Os Cinco Solas - Igreja Anglicana Reformada

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misticismo. Hoje, estamos precisando de
uma nova reforma. Algumas igrejas estão
descambando para o liberalismo teológico
negando os postulados essenciais da fé.
Outras, estão se desviando para o
misticismo sincrético, importando
novidades estranhas à Palavra de Deus,
abraçando um outro evangelho e não o
evangelho da graça. Há aquelas igrejas que
caíram na sedução do pragmatismo, que
estão buscando sucesso e resultado a
qualquer custo.
Trocaram a mensagem da cruz pela
pregação da prosperidade e da cura. Estão
mais fascinadas pela riqueza do que pela
glória de Deus. Há ainda outras igrejas,
que, embora, fiéis na doutrina estão
vivendo sem piedade. Possuem uma
ortodoxia morta. A crise na teologia
desemboca na crise da ética. A igreja
evangélica cresce em número, mas não em
santidade. As pessoas correm aos
borbotões para os templos evangélicos,
mas suas vidas não são efetivamente
transformadas. Na mesma medida em que
a igreja evangélica cresce em nossa nação,
cresce também a corrupção. Deixamos de
ser sal e luz. Em vez de a igreja abalar o
mundo, é o mundo que está abalando a
igreja. Em vez de a igreja entrar no mundo
para resgatar os que perecem, é o mundo
que está entrando na igreja e influenciando
os crentes. Ó que Deus tenha misericórdia
de nós. Estamos precisando, e urgente, de
uma nova reforma!
Igreja Anglicana Reformada
do Brasil
Mantendo firme a fiel Palavra
Rua Caraguatatuba, 893
Parque das Nações,
Pindamonhangaba, SP
CEP:
http://igrejaanglicana.com.br
Os Cinco
Solas
Antes da reforma protestante do século XVI,
os ensinos, as ações e a postura da igreja
Católica Romana, incomodavam os
verdadeiros crentes, que procuravam pautar
suas vidas nos ensinos das Escrituras
Sagradas.
Na Inglaterra, John Wycliffe começou um
movimento de reforma na Igreja Inglesa. Os
textos de Wycliffe influenciariam João Huss e
outros reformadores europeus. Muitos deles
foram mortos por defenderem seus ideais de
conduta e fé. No cárcere, sentenciado pelo
papa para ser queimado vivo, João Huss
disse: "Podem matar o ganso (em alemão,
sua língua natal, huss é ganso), mas daqui a
cem anos, Deus suscitará um cisne que não
poderão queimar”.
O monge agostiniano Martinho Lutero
seguindo o mesmo ideal de lealdade às
Escrituras. No dia 31 de outubro de 1517,
cento e dois anos após a morte de João
Huss, afixa à porta da igreja do castelo de
Witenberg, as suas 95 teses, cujo teor
resume-se em que Cristo requer o
arrependimento e a tristeza pelo pecado e
não a penitência.
Com o desenvolvimento dos estudos de
Lutero e suas teses surgem os cinco pilares
da reforma protestante que são também
conhecidos como os cinco solas da reforma,
são princípios fundamentais da reforma
protestante sintetizando o credo dos
teólogos protestantes.
A palavra sola é uma palavra latina que
significa "somente", esses pontos surgem
com o propósito de se oporem ao
pensamento, conduta e ensino da igreja
romana da época.
1. Só a Escritura – A Bíblia não é apenas uma fonte da revelação de Deus ao homem, mas a única
regra de fé e prática. As tradições humanas, os dogmas da igreja, as decisões dos concílios, bem
como todo pensamento humano precisam passar pelo crivo da Palavra de Deus. Ela é a única
autoridade da vontade revelada de Deus para o homem. Não são as experiências que julgam a
bíblia, mas a Bíblia que julga as experiências. A igreja não está acima da Palavra, mas é
governada por ela.
2. Só a Fé – A justificação é somente pela fé, independente das obras da lei. A base da salvação
não é o esforço humano, mas o sacrifício substitutivo de Cristo na cruz. Recebemos a salvação
oferecida por Deus pela fé e não como resultado das nossas obras. As obras são consequência
da salvação e não a sua causa.
3. Só a Graça – A graça é um dom imerecido de Deus. Fomos escolhidos por Deus para a
salvação não por causa dos nossos méritos, obras ou religiosidade, visto que éramos inimigos de
Deus, estávamos cativos do diabo, do mundo e da carne. Estávamos cegos, perdidos e mortos
nos nossos delitos e pecados. Mas, a despeito da nossa terrível condição, Deus nos amou e
graciosamente nos salvou.
4. Só Cristo – A Reforma restabeleceu a verdade incontroversa de que existe um único mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo. Ele é o único Salvador e Senhor e não há salvação em
nenhum outro nome. Jesus é o caminho para Deus. Ele é a porta do céu. Ele é o pão da vida, a
fonte da água viva. O acesso a Deus não é por meio de Maria ou Pedro, nem mesmo por meio
dos santos, mas, somente por meio de Jesus.
5. Só a Deus toda a glória – Deus não reparte a sua glória com ninguém. Ele e não o homem é o
centro e a medida de todas as coisas. Dele, por meio dele e para ele são todas as coisas. Não é
Deus quem vive para a glória do homem, mas é o homem que deve viver para a glória de Deus.
Deus e não o homem é o centro do universo.
Mas a Reforma continua. A igreja reformada sempre deve se reformar. Em que sentido? Sempre
que a igreja se desvia da verdade, ela precisa parar e confrontar sua teologia e sua vida à luz das
Escrituras e voltar ao seu primeiro amor. Muitas vezes, ao longo da história, a igreja desviou-se
das antigas veredas. Após a Reforma, no afã de defender a ortodoxia, a igreja tornou-se árida.
Ortodoxia sem piedade produz racionalismo. A reação à frieza espiritual foi o Pietismo, que partiu
para o outro extremo: buscou a piedade sem a ortodoxia. Piedade sem ortodoxia produz
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