Tema: Diferentes materiais para uso na robótica educacional

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Diferentes materiais para uso na robótica
educacional: A diversidade que pode promover o
desenvolvimento de diferentes competências e
habilidades
Lyselene Candalaft Alcântara Prol
[email protected]
Síntese
O trabalho contextualiza um estudo sobre o uso de materiais diversos em aulas
de robótica educacional. São eles: Kits da Fischer Technik, Lego, Knex e Modelix. A
pesquisa em andamento trabalha a partir de projetos lúdicos as possibilidades de
gerar situações de aprendizagem e, possível desenvolvimento cognitivo com crianças
na faixa etária dos 7 ao 15 anos..
Os materiais foram experimentados com as suas respectivas interfaces de
comunicação e linguagens de programação. Cada material tem uma linguagem de
programação própria e uma forma de encaixe diferente. Essa diversidade permite que
sejam utilizados com diferentes objetivos pedagógicos em projetos que promovam o
desenvolvimento de habilidades e competências ligadas a lógica, noção espacial,
pensamento matemático, trabalhar em grupo, organização e planejamento de projetos,
conhecimento tecnológico e projetos interdisciplinares.
*
Vivemos em uma sociedade onde ter competência no uso da tecnologia e
desenvolvimento de atividades em grupo são elementos fundamentais para o sucesso.
Neste contexto a robótica vem para contribuir de forma eficaz no desenvolvimento
destas competências. Além disso, pode ser um espaço rico de possibilidades do
desenvolvimento da criatividade e apoio no desenvolvimento das habilidades do aluno,
do professor e da instituição em geral.
O aluno pode desenvolver sua capacidade de solucionar problemas, utilizar a
lógica de forma eficaz e compreender conceitos ligados à física e matemática. O
professor pode encontrar condições de diversificar sua didática pela possibilidade do
emprego de materiais diversos e as instituições um diferencial de qualidade por
intermédio da aplicação de temas transversais e interdisciplinaridade.
A Robótica Educacional consiste em caracterizar ambientes de aprendizagem
que reúnem materiais de sucata ou kits de montagem compostos por diversas peças,
motores, sensores, controlados por um computador com software que permita
programar o funcionamento dos modelos montados, dando ao aluno a oportunidade
de desenvolver sua criatividade com a montagem de seu próprio modelo. Desta forma,
colocam-se em prática conceitos teóricos, vistos apenas em sala de aula e sem
ligação com o mundo real. Além de ser um ambiente caracterizado pela tecnologia e
pela criatividade, a Robótica Educacional proporciona a vivência intuitiva de conceitos
de matemática e de física. O que motiva o estudo desse tema é o interesse em
explorar as relações entre tecnologia, aprendizagem, cultura e comunidade dando um
enfoque novo à educação. Estabelecendo uma relação forte entre a instituição de
ensino e o mundo externo com objetivo de descobrir um modelo pedagógico que
favoreça a construção do conhecimento através da robótica pedagógica de tal maneira
a utilizar os materiais tecnológicos disponíveis no mercado com ação efetiva na
construção do conhecimento da nossa comunidade (pais, professores e alunos). Nos
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basearemos em uma metodologia participativa que combina fundamentos do
construcionismo (Piaget e Papert) e do interacionismo (Vygotsky).
Construcionismo, proposto por Seymour Papert é ao mesmo tempo uma teoria de
aprendizagem baseada nos princípios de Jean Piaget (conhecimento é adquirido à
medida que se pensa e age sobre o objeto maturação + experiência + transmissão
social + equilibração) e uma estratégia de trabalho onde cada um se torna responsável
por sua aprendizagem à medida que experimenta e constrói algo.
O interacionismo, proposto por Vygotsky, acredita que o aprendizado se dá pela
troca de informações entre as pessoas. A aprendizagem é fundamentalmente uma
experiência social, de interação pela linguagem e pela ação. A interação deve
propiciar uma comunidade de aprendizagem, de discurso e de prática de tal maneira a
produzir significados, compreensão e ação crítica, exercer a aprendizagem de
cooperação e de autonomia, assegurar a centralidade do indivíduo na construção do
conhecimento e possibilitar resultados de ordem cognitiva, afetiva e de ação. Assim, o
interacionismo é exercido na medida em que todos os problemas são analisados,
escaneados e resolvidos em grupos e o construcionismo é exercido na medida em que
cada elemento do grupo tem responsabilidade por uma parte da solução, da criação
surge o desenvolvimento. Cada um tem a responsabilidade pelo seu próprio
conhecimento e pelo grupo. Todos devem participar da solução, assim a dúvida de um
e a certeza do outro fazem com que o grupo cresça e se desenvolva.
O ambiente de trabalho deve propiciar o desenvolvimento da autonomia,
criatividade e organização para trabalho em grupo. Escolhemos o trabalho baseado
em projetos livres onde é escolhido um tema de interesse e os alunos desenvolvem
seus projetos baseados neste tema escolhendo as idéias a serem exploradas, os
materiais a serem utilizados, os caminhos a serem seguidos e a forma de
apresentação. Nesta forma de trabalho, o professor tem a função de acompanhar todo
o processo e atuar sempre que necessário para garantir o desenvolvimento dos
grupos.
Este ambiente deve permitir que os alunos tenham bastante tempo para explorar
suas idéias sozinhas, experimentando materiais diversos, mas deve ser sério o
bastante para que eles não percam o sentido da exploração. Neste ambiente
encontramos também kits de apoio, os quais têm a função de limitar os tipos de
materiais e estimulando a criatividade na busca das soluções.
A metodologia utilizada nas aulas de robótica tem como base o desenvolvimento
de projetos sobre um tema de interesse do grupo. Os projetos geralmente se
encaixam em uma destas três classificações:
Projetos gerais que reflitam problemas da comunidade: trânsito, violência urbana,
controle da água, construção de cidades...
Projetos visando um conteúdo específico: tópicos de física, tópicos de matemática,
ciências, automação.
Projeto de estudo de uma tecnologia: uso de interfaces, computadores, sensores,
motores, engrenagens, programação.
Ao serem realizados, os projetos podem promover o desenvolvimento integrado de
habilidades, atitudes e conhecimentos, referentes às diversas áreas gerando um
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aprendizado significativo e eficaz, No processo de realização os alunos são levados
naturalmente a passar pelas seguintes fases:
Formalização da idéias + experimentação + reflexão + depuração
Formalização da idéias: a programação requer a descrição de uma idéia, em termos
de uma linguagem formal e precisa. Essa descrição permite ao aluno explicitar o nível
de compreensão que possui sobre os diferentes aspectos envolvidos na resolução de
um problema.
Experimentação (Testar a idéia): o computador executa fielmente a descrição
fornecida, o resultado é fruto somente do que foi solicitado. É uma imagem fiel do
pensamento expresso de forma imediata.
Refletir sobre a idéia: a partir da análise do resultado, o aluno pode refletir sobre o
que foi solicitado ao computador e aonde se chegou.
Depurar uma idéia: se o resultado não corresponde ao que era esperado, o aluno
tem que depurar a idéia original através de conteúdo ou de estratégia.
Materiais disponíveis no mercado nacional
Hoje já existe no mercado nacional uma diversidade de materiais que possam
apoiar as aulas que utilizem a robótica como ferramenta.
Modelix
Figura 1: http://www.modelix.com.br/
Características: O Modelix é um brinquedo composto de lâminas furadas nas mais
diversas formas, que permitem encaixes exatos, mini ferramentas para montar, mais
um arsenal de peças, entre, porcas, parafusos, cantoneiras, engrenagens, eixos,
polias, Estas lâminas furadas podem se unir por meio de porcas e parafusos formando
o que se desejar. Não há limite para a criatividade.
Sugestão de uso: É adequado para o trabalho com montagens que alem do próprio
kit utilize sucata como material complementar à montagem. Ideal para ser usado com
alunos maiores de 10 anos estimulando a coordenação motora, o pensamento e a
concentração.
Onde
encontrar:
Lojas
de
brinquedo
ou
encomendas
pelo
site
http://www.modelix.com.br/
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Figura 2: Projeto Parque
Aplicação prática: Projeto parque de diversões, neste projeto o objetivo maior era o
de trabalhar o conceito da utilização das engrenagens para diminuir a velocidade e
gerar mais força a um motor.
Lego Dacta
Figura 3: http://www.geracaobyte.com.br/9654.html
Características: O Lego material mais conhecido, muito bom, porém muito caro. É um
brinquedo largamente difundido no universo infantil o que facilita a motivação para a
construção. Os kits adequados para a utilização na Robótica educacional contem além
das peças encontradas em qualquer conjunto de Lego brinquedo, peças que permitem
a construção de mecanismos simples tais como engrenagens, eixos, polias, motores,
sensores e luzes.
Sugestão de uso: Ideal para introdução de mecanismos com crianças da escola
Infantil e Ensino Fundamental, não requer experiência em tecnologia, porém a
professora tutora precisa saber como motivar para aprendizagem e não simplesmente
a brincadeira de montar. Desenvolvimento apropriado para a idade crianças a partir de
cinco até oito anos (LEGO-DUPLO) e acima desta faixa etária os kits para construções
específicas e o Lego Mindstorm.
Onde encontrar: http://www.edacom.com.br/
Figura 4: Projeto radar
Aplicação prática: Construção de um radar para controle de velocidade. Objetivo
trabalhar o conceito de velocidade e uso de engrenagens. Com o uso de sensores de
luz e rotação os alunos avaliaram a velocidade de dois carrinhos construídos por eles
mesmos. Os motores utilizados nos carros eram iguais, assim para gerar velocidades
diferentes, tiveram que utilizar engrenagens.
136
Fisher technik
Figura 5: http://www.nektechnik.com.br
Características: Kits didáticos para executar montagens mecânicas, eletromecânicas
e eletrônicas que podem ser controladas pelo computador Composto por peças
plásticas flexíveis além de motores, lâmpadas, sensores e placas para trabalho com
energia solar.
Sugestão de uso: Devido a seu método de encaixe a sugestão é de que seja utilizado
com crianças a partir de 10 anos. As montagens têm uma resistência maior a quedas,
o que na prática é muito bom.
Onde encontrar: http://www.nektechnik.com.br/
Aula prática: Construção de um helicóptero com o qual puderam ser discutidos os
conceitos de mudança de direção e transmissão de movimentos
K´nex
Figura 6: http://www.knex.com.br
Características: Por ser um material especialmente desenvolvido para Robótica
Estrutural, permite a construção de projetos por meio de estruturas wireframe,
processo de construção lógico-matemático idêntico ao usado em softwares para
projetos de engenharia CAD-Computer Aid Design.
Sugestão de uso: Projetos gerais a partir de 8 anos
Onde encontrar: http://www.knex.com.br/
Super Robby
Figura 7: http://www.ars.com.br/produtos;srobby/index.htm
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Características: Primeiro kit de robótica educativa projetado e fabricado no Brasil
implementado em escolas. Muito utilizado para unir projetos desenvolvidos com sucata
e programação via linguagem Logo por meio do computador.
Sugestão de uso: Adequado para utilização com qualquer kit descrito acima.
Onde encontrar: http://www.ars.com.br/produtos/srobby/index.htm
Cyberbox
Figura 8: Interface cyberbox
Característica: O CyberBox é uma interface que pode ser utilizada no trabalho com
Robótica Pedagógica. Desenvolvida no Brasil para uso pedagógico em nível de ensino
fundamental, médio e superior. Permite mais ligações que a Super Robby e é mais
resistente.
Sugestão de uso: Adequado para utilização com qualquer kit descrito acima.
Onde encontrar: http://www.cyberbox.com.br/
Tabela Comparativa
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Tipo de
interface
Metodologia
de
programação
Custo
Aquisição
Forma de
trabalho
Modelix
Qualquer uma de uso
genérico
Linguagem Logo
RCX
Fisher
Intelligent Interface
Linguagem orientada
a objetos (Labview)
Linguagem orientada a
Fluxograma lógico
Baixo custo
Fácil aquisição, material
nacional.
Alto custo
Difícil aquisição,
material importado e
um único fornecedor.
No apoio a montagem de
estruturas desenvolvidas
com sucatas para
desenvolvimento em
Projetos genéricos.
Geralmente a criação é
do usuário, não é
utilizado um manual de
passo-a-passo para
montagem.
Geralmente
acompanhado de um
manual passo-apasso que norteia a
montagem. Seguido
de um desafio.
Revista Lego Zoom.
Pode também ser
utilizado livremente
para construções
genéricas.
Existem materiais
distintos para cada
faixa etária a partir
dos 6 anos
Dada pelo fornecedor
e profissionais
liberais
Revista Lego Zoom
Médio Custo
Média dificuldade de
aquisição, material
importado por um único
fornecedor.
Geralmente
acompanhado de um
manual passo-a-passo
que norteia a montagem.
Seguido de um desafio.
Pode também ser
utilizado livremente para
construções genéricas.
Faixa Etária
A partir dos 10 anos
Capacitação
Não existe curso de
capacitação formal
Material para
uso em aula
Não existe um material
de acompanhamento
para a aula
Lego
A partir dos 10 anos
Dada pelo fornecedor e
profissionais liberais
Manual de montagem
que acompanham o
produto e poucas fichas
de acompanhamento
para apoio ao professor.
Bibliografia:
PAPERT, SEYMOUR: A máquina das crianças, repensando a escola na era da
informática; trad. SANDRA COSTA. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
VALENTE, JOSÉ ARMANDO: O professor no ambiente Logo: formação e atuação;
JOSÉ ARMANDO VALENTE; organizador – Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1996.
OLIVEIRA, VERA Informática em Psicopedagogia; VERA BARROS DE OLIVEIRA;
organizadora – 2ª edição – SP: Editora SENAC, 1999.
139
O uso de Tecnologia no Colégio Rio Branco
Novas práticas delineando novos caminhos
Márcia Regina Teixeira Macedo
[email protected]
Vania Maria Concimo Santos
[email protected]
Histórico
O uso do computador no Colégio Rio Branco iniciou-se em 1994, por meio de
serviço terceirizado e estendeu-se a todos os segmentos da Educação Infantil ao
Ensino Médio. A chegada da Informática reforçou o movimento de repensar a função
da escola e ajustá-la ao seu tempo. Na época, já se estabeleciam ações investigativas
nas propostas de trabalho aos alunos; entretanto, as fontes de dados ficavam restritas
ao que se tinha em papel e vídeo, visto que contamos com uma biblioteca escolar
considerada uma das melhores e maiores da América Latina.
Nas séries iniciais, o primeiro contato deu-se por meio da Linguagem Logo. A
interação com o computador por esta linguagem permite programar o computador para
resolver um problema, num processo que envolve descrição – execução – reflexão –
depuração - descrição (Valente, 1993). O aluno, ao ensinar o computador, constrói seu
conhecimento pela descrição, passo a passo, do problema, da reflexão sobre
possíveis erros durante a execução e, sempre que necessário, da depuração seguida
de nova descrição. Essa metodologia demanda e desenha novos papéis para o aluno
e para o professor - aluno ativo e professor mediador - e uma nova visão do erro objeto de reflexão. Nas demais séries, o uso de diferentes aplicativos somou as
tarefas à possibilidade de produção e revisão ágeis, com estética mais interessante e
agradável, a exemplo dos editores de texto.
O trabalho com o computador nesse paradigma é, atualmente, na utilização de
linguagens de programação, de simulações e de softwares multimídia, de forma
intencional e explícita, uma prática entre alunos e professores.
A partir de 1997, foi criado o Departamento de Informática Educacional do
Colégio Rio Branco, hoje denominado Departamento de Tecnologias Educacionais.
Partiu do entendimento de que a escola necessita de um projeto próprio vinculado a
seus ideais educacionais que, neste momento, apontavam para a preservação de
valores permanentes e para adaptações às mudanças do mundo moderno, como
referia a proposta Tradição e modernidade fazendo escola e a Missão Educativa,
Formar um cidadão ético, com conhecimento significativo, que lhe permita atuar
positivamente na sociedade.
A escola, como toda instituição social, tem de dialogar com as coisas
que estão acontecendo. O mundo atual não é igual àquele de quando
nós ou nossos pais freqüentaram a escola, portanto os processos de
globalização da informação e comunicação implicam que a escola
reflita sobre sua função e seus objetivos. A escola tem de ser uma
instituição que pensa, constantemente, nos saberes do passado que
precisam ser recuperados, resgatados e conservados, além de
agregar o presente. (Hernández, 2002, p.3)
140
O Departamento de Tecnologia Educacional do Colégio Rio Branco tem como
princípio que aprender Informática é formar com a Informática e não ensinar
Informática. Tem como desafios:
• favorecer o uso do computador como mediador do aprendizado, propulsor de
mudanças nas práticas de ensino e desencadeador de novas metodologias;
• buscar e depurar o uso de diferentes mídias, ferramentas e linguagens e
desenvolver formas adequadas de uso em novas metodologias de trabalho;
• promover o envolvimento de professores motivando-os para a necessidade de
constante atualização e reflexão quanto ao uso de tecnologia na Educação;
• desenvolver, nos alunos, habilidades de pesquisa e reconstrução da
informação para gerar conhecimento, autonomia no uso de tecnologia, com
base em planejamento e organização de trabalho, a partir de rotinas.
Mudança participativa
O artigo 12 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei das Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, dá à escola a incumbência de propor seu próprio projeto
pedagógico, que deve representar intenções e possibilidades educativas que se
sustentam na elaboração coletiva e participativa de todas as instâncias da Instituição.
Os artigos 13 e 14 falam da participação de educadores e da comunidade nessa
elaboração. A gestão democrática sustentada na participação coletiva, como um
exercício de descentralização em todos os níveis, confere legitimidade ao processo de
construção, execução e avaliação do Projeto Político-Pedagógico. Ciente de sua
tarefa, o Colégio Rio Branco, convicto de que as intenções se concretizam no fazer e
são assumidas pelo professor quanto mais ele participe do processo de elaboração do
projeto pedagógico, abre espaços de participação. Os anos de 2002 a 2006 são
grandes marcos de participação de professores.
