filosofia

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Aluno:_____________________________________________________________
Série/ano: 6° Turma:_____Turno: _________Professor: ____________
Data: ___/___/___
FILOSOFIA: O QUE É ISSO AFINAL?
Caro aluno (a), neste momento inicia-se uma nova fase na sua formação escolar. São novas
matérias, novos companheiros de aula, novos professores. Uma das coisas legais que você vai conhecer
neste ano é a filosofia. Você já se perguntou o que é filosofia?
FILOSOFIA
PRECISO SABER
TUDO O QUE EU NÃO SEI
AMAR AS PEQUENAS COISAS
O ARCO IRIS
O CÉU
O MAR
O INFINITO
O PRÓRIO SER
O NÃO SER
O TUDO
O NADA
FILOSOFIA
PRECISO SER
A RAZÃO DERRADEIRA
A PAIXÃO VERDADEIRA
A PERFEIÇÃO DO IMPERFEITO
O FIM ÚLTIMO
O COMEÇO
O ESPANTO
A ADMIRAÇÃO
O CONHECIMENTO
A PUREZA DO IMPURO
O PRESENTE RAL
Não podemos esquecer que no estudo da filosofia a pergunta exerce um papel fundamental. Mas é
claro que não é só quando estudamos filosofia que devemos fazer perguntas. Aliás, você já reparou como
as crianças fazem muitas perguntas? Isso ocorre porque, principalmente para os pequeninos, compreender
o mundo é quase tão importante quanto aprender a andar, a comer, ou mesmo a brincar. Fazer perguntas
faz parte de toda forma de aquisição de conhecimento, mas as perguntas filosóficas são diferentes. Veja
se você consegue perceber a diferença entre estas perguntas:
QUAL É O NOME DA SUA ESCOLA?
QUEM É VOCÊ?
QUAL É O FORMATO DA TERRA?
QUEM SOU EU?
QUANTO É DOIS MAIS DOIS?
É provável que você tenha conseguido responder todas elas, ou apenas algumas. Contudo, existem
perguntas que são mais difíceis de serem respondidas.
PARA REFLETIR - O QUE É FILOSOFIA?
O que é Filosofar? O melhor meio de se aproximar da filosofia é fazer perguntas filosóficas:
Como o Mundo foi criado? Será que existe uma vontade ou um sentido por detrás do que ocorre? Há vida
depois da morte? Como podemos responder a essas perguntas? E, principalmente: como devemos viver?
Essas perguntas têm sido feitas pelas pessoas de todas as épocas. Não conhecemos nenhuma
cultura que não se tenha perguntado quem é o ser humano e de onde veio o mundo.
Basicamente, não há muitas perguntas filosóficas para se fazer. Já fizemos algumas das mais
importantes. Mas a história nos mostra diferentes respostas para cada uma dessas perguntas que estamos
fazendo.
É mais fácil, portanto, fazer perguntas filosóficas do que responder. Da mesma forma, hoje em dia
cada um de nós deve encontrar a sua resposta para essas perguntas. Não dá para procurar numa
enciclopédia se existe um Deus, ou se há vida após a morte. A enciclopédia também não nos diz como
devemos viver. Mas a leitura do que outras pessoas pensaram pode nos ser útil quando precisamos
construir nossa própria imagem do mundo e da vida.
Observe e leia atentamente as charges acima, na qual há uma interação entre a personagem Sofia e
outros dois meninos. Qual dos três personagens adota uma postura filosófica? Explique.
FILOSOFAR É FAZER PERGUNTAS
Imaginemos que você começasse a fazer certas perguntas: De onde vem o mundo? Por que
existem guerras? Por que alguns homens são ricos, enquanto outros são pobres? Qual é o significado da
vida? Quem é Deus?
Essas e inúmeras outras perguntas têm sido feitas pelos homens desde o inicio da história. Com
tudo, nem para todas as perguntas existem respostas. É bem mais fácil fazer perguntas do que respondêlas. Pergunte-se:
Será que eu tenho coragem de fazer perguntas? Em que situações devo perguntar?
