LARVA Migrans CUTÂNEA: UMA REVISÃO DE

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LARVA Migrans CUTÂNEA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
MACUGLIA, Carla Nunes¹; SILVA, Silvana Andreia¹; SPEROTTO, Rita Leal²
Introdução: A Larva Migrans Cutânea (LMC) é também chamada de bicho de praia, bicho
geográfico e larva serpiginosa, pelas lesões cutâneas causadas, que se parecem com um
mapa e com rastro de serpente. É uma zoonose provocada por parasitas que causam essa
dermatose, tendo como hospedeiro definitivo destes helmintos não é o homem, e sim
animais domésticos. As espécies mais comuns causadoras de tais parasitoses cutâneas são o
Ancylostoma brasiliense e o Ancylostoma caninum, parasitas de gatos e cães,
respectivamente. Estes parasitas são geohelmintos encontrados em regiões tropicais. Os
parasitas adultos vivem no aparelho digestório de tais animais e ovipõe no intestino
delgado. Os ovos são eliminados nas fezes do animal, que normalmente ficam em locais de
acesso público, como praias, pracinhas e varandas, locais de clima, umidade e temperatura
favoráveis à evolução do parasita, tornando-se, em aproximadamente sete dias, larvas
infestantes. O homem torna-se hospedeiro de forma acidental, quando este entra em contato
com as larvas infectantes que penetram em sua pele através de folículos pilosos, glândulas
sudoríparas, fissuras cutâneas ou através da pele intacta, sendo os pés, as pernas e as mãos
são os locais mais afetados. No ser humano as larvas não são capazes de completar seu ciclo
vital, por ser um parasita de animais, e morrem algumas semanas depois da infestação,
permanecendo entre a epiderme e a derme. A maioria dos casos diagnosticados referem-se a
turistas que visitaram praias, cujo diagnóstico clínico é baseado na anamnese (história de
viagem à zona endêmica) e no exame clínico. Objetivos: O presente trabalho tem como
objetivo descrever esta parasitose, destacando principalmente a patogenia e a
sintomatologia, o diagnóstico e o tratamento desta zoonose. Considerando-se que é de
relevante importância o tema em questão e pelos conhecimentos possíveis de encontrar-se
no mesmo; o desenvolvimento de estudos neste sentido representa ricas possibilidades de
exploração no assunto, bem como aprofundar os conhecimentos adquiridos para o
diagnóstico da doença e o tratamento da mesma. Metodologia: Trata-se de um estudo de
revisão bibliográfica, no qual foram utilizados sites de busca, como SCIELO, e PUBMED,
além de sites de revistas, como a Revista de Saúde Pública, Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical, entre outras, através das palavras-chave: pele, parasitose, parasitas.
Resultados: Como resultado da pesquisa bibliográfica, foi possível constatar, que as
doenças infecciosas e parasitárias estão aumentando sua prevalência em países europeus
devido aos movimentos migratórios e aumento do turismo. As maioria destas doenças são
causadas por lesões cutâneas, sendo a larva Migrans cutânea uma parasitose bastante
prevalente. Conclusões: Com base nisso, conclui-se que das diversas enfermidades animais,
as doenças parasitárias merecem grande destaque na saúde pública. Não é dada a devida
importância à esta e a outras zoonoses como doenças, que afetam a qualidade de vida, sendo
questão de cidadania a informação sobre a gravidade e profilaxia dessas parasitoses.
Medidas de controle efetivas, baseadas em conhecimentos epidemiológicos e em controle
sanitário de animais e de locais públicos é que irão preservar a saúde e o bem estar das
populações de zonas endêmicas.
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¹ Acadêmicas do Curso de Biomedicina da Universidade de Cruz Alta, RS – UNICRUZ Email:
[email protected] ; [email protected]
² Docente do Curso de Farmácia e Biomedicina da Universidade de Cruz Alta, RS – UNICRUZ e
orientadora do presente trabalho. Email: [email protected]
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