No final de 2002, professores participaram da elaboração da proposta
pedagógica para 2003, que foi apresentada, divulgada e discutida com todas as
instâncias do colégio. Foram apontados, como objetos de estudo e reflexão, o
conhecimento significativo, a autonomia, a inserção social, o trabalho como valor e o
uso da tecnologia. Formaram-se várias equipes de estudo, entre elas, a de
Informática, com a incumbência de abordar o uso de Tecnologia. O conceito de
tecnologia adotado foi o de soluções resultantes do enfrentamento de problemas e que
podem ser aplicadas em situações-problema semelhantes. Não são, em si e por si
mesmas, tecnologias educacionais capazes de produzir conhecimento; e são
formadas pelos seguintes componentes: mídia, mediações e publicações. As
Tecnologias Educacionais somente se desenvolvem quando há abertura para novas
possibilidades e há educadores sensíveis, permanentemente atualizados e
competentes para criar (CARVALHO NETO, 2002). O estudo da equipe, além de
apresentar esse conceito, abordou as características da sociedade do conhecimento
no século XXI, apresentadas por Alvin Toffler em Mudanças de Poder (2003):
velocidade, interatividade, globalização, conectividade, conversibilidade, eqüidade,
mobilidade. Fundamentou, assim, a necessidade de formar um homem ajustado ao
seu tempo, um homem que saiba lidar com diferentes situações, resolver problemas
imprevistos, ser flexível e multifuncional e estar sempre aprendendo. Há, também, a
socialização dos princípios e objetivos do departamento, ancorados na proposta de
trabalho com projetos. Define-se por projeto uma situação investigativa que parte de
um questionamento do aluno ou de um problema relevante, cuja solução exija um
trabalho de reelaboração do conhecimento por meio de pesquisa, questionamento,
reflexão, criação e apresentação de soluções viáveis que possam ser utilizadas em
outras situações semelhantes.
141
Em meados de outubro de 2003, os professores envolveram-se num estudo
sobre como o aluno aprende aprofundando conhecimentos sobre a especificidade de
cada faixa etária, visando a elaborar objetivos educacionais adequados a cada uma
delas. Em 2004, uma nova estrutura de cargos e carreira foi desenhada pela
instituição para dar sustentação ao trabalho e apoiar a operacionalização dos objetivos
em sala de aula, com ajuda de supervisores pedagógicos. No decorrer do ano, os
grupos de estudo evoluíram e se multiplicaram com diferentes temáticas: alfabetização
e letramento, avaliação e projetos.
No final de 2004, cada área preparou oficinas ou relatos de prática para uma
grande troca de experiências entre os professores das duas unidades do colégio,
realizada no início de 2005. A área de Tecnologia apresentou, nessa ocasião, o
Projeto Água - e eu com isso? uma experiência com a participação de pais, via e-mail,
o Projeto Orçamento Familiar e o uso de Webquests que, adiante, também fazem
parte deste relato.
Em 2006, montaram-se oficinas sobre leitura oralidade e escrita. Formaram-se
grupos de estudo sobre ensino estruturado, avaliação, e trabalho em equipe.
A descrição dos movimentos que se estabeleceram no colégio nos últimos
anos permite constatar que o processo de mudança, incluindo-se aquele que ocorre
com o uso de tecnologia, repercute em alterações na escola como um todo: na sua
organização, na sala de aula, no papel do professor e dos alunos, numa nova visão de
currículo, na relação com o conhecimento, na relação com os pais e comunidade.
Recursos materiais
Conta-se com salas de multimeios para: Educação Infantil, Ensino
Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio, equipadas com computadores
conectados em rede, telão, projetor, escaner, caixas de som, material de robótica e
acesso à Internet. Também há gravadores de CD à disposição dos grupos de alunos.
Há lousa digital para uso de professores e alunos. Há, também, o setor de multimeios
com computadores, com acesso à Internet, situado na Biblioteca. Todas as salas de
Educação Infantil e Ensino Fundamental I têm computador. Todas as salas de aula
são equipadas com telão, caixas de som e entrada para rede. Há kits multimídia com
computador, videocassete e amplificador disponíveis para uso nas salas de aula por
alunos e professores. Na sala dos professores, há computadores, escaner, aparelho
de DVD e televisor. Há câmeras fotográficas digitais e filmadoras para uso por alunos
e professores.
A manutenção dos equipamentos é feita pelo Departamento de Tecnologia de
Informação sediado no colégio, o que garante boas condições de trabalho e pronto
atendimento.
Proposta pedagógica
O trabalho com projetos é o princípio norteador do Departamento de Tecnologia do
Colégio Rio Branco. Tem como objetivos promover:
•
a utilização, com autonomia, eficiência e adequação, de diferentes tecnologias
como instrumento auxiliar das intenções educativas alinhadas a novas
tendências e a novos paradigmas;
142
•
•
•
•
•
a integração entre as diferentes áreas do conhecimento para o resgate da
visão sistêmica e do aprendizado significativo em oposição ao saber
compartimentado e não contextualizado;
a troca e cooperação entre o corpo docente em busca do aprimoramento e
crescimento profissional;
um processo de aprendizado ativo, dinâmico, em que o aluno é o autor e
construtor do conhecimento e os professores atuam como orientadores e
desafiadores no processo de ensino e aprendizagem;
o aprendizado de técnicas de planejamento, organização, estudo e pesquisa
que desenvolvam a competência de aprender a aprender por toda a vida;
a construção e socialização do conhecimento por meio de técnicas de trabalho
em grupo, de apresentação de seminários multimídia e via telemática.
Os projetos, desenvolvidos nas aulas de Informática, são integradores de áreas do
conhecimento, em diferentes perspectivas e momentos, com justificativa, objetivos,
planejamento e prazos claramente definidos com os alunos. Os alunos se organizam
para cumprir o cronograma de execução das tarefas e solucionar os desafios. O
projeto pressupõe os alunos no comando do processo de transformação das
informações em conhecimento. Ao explorar técnicas de pesquisa e manipulação de
dados, leitura, escrita, solução de problemas, oralidade, entre outras, os alunos
desenvolvem habilidades de busca, seleção e organização de informações. A
avaliação é feita, durante todo o processo de elaboração e execução dos projetos,
com base no cumprimento dos objetivos e prazos, na motivação e colaboração, no
conteúdo apresentado e conclusões. Há, também, a avaliação do produto final.
A divulgação dos trabalhos e socialização dos conhecimentos adquiridos se dá por
diferentes manifestações, ora em aulas, quando os autores expõem os resultados
atingidos por meio de apresentações multimídia, dramatizações (uma prática que
desenvolve habilidades de comunicação oral, com apoio de recursos tecnológicos);
ora com ações voltadas para a comunidade interna ou externa, como filmagens,
campanhas educativas, passeatas, exposição ou distribuição de folders ou
informativos, que buscam a transformação da realidade estudada e apreendida; ora
por apresentação aos pais e comunidade, em eventos no teatro da escola; ora por
uma ação solidária em instituições sociais ou, ainda, por veiculação via rede. Em
todos os projetos, a partir da 5ª série, são trabalhadas normas de citações
bibliográficas com apoio da disciplina OET (Orientação Educacional para o Trabalho) e
da Biblioteca do colégio, que monta o Manual do Estudante com orientação para a
elaboração de trabalhos escritos e referências segundo a ABNT (Associação Brasileira
de Normas e Técnicas).
As aulas, na sala de multimeios, são semanais e durante o período regular, para
todos os segmentos da escola. Os alunos são mediados por dois professores de
Tecnologia e, no Ensino Fundamental I e Educação Infantil, os professores da sala
também acompanham as aulas. Como atividades, os alunos pesquisam em livros e na
Internet, digitalizam imagens, criam textos nos mais variados formatos, elaboram
seminários multimídia, programam, fotografam, filmam e editam, produzem
simulações, criam sites, constroem modelos, comunicam-se via rede. Os alunos e
professores também têm a sala de multimeios à sua disposição, em todos os períodos
e horários que não estão sendo utilizados por aulas de Informática. Nesses horários,
os alunos podem realizar trabalhos escolares e utilizar a Internet para fins
educacionais. A utilização pelos docentes abrange o uso, em aula, de softwares e
programas para atividades específicas da disciplina, como, Cabri-géomètre II, Google
Earth, vídeos e simulações, ilustrativos dos conteúdos trabalhados. Os professores
também utilizam a sala para produção de situações áulicas, por exemplo, com o uso
143
da lousa interativa digital, com apresentações multimídia, com material escaneado etc.
Também buscam apoio e ajuda da equipe em eventos com o uso de tecnologia.
O trabalho com projetos
O trabalho com o planejamento estratégico, realizado por representantes de
diversos grupos da instituição, definiu, junto à Fundação, como objetivos básicos de
trabalho com projetos, favorecer que o aluno:
•
•
•
•
•
•
se aproprie de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais;
faça auto-regulação do percurso de seu aprendizado;
desenvolva a perseverança para enfrentar os desafios apresentados pela
situação-problema;
aprenda a observar, a escutar e a relacionar suas próprias opiniões com as dos
demais participantes do grupo;
aprenda a ajudar e a se deixar ajudar;
construa sua autonomia intelectual e moral.
Os objetivos apresentados em relatório institucional de junho de 2006, buscaram
apresentar elementos comuns à diversidade de concepções de trabalho com projetos
que circulam salutarmente nos diferentes níveis das duas unidades do colégio. A
consolidação de uma concepção única para esse trabalho ainda não foi atingida,
embora os estudos do campo tenham avançado. Há grupos que organizam as
propostas com projetos pelo envolvimento de uma ou mais disciplinas (disciplinares,
interdisciplinares) ou pelo viés transdisciplinar. Outros grupos organizam os projetos
em didáticos (gerados pelo professor) e de trabalho (gerados pelo grupo de alunos).
