DOSSI Ê T É CNICO PRODUÇÃO DE MUDAS DE FRUTÍFERAS DE

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DOSSIÊ TÉCNICO
PRODUÇÃO DE MUDAS DE FRUTÍFERAS DE CÍTROS E MANGA EM VIVIEROS
Ivo Pessoa Neves
Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA
ABRIL/2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 2
PRODUÇÃO DE MUDAS DE CITRUS............................................................................ 3
MANEJO DAS SEMENTEIRAS........................................................................................ 3
SEMENTEIRA EM LEIRAS A CÉU ABERTO................................................................... 3
LEIRAS ............................................................................................................................. 4
SEMENTES DA VARIEDADE PORTA-ENXERTO (CAVALO) ........................................ 5
TRATAMENTO DAS SEMENTES IMEDIATAMENTE COM FUNGICIDAS ..................... 6
MONITORAMENTO – FASES DE CUIDAR DA SEMENTEIRA....................................... 8
PREPARAÇÃO DA ÁREA PARA O VIVEIRO .................................................................. 9
OBTENÇÃO DAS BORBULHAS DA VARIEDADE COPA ............................................... 12
TÉCNICAS DE ENXERTIA............................................................................................... 12
FORMAÇÃO DA COPA ................................................................................................... 13
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MANGA ............................................................................. 14
PREPARO DA SEMENTEIRA .......................................................................................... 14
SEMENTES DO PORTA-ENXERTO (CAVALO).............................................................. 14
TRATOS CULTURAIS...................................................................................................... 16
TÉCNICA DE ENXERTIA ................................................................................................. 17
TRATOS CULTURAIS...................................................................................................... 18
PREPARO DA MUDA PARA COMERCIALIZAÇÃO ........................................................ 18
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 20
DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Produção de mudas frutíferas de cítros e manga em vivieros
Assunto
Cultivo de cítricos, exceto laranja
Resumo
Características de qualidade para aquisição das sementes, processo de preparação das
sementes para o plantio, detalhamento na construção dos viveiros, técnicas de semeadura,
manejo no cultivo, práticas de adubação foliar, controle de ervas daninhas, controle de
pragas, técnicas de enxertia.
Palavras chave
Agricultura; cultivo; manga
Conteúdo
INTRODUÇÃO
Consiste em obter mudas sadias e vigorosas para o bom desenvolvimento das fruteiras no
campo. As mudas podem ser obtidas a partir de sementes ou de partes das plantas.
O melhor local para a produção de mudas é o viveiro, isto é, uma área de terreno escolhida
para esse fim, onde as mudas são tratadas até estarem totalmente preparadas para o
plantio no local definitivo. O viveiro pode ser a céu aberto ou coberto, e essa escolha
depende da disponibilidade de água e do clima da região. Em locais muito quentes, ou com
pouca água, deve-se usar viveiros cobertos com materiais que permitam 50% de
luminosidade, como: palha, bambu ou sombrite (telado).
¾ O local para a implantação do viveiro deve ser escolhido com cuidado:
¾ Área plana ou um pouco inclinada e protegida de ventos;
¾ Distante de pomares, pois eles podem ser focos de pragas e doenças:
Afastado de estradas, devido à poeira, e de pastagens, matas, depósitos de lixo e de
esterco pois nesses lugares encontram-se caracóis, lesmas, grilos e outros animais que
prejudicam as plantas;
Cercado para evitar entrada de pessoas estranhas e de animais;
Próximo à fonte de água e não muito distante da casa das pessoas que irão cuidar das
mudas, para facilitar o serviço.
Atenção: Antes da implantação do viveiro deve-se verificar se existe mão-de-obra
qualificada para realizar as tarefas.
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PRODUÇÃO DE MUDAS DE CITRUS
MANEJO DAS SEMENTEIRAS
Consiste em obter mudas sadias e vigorosas, produzidas a céu aberto, pelo método de
enxertia tipo borbulhia em T invertido, que envolve a união do porta-enxerto (cavalo) com o
enxerto. A semeadura pode ser feita em leiras (canteiros), em bandeja de isopor ou em
tubetes, em casa de vegetação.
Semeadura em bandeja
Figura 01. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
Semeadura em tabletas
Semeadura em leiras
Figura 02. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41. Figura 03. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
SEMENTEIRA EM LEIRAS A CÉU ABERTO
Consiste em preparar o local onde será feita a semeadura dos porta-enxertos. Para a
produção de 2.000 mudas são necessários 20m² de leira.
Prepare o solo com auxílio de trator. O trator é utilizado para o preparo de grandes áreas e
deve ser conduzido por pessoa habilitada.
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Prepare o solo com enxadão. Este método é utilizado para preparar pequenas áreas.
Procedimentos para o preparo do solo:
¾ Cavar o solo a 20 cm de profundidade;
¾ Fazer o destorroamento;
¾ Retirar as pedras e raízes para facilitar a semeadura e a germinação das sementes.
