a mais jovem orquestra de jazz do país Direcção Artística e Coordenação Geral | Alexandra Ávila Trindade e João Godinho Direcção Musical e Direcção Pedagógica | Claus Nymark Secretariado de Orquestra e Assistência Pedagógica | João Fragoso Assistência de Produção e Assistência Pedagógica | Ricardo Maia Comunicação e Apoio Administrativo | Gil Pereira Produção Executiva | Orelha Viva www.bigbandjunior.org 8 ANOS DE PROJECTOS DE FORMAÇÃO EM JAZZ NO CCB Conhecemo-nos em 2003 numa empresa de agenciamento de artistas. À partida unia-nos o facto de termos tido um percurso semelhante no que respeita à nossa formação musical: frequência dos “conservatórios”, seguida de uma passagem pela Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. No entanto, rapidamente percebemos que partilhávamos também a vontade de proporcionar às gerações de músicos mais jovens aquilo de que sentimos falta na nossa juventude: a possibilidade de tocar jazz e de aprender a improvisar. A Lisbon Jazz Summer School (LJSS) foi a primeira iniciativa que criámos para dar resposta a esta lacuna que sempre sentimos no panorama do ensino musical. No âmbito deste evento, prontamente acolhido pelo Centro Cultural de Belém, nasceu o Férias com Jazz, um curso de iniciação ao jazz dirigido a músicos entre os 12 e os 16 anos de idade. À data da 1ª edição da LJSS, em 2008, ainda eram poucas as escolas de música que incluíam o jazz ou a improvisação no seu programa de estudos. E mesmo nas escolas de música exclusivamente dedicadas ao ensino do jazz, a idade mínima para iniciar os estudos rondava então os 16 anos. No entanto, o Férias com Jazz veio claramente colmatar uma lacuna, pois teve uma enorme adesão logo desde a sua estreia, tendo recebido em cada uma das 6 edições já decorridas cerca de 40 jovens músicos dos mais variados instrumentos e proveniências. Efectivamente, o facto de o Férias com Jazz continuar a receber alunos de todos os distritos de Portugal, incluindo Açores e Madeira, é sintomático, quer do prestígio da iniciativa, quer de que a oferta educativa na área da iniciação ao jazz e improvisação continua escassa e este curso continua a ser a principal referência à escala nacional. Face ao êxito do Férias com Jazz, quer os encarregados de educação dos participantes quer a Administração do Centro Cultural de Belém manifestaram vontade de extender a todo o ano lectivo as actividades de iniciação ao jazz. Foi neste contexto que propusemos ao CCB o projecto de uma orquestra-escola de jazz para jovens músicos entre os 12 e os 17 anos. Assim, em 2010, resultado de uma colaboração entre o CCB e o Hot Clube de Portugal, nasceu a Big Band Júnior (BBJ), com a missão de estimular o gosto pelo jazz entre os mais novos, proporcionando uma formação de qualidade aos seus alunos enquanto músicos de uma orquestra de jazz e dando-lhes a oportunidade de experienciarem momentos que fazem habitualmente parte da vida de um músico profissional. Entre 2008 e 2016, cerca de 300 jovens músicos entre os 12 e os 17 anos tiveram nestes projectos promovidos pelo Centro Cultural de Belém o seu primeiro contacto com o jazz. Hoje, um pouco por todo o país, há cada vez mais jovens músicos a incluírem o jazz no seu percurso de aprendizagem e não temos dúvidas de que a LJSS e a BBJ foram em grande medida responsáveis por esta mudança de paradigma no ensino da música em Portugal. Ao apoiar estes projectos, o Centro Cultural de Belém tem sido um dos grandes impulsionadores desta tendência recente. Decorridos já 8 anos sobre a data da primeira edição do Férias com Jazz, temos constatado que vários dos alunos que tiveram na LJSS e na BBJ o seu primeiro contacto com o jazz prosseguiram estudos por essa via e encontram-se hoje a frequentar cursos superiores de jazz. Mas o sucesso destes projectos não se mede apenas pelo número de alunos que descobre no jazz a sua vocação. Está também nos muitos jovens e respectivos familiares que passam a ser público para o jazz e que passam a ser público regular da programação do CCB. 1 Acreditamos que o empenho e a produtividade dos jovens que participam nos nossos projectos estão directamente relacionados com o facto de eles se sentirem parte desta pequena família do jazz que vai crescendo a cada edição da LJSS e da BBJ. Por isso desenvolvemos um trabalho cuidado e constante no sentido de fazer do Férias com Jazz e da Big Band Júnior espaços de inclusão, ambientes de convívio entre amigos que partilham os mesmos interesses e que acabam por se sentir parte de uma família. Em 2014 criámos a Orelha Viva, associação cultural que tem como missão proporcionar formação de qualidade na área do jazz e da música improvisada: promovendo actividades que ofereçam aos seus participantes um contacto intensivo com músicos internacionais de primeira linha; oferecendo alternativas ao ensino tradicional da música em Portugal; dando oportunidade aos mais novos de se iniciarem noutras linguagens musicais; contribuindo para a dinamização do jazz e da música improvisada em Portugal e para o seu reconhecimento internacional. Alexandra Ávila Trindade e João Godinho Direcção Artística LJSS e BBJ Orelha Viva – Associação Cultural JAZZ PARA TODOS / ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA A orquestra de jazz é uma estrutura especialmente adequada à aprendizagem de jazz numa fase inicial devido à sua formação alargada, que permite a integração de músicos com vários níveis de experiência. Entendo que estejam numa “fase inicial” tanto músicos que se encontrem de facto numa fase inicial da sua aprendizagem musical, como músicos de outras áreas que desejem aprender a tocar jazz. Ao longo da história do jazz são muitos os exemplos de músicos – que hoje em dia figuram entre os mais famosos – que começaram as suas carreiras em big bands: Coleman Hawkins, Harry James e John