Projetos com temática transversal
Nos projetos baseados em temáticas transversais, dentre os quais escolhemos
três como exemplos a serem descritos neste trabalho (Trabalho Infantil, Orçamento
Familiar, Água - e eu com isso?), nota-se a busca de fundamentação em princípios
de democracia e cidadania, que orientem o olhar para questões cotidianas atuais e
importantes para a sociedade em que vivemos. Problematizar essas questões traduz,
na prática docente, o compromisso de alcançar a missão do colégio, Servir com
excelência, por meio da educação, formando cidadãos éticos, solidários e
competentes, o que aproxima os ideais das ações. A sala de aula torna-se um dos
espaços de operacionalização das intenções educacionais. O desenvolvimento da
proposta, que se faz por ações educativas planejadas, refletidas e constantemente
ajustadas e renovadas, a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, que se vêem
problematizados e buscam conhecer a realidade para, então, agir para transformá-la.
O Projeto Trabalho Infantil discute a questão ética da justiça e eqüidade
social, com repúdio às injustiças sociais, e desenvolve atitudes de responsabilidade
social, solidariedade e sensibilidade à urgência de mudanças.
O Projeto Orçamento Familiar aborda a necessidade de elaborar um
planejamento familiar para evitar o descontrole e o desperdício; o problema de
distribuição desigual de renda no país e a dificuldade que as famílias brasileiras de
baixa renda enfrentam para atender a suas necessidades básicas.
O Projeto Água - e eu com isso? desperta atitudes que favorecem a
preservação do meio ambiente e, em particular, da água, um recurso natural
fundamental para a vida no planeta. Aborda o problema da escassez de água no
144
mundo e como é gerenciada a problemática da água na cidade de São Paulo e no
Brasil. Discute, ainda, a água analisando-se fatores econômicos, políticos e sociais
envolvidos nessa questão.
Projeto Trabalho Infantil - Ensino Fundamental I – 4ª série
O compromisso do Colégio Rio Branco em abordar questões importantes e
urgentes para a sociedade brasileira de hoje, presentes sob várias formas na vida
cotidiana, deu origem à temática do Projeto Trabalho Infantil. Abordar esse tema
apresenta-se como uma significativa e oportuna possibilidade de acesso às questões
sociais do trabalho, temática hoje tão estudada, analisada e criticada.
Nas aulas, parte-se do levantamento do conhecimento prévio dos alunos. A
motivação e o embasamento para o estudo dão-se por meio da leitura e reflexão dos
livros: Serafina e a criança que trabalha, de Jô Azevedo, Iolanda Huzak e Cristina
Porto; Cena de rua, de Ângela Lago e Rap Rua, de Douglas Silva Lima. Há, ainda,
entrevistas com pais sobre trabalho infantil e reflexão sobre o vídeo Infância Roubada
(documentário exibido pelo Globo Repórter, ago. 2006). Complementa-se com a coleta
e o confronto de informações em diferentes tipos de documentos e mídias (mapas,
fotos, textos escritos, Internet etc.). Formulam-se hipóteses e questões a respeito do
tema. Com essas atividades, objetiva-se aguçar o olhar sobre a realidade circundante
e constatar a existência do trabalho infantil, incluindo informações de diferentes mídias
e recursos à problemática analisada na escola.
Dayane Silva Souza, Nathalia Saghy Kassab e Ana Beatriz Tabarelli Krasovic
Os alunos das duas unidades (Higienópolis e Granja Vianna) utilizam e
compartilham recursos tecnológicos e exploram as possibilidades de interatividade que
esses recursos oferecem para o processo de aprendizagem. Trocam descobertas,
fazem reflexões e discutem o tema por contato virtual, via Chat/Moodle CRB, na sala
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de multimeios. Nesse encontro, ampliam seus pontos de vista, socializam idéias,
desenvolvem a linguagem, o raciocínio lógico, o espírito crítico e comunitário. A busca
de respostas às novas questões que surgem faz com que os alunos dêem
continuidade às reflexões, o que evidencia a sensibilização e a responsabilidade com
a situação-problema.
Observem-se os trechos destacados do Chat:
08:41 Camila / Mariana Nogueira: Que mudanças ocorreram no seu modo de
ver o trabalho infantil a partir das reflexões nesse estudo?
08:44 Camila / Mariana Nogueira: Mudou o meu jeito de pensar (Mariana)
08:45 Alex - Victor: as mudanças que ocorreram foi eu me importar mais com
elas, pois estão perdendo o seu tempo na rua, sendo que podiam estar
estudando.
08:47 Camila / Mariana Nogueira: Bom, eu acho q o trabalho infantil ñ devia
existir e sim existir mais escolas públicas para as crianças q ñ tem chance de
pagar 1 escola
08:49 Camila / Mariana Nogueira: mudou o meu jeito todo de pensar.
08:49 Camila / Mariana Nogueira: q mensagem vc daria a 1 criança q
trabalha?
08:52 Alex - Victor: eu falaria para ela que pedissem para os pais para
poderem ir em uma escola pública.
08:50 Alex - Victor: vcs viram que elas passaram por muitas dificuldades. O
que poderemos fazer para tentar amenizar,um pouco,esse problema?
08:52 Camila / Mariana Nogueira: bom eu acho q nós, crianças do crb,
devemos fazer uma greve contra o trabalho infantil hehheheheh (Camila)
08:55 Camila / Mariana Nogueira: eu acho que nós, pessoas do mundo
inteiro deveríamos lutar, falar para uma criança que pode, sem problemas,
estudar numa escola pública (só se for boa) e que, para a saúde das
crianças que trabalham, os hospitais públicos deveriam voltar a ser bons
como antes, que, antigamente eram os melhores.(Mariana)
08:55 Alex - Victor: eu acho que, para fazer uma greve, ainda somos muito
pequenos.
146
O chat utilizado nesse trabalho demonstra uma das possibilidades para o uso
das Tecnologias de Comunicação na prática educativa do Colégio Rio Branco. É mais
uma possibilidade para que os alunos trabalhem as informações em diferentes
situações. Por meio da troca, o aluno amplia seu repertório com novas opiniões sobre
o assunto, torna-se capaz de estabelecer relações entre seus pontos de vista e o
ponto de vista de outros, aprende a comparar, diferenciar, colaborar.
A síntese do conhecimento construído em diferentes etapas expressa-se por
meio de vários instrumentos e linguagens , como o relato seguinte:
Ao longo do trabalho, os alunos são informados, em apresentação no auditório,
sobre a atuação indireta, no combate ao trabalho Infantil, do CEPRO - Centro
Profissionalizante Rio Branco, órgão da Fundação de Rotarianos de São Paulo, por
intermédio dos cursos que oferece e realiza para comunidades carentes em prol da
profissionalização do jovem.
Como produção final, os alunos da 4ª série das duas unidades do Colégio Rio
Branco, alguns representantes do CEPRO - Centro Profissionalizante Rio Branco e os
alunos da ECSRB - Escola para Crianças Surdas Rio Branco encontraram-se, nas
dependências da Unidade Granja Vianna, para a realização de um trabalho em grupo,
com o objetivo de criar um símbolo de combate ao trabalho infantil, que pode ser a
produção de um desenho, poema ou comentário usando diferentes tipos de material.
Em seguida, houve uma passeata pelo espaço da unidade para divulgação das
147
produções, demonstração de repúdio e manifestação contra essa realidade e sensibilização
dos demais alunos e funcionários. Após a passeata houve um lanche comunitário para que
todos os envolvidos no trabalho se confraternizassem.
A avaliação do trabalho foi feita por meio de observação das professoras sobre
o envolvimento, a evolução e a participação dos alunos, o registro e os comentários
dos próprios alunos durante a vivência realizada; juntamente há a auto-avaliação dos
alunos sobre o desempenho e a atividade.
Refletir com os alunos da 4ª série sobre a faceta infantil do trabalho, por
envolver uma faixa etária comum, aproximou-os da situação, promoveu o
entendimento do conceito de justiça baseado na eqüidade, sensibilizou-os para a
necessidade de construção de uma sociedade justa e igualitária e provocou uma
tomada de posição frente a essa problemática social complexa e repugnante.
Projeto Água – e eu com isso? - Ensino Fundamental II - 5ª série
Eu gostaria de ser lembrado como alguém que amou o mundo, as
pessoas, os bichos, as árvores, a água, a vida. (Paulo Freire,1997)
148
A escassez de água é preocupante em todo o mundo e também na cidade de
São Paulo. O Projeto Água - e eu com isso? surge da certeza de que é de
fundamental importância analisar fatores econômicos, políticos e sociais envolvidos na
questão da água e reforçar atitudes que favoreçam a preservação do meio ambiente
e, em particular, da água, um recurso natural fundamental para a vida no planeta.
Integra-se e abre novas possibilidades ao trabalho que vem sendo feito com os alunos
desde as séries iniciais.
