Vulcanismo.

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Vulcanismo – manifestações secundárias ou residuais
Este tipo de vulcanismo é caracterizado pela sua actividade ser menos violenta
e espectacular do que o vulcanismo de tipo central. Manifesta-se através da
libertação da gases e/ou água a temperaturas elevadas. Estas manifestações de
vulcanismo constituem fenómenos secundários ou residuais, como por exemplo
algumas nascentes termais, as fumarolas e os géiseres.
As nascentes termais são fontes de libertação de águas quentes, ricas em sais
minerais.
Em alguns dos casos, as águas libertadas resultam do arrefecimento e
consequente condensação do vapor de água que se liberta do magma. Nestes
casos, as águas termais são águas magmáticas ou juvenis.
Noutros casos mais frequentes, a água quente libertada nas nascentes resulta
da infiltração resulta da infiltração, da acumulação em rochas porosas e do
aquecimento de águas pluviais, por rochas a elevada temperatura, situadas nas
proximidades de câmaras magmáticas.
Durante a sua ascensão em direcção á superfície, através de fracturas do
interior da terra, as águas termais são misturadas com águas frias, daí a sua
temperatura seja inferior á do ponto de ebulição.
Quando não ocorre este processo de mistura com água fria, as águas termais,
ao encontrarem uma abertura, começam a ferver devido á diminuição da
pressão. Originam-se, então, as fumarolas com emissão de vapor de água. Estas
emissões podem conter, ainda, outros gases , designando-se:
 Sulfataras, quando os gases que emitem são ricos em enxofre.
 Mofetas, quando os gases que emitem são tóxicos, (dióxido de
carbono, monóxido de carbono, por exemplo)
Os géiseres são emissões descontínuas de água e de vapor de água através
de fracturas.
Neste caso, a água sobreaquecida ascende a reservatórios subterrâneos,
sujeitos, inicialmente, a uma pressão que impede a sua ebulição. Porém,
devido ao aumento progressivo da sua temperatura, alguma água começará a
ferver. O vapor, então formado, aumentará a pressão no reservatório, fazendo
com que este ascenda, arrastando a água consigo. Deste modo, a pressão
diminui, aumentando a produção de vapor, o que culmina na expulsão
violenta, sob a forma de jacto, do resto da água acumulada.
As manifestações secundárias de vulcanismo são importantes meios de
acesso ao calor armazenado no interior da Terra.
Os vulcões e as placas tectónicas
Os fenómenos vulcânicos ocorrem quer nas zonas de fronteira entre placas
tectónicas – zonas tectonicamente activas -, quer no interior das placas –
zonas tectonicamente estáveis.
Convergência de placas Vulcanismo de
tectónicas
subducção
Divergência de placas
tectónicas
Vulcanismo de vale de
rifte
A colisão de duas
placas obriga ao
mergulho da placa mais
densa, originando-se
uma zona de subducção.
A partir de certa
profundidade, as
condições de pressão e
de temperatura induzem
a fusão da placa em
subducção, formando-se
magma. Este tipo de
magma origina,
geralmente, erupções
do tipo explosivo.
O afastamento de
placas tectónicas origina
sistemas de fissuras na
crosta, através dos quais
o magma ascende à
superfície.
Estes magmas originam
geralmente erupções
efusivas ou mistas.
Este tipo de vulcanismo
explica a existência de
Intraplaca
Vulcanismo intraplaca
ilhas no interior de
placas oceânicas e de
alguns vulcões isolados
no interior dos
continentes.
Neste caso, os magmas
desencadeiam,
geralmente, erupções
efusivas ou mistas.
Minimização de riscos vulcânicos – previsão e prevenção
A definição das áreas de maior perigosidade vulcânica – zonas de risco
vulcânico – resulta de um levantamento dos perigos e ameaças associados aos
fenómenos eruptivos.
Os perigos vulcânicos dependem das características físico-químicas dos
magmas que os originam, nomeadamente da sua viscosidade, depende da sua
temperatura, do seu teor em sílica, e da facilidade em libertar gases, como já
referido anteriormente.
Perigo
Escoadas de lava
Alguns danos
- Raramente
constituem ameaça
directa para o homem;
- Destruição de
estradas, edifícios,
terrenos de cultivo, etc.
- Incêndios;
- Cortes de vias de
comunicação.
Minimização de alguns
riscos
- Identificação de
possíveis pontos
emissores de lava;
- Antecipação do
padrão de escorrência
da escoada;
- Controlo do avanço
de escoada através de
barreiras, canais e
Projecção de
piroclastos
Libertação de gases
Sismos vulcânicos
Tsunamis
- Destruição de
estradas e edifícios;
- Incêndios;
- Problemas
respiratórios e oculares;
- Intoxicações;
- Perigo para a aviação
civil e militar.
- Intoxicação;
- Envenenamento;
- Asfixia.
- Colapso das
edificações por efeito de
fadiga.
- Inundação das zonas
litorais.
arrefecimento da lava
com água.
- As pessoas devem
manter-se afastadas do
vulcão em actividade;
- Uso de capacete de
protecção;
- Protecção dos olhos e
vias respiratórias.
- As pessoas devem
manter-se afastadas da
fonte de emissão dos
gases;
- Protecção das vias
respiratórias.
- Construção à prova
de sismo.
- Suster a construção
desenfreada nas zonas
litorais.
A topografia da região, as condições climatéricas bem como a maior ou
menor eficácia do sistema de alarme, podem agravar a perigosidade dos
fenómenos vulcânicos.
Uma forma de estimar um comportamento futuro de um vulcão é de
conhecer a sua actividade no passado. A reconstituição da história eruptiva de
um vulcão activo tem em conta diversos aspectos:
- o estudo da génese e evolução dos fluidos magmáticos;
- a identificação das fases eruptivas;
A identificação dos mecanismos eruptivos;
A génese, o transporte e a disposição de produtos vulcânicos;
A evolução morfológica e estrutural do aparelho vulcânico;
A avaliação dos perigos vulcânicos;
A identificação dos riscos associados.
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