DINÂMICA DE ESTRUTURAS E AEROELASTICIDADE Prof. GIL Aeroelasticidade Estática 1 ESTEST-56 - Prof. Gil Introdução à Aeroelasticidade Estática X-29 2 ESTEST-56 - Prof. Gil Triângulo de Collar DSA:Efeitos aeroelásticos na estabilidade dinâmica SSA: Efeitos aeroelásticos na estabilidade estática A SSA L C DS D R F B Z DSA E I V A: Força aerodinâmica E: Força elástica I: Força inercial Campos Relacionados V: Vibrações mecânicas DS: Estabilidade dinâmica F: B: Z: L: D: C: R: Fenômenos Aeroelásticos “Flutter” “Buffeting” Resposta dinâmica Distribuição de carga Divergência Eficiência de controle Reversão do sistema de controle 3 ESTEST-56 - Prof. Gil Aeroelasticidade Estática Centro Elástico (CE): é o ponto para o qual uma força normal à corda é aplicada e a seção não sofre torção, mas apenas flexão. Uma força aplicada fora do CE causa torção e flexão. AC - Centro Aerodinâmico (Ponto onde o Momento Aerodinâmico não muda) CE 4 ESTEST-56 - Prof. Gil Aeroelasticidade Estática Eixo Elástico: linha ao longo do comprimento da semi-asa, formada pelos pontos (CE) onde forças podem ser aplicadas sem resultar em torção da mesma. Esforço aplicado no eixo elástico (flexão) Esforço aplicado fora do eixo elástico (torção e flexão) Eixo elástico 5 ESTEST-56 - Prof. Gil : Distribuição da sustentação ∂C L CL = α ∂α L M AC( x ) = L ⋅ x AC + M AC M AC M AC = C M AC q ⋅ S ⋅ c CP CE xac M xCP = 0 c c Escoamento subsônico (consegue-se o valor exato x AC ≅ 4 quando se aplica a teoria dos perfis finos). c x AC ≅ Escoamento supersônico 2 6 ESTEST-56 - Prof. Gil Seção Típica de uma Asa Seção mais representativa da asa. Em geral, é considerada a Eixo Elástico 75% da semi-envergadura da asa. Esta seção depende da rigidez torcional ao longo da asa. 75% Seção Típica L AC Kθ A resistência devido à rigidez torcional é a tendência de uma seção da asa em resistir à torção imposta pela seção adjacente. É representada pela Mola Torcional (Kθ). CP W CE 7 ESTEST-56 - Prof. Gil Divergência Aeroelástica-1 GDL L L MAC AC θ Kθ AC Kθ Mθ = Kθ · θ α CE α MAC e e V V Obs.: Geralmente o “Flutter” ocorre antes que a Divergência, exceto para asas com enflechamento negativo. e - distância do CE ao AC α - ângulo de ataque inicial θ - ângulo de torção elástica 8 ESTEST-56 - Prof. Gil Equilíbrio de Momentos (ref. CE) M AC + Le = K θ θ Em termos de coeficientes aerodinâmicos, tem-se: ∂C L C M AC qSc + (α 0 + θ ) qSe = K θ θ ∂α Determina o quanto tem de torção, dependendo da velocidade. Então, ∂C L e α + cC M AC qS ∂ α 0 θ = Se ∂C L Kθ 1− q K θ ∂α Obs.: θ aumenta quando diminui o denominador. Denominador nulo corresponde a condição de divergência. 9 ESTEST-56 - Prof. Gil Condição de divergência Pressão Dinâmica de Divergência (qD): Que proporciona a divergência sobre um aerofólio. Velocidade de Divergência (VD): Velocidade em que ocorre a Divergência. LTotal ∂C L (α 0 + θ ) ∴ = qS ∂α qD Kθ = ∂C L Se ∂α VD = 2Kθ ∂C ρ Se L ∂α LTotal = L Rígida + L Elástica O carregamento é alterado pela flexibilidade Para aumentar a VD: aumentar Kθ ; diminuir e; e reduzir o ρ (aumentar o nível de vôo). Se e < 0, não existe a condição de Divergência. 10 ESTEST-56 - Prof. Gil Condição de divergência Note os termos que compõem a relação abaixo: θ= qSeC L α α 0 + qScC M AC K − qSeC Lα θ “Rigidez Aerodinâmica” “Rigidez Estrutural” “Rigidez Aeroelástica” A divergência é uma instabilidade independente da magnitude dos esforços (momentos), mas sim dependente da rigidez aeroelástica 11 ESTEST-56 - Prof. Gil Condição de divergência “Rigidez Estrutural” “Rigidez Aeroelástica” “Rigidez Aerodinâmica” 12 ESTEST-56 - Prof. Gil Condição de divergência Graficamente: Kθ < q2 SeCLα K θ > q1 SeC L α 13 ESTEST-56 - Prof. Gil Influência do peso O peso