Coltrane, só para mencionar alguns. A importância da orquestra de jazz enquanto veículo de divulgação da música e dos seus melhores músicos e compositores parece ser merecedora de uma atenção especial por parte das entidades oficiais. Muitos países mantêm presentemente uma orquestra nacional que se dedica exclusivamente a esta divulgação. De igual modo muitos conservatórios e universidades orgulham-se das suas orquestras de jazz como meio de promoção da instituição. É frequente que workshops promovam trabalho em orquestra e que esta orquestra seja o elemento principal no concerto final. Ao longo dos últimos anos temos assistido a uma crescente oferta de ensino de jazz, tanto a nível superior como a nível básico. O Ministério da Educação acompanhou este fenómeno ao regulamentar o ensino superior de jazz. Neste âmbito é de destacar a importância dada ao trabalho em orquestra de jazz no plano curricular definido pelo Ministério. Claus Nymark Direcção Pedagógica e Direcção Musical BBJ (texto extraído da Tese de Mestrado de Claus Nymark: “Jazz para Todos”) 2 A ORQUESTRA-ESCOLA A Big Band Júnior (BBJ) é uma orquestra-escola de jazz constituída por cerca de 20 músicos entre os 12 e os 17 anos de idade. Nasceu em Outubro de 2010, a partir de uma ideia original de Alexandra Ávila Trindade e João Godinho (também responsáveis pela criação e direcção artística da Lisbon Jazz Summer School – escola de jazz de Verão do Centro Cultural de Belém) e ganhou forma através de uma parceria entre o Centro Cultural de Belém e o Hot Clube de Portugal. A missão da BBJ é estimular o gosto pelo jazz entre os mais novos, proporcionando uma formação de qualidade aos seus alunos enquanto músicos de uma orquestra de jazz e dando-lhes a oportunidade de experienciarem momentos que fazem habitualmente parte da vida de um músico profissional. As aulas-ensaio são conduzidas pelo maestro Claus Nymark e decorrem semanalmente entre Outubro e Junho, de acordo com o calendário lectivo, nas instalações da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. E porque numa orquestra-escola a vertente performativa é tão importante como a vertente formativa, em cada ano lectivo a BBJ tem assegurada a realização de pelo menos três concertos no Centro Cultural de Belém. OUTRAS ACTIVIDADES Além das aulas-ensaio e dos 3 concertos por temporada no CCB, procuramos proporcionar aos alunos da BBJ outras experiências musicais. Actualmente a orquestra conta já com cerca de 40 apresentações em concerto. Nestes 6 anos, os músicos da BBJ tiveram já a oportunidade de viver várias experiências musicais que fazem habitualmente parte do percurso de um músico profissional. Em todas as edições convidamos grandes nomes do jazz nacional para trabalhar e partilhar o palco com a orquestra. Neste contexto os alunos da BBJ tiveram já o privilégio de tocar com Mário Delgado, Carlos Bica, Gonçalo Marques, João Paulo Esteves da Silva, Mário Laginha e Maria João. Outro momento alto no percurso da BBJ foi a sua estreia no lendário palco do Hot Clube de Portugal, também com a participação especial de Mário Laginha, num concerto cujas receitas reverteram a favor da Make-a-Wish Portugal. Entretanto, a orquestra já voltou ao palco do Hot Clube em Novembro de 2015, num concerto cujas receitas reverteram a favor da Associação Portuguesa de Charcot-Marie-Tooth e que teve como músicos convidados João Paulo Esteves da Silva e Maria João. No âmbito do Festival Big Bang “Música e Aventura para Crianças”, em 2012 a Big Band Júnior fez com a Bigodes Band o Concerto de Encerramento do festival, e em 2015, num trabalho conjunto com a banda belga Hop Frog Fanfarre, fez dois concertos de sala cheia no Grande Auditório do CCB, tendo sido uma das mais enriquecedoras experiências musicais vivida pela orquestra. Para além dos concertos no CCB e no Hot Clube, a orquestra tem sido convidada para tocar em vários eventos um pouco por todo o país. Neste contexto, destacamos os concertos nos seguintes festivais: Abril Jazz Mil, em Palmela, Festival de Jazz de Valado de Frades (17ªedição), Festival Douro Jazz (Teatro Municipal de Bragança), Lisbon Music Fest - Festival Internacional de Orquestras Juvenis (Ruínas do Carmo). Em Julho de 2013 os alunos da BBJ gravaram o seu primeiro CD “Pegadas Azuis”, lançado oficialmente em Maio de 2014, no Festival Dias da Música. Em Julho deste ano de 2016 a BBJ voltou ao Estúdio Timbuktu para gravar o seu segundo CD “A Lua Partida ao Meio”, com os convidados Mário Delgado, Mário Laginha, Maria João, João Paulo Esteves da Silva e Gonçalo Marques. A concretização deste segundo trabalho discográfico resultou de uma campanha de crowdfunding levada a cabo pela Orelha Viva e cujo excendente (cerca de 1000 euros) reverteu a favor da Associação Portuguesa de Charcot-Marie Tooth. O lançamento do CD está previsto para 17 de dezembro de 2016, aquando do primeiro concerto desta temporada da BBJ no Pequeno Auditório do CCB. REPERTÓRIO Inspirado em grande parte na era de ouro do jazz e das big bands, o repertório da BBJ conta também com ritmos e sonoridades mais modernas, que se fazem ouvir especialmente nos temas compostos pelo seu maestro Claus Nymark, por intérpretes e compositores convidados ou pelos próprios alunos da big band. Em cada temporada a Big Band Júnior tem convidado grandes nomes do jazz nacional para trabalharem e partilharem o palco com a orquestra no concerto final de temporada. Até agora os músicos convidados foram Mário Delgado, que compôs para a orquestra o tema Bond and Floyd; Carlos Bica, de quem a orquestra interpretou três temas, com arranjos de Claus Nymark, João Paulo Esteves da Silva num concerto integrado no festival Dias da Música 2014, e o trompetista Gonçalo Marques num concerto dedicado ao universo musical de Miles Davis. Outro momento alto no percurso da BBJ foi a sua estreia no lendário palco do Hot Clube de Portugal, com a participação especial de Mário Laginha, num concerto cujas receitas reverteram a favor da Make-a-Wish Portugal. Mário Laginha foi também o músico convidado da Big Band Júnior no Festival Dias da Música 2015, onde apresentou peças suas com a orquestra, tendo ainda estreado um arranjo para a BBJ de uma peça escrita por João Godinho quando tinha a idade dos jovens que actualmente compõem a orquestra. CONCERTOS E BILHETEIRA (Valores referentes ao período Outubro 2010 a Junho 2016; Consultar tabela detalhada em anexo.) • Total de concertos no CCB: 23 o Média de vendas por concerto: 223 o Média de convites por concerto: 84 o Lotação total média por concerto: 293 pessoas o Total de afluência de público nos 23 concertos no CCB: 5272 pessoas • Total de actuações BBJ entre Outubro 2010 e Junho 2016: 41 LINHAS ORIENTADORAS PARA O FUTURO • Oficina Primavera em Big Band: oficina de iniciação ao jazz em orquestra, a realizar no período de férias da Páscoa e com a duração de 5 dias. As manhãs serão dedicadas a teoria e técnica de improvisação para sopros e técnicas de acompanhamento improvisado para elementos de secção rítmica, e as tardes a ensaio da orquestra. A oficina culminará com um concerto de apresentação do trabalho desenvolvido. Esta acção tem também como objectivo angariar novos alunos para edições futuras da BBJ. • Digressões: estamos continuamente a trabalhar no sentido de levar a orquestra a actuar em outras salas e em festivais. Com estes concertos pretendemos proporcionar cada vez mais experiências de palco aos elementos da orquestra. Por outro lado, faz parte da nossa missão dar a conhecer o formato deste projecto pioneiro em Portugal e contribuir para que o jazz faça parte do universo musical dos mais novos um pouco por todo o país. • Oficinas Itinerantes BBJ: Os concertos da BBJ fora do CCB podem ser complementados por uma Oficina de Big Band dirigida a alunos de escolas de música, bandas filarmónicas, etc., entre os 12 e os 17 anos. Nesta oficina, sob a orientação pedagógica de Claus Nymark, os participantes tomam contacto com os princípios básicos do trabalho em orquestra de jazz e preparam um ou dois temas. Depois, em concerto, os participantes da oficina juntam-se aos elementos da BBJ para apresentar o resultado do seu trabalho. A Oficina Itinerante BBJ, além de acrescer ao concerto uma componente de serviço educativo, contribui para o envolvimento da comunidade jovem local e para uma maior adesão aos concertos da orquestra. • Abrir a Big Band Júnior aos compositores: a BBJ pode ser uma orquestra-escola também para compositores, constituindo-se como laboratório de criação, experimentação e divulgação do trabalho de músicos consagrados mas também de jovens promessas, enriquecendo-se, desta forma, ainda mais o repertório original da orquestra. Esta vertente do projecto pode concretizar-se através de encomendas e também através da realização de workshops de composição e arranjo para big bands júniores, orientados pelo maestro Claus Nymark, cuja tese de mestrado “Jazz para Todos” incide justamente sobre esta matéria. • Parcerias com escolas superiores de música: para a concretização do objectivo anterior, tencionamos estabelecer protocolos com escolas superiores de música, em especial com as que oferecem cursos superiores de jazz, desafiando alunos e professores a escreverem para a BBJ e a participarem nos referidos workshops. • Gravação e Edição de um novo CD a cada 3 anos de actividade o Julho 2013 - “Pegadas Azuis” o Julho 2016 “A Lua Partida ao Meio” com os convidados Mário Delgado, Mário Laginha, Maria João, João Paulo Esteves da Silva e Gonçalo Marques. • Site da Big Band Júnior o Situado em www.bigbandjunior.org, o site da BBJ constitui um acervo exaustivo da actividade desta orquestra-escola desde a sua génese. Aí encontram-se registos áudio, vídeo, fotografias, multimédia, folhas de sala, lista de actuações, testemunhos de alunos, testemunhos de encarregados de educação, recortes de imprensa, entre muitos outros elementos inerentes à actividade da orquestra. 5 o Temporada 2016-17 - 17 de Dezembro de 2016 | 21h00 | Pequeno Auditório do CCB | A Lua Partida ao Meio | Lançamento do 2º CD da Big Band Júnior - 25 de Março | Celebrações do Dia Mundial da Poesia 2017 | CCB - 1 de Julho de 2017 | 21h00 | Pequeno Auditório do CCB Frederico Araújo, clarinete Miguel Morais, clarinete Clara Sprung, saxofone alto Luz Fonseca, saxofone alto Miguel Fernandes, saxofone alto Ricardo Neto, saxofone alto Sofia Sena, saxofone tenor Inês Miranda, oboé Hugo Xavier, trompete Duarte Carvalho, guitarra eléctrica Ricardo Almeida, guitarra eléctrica Inês Ferreira, piano José Manuel Cavaco, piano Manuel Castro, violino Laura Carvalho, violoncelo João Lobo, contrabaixo Afonso Alves, bateria Tomás Almeida, bateria Maria Caldeira Pinto, voz 6 Temporada 2015-16 - 19 de Dezembro de 2015 | Sábado | 21h00 | Take the BBJ Train | Pequeno Auditório do CCB - 23 de Abril de 2016 | 19h00 | Festival Dias da Música 2016 | Volta ao mundo em 80 concertos - 25 de Abril de 2016 | 16h00 | Assembleia da República | Comemorações do 25 de Abril - 30 de Junho de 2016 | 5ª Feira | 21h00 | Summer Wind | Pequeno Auditório - 5 a 8 de Julho 2016 | A Lua Partida ao Meio | Gravação de CD no Estúdio Timbuktu, com os convidados Mário Delgado, Mário Laginha, Maria João, João Paulo Esteves da Silva, Gonçalo Marques, Ricardo Maia e os ex-alunos da BBJ Francisco Gomes e Bernardo Tinoco. Frederico Araújo (14 anos), clarinete Artur Leitão (16 anos), saxofone alto Francisco Lomba (14 anos), saxofone alto Luz Fonseca (16 anos), saxofone alto Ricardo Neto (13 anos), saxofone alto Sofia Sena (14 anos), saxofone alto Thomas Childs (15 anos), trompete Tomás Ferreira (15 anos), trombone Diogo Lopes (15 anos), piano