UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA – DECISO PROGRAMA DE DISCIPLINA Codigo Disciplina Ementa HC318 SOCIOLOGIA E MODERNIDADE NO BRASIL Carga Horária Teóricas 60 Práticas - Estágio - Total 60 Temas, debates e conceitos fundamentais da sociologia no Brasil. Sistematização da sociologia entre os anos 1920 e 1930. Institucionalização do ensino das ciências sociais e da sociologia em particular. Constituição do campo científico nos anos 40 e 50. Modernização e mudança social no Brasil. Perspectivas do desenvolvimento da sociologia no Brasil. DOCENTE(S) Professor(a) Rodrigo Czajka Assist/Monitor VALIDADE Validade Horário 2º semestre / 2016 Terça-feira: 07h30 às 11h30 Turma A CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Objetivo Programa A disciplina busca compreender o percurso da sociologia no Brasil a partir de 3 dimensões: a) constituição dos AUTORES, TEMAS e PROBLEMAS sociológicos fundamentais; b) NARRATIVAS, TEORIAS e CONCEITOS utilizados para apreensão da ‘realidade social’ no Brasil; c) CONDIÇÕES SOCIAIS e INSTITUCIONAIS para produção e rotinização do conhecimento sociológico em cada período. Pretende-se - ao traçar este painel panorâmico favorecer o conhecimento das condições remotas e atuais para a reflexão sociológica no Brasil. UNIDADE I. FORMAÇÃO 1. Dupla revolução copernicana no pensamento brasileiro: da centralidade temática do Estado para a sociedade; da centralidade explicativa da raça para a cultura. Leitura obrigatória (*): TORRES, Alberto. “A unidade nacional: o patriotismo, o homem e a terra. In: A organização nacional. 3ª edição. São Paulo: Editora Nacional, 1978. p. 114-147. VIANNA, Francisco de Oliveira. Populações meridionais do Brasil. (Segunda Parte: Formação Social). Brasília: Senado Federal, 2005. (*)FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. (Prefácio à primeira edição e cap. 1) São Paulo: Círculo do Livro, 1988. (*)FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. (caps. 1 e 2) 15ª edição. São Paulo: Global, 2004. (*)HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. (O homem cordial e Nossa Revolução) (*)PRADO JR. Caio. Formação do Brasil contemporâneo (Sentido da colonização) 2. Formação nacional e ensaísmo: a constituição de um tema e de uma narrativa sociológicos. Leitura obrigatória: (*)BASTOS, Elide Rugai. “O ensaísmo dos anos 20” e “O patriarcalismo”, In: As criaturas de Prometeu: Gilberto Freyre e a formação da sociedade brasileira. (cap.III) São Paulo: Global, 2006. LAHUERTA, Milton. “Os intelectuais e os anos 20: moderno, modernista, modernização. In: LORENZO, Helena Carvalho de. A década de 1920 e as origens do Brasil moderno. São Paulo: Editora da Unesp, 1997. MADEIRA, Angélica e VELOSO, Mariza (orgs). Descobertas do Brasil. Brasília, UNB, 2001. (*)OLIVEIRA, Lucia Lippi. Elite intelectual e debate político nos anos 30. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas e Instituto Nacional do Livro, 1980. 3. Institucionalização escolar e acadêmica da sociologia: das condições para a rotinização da sociologia no Brasil. Leitura obrigatória: MORAES, Amaury Cesar. “Licenciatura em ciências sociais e ensino da sociologia. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP. Vol. 15, no 1, maio de 2003. (*)CARDOSO, Irene. A universidade da comunhão paulista. São Paulo: Cortez, Editores Associados, 1982. (*)FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. Contribuição para o estudo de sua formação e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1977. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA – DECISO UNIDADE II. CONSTITUIÇÃO DO CAMPO CIENTÍFICO 1. Debate entre Florestan Fernandes e Guerreiro Ramos: entre uma sociologia nacional e uma sociologia universal (uma sociologia no Brasil ou uma sociologia brasileira?). Leitura obrigatória: (*)ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. “Florestan Fernandes e a Sociologia de São Paulo”. In: Metrópole e cultura. Bauru, SP: Edusc, 2001. OLIVEIRA, Lucia Lippi. “A redescoberta do Brasil nos anos 50: entre o projeto político e o rigor acadêmico”. In: MADEIRA, Angélica e VELOSO, Mariza (orgs). Descobertas do Brasil. Brasília, UNB, 2001. (*)RAMOS, Guerreiro. A Redução Sociológica. Rio de Janeiro: 1965. TOLEDO, Caio Navarro de. Iseb: fábrica de ideologias. (Terceira Parte: A ideologia nacional desenvolvimentista). Campinas: Editora da Unicamp, 1997. (*)VIANNA, Luis Werneck. “A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil”. In: A institucionalização das ciências sociais e a reforma social: do pensamento social à agenda americana de pesquisa. Rio de Janeiro: Revan, 1997. 2. ‘Purificação’ da linguagem sociológica: a cruzada contra o ensaísmo. Leitura obrigatória: LIMONGI, Fernando. “A Escola Livre de Sociologia e Política em São Paulo”. In: MICELI, Sérgio. História das Ciências Sociais no Brasil. vol. 1, São Paulo: Vértice: IDESP, FINEP, 1989. LIMONGI, Fernando. “Mentores e clientelas da Universidade de São Paulo”. In: MICELI, S. (org.) História das Ciências Sociais no Brasil. v. 1. São Paulo: Vértice: IDESP: FINEP, 1989. (*)MICELI, Sérgio. “Condicionantes do desenvolvimento das Ciências Sociais no Brasil (1930-1964)”. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo: ANPOCS, ano 2, no. 5, outubro de 1987. BEGA, Maria Tarcisa Silva. “Gênese das Ciências Sociais no Paraná. In: OLIVEIRA, Marcio. (org.) As ciências sociais no Paraná. Curitiba: Protexto, 2006. 3. Sociologia e os dilemas da modernização no Brasil: entre as categorias diversidade cultural e a desigualdade social (ou as metamorfoses da diferenciação social). Leitura obrigatória: BASTIDE, Roger. FERNANDES, Florestan. Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo (Capítulo: Do escravo ao cidadão). São Paulo: Editora Anhembi, 1955. (*)FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. São Paulo: Dominus-USP, 1965. (*)COSTA PINTO, Luis A. Sociologia e desenvolvimento. (Caps. I, II e II) 3ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970. IANNI, Octavio. As Metamorfoses do escravo. São Paulo: Difel, 1962. 4. Sociologia e os dilemas do capitalismo no Brasil: desenvolvimento periférico e empresariado no Brasil dos anos 1960. Leitura obrigatória: (*)FERNANDES, Florestan. Revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Editora Globo, 2006. FREYRE, Gilberto. Além do apenas moderno. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001. (*)VILLAS BÔAS, Glaucia. Mudança provocada: passado e futuro no pensamento sociológico brasileiro. (Parte II: Imagens do futuro e tempos modernos). Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2006. MARTINS, José de Souza. Conde Matarazzo: o empresário e a empresa. São Paulo: Hucitec, 1976. Calendário Atividades e avaliação Bibliografia básica Bibliografia complementar O calendário de atividades será formulado juntamente com os alunos na primeira semana de aula. A nota será atribuída a partir das seguintes atividades: a) Seminários de leitura (5 pontos) b) Prova individual sem consulta ao final do curso (5 pontos) FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. São Paulo: Círculo do Livro, 1988. FERNANDES, Florestan. Revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Editora Globo, 2006. HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. PRADO JR. Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1997. TOLEDO, Caio Navarro de. Iseb: fábrica de ideologias. (Terceira Parte: A ideologia nacional desenvolvimentista). Campinas: Editora da Unicamp, 1997. ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. “Florestan Fernandes e a Sociologia de São Paulo”. In: Metrópole e UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA – DECISO cultura. Bauru, SP: Edusc, 2001. BASTIDE, Roger. FERNANDES, Florestan. Relações raciais entre negros e brancos em São Paulo (Capítulo: Do escravo ao cidadão). São Paulo: Editora Anhembi, 1955. BASTOS, Elide Rugai. “O ensaísmo dos anos 20” In: As criaturas de Prometeu: Gilberto Freyre e a formação da sociedade brasileira. (cap.III) São Paulo: Global, 2006. p. 58-79. BASTOS, Elide Rugai. “O patriarcalismo” In: As criaturas de Prometeu: Gilberto Freyre e a formação da sociedade brasileira. (cap.IV) São Paulo: Global, 2006. p. 80-108. BEGA, Maria Tarcisa Silva. “Gênese das Ciências Sociais no Paraná. In: OLIVEIRA, Marcio. (org.) As ciências sociais no Paraná. Curitiba: Protexto, 2006. CANDIDO, Antonio. Parceiros do Rio Bonito. CARDOSO, Fernando Henrique. Empresário industrial e desenvolvimento econômico. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1972. CARDOSO, Irene. A universidade da comunhão paulista. São Paulo: Cortez, Editores Associados, 1982. COSTA PINTO, Luis A. Sociologia e desenvolvimento. (Caps. I, II e II) 3ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1970. FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. Contribuição para o estudo de sua formação e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1977. FERNANDES, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes . São Paulo: Dominus-USP, 1965. FERNANDES, Florestan. Revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Editora Globo, 2006. FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. (Prefácio à primeira edição e cap. 1) São Paulo: Círculo do Livro, 1988. FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. (caps. 1 e 2) 15ª edição. São Paulo: Global, 2004. FREYRE, Gilberto. Além do apenas moderno. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001. HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. (O homem cordial e Nossa Revolução) IANNI, Octavio. Metamorfoses do escravo. LAHUERTA, Milton. “Os intelectuais e os anos 20: moderno, modernista, modernização. In: LORENZO, Helena Carvalho de. A década de 1920 e as origens do Brasil moderno. São Paulo: Editora da Unesp, 1997. LIMONGI, Fernando. “A Escola Livre de Sociologia e Política em São Paulo”. In: MICELI, Sérgio. História das Ciências Sociais no Brasil. vol. 1, São Paulo: Vértice: IDESP, FINEP, 1989. LIMONGI, Fernando. “Mentores e clientelas da Universidade de São Paulo”. In: MICELI, S. (org.) História das Ciências Sociais no Brasil. v. 1. São Paulo: Vértice: IDESP: FINEP, 1989. MARTINS, José de Souza. Conde Matarazzo: o empresário e a empresa. São Paulo: Hucitec, 1976. MICELI, Sérgio. “Condicionantes do desenvolvimento das Ciências Sociais no Brasil (1930-1964)”. In: Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo: ANPOCS, ano 2, no. 5, outubro de 1987. MORAES, Amaury Cesar. “Licenciatura em ciências sociais e ensino da sociologia. Tempo Social. Revista de Sociologia da USP. Vol. 15, no 1, maio de 2003. OLIVEIRA, Lucia Lippi. “A redescoberta do Brasil nos anos 50: entre o projeto político e o rigor acadêmico”. In: MADEIRA, Angélica e VELOSO, Mariza (orgs). Descobertas do Brasil. Brasília, UNB, 2001. OLIVEIRA, Lucia Lippi. Elite intelectual e debate político nos anos 30. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas e Instituto Nacional do Livro, 1980. PRADO JR. Caio. Formação do Brasil contemporâneo (Sentido da colonização) RAMOS, Guerreiro. A Redução Sociológica. Rio de Janeiro: 1965. TOLEDO, Caio Navarro de. Iseb: fábrica de ideologias. (Terceira Parte: A ideologia nacional desenvolvimentista). Campinas: Editora da Unicamp, 1997. TORRES, Alberto. “A unidade nacional: o patriotismo, o homem e a terra. In: A organização nacional. 3ª edição. São Paulo: Editora Nacional, 1978. p. 114-147. VIANNA, Francisco de Oliveira. Populações meridionais do Brasil. (Segunda Parte: Formação Social). Brasília: Senado Federal, 2005. VIANNA, Luis Werneck. “A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil”. In: A institucionalização das ciências sociais e a reforma social: do pensamento social à agenda americana de pesquisa. Rio de Janeiro: Revan, 1997. VILLAS BÔAS, Glaucia. Mudança provocada: passado e futuro no pensamento sociológico brasileiro. (Parte II: Imagens do futuro e tempos modernos). Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2006.