Os objetivos desse estudo são: dar continuidade aos estudos sobre a água;
entender a água como um produto indispensável à vida na Terra; levantar dados sobre
como a sociedade moderna relaciona-se com esse bem tão precioso e vital; definir o
que são aqüíferos e compreender a importância destes como reservas estratégicas
para o desenvolvimento econômico e social e os programas de conservação e
proteção ambiental contra a poluição e a super exploração; definir o que são
mananciais e entendê-los como áreas de preservação ambiental permanente; analisar
o fenômeno da ocupação desordenada nessas áreas e as conseqüências de nossas
ações para essa fonte de vida; descrever uma unidade de tratamento de água como
parte de um processo de abastecimento, as tecnologias utilizadas e a importância
desse trabalho para a saúde pública; descrever uma unidade de tratamento de esgoto
como parte de um processo de tratamento de resíduos, a coleta, a tecnologia utilizada
e a importância desse trabalho para a saúde pública; conhecer e utilizar técnicas e
procedimentos adequados para a elaboração de um folder ou folheto informativo;
vivenciar diferentes formas de aprendizagem explorando recursos diversificados
(Internet, textos, figuras, música, propaganda, jogos e fórum); elaborar um folder ou
folheto publicitário, no computador, sobre um dos temas em estudo para campanha de
149
conscientização da preservação da água; enriquecer o aprendizado e ampliar o
universo de informação e comunicação via e-mail.
Nas aulas de Geografia, inicialmente, os alunos recebem informações sobre a
proposta e os objetivos do projeto e têm aulas expositivas sobre os temas em estudo.
O professor orienta os alunos sobre os aspectos relevantes que devem ser abordados,
o que estrutura o desdobramento dos temas. Acompanha e corrige o conteúdo dos
roteiros resultantes da coleta de dados que servem de apoio para a elaboração do
folder ou folheto. Ao final, o professor recebe a versão impressa do folheto e, também,
avalia o produto final. Os temas abordados são: Água no Mundo; Mananciais; ETA
(Estação de Tratamento de Água); ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e Projeto
de despoluição do rio Tietê e do rio Pinheiros.
Modelo de desdobramento de um tema: Projeto de despoluição do rio Tietê e
do rio Pinheiros: a história e as características dos rios da região urbana de São Paulo,
os projetos de despoluição e a importância desse trabalho para a saúde pública;
características do rio Tietê na área urbana; etapas de despoluição do rio Tietê;
recuperação das margens – ajardinamento; prevenção de enchentes.
Num primeiro momento, nas aulas de OET (Orientação Educacional para o
Trabalho), é feito um levantamento oral, que formula um memorial de todo o
conhecimento já elaborado pelo grupo-sala, sobre o tema água, incluindo-se os
adquiridos neste ano, em outras áreas que abordam o tema. Levanta-se o que se
sabe, o que se deseja saber e investiga-se o que mais se poderia saber. Num
segundo momento, os alunos elaboram um boneco do trabalho a ser realizado no
computador. Para tanto, analisam-se e consultam-se vários folders e folhetos
impressos de várias campanhas e conteúdos diferentes. Há, também, atividades para
ampliar e diversificar conhecimentos suscitados pelo tema do projeto e pelo estudo da
Declaração Universal dos Direitos da Água (ONU, 1992) e das músicas Planeta
Azul de Xororó e Aldemir e Planeta Água de Guilherme Arantes.
Nas aulas de Informática, como atividade inicial, há a sensibilização e
motivação para o estudo por meio de visita a sites de lazer com jogos sobre a temática
(http://www2.sabesp.com.br/clubinhonovo/) e apresentação, observação e comentários
sobre o vídeo Criação do mundo num copo d’água (http://www.uniagua.org.br), Em
seguida, parte-se para a coleta de dados na Internet e preenchimento de roteiros que
subsidiam o conteúdo para a criação e elaboração dos folders ou folhetos. Como
exemplos,
citamos:
http://www.geocities.com/~esabio/agua/agua.htm;
http://www.wwf.org.br;
http://www.uniagua.org.br/;
http://www.sabesp.com.br/;
http://www.aguaonline.com.br;
http://www.amigodaagua.com.br/l;
http://www.ibama.gov.br; http://www.mma.gov.br; http://www.greenpeace.org . A
disciplina de OET também ajuda nessa tarefa, com visitas à Biblioteca e Hemeroteca
para complementar dados de livros e periódicos, sempre que necessário. Entregam-se
os roteiros para verificação e correção do conteúdo pelo professor de Geografia. Os
alunos fazem a complementação e depuração dos dados e passam a elaboração final
do folder idealizado.
O trabalho de conscientização sobre a necessidade de preservação da água foi
feito na escola e em casa. A campanha escolar se deu pela exposição dos trabalhos.
A conscientização em casa foi responsabilidade dos alunos, que deviam relatar suas
novas descobertas aos pais e incentivá-los a contribuir, enviando e-mails aos seus
colegas de classe, relatando como a família trata a questão da água nos dias de hoje.
Os professores também enviaram uma carta-convite aos pais para o envolvimento e
participação na atividade por meio de e-mails. O resultado atingiu o número de quase
100 e-mails, apoiando o estudo, relatando mudanças de hábitos, sugerindo sites e
150
divulgação da proposta, participando do trabalho da escola com entusiasmo e
envolvimento. Os e-mails, recebidos dos pais e familiares, foram expostos nas salas
de aula e retrataram:
•
a repercussão do estudo dos alunos em ações em casa e na família:
Acho da maior importância esse projeto. Aqui, em casa, temos a preocupação
com o uso da água: no banho, racionando o uso para lavar roupas e louças de
uma forma organizada e consciente e, nesse sentido o Rio Branco nos ajuda
muito, pois, desde cedo, as crianças têm essa atenção. Isso é um grande
exemplo de cidadania. Até mais, obrigada. Silvana Tedesco Simões, mãe da
Natalia Simões Gambini.
Nosso neto merece: Água, como usamos. Nosso neto pediu que
descrevêssemos como usamos a água em nosso dia-a-dia. Eu, Chyia, que sou
seu avô no primeiro instante, fui pego de surpresa, porém, pensando um
pouco, percebi a importância da pergunta. Eu uso, conscientemente, a água,
economizando. Fecho a torneira enquanto escovo os dentes e corto a barba;
no banho, não me demoro mais que cinco minutos. Minha esposa, Dvorah,
fecha a torneira enquanto ensaboa a louça e só liga a lava-roupa com a carga
total permitida; no banho, também, não demora mais que cinco minutos. Eis
como nós usamos a água em nossa casa. Chyia e Dvorah (Dora), avô e avó de
Luiz Szajnbok, da 5ª F2
•
formas variadas de contribuição dos pais, em diferentes estilos e linguagens:
Água, palavra de quatro letras que poderia substituir outra do mesmo tamanho:
VIDA! A vida vem da água e está na nossa vida em todos os momentos.
Água é alimento, água é higiene, água é lazer, água é saúde.
Terra, planeta Água!
Marco Quintão, pai da Luísa Quintão.
•
contribuições para o estudo dos alunos:
Parabéns ao Colégio Rio Branco pela iniciativa!
Acho interessante a conscientização das crianças sobre as riquezas naturais e
a importância de se conservarem os rios. Achei o site abaixo bastante completo
e interessante sobre o rio São Francisco. Espero poder colaborar com o
projeto. site: www.valedosaofrancisco.com.br. Rosilda Calabria Jordan, mãe do
Daniel Calabria Jordan - 5ª série (tarde).
•
a percepção dos pais de que a escola trabalha com temas integrados, atuais,
significativos e contextualizados, contribuições para o estudo e sugestões de
atividades:
À Equipe do Projeto
Recebi o comunicado sobre o Projeto Água - e eu com isso? e estou aqui
para colaborar com algumas informações.
Acho muito bacana a escola enfocar temas atuais, dos quais os alunos
possam participar em conjunto com outros para discutir o que está
acontecendo no mundo. Percebi que não é só a matéria de OET que está
organizando o trabalho, mas, também, Ciências, Geografia e Informática.
Acredito que os alunos que estudaram no colégio, na 4ª série, 2003, como o
Felipe, já vieram com uma boa bagagem de informação, pois fizeram um belo
trabalho sobre o rio Tietê e até visitaram a nascente do rio. Gostei da idéia do
folder e acho que estes deveriam ser espalhados não só pelo Colégio RB da
Higienópolis, como na Granja e nas outras escolas que a Fundação de
Rotarianos mantém. Essa exposição animaria muito os alunos! Abaixo, alguns
151
sites que mostram projetos de racionamento de água e as usinas que temos
para geração de energia: http://www.wwiuma.org.br/veja_natu_cotrataca.htm
http://www2.uol.com.br/oradical/materias/2098.shtml, http://www.cesp.com.br/
Maria do Carmo Bugarib Mello ( Tuca, ex-aluna do RB), mãe de Felipe
Bugarib Mello da 5ª F2, nº 11.
•
diálogo com proximidade afetiva, sentimento de pertinência ao grupo e de
participação na vida escolar do filho:
Oi, amigos, Estou enviando um anexo, onde relato a importância da água para
nosso planeta; também vou deixar a indicação de sites que acredito serem
importantes para alavancar o sucesso e ter novas idéias para o projeto Água e eu com isso? que o Colégio Rio Branco está abordando com muito carinho e
sensibilidade. Visitem os sites www.inag.pt - www.uniagua.org.br . Espero que
minha contribuição traga bastante informação para esse projeto. Parabéns à
equipe do projeto: alunos, professores, coordenadores e supervisores! Eduardo
Rodrigues da Silva, pai do Eduardo Rodrigues da Silva Junior, da 5ª série F10.
Com o advento da Internet e a conseqüente criação de novas
possibilidades de comunicação, entre elas e-mail, chat e fórum, surge a possibilidade
de aprender com muitos, não importando o tempo e o lugar de cada um. Há um
aumento do potencial de interação e diálogo e desenha-se uma aprendizagem
sustentada na interação, colaboração e no conhecimento compartilhado.