José Manuel Cavaco (13 anos), piano João Pedro Lobo (15 anos), contrabaixo Afonso Alves (16 anos), bateria João Ribeiro (17 anos), bateria Matilde Madeira Lopes (15 anos), voz Temporada 2014-15 - - - - - - - 20 de Dezembro 2014 | Pequeno Auditório | CCB | com Big Band de Alunos do Hot Clube de Portugal 25 de Abril de 2015 | CCB | Festival Dias da Música | Bucha e Estica | com Mário Laginha 16 de Maio de 2015 | Ereira | Mês da Música 20 de Junho de 2015 | Pequeno Auditório | CCB | Just Friends 4 de Julho de 2015 | Ruínas do Carmo | Lisbon Music Fest (Fest. Internac. Orquestras Juvenis) 9 de Outubro de 2015 | Teatro Municipal de Bragança | Festival Douro Jazz 23 e 24 de Outubro 2015 | Festival Big Bang | Grande Auditório CCB | com Hop Frog Fanfare Frederico Araújo (12 anos) - clarinete André Simões (15 anos) - saxofone alto Bernardo Tinoco (14 anos) - saxofone alto Ricardo Neto (12 anos) - saxofone alto Sofia Sena, (12 anos) - saxofone alto Thomas Childs (13 anos) - trompete Tomás Ferreira (14 anos) - trombone Diogo Lopes (15 anos) - piano Francisco Gomes (15 anos) - piano Afonso Lourenço (16 anos) - guitarra eléctrica Pedro Rodrigues (15 anos) - baixo eléctrico Tomé Ferreira (16 anos) - bateria Matilde Madeira Lopes (13 anos) - voz Temporada 2013-14 - - - - - - - - 15 de Novembro de 2013 | Celebração dos 20 anos da ETIC | Auditório Atmosferas 14 de Dezembro de 2013 | Pequeno Auditório | CCB | Tune Up 7 de Março | Encontro com Big Band “Júnior” da Taft School | Connecticut 22 de Março| Dia Mundial da Poesia 4 de Maio de 2014 | Festival Dias da Música 2014 | CCB | com João Paulo Esteves da Silva 1 de Junho | Centro de Artes de Ovar | Dia Mundial da Criança 8 de Junho | Festival de Jazz de Valado dos Frades 28 de Junho de 2014 | Pequeno Auditório | CCB | Miles Ahead | com Gonçalo Marques João Câmara Serra (16 anos) - Clarinete Tiago Carvalho (14 anos) - Clarinete André Simões (15 anos) - Saxofone Alto Pedro Pereira (17 anos) - Saxofone Alto e Tenor Joana Melo (18 anos) - Acordeão João Tiago Ramos (16 anos) - Trompete Virgile Henriques (16 anos) - Trompete Diogo Lopes (14 anos) - Piano Rita Fernandes (16 anos) - Piano Afonso Lourenço (16 anos) - Guitarra Gil Lima (15 anos) - Guitarra Tomé Ferreira (16 anos) - Bateria Nádia Liladar Mourão (17 anos) - Contrabaixo Pedro Finisterra (19 anos) - Contrabaixo e Baixo Eléctrico Temporada 2012-13 - - - - - - - - 2 de Dezembro de 2012 | Ensaio Aberto | Mercado CCB | CCB 15 de Dezembro de 2012 | Pequeno Auditório | CCB | We've Got Rhythm! 16 de Abril de 2013 | Hot Clube de Portugal (Praça da Alegria) | Convidado Especial: Mário Laginha 20 de Abril de 2013 | Festival Dias da Música | CCB 2 de Junho de 2012 | Ensaio Aberto | Mercado CCB | CCB 29 de Junho de 2013 | Pequeno Auditório | CCB | Twist | Convidado Especial: Carlos Bica 1 a 4 de Julho de 2013 | Gravação de CD | Estúdios Timbuktu 6 de Julho de 2013 | Há Prova em Oeiras | Jardins Marquês de Pombal | (Dir. Maestro Luís Cunha) Sara Fernandes (17 anos) - Flauta Teresa Ramos (17 anos) - Flauta Duarte Almeida (12 anos) - Clarinete Inês Serrão (15 anos) - Clarinete João Câmara Serra (16 anos) - Clarinete André Simões (15 anos) - Saxofone Alto Nuno Almeida (15 anos) - Saxofone Alto Pedro Pereira (17) - Saxofone Tenor Afonso Lourenço (15 anos) - Trompete João Ramos (15 anos) - Trompete Virgile Henriques (15 anos) - Trompete Joaquim Cerqueira (13 anos) - Trombone Rodrigo Lopes (14 anos) - Violino Ivo Soares (17 anos) - Voz Dinis Costa, (15 anos) - Piano Diogo Lopes (13 anos) - Piano Nádia Mourão (16 anos) - Contrabaixo Pedro Finisterra (18 anos) - Contrabaixo e Bx Eléctrico António Roldão (16 anos) - Bateria Tomé Ferreira (15 anos) - Bateria Temporada 2011-12 - - - - - - - - 16 de Dezembro de 2011 | CCB | Pequeno Auditório | Pegadas Azuis 17 de Março de 2012 | CCB | Pequeno Auditório | Spring Ahead 18 Março 2012 | Encontro com a Rivers School Band | Escola de Jazz do HCP 22 de Abril de 2012 | Festival Abril Jazz Mil | Palmela 28 de Abril de 2012 | Festival Dias da Música | CCB 1 de Junho de 2012 | Ensaio Aberto no Jardim das Oliveiras | CCB 28 de Junho de 2012 | CCB | Pequeno Auditório | Catch Me! | Convidado Especial: Mário Delgado 28 e 29 de Setembro de 2012 | Festival Big Bang | Fábrica das Artes | CCB. No âmbito deste festival a BBJ fez três apresentações: o Dois concertos da Big Band Júnior no Foyer do Pequeno Auditório o Concerto Big Bigodes Band Júnior Finale | Concerto de Encerramento do festival, em parceria com a Bigodes Band Sara Fernandes (16 anos) - Flauta João Tiago Ramos (14 anos) - Trompete Afonso Lourenço (14 anos) - Trompete Henrique Cerqueira (14 anos) - Trompete Pedro Pereira (15 anos) - Saxofone Alto Hugo Henriques (16 anos) -Saxofone Alto Marú Lohmann (16 anos) - Saxofone Alto * Isalcino Sousa (17 anos) – Trombone * Diogo Dias (15 anos) - Tuba Joana Melo (16 anos) - Acordeão Dinis Costa (14 anos) - Piano Mário Espada (16 anos) - Piano Duarte Martinho (14 anos) - Guitarra Tomé Ferreira (14 anos) - Bateria António Roldão (15 anos) - Bateria Pedro Finisterra (18 anos) - Baixo Eléctrico Ivo Soares (15 anos) – Voz * Alunos da Orquestra Geração a quem foram atribuídas bolsas nesta edição Temporada 2010-11 - - - - - 19 de Fevereiro de 2011 | CCB | Pequeno Auditório | Concerto de Estreia da BBJ 16 de Abril de 2011 | CCB | Festival Dias da Música 14 de Maio de 2011 | Museu da Música Portuguesa | Casa Verdade de Faria | Noite dos Museus 4 de Junho de 2011 | CCB | Pequeno Auditório | Summertime! 