Alceu Maynard Araújo

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Alceu Maynard Araújo
FOLCLORE NACIONAL
– VOL. II –
DANÇAS – RECREAÇÃO – MÚSICA
(1964, Edições Melhoramentos, São Paulo, ilustração de capa de Sérgio Gavriloff, fotografias
do Autor, desenhos de Oswaldo Storni, Osny Azevedo, do Autor e de outras fontes, capa dura com
sobrecapa)
Na introdução, ALCEU MAYNARD ARAÚJO adverte que este volume não trata das chamadas
danças primitivas, mas sim de danças folclóricas, cuja classificação é extremamente complexa e nem sempre
satisfatória.
Levando em consideração o grau de dificuldade e os naturais perigos inerentes à classificação das
danças folclóricas, o AUTOR ressalta: “Poderíamos apegarmo-nos à classificação que o conspícuo
folclorista argentino Carlos Verga propõe ou aceitar pura e simplesmente a do clássico Curt Sachs ou a
de Carl Engel que enfeixa todas em três grupos: danças religiosas, guerreiras e profanas.
“Esta é a mais simples que temos encontrado. É claro que toda e qualquer classificação pode
oferecer dificuldades, por ex., onde classificaremos o Cateretê, dança semi-religiosa ou semiprofana, e
não é guerreira?
“Nesta classificação não incluiremos as que deixamos, em capítulo anterior, as dramáticas que
nos denominamos Bailados. O leitor será indulgente com este esforço e tentativa de classificação das
danças folclóricas brasileiras.
“Danças religiosas: da Santa Cruz, Sarabacuê, São Gonçalo, Cururu. “Danças profanas: Fandango,
Quadrilha, Lundu, Jongo, Batuque, Côco, Baiana. “Danças guerreiras: maculelê (nos bailados estão o
Moçambique, congada, caiapó.
“Em nossos estudos sobre as danças folclóricas brasileiras contamos com o valioso auxílio da
cinegrafia. Nesta última década, ao captarmos as imagens em nossa câmara cinematográfica para o
programa que mantemos na televisão pioneira da América Latina intitulado VEJA O BRASIL, pudemos
amealhar um conhecimento melhor sobre as danças brasileiras que pelos cantos cardeais do país temos
registrado. Sendo a dança movimento, nada melhor do que a cinegrafia como instrumento de trabalho
para a sua recolta. Para nós a coreologia é um ramo da antropologia, daí o nosso interesse pelas danças
folclóricas.
“Para ajudar o estudo das danças folclóricas, lançamos os diagramas de planta-baixa que ilustrarão
algumas das danças aqui estudadas. Neles estão os simbolismos que aprendemos na antropologia: para
o homem o triângulo, para a mulher o círculo. Outro elemento que introduzimos é o da orientação: para
o sentido solar adotamos ‘no sentido dos ponteiros do relógio’, para o lunar, no ‘sentido inverso ao dos
ponteiros do relógio’, isto quando se trata de danças de roda. Sendo o folclore um ramo da antropologia,
deve adotar símbolos e terminologia já consagrada pelo consenso geral dos estudiosos das ciências
humanas, para não cair numa daquelas moléstias que atacam o folclorista, segundo escreve Ralph Steele
Boggs, que é a de desconhecer o que há nas outras ciências, na própria antropologia, e ficar então
‘criando’ classificações etc.
“Ao estudarmos as danças folclóricas brasileiras, queremos à guisa de frontispício deste capítulo,
colocar a frase de uma autoridade de renome internacional em danças, do crítico de arte e coreólogo
Nicanor Miranda: ‘No princípio, era o movimento.”
Índice
Capítulo I – Danças - DANÇA DE SANTA CRUZ - DANÇA DE SÃO GONÇALO - CURURU
RURAL - CURURU URBANO – CATERETÊ – FANDANGO - QUADRILHA E LUNDU – JONGO –
BATUQUE – CÔCO – BAIANÁ - MAIS DANÇAS
Capítulo II – Recreação - Folguedos populares e tradicionais – CAVALHADAS - CARREIRA DE
CAVALOS – RODEIO – TOURADA – VAQUEJADA - CARREIRA DE BOIS – MARACATU –
TUXAUS - AFOXÉ OU AFUXÉ - BRIGA DE GALOS – CAPUEIRA – CAMBAPÉ - DANÇA DO
BATE-COXA - ENTREVERO DE FACÃO – VIVÓRIO – MAMULENGO - PAU-DE-SEBO - Jogos
tradicionais e populares – BRINCOS - ALGUNS BRINCOS INFANTIS – BRINQUEDOS – DISPARATE
– PALITINHO - BRINQUEDOS DE MINHA INFÂNCIA – Divertimentos - O CIRCO DE BOLANTINS
- BANDA DE MÚSICA - A FARMÁCIA – AREÓPAGO PROVINCIANO DO BRASIL
Capítulo III – Música - MÚSICA FOLCLÓRICA - RONDAS INFANTIS DE CANANÉIA –
ACALANTO - RODA PAGODE - CANTIGAS DE TRABALHO - ABOIO DE ROÇA – MODA –
SERENATA – CORETO - CANTIGAS DE RIXA – BENDITO - CANTIGAS DE CEGO - CANTOS
DE VELÓRIO - CÂNTIGO PARA AS ALMAS - TERNO DE ZABUMBA - INSTRUMENTOS
MUSICAIS – Adjá, Adufe, Agogô, Angóia, Arco-e-flecha, Bastão de Moçambique, Biritador ou Guzunga,
Buzina, Caixa, Surdo, Tarol, Candongueiro, Cavaquinho, Chocalho, Maracá, Marimba, Marimbau, Matraca,
Paia, Pandeiro, Pistão, Puíta, Quinjengue ou Mulemba, Rabeca, Reco-reco, Sanfona, Tamborim, Tambu,
Triângulo, Urucungo, Viola, Tipos, Viola paulista, Anatomia da viola, Boca, Braço, Cordas, Ordem e Tempero,
Afinações, As doenças da viola, Zabumba.
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