Pauta Musical ou Pentagrama Para ler e compreender a musica, precisa-se conhecer os sinais que são utilizados para escrever, e as leis que regem esses sinais. Para cantar sons de diferentes alturas – As notas musicais – Precisa-se conhecer as linhas especiais onde elas são colocadas. Ao conjunto dessas linhas chamamos pauta musical. A pauta que se conhece hoje na notação moderna, é um fragmento da pauta de onze linhas sobre as quais se pode colocar todas as notas contidas na voz humana, do mais grave ao mais agudo. Mas a pauta mais comum e a que é usada para ler e escrever música tem 5 linhas e 4 espaços paralelas horizontais e equidistantes. As linhas e os espaços na pauta são contados de baixo para cima 1 Exemplo Para além das 5 linhas da pauta, contam-se também as linhas em baixo da pauta também chamadas de linhas suplementares inferiores e as que ficam em cima da pauta, linhas suplementares superiores 2 A CLAVE DE SOL Para saber em que registo se esta a cantar ou melhor, para se saber o nome das notas que se está a entoar, é necessário que no início da pauta esteja colocada um sinal chamado CLAVE Existem 3 tipos de Clave: A Clave de Sol, Clave de Fá, A Clave de Dó – Cada uma das claves representa um registo de altura. A clave de sol para os registos agudos, a clave de Dó para os médios e a clave de Fá para os registos graves. A clave mais utilizada é a clave de sol. É nesta clave que se escreve as canções infantis. 3 Notas musicais As notas musicais utilizadas no sistema de notação, sucedem-se assim: DO, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI com repetição da 1ª, o DÓ As notas podem ser colocadas tanto nas linhas como nos espaços. Antigamente as notas eram representadas por letras do alfabeto: A B C D E F G É no século IX que se começa a utilizar um sistema cujo processo, baseando-se na analogia entre a vista e o ouvido, consistia 4 em desenhar a linha melódica, por meio de linhas e pontos. Era o sistema de notação neumática, espécie de estenografia. Os neumas eram sinais que indicavam apenas a direcção da voz. Não marcavam, a altura nem os intervalos dos sons. Eram um auxiliar da memória de um cantor, na igreja, que aprendia de ouvido. Julga-se que foi no século XI, que as notas adquiriram os nomes tal qual as conhecemos hoje. O responsável pelo nome das notas foi o monge Beneditino italiano, GUIDO D’AREZZO, um teórico da idade média da Abadia de Pomposa que deu a cada nota o nome de uma sílaba da primeira estrofe de 5 hino da festa de S. João Baptista, como meio Mnemónico – Formas de memorizar. Ao que parece, a invenção do nome dessas notas deve-se ao acaso de o canto desse hino ser feito de tal forma que cada verso começa num grau mais alto que o anterior. Ut quéant laxis Resonare fibris Miragestorum Famuli tuórum Solva pulliti Sante Ioannes Labi reátum Tradução (mais ou menos) «Para que se possa ressoar nos nossos corações as maravilhas das tuas acções, perdoa, se erram os lábios indignos do teu servo, óh são João» 6 Na terminologia Musical Francesa até há pouco tempo atrás se usava Ut que significa DO, a sílaba da palavra domino. A nota si resulta da junção da 1ª letra das respectivas palavras Sante Ioannes A clave de sol é colocada no início da 2ª linha da pauta e dá o seu nome à nota, nessa linha. Serve para determinar o nome e a altura dos sons ou notas. A clave de sol é a modificação da letra G que corresponde à nota Sol. Exemplo da Clava de Sol colocada na 2ª linha. 7 8