W, cujo ponto de aplicação é o CG, também tem influência sobre a torção elástica, devido o momento negativo gerado por ele, resultando em: M AC + Le − W d = K θ θ ∂C L C M AC qSc + (α 0 + θ ) qSe − Wd = K θ θ ∂α ∂C L e α 0 + cC M AC − W d qS ∂α θ = Se ∂ C L Kθ 1− q K θ ∂α 14 Entretanto, note que a divergência independe desta “força externa”... ESTEST-56 - Prof. Gil Acréscimo de sustentação Efeito Aeroelástico abaixo da VD: M AC + Le = K θ θ ∴ ∂C L Se (α 0 + θ ) + qScC M AC = K θ θ ∂α ∴ ∂C C M AC c L qSe α 0 + +θ = Kθθ ∂α e ∂C L ∂α α 0 = ângulo de ataque antes da torção elástica 15 ESTEST-56 - Prof. Gil Acréscimo de sustentação Como q D Kθ = ∂C L Se ∂α ∴ ∂C L K θ = q D Se ∂α Então obtém-se : ∂C L ∂C L = q D Se θ qSe (α 0 + θ ) ∂α ∂α ⇒ α0 +θ 1 = α0 1 − qq D que é a expressão que indica o quanto de sustentação se tem em relação à asa rígida. 16 ESTEST-56 - Prof. Gil Sustentação Efetiva L Efetiva = L Rígida + L Elástica L Rígida Ex.: V = 0,8 VD ∴ então ⇒ α0 +θ ≅ α0 q = 0, 64 qD α0 +θ α0 α0 + θ ≅ 0, 3 α0 L Elástica ≅ 2 L Rígida Mas, com α 0 = 5 ° ⇒ 1 0 θ = 10 ° , e q qD α 0 + θ = 15 ° que está fora da faixa linear (tomar cuidado). 17 ESTEST-56 - Prof. Gil Considerações adicionais A eficiência da sustentação modifica o desempenho da aeronave, e deve ser considerada no projeto; A superfícies de sustentação devem ser dimensionadas considerando a flexibilidade; A redistribuição da sustentação move o centro de pressão de uma asa na direção da raiz, e para a frente (direção do BA); O estudo da estabilidade e controle da aeronave deve levar em conta os efeitos da flexibilidade. 18 ESTEST-56 - Prof. Gil Divergência Aeroelástica-2 GDL L L MAC AC θ Kθ e Kθ α e Kh Kh V e α θ h AC Mθ = Kθ · θ CE α MAC V - distância do CE ao AC - ângulo de ataque inicial - ângulo de torção elástica - deslocamento vertical +h Kh = rigidez em translação 19 ESTEST-56 - Prof. Gil Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Sistema de duas equações a duas incógnitas: M AC + L ⋅ e = K θ ⋅ θ L = Kh ⋅h Agrupando: ∂C L qS (α 0 + θ ) = K h ⋅ h ∂α qScC M AC ∂C L + qSe (α 0 + θ ) = K θ ⋅ θ ∂α 20 ESTEST-56 - Prof. Gil Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Na forma matricial: Kh 0 Kh 0 Kh Kθ 0 0 h = qSC Lα K θ θ 0 h − qSC Lα K θ θ qSC Lα Kθ 1− qSeC Lα Kθ 0 − 1 h − 1 0 e θ + qSC Lα α 0 e + qScC M AC 0 − 1 h − 1 0 e θ = qSC Lα α 0 e + qScC M AC h = qSC Lα α 0 θ Kθ 21 0 1 0 1 − 1 qScC M AC 0 + Kθ e 1 ESTEST-56 - Prof. Gil Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Na forma matricial: K θ h qSC Lα α 0 K h = Kθ θ 0 − qSC Lα K h qSeC Lα − 1 qScC M 1− AC Kθ + Kθ e 1 qSeC Lα 1− K θ 22 K θ Kh 0 − qSC Lα K h qSeC Lα 0 1− Kθ 1 1 qSeC Lα 1− K θ ESTEST-56 - Prof. Gil Equilíbrio de Momentos e Forças (ref. CE) Os deslocamentos são dados por: − qSC Lα α 0 qScC K h M AC − h = Kθ 1 − qSe C Lα Kθ qSC Lα α 0 K θ qScC M AC − θ= Kθ 1 − qSeC Lα Kθ − qSC Lα K h 1 − qSeC Lα Kθ 1 qSeC Lα 1 − K θ Moral da história: A pressão dinâmica de divergência é a mesma que o caso com 1 GDL. 23 ESTEST-56 - Prof. Gil Outros efeitos... A condição (pressão dinâmica, por exemplo) em que o aerofólio perde a sua resistência em torção é conhecida como divergência; Não apenas o efeito da compressibilidade, mas também um eventual aquecimento aerodinâmico pode mudar as características estruturais da estrutura, diminuindo a sua rigidez. (Aerotermoelasticidade). Ex. vôos em regime hipersônico. Uma falha estrutural pode alterar a característica aeroelástica e levar a divergência 24 ESTEST-56 - Prof. Gil Importante - efeito da compressibilidade Correção de Prandtl-Glauert: qD = Se Kθ C Lincα 1− M 2 A velocidade de divergência aumenta com a altitude, porém diminui com o efeito da compressibilidade. 25 ESTEST-56 - Prof. Gil