Projeto Orçamento familiar – Ensino Fundamental II - 6ª série
O projeto Orçamento Familiar surge da crença de que é função da escola
preparar o aluno para a vida pessoal e profissional e para o exercício da cidadania.
São imprescindíveis para o alcance dessa meta a análise dos aspectos sociais do
país, a aquisição de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para
compreender e atuar na realidade brasileira.
A partir dessa justificativa, são traçados os objetivos específicos da tarefa e as
habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos e mediadas pelos professores:
coletar, organizar e interpretar dados numéricos; elaborar tabelas, calcular e
interpretar porcentagens; construir e analisar gráficos estatísticos; utilizar
conhecimentos matemáticos para representar, interpretar e intervir na realidade;
explorar diferentes técnicas de obtenção de informação em fontes orais, escritas,
gráficas, audiovisuais e da Internet; utilizar o Excel para registro, organização de
dados, cálculos e representação gráfica; familiarizar-se com o PowerPoint na
elaboração de apresentação multimídia e com técnicas de exposição oral de trabalhos.
Na concepção e no desenvolvimento desse projeto, há a integração das
disciplinas Matemática, Informática e Orientação Educacional para o Trabalho (OET).
Inicialmente, em situações áulicas de OET, é abordada a temática necessidades e desejos. A motivação para a discussão do tema é feita por meio da
música Comida, de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto,
problematizando-se a questão apresentada, com ênfase, nas estrofes: Você tem
sede de quê? Você tem fome de quê?. Pede-se aos alunos que classifiquem
necessidades e desejos, priorizando o que é essencial à vida, para que, ao final da
classificação, seja abordada a educação do consumidor. Elaboram-se cartazes
listando as necessidades. Parte-se, então, para a definição do conceito de orçamento
e dos principais itens que o constituem. Durante a execução do trabalho, as
152
professoras de OET acompanham e orientam a elaboração dos textos descritivos de
cada setor na elaboração das referências.
São dadas, então, orientações sobre todos os procedimentos a serem
executados no projeto. Os alunos recebem um cronograma de execução de tarefas,
de atividades em aulas e em casa para que possam se organizar, administrando o
tempo de realização fixado para o trabalho. O cronograma é discutido e acordado.
Orientados pelas professoras de Matemática, os alunos entram em contato com
material selecionado e disponível na Biblioteca e Hemeroteca do colégio (jornais,
livros, revistas, Internet). Entre os sites sugeridos, estão: http://www.estadao.com.br;
http://www.sociedadedigital.com.br ; http://www.fazenda.gov.br; http://www.ibge.gov.br;
http://www.acsp.com.br;. Para realizar a tarefa, os alunos organizam-se em equipes e
têm o desafio de elaborar o orçamento mensal comprovado de uma família fictícia,
com renda líquida igual a uma dentre as apresentadas a seguir: R$ 500,00, R$
1.000,00, R$ 2.000,00, R$ 4.000,00, R$ 6.000,00 e
R$ 8.000,00. Os setores que
compõem o orçamento e que devem ser descritos e detalhados de acordo com a
renda são: perfil da família (número de pessoas, sexo, idade, profissões, renda líquida,
rotina); moradia (tipo de moradia, aluguel ou prestação, condomínio, IPTU, contas de
água, luz, telefone, gás, empregados domésticos e TV a cabo); alimentação
(supermercado, feira, padaria, refeições, lanches); transporte (passagens de ônibus,
trem, metrô, perua escolar, carro, combustível, IPVA, seguro, estacionamento); saúde
(plano de saúde, remédios, dentista); educação (mensalidade escolar, material,
cursos); lazer (lanchonete, restaurante, cinema, teatro, aluguel de DVDs ou vídeos,
passeios, viagens, clube); despesas pessoais (vestuário, presentes, livros, revistas,
perfumes, acessórios, material esportivo, hobbies, cabeleireiro, academia de
ginástica). Os itens que podem fazer parte de cada setor do orçamento são discutidos
com os alunos. Os alunos montam uma pasta com dados que devem ser
comprovados ou justificados. A pasta é avaliada pelas professoras de Matemática
durante todo o desenvolvimento do projeto, como forma de mediação e proposição de
novos desafios. Todas as fontes (jornal, revista, site etc.) são anotadas e incluídas nas
referências do trabalho.
Nas aulas de Informática, os alunos, em grupos, dois a dois no computador,
criam apresentações não-lineares em PowerPoint, com descrição dos setores e tabela
de dados e gráficos para apoiá-los na socialização dos trabalhos, análise e confronto
das faixas de renda. A apresentação final dos trabalhos, com projeção dos slides e
explanação oral e debate entre os grupos, é feita nas aulas de Matemática.
O aluno é avaliado, por todo o processo de desenvolvimento do projeto, nos
seguintes aspectos: organização da pasta de pesquisa; consistência dos dados
apresentados e correção dos cálculos; interesse, participação e colaboração no grupo;
assiduidade; pontualidade nas datas de entrega do material; comunicação e
expressão oral.
A seguir, apresenta-se depoimento de aluna e exemplo de parte de uma
produção.
Neste trabalho, aprendemos que ter só R$ 1.000,00 para sobreviver é
muito pouco. Nossa família não leva uma vida muito fácil. Aprendemos
a planejar o que vamos gastar no mês. Também aprendemos que
precisamos estudar muito para ter uma vida bem-sucedida. Agora,
damos valor quando nossa responsável fala que está preocupada com
as contas etc. Damos valor quando ela não pode dar uma coisa que
nós queremos. Bom, aprendemos que precisamos fazer um orçamento
familiar em todos os meses da nossa vida. Precisamos economizar
153
nossa mesada, evitando gastar no shopping, em besteiras. Até meu
irmão, economizando a mesada, conseguiu comprar um computador.
Ana Clara Garcia Farah - 6ªsérie 2006.
Webquests
Encontra-se, via Internet, uma fonte inesgotável de informações abrangendo
desde fatos do cotidiano até os mais sofisticados estudos científicos, dos mais
remotos tempos ao tempo real. O processo de comunicação se dá, peculiarmente, de
muitos para muitos, num processo bastante dinâmico, ágil, eficaz, estimulador e
atraente. A Internet aparece como um dos principais meios eleitos pelos alunos para
troca e busca de informações. Cabe, portanto, aos educadores discutir sua aplicação e
contribuição enquanto ferramenta de aprendizagem. Promover a seleção e
transformação de informações autênticas e confiáveis em conhecimento e descobrir
caminhos para evitar a subutilização, a dispersão e a cópia é o nosso grande desafio.
Em busca de técnicas adequadas e apuradas para o uso da Internet na
educação, professores da equipe de Tecnologia do Colégio Rio Branco encontram,
nas Webquests, uma forma de aprimorar técnicas de pesquisa via Rede, promovendo
interação, integração, conectividade, colaboração, aprendizagem significativa e
154
contextualizada. Realizam um curso de capacitação pessoal e o multiplicam entre
alguns professores, criando-se, assim, um banco de Webquests da escola e iniciandose experiências com o uso dessa proposta. As Webquests do colégio encontram-se
disponíveis no endereço http://www.crb.g12.br/webquest.php. Atualmente, a formação
de professores para o uso de Webquests é oferecida, como curso à distância, via
Moodle CRB.
A contribuição dessa proposta para o processo de ensino e aprendizagem pode
ser avaliada através do depoimento, via e-mail, de educadores que utilizam
nossas Webquests e um de nossos alunos.
155
Iniciação Tecnológica e Robótica Pedagógica
A metodologia de trabalho com iniciação tecnológica e robótica pedagógica no
Colégio Rio Branco constitui-se na construção de conhecimento significativo, mediado
pelo computador.
O aluno é um criador executor, está no controle das ações, idealiza e elabora
um objeto de sua escolha, o que promove um vínculo afetivo e motivação pessoal para
o desafio; também programa e controla o invento pelo computador. O aprendizado é
um fazer mediado pelos professores e pelo computador. Os professores lançam
desafios, garantem a formalização de conceitos e auxiliam os alunos na solução de
problemas. No computador, os alunos estabelecem o controle dos inventos pelo
software Robolab, que permite programar, pela linguagem gráfica, o tijolo LEGO/RCX,
que é acoplado ao invento. Tanto durante a construção do modelo como na
programação, o aluno desenvolve estratégias de resolução de problemas ao passar
pela experiência de reflexão, frente aos erros, para efetuar a correção, o que é uma
oportunidade para que, realmente, aprenda os conceitos envolvidos na tarefa.
A área de Física é a autora dessa atividade apoiada pela equipe de Tecnologia
Educacional. Desde 2003, a cada ano, um diferente desafio é lançado aos alunos da
primeira série do Ensino Médio. O projeto do ano de 2006, denominado
Redescobrindo Leonardo, idealizado e proposto pela professora e coordenadora de
Física, é motivado pelo sucesso do livro de Dan Brown e do filme de Ron Howard,
intitulados Código da Vinci, e desafia os alunos a se tornarem inventores. No invento,
conceitos como massa, força peso, grandezas vetoriais, velocidade média, movimento
retilíneo uniforme (MRU), movimento uniformemente variado (MUV), movimento
circular uniforme, teorema do impulso, plano inclinado, força de atrito, devem estar
representados e a maneira como foram inseridos no projeto deve ser descrita. Os
inventos podem ou não ser robotizados e são apresentados na mostra anual de Física.