LEIRAS
As leiras medem "1m de largura, para facilitar a semeadura e a capina manual, de 10 a 15
cm de altura e comprimento variado, até o máximo de 20 m. As bordas são inclinadas para
dar maior consistência e facilitar o escoamento da agua. A distancia de uma leira para a
outra é de 50 cm.
Procedimentos para construição de uma leira:
¾ Colocar um piquete em cada canto da leira com as dimensões de 1 m de largura e
20 m de comprimento;
¾ Liguar os piquetes com os fios de nylon ou barbante;
¾ Suspender as leiras para que a altura seja de 10 a 15 cm;
Figura 04. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
¾ Nivelar a leira com ancinho;
Figura 05. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
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¾ Adubar as leiras conforme resultado da análise do solo. Na impossibilidade de ter
essa análise, utiliza-se 500 g de calcário dolomítico e 100 g de super-fosfato simples
por m² de leira;
¾ Distribuir o adubo a lanço, uniformemente na superfície da leira;
¾ Incorporar o adubo com o ancinho, aproximadamente a 2 cm de profundidade
¾ Nivelar a leira com o ancinho.
SEMENTES DA VARIEDADE PORTA-ENXERTO (CAVALO)
As sementes utilizadas para produzir o porta-enxerto devem ser de boa qualidade, de
variedades compatíveis com s variedades a serem enxertadas. Recomenda-se a utilização
de mais de um tipo de porta-enxerto para evitar grandes perdas com o aparecimento de
novas doenças e para permitir adaptações a diferentes regiões.
Os porta-enxertos mais indicados são; limão cravo: limão volkameriano, limão rugoso,
tangerina cleópatra.
Atenção: Informe-se nos órgãos de pesquisa e de extensão rural sobre as melhores
combinações porta-enxerto e copa para cada caso e região.
MATERIAL NECESSÁRIO
Canivete, balde, peneira, jornal e fungicida.
Procedimentos para obtenção de sementes:
¾ Colher frutos sadios, maduros, de plantas vigorosas, livres de pragas e doenças;
¾ Cortar o fruto no sentido transversal sem danificar as sementes corte
superficialmente em volta do fruto no sentido transversal;
¾ Precaução: ao manusear o canivete afiado,cuidado para não se ferir.
¾ Separar as metades com as mãos, por meio de uma torção;
¾ Retirar as sementes;
¾ Colocar as metades no vasilhame;
¾ Esmagar os frutos com as mãos;
¾ Separar as sementes do bagaço e do suco do fruto;
¾ Lavar as sementes em água corrente até retirar toda mucilagem, utilizando uma
peneira;
¾ Descartar as sementes chochas e mal-formadas, pois elas não germinam bem e dão
origem a plantas fracas;
¾ Coloque as sementes em um balde com águia;
¾ Retirar as que boiarem. Se necessário lave novamente as sementes para retirar o
resto de mucilagem;
¾ Colocar as sementes para secar;
¾ Escorrar as sementes numa peneira;
¾ Colocar as sementes para secar em papel jornal. As sementes são colocadas sobre
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um pano seco e limpo ou sobre papel jornal, em camadas finas, à sombra, num local
ventilado, por 2 ou 3 dias, para retirar o excesso de umidade da semente e diminuir a
incidência de doenças.
TRATAMENTO DAS SEMENTES IMEDIATAMENTE COM FUNGICIDAS
Atenção: Para obter as recomendações técnicas necessárias para o tratamento com
fungicidas, deve-se consultar um especialista.
Precaução: Durante a utilização de fungicidas devem-se usar equipamentos de proteção
individual (EPIs): bota, macacão, luva e chapéu.
As sementes tratadas podem ser utilizadas imediatamente ou armazenadas em vasilhames
de plástico, vidro ou alumínio, bem fechados, por até 40 dias.
Sementes não tratadas podem ser armazenadas em sacos plásticos ou de papel
impermeável, na parte inferior da geladeira, por no máximo 60 dias.
SEMEADURA
Consiste em distribuir as sementes em local apropriado para que ocorra boa germinação. A
quantidade de sementes utilizada deve ser 3 a 4 vezes maior que o número de mudas
desejadas. A germinação ocorre de 15 a 30 dias após a semeadura.
Procedimentos para a semeadura
•
Marcar o espaçamento e os sulcos nas cabeceiras, de modo a obter 20 cm de
distância entre os mesmos. As estacas para marcar a direção dos sulcos devem ser bem
fincadas nas duas pontas da leira;
Figura 06. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
¾ Ligar as estacas com linha de nylon ou barbante;
¾ Abrir sulcos de 2 cm de profundidade. Estes sucos devem ser abertos no sentido do
comprimento da leira, utilizando sacho ou ponta de um piquete.
¾ Liguar as estacas com linha de nylon ou barbante
¾ Retirar a linha de nylon ou o barbante
Distribuir as sementes nos sulcos na proporção de 100 sementes por metro linear
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Figura 07. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
¾ Precaução: Devem-se utilizar luvas e não fumar ou comer durante essa operação,
para evitar intoxicação pelo fungicida usado no tratamento das sementes.
