UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS – MODALIDADE EAD CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA – MODALIDADE EAD NOTA: zero, atividade totalmente plagiada Professora: Déborah Farias Aluna: Adriana Viana Lima Atividade de “migração e dispersão” Após ler o texto sobre migração e a aula sobre dispersão, bem como pesquisar em outras fontes alternativas (textos do módulo e demais sies na rede) responda as seguintes questões: 1. A migração pode ser perigosa para as espécies, pois entre outros fatores pode aumentar o risco da predação. Explique porque as espécies migram mesmo que isso represente um risco. Resposta: A motivação central de todas essas diferentes formas de migração é o instinto de sobrevivência. A maioria das migrações permite que uma espécie prospere ao deixar uma área em que não existe alimento suficiente para sustentar sua população. Elas também impedem o esgotamento das fontes de alimentos em uma área, em longo prazo. Esses movimentos periódicos significam que cada espécime individual tem mais chance de encontrar comida suficiente em determinado local. Embora as migrações em busca de alimento possam acontecer de maneira muito regular, existem diversas variáveis que podem afetar a disponibilidade de alimentos, entre as quais o clima e o nível de população de outras espécies que compartilhem do mesmo território. Por esse motivo, algumas espécies usam padrões irregulares de migração que variam constantemente, adaptandose a novas condições. Os gnus percorrem as planícies africanas em busca de água. Quando suas fontes regulares de água se esgotam, eles se encaminham para as savanas em busca de grama e de mais água. As migrações nas temporadas de seca podem ser alteradas pelo som de trovões e pelas nuvens de chuvas que os animais avistam. Os padrões de migração também beneficiam o acasalamento e a procriação, permitindo o nascimento de jovens animais em regiões com fontes mais ricas de alimentos, ou mais distantes de predadores perigosos. Os cientistas atribuem o fenômeno da migração ou invernada tanto a fatores endógenos que se originam no próprio organismo da ave quanto exógenos provocados pelo ambiente. Sabe-se, por exemplo, que as aves dispõem de um ritmo interno fixo, diário, por isso chamado circadiano e de um ritmo anual, denominado circanual. Tais ritmos biológicos sofrem alterações conforme a duração maior ou menor de dias e noites que varia com as estações do ano. No inverno, por exemplo, as noites são mais longas. Em função disso, o organismo tem que passar por ajustes metabólicos, e quem os efetua é a glândula hipófise, depois de receber ordens do hipotálamo. As espécies migram mesmo que isso represente um risco, por necessidade de substratos específicos para proteção de ovos e/ou filhotes, e para reduzir predação de ovos e/ou filhotes e garantir elevada produção de alimento para os jovens. 2. O que são e qual o papel dos fatores endógenos e exógenos na decisão de um animal migrar? Resposta: Endógeno: fenômeno ou processo geológico que se realiza no interior da Terra. Os agentes geológicos endógenos referem-se à interação de forças internas da Terra, tais como: aquecimento provocado por radioatividade; variações de pressão e temperatura provocadas por reações e recristalizações minerais para fases minerais mais ou menos densas com emissão ou absorção de calor o que leva a desequilíbrios densitométricos e poderosas movimentações de massas rochosas, magmas e fluidos no interior da terra;... Alguns exemplos de fenômenos ou processos endógenos: -formação de magma e sua intrusão formando rochas plutônicas e hipabissais; -tectonismo, dobramentos, falhamentos e metamorfismo em áreas orogênicas; -subducção; -geração de abalos sísmicos (=terremotos); - soerguimentos e abatimentos da crosta; Zona de subducção, região de subducção ou zona de Benioff-Wadati, é uma área de convergência de placas tectónicas, onde uma das placas desliza para debaixo da outra. As zonas de subducção são áreas onde o alastramento oceânico iniciado dos rifts encontra compensação, isto é, onde as placas desaparecem. Tectonismo ou diastrofismo é um termo geral relativo a todos os movimentos da crosta terrestre com origem em processos tectónicos. Naqueles incluem-se a fornação de bacias oceânicas, continentes, planaltos e cordilheiras. Geração de abalos sísmicos (=terremotos) :Um sismo, também chamado de terremotoBR ou terramotoPT, é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas. Os agentes geológicos exógenos referem-se à interação de forças da natureza, envolvendo a atmosfera, hidrosfera e a superfície terrestre com forte atuação da energia emitida pelo sol e pela força da gravidade. Alguns exemplos de fenômenos ou processos exógenos: avalanches: intemperismo das rochas; erosão e transporte de sedimentos; denudação de cadeia de montanhas; ablação; corrosão. Erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando este atua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. Denudação é um termo geológico que indica a remoção da superfície de uma região por efeito erosivo (sentido amplo). Este fenômeno ocorre geralmente por soerguimento regional por atividades