5 de Junho de 2011 | Elevador de Santa Justa | Festas da Cidade Frederico Paixão (13 anos) - Flauta Teresa Ramos (14 anos) - Flauta Afonso Lourenço (12 anos) - Trompete Henrique Cerqueira (13 anos) - Trompete João Ramos (12 anos) - Trompete Hugo Henriques (13 anos) - Saxofone Alto Marú Lohmann (14 anos) - Saxofone Alto Pedro Pereira (13 anos) - Saxofone Alto Sócrates Bôrras (14 anos) - Saxofone Alto Joana Melo (14 anos) - Acordeão Clara Pedro (14 anos) - Voz Tiago Paiva (16 anos) - Guitarra Eléctrica Dinis Costa (13 anos) - Piano Mário Espada (15 anos) - Piano Tomé Ferreira (13 anos) - Bateria Pedro Finisterra (16 anos) - Baixo Eléctrico TESTEMUNHOS DE ALUNOS DA BBJ André Simões (saxofonista BBJ 2012-16) A Big Band Júnior faz-me viver uma experiência nova todos os anos, mudando o seu repertório e parte da sua "família". Esta é a principal razão que me motiva a continuar nela. A honra de poder tocar numa das melhores salas do país, acompanhado por boa música e óptima camaradagem, torna a Big Band, na minha opinião, a melhor experiência que um jovem músico da minha idade pode ter. Frederico Araújo (clarinetista BBJ 2014-17) É espetacular estar na BBJ. O ambiente, a direção e o nosso grande maestro, o Claus, são fantásticos! Com a Big Band aprendi muitas coisas e evoluí muito como músico, de uma forma descontraída, mas profissional. Conheci novos amigos e adoro os momentos que passamos fora do palco! Para além de ter a oportunidade de atuar nas melhores salas de música do país com a fantástica camaradagem, faço o que gosto, tocar. Thomas Childs (trompetista BBJ 2014-16) Tenho 14 anos e estudo trompete no Conservatório Nacional desde os 8. Candidatei-me à BBJ porque o Conservatório não tem disciplinas de jazz e por ser a mais jovem orquestra de jazz portuguesa. Foi o melhor que podia ter feito enquanto músico, pelo que aprendi e pelas dificuldades (como o medo de improvisar ou “solar”) que fui “obrigado” a ultrapassar. Tomás Ferreira (trombonista BBJ 2014-16) Entrei na BBJ em outubro de 2014. A experiência de fazer parte da Big Band Júnior é e será sempre inesquecível, pois foi aqui que aprendi a ouvir, a tocar, a gostar e a sentir o Jazz! Aprender a tocar Jazz e a improvisar dá-me a possibilidade de dar “asas” à minha criatividade… criatividade essa que só consigo sentir e demonstrar na BBJ, quando estamos todos em harmonia perfeita, como só esta Big Band consegue, dirigidos pelo nosso grande maestro Claus! A BBJ proporcionou-me momentos que jamais esquecei, como tocar em locais emblemáticos como as Ruínas do Carmo, tocar com o “grande” Mário Laginha, tocar, representar e improvisar com os Hop Frog Fanfare. Foram experiências únicas, enriquecedoras, que me dão cada vez mais vontade de continuar e aprender mais! Diogo Lopes (pianista BBJ 2013-16) Foi aos 12 anos que encontrei a BBJ e desde então largá-los tem sido impossível. Foi com eles que aprendi a andar sobre as fundações do Jazz. Foi a partir da BBJ que eu conheci as pessoas com quem mais tarde viria a iniciar o meu próprio projeto. Desde então tem sido um caminho de autodescoberta repleta de paixões sincopadas, intercaladas por horas de estudo ao piano. Não há nada igual à liberdade da improvisação. Irreal. Tenho a inestimável oportunidade de tocar em grandes casas de música, com grandes músicos a meu lado. Chegamos desconhecidos mas saímos sempre todos amigos, com a confiança para mostrar ao mundo o que aprendemos a tocar. É uma experiência inesquecível. Afonso Lourenço (trompetista BBJ 2010-2013 / guitarrista BBJ 2013-15) Há cinco anos que vivo ótimas experiências nesta orquestra. Saliento, como trompetista e como guitarrista, a enorme emoção de estar em palco e em conjunto com todos os elementos desta Big Band. Dentro do palco parece que o tempo corre mais depressa, damos por nós a terminar mais um concerto inesquecível. Recordo-me de um concerto que me ficará na memória: em pleno concerto, ao ar livre, inesperadamente as luzes apagaram-se durante o meu solo, mas tudo correu bem. A confiança que estabelecemos entre nós é impressionante. José Manuel Cavaco (pianista BBJ 2015-17) Desde pequeno que estudo música e que toco piano. O jazz chegou mais tarde, mas gosto muito. Gosto de ouvir não só jazz, mas também outros tipos de música como Pop e Rock. Candidatei-me à BBJ este ano, aceitaram-me para audição e entrei. O meu sonho de ser pianista de Jazz começou... Matilde Madeira Lopes (cantora BBJ 2014-16) Estudo música desde os 7 anos e aos 12 enveredei pelo Curso de Canto, numa abordagem sobretudo clássica. Como eu queria muito cantar jazz, que é uma realidade completamente diferente do canto lírico, nada melhor do que integrar a Big Band Júnior. Gosto imenso do ambiente da BBJ, o grupo é fantástico e estou a aprender muitas coisas novas, nomeadamente ao nível da estrutura musical e das técnicas de improviso. Bernardo Tinoco (saxofonista BBJ 2014-15) Conheci a BBJ em 2012 durante um curso de verão associado à mesma. Adorei o curso, foi a minha primeira experiência intensiva com o Jazz. Apenas este ano a pude integrar e ainda bem que o fiz. Sinto-me mesmo bem a tocar com tão bons jovens músicos dirigidos pelo nosso maestro Claus. Ouve-se o Swing e é isso que se quer! Foi-nos dada também a oportunidade de tocar com o SuperMário (Laginha), momento que vai ser sempre recordado. Concluindo, o facto de pertencer à mais jovem Orquestra de Jazz do país tem sido fantástico! Tomé Ferreira (baterista BBJ 2010-2014) Entrei para a BBJ com 12 anos e desde aí tenho evoluído tanto musicalmente (no campo do jazz, na composição, na técnica do meu instrumento, no tocar em grupo), como socialmente (amigos, contactos, a oportunidade de tocar em diversos géneros de locais e eventos. Quando entrei mal sabia o que era o jazz e, ao ser aceite neste projeto e a cada semana que passava, cada ensaio que fazíamos ficava a saber uma coisa nova, e, a partir daí comecei a ouvir jazz mais profundamente e a apreciá-lo como forma de expressão. A minha evolução no instrumento foi notória pois o swing e o jazz em geral permitem-nos outra liberdade criativa à qual eu não estava habituado devido á minha formação de Filarmónica. A