¾ Cubrir as sementes com 1 cm de terra peneirada, para protegê-las
¾ Regar a sementeira. Para evitar erosão e compactação da leira, usa-se regador de
crivo fino.
Figura 08. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41
¾ Cubrir a leira com palha a uma altura de aproximadamente 30 cm do solo. A palha
deve ser apoiada em uma armação de varas. A palha ajuda a manter a umidade na
leira e diminui a incidência de raios solares, por isso, a sementeira permanece
coberta até a germinação uniforme das sementes.
MONITORAMENTO – FASES DE CUIDAR DA SEMENTEIRA
Consiste em manter as leiras em condições ideais para a germinação das sementes e o
bom desenvolvimento das plantinhas.
Procedimentos para cuidar da semeadura
¾ Fazer a irrigação da sementeira. A irrigação da sementeira deve ser feita 2
¾ A 3 vezes por semana, ou sempre que necessário.
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¾ Manter as leiras sempre limpas, retirando as ervas daninhas manualmente. As ervas
daninhas prejudicam as plantinhas, pois concorrem com elas por água, nutrientes e
luminosidade.
¾ Controlar pragas e doenças com inseticidas e fungicidas para a cultura dos citrus.
Estes agrotóxicos devem estar registrados no Ministério da Agricultura. Pecuária e
Abastecimento. Pragas e doenças mais comuns na sementeira e seu controle:
PRAGAS
Pulgões
Ácaros
Cochonilhas
Tripés
PRODUTO UTILIZADO
Inseticida
acaricida
inseticida
inseticida
ÉPOCA DE APLICAÇÃO
Quando forem constatados
Quando forem constatados
Quando forem constatados
Quando forem constatados
Tabela 01. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
DOENÇAS
Tombamento ou mela
Verrugose
PRODUTO UTILIZADO
fungicida
fungicida
ÉPOCA DE APLICAÇÃO
Cada 20 dias
Cada 15 dias
Tabela 02. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
Atenção: Para as recomendações necessárias sobre a quantidade do produto a ser
utilizado, deve-se procurar um técnico especializado.
Precaução: Durante a utilização de agrotóxicos (inseticida, acaricida, fungicida) deve-se
usar equipamentos de proteção individual (EPIs): bota, macacão, luvas e chapéu.
Alerta ecológico: As embalagens devem ser guardadas em local apropriado após a tríplice
lavagem, para evitar contaminações ao meio ambiente.
¾ Adube segundo o resultado da análise do solo. Na impossibilidade de ter essa
analise, siga a seguinte recomendação:
ADUBO
DOSAGEM
Uréia
Superfostato simples
Cloreto de potássio
10 g/m²
30 g/m²
5g/m²
ÉPOCA DE ADUBAÇÃO
30 dias após a germinação mais 5
aplicações quinzenais
30 dias após a germinação
30 e 60 dias após a germinação
Tabela 03. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
¾ Distribua o adubo a lanço entre as fileiras das plantas
¾ Incorpore o adubo ao solo usando uma colher de transplante ou sacho
PREPARAÇÃO DA ÁREA PARA O VIVEIRO
Consiste em preparar a área que receberá as plantinhas para completar o seu
desenvolvimento. A área necessária depende do espaçamento entre elas, por exemplo,
para a produção de 10.000 mudas utilizando espaçamento de 70 cm entre linhas e 30 cm
entre plantas, são necessários 2.100 m². Escolha uma área próxima à sementeira para
instalar o viveiro.
Procedimentos para preparação da área para o viveiro:
Preparar o solo com trator. O trator é utilizado para grandes áreas. Um tratorista deve
realizar uma aração profunda (30 cm) e uma ou duas gradeações, para deixar o solo bem
desterroado.
¾ Limpar a área com uma enxada
¾ Fazer o enquadrejamento da área necessária
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¾ Junte o material. Trena, linha de nylon ou barbante, 4 piquetes e 1 batedor.
¾ Marque a área do viveiro.
¾ Preparar o solo
¾ Retirar o mato com um ancinho
¾ Queimar o mato.
Alerta ecológico: para queimar o mato, deve ser feito um aceiro em volta, para evitar que o
fogo possa se alastrar em outras áreas.
¾ Cavar o solo a 20 cm de profundidade
¾ Fazer o destorroamento
¾ Retirar pedras e raízes para facilitar a semeadura e a germinação das sementes,
utilizando um ancinho.
¾ Fazer a correção da acidez segundo a análise do solo. Na impossibilidade dessa
análise, coloque aproximadamente 1.500 kg/ha de calcário dolomítico. Para corrigir
uma área de 2.100 m² use 315 kg/ha de calcário.
¾ Distribuir o calcário na área, a lanço.
¾ Incorporar o calcário com enxadão ou enxada. Para incorporação com trator, divida a
dose do calcário em duas partes e distribua metade antes da aração e a outra
metade antes da gradagem.