O trabalho é realizado em equipe. A interação com os pares na criação e
execução do projeto promove um aprendizado para o convívio por meio de respeito,
concessão, compreensão, disciplina e comprometimento. As equipes que se dispõem
a robotizar seus inventos freqüentam, além das aulas de Física destinadas ao projeto,
aulas de Robótica na sala de multimeios.
Todos os passos do processo de aprendizagem são registrados e compilados
num dossiê, elaborado pelos alunos, contendo: idealização e planejamento, estudos
156
sobre os conceitos abordados, correções, fotos que retratam o passo-a-passo das
construções, cálculos e gráficos desenvolvidos na execução do trabalho.
O alcance dos objetivos propostos e os princípios que norteiam os trabalhos
podem ser analisados nos registros e depoimentos de alunos.
Irrigação Móvel
Descrição do projeto pela equipe de alunos
Material: Para realizar o experimento de Física denominado Irrigação Móvel,
utilizamos: uma tábua de madeira de 1,50m X 0,30m X 0,02m; grama artificial para
cobrir a tábua; três faixas de madeira, duas de 1,50m X 0,07m X 0,005m e uma de
0,26m X 0,07m X 0,005m a fim de servir como uma barreira para a água não
transbordar da tábua; dois apoios de madeira de 10cm X 4cm X 4cm para levantar a
tábua; algodão para absorção de água excedente; plantação de feijão; duas
mangueiras flexíveis coletoras de água de máquina de lavar roupa; papel alumínio
para conectar a mangueira à tábua; dois recipientes plásticos coletores de água de 15l
cada; um suporte metálico hospitalar para o soro; quatro frascos de soro de 500ml; um
equipo EA-02S macrogotas; cinco torneiras médicas descartáveis de três vias para
infusão venosa de medicação; um carrinho de brinquedo que funciona a pilha; oito
pilhas tamanho AA 1,5 volts.
Planejamento - Colocaremos a tábua gramada por cima dos dois apoios de madeira,
formando uma inclinação de, aproximadamente, 5º, o algodão com os feijões ao lado
da tábua. Fixaremos a saída do equipo de soro, que estará colocado no suporte
metálico de hospital, no carrinho de brinquedo e conectaremos as torneiras. Após a
preparação, o carrinho será colocado sobre a tábua e começará a andar; no mesmo
instante, a água do soro cairá na grama artificial, como se fosse uma plantação de
verdade. A água escorrerá até uma das duas mangueiras flexíveis e cairá no
recipiente plástico que estará ao pé da mesa.
Conclusão - Com este trabalho, pudemos pôr em prática tudo que aprendemos,
durante o ano, nas aulas de Física, apresentadas pela professora Ângela e nas aulas
de laboratório, pelo professor Pedro. Nós observamos que as propriedades da Física
estão presentes no nosso dia-a-dia, em todos os instantes, até mesmo no simples fato
157
de irmos passear de carro. Concluímos, também, que o experimento que inventamos
pode ser muito produtivo aos fazendeiros que possuem uma plantação. Com um carro
como o nosso, eles gastariam menos água, não haveria tanto desperdício.
•
Juliana 1ª série EM: Fizemos, ajudamos e realizamos o trabalho durante o
ano todo e posso concluir que desenvolvemos nosso conhecimento de uma
forma mais agradável. Todos do grupo participaram do projeto e posso afirmar
que nossos esforços valeram a pena.
•
Daniela 1ª série EM: Foi muito importante a realização desse experimento,
feito ao longo do ano, pois, agora, podemos explicar com mais facilidade todos
os tópicos abordados a qualquer um que pergunte os conceitos básicos da
Física, pois com as explicações da professora e a realização prática, o
entendimento foi muito melhor. Foi muito gratificante ver que todos os esforços
feitos por todo o grupo valeram a pena, pois todos os objetivos foram
concretizados.
Big Foot
Descrição do projeto pela equipe de alunos: Esse projeto trata de um carro
(denominado Big Foot por suas rodas serem grandes) que possui um ventilador com a
finalidade de ventilar uma mesa de reunião, onde as pessoas estariam sentadas e
sendo ventiladas conforme o carro anda de um lado para o outro da mesa.
Primeiramente, a idéia original era de um ventilador que girasse 360º. Porém, no
decorrer do trabalho, fomos encontrando dificuldades que nos levaram a fazer um
ventilador sobre um carro que ventilasse uma mesa de reunião. Com isso, pudemos
perceber o quão árdua é a atividade de criar um invento. Então, após trabalhar o ano
inteiro para a conclusão desse projeto, vimos que, mesmo tendo apenas
conhecimentos básicos de Física, que foram aprimorados no decorrer do ano, foi
possível finalizar esse invento, que nos ajudou muito a ter uma visão prática da
matéria. Esperamos que gostem desse projeto o tanto quanto foi gratificante para nós
fazê-lo. Bom aproveitamento!
•
Marina 1ª série EM: Com esse projeto, pude observar, na prática, o que é
Física. Com todo o meu envolvimento desde o começo de ano, observei todas
as dificuldades de montar um invento e, principalmente, fazê-lo funcionar. Com
todas as tentativas e erros, aprendi muito sobre os fundamentos de Física
quando aplicados na prática. Tenho certeza de que levarei comigo essa
experiência como um ótimo aprendizado da vida.
•
Gabriela 1ª série EM: Com esse trabalho, eu aprendi que Física não é apenas
fórmulas, mas, também, faz parte de nosso cotidiano. Pude ver que, na prática,
é muito mais fácil compreender essa matéria, de um modo muito mais
divertido.
158
O trabalho de Robótica no Colégio Rio Branco tem sido construído com a
convicção de que o projeto deve partir das necessidades de nossos alunos, deve ser
inspirado por elas, para que haja envolvimento e comprometimento pessoal com a
tarefa. Da interação do aluno com o objeto de criação, da reflexão em busca de
solução de problemas e desafios mediados pelo professor, resulta muito mais que a
simples realização de uma tarefa, resulta a capacidade de descrever e compreender
como a tarefa se realizou. A ênfase está na compreensão e não na simples execução.
O trabalho deve, ainda, nascer das nossas aspirações e inquietações, deve estar
apoiado em nossos ideais educacionais e não em cópias e repetições de modelos e
roteiros previamente descritos e planejados não levando em conta a nossa realidade.
Acredita-se que o preparo do professor se dá na ação, nas propostas que surgem do
seu espaço de atuação, no contexto da escola, na troca de experiências.
No próximo ano, a iniciação tecnológica, tendo em vista a robótica, será
estendida aos alunos do EFI e EFII.
Considerações Finais
O uso de Tecnologia no Colégio Rio Branco reverte-se em novas práticas que
delineiam novos caminhos. Nasce de uma forte inquietação provocada pelo desejo de
mudança de paradigmas educacionais, alimenta-se da reflexão e sustenta-se numa
eterna vocação para ousar. Está a serviço de uma prática docente que busca o
aprimoramento pela compreensão de quem é o sujeito que aprende, como aprende e
para que aprende, sustentada nos estudos realizados, nos últimos anos, pelos
docentes da escola.
Referências
AVELLAR, GERALDO MANGELO DE; MACEDO, MÁRCIA REGINA TEIXEIRA.
Projeto Água – e eu com isso? Elaborado pelo professor de Geografia e pela
coordenadora de Informática do Colégio Rio Branco, 2006.
AZEVEDO, JÔ; HUZAK, IOLANDA; PORTO, CRISTINA. SERAFINA E A CRIANÇA
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160
Autores e Coordenadores
Beatriz Rizek
[email protected]
Pedagoga com habilitação em Administração e Supervisão Escolares e Orientação
Educacional. Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo - ECA/USP. Pós-graduada em Psicopedagogia, com
Especialização em Psicomotricidade. Pesquisadora da Faculdade de Educação/USP e da
Escola do Futuro/USP. Consultora ad hoc em Educação a Distância (EscolaNet, da Estudo,
Estratégia e Informação), projetos de Inclusão Digital, Responsabilidade Social e Marketing de
Causas.
Betina von Staa
[email protected]
Coordenadora pedagógica e articulista do Portal Educacional, da Positivo Informática. É autora
e docente dos cursos on-line de escrita acadêmica em inglês Publish or Perish e Elaboração de
projetos on-line, ambos oferecidos pela COGEAE. Foi docente do curso on-line Resenhando na
Universidade, oferecido pela COGEAE, e foi assistente de coordenação do curso Práticas de
Leitura e Escrita na Contemporaneidade, oferecido a professores de Ensino Médio do Estado
de São Paulo pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini. É autora de um módulo de EAD do
Grupo Positivo. É doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem na vertente de
Ensino à Distância pela PUC-SP.
Cristiana Mattos Assumpção
[email protected]
Mestre e doutora em Tecnologias Instrucionais e Mídia pela Columbia University, Teachers
College, em Nova York, NY, EUA. É uma das coordenadoras do Departamento de Atividades
Net Educacionais do Colégio Bandeirantes, desenvolvendo projetos interdisciplinares,
organizando cursos de capacitação de professores no uso de novas tecnologias, gerenciando e
pesquisando novas tecnologias e suas aplicações em sala de aula, apresentando trabalhos em
congressos nacionais e internacionais e cultivando novas parcerias com outras instituições
líderes no uso de tecnologia na educação. Prestou consultoria ao Conselho Estadual de
Educação na área de Ensino a Distância.