BBJ deu-me a conhecer vários estilos na área do jazz o que me deu mais uma ferramenta, que me ajuda imenso não só no jazz, mas também no Blues e no Rock. Durante estes anos de experiências devo muito ao maestro Claus Nymark que me ensinou praticamente tudo o que sei hoje sobre jazz, ajudandome muito e aconselhando-me sobre todo o género de duvidas que fui sempre apresentando. Aprendi muito também sobre os possíveis obstáculos que se apresentam na vida de um músico. Obrigado a todos por estes anos maravilhosos! Duarte Carvalho (guitarrista BBJ 2016-2017) O que me fez querer entrar nesta orquestra foi a minha admiração pelo espírito do jazz e o feedback incrível dos meus colegas de escola sobre o projeto Lisbon Jazz Summer School e sobre a Big Band Júnior. No início do verão passado, decidi matar a minha curiosidade e fui ao curso de jazz no CCB. Se eu escrevesse tudo aquilo que senti naquela semana, nunca mais saíamos daqui, por tanto digo apenas que passei a semana a tocar, que só por si é tudo para mim, e que também, graças a isso, cumprimentei um dos meus ídolos no mundo da música. Agora que estou na orquestra estou seguro de que muitas outras experiências virão. Big Band Júnior | Relatório de Actividades | Outubro 2016 14 TESTEMUNHOS DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DOS ALUNOS DA BBJ Elsa e Jeff Childs, pais to Thomas Childs (trompetista BBJ 2014-16) Enquanto pais de um dos jovens músicos da BBJ, sentimos um profundo privilégio por poder testemunhar o excelente trabalho que a BBJ tem vindo a realizar ao longo do ano, o incrível contributo que tem dado ao nosso filho enquanto músico e ser humano e o fantástico concerto a que tivemos oportunidade de assistir no sábado. Bem hajam Claus, Alexandra, João e Ricardo pelo magnífico trabalho que têm levado a cabo com estes jovens e muitos, tantos parabéns a todos os músicos BBJ! Susana Moura, mãe do Diogo Lopes (pianista BBJ 2013-2016) Foi mais um excelente concerto de um excelente projecto que é a Big Band Júnior, dirigida por uma excelente equipa sempre atenta a tudo, com muito profissionalismo e muita humanidade e amizade. É por tudo isso que a BBJ é um sucesso entre os seus jovens músicos e respectivos pais. Cristina e Jorge Soares, pais do Tomás Ferreira (trombonista BBJ 2013-2016) Como pais do Tomás queremos não só agradecer a todos os que fazem parte da BBJ pelo magnifico trabalho que têm vindo a desenvolver, como pela valorização pessoal que transmitem aos nossos jovens músicos. É um previlegio para nós, que o nosso filho faça parte deste magnifico projecto! Um grande obrigado(a)! Luís e Ana Paula Rodrigues, pais do Pedro Rodrigues (baixista 2014-15) É fantástico ter a oportunidade de ver a alegria e satisfação de todos os envolvidos no projecto BBJ: os nossos filhos, cada um de nós enquanto pais, e os mentores e orientadores Claus, Alexandra, João e Ricardo. Assim houvesse muitos grupos por todo o lado. Muito obrigado. Luís Lourenço, pai do Afonso Lourenço (guitarrista BBJ 2010-2016) Um agradecimento especial para a Alexandra, João, Claus e Ricardo Maia. Para além do gostar, é-me especialmente grato realçar a qualidade do trabalho desenvolvido por todos. Sei que sou suspeito, mas gosto sempre. Em relação ao Mário, sempre com imensa alma e toda a simpatia do mundo. O que se fez e sentiu no palco, chegou-me ao meu lugar e pude sentir ao que chamo de intimidade coletiva. Manuel e Cristina Araújo, pai do Frederico Araújo (clarinetista BBJ 2014-17) Gostamos muito do espetáculo! Foi mesmo uma Big Band em actuação! Com apenas um ensaio por semana o resultado é espectacular. Para o Frederico tem sido uma experiência muito enriquecedora e uma motivação extra para tocar. Obrigado pela vossa dedicação. Maria José Simões, mãe do André Simões (saxofonista BBJ 2012-2015) Quero desde já agradecer o maravilhoso concerto que nos proporcionaram no passado sábado, foi sem dúvida espantoso, nada teria corrido assim se não fosse o esforço e dedicação do Claus, da Alexandra e do João. É uma mais valia tanto artística como humana para os nossos filhos músicos. São Correia e Pedro Costa, pais do Dinis Costa (pianista da BBJ 2010-2013) [Testemunho enviado por email para Fábrica das Artes, que o partilhou connosco] Hoje é o primeiro dia de caloiro do nosso filho Dinis! Cá em casa, estamos todos contentes e orgulhosos por o nosso filho do meio ter sido um dos três colocados no Curso Superior de Música, variante Jazz, instrumento piano, na ESML - Escola Superior de Música de Lisboa e, neste momento de alegria queremos partilhá-la e expressar a nossa gratidão a quem, pessoal e institucionalmente, foi tão importante no percurso formativo dos nossos filhos em geral, e do Dinis em particular. Cresceram com as actividades e os espectáculos para os mais novos do CCB / Fábrica das Artes, foram os meninos da sopa quentinha, dos cachorros quentes e da fruta do quintal em todos os Mercadinhos do Equinócio em que tiveram idade para participar, iniciaram-se no jazz aos doze anos via "Lisbon Jazz Summer School / Férias com Jazz" e marcaram presença em todas as edições. O Dinis integrou a "Big Band Junior" desde o início, pisou um palco pela primeira vez como instrumentista no Pequeno Auditório do CCB, tocou nos "Dias da Música", nos "Festivais Big Bang", estreou-se com a sua primeira banda (Jazztet) no palco exterior dos mercados mensais e tirou qualquer dúvida que existisse em nós quanto ao seu futuro quando, sentado entre desconhecidos, venceu a sua timidez e respondeu ao segundo desafio da noite, lançado pelo grande Chick Corea aos pianistas presentes no Grande Auditório. Confesso que nos arrepiámos até aos ossos quando o vimos levantar-se, dirigir-se ao palco no seu passo lento e seguro, apertar a mão ao mestre, com ele improvisar ao piano e voltar ao seu lugar, discreto