¾ Dividir a área do viveiro utilizando piquetes e linha de nylon ou barbante. O
espaçamento entre as fileiras é de 50 cm.
Figura 09. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41
¾ Abrir as covas. A distância entre as covas deve medir 30 cm e sua profundidade
deve ser de 15 a 20 cm e a largura suficiente para que as raízes da planta não
fiquem enroladas.
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Figura 10. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41
REPICAGEM
Consiste em retirar a plantinha da sementeira e plantá-la no viveiro. A repicagem deve ser
feita quando a planta atinge de 20 a 25 cm de altura, cerca de seis meses após a
semeadura.
Procedimentos para a repicagem:
Molhar o canteiro no dia anterior, no final da tarde, para facilitar o arranquio das plantinhas.
¾ Desplantar as plantinhas. Com uma enxada faça um sulco lateral de 20 cm no
sentido das fileiras e tombe as plantinhas.
Atenção: faça o desplante à medida que as plantinhas forem utilizadas.
¾ Retirar as plantinhas.
¾ Selecionar as plantinhas mais viçosas e de tamanho uniforme. Deve-se descartar as
plantinhas menores, raquíticas, doentes ou mal formadas.
¾ Fazer a poda das raízes deixando 5 a 7 cm de comprimento
¾ Fazer o barreamento. Para evitar o ressecamento, as raízes são mergulhadas em
barro mole, preparado com terra do subsolo.
¾ Atenção: as folhas das plantas devem ser mantidas limpas do barro para evitar
queimaduras.
¾ Colocar as plantas na sombra. As plantinhas devem ser colocadas em local
sombreado e protegidas do vento, para evitar o ressecamento.
¾ Faça o plantio dos porta-enxertos no viveiro.
Atenção: Antes de iniciar o desplante prepare o viveiro.
¾ Distribuir as mudas ao longo das fileiras
¾ Colocar as plantinhas na cova. As plantinhas devem ser colocadas com o colo pouco
acima do nível do solo, espalhando as raízes uniformemente.
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O plantio deve ser feito em dias nublados ou chuvosos, firmando bem a planta com as mãos
para que não sofra abalo com o vento.
TRATOS CULTURAIS
Consiste em fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas.
Procedimentos para realização dos tratos culturais:
¾ Fazer a irrigação em dias alternados ou quando necessário. Em viveiros pequenos
(até 2.000 plantas) utilizam-se regadores tipo chuveiro ou mangueira. Em grandes
áreas, usam-se sistemas de irrigação mais eficientes: aspersão, gotejamento.
¾ Manter o viveiro livre de ervas daninhas. Deve-se fazer capinas manuais ou
mecânicas (com cultivador de tração animal ou mecânica) ou com a utilização de
herbicidas.
¾ Atenção: a capina deve ser feita com cuidado para não ferir as plantas, evitando
problemas com doenças.
¾ Controlar doenças e pragas, principalmente formigas.
Atenção: para identificação e controle das pragas, deve-se consultar um especialista.
Precaução: durante a utilização de agrotóxicos devem-se usar equipamentos de proteção
individual (EPIs): bota, macacão, luvas e chapéu.
Alerta ecológica: as embalagens devem ser guardadas em local apropriado após a tríplice
lavagem, para evitar contaminações ao meio ambiente.
¾ Adubar segundo análise de solo, na impossibilidade utilize 6g de uréia no 1º e 6º
mês e 15g no 3º e 9º mês.
¾ Cortar os brotos laterais com um canivete – este corte deve ser feito até uma altura
de 30 cm a fim de se obter um caule liso e facilitar a enxertia.
Atenção: o canivete deve ser desinfetado para evitar doenças.
OBTENÇÃO DAS BORBULHAS DA VARIEDADE COPA
Consiste em coletar ramos que forneçam borbulhas de boa qualidade das variedades
preferidas pelo mercador consumidor.
Procedimentos para a obtenção de borbulhas da variedade copa:
¾ Escolher a variedade copa. As plantas devem ser produtivas, livres de pragas e
doenças, com bons frutos, de preferência cultivadas com a finalidade de produzir
borbulhas. As variedades mais utilizadas são:
Laranjas: Pêra, Bahia, Baianinha, valência, e Natal;
Limão: Thaiti;
Tangerinas: Cravo, Pokan e Murcote;
Lima da Pérsia
Coletar a borbulha
¾ Corte ramos com 20 a 30 cm de comprimento. Esses ramos devem ter o diâmetro de
um lápis, serem novos, angulosos ou roliços, de preferência sem espinhos, para
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facilitar o manuseio.
¾ Desfolhe os ramos utilizando a tesoura de poda.
¾ Envolva em pano ou papel jornal umedecido, para evitar o ressecamento.
TÉCNICAS DE ENXERTIA
Consiste na união da borbulha da variedade copa com o porta-enxerto.
Procedimentos para a Enxertia:
¾ Preparar o material necessário. Canivete afiado e desinfetado em álcool ou solução
de água sanitária a 5% (50 ml do produto comercial em 1 litro de água), fita plástica
transparente de 20cm de comprimento e 1,5 a 2cm de largura.