Geralmente fazemos perguntas, quando temos dúvidas. Agora veja abaixo um dialogo entre uma
aluna e sua professora:
- Sofia, você tem alguma dúvida?
- dúvida?... Sim! Respondeu Sofia.
- Qual é a sua dúvida?
- São tantas, professora...
- Diga uma.
- Qual é a razão da existência humana?
Não se esqueça de que a pergunta a respeito da filosofia tem um papel muito importante, pois a
melhor maneira de se estudar filosofia é fazer perguntas filosóficas.
As pessoas geralmente fazem perguntas quando estão com dúvidas ou diante de uma incerteza.
Algumas perguntas feitas podem ser mal formuladas ou enganosas. Com tudo, todas as perguntas existem
respostas.
MÚSICA PARA OUVIR E FILOSOFAR
Oito anos. Paula Toller e Dunga.
CD Adriana Partimpim, BMG, 2004
Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo
O que significa
"Impávido Colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme
Por que os dentes caem
Por onde os filhos saem
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito
Quem é Jesus Cristo
Onde estão meus primos
Well, well, well
Gabriel...
Well, well, well
Well
Por que o fogo queima
Por que a lua é branca
Por que a Terra roda
Por que deitar agora
Por que as cobras matam
Por que o vidro embaça
Por que você se pinta
Por que o tempo passa
Por que que a gente espirra
Por que as unhas crescem
Por que o sangue corre
Por que que a gente morre
Do que é feita a nuvem
Do que é feita a neve
Como é que se escreve
Réveillon
A FILOSOFIA NASCEU DO ESPANTO
Certo dia, um menino chamado SABER abriu os olhos e viu que a Terra era um pequeno planeta,
perdido na imensidão do caos. O pequeno filósofo passou, então,
a contemplar os pequenos seres que Deus havia criado com tanta
paixão. E admirando-se, então, das coisas estranhas à sua volta
começou a formular as mais variadas perguntas:
- Por que os astros se movimentam?
- O que é o ser?
- Quem é o homem?
-Qual o sentido da vida?
Ao nos concentrarmos nas perguntas formuladas pelo
pequeno sábio, vemos que não podem ser respondidas
cientificamente, o que as tornam perguntas e irrespondíveis.
Portanto o estado de admiração de antes das coisas novas e
aquilo que o pequeno sábio não consegue compreender chamamos
de espanto.
Observando a imagem, que ideias lhe vêm a cabeça? Que
sentimentos ela desperta em você?
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Galiteia e as esferas (1952)
2.1 A ORIGEM DA PALAVRA FILOSOFIA
A palavra filosofia é de origem grega e resulta da junção de duas palavras: philos que significa
amor, amizade ou afeição e sofhia que significa sabedoria. Filosofia, portanto, significa “amor pela
sabedoria”, e o filósofo é, então, aquele que tem amor pelo saber.
Narra-se que o termo foi inventado por Pitágoras, que certa vez, ouvindo alguém chamá-lo de
sábio e considerando este nome muito elevado para si mesmo, pediu que o chamassem de filósofo, isto é,
amigo da sabedoria. Acredita-se que Pitágoras teria criado o termo com o propósito de mostrar que a
sabedoria é algo que pertence aos deuses e não aos homens e que ele seria apenas alguém que era capaz
de se encantar com a verdade, que é fruto da sabedoria divina, cabendo a esses somente estabelecerem
com ela um laço de amor e amizade, sendo, portanto filósofo (philoshofos) aquele que ama a verdade.
Para Pitágoras, somente o homem é capaz de filosofar, isto é, de buscar o saber.
Daí o homem torna-se filósofo a partir do momento em que torna consciência e deseja encontrar a
verdade por meio da verdade.