tectônicas. Avalancha ( ou em francês avalanche) é um fenômeno que se verifica quando uma massa acumulada de neve repentinamente se movimenta de forma rápida e violenta e se precipita em direção ao vale 3. Como os animais encontram suas rotas de migração. Resposta: As migrações são fenómenos voluntários e intencionais com carácter periódico com o objetivo de encontrar alimento e boas condições meteorológicas. Este comportamento não deve ser confundido com as deslocações ocasionais ou com os movimentos dispersantes. Durante as migrações algumas aves orientam-se principalmente através da capacidade extraordinária de reconhecer características topográficas, como rios, arvores ou características do litoral. Noutras espécies a migração, durante o dia, parece ser orientada principalmente pela posição do sol e durante a noite pelo eixo estrelar de rotação. Extraordinariamente ainda existem outras espécies que se orientam principalmente através do campo magnético terrestre (esta capacidade foi comprovada através da desorientação dessas aves quando expostas a campos magnéticos artificiais). Quando as condições climatéricas, ou outras, não são favoráveis as aves podem mudar o modo como se orientam. Sabe-se que as aves juvenis ainda não têm o sentido de orientação muito bom, pelo que não é muito raro observar indivíduos juvenis perdidos, enquanto que os indivíduos mais velhos, mesmo quando recolhidos e soltos em outros locais, conseguem orientar-se, mudar a rota e chegar ao sítio certo. Ainda não se sabe muito sobre a orientação das aves, exemplos como o caso de uma pardela que, nos anos cinquenta, foi deslocada da sua toca numa ilha ao largo do País de Gales para ser libertada a quase 5000 quilómetros do outro lado do Atlântico, perto de Bóston. Em apenas 12 dias regressou para a sua toca, tendo inclusivamente chegado antes da carta que os investigadores tinham enviado para o Reino Unido a avisar da libertação da ave. Para fazer este percurso foi necessário, para além de conhecer o local do seu ninho e a orientação dos pontos cardeais, saber a localização exata onde estão, mesmo que nunca tenham lá estado; esse mecanismo de localização permanece ainda um mistério. Para as aves conseguirem finalizar as migrações necessitam, para além do sentido de orientação, de varias estratégias como voar apenas de noite aproveitando o dia para se alimentar, ou voar durante o dia para aproveitar as correntes térmicas diminuindo esforço físico ou, acumular reservas de gordura que permite percorrer grandes percursos sem paragens para se alimentar ou, ainda, como os passeriforme, percorrer pequenas distancias diárias, parando frequentemente para se alimentarem. Virtualmente todos os grupos de vertebrados participam de migrações. Estas ocorrem em todas as regiões do planeta, com periodicidade e previsibilidade, desde espécies que vivem nos polos até aquelas que vivem exclusivamente na região Tropical e que nunca a abandonam. Assim como a região geográfica não é limitante, a distância percorrida também não. As migrações podem ser longas (milhares de km, como no caso das Baleias) ou curtas (dezenas de metros, com para pequenos anfíbios). Isto claro varia com o grau de vagilidade e habilidade em transpor barreiras geográficas de cada espécie. As rotas podem ser definidas ou não e as migrações geralmente variam entre locais de reprodução e invernada (mas muitas exceções a esta regra). Para realizar as migrações, os animais lançam mão de adaptações morfológicas (para deslocamento e navegação), fisiológicas (como acúmulo de energia eficiente) ou comportamentais (como os mecanismos de orientação* e locomoção). Os animais encontram suas rotas de migração também através do Olfato: pistas químicas, visão, sol (bússola solar), estrelas (bússola estelar), Campo magnético da Terra, direção das ondas e correntes marinhas, múltiplos sinais. 4. Qual a diferença de dispersão e migração? Resposta: A dispersão é marcada pelo movimento dos animais. O termo é aplicado para explicar a maneira com a qual os indivíduos afastam-se uns dos outros. Ao contrário da dispersão, outro termo empregado para discriminar o movimento dos animais, a migração é caracterizada como o movimento direcional em massa pelo quais os indivíduos se dirigem de um local para o outro. A migração obedece ao deslocamento dos indivíduos de regiões com baixa quantidade de recursos para aquelas com alta disponibilidade. A dispersão é um importante fator a ser considerado nas populações, pois a mesma tem grande influência no tamanho da população. Os movimentos de entrada (imigração) e saída (emigração) de uma população são importantes na regulação do tamanho das populações, bem como em outros processos ligados a sua variabilidade genética. A variação no tamanho da população determina em que nível ocorrerá à competição intraespecífica. A intensidade da competição por recursos interferirá diretamente nas taxas de natalidade, mortalidade e na dispersão dos organismos. Daí, dizermos que estes efeitos são dependentes da densidade. À medida que a densidade populacional aumenta, a competição reduzirá a capacidade de o indivíduo reproduzir, além de aumentar a sua chance de morrer.