¾ Fazer um corte longitudinal de 5 cm na casca do porta-enxerto
¾ Fazer um corte transversal na casca do porta-enxerto. Este corte deve formar um T
invertido, a uma altura de 15 a 20 cm do solo.
¾ Retirar a borbulha com um pouco de casca. Isto é feito segurando o ramo com uma
mão e com a outra fazendo um corte firme, de cima para baixo.
¾ Introduzir a borbulha de baixo para cima. Para facilitar a introdução da borbulha
deve-se levantar a casca do corte no porta-enxerto.Em caso de excesso da
borbulha, apare.
¾ Enrolar firmemente com fita plástica de baixo para cima.
¾ Amarrar.
¾ Continuar com os tratos culturais no viveiro.
VERIFICAÇÃO DO PEGAMENTO DA BORBULHA
Consiste em observar a coloração da borbulha (gema) para se constatar o sucesso da
enxertia.
Procedimentos para a verificação do pegamento da borbulha:
Cortar a fita plástica 20 dias após a enxertia, com canivete, para expor a borbulha.
Observar o aspecto da gema. A gema de coloração verde indica que houve pagamento. Se
a gema estiver com coloração parda, não houve pega, e nesse caso, pode-se repetir a
enxertia no lado oposto acima ou abaixo da anterior.
CORTE DO PORTA-ENXERTO
Consiste em eliminar a parte aérea do porta-enxerto para favorecer o desenvolvimento do
enxerto.
Procedimentos para o corte do porta-enxerto:
Fazer um corte no porta-enxerto. Cinco a dez dias após a verificação do pegamento, devese cortar o cavalo a 5 cm acima do enxerto de forma inclinada (bisel). A parte restante
chama-se “cabide” do porta-enxerto.
Pincelar o corte com pasta cúprica para evitar doenças. A pasta cúprica é obtida misturando
um produto á base de cobre na proporção de 100g do produto para 3 litros de água.
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Continuar com os tratos culturais no viveiro
DESBROTE DA MUDA MANUALMENTE OU COM UM CANIVETE AFIADO
Consiste na eliminação de brotações laterais que surgem no porta-enxerto e no enxerto
visando a formação de uma muda com haste única.
Atenção: O canivete deve ser desinfetado para não transmitir doenças.
Procedimentos para o desbrote da muda:
Fazer o primeiro amarrio no cabide do porta-enxerto.
Tutorar a muda. Consiste em orientar a haste da planta no sentido vertical, para formar um
caule reto.
Enterrar 30 cm de um tutor (vara) de 90 cm de comprimento
Fazer o segundo amarrio no tutor do porta-enxerto. A medida que a planta for crescendo, os
amarrios continuam sendo feitos até a altura de 50 cm, aproximadamente.
FORMAÇÃO DA COPA
Consiste em podar a haste principal da muda para que se forme uma copa com ramos bem
distribuídos.
Procedimentos para a formação da copa:
Podar a planta. A poda é feita a 60 ou 70 cm de altura do solo e quando a planta apresentar
caule maduro (roliço).
Pincelar o corte com pasta cúprica para evitar doenças.
Selecionar 3 ou 4 brotações (pernadas) mais vigorosas. Estas brotações devem estar
situadas em alturas e posições diferentes formando um espiral.
Eliminar as demais brotações. Essas brotações surgem em torno de 30 dias após a poda.
PRODUÇÃO DE MUDAS DE MANGA
Consiste em obter mudas das diferentes variedades de manga, sadias e vigorosas, para o
bom desenvolvimento da cultura no campo.
A muda de manga é produzida pelo método de enxertia que envolve a junção do portaenxerto (cavalo) com o enxerto (copa).
Um dos métodos de enxertia mais utilizado é o de garfagem no topo em fenda cheia. Por
este processo a muda é obtida em viveiro coberto, utilizando a semeadura direta em sacos
plásticos individuais.
PREPARO DA SEMENTEIRA
Consiste em preparar o local onde será realizada a semeadura, para obtenção do portaenxerto.
Procedimentos para o preparo da sementeira:
Preparar o substrato. Dependendo da disponibilidade na região, pode-se utilizar diversos
tipos de substrato. Em geral, utiliza-se terra vegetal ou terra comum. Para enriquecer o
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substrato, adicione 3 kg de superfosfato simples e 500g de cloreto de potássio por m3 de
terra, misturando bem.
Encher os sacos plásticos com a mistura utilizando concha de madeira ou de zinco. Os
sacos plástico utilizados são de cor preta, medindo de 20 a 22 cm de boca, de 30 a 40 cm
de altura e de 0,15 a 0,20 de espessura, perfurados lateralmente e no fundo para
escoamento da água.
Arrumar os sacos no viveiro. Os sacos são colocados em fileiras de 4, formando canteiros
de aproximadamente 80cm de largura com comprimento máximo de 15 m. A distância entre
os canteiros é de 50 a 60 cm.
