Termo de Consentimento

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CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA
Termo de ciência e consentimento
Por este instrumento particular o (a) paciente____________________________________
ou seu responsável, Sr. (a) ______________________________________, declara, para todos
os fins legais, que dá plena autorização ao médico assistente, Dr. Fausto Antonio de Paula
Junior para proceder as investigações necessárias ao diagnóstico do seu estado de saúde, bem
como executar o procedimento cirúrgico designado “Tímpanomastoidectomia”, e todos os
procedimentos que o incluem, inclusive anestesias ou outras condutas médicas que tal
tratamento médico possa requerer, podendo o referido profissional valer-se do auxilio de
outros profissionais de saúde.
Declara, outrossim, que o referido médico, sugeriu o tratamento médico-cirúrgico de
“Tímpanomastoidectomia” antes apontado, prestando informações detalhadas sobre o
diagnóstico e sobre os procedimentos a serem adotados no tratamento sugerido e ora
autorizado, especialmente as que se seguem:
Princípios e indicações:
As infecções crônicas de ouvido podem ser divididas didaticamente em três grupos:
1. Otite Média Crônica Simples: este termo se aplica àqueles pacientes com
perfuração no tímpano, mas que conseguem deixar o ouvido seco, isto é, sem
infecção por um longo tempo ou a infecção é fácil de ser tratada com
medicamentos;
2. Otite Média Crônica Supurativa: são aqueles ouvidos que mesmo com
medicamentos e cuidados não conseguem ficar sem infecção (supuração);
3. Otite Média Crônica Colesteatomatosa: Ocolesteatoma não permite um ouvido
saudável e, com seu crescimento, outras estruturaspróximas podem ser acometidas,
como o labirinto (surdez, tontura e zumbido), o nervofacial (paralisia facial) e
meningite ou abscessos cerebrais.
Quando temos as infecções 2 ou 3, temos que fazer uma cirurgia chamada
mastoidectomia, que pode ser feita com ou sem reconstrução do mecanismo de audição,
dependendo da extensão da doença e da presença do colesteatoma.
Para que você entenda melhor o que vai ser feito, faremos aqui uma pequena súmula de
como é seu ouvido e como ele funciona. O ouvido é dividido em ouvido externo, ouvido médio
e ouvido interno.
O ouvido externo corresponde à orelha, o canal auditivo externo e termina no tímpano. O
ouvido médio compreende o tímpano, os ossinhos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) e
uma parte óssea chamada mastóide (osso que podemos palpar atrás da orelha). O ouvido
interno corresponde ao labirinto posterior (responsável pelo equilíbrio) e à cóclea. Da cóclea
sai o nervo auditivo que leva o som ao cérebro.
O som se espalha por uma vibração no ar. Esta vibração é captada pela membrana do
tímpano que também vibra como um tambor muito sensível. A vibração do tímpano
movimenta os ossinhos do ouvido (martelo, bigorna e estribo) que estão articulados como um
sistema de “roldanas” transmitindo esta vibração à uma membrana que se encontra
encostada no estribo e oclui a cóclea. A cóclea é cheia de um líquido e tem a forma de um
caracol. Com a vibração do estribo que, consequentemente, faz vibrar a membrana da cóclea,
este líquido se movimenta dentro da cóclea.
Dentro do canal da cóclea existem células com cílios que se movimentam conforme o
líquido se movimenta. Estas células transformam em energia elétrica o som recebido e a
transmite para o nervo auditivo que leva a informação sonora até o cérebro.
B- CIRURGIA
A cirurgia começa por uma incisão atrás da orelha por onde se expõe o ouvido e a
mastóide. Utilizamos um microscópio cirúrgico e um micromotor com brocas para realizá-la.
Com o micromotor limpamos toda doença existente na mastóide (osso atrás do ouvido) e
expomos a cavidade timpânica, local onde estão os ossinhos do ouvido (martelo, bigorna e
estribo).
