome indolor à palpação, sem
edemas. Mamas com rede vascular peri-areolar visível, parênquima homogêneo sem nodulação
palpável. Vulva eutrófica com presença de pequena lesão vegetante em fúrcula vaginal, hímen roto,
presença de corrimento vaginal fluido, acinzentado e com mau cheiro. Colo eutrófico, com presença de
ectrópio. Teste de Schiller negativo. Ao toque: vagina elástica, colo móvel de consistência amolecida,
sem aumento evidente de volume, anexos livres.
ID: gestação de 7-8 semanas, ITU, vaginose bacteriana, condilomatose.
Planejamento: Solicitado US pélvico endovaginal, dosagem de beta-hCG, exame de urina rotina, Gram
de gota e urocultura.
33- Assinale a assertiva com informação INCORRETA sobre o ciclo menstrual dessa paciente.
a) Ciclos menstruais irregulares são comuns nos primeiros dois anos após a menarca, por
imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
b) A presença de cólicas menstruais sugere ciclos ovulatórios, onde ocorre produção de
progesterona pelo corpo lúteo.
c) Pelas características menstruais descritas na sua HGO, ela apresentava dismenorreia primária e
o uso de anticoncepcional oral e de AINE’s seria opção terapêutica.
d) Trata-se de uma paciente com amenorréia primária e a investigação deve incluir dosagens
hormonais de TSH, prolactina e beta-hCG.
A definição de amenorréia é de ausência de menstruação por mais de 6 meses ou o equivalente a três
ciclos e não três semanas como no caso apresentado.
34- Assinale a assertiva com informação INCORRETA sobre a propedêutica complementar para o caso
dessa paciente.
a) Em uma ultrassonografia pélvica endovaginal, com presença de gestação eutópica, com
biometria de 8 semanas (concordante com a IG calculada dessa paciente), ainda pode não
haver batimento cardíaco fetal.
b) A ultrassonografia de primeiro trimestre é importante para confirmar e localizar a gestação, além
datá-la.
c) A paciente ainda não tem indicação de realização de mamografia, apesar do risco aumentado
que apresenta.
d) A presença de bactérias Gram negativas ao exame de Gram de gota de urina não centrifugada
sugere infecção do trato urinário.
Em uma ultrassonografia pélvica endovaginal com presença de gestação eutópica com biometria de 7
semanas ou mais já deve ser observado batimento cardíaco fetal que passa a ser audível ao sonar a
partir de 10-12 semanas.
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35- Assinale a assertiva com informação correta sobre a infecção dessa paciente.
a) A citologia oncótica não deve ser realizada na consulta dessa paciente pelo risco de gravidez e
de abortamento.
b) A presença de lesão verrucosa vulvar sugere infecção por HPV e a aplicação local de ácido
tricloro-acético 90% está indicada para essa paciente.
c) A vacinação aos 9 anos, contra os vírus 16 e 18 poderia ter prevenido a lesão vegetante dessa
paciente.
d) Uma colposcopia com biopsia está indicada nessa paciente para confirmação diagnóstica da
infecção por HPV.
A citologia pode ser realizada durante a gravidez, os vírus 6 e 11 estão relacionados a lesões de baixo
grau e condilomas como no caso da paciente e a colposcopia está indicada para lesões de colo e não
vulvares.
36- Assinale a assertiva com informação INCORRETA em relação ao acompanhamento pré-natal desta
paciente.
a) A data provável do parto é calculada para 40 semanas de gestação e estimada pela regra de
Nagele (+7d -3m)
b) Se a paciente for RH positivo, deverá ser investigado iso-imunização pelo Coombs indireto
mensal.
c) A presença de IgG positivo e IgM negativo para toxoplasmose significa imunidade.
d) Se paciente desconhece o seu estado vacinal, deve ser indicada vacinação antitetânica com
dupla tipo dulto (dT).
O risco de iso-imunização acontece com gestantes Rh negativas e fetos positivos.
37- Assinale a assertiva com informação INCORRETA em relação ao sangramento na gravidez.
a)
b)
c)
d)
A ausência de sangramento descarta a presença de gravidez ectópica ou abortamento.
A presença de ectrópio pode ser causa de sangramento no inicio da gravidez.
Anomalias cromossômicas são a principal causa de abortamento.
O diagnóstico de placenta previa é essencialmente clínico.
O sangramento na primeira metade da gravidez pode acontecer por causa de um ectrópio, abortamento,
gravidez ectópica, doença trofoblastica gestacional e na segunda metade da gravidez principalmente por
descolamento prematuro de placenta ou placenta previa. A ausência de sangramento não descarta a
presença de gravidez ectópica ou abortamento.
38- Assinale a assertiva com informação correta em relação ao corrimento vaginal.
a)
b)
c)
d)
O pH vaginal esperado seria provavelmente ácido.
O tratamento das vaginoses esta indicado apenas após o primeiro trimestre da gravidez.
O metronidazol é contra indicado na gravidez (categoria 3).
A presença de teste de aminas positivo é patognomônico para vaginose bacteriana.
O pH vaginal esperado nos casos de vaginose é maior que 4,5 que é ácido, e espera-se também teste
de aminas positivo (mas não patognomônico) e na gravidez é também tratada com metronidazol
(categoria2) .
39- Em relação ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), as alternativas a seguir
apresentam informações corretas, EXCETO:
a) O esclarecimento ao sujeito de pesquisa deve ser feito em linguagem acessível à sua compreensão.
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b) O sujeito de pesquisa não precisa ser esclarecido sobre a metodologia do estudo que irá participar,
inclusive quanto à possibilidade de ser incluído em grupo placebo, se for o caso, antes de tomar a sua
decisão.
c) O sujeito de pesquisa deve entender claramente que poderá retirar seu consentimento a qualquer
momento durante a pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.
d) A autonomia deve ser particularmente garantida para aqueles sujeitos que, embora adultos e capazes,
estejam expostos à influência de autoridade, assegurando-lhes a inteira liberdade de participar ou não da
pesquisa, sem quaisquer represálias.
O sujeito de pesquisa precisa ser completamente esclarecido sobre a metodologia do estudo que irá
participar, inclusive quanto à possibilidade de ser incluído em grupo placebo, se for o caso, antes de
tomar a sua decisão.
a) É necessário a utilização de linguagem acessível, de preferência sem termos técnicos, para garantir a
compreensão do projeto de pesquisa e suas implicações pelo voluntário, permitindo que ele tome a
decisão de participar.
c) Tem como objetivo esclarecer o paciente sobre a pesquisa e suas implicações. Ele pode retirar seu
consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo da sua assistência.
d) O princípio da autonomia deve nortear todo projeto de pesquisa e deve-se ter especial atenção a
populações que, apesar de adultos e capazes, possam estar em situação de vulnerabilidade por
exposição à influência de autoridade, como a população carcerária, por exemplo.
40- São fatores de risco futuro para parto prematuro e rotura prematura de membranas, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
Pouca idade
Infecção pelo HPV
Infecção do trato urinário
Baixo nível sócio econômico
A primiparidade está relacionada com o risco aumentado de parto pré-termo, assim como os extremos
da menacme , a presença infecção como a vaginose e do trato urinário, mas não existe evidência de
aumento na incidência de parto prematuro e rotura prematura de membranas por infecção por HPV.
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