SEMENTES DO PORTA-ENXERTO (CAVALO)
Consiste na utilização de variedades, de preferência de pequeno porte e cultivadas para a
finalidade de produzir sementes, tolerantes a pragas e doenças, principalmente à seca da
mangueira, adaptadas à região.
Os portas-enxertos mais utilizados são: “Espada”, “Carlota”, “Itamaracá” e “Coité”, no
Nordeste: “Ubá”, “Sapatinho”, “Coquinho”, “Rosinha”, e em Minas Gerais e São Paulo:
“Espada e “Coração de boi”.
Procedimentos para obtenção de sementes do porta-enxerto (cavalo):
Colher frutos maduros, sadios, de plantas vigorosas livre de doenças e pragas.
Retirar a polpa com uma faca, cortando rente ao caroço.
Lavar as sementes em água para limpar bem o caroço.
Colocar as sementes para secar. A secagem das sementes deve ser feita em local
sombreado e arejado por 2 ou 3 dias para eliminar o excesso de umidade e facilitar a
retirada da casca (endocarpo).
Retirar a casca que envolve a amêndoa utilizando uma tesoura de poda.
Atenção: a amêndoa deve ser descascada cuidadosamente, para não feri-la, que
prejudicaria a sua germinação.
A retirada da casca possibilita a germinação mais rápida ( 15 a 25 dias), maior percentagem
de sementes germinadas (80 a 855), além da obtenção de plantas eretas, vigorosas e em
condições de serem enxertadas em menor espaço de tempo.
Selecionar as amêndoas bem formadas, sem manchas ou ataques de pragas e doenças.
Atenção: a semeadura deve ocorrer imediatamente, porque o poder germinativo das
sementes diminui sensivelmente em 3 a 5 dias.
SEMEADURA
Consiste em distribuir as sementes em local apropriado para que ocorra boa germinação.
A quantidade de sementes utilizadas deve ser de 40 % a mais do que o número de mudas
desejadas.
A germinação ocorre a partir de 15 até 25 dias após a semeadura.
Procedimentos para a semeadura:
Molhar os sacos no dia anterior para facilitar a semeadura.
Semeiar colocando a amêndoa deitada ou com a face ventral voltada para baixo, a uma
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profundidade de 3 cm.
Cubrir com uma camada de terra peneirada de aproximadamente 2 cm.
Molhar com um regador de crivo fino, mangueira ou com algum sistema de irrigação por
aspersão ou microaspersão.
IRRIGAÇÃO DOS CANTEIROS
Consiste em fornecer a quantidade da água necessária para garantir a germinação.
A irrigação deve ser feita 2 ou 3 vezes por semana, sempre que necessário, utilizando
regadores crivo fino, mangueiras ou sistema de irrigação instalado no viveiro.
DESBASTE
Consiste em eliminar o excesso de plantinhas que surgem após a germinação de algumas
variedades, por exemplo, “Espada”, “Carlota”, “Rosa”, visando o desenvolvimento de uma
única planta por saco.
Procedimentos para o desbaste:
Molhar os sacos para facilitar o arranquio das plantinhas.
Arrancar manualmente as plantinhas menos desenvolvidas deixando apenas uma planta por
saco. O desbaste pode, também, ser feito com tesoura, cortando a plantinha rente ao solo.
Atenção: o desbaste deve ser feito quando a plantinha que vai servir de muda atinja de 15 a
20 cm de altura.
TRATOS CULTURAIS
Consiste em fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas.
Procedimentos para a realização de tratos culturais:
Irrigar 2 ou 3 vezes por semana, ou sempre que necessário. A irrigação deve ser feita
utilizando regadores, mangueiras ou sistema de irrigação instalado no viveiro.
Manter os sacos livres de ervas daninhas com capinas manuais. Para limpar os intervalos
entre as fileiras de sacos, utiliza-se a enxada.
Adubar as mudas 45 dias após a semeadura colocando a mistura em cobertura. A
quantidade da mistura para cobertura é de 5g/ planta, o que equivale a uma colher de chá
bem cheia. A mistura é feita é feita com 55g de uréia, 55 de superfosfato simples e 35 de
cloreto de potássio.
Controlar pragas e doenças. As pragas e doenças devem ser controladas com inseticidas e
fungicidas para a cultura da mangueira, registrados no ministério da agricultura, pecuária e
abastecimento.
Pragas e doenças mais comuns no viveiro e seu controle:
PRAGAS
Tripés
Antracnose
Oídio
PRODUTO UTILIZADO
Inseticida
Fungicida
Fungicida
ÉPOCA DE APLICAÇÀO
Quando forem constatadas
A cada 15 dias
A cada 15 dias
Tabela 04. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
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Para identificação e controle das pragas e doenças, procure técnico especializado, bem
como, quando da aplicação de agrotóxicos deve-se tomar a precaução de usar
equipamentos de proteção individual (EPIs): Bota Macacão, luvas e chapéu.