Daniel Barbosa de Jorge
[email protected]
Formado em Processamento de Dados e Pós-Graduado em TI (Análise de Sistemas). Atua na
área de Tecnologia desde 1996, tendo a maior parte do tempo atuado com Tecnologia Aplicada
à Educação. Atualmente é Auxiliar de Informática Educacional do Colégio Presbiteriano
Mackenzie de São Paulo, atuando em várias frentes: capacitação de professores, projetos
utilizando novas tecnologias em laboratórios, lecionando Robótica e responsável pela
implementação de ferramentas web do portal eMack e do Colégio, no qual se enquadra o
Sistema de Avaliação.
161
Ivone Nonato Sotelo
[email protected]
Graduada em Letras pela UNESP-SJRP e em Pedagogia; especializada em Supervisão e
Administração Escolar, em Tecnologias Aplicadas em Educação (U.P. Mackenzie) e em Gestão
do Conhecimento (FGV). Foi professora da rede pública estadual e coordenadora de Língua
Portuguesa na Diretoria de Ensino. Participou da implantação da proposta curricular de língua
portuguesa no Estado e da implantação de Informática nas escolas municipais de São Paulo
(docente, pela PUC). Coordena o Centro de Tecnologias Aplicadas do Colégio Visconde de
Porto Seguro (SP). Aí, supervisiona o Projeto Inicomp -Iniciação ao Computador e o Projeto
Educat -Educação com Tecnologias, proposta de inclusão digital e social voltada a alunos e
famílias da Escola da Comunidade.
Luciana Maria Allan Salgado
[email protected]
Formada em Matemática; mestrado em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Atua há mais de
uma década na área de Informática Educacional, principalmente em atividades relacionadas à
formação de professores. Participou da elaboração de documentos para o Ministério da
Educação (PCNs em Ação e PCNs e Conceitos Estruturantes) e como docente em cursos
livres e de extensão na Escola do Futuro/USP. Atuou por 5 anos como Agente Técnica do
Programa - Sua Escola a 2000 - do Instituto Ayrton Senna. É a Diretora Técnica do Instituto
Crescer, participando da elaboração e gestão de projetos sociais de inclusão digital como o
Programa Aluno Monitor Microsoft (formação técnica de alunos e professores de escolas
públicas para apoio a atividades em laboratórios de informática).
Lyselene Candalaft Alcântara Prol
[email protected]
Formada em Ciência da Computação pela UNICAMP; cursos de pós graduação em
Tecnologia Aplicada a Educação (Universidade Presbiteriana Mackenzie) e Gestão em Ensino
a Distância (Universidade de Juiz de Fora; Atua há mais de 17 anos em escolas de primeiro,
segundo e terceiro graus ministrando cursos, coordenando projetos e capacitando professores
na área de Tecnologia Aplicada à Educação com ênfase em uso de mídias diversas no
processo de ensino/aprendizagem, robótica e EAD.
Marcia Regina Teixeira Macedo
[email protected]
Professora EFI, EF II e EM, Pedagoga. Especialização em Projetos Interdisciplinares PUC-SP,
curso MBA em Tecnologias da Informação e Comunicação –PUC-RS. Participante da equipe
de Coordenação e Capacitação de professores do Projeto Gênese de Informática Educacional
– SME-SP. Participante da equipe de formação de professores - Educação Continuada do
SEE-SP - PEC de Informática PUC-SP. Coordenadora e professora de Tecnologias
Educacionais EF II e EM - Colégio Rio Branco - Higienópolis
162
Marcos Telles
[email protected]
Formado em Engenharia de Produção na POLI-USP, especializou-se em Administração em
Delft, Holanda. Foi professor da FEA-USP, da FAAP-Comunicação e da FIA-USP e membro do
Conselho de Administração da FGV-EAESP. Atuou como gestor e consultor, com foco em
mudança e em redirecionamento estratégico, em empresas privadas, em entidades nacionais
(FIESP/CIESP. ACSP, FENADVB, ABED etc.) e em organismos internacionais (ONU,
BID/INTAL, UNIDO etc). Hoje, como diretor da Mentat-Lógica de Processos, dedica-se ao
campo da tecnologia aplicada ao ensino, seja em assessoria a entidades de ensino e
empresas, seja no desenvolvimento e gestão de cursos, seja em palestras e seminários.
Mary Grace Martins
[email protected]
Graduada em Pedagogia pela USP, pós-graduanda em Educação a distância (design
instrucional para cursos on-line) pela UFJF . Atualmente é Consultora do Instituto Crescer para
a Cidadania e Microsoft Educação. Sócia-fundadora da Vivência Pedagógica, atua na
formação de profissionais para uso das tecnologias, elaboração de material pedagógico
multimidia e consultoria para empresas, escolas e instituições de ensino superior.
Nivaldo Tadeu Marcusso
[email protected]
Formado em Engenharia Eletrônica; MBA em Conhecimento, Tecnologia e Inovação
(FIA/USP). Pós-MBA em Gestão Avançada (FIA/USP-em curso). Especialização em Gestão
Estratégica de TI -SUIT (Stanford), Estratégia de Serviços de TI-DIS (Harvard), Direção
Estratégica de TI (FGV/SP), Gestão de Conhecimento (FIA/USP e Lyon), Gerenciamento
Internacional (FEA/USP e Marseille), Estratégia e Inovação ( MIT Sloan School of
Management). Professor de Pós-Graduação (MBA) de Estratégia, Tecnologia, Inovação e
Empreendedorismo. Palestrante em congressos nacionais e internacionais de TI, Inovação,
Estratégia e Gestão do Conhecimento. É responsável pela Gestão da Tecnologia da
Informação, Planejamento Estratégico e Educação a Distancia da Fundação Bradesco.
Paulo Brito
[email protected]
Paulo Brito é bacharel em Ciências Econômicas pelo Centro Universitário Padre Anchieta e
mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, com especialização em Inclusão Digital. É
também jornalista profissional, tendo sido editor de alguns dos principais veículos impressos de
informática do mercado brasileiro.
Renata Guimarães Pastore
[email protected]
Tecnóloga em Processamento de Dados pela FAAP e licenciada em Matemática pelo SENAC SP. Atualmente leciona informática pedagógica e robótica educacional no Departamento de
Tecnologia Educacional do Colégio Dante Alighieri, desenvolvendo projetos interdisciplinares
com alunos e professores, de inclusão digital e de formação continuada de professores em
ambientes de ensino e aprendizagem a distância. Professora da disciplina "Robótica na Escola"
163
do curso de pós-graduação “Informática Aplicada à Educação da Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Solange Giardino
[email protected]
Formada em Psicologia e especialista em Informática Aplicada à Educação e em Tecnologia da
Informação - Internet. Atua na área de Tecnologia Educacional em instituições renomadas de
São Paulo desde 1986 e é responsável por vários cursos de capacitação de professores para
utilização das novas tecnologias. Implantou e coordena a área de Tecnologia Educacional do
Colégio Presbiteriano Mackenzie desde 1997, onde é responsável pelos projetos envolvendo
as novas tecnologias, Robótica, ambientes de aprendizagem colaborativa, capacitação de
professores e pelo Portal eMack. Este case foi considerado referência nacional e vencedor do
prêmio e-Learning Brasil 2006 na categoria Educacional Gold.
Valdenice Minatel Melo de Cerqueira
[email protected]
Pedagoga pela UNICAMP e mestre em Educação e Currículo - Novas Tecnologias pela
PUCSP. Atualmente coordena o Departamento de Tecnologia Educacional do Colégio Dante
Alighieri, SP, onde desenvolve projetos interdisciplinares com alunos e professores, de inclusão
digital e de formação continuada de professores em ambientes de ensino e aprendizagem a
distância. Professora do curso de pós-graduação “Informática Aplicada à Educação” da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Vania Maria Concimo Santos
[email protected]
Professora EF I, Pedagoga, ex-docente em Informática pela Trend, Encontros de Educação
Continuada em Informática pela PUCSP, Coordenadora de Informática Educacional Educação
Infantil e EFI - Colégio Rio Branco – Higienópolis
164
título
A Tecnologia Transformando a Educação - Casos de Aplicação
coordenadores
Nivaldo Marcusso, Fundação Bradesco
[email protected] , www.fundacaobradesco.org.br
Paulo Brito, Fundação Bradesco
[email protected] , www.fundacaobradesco.org.br
Marcos Telles, Mentat - Lógica de Processos
[email protected] , www.dynamiclab.com
edição
Primeira Edição - V1.0
data e local
04/12/06 - São Paulo, SP, Brasil
série:
Coleção “Tecnologia e Educação”
editor:
R. Aquino
responsabilidade
cada autor é totalmente responsável pelo conteúdo de seu texto
iniciativa:
Praxis - Comunidade de Prática de Tecnologia em Educação
A Praxis-Comunidade de Prática de Tecnologia em Educação foi criada em julho de 2004, por
iniciativa e com o apoio da Fundação Bradesco. Durante o e-Learning Brasil daquele ano, Nivaldo
Marcusso organizou e presidiu a primeira reunião de um grupo de CIOs interessados em trocar
idéias e experiências relativas ao uso de tecnologia em educação. O grupo, coordenado por Paulo
Brito, do Bradesco Instituto de Tecnologia, diversificou-se pela presença de educadores vindos de
diversas áreas e ligados a diversos graus de ensino e ao treinamento empresarial e profissional
isbn
direitos:
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Creative Commons 2.5 Brasil.
Como definido em detalhes em http://creativecom mons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/ e em
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