O filósofo não é o dono da verdade, nem detém todo o
conhecimento do mundo. Ele é apenas uma pessoa que é amiga do
saber. Ele é como aquela criança que sempre procura saber o porquê
das coisas, tem a capacidade de se encantar com o mundo e não se
contenta com respostas incompletas.
Na verdade. O filósofo é um perito na arte de espantar-se,
quando se depara com algo novo, é movido por um sentimento de
admiração
BUSTO DE PITÁGORAS
QUEM SERÁ O FILÓSOFO?
A filosofia tem um papel significativo no mundo atual. Mas foi graças a genialidade dos filósofos
gregos, que desenvolveram a física, a química, a matemática, a biologia, a história, a medicina, a política
e muitos outros ramos do conhecimento humano, que foram feitas descobertas capazes de transformar a
vida humana.
E quem foram esses homens geniais que desenvolveram a filosofia?
Ora, são os chamados primeiros filósofos. Homens muitas vezes incompreendidos em seu tempo,
cujas ideias foram por vezes ignoradas ou abafadas pelos poderosos que viram a filosofia como uma coisa
perigosa.
Apesar de tudo, os filósofos deixaram suas marcas na história da humanidade. Nunca houve um
tempo em que os homens não buscassem a verdade, combatendo a ignorância, o obscurantismo, a
dominação e a exploração do homem pelo próprio homem.
Hoje, a filosofia é um importante instrumento de libertação humana, pois ela busca a verdade por
meio da verdade, questionando tudo aquilo que impede a visão da verdade racional.
TODO FILÓSOFO É UMA CRIANÇA
O filósofo é como aquela criança que sempre procura saber o porquê das coisas. Ele tem a
capacidade de se encantar com o mundo e não se contenta com respostas incompletas.
O filósofo e a criança têm em comum a admiração pelas coisas novas e extraordinárias. A
admiração é o sentimento de alegria que move o coração do filósofo diante daquilo que julga ser grande.
A criança, por sua vez, também sente admiração ante às novas descobertas do mundo.
O QUE OS FILÓSOFOS TÊM EM COMUM?
Que ser humano é incapaz de nutrir na alma um sentimento de entusiasmo diante do que julga ser
grande?
O filósofo, por ser um perito na arte de espantar-se, é movido por um sentimento de admiração
profunda, quando se depara com algo novo.
A criança, no estado de admiração, é movida pela dúvida. Muitas vezes se deixa levar pela alegria
da descoberta, pela angustia da dúvida ou pela tristeza, ao deparar com uma realidade distante da sua.
Dúvida, descoberta, angustia, tristeza e admiração são palavras que expressam nossa
incompreensão diante das descobertas do mundo.
FILÓSOFO OU SÁBIO?
Já vimos que filosofia é a busca pela sabedoria, e que o filósofo é
o amigo do saber. Será o pequeno príncipe um filósofo ou um sábio?
Mas quem é esse tal de pequeno príncipe?
O pequeno príncipe é um personagem criado pelo escritor francês
Antoine de Sant-Exupéry, que, um ano antes de sua morte, em 1944,
publicou o livro “O Pequeno Príncipe”, que nada mais é um convite à
reflexão sobre a humanização dos seres humanos, na qual a amizade é
um importante valor que deve ser cultivado sempre. O autor, que era
piloto de avião durante a segunda grande guerra, fez-se o narrador da
história, que começa com uma aventura vivida no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa
manhã é acordada pelo Pequeno Príncipe, que lhe pede: “desenha-me um carneiro”? E aí que começa o
relato das fantasias de uma criança que, como as outras, questiona as coisas mais simples da vida com
pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma
rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados –
talvez não tão inusitados para as crianças!
Dentre esses personagens estava um Rei que pensava que todos eram seus súditos, apesar de não
haver ninguém por perto. Um homem de negócios, dizia-se muito sério e ocupado, mas não tinha tempo
para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia
sábio, mas não sabia nada de geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as
“pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser
traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina o menino de cabelos dourados o segredo do
amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
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