As embalagens devem guardadas em local apropriado após a tríplice lavagem, para evitar
contaminação ao meio ambiente.
GARFOS DA VARIEDADE COPA
Consiste em coletar ramos de boa qualidade das variedades preferidas pelo mercado
consumidor.
Procedimentos para obtenção de garfos da variedade copa:
Escolher a variedade copa. As plantas devem ser sadias, vigorosas, tolerantes a pragas e
doenças, com frutos característicos da variedade, preferencialmente cultivadas para este
fim. As variedades mais indicadas para comercialização são: “tommy atkins”, “palmer”, “keit”,
“haden”, além de outras de interesse regional: “espada”, “carlota”, “rosa”,etc. Em Minas
Gerais e São Paulo as mais indicadas são: “espada” e “coração de boi”. No exemplo, foi
escolhida a variedade “palmer”.
Obter os garfos (ponteiros).
Escolher ramos maduros. Estes ramos devem ser escolhidos com aproximadamente 7 a 8
meses de idade, arredondados, de coloração verde a cinza, sadios, com gema apical bem
formada.
Preparar o garfo. Com as mãos ou com uma tesoura, retiram-se as folhas dos ramos
escolhidos, 8 a 10 dias antes da coleta do garfo.
Esta prática é realizada para forçar o entumescimento da gema apical e acelerar o
pegamento após a enxertia.
Cortar o garfo com aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento
Envolver os garfos em papel jornal umedecido para evitar o ressecamento.
Os garfos podem ser armazenados por até 5 dias, porém, é necessário mergulhar as
extremidades em parafina líquida e acondicioná-los em recipientes contendo serragem
úmida. Em seguida, conservam-se em local fresco e sombreado.
TÉCNICA DE ENXERTIA
Consiste na união do garfo da variedade copa com o porta-enxerto, de modo a formar uma
única planta.
Procedimentos para a Enxertia:
¾ Preparar o material necessário. Canivete afiado e desinfetado em álcool ou solução
de água sanitária a 5% (50 ml do produto comercial em 1 litro de água), fita plástica
transparente de 20cm de comprimento e 1,5 a 2cm de largura, saquinhos plásticos
transparente com 20 ou 25 cm de comprimento e 4 ou 5 cm de diâmetro, tesoura de
poda, banco de enxertador, garfo e cavalo.
¾ Cortar o porta-enxerto com a tesoura, a 20 cm acima do colo da planta.
¾ Fazer um corte vertical no porta-enxerto. Com o canivete, abra uma fenda de 3 a 4
cm de profundidade, de cima para baixo, tendo o cuidado ao manusear com o
canivete e o mesmo deve ser desinfetado.
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¾ Preparar o garfo em forma de cunha com o canivete, fazendo cortes com 3 ou 4 cm
de comprimento. É importante que os diâmetros do porta-enxerto e do garfo sejam
iguais ou semelhantes, para que a união entre eles seja perfeita.
¾ Encaixar a cunha do garfo no corte do porta-enxerto. Deve-se encaixar a cunha do
garfo de modo que, pelo menos um dos lados da região do enxerto e porta-enxerto
coincida casca com casca.
¾ Enrolar firmemente com fita plástica, de baixo para cima. Isto é necessário para fixar
o porta-enxerto e impedir a entrada de água.
¾ Amarrar
¾ Cobrir o garfo e região da enxertia com saquinho plástico. Esta operação é realizada
para formar um ambiente úmido e proteger contra o ressecamento.
TRATOS CULTURAIS
Consiste em fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas.
Procedimentos para a realização dos tratos culturais:
¾ Irrigar 2 ou 3 vezes por semana, ou sempre que necessário. A irrigação deve ser
feita utilizando regadores, mangueiras ou sistema de irrigação instalado no viveiro.
¾ Manter o viveiro livre de ervas daninhas. Deve-se fazer a limpeza manual dos
saquinhos e utilizar enxada nas ruas entre os canteiros.
¾ Retirar os saquinhos de proteção dos enxertos. Se a enxertia for bem sucedida, as
gemas iniciarão a brotação entre 2 a 3 semanas. Quando surgirem os primeiros
pares de folhas, cerca de 30 a 40 dias após a enxertia, retire os saquinhos de
proteção.
¾ Retirar a fita plástica cerca de 90 a 120 dias após a enxertia
¾ Controlar pragas e doenças com inseticidas e fungicidas para a cultura da
mangueira. Estes agrotóxicos devem estar registrados no ministério da agricultura,
pecuária e abastecimento.
Pragas e doenças mais comuns no viveiro e seu controle:
PRAGAS
Cochonilha, ácaros, pulgão,
formiga, tripes
Antracnose
Botriodiploidia
Oídio
PRODUTO UTILIZADO
Inseticida
ÉPOCA DE APLICAÇÀO
Quando forem constatadas
Fungicida
Fungicida
Fungicida
A cada 15 dias
A cada 15 dias
A cada 15 dias
Tabela 05. Fonte: Coleção SENAR, Nº 41.
