Alpinia purputa: Uma nova alternativa de renda

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ISSN 2447-1348
Rozineide Pereira Alves de França1*, Auclar Felipe Botini1, Patrícia Campos da
Alpinia purputa: Uma nova alternativa de renda para o pequeno
Silva1, Talita Oliveira Nascimento1, Jeison Lisboa Santos2, Henrique Machado de
Almeida3, Larrissa Rocha Garrido3. produtor
Rozineide Pereira Alves de França1*, Auclar Felipe Botini 1, Patrícia Campos da
Silva 1, Talita Oliveira Nascimento 1, Jeison Lisboa Santos2, Henrique Machado de
Almeida3, Larrissa Rocha Garrido3.
1
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). 2Graduando de Ciências Biológicas,
1
Graduando de Agronomia 1*Autor para correspondência: [email protected].
O Brasil vem se consolidando
herbácea, perene, que pode atingir até
no cenário mundial da floricultura,
4 m de altura. Formam touceiras que
tanto
podem
na
produção
de
espécies
temperadas quanto de tropicais.
chegar
a
1,5
metros
de
diâmetro. Suas folhas são largas, e
Nos últimos anos, a floricultura
arranjadas
ao
longo
dos
ramos
tropical tem despontado como uma
aéreos. As inflorescências (Figura 1)
das
são
atividades
promissoras
agrícolas
dentro
da
mais
agricultura
constituídas
de
vermelho-brilhantes
brácteas
(Figura
1A),
moderna, e é no desenvolvimento da
rosadas (Figura 1B) ou mesmo quase
floricultura tropical que o país mostra
brancas
suas mais promissoras potencialidade
verdadeiras
ecológicas, produtivas e comerciais
coloração branca e ficam escondidas
(TERAO et al., 2005).
entre
Alpinia purpurata, é uma planta
A
(Figura
1C).
são
as
pequenas,
brácteas.
GONÇALVES, 2014).
B
As
C
Figura 1. Inflorescências terminais de Alpinia purpurata.
Revista MT Horticultura, Tangará da Serra - MT, v. 2, n. 1, p. 012-014, Junho 2016
flores
de
(CASTRO;
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Alpinia é uma espécie com
Segundo
Teixeira
cultivares
que
e
Loges
grande valor ornamental, e pode ser
(2008)
possuem
usada como flor de corte e em
coloração escuras tende a suportar
paisagismo, pois floresce durante todo
mais a exposição ao sol.
o ano. As variedades mais cultivadas,
A multiplicação da planta pode
atualmente, no Brasil são: Red Ginger
ser por rizomas (Figura 2 A), mudas
(vermelha), Pink Ginger (rosa), Jungle
aéreas
King (vermelha), Jungle Queen (rosa)
micropropagadas (Figura 2 C) divisão
e
de touceiras (Figura 2D).
Eileen
MacDonald
(rosa)
(BEZERRA, et al, 2008). Alpinia pode
(Figura
As
2B)
plantas
mudas
matrizes
ser cultivada a meia sombra ou a
fornecedoras das mudas deverão ser
pleno sol, dependendo da coloração
sadias
da inflorescência e da região.
SOUSA-SILVA, 2010).
A
B
C
D
e
vigorosas
(ALONSO;
Figura 2: Métodos de Propagação de Alpinia purpurata: A) rizoma, B) mudas
aéreas.
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O método por divisão do rizoma
a
incidência
de
raios
de
sol
é o mais utilizado. Os rizomas deverão
diretamente, é indicado que seja feita
ter diâmetro acima de 2 cm e serem
a associação de sombreamentos de
tratados com fungicida e inseticida
árvores o que gera uma condição
antes
favorável
do
plantio.
O
controle
de
nematoide pode ser por nematicidas
ao
desenvolvimento
das
inflorescências de qualidade.
específicos, ou através de controle
Essas plantas exigem podas
térmico feito com água quente, entre
regulares em todas as fases de
40º C a 42º C, durante 15 a 30
desenvolvimento da touceira.
minutos. Caso o procedimento seja o
Logo após o plantio, as hastes
cultivo dos rizomas em recipientes, as
fracas, finas e tombadas devem ser
mudas deverão ser levadas para
eliminadas.
campo quando estiverem em torno de
inflorescência, as hastes já estão
40 cm de altura e com no mínimo
plenamente
quatro
havendo mais aumento do diâmetro
folhas
formadas
(LAMAS,
Após
a
emissão
desenvolvidas,
da
não
2004). Segundo Teixeira e Loges
ou
(2008) o espaçamento adotado para o
Portanto, hastes de alpinia sem altura
plantio em leiras tem sido de um metro
e diâmetro desejados para corte,
entre plantas e dois metros entre
devem ser removidas no início do
linhas, ou dois metros entre plantas e
florescimento,
de dois a três metros entre linhas.
desenvolver uma inflorescência com
Alpinias possuem grande exigência
valor comercial (TEIXEIRA; LOGES,
em luminosidade, porém não toleram
2008).
comprimento
da
pois
haste
não
floral.
irão
Referências Bibliográficas
ALONSO, A. M; SOUSA-SILVA. J.C. Apinia purpurata (Vieill.) K. Schum: planta
ornamental para cultivo no cerrado. Planatina, DF: Embrapa Cerrados, 2010.
BEZERRA, F. C; GONDIM, R. S; PEREIRA, N. S. Produção de Alpínia em Cultivo
Protegido na Região Litorânea do Estado do Ceará. Comunicado Técnico on line,
Fortaleza; dezembro, 2008.
CASTRO, C. E. F; GONÇALVES, C. Instruções Agrícolas para as Principais
Culturas Econômicas. BOLETIM 2000, 7.ª Ed. Campinas: Instituto Agronômico,
2014.LAMAS, A. M. Floricultura tropical: tecnologia de produção. Tabatinga/AM.
2004.TEIXEIRA, M. C. F.; LOGES, V. Alpinia: cultivo e comercialização. Revista
Brasileira de Horticultura Ornamental, v. 14, n.1, p. 9-14, 2008.
TERAO, D.; CARVALHO, A. C. P. P.; BARROSO, T. C. S. Flores tropicais. Brasilia:
Embrapa Informação Tecnológica. 2005.
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