Dependendo da doença, temos que limpar toda esta região também, retirando os ossinhos
e tornando o ouvido e a mastóide uma só cavidade. Isto deve ser feito em casos de
colesteatomas ou infecção importante. Esta cirurgia se chama mastoidectomia radical. Nesta
cirurgia temos que adaptar o conduto auditivo externo tornando-o maior. Isto se chama
meatoplastia.
Outro tipo de mastoidectomia pode ser feita quando a doença não está tão evoluída.
Chama-se timpanomastoidectomia e é basicamente a mesma cirurgia, porém tenta-se manter
o mecanismo de audição.
Após a cirurgia poderão ocorrer:
INFECÇÃO – Infecção no ouvido, com drenagem de secreção, inchaço e dor, pode persistir
após a cirurgia ou, em raras ocasiões, aparecer por alterações cicatriciais. Quando isto ocorre,
uma cirurgia adicional pode ser necessária para controlar a infecção.
PERDA DA AUDIÇÃO – Uma parte dos pacientes operados a audição poderá diminuir por
problemas cicatriciais. Raramente esta perda poderá ser severa.
PERFURAÇÃO TIMPÂNICA RESIDUAL OU RECIDIVANTE – Em parte dos casos poderá não
ocorrer a total pega do enxerto, ou ele poderá necrosar (ser perdido) posteriormente. Nestes
casos, uma segunda cirurgia é indicada para corrigir este defeito.
ZUMBIDO – Pode surgir ou piorar, e é de difícil tratamento.
TONTURA – Poderá ocorrer logo após a cirurgia, por irritação das estruturas do ouvido
interno. Em alguns casos poderá persistir por uma semana.
DISTÚRBIO DO PALADAR E BOCA SECA – Não é raro ocorrer, por semanas após a cirurgia.
Em alguns casos este distúrbio poderá ser prolongado pelo manuseio ou secção do nervo
corda do tímpano, havendo em geral compensação gradual.
PARALISIA FACIAL – É rara e pode ocorrer temporária ou definitivamente, em face da
exposição, anormalidade ou edema do nervo, que pode regredir espontaneamente. Em raras
ocasiões o nervo poderá ser lesado na cirurgia e, nestes casos, pode ser necessário um enxerto
de nervo do pescoço ou da perna. Também pode haver complicações oculares, resultantes
dessa paralisia facial.
HEMATOMA – Por vezes se forma hematoma, que poderá exigir drenagem cirúrgica.
FÍSTULA LIQUÓRICA – Na cirurgia da mastóide poderá ocorrer fístula liquórica, podendo a
correção ser feita no mesmo ou em outro ato cirúrgico.
COMPLICAÇÕES CRANIANAS – Mesmo nas mastoidectomias mais alargadas é raro ocorrer
meningite ou abscesso cerebral, geralmente cede com antibióticos.
COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA GERAL – Complicações anestésicas são muito raras, mas
podem ocorrer e ser sérias, e devem ser esclarecidas com o médico anestesiologista.
Declara, ainda, que tais informações lhe foram prestadas de viva voz pelo médico, cliente
de que sua não observância poderá acarretar riscos e efeitos colaterais a si (ou ao paciente).
Declara, igualmente, estar ciente de que o tratamento adotado não assegura a garantia de
cura, e que a evolução da doença e do tratamento pode obrigar o médico a modificar as
condutas inicialmente propostas, sendo que, neste caso, fica o mesmo autorizado, desde já, a
tomar providências necessárias para tentar a solução dos problemas surgidos, segundo seu
julgamento.
Finalmente, declara ter sido informado a respeito de métodos terapêuticos alternativos
e estar atendido em suas duvidas e questões, em linguagem clara e acessível. Assim, tendo
lido, entendido e aceito as explicações sobre os mais comuns RISCOS E COMPLICAÇÕES deste
procedimento, expressa seu pleno consentimento para sua realização.
Código de Ética Médica – Art. 59º - É vedado ao médico deixar de informar ao paciente o
diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação
direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao
seu responsável legal.
Limeira, _____/______/_________
Assinatura do paciente ou responsável ______________________________
Nome por extenso ______________________________
RG ______________________________
Dr. Fausto A. De Paula Junior - CRM: 103073______________________________
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