Para identificação e controle das pragas e doenças, procure técnico especializado, bem
como, quando da aplicação de agrotóxicos deve-se tomar a precaução de usar
equipamentos de proteção individual (EPIs): Bota Macacão, luvas e chapéu.
As embalagens devem guardadas em local apropriado após a tríplice lavagem, para evitar
contaminação ao meio ambiente.
Fazer a adubação em cobertura em três aplicações: 30, 60 e 90 dias, após a enxertia. A
quantidade de adubo a ser utilizado é de 5 g por planta, o que corresponde a 1 colher de
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chá bem cheia. A mistura é feita com 100g de uréia, 100g de superfosfato simples e 60 de
cloreto de potássio.
Para corrigir a deficiência de zinco e manganês, utiliza-se uma solução composta de 55g de
sulfato de zinco, 28g de sulfato de manganês e 24g de cal hidratada em 20 litros de água,
em aplicação foliar.
As mudas estarão prontas para ser plantadas quando apresentarem 2 a 3 fluxos vegetativo,
com folhas maduras de coloração verde.
PREPARO DA MUDA PARA COMERCIALIZAÇÃO
Consiste em arrancar as mudas e acondiciona-las em embalagens apropriadas para o
transporte. As mudas podem ser comercializadas com raiz nua (sem terra nas raízes) ou
com torrão (com terra protegendo as raízes).
Procedimentos para o preparo da muda:
Preparar mudas de raiz nua para comercialização.
Fazer a irrigação do viveiro no dia anterior ao arranquio, se necessário.
Podar as pernadas deixando-as com 20 a 25 cm de comprimento.
Retirar o tutor
Cavar com cuidado em volta da muda a uma profundidade de 30 cm.
Retirar a muda
Podar o excesso da raiz principal e das laterais com tesoura. Esta operação é feita para
evitar enovelamento do sistema radicular no momento do plantio da muda no pomar.
Fazer o barreamento. Para evitar o ressecamento, as raízes são mergulhadas em barro
mole, preparado com terra do subsolo.
Atenção: as folhas das plantas devem ser mantidas limpas do barro para evitar
queimaduras.
Amarrar as mudas na base e na parte superior. Os pacotes devem ser feitos com, no
máximo, 50 mudas.
Envolver os pacotes em sacos de estopa ou aniagem umedecidos
Colocar etiqueta para identificar a variedade
Prepare mudas com torrão para comercialização
Fazer irrigação do viveiro no dia anterior ao arranquio, se necessário.
Podar as pernadas deixando-as com 20 a 25 cm de comprimento
Introduzir duas telhas de ferro ao redor da muda. A colocação das telhas deve ser feita
batendo-se com uma marreta de madeira, até que a parte superior da telha fique ao nível do
solo. Com esta operação são cortadas as raízes laterais da muda.
Fazer uma valeta de 40 a 50 cm de profundidade ao lado das linhas das mudas.
Cortar a raiz principal com 30 cm de comprimento, utilizando enxadeta com auxílio da
alavanca. Existem outras ferramentas para realizar essa operação (enxadeta e pá afiada).
Retirar a muda. A muda deve ser retirada segurando o cabo da enxadeta com uma das
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mãos e com a outra proteja o torrão segurando a telha.
Retire a telha com cuidado.
Colocar a muda em embalagem tipo jacá ou saco de polietileno.
Colocar etiqueta para identificar a variedade.
Conclusões e recomendações
Recomenda-se que o cliente busque informações complementares. É importante, se
possível, contar com o apoio de um profissional especialista na área, para elaboração de um
projeto adequado às condições desejadas.
Referências
BULBLITZ. U.: FERREIRA. N.N. Técnicas agrícolas. Curitiba, PR: Arco Íris, [19—]. 2 v.
CARVALHO, S.R; SOBRINHO. R. R. Pomar doméstico. Belo Horizonte: EMATER, 1983. 36
p.
CÉSAR, H. P. ManualPrático do enxertador e criador de mudas, de arvores frutíferas e dos
arbustos ornamentais. 12, ed. São Paulo. SP: Nobel, 1982.158 p.
COLEÇÃO SENAR – Trabalhador em viveiros, Nº 41, ed. 2003.
DANTAS, Ana Cristina V. LOYOLA Produção de mudas frutíferas, de citros e manga - Ana
Cristina V. LOYOLA DANTAS, José Maria Magalhães Sampaio, Valmir Pereira de Lima – 2.
ed. Brasília: SENAR, 2004.
DONADIO, L-C, Noções práticas de fruticultura. Campinas, SP: Fundação Cargil, 1993. 74
p.
INFORME AGROPECUÁRIO. Fruticultura temperada l. Belo Horizonte, v.11, n. 124, 1985.
SIMÁO. S. Manual de fruticultura. São Paulo, SP: Agronômica Ceres.
[19—]. 530p.
Nome do técnico responsável
Ivo Pessoa Neves
Nome da Instituição do SBRT responsável
Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA
Data de finalização
31 maio. 2007
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