e no seu passo lento e seguro enquanto o público aplaudia. Naquela noite, naquele lugar, a sua epifania aconteceu! Somos muito gratos ao CCB, à Fábrica das Artes e a todas os que proporcionaram e proporcionam ao nosso filho e a tantos outros jovens, experiências marcantes nas suas vidas e desejamos, do fundo do coração, que continuem a apostar em ideias, acções e pessoas que querem e sabem fazer a diferença no cinzentismo dos dias que vivemos. Não podemos deixar de destacar a persistência, a dedicação e o empenho da Alexandra Ávila e do João Godinho nos projectos "Lisbon Jazz Summer School / Férias com Jazz" e "Big Band Júnior". Hoje é o primeiro dia numa nova etapa da vida do nosso filho do meio, consciente que escolheu um caminho difícil mas que sente é o seu. Nós estaremos por perto para amparar, consolar ou aplaudir. Que o CCB continue a fazer parte da vida do Dinis, enquanto espaço de aprendizagem, de lazer e também de trabalho e formação. Bem hajam! São Correia e Pedro Costa BIOGRAFIAS Claus Nymark | Biografia informal O meu interesse pelas orquestras de jazz vem desde criança. Fascinava-me a impressionante força do som que uma orquestra deste tipo era capaz de produzir. As diferentes texturas e as combinações de instrumentos quase ilimitadas. O forte elemento rítmico. Lembro-me de estar no famoso jardim Tivoli em Copenhaga a ouvir a orquestra de jazz residente e sentir uma irresistível vontade de participar, de aprender esta música tão cativante e intrigante. Assim que comecei a aprender música, por volta dos meus 10 anos, senti-me deste modo logo muito atraído pela música improvisada e pelo jazz em especial. Na altura não sabia, mas tive muita sorte por ter nascido na Dinamarca que é um país onde os apoios estatais à arte e ao ensino da arte são considerados um dado adquirido entre a população. Tive, por conseguinte, oportunidade de tocar em várias orquestras de jazz amadoras logo desde muito cedo e antes de saber o que era o jazz e o quê era a improvisação. Isto permitiu-me estar em contacto com – e tocar – uma música que sabia ser do meu interesse, mas que não era, na altura, capaz de compreender. A orquestra de jazz é um meio que permite a integração de alunos de vários níveis, desde principiantes até avançados, de uma forma natural, devido a própria estrutura deste tipo de formação. Claus Nymark www.clausnymark.com Claus Nymark | Biografia *** Seja como professor, como director musical de Big Bands ou como trombonista, Claus Nymark é um dos músicos mais activos e mais experientes no meio jazzístico em Portugal. Nascido em 1966 na Dinamarca, começou os seus estudos musicais aos 10 anos de idade, tendo estudado trompete e posteriormente trombone. Aos 15 anos teve os primeiros contactos com o jazz e, pouco mais tarde, o próprio viria a ser aluno de uma orquestra-escola de Big Band. Aos 19 anos muda-se para Portugal, onde desde então tem desenvolvido uma intensa e multifacetada actividade enquanto músico. Lidera a sua própria orquestra, a Claus Nymark Big Band. É membro fundador do grupo Dixie Gang, e toca com a Big Band do Hot Clube de Portugal e com o Septeto do Hot Clube de Portugal. É co-fundador da Orquestra AngraJazz e da Big Band Nacional da Juventude, sendo também director musical da Reunion Big Jazz Band, da Lisbon Swingers e da Big Band do Conservatório Regional de Palmela. (Orquestra de Jazz Humanitária). Como professor, lecciona no Departamento de Música da Universidade de Évora e no Conservatório Regional de Palmela. Foi formador do curso Férias com Jazz na Lisbon Jazz Summer School no Centro Cultural de Belém nas edições de 2008 a 2014, dirigindo as aulas de Big Band e trombone. É director pedagógico e musical da Big Band Júnior desde a sua génese em Outubro de 2010. Completou o Mestrado em Música e o Mestrado em Educação de Música na Escola Superior de Música de Lisboa, sob o tema "Jazz para todos". Alexandra Ávila Trindade | Biografia Informal Nasci em Angola em 1975 e fui para os Açores ainda não tinha um ano. Até aos cinco anos cresci em casa dos meus avós paternos e foi, sem dúvida, aí que despertei para a música. A minha avó Olga tocava violino, piano e tinha uma voz linda de soprano. Ensinou música aos seus nove filhos e sempre que havia reunião de família, todos tocavam e cantavam. E é de certeza por isto que, para mim, música sempre foi sinónimo de reunião, de festa, de alegria. Iniciei-me cedo no Conservatório e fiz parte de grupos corais, de tunas e de grupos de música popular, até descobrir a Bossa Nova e formar com músicos amigos o grupo de originais Águas de Março. No Águas de Março encantei-me por cantar em Português e gravei o meu primeiro disco como vocalista. Concluída a minha licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, ingressei na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Durante quatro anos dediquei-me profissionalmente ao Jazz e tive o privilégio de cantar acompanhada por grandes músicos do jazz nacional. Ultimamente as subidas ao palco para cantar tornaram-se mais raras porque o entusiasmo por criar e organizar projectos tornou-se mais forte. Com o João, companheiro de aventuras profissionais, partilho a vontade de dar a conhecer, principalmente aos músicos mais jovens, o universo do jazz. Assim nasceram a Lisbon Jazz Summer School e a orquestra-escola Big Band Júnior. *** Alexandra Ávila Trindade Alexandra Ávila Trindade | Biografia Nasceu a 4 de Janeiro de 1975. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, tem formação científico-pedagógica em Português/Inglês (Ensino) pela Universidade dos Açores e formação profissional em Gestão e Produção das Artes do Espectáculo pelo Fórum Dança. Iniciou a sua formação musical aos 5 anos, no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Foi durante dez anos membro do Orfeão Edmundo Machado de Oliveira, destacando-se com este coro a gravação de dois trabalhos discográficos (disco UNICEF, Disco de Prata em 1990, «E da Lava se fez Música», 1998). Entre 1997 e 2003 foi vocalista do grupo Águas de Março que lançou em 2002 o CD “Ao Vivo – A Um Porto Seguro”. Integrou o cartaz da 1ª edição do Festival de Jazz de Ponta Delgada com o Quinteto Alma Nova. Já em Lisboa, estudou na Escola de Jazz Luís Villas-Boas e a título particular com as cantoras líricas Jeanette Macari e Margarida Marecos. Em 2003 foi seleccionada para a Big Band Nacional da Juventude, projecto conjunto do Hot Clube de Portugal e do Ministério da Cultura. Como cantora em projectos de jazz, atuou por todo o país com diferentes formações e acompanhada por músicos como Vasco Agostinho, Jorge Reis, Rui Caetano, João Moreira, Hugo Antunes, Nelson Cascais, João Custódio, Bruno Pedroso, Pedro Viana e João Rijo, entre muitos outros. Foi a voz feminina dos projetos "20 Canções para Zeca Afonso" e "25 Anos de Música Original dos Açores" (gravado em CD e DVD e editado em 2010 pelo Teatro Micaelense), ambos com direção musical de Rafael Fraga e com a presença de músicos como João Paulo Esteves da Silva, Jorge Reis e Bruno Pedroso. Como gestora e produtora das artes do espetáculo foi, entre 2003 e 2007, colaboradora e assessora da direção da VHProduções, tendo sido responsável pela produção de concertos e pelo agenciamento de músicos e grupos na área da música erudita e do jazz. Em 2007 trabalhou, no âmbito de um estágio profissional, no projeto educativo Descobrir a Música na Gulbenkian e no Festival Jazz em Agosto, sob a coordenação de Maria de Assis Swinnerton. Foi diretora de produção d’O Espaço do Tempo em 2009 – com direção artística de Rui Horta – tendo sido responsável pela produção executiva de mais de 50 residências artísticas e espetáculos, incluindo a 1ªedição do festival PT.09 – Plataforma de Artes Performativas. Em 2007 concebeu com João Godinho a Lisbon Jazz Summer School e em 2009 a Big Band Júnior, projetos de que são os diretores artísticos e os coordenadores. João Godinho | Biografia informal Nasci em Lisboa em 1976. Incentivado pelos meus pais, comecei a estudar música aos 6 anos e, seguindo as pisadas do meu irmão, escolhi o piano como instrumento. Até aos vinte e poucos anos nunca pensei vir a ser músico profissional. Apesar de praticamente ter completado o conservatório, não me identificava completamente com o ensino na música clássica e ainda não conhecia outros tipos de ensino, portanto a ideia de dedicar a minha vida à música ficou posta de parte. Entretanto, a música foi sempre fazendo parte da minha vida. Sempre dediquei muito tempo a tocar piano, mas praticamente desde os 12 anos a maior parte desse tempo era passado ou a improvisar ou a tentar compor, em vez de estudar o Bach e o Czerny... Um dia, durante um estágio no CCB, pouco tempo depois de ter concluído uma licenciatura em gestão de empresas, conheci um músico da minha idade, percussionista e compositor, que fazia disso a sua profissão. Fez-se um clique e na semana seguinte estava a matricular-me no curso de composição da Escola Superior Música de Lisboa. Desde então, tenho dividido o meu tempo entre a composição e outros projectos também ligados ao meio musical, de entre os quais a Big Band Júnior e a Lisbon Jazz Summer School. Estes dois projectos, cuja criação e coordenação partilho com a Alexandra, constituem em parte uma forma de proporcionar aos músicos mais jovens aquilo de que senti falta na minha juventude. *** João Godinho | Biografia Nascido em Lisboa em 1976, estudou piano e formação musical desde os 6 aos 20 anos de idade. Seguiu-se uma Licenciatura em Gestão de Empresas, concluída em 1999, e durante a qual prosseguiu os estudos musicais como autodidacta. Mais tarde ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa, onde veio a concluir em 2006 a Licenciatura em Composição. Big Band Júnior | Relatório de Actividades | Outubro 2016 19 Desde cedo, também como autodidacta, e pontualmente como aluno no Hot Clube de Portugal, sempre dedicou especial atenção à improvisação e ao jazz. Em Portugal já teve obras tocadas no Centro Cultural de Belém, na Culturgest, na Casa da Música, na Fundação Calouste Gulbenkian, no Festival de Música do Estoril, entre outros espaços. A sua música já foi também estreada em vários países da Europa, entre os quais a Bélgica, Espanha, Finlândia, Eslovénia e Sérvia. Além da música erudita, a sua actividade como compositor abrange também a canção, o fado e outros universos. Foi autor dos arranjos no disco Joana Amendoeira e Mar Ensemble, vencedor do Prémio Amália Rodrigues - Melhor Disco de Fado em 2008. Paralelamente tem desenvolvido diversas actividades profissionais ligadas à gestão cultural e ao meio musical. Em 2003/4 trabalhou como locutor na Antena 2. Entre 2007 e 2010 trabalhou no Centro Cultural de Belém, primeiro como assessor de imprensa e em seguida como assessor para a programação de música. Foi fundador do concurso Escolas em Palco nos Dias da Música, uma parceria entre o CCB e o Ministério da Educação. Em parceria com Alexandra Ávila Trindade, é fundador e director artístico da Lisbon Jazz Summer School (Cursos de Verão de Jazz no CCB), da Big Band Júnior (uma orquestra-escola de jazz para músicos entre os 12 e os 16 anos de idade) e da Orelha Viva, associação cultural cuja missão é proporcionar formação de qualidade na área do jazz e da música improvisada. Alexandra Ávila Trindade | João Godinho Direcção Artística e Coordenação Geral Big Band Júnior & Lisbon Jazz Summer School Orelha Viva - Associação Cultural www.bigbandjunior.org www.lisbonjazzsummerschool.org https://soundcloud.com/bigbandjunior www.youtube.com/user/bigbandjr www.facebook.com/bigbandjunior Big Band Júnior | Relatório de Actividades | Outubro 2016 20